terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

.: Mais de 70 poetas versam sobre ovo na revista Cabeça Ativa n.º 60


Ao ouvirmos, aos primeiros raios da manhã, o cântico pleno dos seres ovíparos e suas genéticas ovóides a eclodirem através dos ninhos ocultos pelos desvãos e artérias de nossa biblioteca, pudemos observar inúmeras estruturas oviformes com seus óvulos fecundados contendo suas reservas alimentares e os envoltórios protetores na formação ímpar de cada ovo.

Logo após, os ovipositores expeliram suas produções em cada ninho para que fossem recolhidas, embaladas e acondicionadas nesta pequena e poética ooteca de papel reciclado, de nome Cabeça Ativa n.º 60. com mais de 70 poetas, versando um verdadeiro ovo. A publicação é editada pelos poetas Cláudia Brino e Vieira Vivo. Adquira seu exemplar ou torne-se assinante, entre em contato pelo instagram @costelasfelinaseditora ou por e-mail livroscostelasfelinas@gmail.com

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

.: "O Deus de Spinoza" reestreia em São Paulo após temporada de sucesso

Montagem mostra a vida e a essência do pensamento do filósofo holandês que foi condenado em 1656 por não seguir os ensinamentos e contestar a doutrina religiosa judaica, ao propor uma nova visão de mundo, da natureza e de Deus. Foto: Luciano Alves


O espetáculo "O Deus de Spinoza" reestreia no dia 04 de Março,  no Teatro Itália Bandeirantes, com direção de Luiz Amorim, texto de Régis de Oliveira e direção musical de Marcus Veríssimo. Além de Amorim, estão no elenco Bruno Perillo, Juliano Dip (estreando nesta temporada), David Kullock e Roberto Borestein.

Vivemos num mundo conturbado e cheio de emoções. O momento pelo qual passamos necessita de reflexão, entendimento e clareza. A filosofia de Spinoza  nos traz uma luz nestes tempos. O jurista Régis de Oliveira, além de desembargador renomado, pessoa pública de notório saber, é também romancista e autor de vários livros. Dedicado ao estudo da Filosofia, ele agora se engendra pelo mundo da dramaturgia, trazendo-nos este texto sobre a vida de Spinoza. 

Valorizando o pensamento e a visão de mundo do filósofo, a peça busca resgatar a nossa relação com a natureza. Spinoza foi acusado, julgado e condenado pela instituição religiosa mais poderosa da Holanda do Século XVII. Objeto de discussão em muitos pilares da educação, Spinoza continuou renegado. Hoje seu pensamento foi resgatado e é motivo de muitos estudos no mundo inteiro.

Sua ampla e densa obra trata da relação do ser humano com Deus e com a Natureza. Trata dos afetos, do direito natural, da essência humana. O espetáculo mostra Baruch de Spinoza logo depois de expor o seu pensamento, considerado herético, e a sua relação com os Rabinos mais importantes da comunidade judaica. A peça mostra ainda os seus delírios e sua clareza de pensamento, que são muito importantes nos dias de hoje.

A ação se passa na Holanda em seu período mais rico, comercial e cultural: o Século de Ouro dos Países Baixos.  Ali estava Grócio, um dos pais do direito público. Descartes escolheu a Holanda como pátria espiritual. Rembrandt e Vermeer despontavam na pintura. O país fervilhava intelectual e economicamente. 

Aqui encontramos Baruch de Spinoza e vemos a sua relação de amizade com o editor de seus livros, Jan Rieuwertsz, que acompanhou o amigo até seus momentos finais. A dramaturgia de Régis de Oliveira nos traz muito da essência do pensamento de Spinoza. Régis há anos se dedica ao estudo de filosofia, e traz em sua primeira peça um recorte da vida de Spinoza, desde sua condenação - o herem, em 1656 - até a sua morte, em 1677.

“Através do pensamento de Spinoza, podemos reconhecer muitos comportamentos de nossa sociedade atual, com suas superstições, crenças ou mistérios. E podemos notar como os donos do poder sabem manipular as multidões através do medo e da imposição do sistema”, conta Régis.

“Eu sempre me dediquei ao pensamento e à reflexão. E já há anos tenho professores particulares ou consultores, especialmente para a Filosofia. Para escrever esta obra, contei muito com a assessoria do Professor Maurício Marsola, que me conduziu na interpretação de Spinoza”, diz nosso autor. 

E segue: “Também tive assessoria para o estudo da filosofia e da doutrina judaica, tão importantes para entender a condenação de Spinoza, contextualizá-la e também para contar essa história. Spinoza é um dos mais notáveis filósofos de todos os tempos. Essa peça não é um estudo biográfico nem de análise de sua obra. Trata-se de localizar o autor em seu tempo, imaginar os confrontos que teve por força de sua crença religiosa em face de outra”.

“Spinoza balançou o mundo e o pensamento moderno. A montagem trata os personagens com humanidade, com seus erros e acertos e principalmente com as suas convicções. Busca trazer o pensamento de Spinoza de forma acessível, para que, como diz Spinoza, afete, ou seja, toque de alguma maneira o público. São as afecções. Toda obra pode ser boa ou ruim, depende de como ela toca o público”

Sobre a equipe

“O objetivo foi trazer este texto, que é tão profundo e intenso, de forma real, com seus personagens de fato defendendo o que acreditam. Assim a peça é dinâmica, ágil e perspicaz. Contamos esta história cercados de grandes talentos. Temos no elenco o ator David Kullock, do setor artístico do Clube A Hebraica, que também é Hazam (aquele que conduz o serviço das orações de forma cantada na Sinagogas). Os figurinos são de João Pimenta, um dos maiores nomes da moda, porém dedicado ao estudo dos costumes históricos, e que tem em seu trabalho práticas como sustentabilidade e economia circular”, diz o diretor Luiz Amorim.

Para esta temporada juntou-se à equipe o jornalista Juliano Dip, ex CQC, que também é ator. Ele que é âncora do Jornal Manhã Band News e é repórter do Jornal da Band, tem outros programas jornalísticos, como o Podcast #todagente, e já esteve no teatro ao lado de Paulo Goulart Filho, Jairo Mattos, Maria Eugênia de Domênico, Kiko Jaess, entre outros.

“César Pivetti é um iluminador sensível ao teatro de palavra, e que busca sempre valorizar o pensamento nas encenações. A direção musical de Marcus Veríssimo pontua e ilustra o espetáculo, e transporta o público em uma viagem pelo pensamento spinoziano. Para a trilha, que é executada ao vivo, contamos também com a pesquisa, composições e arranjos dos talentosíssimos Gabriel Ferrara e Margot Lohn, ela que é especialista em música ladina e tradições sefarditas”.

“Evas Carretero tem se destacado como cenógrafo, além de multiartista que é. Seus mais recentes trabalhos são com a Cia da Revista e com o projeto Take Único”. E Luiz Amorim, além de ator, dublador e locutor, é gestor cultural, e traz ao projeto toda a sua experiência artística. A direção é dinâmica, arrojada e valoriza as intenções e a interpretação dos atores.

Diz o diretor Luiz Amorim: “Buscamos trazer o pensamento de Spinoza para nosso tempo de agora, o momento em que vivemos com tantas contradições. É como se Baruch Spinoza questionasse as pessoas que estão vendo o espetáculo naquele momento. Que somos todos nós que estamos na plateia. Somos testemunhas da elaboração de seus pensamentos. Presenciamos o filósofo nos momentos em que ele prepara o seu livro “Ética”. O espetáculo traz uma reflexão sobre a ética e nossos comportamentos.”

Segundo Maurício Marsola, Professor de Filosofia na Universidade Federal de São Paulo, “...o ser humano é um modo da substância que possui uma faculdade capaz de conhecimento do mundo, a razão e as paixões, forças em nós que devem ser conhecidas e diante das quais é preciso ter serenidade”. Diz ainda o professor da Unifesp: “É preciso, portanto, segundo uma famosa afirmação de Spinoza, ‘não rir ou chorar, alegrar-se ou entristecer-se, mas entender.”


Sobre a encenação, por Luiz Amorim

O texto parte de um estudo de filosofia. Traz à cena a história do filósofo, sua condenação, mas também a essência do seu pensamento. Buscando a agilidade para os diálogos, a movimentação dinâmica nas cenas e muita musicalidade. A valorização do texto traz à luz o brilhante pensamento deste que foi considerado profano, herege e traidor, e hoje considerado um dos mais importantes filósofos da história.

As cenas foram separadas de modo que a ação decorrente do fato (a condenação) trouxesse questionamentos para os próprios personagens.

A narração surgiu do processo da encenação, dividindo o personagem do amigo e editor de Spinoza (Jan Rieuwertsz) e trazendo-o como narrador. Ele também é o elo do tempo. Aquele que nos diz que Spinoza não morreu porque seu pensamento incomoda até os dias de hoje.

O corpo, o gesto, o olhar. Estes são os instrumentos usados cenicamente. Tudo nos atores conduz para o pensamento de Baruch, suas indagações, suas reflexões, sua indignação com o que que já está dito. A estes se juntam os instrumentos musicais (violão, guitarra, baixo, violino, sopro e vozes) que tratam o espetáculo como uma oração que tem uma partitura definida.

As Organizações Band, que nos anos 70 trouxe o icônico Teatro Bandeirantes, palco de tantos acontecimentos artísticos, retoma agora as suas atividades cênicas, presenteando a cidade com a recuperação do Teatro Itália, que passa a se chamar Teatro Itália Bandeirantes. 


Sinopse

Amsterdã, ano de 1677. O país fervilha culturalmente. Ali um livre pensador questiona as doutrinas e dogmas religiosos e políticos. Baruch de Spinoza é chamado a arrepender-se, mas não abre mão de seu pensamento. Assim passa pelo Herem, a condenação judaica, equivalente à excomunhão, e vai viver no exílio da sua comunidade. Tem o apoio de seu amigo Jan Rieuwertsz, com quem pode desabafar e contar de seus planos futuros. Um convite à reflexão e à liberdade de pensamento. O espetáculo é pontuado por músicas ladinas do século XVII.


Ficha Técnica

Texto: Régis de Oliveira

Direção e Adaptação: Luiz Amorim

Direção Musical: Marcus Veríssimo

Elenco: Bruno Perillo, Juliano Dip, David Kullock, Luiz Amorim, Roberto Borenstein

Musicistas: Marcus Veríssimo, Margot Lohn e Giovani Ganzá.

Desenho de Luz: César Pivetti

Figurinos: João Pimenta

Cenografia: Evas Carretero

Visagismo: Beto Franca 

Registro Imagens: V Filmes

Ilustração: Hidreley Dião

Designer Gráfico: Luciano Alves

Técnico e operador de luz: Rodrigo Pivetti

Camareira: Alana Carvalho

Contrarregragem: Magnus Odilon

Produção Executiva: MV Produções

Assessoria de imprensa: Pombo Correio

Mídia Social: Priscilla Dieminger 

Realização: Régis de Oliveira


Serviço:

"O Deus de Spinoza"

Estreia dia 04 de março de 2023,  21h. 

Temporada até 30 de abril. Sábados às 21h e domingos às 20h.

Local: Teatro Itália Bandeirantes

Endereço: Av. Ipiranga, 344 - Edifício Itália - República - São Paulo - SP

Duração: 80 minutos. 

Classificação: 12 anos. 

Capacidade: 290 lugares. 

Ingressos: R$80 (inteira); R$40 (meia-entrada – estudantes, idosos, PCD e seus acompanhantes).


Vendas pelo site: teatroitaliabandeirantes.com.br/detalhe/o-deus-de-spinoza

https://bileto.sympla.com.br/event/80187?utm_source=pwa-symplabileto-production&utm_medium=webapp_share&utm_campaign=webapp_share_event_80187


.: "O Segredo do Rei" é indicação aos fãs de Dan Brown, de "O Código da Vinci"

Um livro pode mudar o rumo das Grandes Navegações. "O segredo do rei", escrito pelo paranaense Douglas Portelinha, mistura ficção e história mundial em trama de aventura


Do Paraná à Bahia, o engenheiro civil Douglas Portelinha morou em diferentes estados brasileiros. Por conta da profissão, também viveu em outros seis países: República Dominicana, Nicarágua, Honduras, Panamá, Angola e Argentina. A experiência com tantas viagens serviram de inspiração para o enredo de "O Segredo do Rei".

A trama internacional é ambientada nas Grandes Navegações. No meio do processo de exploração do Oceano Atlântico e Pacifico, datado entre os séculos XV e XVI, uma peripécia envolve a chefe de uma agência de espiões, um cavaleiro templário e um rei ambicioso. Todos lutam pelo controle de dois livros importantes: “Mundus Novus”, com propagandas do Novo Mundo, e “Summa Oriental”, que contém registros de portos e regiões com especiarias.

Fatos históricos estão presentes durante a narrativa. Há, por exemplo, a introdução sobre o “Robô de Leonardo”, criado por Leonardo da Vinci. Em 1495, o pintor, arquiteto e engenheiro apresentou ao tribunal de Milão uma máquina robótica operada por roldanas e cabos. O objeto era funcional e podia replicar alguns movimentos.


Todos se inclinaram para a frente. Yohanna e Martina deram um passo ao mesmo tempo, encostando ombro a ombro para observar o peito de leão se abrir e aparecer a flor-de-lis dourada com o fundo azul. Um leve barulho de admiração no ar. O rei sorriu e disse: - Ciência! Algumas mentes são capazes de fazer coisas incríveis. Uma mente brilhante fez este autômato. Mas acumular conhecimento leva tempo e dedicação. (O Segredo do Rei, pg. 471) 


A trajetória de Fernão de Magalhães, navegador português conhecido por ter realizado a primeira viagem marítima ao redor do mundo, também aparece no romance. Um ano após entrar no navio, ele morreu em Mactan, nas Filipinas, depois de se envolver em um combate com os moradores da ilha e ser preso em uma emboscada.

Mas uma personagem-chave do enredo é a filha de Américo Vespúcio, explorador responsável por escrever sobre o então “Novo Mundo” para os reinos da Espanha e de Portugal. Na narrativa, a sucessora do navegador comanda uma agência de espiões que tem por objetivo proteger os livros “Mundus Novus” e “Summa Oriental” dos inimigos.

Medalha de prata na categoria “Ficção em Português” na 24ª edição do International Latino Book Awards com “Draco Cola – a cauda do dragão”, sua obra de estreia, Douglas Portelinha surpreende novamente. Com arcos narrativos e batalhas mortais, O Segredo do Rei oferece entretenimento da melhor qualidade para quem busca uma leitura inteligente e boa dose de aventura depois de um dia de trabalho.

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Livro: O Segredo do Rei

Autor: Douglas Portelinha

Editora: Grupo Editorial Atlântico

490 páginas

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.: Entrevista: Paula Freitas, biomédica, eliminada do "Big Brother Brasil"


Da Casa de Vidro para o "Big Brother", Paula Freitas fez um jogo bonito durante o confinamento. Foto: Globo/João Cotta

Paula Freitas não entrou na 23ª edição do "Big Brother Brasil" da maneira mais convencional: para garantir uma vaga no reality show, precisou encarar primeiro um "paredão" – só que de vidro. Durante dois dias, permaneceu na casa de paredes transparentes, instalada em um shopping no Rio de Janeiro, e conquistou junto ao público uma chance de concorrer ao prêmio do reality show. Já na competição, não teve medo de se entregar ao game: movimentou-se pela casa, expôs sua visão de jogo e divergiu do próprio grupo por vezes. Arriscou-se ao deixar-se guiar pelas afinidades que identificou no confinamento e, a partir delas, criou estratégias. Poucos dias atrás, viveu uma decepção com um de seus aliados e viu seu grupo desmoronar ao cair no paredão com outros três membros do quarto Deserto. Ao disputar a preferência popular com Amanda, Bruno e MC Guimê, foi eliminada com 72,5% dos votos na última terça-feira, dia 14. “Às vezes, você tem intenção, mas o que fica marcado é a ação. A minha intenção era ser amiga do Cristian e, se foi essa a ação de jogo duplo, foi o preço que eu paguei por ter escolhido me aproximar dele”, comenta a biomédica sobre o episódio recente em que revela ter traído a própria intuição. 

Na entrevista a seguir, Paula conta sobre a experiência de habitar uma casa de vidro, revela sua visão acerca das rivalidades que teve no BBB 23 e traz sua opinião sobre a situação com Cristian.


Como foi a experiência de viver por dois dias na casa de vidro? 
Paula Freitas - Foi muito legal ter contato direto com o público, deu para ter uma noção do poder do ‘Big’ e do que o programa pode fazer na sua vida. As pessoas iam mesmo com plaquinhas, cartazes, aquelas coisas loucas... Se eu não tivesse passado por lá, eu estaria agora às cegas. Os dois dias na casa de vidro me mostraram o poder que o reality tem e ele é incrível.


Antes de saber o resultado da votação do público, sua preferência era pelo Gabriel ou pelo Manoel para entrar na casa do BBB com você?
Paula Freitas - Nas primeiras 24 horas, era pelo Manoel. Mas, no final, eu penso: ‘Caramba, o Gabriel poderia ir muito comigo’. Eu desejei muito isso, dormi e acordei pensando. Eu achei muito gentil o jeito dele. 


Em função de terem vindo da casa de vidro, vocêve o Gabriel foram a única dupla que entrou no programa já se conhecendo. Acredita que isso tenha feito diferença no jogo de vocês?
Paula Freitas - Eu acho que fez muita diferença, principalmente para mim. O Gabriel, por incrível que pareça, é mais comunicativo do que eu, assim de cara. Para mim fez toda a diferença entrar com ele porque, se fosse para eu começar uma começar uma conversa com alguém que eu não conheço logo no início, seria muito difícil. Para mim foi perfeito entrar com alguém que eu já conhecia, mesmo que por 48 horas (muito intensas). Foi incrível, não tinha outra pessoa melhor.


Depois de conquistar uma vaga no "BBB", quais foram os momentos mais marcantes na sua trajetória? 
Paula Freitas - O principal foi quando eu vi o Big Fone tocar, foi loucura. Pelo amor de Deus, quando aquele Big Fone toca, eu falo: ‘Caraca, eu estou muito no BBB!’. Mas outras coisas me marcaram muito: as vozes falando com a gente era muito engraçado; os shows que acontecem com os artistas que eu só via pelo Instagram; ganhar uma prova de Bate-volta e aquela adrenalina de fazer prova do anjo... tudo me tocou de uma forma muito especial.

 
Você afirmou em diversos momentos que o Cristian era seu “cavalo de Troia”. Em algum momento pensou que a sua aproximação a ele poderia gerar problema para o seu grupo ou para o seu jogo?  
Paula Freitas - Quando o Alface dá esse nome ‘cavalo de Troia’, eu falo para ele: ‘Alface, você é genial’. Mas, sim, eu pensei. Eu cheguei para o caubói e perguntei se o Cristian sabia que ele indicaria a Tina ao paredão e ele disse para mim que não. Depois, eu perguntei: ‘Eu posso confiar no Cristian?’. Ele me respondeu: ‘Você pode confiar no Cristian, ele tem um coração muito bom’. É naquele momento que eu duvido, mas por ter visto só bondade no caubói, eu não acreditei na minha intuição e fiquei só com o que ele me disse. Foi a hora que lascou tudo... Mas é isso, faz parte do game e eu trago para a vida real que eu devo cuidar mais de mim, olhar mais para mim, me escutar mais, e não cuidar e escutar tanto as outras pessoas. 


No dia em que a estratégia do Cristian foi descoberta, a Larissa e a Key Alves afirmaram que você também teria feito jogo duplo e traído o quarto Deserto. Como enxerga esses apontamentos?  
Paula Freitas - Para mim não vale de nada, é opinião que elas têm a respeito disso. Ontem no Bate-papo com a Patrícia e a Vivian, eu vi que 72% do Brasil achou coerente o que o Cristian fez e não, o que eu fiz. Nesse momento, a minha opinião é que a minha intenção não era fazer um jogo duplo, mas talvez tenha sido na ação, como a Amanda diz. Às vezes, você tem intenção, mas o que fica marcado é a ação. A minha intenção era ser amiga do Cristian e, se foi essa a ação de jogo duplo, foi o preço que eu paguei por ter escolhido me aproximar dele.
 

Por que acha que quatro pessoas do seu grupo acabaram indo ao paredão juntas? 
Paula Freitas - Quem muito faz estratégia nesse "BBB" está errado. Eu acho que cada temporada é marcada por uma coisa; aqui quanto mais você faz estratégia, pior vai ficando. A Bruna me falou assim: ‘Ai, eu estou com medo de a Lari ir para o paredão’. Eu respondi para ela: ‘Mulher, eu estou com medo de três nossos irem’. Acabou que esses três viraram quatro, e entre eles estava eu. Então, esquece: o BBB 23 não é da estratégia, mas de quem é mais safo e inteligente.


O que faltou para ir mais longe na disputa? 
Paula Freitas - Faltou seguir a minha intuição. Eu traí aquilo que eu acreditava. É por isso que eu reforço: quando eu fui falar com o caubói, foi porque eu já tinha dúvidas. Inclusive eu perguntei ao Cristian: ‘Você sabia que o caubói iria indicar a Tina?’. E ele me falou: ‘Não’. Então, eu não fui mais longe porque eu não segui a minha intuição e, depois por uma interferência de ouvir outra pessoa, eu segui meu coração e ele me traiu. É aquela coisa: eu fui traída por mim mesma. 


Apesar de fazerem parte do mesmo grupo, você e a Larissa tiveram uma rivalidade na casa. Como avalia essa relação? 
Paula Freitas - Eu via a Larissa na cozinha, eu ia para a piscina; eu via a Larissa na sala, eu ia para o quarto. Eu evitava muito estar perto para não me irritar e não conflituar. Eu sou do tipo que dou um boi para não entrar numa briga, mas depois que entro, dou uma boiada para não sair. Eu ficava evitando dar essa boiada; dava um boi para não entrar. Eu ficava naquela de evitar, mas já estava ficando insuportável porque eu já estava me aproximando muito da Bruna e eu acho que houve, sim, uma situação de ciúmes por parte da Lari. Mas ela me abraçou no final, me pediu desculpas, e segue o baile. De 19 pessoas que havia lá, não era possível eu me dar bem com todas.


Você teve flertes com Gabriel Santana, Cara de Sapato, Cristian e Ricardo na casa. Pretendia estabelecer algo mais sério com algum deles?
Paula Freitas - Eu falei para o Alface que, se eu voltasse do paredão, a gente ficaria. Eu não sei, estava na mão de Deus o que daria. Mas no geral, só o Alface e o Sapato me atraíram fisicamente – este último nem tanto. Era por isso que eu negava tanto que ficaria com ele, eu dizia: ‘Nada a ver, o Alface é meu amigo’. Quando eu estava com o Ricardo – e com a Sarah também – eu esquecia de tudo, esquecia que estava no ‘Big Brother’ e eu tinha medo disso. Mas se fosse acontecer alguma coisa, com certeza, seria com o Ricardo.

 
Que amigos fez no programa e pretende trazer para a vida fora do "BBB"? 
Paula Freitas - A Sarah, o Ricardo, a Bruninha, o Cara de Sapato (acho ele muito massa), a ‘Amandex’, também. E tem uma pessoa que eu queria ter conhecido um pouco mais e que eu acho que vai dar super certo, que é a Marvvila, moleca de cria, muito massa.


Quem tem mais chances de se tornar um favorito do público?
Paula Freitas - Eu acho que o Fred "Desimpedidos". Ele tem um equilíbrio emocional muito grande, é engraçado, comunicativo. Eu acho que ele tem um potencial grande de ser favorito.


Quem você deseja ver campeão do "BBB 23"? 
Paula Freitas - Quero muito ver o Ricardo. Eu acho que ele tem grandes chances de chegar ao top 3 e ele merece muito, ele é muito sonhador. Ele vibra como uma bomba-relógio (risos), mas é muito massa. Torço muito por ele.

 
Quais são seus planos daqui para frente? Pretende voltar para Jacundá ou seguir atuando na Biomedicina? 
Paula Freitas - Eu queria virar porteira da Globo, tem como? (risos). O Sapato até me fez essa pergunta: "Paulinha, você já sabe o que quer fazer quando sair daqui?". Eu falei para ele que eu realmente não sabia. Eu só não quero voltar para o laboratório, porque o meu salário não era mais suficiente para dar a vida que eu sonho para a minha família e para os meus amigos que sempre estiveram comigo, faça chuva ou faça sol. Eu quero muito trabalhar com o Instagram. Ainda não pensei muito, só quero dar a melhor vida que eu puder para a minha família.

.: "Sob efeito de plantas", novo livro do autor de "Como mudar sua mente"

Novo livro do autor de "Como mudar sua mente" investiga o uso de drogas vegetais

 

Depois de refletir sobre o uso de alucinógenos em "Como mudar a sua mente", o escritor Michael Pollan volta a falar de substâncias psicoativas em seu novo livro "Sob efeito de plantas", que a Intrínseca lança em fevereiro. Combinando jornalismo, história e ciência, o autor busca entender nossa relação — ancestral, política e cultural — com drogas lícitas e ilícitas encontradas na natureza.

Não é novidade que nos valemos das plantas para inúmeros fins — alimentação, cosmética, remédios, fragrâncias, sabor, fibras —, mas, certamente, seu uso mais curioso é para alterar nosso estado de consciência, seja para estimular ou acalmar, provocar ou alterar as características de nosso cérebro e suas possibilidades. Um exemplo é nosso consumo diário de cafeína a fim de aguçar a mente. Por que não pensamos nela como uma droga, nem no seu uso constante como um vício? A resposta é simples: a cafeína é legal e socialmente aceita. Mas o que faz, então, da substância uma “droga”?

Mergulhando profundamente na história de três drogas vegetais — ópio, cafeína e mescalina — e, com sua usual perspicácia, o autor destaca a estranheza e a arbitrariedade intrínsecas ao nosso modo de pensá-las. Investigando ativamente as culturas que cresceram em torno dessas substâncias enquanto as consumia (ou, no caso da cafeína, se abstinha dela), avalia a poderosa atração humana por plantas psicoativas. Por que nos esforçamos tanto para buscar esses estados alterados de consciência e depois cercamos esse desejo universal de leis, taxas e problemáticas?

Através de dados científicos e históricos, e também de suas próprias memórias, Pollan examina e experimenta essas plantas sob ângulos e em contextos muito diferentes, lançando uma nova luz sobre compostos químicos muitas vezes tratados de forma redutiva. Perfeito para aqueles que se interessam sobre a natureza e a mente humana, Sob efeito de plantas é um retrato de nossas necessidades e aspirações mais fundamentais, das maquinações de nosso cérebro e de nossa relação com o mundo natural.

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“Pollan é mestre em desmontar a ciência complexa, transformando-a numa história envolvente, e desafiar antigas crenças da sociedade.”

Time

Michael Pollan é autor de oito livros, entre eles "Como mudar sua mente" e "Cozinhar", que deram origem a um documentário homônimo e à série "Cooked", respectivamente, da Netflix. Colaborador da The New York Times Magazine desde 1987, também é professor de jornalismo na Universidade da Califórnia em Berkeley, onde cofundou, em 2020, o Center for the Science of Psychedelics. Em 2010, foi apontado pela revista Time uma das cem pessoas mais influentes do mundo.

 

Livro: Sob efeito de plantas

Autor: Michael Pollan

Tradução: Rogerio Galindo

Páginas: 320

Editora: Intrínseca

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.: “Sapato Velho”: Roupa Nova com projeto de 40 anos lança regravação

A nova faixa, já disponível em todas as plataformas digitais via ONErpm, traz uma versão nostálgica e sentimental do clássico da banda, lançado em 1981

Foto: ONErpm - Divulgação


Após o lançamento de “Corações Psicodélicos”, ao lado do duo ANAVITÓRIA, no mês passado, a clássica banda de MPB, Roupa Nova, continua suas comemorações de 40 anos com “Sapato Velho”. O single, já disponível em todas as plataformas digitais via ONErpm, é uma regravação do sucesso de 1981.

Extremamente conhecida por sua unanimidade vocal, “Sapato Velho” não podia ser deixada de fora desse projeto de 40 anos – já que representa uma seção tão importante do legado da banda. Afirmando que essa música é “onde nos transformamos em uma voz só”, Nando, vocalista do Roupa Nova, torce para que os fãs do grupo aproveitem essa regravação.

“Sapato Velho é sempre uma surpresa boa para a gente nos shows, é onde reunimos a extensão vocal de cada um de nós e transformamos em uma só voz”, relata Nando sobre as apresentações ao vivo. 

Acrescentando: “Ela foi um presente lindíssimo que ganhamos e hoje apresentamos essa nova versão para todos os nossos fãs, esperamos que gostem”.

Para completar o lançamento dessa regravação, a faixa “Sapato Velho” recebe, pela primeira vez, um videoclipe próprio contando um pouco da história da música. Composta por Mú Carvalho, Paulinho Tapajós e Cláudio Nucci, a canção é um marco para Roupa Nova – com a gravação recordando imagens da primeira gravação da música, nos anos 80.

Assista “Sapato Velho”


“Sapato Velho” já está disponível em todas as plataformas digitais via ONErpm.

Sobre Roupa Nova: Mais de 20 milhões de cópias vendidas, 38 discos lançados e 35 temas de novela, é assim que a banda Roupa Nova inicia o ano de 2020 e as comemorações para os 40 anos de união, com números que impressionam e shows cada vez mais lotados. 

Uma trajetória aplaudida de pé por quem conhece a história da única banda com 4 décadas de estrada e a mesma formação desde o início em atividade no Brasil.

Considerado um dos melhores shows nacionais, Roupa Nova atrai para suas apresentações um público dos mais diversos. São gerações que atravessaram as mudanças na música e seguem fiéis em cada palco que pisam Cleberson, Feghali, Kiko, Nando, Paulinho (in memorian) e Serginho

domingo, 19 de fevereiro de 2023

.: "Morda Meu Coração na Esquina" reúne todos os poemas de Roberto Piva


Chega às livrarias pela Companhia das Letras o livro "Morda Meu Coração na Esquina", de Roberto Piva. Trata-se de uma megaedição, com mais de 500 páginas, que reúne pela primeira vez em um só volume a obra do poeta. Com organização de Alcir Pécora, esta edição especial perfaz a trajetória de Piva, livro a livro, e traz textos de Claudio Willer, Eliane Robert Moraes e Davi Arrigucci Jr. A edição inclui ainda poemas esparsos, cronologia do autor e imagens publicadas na edição original de "Paranoia".

Pela primeira vez, em um só volume, a obra de uma das vozes mais libertárias, vigorosas e anárquicas da poesia brasileira. Autor de versos radicais e transgressores, Roberto Piva estreou na literatura em 1963, com "Paranoia", numa edição acompanhada por fotografias do artista plástico Wesley Duke Lee

Dali em diante, até 2010 - ano de sua morte -, o poeta ganharia lugar único na cena literária. Avessa às convenções sociais, à moral, aos bons costumes, ao bom-mocismo e ao modo de vida burguês, sua poesia chocou os leitores de então e segue como referência ímpar para as gerações seguintes. Amor e erotismo aparecem como tema central na obra do autor de "Piazzas".

O pano de fundo é uma São Paulo noturna, caótica, feita de buzinas, esbarrões, flertes e infinitas possibilidades. Nos versos de Piva, que carregam toques de surrealismo e de misticismo, estão presentes o desejo sexual e a violência física, o delírio e a razão, a sensação coletiva das metrópoles e sua irremediável solidão. Compre o livro "Morda Meu Coração na Esquina" neste link.

Sobre o autor
Roberto Piva
nasceu em 1937, em Brotas, São Paulo, e morreu em 2010 na capital paulista. Influenciado pelo movimento beat e pelo surrealismo, é autor de livros como "Paranoia" (1963), "Piazzas" (1964) e "Abra os Olhos & Diga Ah!" (1975).

Em 1976, foi incluído em 26 poetas hoje, organizado por Heloisa Buarque de Hollanda. Sua obra foi coligida em três volumes pela editora Globo entre os anos 2005 e 2008, com edição de Alcir Pécora: "Um Estrangeiro na Legião", "Mala na Mão & Asas Pretas" e "Estranhos Sinais de Saturno". Agora esta edição especial, lançada pela Companhia das Letras, garante todos os poemas e Roberto Piza e mais conteúdos extras. Garanta o seu exemplar de "Morda Meu Coração na Esquina" neste link.

.: Carnaval: quando Mário de Andrade perdeu tudo: "Fui ordinaríssimo"


A obra de Mário de Andrade é atravessada por uma profunda inquietação em torno do sexo. Pulsante e permanente, essa inquietação se traduz tanto na exploração do domínio erótico, de notável amplitude, quanto na incessante busca formal que o tema lhe impõe sem descanso. Foi a partir dessas constatações que Eliane Robert Moraes concebeu a "Seleta Erótica de Mário de Andrade", desdobrando-as em diversas perguntas pontuais, sem perder o foco na tópica da sexualidade. Dentro desta perspectiva, separamos um trecho da carta que Mário escreveu a Manuel Bandeira para contar ao amigo sobre as aventuras de seu carnaval no Rio de Janeiro:


A Manuel Bandeira [São Paulo, fev. 1923]
Querido Manuel,

Não me condenes antes que me explique. Depois perdoarás. Foi assim. Desde que cheguei ao Rio disse aos amigos: Dois dias de Carnaval serão meus. Quero estar livre e só. Para gozar e para observar. Na segunda-feira, passarei o dia com Manuel, em Petrópolis. Voltarei à noite para ver os afamados cordões.

Meu Manuel... Carnaval!... Perdi o trem, perdi a vergonha, perdi a energia... Perdi tudo. Menos minha faculdade de gozar, de delirar... Fui ordinaríssimo. Além do mais: uma aventura curiosíssima. Desculpa contar-te toda esta pornografia. Mas... Que delícia, Manuel, o Carnaval do Rio! Que delícia, principalmente, meu Carnaval! Se estivesses aqui, a meu lado, vendo-me o sorriso camarada, meio envergonhado, meio safado com que te escrevo: ririas. Ririas cheio de amizade e de perdão.

Nada me faz esquecer-te. Mas quem falou em esquecimentos e abandonos? Nem tu, tenho certeza disso. Foi leviandade. Criançada nada mais. Meu cérebro acanhado, brumoso de paulista, por mais que se iluminasse em desvarios, em prodigalidades de sons, luzes, cores, perfumes, pândegas, alegria, que sei lá!, nunca seria capaz de imaginar um Carnaval carioca, antes de vê-lo. Foi o que se deu. Imaginei-o paulistamente. Havia um quê de neblina, de ordem, de aristocracia nesse delírio imaginado por mim. Eis que sábado, às 13 horas, desemboco na Avenida. Santo Deus! Será possível!...

Sabes: fiquei enojado. Foi um choque terrível. Tanta vulgaridade. Tanta gritaria. Tanto, tantíssimo ridículo. Acreditei não suportar um dia a funçanata chula, bunda e tupinambá. Cafraria vilíssima, dissaborida. Última análise: “Estupidez”! Assim julguei depois de dez minutos que não ficaria meia hora na cidade. [...]


Sobre o livro
Conforme a pesquisa para "Seleta Erótica de Mário de Andrade" ganhou corpo, as questões foram se organizando até resultar nas oito partes que compõem a presente seleta, a saber: “Artes de Brincar”, “O Corpo da Cidade”, “Coisas de Sarapantar”, “Presença da Dona Ausente”, “Imoralidades e Desmoralidades”, “Prazeres Indestinados”, “Brasileirismos, Safadagens e Porcarias” e “Confidências e Confissões: Alguma Correspondência”.

Na tentativa de reconhecer a silhueta de Eros nas tantas faces que o próprio escritor se atribuiu, sua produção literária se vale dos mais diversos recursos formais para dar conta de uma dimensão que parece continuamente escapar. Daí que o sexo venha a ser alçado ao patamar das suas grandes interrogações, onde se oferece na obscura qualidade de incógnita. 

Fruto de uma visitação intensiva aos escritos do autor, o trabalho de seleção buscou contemplar tanto a variedade de gêneros por ele praticada quanto as diversas fases de sua obra, sem negligenciar aspectos biográficos ou editorias. Embora o volume tenha privilegiado os títulos mais representativos em termos de erotismo, com particular atenção aos textos canônicos, considerou-se pertinente apresentar exemplos da “obra imatura”, ainda pouco conhecida, além de amostras da grande massa de manuscritos ainda não publicada. A decisão editorial, contudo, foi pautada pela riqueza da erótica marioandradina, que se manifesta de forma vigorosa em todo seu conjunto. Compre "Seleta Erótica de Mário de Andrade", de Mário de Andrade, neste link.


Trechos do livro
"Mano, vamos fazer Aquilo que Deus consente:
Ajuntar pelo com pelo, Deixar o pelado dentro."
— Mário de Andrade,
"Macunaíma - O Herói Sem Nenhum Caráter"


"Eu sei coisas lindas, singulares, que Pauliceia mostra só a mim, que dela sou o amoroso incorrigível e lhe admiro o temperamento hermafrodita..."
— Mário de Andrade,
“De São Paulo – I”


"Te gozo!…
E bem humanamente, rapazmente.
Mas agora esta insistência em fazer versos sobre ti..."
— Mário de Andrade,
"Losango Cáqui"

Sobre a organizadora
Eliane Robert Moraes é professora de literatura brasileira na FFLCH-USP e pesquisadora do CNPq. É autora de diversos livros, dentre os quais estão: "O Corpo Impossível" (Iluminuras/Fapesp, 2016), "Lições de Sade - Ensaios sobre a Imaginação Libertina" (Iluminuras, 2011) e "Perversos, Amantes e Outros Trágicos" (Iluminuras, 2013). Traduziu "História do Olho" de Georges Bataille (Companhia das Letras, 2018), e organizou a "Antologia da Poesia Erótica Brasileira" (Ateliê, 2015), publicada em Portugal (Tinta da China, 2017). Também assina a organização do livro "O Corpo Descoberto - Contos Eróticos Brasileiros 1852/1922" (Cepe, 2018), que integra uma "Antologia do Conto Erótico Brasileiro" a ser completada com o título "O Corpo Ddesvelado" (Cepe, no prelo). Garanta o seu exemplar de "Seleta Erótica de Mário de Andrade", de Mário de Andrade, neste link.


.: Livro revela como a geometria não se contenta em medir o mundo


Do mesmo autor de "O Poder do Pensamento Matemático" e best-seller do jornakl The New York Times, "Forma" revela como a geometria não se contenta em medir o mundo - ela o explica.


Como uma democracia deve escolher seus representantes? De que maneira podemos impedir uma pandemia de varrer o mundo? As proporções dos antigos gregos conseguem predizer o mercado de ações? Você pode não acreditar, mas as respostas para todas essas perguntas estão relacionadas à geometria.

Nesta jornada ao mundo da geometria vista pelos olhos de um matemático do século XXI, o caminho percorrido nunca é a linha reta que liga dois pontos. No livro "Forma: a Geometria Oculta em Todas as Coisas", o matemático Jordan Ellenberg convida a deixar de lado a noção convencional de uma ciência que exala um “leve cheiro de mofo” e apresenta uma geometria viva e em constante transformação. Nesta edição lançada pela editora Zahar, a tradução é de George Schlesinger.

Lançando mão de exemplos fascinantes - tão variados quanto filmes, literatura e cultura pop - e de personagens inesperados que dão ainda mais sabor à narrativa, o autor nos mostra que a geometria não está lá fora além do espaço e do tempo: está bem aqui conosco, misturada com o raciocínio da vida cotidiana, e nos ajuda a entender alguns dos problemas científicos, políticos e filosóficos mais importantes que enfrentamos. Compre o livro "Forma: a Geometria Oculta em Todas as Coisas" neste link.


Sobre o autor
Jordan Ellenberg
 é matemático, com doutorado em Harvard, e professor da Universidade de Wisconsin. Escritor e divulgador de ciência premiado, colabora com inúmeros periódicos, entre eles The New York Times, The Washington Post, The Wall Street Journal, The Boston Globe e Slate. Seu livro anterior, "O Poder do Pensamento Matemático", foi traduzido em mais de 15 países. Garanta o seu exemplar do livro "Forma: a Geometria Oculta em Todas as Coisas" neste link.

.: Livro convida ao autocuidado e exalta a escrita como benefício para a saúde


Livro de poesia convida ao autocuidado e autora exalta a escrita como benefício para a saúde mental. Em “Celebre a Poesia que Existe em Você”, a escritora paulista Caroline Maciel Pereira cria rimas potentes e emocionais e convoca o leitor a olhar a si mesmo e ao redor com mais generosidade e alegria 

A escritora paulista Caroline Maciel Pereira (@poesiapersonalizada) rascunhou seus primeiros versos ainda adolescente, com 14 anos. Na época, as pessoas ao redor dela percebiam o talento que despontava e já reconheciam na jovem a vocação para emocionar por meio das palavras. O tempo proporcionou a autora maturidade para resgatar aqueles escritos, reescrever alguns, lapidar outros, descartar o que não cabia mais e ainda escrever novos poemas sobre temas que a envolvem na vida adulta. 

Esse compilado de experiências traduzidas em forma de textos, repletos de passado, presente e perspectivas de futuro, é o que Caroline traz em seu primeiro livro solo “Celebre a Poesia que Existe em Você”, lançado pela editora Skoobooks (@skoobooks.livros) . Os 27 poemas presentes na obra têm como fio condutor os temas: "Eu, o Outro e Deus". Não há uma separação definida ou mesmo assinalada no livro entre as três temáticas, para o leitor os assuntos preponderantes poderão aparecer enlaçados e ultrapassam os limites entre um tema e o outro, propiciando interpretações múltiplas. 

Os versos criados por Caroline Maciel Pereira evidenciam uma profundidade emocional alcançada pela autora nos últimos dez anos. O período foi marcado pelo acompanhamento constante com psicólogos e psiquiatras. Longe de tentar esconder ou se desvencilhar de revelar que passa por esses tratamentos, a escritora assume a busca ativa pela saúde mental e celebra o renascimento depois da dor provocada pelos processos de fala, escuta e elaboração presentes na terapia. A escrita tornou-se também parte da reestruturação interna. O trabalho árduo de cavucar emoções e revelar-se é expresso em alguns de seus versos. Em “Liberdade Interior”, entoa: “(...) o nosso lado sombrio não nos torna menos plenos. / Porque não somos metades, somos inteiros”

Ao fim, a percepção que ecoa da escrita de Caroline é a capacidade de produzir emoção a partir das rimas. O sumo dos poemas, segundo a autora, é o autoconhecimento advindo da escrita. A leitura atenta também evoca o mesmo caminho. Ao adentrar pelo universo de versos criados pela escritora, há a possibilidade do leitor de tatear o próprio mundo interno e desvendar um pouco mais de si mesmo. 

Com a publicação da obra, a autora também honra os olhares e palavras gentis e generosas que recebeu de familiares, amigos, colegas e professores quando iniciou, ainda jovem, essa caminhada no universo literário. Caroline, moradora de Santana de Parnaíba, interior de São Paulo, seguiu a trilha das palavras e se formou em jornalismo. A vocação para costurar rimas e despertar emoções é empregada atualmente também no cotidiano da poetisa. Hoje, com 30 anos, ela empreende na área cultural com a página @poesiapersonalizada, em que cria sob encomenda textos singulares e potentes. Caroline também assume o papel de agente cultural no município, conduzindo oficinas literárias, palestras e saraus. Compre o livro “Celebre a Poesia que Existe em Você" neste link.


Entre Mel Duarte e Cecília Meireles, a palavra abre caminhos
A poesia de Caroline é também um convite à potência da voz para exaltar cada palavra escrita. Ao recitar os versos o impacto causado amplifica a mensagem compartilhada. A escritora entende essa dimensão que a declamação pode dar à poesia. O TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) da autora na faculdade de jornalismo foi sobre a Poesia Contemporânea de São Paulo, um movimento original, potente e criativo de batalhas de rimas e recital de textos inéditos de composição própria. 

Um dos expoentes desse universo é Mel Duarte, artista que se destacou no slam (competição de rimas), e uma das influências da autora na literatura. Junta-se a ela o poeta e cordelista Bráulio Bessa, nordestino, do Ceará, que ganhou espaço na TV aberta recitando seus versos com emoção e desenvoltura. Ainda entre as inspirações de Caroline habita Cecília Meireles. Da poetisa carioca a escritora paulista recorda, em especial, o livro “Ou isto ou aquilo”, clássico da literatura brasileira, que Caroline acessou ainda criança. Ali foi semeada o que brotaria anos mais tarde: uma autora com escrita forte, potente, e ao mesmo tempo sensível e terna. 

Uma escrita que se faz ainda mais imponente quando encontra corações abertos e encantados, como a autora mesmo define seu trabalho: “Meu olhar encontra o olhar dos ouvintes. Poesia e alma. Olho novamente, ao recitar a última palavra. Lágrimas caem. Pessoas são tocadas. Falam que precisavam ouvir o que eu disse e perguntam se podem enviar o texto para outra pessoa, porque ela precisa ouvir também. São momentos como esses que me fazem ter a certeza de que a palavra abre caminhos.” Garanta o seu exemplar do livro “Celebre a Poesia que Existe em Você" neste link.


Confira o poema “Equilíbrio”, de Caroline Maciel Pereira:

Equilíbrio é saber se encontrar
Achar um caminho de paz
No meio do caos, respirar
E tentar mais uma vez
Nem que seja uma, duas, três
É buscar seu guia de sensatez

Deixar as emoções serem digeridas,
se permitir sentir sensações desconhecidas
Equilíbrio é saber o que te faz bem
E andar ao lado de quem importa
Fechar e abrir portas
Endireitar as linhas tortas

Conviver com os dois lados da moeda
Saber que castelos são feitos de pedras
E que são elas que nos fortalecem

.: Maju Coutinho e Alex Escobar e as expectativas para os desfiles do Rio


A dupla ainda terá a companhia de Pretinho da Serrinha e Milton Cunha, comentaristas da transmissão. Foto: Globo/João Cotta


O carnaval Globeleza voltará a reunir o Brasil na frente da TV no domingo, 19, e na segunda-feira, 20, para assistir aos desfiles das escolas de samba do grupo especial do Rio de Janeiro, cuja transmissão segue a cargo de Maju Coutinho e Alex Escobar.

A dupla, que passou um mês visitando barracão por barracão das agremiações na Cidade do Samba, apurou detalhes exclusivos para enriquecer a cobertura e já sugere uma tendência: vem aí um carnaval ainda mais grandioso. “O que está me chamou a atenção foi a grandiosidade, o tamanho dos carros eu acho que nunca foi tão grande. E o carnaval não está cabendo nos barracões da Cidade do Samba”, revela Escobar, ao lado de Maju, que observou outro sentimento entre os sambistas: “Percebi uma alegria nos componentes ao voltar para a Sapucaí em fevereiro. Ano passado, tivemos os desfiles em abril, havia uma sensação de grito represado na garganta pelo fato de não ter rolado desfile em 2021. Ano passado, em abril, houve desfile, mas esse ano é que será um Carnaval com C maiúsculo”.

 No domingo, dia 19, e na segunda-feira, dia 20, a transmissão começa após o "BBB23", Maju Coutinho e Alex Escobar ainda terão a companhia de Pretinho da Serrinha e Milton Cunha, que fazem os comentários sobre o desempenho de cada escola. Confira abaixo as entrevistas exclusivas da dupla de apresentadores do carnaval do Rio de Janeiro.  


Como foram as visitas aos barracões das escolas de samba?
Maju Coutinho - As visitas são sempre importantes, elas nos abastecem de informações que serão levadas para o telespectador. É do barracão que nasce o entendimento da história que vai ser contada na avenida.
Alex Escobar Excelentes! É um momento que a gente começa a viver muito de perto o carnaval e a gente sente a expectativa de quem está fazendo tudo acontecer. Os olhos brilhando dos carnavalescos, dos artistas que que trabalham diretamente nos carros, nas fantasias. Então é um momento mágico mesmo, de a gente ver o sonho daquelas pessoas, as ideias se concretizando. E nos ajuda a ter uma ideia do que vai ver na avenida também. 

 

Como é a expectativa para o carnaval agora passada a estreia no ano passado? O aprendeu da transmissão do ano passado?
Maju Coutinho Uma adrenalina com um pouco de maracujá desta vez. Tem a adrenalina, mas como não é estreia é um pouco menos assustador. No carnaval do ano passado, aprendi que é essencial pedir licença para pisar naquele solo sagrado e que a Sapucaí é quem manda. Trata-se de um espaço encantado onde vai acontecer o que esse lugar mágico quiser que aconteça. Então, que seja feita a vontade da Sapucaí!

 
Como vão se preparar para a maratona?
Maju Coutinho A preparação para a maratona é física, intelectual e espiritual. Estou cuidando da saúde com exercícios e alimentação balanceada, assistindo aos vídeos sobre os enredos e visitando barracões e, pedindo aos céus, para que os nossos caminhos estejam abertos e que a gente possa se comunicar bem.
Alex Escobar Olha, eu me preparo sempre do mesmo jeito. Tanto o futebol, quanto o carnaval, você se prepara o ano inteiro. Acompanho o noticiário de carnaval o ano inteiro, a disputa de samba, os enredos, as trocas de carnavalesco. Aí, quando chega o carnaval, estou tranquilo. Quanto à maratona de cansaço, faço uma adequação de fuso, vou esticando, aproveitando pra passar, limpo as informações que a gente colheu nos barracões ali para o nosso material de trabalho e vai. Costuma funcionar bem. 


Quem é você no carnaval?
Maju Coutinho A Maju do Carnaval varia de acordo com o ano: tem ano que quero botar o meu bloco na rua, ou quero ir atrás do trio elétrico, dançar ao toque do agogô. Neste ano, quero mesmo é pegar o telespectador pela mão para que ele se sinta dentro da avenida, apreciando cada detalhe, curtindo a bateria, se emocionando com o espetáculo. Quero valorizar nossa mais rica manifestação popular com clareza, presença, reverência e alegria.
Alex Escobar Sou um comunicador ali. Alguém que tenta ter a sensibilidade de jogar para o público as informações mais relevantes. Eu sou um entusiasta da festa, mas, ao mesmo tempo, me sinto como um convidado, uma parte pequena daquilo ali. A minha função é fazer os artistas brilharem. Não só os carnavalescos, cada passista, cada destaque, cada folião. Eles são os protagonistas. Eu sou um comunicador do que acontece ali. Para bloco eu não vou, estou velho, mas camarote, eu gosto. Eu procuro ir sempre no desfile das campeãs, e sempre escolho ali uma escola pra desfilar.

.: Carnaval em São Paulo: Aline Midlej e Rodrigo Bocardi comentam estreia


Veteranos no jornalismo, estreantes como comentaristas do Carnaval de São Paulo, Aline Midlej e Rodrigo Bocardi fizeram um reconhecimento da área, sagrada para muitos sambistas, no Anhembi. Foto: Globo / Daniela Toviansky

Aline Midlej e Rodrigo Bocardi deram um show na transmissão dos desfiles das escolas de samba do grupo especial de São Paulo. Antes, os dois estreantes fizeram um reconhecimento da área, sagrada para muitos sambistas, no Anhembi. “O que me motivou a aceitar esse convite, primeiramente, foi a questão de ter a possibilidade de extravasar esse meu lado descontraído de trabalho, que existe um pouco no ‘Bom Dia São Paulo’, no ‘Bom Dia Brasil’, mas sempre com alguma limitação que o próprio jornalismo requer. O carnaval nos abre uma possibilidade maior de interação e proximidade com o público”, acredita ele. Confira as entrevistas da nova dupla de apresentadores do carnaval de São Paulo.  

Como é sua relação com carnaval?
Aline Midlej - 
O carnaval compõe minhas melhores lembranças de infância, uma paixão desde quando meu pai me levava aos bailes com ele, na Bahia, e lá estava eu cheia de purpurina, vestidos com uma saia de tule bem espevitada. Tenho provas! (risos). Já adulta, além de curtir a festa, me conecto muito com a identidade cultural do carnaval, que fala sobre nós, sobre gente, nossa história é desafios. E essa grande festa está cada vez mais olhando para as realidades do país e isso é muito potente. Amplificar essa magia para o Brasil com a minha voz e coração é um presente.
Rodrigo Bocardi - Minha relação com o carnaval até então tinha sido nas transmissões como repórter, na maioria das vezes na concentração, na bateria, envolvimento de algumas reportagens no calor do desfile. Com esse compromisso de fazer a narração do carnaval de São Paulo, fui me aprofundar, ouvir as histórias das escolas, do samba, do enredo de cada uma delas. E é um aprendizado, preciso fazer um agradecimento por tanta riqueza compartilhada. Fico até emocionado e agradecido por tudo isso. Deveria ter me aprofundado mais no carnaval desde sempre. Estou fascinado com o que eu tenho ouvido agora, tanta pesquisa, tanto conhecimento, tanto estudo numa arte tão rica que é o carnaval. Estou feliz e com o compromisso de aprender cada vez mais e compartilhar isso com o público. Botei na cabeça, que meu objetivo é tentar fazer com que pessoas, que como eu que não dedicaram tanto tempo ao conhecimento do carnaval, possam fazer isso, porque é fascinante. 

   

Já desfilou?
Aline Midlej - 
Nunca! Já recebi convites, mas sempre havia alguma incompatibilidade. Esse ano mesmo a Viradouro me convidou para desfilar num carro que irá homenagear personalidades pretas, mas a agenda em São Paulo inviabilizou. Uma experiência a ser concretizada!
Rodrigo Bocardi: Não desfilei, apenas assisti, mas agora estou começando a ficar com vontade. Nessas visitas que eu fiz aos barracões, comecei provar algumas fantasias, fazer umas brincadeiras ali, e fora que você vai entrando nesse clima todo e dá vontade. Eu acho que depois de fazer uma narração de uma noite inteira de várias escolas, acho que isso esse desejo só vai aumentar. 

  

Como foram as visitas aos barracões?
Aline Midlej - 
Eu imaginava que seria importante para a nossa preparação, mas foi muito mais que isso. É uma imersão nos enredos, nas trajetórias das escolas, mas, também, nesse universo carregado de paixão e criatividade. É lindo ouvir os carnavalescos, o caminho das suas criações e imaginar isso se construindo na Avenida. Fui a um ensaio técnico também, o que completou a missão. Carnaval é amor e tudo tem uma razão de ser, para entender é preciso vivenciar de verdade.
Rodrigo Bocardi - As visitas foram riquíssimas. Exatamente por esse conhecimento que você vai adquirindo pelo compartilhamento de tudo aquilo que essas escolas estudaram durante o ano todo e desenvolveram. O que me chama atenção é o tanto de dedicação e de busca pelo conhecimento para poder desenvolver o enredo escolhido pela escola e a transformação em um enredo, em um grande desfile. Isso requer muita criatividade, muito conhecimento e essas pessoas vão muito a fundo. Isso vai desde ala a ala. Cada uma guarda uma história, cada detalhe, cada ponto de costura tem a ver com a história ali, a ser contada, a ser desenvolvida. 

 
Chegou a conversar com outros apresentadores?
Aline Midlej - 
Eu e Maju Coutinho trocamos algumas ideias antes da minha ida para São Paulo. Foi ótimo, sempre abre horizontes. Mas acho que acaba sendo uma entrega muito pessoal e particular de cada apresentador, o que garante personalidade e frescor pra transmissão. O público só ganha. Espero honrar a trajetória do carnaval de São Paulo, minha terra, com o mesmo  amor que tenho sentido a cada visita nos barracões.

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