quinta-feira, 15 de julho de 2021

.: "Lady Killers Profile: Belle Gunness" conta a história da terrível Barba Azul


A coleção "Lady Killers Profile" investiga com profundidade a mente e a vida das assassinas em série mais perturbadoras do mundo. No primeiro volume, os leitores poderão conhecer e se aprofundar na trajetória sombria e cruel de Belle Gunness pelo olhar do renomado professor e pesquisador Harold Schechter.

Uma edição matadora para os fãs da marca Crime Scene®️ que expande e conecta pesquisas, análises e fatos chocantes do universo dos personagens dos livros "Lady Killers: Assassinas em Série" e "Serial Killers: Anatomia do Mal".

"Lady Killers Profile" é a mais nova coleção da marca Crime Scene®️, da DarkSide® Books dedicada a estudar crimes reais. No primeiro volume, está em destaque a mente e a vida da assassina em série Belle Gunness. Nesta nova obra do professor e pesquisador Harold Schechter conduz com esmero o primeiro livro da coleção. Em "Lady Killers Profile: Belle Gunness", é possível conhecer em detalhes os casos e o modus operandi dessa assassina terrível, dissecada com a mesma minúcia e cuidado que se pode encontrar em outra obras da marca Crime Scene®️, como os best-sellers "Lady Killers" e "Serial Killers: Anatomia do Mal", dossiês definitivos sobre serial killers.

No panteão dos assassinos em série, Belle Gunness tem um lugar só seu. Ela realizou massacres terríveis em parte por ganância, mas principalmente pelo prazer de matar. "Lady Killers Profile: Belle Gunness" é o relato assustador dessa que foi uma das séries de assassinatos mais impressionantes dos Estados Unidos: a chocante carnificina cometida pela mulher que passou a ser conhecida como a Lady Barba Azul. 

Entre 1902 e 1908 ela convenceu uma série de homens a viajarem de várias partes dos Estados Unidos até a sua fazenda macabra no interior do estado de Indiana. Alguns eram funcionários contratados por ela, outros solteirões bem de vida que seguiam a promessa de um bom casamento; todos desapareceram sem deixar rastro. Quando seus corpos foram descobertos, descobriu-se que eles não tinham sido apenas envenenados, método muito usual entre mulheres assassinas: eles estavam esquartejados. 

Uma obra repleta de informações surpreendentes, até então desconhecidas mesmo pelo público especializado. Uma narrativa ágil e tensa, porém, capaz de revelar as cicatrizes de uma infância sombria. "Lady Killers Profile: Belle Gunness" se parece com um bom clássico de suspense - e todas a surpresas arrepiantes de um pesadelo em carne e osso. Leitura obrigatória para as investigadoras e os investigadores de plantão, e fãs do selo Crime Scene®️ e de "Lady Killers: Assassinas em Série", de Tori Telfer.

.: Livro "As Verdades que nos Movem" revela tudo sobre Kamala Harris


Em livro de memórias, vice-presidente dos Estados Unidos refaz sua trajetória até o Senado, aborda o racismo e compartilha valores que formaram suas convicções

Kamala Harris tem a sua trajetória na política marcada por grandes e pioneiras conquistas. Em novembro de 2016, ela foi a primeira mulher negra da Califórnia, e a segunda na história do país, a ser eleita senadora dos Estados Unidos, pelo Partido Democrata, com nada menos de 39 milhões de votos — aproximadamente um a cada oito americanos votou nela. Em janeiro de 2021, em meio à pandemia da Covid-19, Kamala se tornou também a primeira mulher negra a chegar à vice-presidência em um país cuja história é marcada pela segregação racial e que, até o dia anterior, era governado por um presidente alinhado à extrema direita conservadora.

A trajetória de Kamala Harris até o Senado dos Estados Unidos é o mote de seu livro de memórias políticas, "As Verdades que nos Movem", que chega às livrarias brasileiras pela Intrínseca. Nele, a autora aborda a rotina da família em Oakland, onde cresceu, o convívio com os pais imigrantes - um importante economista jamaicano e uma indiana, já falecida, que se dedicou à pesquisa do câncer, e até um encontro às escuras com Douglas Emhoff, que acabou se tornando seu marido. 

Kamala também discorre por sua vasta experiência no campo do Direito: foi promotora em São Francisco, mais tarde eleita promotora-geral do estado da Califórnia, período em que se destacou pela atuação firme durante a chamada crise das hipotecas, quando enfrentou os grandes bancos e ganhou um acordo histórico para as famílias trabalhadoras do estado.

Mas o foco está mesmo na construção de sua visão de mundo e das suas convicções. Sua marca registrada foi a aplicação de uma abordagem holística, baseada em dados, a muitas questões espinhosas na sociedade norte-americana, sempre evitando o discurso do combate ao crime de forma implacável, o qual leva a um caminho de falsas escolhas. Nem "implacável", nem "extremamente flexível", mas inteligente ao lidar com o crime se tornou seu mantra.

E, claro, Kamala não foge das questões cruciais da política norte-americana, ao discutir a história dos Estados Unidos como uma nação de imigrantes ― e, curiosamente, uma nação que hoje teme os imigrantes. Em seu livro, também destaca injustiças gritantes ― por exemplo, que atualmente bebês negros têm duas vezes mais chances de morrer na infância do que bebês brancos, uma disparidade maior do que em 1850, quando a escravidão ainda era legal.

Ao reconhecer os grandes desafios que enfrentamos juntos, valendo-se da sabedoria e da percepção duramente conquistadas em sua carreira e inspirando-se no trabalho daqueles que mais a influenciaram, Kamala Harris oferece em "As Verdades que nos Movem" uma aula de gestão de crises e de liderança em tempos desafiadores. Ao contar sua história, ela narra sua visão de luta, seu propósito e seus valores compartilhados.


Sobre a autora
Kamala Harris dedicou a vida à segurança pública e aos direitos civis, e atualmente é a vice-presidente dos Estados Unidos. Iniciou sua carreira na promotoria do condado de Alameda e depois foi eleita promotora distrital de São Francisco. Como procuradora-geral da Califórnia, Kamala processou gangues transnacionais, grandes bancos, companhias de petróleo e lutou contra ataques à Lei de Proteção e Cuidado ao Paciente (Obamacare).

Também batalhou para reduzir a evasão escolar, teve uma atuação pioneira ao expor as disparidades raciais no sistema de justiça criminal norte-americano e implementou um treinamento sobre preconceito implícito na força policial. Segunda mulher negra eleita para o Senado dos Estados Unidos e primeira a chegar à vice-Presidência, Kamala Harris trabalhou para reformar o sistema de justiça criminal do país, aumentar o salário mínimo, tornar o ensino superior gratuito para a maioria dos norte-americanos e proteger os direitos de refugiados e imigrantes. Foto: Rainer Hosch.

Ficha técnica:
"As Verdades que nos Movem"
Autora:
Kamala Harris
Tradução: Ana Rodrigues, Cássia Zanon, Maria de Fátima Oliva Do Coutto e Regiane Winarski     
Editora: Intrínseca
Páginas: 352
Link na Amazon: https://amzn.to/3hCIkd1

.: Historiador Rosario Romeo desvenda vida e obra de Richelieu


De amplo escopo, o livro não é somente uma biografia do cardeal francês, mas também, e principalmente, uma fotografia dos primeiros 30 anos do multifacetado e intenso século XVII.

Ao pensar no Cardeal de Richelieu, talvez a primeira lembrança que venha à mente seja o arquivilão no romance "Os Três Mosqueteiros", de Alexandre Dumas. Porém, personagem e pessoa histórica guardam certa distância, já que Armand-Jean du Plessis, bispo de Luçon, cardeal e duque de Richelieu, nunca participou de nenhuma conspiração contra o rei Luís XIII.

Pelo contrário: leal ao monarca durante toda a vida, ocupou a posição de ministro principal do Conselho do Rei, atuando à frente de muitas questões concernentes à política interna e externa da França e a transformou em um Estado forte e centralizado. Estes e outros aspectos de sua vida e obra são apresentados agora em português no livro "Richelieu: nas Origens da Europa Moderna", lançado pela Editora Unesp, e escrito pelo historiador italiano Rosario Romeo.

“O texto apresentado aqui é quase inédito”, pontua o organizador, Guido Pescosolido. “Na verdade, trata-se da reimpressão das apostilas litografadas das aulas universitárias de história moderna ministradas por Rosario Romeo no ano acadêmico de 1963-1964 na Faculdade de Letras e Filosofia da Universidade de Roma, cuja circulação foi limitada aos estudantes daquele ano e, depois, aos do curso de 1970-1971”.

Mais do que uma biografia de Richelieu, a obra é também, e principalmente, uma fotografia dos primeiros trinta anos do multifacetado e intenso século XVII. A trajetória dessa proeminente figura se entrelaça com a história da hegemonia política, mas também cultural, da França nos dois séculos seguintes: o prestígio mundial da literatura, dos costumes e das ideias francesas não era um fato puramente intelectual; era também o resultado da preeminência da França na Europa – a qual as ações decisivas do cardeal ajudaram a forjar.

“Nesse cenário, o livro de Romeo, concebido como apostila universitária que não pretendia se apresentar como biografia, mostra-se hoje como um dos ensaios críticos mais autorizados e brilhantes produzidos pela historiografia italiana sobre o papel de Richelieu na história da França e da Europa”, comenta. “O texto tem densidade de conteúdo, sutileza analítica, discussão crítica no nível da historiografia internacional mais qualificada da época e uma eficácia interpretativa que apresenta conclusões ainda hoje totalmente válidas em relação à historiografia subsequente, italiana e internacional.”


Sobre o autor
Rosario Romeo (1924-1987) foi um dos mais importantes historiadores italianos do século XX. Aluno de Benedetto Croce, foi professor catedrático da Universidade de Messina e da Università degli Studi di Roma “La Sapienza”. Em 1984 foi eleito para o Parlamento Europeu. Dedicou a parte mais notável de sua pesquisa ao Risorgimento italiano, havendo publicado, entre outras obras, Il Risorgimento in Sicilia (1950), Risorgimento e capitalismo (1959) e Cavour e il suo tempo (3 vols., 1969-84). 


Ficha técnica
Título: 
"Richelieu: nas Origens da Europa Moderna"
Autor: 
Rosario Romeo
Organização: 
Guido Pescosolido
Tradução: Silvia Massimini Felix
Número de páginas:
254
Formato: 13,7 x 21 cm
ISBN: 978-65-5711-048-5
Link na Amazon: https://amzn.to/2VzYTxn

.: "Falante": as histórias de um menino com TDAH


Obra explica como é a mente de crianças com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade.

“Elétrico” em 2019. “Distraído” em 2020. “Falante” em 2021. O capítulo final da trilogia com histórias de Bernardo, uma criança com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) retrata a evolução do personagem ao longo dos anos.

Mas você sabe o que é TDAH? É um transtorno neurobiológico, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo até a fase adulta. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 4% da população adulta mundial têm o TDAH. Só no Brasil, atinge aproximadamente 2 milhões de pessoas adultas.

O livro “Falante”, do jornalista Eduardo Ferrari, lançado virtualmente pela Literare Books International em parceria com a EFeditores, na data em que a conscientização para o tema é lembrada mundialmente (13 de julho), aborda de forma lúdica e atual o TDAH com diversas histórias, que explicam como funciona a mente de crianças com o transtorno. As ilustrações são de autoria do renomado artista plástico, Paulo Stocker.

A obra é a terceira da trilogia do pequeno Bernardo e baseada nas experiências reais do autor, que também é portador de TDAH tardiamente diagnosticado, que viu a história se repetir com seu filho caçula, vítima de preconceito e decidiu usar a literatura para combatê-lo. Um livro para crianças hiperativas, que irão se identificar com a obra e para os pais delas, que encontrarão nas páginas uma ferramenta para entender como funciona o cérebro de seus pequenos.


Sobre o autor
Eduardo Ferrari é jornalista e escritor dos livros “Elétrico” (2019), “Distraído” (2020), "Mineiros na Copa" (2015), "Interlocutores" (2010), "Só em Beagá" (2008) e da adaptação cinematográfica de "O Segredo de Luísa", best-seller de Fernando Dolabela.



Ficha técnica
“Falante”
Autor: 
Eduardo Ferrari
Literare Books International – 1ª edição – 64 páginas – 2021
Formato:
14 x 21 cm
Categoria: ficção/literatura infantojuvenil
Link na Amazon: https://amzn.to/3AT6MOG

.: "Martha Graham Memórias" ao vivo no YouTube do MASP


Trajetória da coreógrafa norte-americana Marta Graham – um dos mitos da história da dança moderna, inspirou o espetáculo. Foto: Silvia Machado

Sob direção de José Possi Neto, o espetáculo "Marta Graham Memórias", com a Studio3 Cia. de Dança, inspira-se na trajetória da coreógrafa norte-americana Marta Graham – um dos mitos da história da dança moderna. Em cena, o conjunto de 18 bailarinos aborda o universo da artista a partir da infância, sua relação com a família, o aprendizado na dança, sua vida amorosa e, também, o reconhecimento mundial da sua produção artística.

A direção coreográfica de Anselmo Zolla optou por não reproduzir as coreografias originais de Graham, mas sim utilizá-las como referência para a concepção da dança. Aliada ao cenário de Jean-Pierre Tortil, a ação remete ao universo onírico da coreógrafa, representadas por meio de portas que ora reduzem, ora ampliam o espaço físico, com os bailarinos transitando entre uma “grande sala” e compartimentos menores. Releituras musicais de Felipe Venâncio marcam a trilha sonora, predominantemente clássica e contemporânea, com obras de Enzo Gragnaniello e Niccolò Paganini.

A estrutura dramatúrgica das "memórias" traz ainda outras simbologias cênicas, como o salto de um trampolim, o trânsito na estação de trem e alegorias circenses, inspiradas na autobiografia da artista, "Memória do Sangue". A voz em off é de Christiane Torloni. Abertura com Daniela Stasi.


Ficha Técnica
"Marta Graham Memórias"
Com a Studio3 Cia. de Dança
Abertura com Daniela Stasi
Direção de arte / Geral: José Possi Neto
Coreografias: Anselmo Zolla
Direção artística: Anselmo Zolla
Roteiro: Heloisa Abdelnur e José Possi Neto
Consultora da técnica de Marta Graham: Ruth Rachou
Assistente: Alyne Yaeko
Cenário: Jean-Pierre Tortil
Adereço cênico: Fabio Namatame
Figurinos: Angélica Chaves / Casa Romilda
Direção musical: Felipe Venancio
Voz off: Christiane Torloni
Desenho de luz: José Possi Neto / Anselmo Zolla / Joyce Drummond
Projeções: Fabrica Bijari
Assistentes de coreografia: Liris do Lago e Gustavo Lopes
Bibliotecária: Jane Baruque
Auxiliares: Vilma Costa e Lourdes Braga
Responsável pelos figurinos: Carmem Lidia e Silva
Direção técnica: Joyce Drummond (Estação da Luz)
Cabelereiros: Cassolaris e Robson Aleixo
Assessoria de imprensa: Liège Monteiro e Luiz Fernando Coutinho
Direção geral: Evelyn Baruque e Liliane Benevento


Serviço
"Marta Graham Memórias"
Quinta-feira, dia 15
Às 19h, ao vivo pelo perfil do MASP no YouTube
Duração: 1h10m sem intervalo
Crédito das fotos: Silvia Machado e Arnaldo Torres



quarta-feira, 14 de julho de 2021

.: "Nefelibato", com Luiz Machado, segue em cartaz no teatro


Há cinco anos percorrendo os palcos do país, o monólogo "Nefelibato", com Luiz Machado, volta ao cartaz para curta temporada, que será apresentada simultaneamente no Sympla (virtual) e no Teatro PetraGold, no Riode Janeiro (presencial). Com direção de Fernando Philbert e supervisão artística de Amir Haddad, o espetáculo narra a trajetória de um homem que vai morar na rua após os efeitos devastadores da crise econômica nos anos 90. A trama é ambientada na década de 90, mas dialoga muito com o Brasil de hoje. Foto: Lenise Pinheiro


Sucesso dos palcos brasileiros, o espetáculo “Nefelibato” comemora cinco anos em cartaz com nova temporada, a partir de 7 de julho. Peça será apresentada virtualmente, com ingressos pelo Sympla, e no Teatro PetraGold, no Rio de Janeiro. Com direção de Fernando Philbert e supervisão artística de Amir Haddad, monólogo com o ator Luiz Machado narra a trajetória de um homem que vai morar na rua após os efeitos devastadores da crise econômica nos anos 90  

Pelas ruas da cidade, Anderson oscila entre a lucidez e a loucura – ele hoje é apenas a sombra de um homem outrora bem-sucedido, mas que perdeu tudo: sua empresa, todas as suas economias, o grande amor da sua vida e um parente querido. Na fronteira com o delírio, mas ainda capaz de lampejos de sabedoria, essa pungente figura é interpretada pelo ator Luiz Machado no solo “Nefelibato”. 

Escrito por Regiana Antonini, dirigido por Fernando Philbert e com supervisão artística de Amir Haddad, o monólogo celebra cinco anos em cartaz com nova temporada a partir de 7 de julho. A peça será apresentada no Teatro PetraGold, no Leblon, e virtualmente, com ingressos pelo Sympla (www.sympla.com.br/eventos?s=nefelibato&tab=eventos) ou na bilheteria com até 1h de antecedência para plateia presencial.

A trama é ambientada na década de 90, mas dialoga muito com o Brasil de hoje. Em cena, os efeitos devastadores do Plano Collor, que levaram Anderson a se tornar morador de rua. O país voltava a ter um governo eleito democraticamente e a inflação galopante exigia medidas drásticas. A saída da nova equipe econômica foi confiscar parte da caderneta de poupança da população, o que levou milhares de brasileiros ao desespero e à bancarrota. Muitos enlouqueceram. Esse é o caso de Anderson, que ainda amarga outras perdas em sua vida.

Com 25 anos de carreira (incluindo teatro, TV e cinema), Luiz Machado tem em “Nefelibato” o primeiro monólogo. “Anderson é alguém que vive situações limite. Um equilibrista no fio tênue entre lucidez e loucura, vida e poesia”, diz o ator. "Ele vai morar na rua nos anos 90, quando perde dinheiro e família, mas suas reflexões se encaixam muito bem no período em que estamos vivendo. Ele fala sobre as relações humanas, como as atitudes que nós tomamos sem pensar muito são individualistas. Durante essa pandemia, confinados em casa, tivemos a oportunidade de refletir a fundo sobre as relações sociais e o egoísmo que nos cerca”, acredita Luiz Machado.

O quanto de loucura é necessário para o ser humano não perder a própria vida? Essa pergunta acompanhou o diretor Fernando Philbert ao longo do processo da montagem. “Quis tratar do instinto de sobrevivência que o ser humano tem e esquece que tem. Viver na rua é o caminho que ele encontrou para continuar vivo”, destaca o diretor.


Luiz Machado
Com 25 anos de carreira, Luiz Machado formou-se ator pela Universidade do Rio de Janeiro (Uni-Rio) em 1994. No teatro, trabalhou em 37 peças, tendo produzido quatro delas. Trabalhou com diretores como João Bethencourt (de quem foi também assistente em “Como Matar Um Playboy”), Maria Clara Machado, Domingos Oliveira, João Fonseca, entre outros. Em 2016, estreou “Nefelibato”, seu primeiro solo, no Porão da Casa de Cultura Laura Alvim.

Na TV, fez parte da série “Z4” (Netflix) e integrou a segunda temporada da série “Magnifica 70” (HBO), com direção de Claudio Torres. Protagonizou a série “Família Imperial”, coprodução do Canal Futura com a TV Globo, com direção de Cao Hamburguer. Na TV Globo, atuou em mais de 30 produções, como as novelas “Flor do Caribe” e “América” e os humorísticos “Zorra Total”, “A Grande Família”, “A Diarista” e “Sob Nova Direção”. Atuou também em cinco novelas da Rede Record, entre elas, “Poder Paralelo” e “Chamas da Vida”. No cinema, fez “Paixão e Acaso”, de Domingos Oliveira, “Transeuntes”, de Eric Rocha, e “Nosso Lar”, de Wagner de Assis.


Ficha técnica:
Texto:
 Regiana Antonini
Supervisão artística: Amir Haddad
Direção: Fernando Philbert
Interpretação: Luiz Machado
Cenografia e figurino: Teca Fichinski
Iluminação: Vilmar Olos
Música: Maíra Freitas
Direção de movimento: Marina Salomon
Preparação vocal: Edi Montecchi
Design gráfico: Cláucio Sales
Assessoria de imprensa: Rachel Almeida (Racca Comunicação)
Assistente de direção: Alexandre David
Assistente de cenário: Juju Ribeiro
Direção de produção: Joaquim Vidal
Realização: LM Produções Artísticas


Serviço:
"Nefelibato"
Exibições virtuais
Homem oscila entre a lucidez e a loucura após perder tudo e ser obrigado a viver nas ruas
Temporada: dias 14, 21 e 28 de julho, às 19h, de forma online e presencial (máximo de 40 pessoas).
Onde comprar e assistir: www.sympla.com.br/eventos?s=nefelibato&tab=eventos
Ingressos online: a partir de R$ 20.
Teatro Petra Gold: Rua Conde Bernadotte, 26 Leblon.
Telefone: (21) 2529-7700 | 98765-4321
Ingressos presenciais: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia).
Classificação etária: 14 anos

.: Mostra "De Portugal para o Mundo" chega ao CCBB São Paulo


Evento acontece de 14 de julho a 9 de agosto, com entrada gratuita. Na programação, 28 filmes dos mais aclamados cineastas lusitanos contemporâneos, como Pedro Costa, Miguel Gomes, Salomé Lamas, Rita Azevedo Gomes, entre outros. "Vitalina Varela", inédito no circuito comercial do Brasil, abre a Mostra.

Com o intuito de trazer para a população paulista uma das cinematografias mais interessantes da atualidade e promover um encontro cultural entre dois países ligados historicamente, o CCBB São Paulo recebe de 14 de julho a 9 de agosto a mostra "De Portugal para o Mundo".

Com curadoria de Pedro Henrique Ferreira, a programação apresenta uma seleção de 28 filmes, entre longas e curtas-metragens, dos mais aclamados cineastas lusitanos contemporâneos. O evento inclui também debates com especialistas e bate-papos com diretores. Tudo com entrada gratuita. A programação completa estará disponível em link nas redes sociais do CCBB.

 A Mostra abre com o premiado "Vitalina Varela", de Pedro Costa, inédito no circuito comercial do Brasil e que fará a sua première na capital paulista. No longa, Vitalina Varela, 55 anos, cabo-verdiana, chega a Portugal três dias depois do funeral do marido. Há mais de 25 anos que Vitalina esperava o seu bilhete de avião e agora vai ter de se deparar com uma pátria diferente do idealizado.

 "De Portugal para o Mundo" apresenta filmes de cineastas de projeção internacional, considerados alguns dos maiores diretores vivos na atualidade. A curadoria concentrou-se principalmente nas produções que obtiveram premiações e sucesso no exterior, como "A Portuguesa" (2019), de Rita Azevedo Gomes; "Tabu" (2012), de Miguel Gomes; "O Estranho Caso de Angélica" (2010), de Manoel de Oliveira; entre outros.

 A mostra propõe também uma discussão em torno do cinema português, com debates temáticos, unindo pesquisadores brasileiros e portugueses; e bate-papos com diretores. Serão eventos via videoconferência, online, abertos e gratuitos.

"A ideia é entender os elementos que possibilitaram a emergência de um período tão exitoso no cinema português, num diálogo com a experiência cultural e cinematográfica brasileira hoje", diz o curador Pedro Ferreira. O projeto conta, ainda, com a confecção de um catálogo com textos inéditos, reproduções e entrevistas, assinados por pesquisadores, críticos de cinema, técnicos e produtores portugueses e brasileiros.

O CCBB SP está adaptado às novas medidas de segurança sanitária: entrada apenas com agendamento on-line, controle da quantidade de pessoas no prédio, fluxo único de circulação, medição de temperatura, uso obrigatório de máscara, disponibilização de álcool gel e sinalizadores no piso para o distanciamento. No cinema, a capacidade foi reduzida para 50%, com higienização completa antes de cada apresentação/sessão, além do distanciamento de dois metros entre as poltronas. A bilheteria presencial está proibida, todos os ingressos serão disponibilizados no site eventim.com.br


Ficha técnica
Curadoria:
Pedro Henrique Ferreira
Coordenação geral: Eduardo Cantarino
Produção executiva: Pedro Nogueira
Assistente de produção: Luiza Jambeiro


Serviço
Mostra de Cinema "De Portugal para o Mundo"
Data:
14 de julho a 9 de agosto
Local: Centro Cultural Banco do Brasil - Cinema
Ingressos: evento gratuito - Ingresso pelo site ou app Eventim
Classificação indicativa de acordo com cada filme

Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo
Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico, Triângulo SP, São Paulo–SP
Aberto todos os dias, das 9h às 18h, exceto às terças.
Acesso ao calçadão pela estação São Bento do Metrô
Informações: (11) 4297-0600
Estacionamento conveniado: Rua da Consolação, 228 (R$ 14 por seis horas, necessário validar ticket na bilheteria). Uma van faz o traslado gratuito entre o estacionamento e o CCBB. No trajeto de volta, tem parada no Metrô República.

.: Nando Reis marca volta de shows híbridos a preços populares


Após a prefeitura de Belo Horizonte, em Minas Gerais, aliviar as restrições impostas pela pandemia do coronavírus, a cidade anuncia o seu primeiro show híbrido após meses de portas fechadas. Nando Reis foi o artista escolhido para marcar a volta dos eventos presenciais. A apresentação será no dia 23 de julho. Artista se apresenta no Cine Theatro Brasil Vallourec no dia 23 de julho a preços populares. Foto: Carol Siqueira

O cantor e compositor Nando Reis faz o primeiro show de 2021 com plateia no Cine Theatro Brasil Vallourec, em Belo Horizonte, Minas Gerais. O evento acontece na sexta-feira, dia 23 de julho, às 21h00. Os ingressos presenciais custam 60 reais (inteira) e 30 reais (meia-entrada). Já para assistir à transmissão pela internet, o valor é de 10 reais (inteira) e 5 reais (meia-entrada). Para ambos os formatos, a compra pode ser feita pelo site www.cinetheatrobrasil.com.br ou na bilheteria do teatro.

A proposta é que o público participe do show da forma que se sinter mais confortável e tranquilo - de casa, por meio da live, ou presencialmente no Cine, com toda a segurança que o reencontro exige. Medição de temperatura na chegada, totens com álcool em gel 70% desde o foyer, em locais de fácil acesso, adequação na circulação pelos espaços, sinalização indicando distanciamento mínimo na fila pelos corredores de acesso ao Grande teatro, separação dos assentos, com cadeiras interditadas, permitindo que apenas duas pessoas que estiverem juntas se sentem ao lado uma da outra, são algumas das ações implementadas. Além disso, artistas e técnicos serão testados, em parceria com o laboratório Hermes Pardini, por meio do teste RT-PCR, antes do evento.

“Após a experiência pioneira em 2020, estamos seguros de que este novo retorno ao teatro será tão positivo quanto o que tivemos no segundo semestre do ano passado. As limitações de capacidade e interações entre artistas e público ainda se fazem necessárias, mas o olho no olho entre as pessoas, as luzes apagadas que criam a expectativa antes do início de cada espetáculo e o circular de artistas e produtores nos camarins serão a injeção de ânimo que todos precisávamos para seguir com os cuidados do corpo sem adoecer a mente”, avalia Sandra Campos, Gerente de Planejamento e Ação Cultural do centro cultural.

No formato virtual, o show será transmitido pela plataforma Eventim: ao comprar o direito ao acesso digital, cada pessoa receberá um passe com um link de entrada diferente. Importante destacar que cada acesso dá direito a apenas um link válido. Caso alguém faça a entrada em mais de um dispositivo, o link válido será o do último dispositivo acessado. 

Nando Reis apresenta “Voz e Violão”
Após lotar casas de shows em todo o Brasil, chega a vez do Cine Theatro Brasil Vallourec receber “Nando Reis - Voz e Violão”. O cantor apresenta versões diferentes para os seus clássicos. Os fãs, que não se concentram em apenas uma geração, podem esperar uma apresentação emocionante. O repertório é recheado de sucessos consagrados como “All Star”, “Diariamente”, “Espatódea” e “Relicário”. 

Além disso, versões de seus clássicos também marcam presença como “Luz dos Olhos”, “O Segundo Sol”, “Quem Vai Dizer Tchau” e “Nos Seus Olhos”. O show leva o nome do álbum de 2015, gravado com maestria. “Voz e Violão, no Recreio – Volume 1” foi produzido pelo próprio artista e contou com a mixagem de Jack Endino em um estúdio em Seattle, nos Estados Unidos. O álbum está disponível em versão CD e Vinil.

Formato pioneiro
Desde abril do ano passado, o Cine Theatro Brasil Vallourec inovou e foi o primeiro do país a receber peças de teatro para alegrar o público de casa, por meio de lives durante a pandemia. A iniciativa pioneira teve início com a série “Live pra rir”. O ator Carlos Nunes foi o responsável pela abertura da série com a peça “Pérolas do Tejo”. Desde então, o Cine vem exibindo apresentações teatrais, musicais e debates sobre a cidade de BH, com artistas e convidados mineiros. O programa educativo também seguiu de maneira contínua, conectando o público com a história e o patrimônio de um dos teatros mais importantes da cidade, via canais digitais.

Com a liberação da Administração Municipal de Belo Horizonte para a reabertura, após sete meses fechado devido à segunda onda da Covid-19, o Cine Brasil garante a volta do público com todas as medidas de segurança à saúde devidamente implementadas. A casa está com equipe treinada e o espaço físico adequado para a retomada dos espetáculos, no Grande Theatro Unimed-BH e no Teatro de Câmara. 

Iniciativa do Cine Theatro Brasil Vallourec, o show de Nando Reis tem patrocínio do Instituto Unimed-BH, por meio do incentivo fiscal de médicos cooperados e colaboradores, e da Vallourec, ambos via Lei Federal de Incentivo à Cultura.


Agenda de shows do Cine
Além de Nando Reis, o Cine Theatro Brasil Vallourec já tem confirmado outro show, ainda para este mês, com o Trio Lampião, no dia 30, também às 21h e no mesmo formato híbrido.
 

Instituto Unimed-BH
Associação sem fins lucrativos, o Instituto Unimed-BH, há 15 anos, contribui com o desenvolvimento social em localidades de atuação da Unimed-BH. Para isso, desenvolve cinco grandes programas: Comunidade; Meio ambiente; Voluntariado; Adoção de espaços públicos e Cultura. Por meio do Programa Cultural fomenta projetos em Belo Horizonte e na região metropolitana, contribuindo com o acesso à arte, cultura e lazer e com a geração de emprego e renda. Em 2017, mais de 1,3 milhão de pessoas foram beneficiadas pelo Programa, graças ao incentivo fiscal de mais de 4,7 mil médicos cooperados e colaboradores, via Lei Federal de Incentivo à Cultura.


Serviço:
Reabertura do Cine Theatro Brasil Vallourec
Nando Reis em “Voz e Violão” 
Data e horário: sexta-feira, dia 23 de julho, às 21h
Local: Cine Theatro Brasil Vallourec - Rua dos Carijós, 258, Centro de Belo Horizonte
Transmissão online: link de acesso será enviado por email, após aquisição do ingresso

Preços populares:
Presencial - 60 reais (inteira) e 30 reais (meia-entrada)
Virtual - 10 reais (inteira) e 5 reais (meia-entrada)
 
Vendas
Bilheteria do Cine: Av. Amazonas 315, Centro - BH
Classificação: 12 anos
Duração: 90 minutos
Informações: (31) 3201-5211 / www.cinetheatrobrasil.com.br
Foto: Carol Siqueira

.: "Nossa Parte de Noite", de Mariana Enriquez, eleva terror a outro patamar

Em seu novo e aguardado romance, vencedor do prêmio Herralde, autora argentina une realidade e terror sobrenatural de maneira brilhante.

A música de Bowie, o fetiche por pálpebras, cartas do tarô, sociedades secretas. Esses e muitos outros ingredientes criam a atmosfera perturbadora que compõe a escrita de Mariana Enriquez em seu novo e aguardado romance, vencedor do 37º prêmio Herralde, um dos mais importantes de língua espanhola.

Em "Nossa Parte de Noite", que chega às lojas brasileiras em julho, pela Intrínseca, a escritora Mariana Enriquez exercita com maestria um dos seus maiores talentos: dar contornos sobrenaturais às tragédias palpáveis, extraídas da realidade de um país que viveu sob uma sangrenta ditadura e que hoje busca acertar as contas com o passado. Em maio, os assinantes do intrínsecos, o clube de livros da Intrínseca, receberam antecipadamente uma edição exclusiva do livro.

O romance começa com pai e filho viajando de carro até Corrientes, depois Missiones, regiões fronteiriças da Argentina com o Paraguai e o Brasil, e mergulha num universo em que mansões abandonadas se misturam com crenças presentes no imaginário da autora. São os anos da repressão, com soldados armados no controle, e o ambiente é de tensão. Com o corpo debilitado, marcado por cirurgias e por uma vida intensa, o pai tenta proteger Gaspar, seu filho, do destino que lhe é designado, fazendo o máximo para que o menino não tenha contato com o restante da família nem herde sua mediunidade. A mãe dele morreu em circunstâncias obscuras, em um suposto acidente. 

Como o pai, Gaspar provavelmente receberá o chamado para ser médium em uma sociedade secreta, a Ordem, que se relaciona com a Escuridão em busca da vida eterna por meio de rituais atrozes envolvendo sacrifícios humanos. Para tais rituais, é imprescindível a presença de um médium, mas o destino desses detentores de poderes especiais é cruel, já que o desgaste, físico e mental, é rápido e implacável. As origens da Ordem, comandada pela família da mãe de Gaspar, remontam a séculos, quando o conhecimento da Escuridão foi levado da África para a Inglaterra e dali se estendeu à Argentina. 

Reconhecida como uma das principais representantes da nova literatura argentina, Mariana Enriquez já conquistou projeção mundial. Ela foi selecionada para a final do International Booker Prize de 2021 com um volume de contos ("Los Peligros de Fumar en la Cama"). Em julho de 2021, a produtora RT Features, de Rodrigo Teixeira, anunciou que vai produzir um filme inspirado no conto As coisas que perdemos no fogo, que dá título ao livro lançado no Brasil pela Intrínseca em 2017. Chamada de “princesa do terror” na Argentina, a autora - que busca inspiração nas tramas psicológicas de Stephen King - tem um público fiel no país. Em 2019, foi destaque da Flip, a Festa Literária Internacional de Paraty.



Sobre a autora
Mariana Enriquez (Buenos Aires, 1973) é jornalista e subeditora do suplemento Radar, do jornal Página/12, além de professora. Escreveu novelas, relatos de viagens e biografias. Pela Intrínseca, publicou a coletânea de contos "As Coisas que Perdemos no Fogo" e o romance "Este É o Mar""Nossa Parte de Noite" ganhou, na Espanha, o Premio Herralde de Novela e o Premio de la Crítica 2019. Foto: Nora Levano.


Ficha técnica
Livro: "Nossa Parte de Noite"
Autora: Mariana Enriquez
Tradução: Elisa Menezes     
Editora: Intrínseca
Páginas: 544
Link na Amazon: https://amzn.to/3yEUAPE


terça-feira, 13 de julho de 2021

.: Peça teatral inspirada na obra de Valter Hugo Mãe grátis no YouTube


Poesia e teatro de animação tornam o espetáculo “O Paraíso Mais Belo do Mundo” boa diversão para as férias de julho. Programação durante o mês de julho traz também palestras, debates e oficinas para crianças e adolescentes.

Em meio à pandemia de Covid-19, novas férias escolares chegaram. Nesse período de descanso e divertimento para crianças e adolescentes ainda é preciso considerar riscos e pensar em programações seguras para ocupar os dias de folga. Nesse sentido, o espetáculo infanto-juvenil “O Paraíso Mais Belo do Mundo”, texto para atores e bonecos de José Mauro Brant, inspirado na obra de Valter Hugo Mãe, proporciona entretenimento lúdico e uma boa história, aliando teatro de animação, música e literatura. 

A peça fica em cartaz até o dia 1º de agosto no canal do YouTube da Biblioteca Paraíso, também com uma versão traduzida em Libras. Além da encenação, o evento inclui uma série de oficinas, palestras, debates e lives, todas com temas ligados à promoção de leitura e bibliotecas. As atividades serão online e gratuitas mediante inscrições.

“Para uma montagem teatral dar certo é preciso que haja uma boa história, que ela seja bem contada, por meio de uma boa dramaturgia, e que os idealizadores se cerquem de alguns dos melhores profissionais do teatro, como acontece nesta. Uma coisa cada vez mais rara de acontecer: encontrar um espetáculo de teatro infantojuvenil de qualidade. Assisti a dezenas de "experimentos", em um ano e quase quatro meses, porém só recomendaria uns poucos, como este. Temas delicados, tratados com inteligência e delicadeza, num ótimo texto, bem dirigido e, da mesma forma, interpretado, contando com uma parte plástica e outra sonora muito agradáveis de se ver e ouvir”, analisa Gilberto Bartholo, crítico teatral.

O texto, criado por José Mauro Brant, cria um espaço imaginário para o encontro dos protagonistas dos dois contos: “A Biblioteca Paraíso”. Para isso, conta com a ajuda de uma terceira história: “A Biblioteca”, do livro: “Contos de Cães e Maus Lobos”. Lá, na Biblioteca, Miguel e Maria fazem suas descobertas e reflexões, sempre ajudados pelos bibliotecários, o Sr. Américo e Dona Hortênsia. Eles não se conhecem. Enquanto Miguel, instigado por seu avô, procura nos livros pelas coisas mais belas do mundo, Maria procura respostas sobre o que é o amor, e o que une as pessoas como casal. Sem saber que um é a resposta do outro, eles são unidos pelos livros e, juntos, numa história de amizade e superação, chegam à conclusão de que “O paraíso são os outros” e que o mais belo da vida é não estarmos sozinhos.

A encenação, também dirigida por Brant, utiliza técnicas de manipulação direta misturando bonecos e atores para evocar os mais de dez personagens dos contos de Valter Hugo Mãe. Para materializar essa ideia, o diretor conta com um elenco de quatro atores- manipuladores (Erika Riba, Fabricio Polido, José Mauro Brant e Cleyton Diir) e com o trabalho do artista plástico Bruno Dante, que cria bonecos em dimensões humanas que, misturados aos atores, dão o tom da encenação. O cenário de Natália Lana cria a biblioteca, toda construída com módulos de papelão, além de dois livros gigantes de onde surgem os personagens e oferecem outros planos para a ação. A música original de Tibor Fittel traz encanto e musicalidade à encenação. Completam a equipe, os figurinos de Carol Lobato e a luz do premiado Paulo Cesar Medeiros. “Trazemos um projeto potente, que pode ser usufruído por qualquer plateia. Basta ter coração para ouvir as descobertas das crianças criadas por Valter Hugo Mãe, nos fazendo refletir sobre o mundo que queremos deixar para elas”, analisa José Mauro Brant.


O espetáculo
Convidado para realizar uma peça na data em que se completou um ano da tragédia de Brumadinho, o autor e diretor José Mauro Brant ficou estimulado com o desafio: criar um espetáculo especialmente para o público infantil, que pudesse ser usufruído por todas as idades, com mensagens de esperança e superação a ser realizado em vários locais de diferentes distritos da cidade de Brumadinho, ressignificando espaços marcados pela tragédia. Assim nasceu “O Paraíso Mais Belo do Mundo” a partir da obra de Valter Hugo Mãe

Graças a reunião de um grupo de artistas, que, de forma voluntária, tornou possível a realização dessa primeira etapa; com seis apresentações na cidade de forma gratuita e cerca de dois mil presentes ao todo. “As mensagens de superação e esperança do espetáculo se tornam ainda mais potentes no momento pós-pandemia. Temas como relação com os mais velhos, a superação da morte, o amor pelo conhecimento, pela ciência, pelos livros e, principalmente, a valorização da família colocando o 'outro' como o 'Paraíso' sonhado por Valter Hugo Mãe, fazem de 'O Paraíso Mais Belo do Mundo' o espetáculo certo, na hora certa, para tempos que vamos agora viver”, reflete.

O projeto é realizado pelo Governo Federal, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro e Belazarte Realizações Artísticas, através da Lei Aldir Blanc.

Serviço
Programação gratuita:
Exibição: Canal do Youtube da Biblioteca Paraíso
https://www.youtube.com/c/BibliotecaParaíso


Oficinas realizadas todas as quartas-feiras de julho

14 de julho - Oficina 2 - "A Biblioteca Afetiva" - “Formando e Transformando Bibliotecas” - 18h
A noção de acervo e as infinitas possibilidades criativas de organizar e dinamizar bibliotecas. A oficina trabalha o conceito de biblioteca e estimula a facilitação do seu acesso por meio de soluções criativas e sedutoras, visando estimular os leitores de todas as idades na sua relação com os livros e a leitura.


21 de julho - Oficina 3 - "A Biblioteca Virtual" - “Leitura e Hiperleitura no Mundo Digital” - 18h
Partindo da experiência de cada um com o mundo digital e com a leitura, a proposta é entender os novos suportes que a evolução tecnológica apresenta e assim desconstruir mitos e medos do mundo digital.


28 de julho - Oficina 4 "A Biblioteca Viajante" - “Oralidade e Jogo Cênico na Animação de Acervos” - 18h
O que são práticas leitoras? Como estimular no outro o desejo do livro? O conceito de animação de leitura. O acervo viajante, o que levar na mala?  Oralidade e joga cênico nas práticas leitoras com a intenção de promover o livro e a leitura.


Live de encerramento
31 de julho - Mesa - "Visões Criativas sobre o Espaço de Ler - Experiências - Brasil/Portugal” - 16h às 18h.
Nessa atividade de encerramento, os cinco especialistas do projeto debatem iniciativas criativas no espaço da biblioteca e políticas de promoção de leitura com convidados do Brasil e de Portugal. Também participarão representantes da SEC e do Sesc Rio de Janeiro. Informações e inscrições para as oficinas pelo e-mail: abibliotecaparaiso@gmail.com. Ao final do evento, os registros de todas as atividades ficarão online, disponíveis no Canal: “Biblioteca Paraíso”.

Teaser de "O Paraíso Mais Belo do Mundo"


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