domingo, 9 de julho de 2023

.: "Veraneio" é atração no Teatro do Sesc Santos no próximo sábado

Repeteco de parceria de sucesso reúne direção de Pedro Granato e texto de Leonardo Cortez; Clarisse Abujamra se soma ao time em espetáculo que estreia no Sesc Ipiranga. Foto: Nadja Kouchi

O espetáculo "Veraneio" traz uma história de reencontro familiar, dilemas e descobertas. Com texto de Leandro Cortez e direção de Pedro Granato, "Veraneio" tem apresentação no próximo sábado, dia 15 de julho, às 20h. O aniversário da mãe é o mote para o reencontro com três filhos amargurados, e ansiosos por conhecer o namorado que a mãe conheceu na praia durante a pandemia. Os dilemas e agonias do mundo pós pandêmico se misturam com a descoberta do amor na melhor idade. No elenco, Clarisse Abujamra, Glaucia Libertini, Leonardo Cortez, Maurício de Barros, Sílvio Restiffe e Tatiana Thomé.

A trama, que revela os desdobramentos tragicômicos de um encontro familiar em uma casa de praia, arrebatou público e crítica quando estreou no Sesc Ipiranga em janeiro de 2023, com ingressos esgotados. O público acompanha o reencontro de dona Laura e seus três filhos amargurados para celebrarem o aniversário da matriarca, interpretada por Clarisse Abujamra.

O cenário é a uma casa à beira-mar recém-comprada por uma das filhas, Hercília, decadente apresentadora de televisão e incomodada com a presença da mãe no seu refúgio. Ela e os irmãos, Silvio e Mario Sérgio, estão ansiosos para conhecer o novo e misterioso namorado de dona Laura, um animado professor de ginástica. A expectativa por esse encontro e as novidades que ele traz afetam a relação familiar.

"Veraneio" é um aprofundamento da pesquisa iniciada para "Pousada Refúgio", primeiro encontro da dupla Granato e Cortez, que estreou em 2018 e abordava o desmoronamento dos sonhos e da hipocrisia de dois casais de classe média. A obra foi sucesso de público e crítica e ganhou temporadas em vários teatros de São Paulo também no ano seguinte. A peça foi indicada a importantes prêmios para Leonardo Cortez como Shell, APCA e Aplauso Brasil e, entre as distinções de destaque, está a de melhor ator para Maurício de Barros no Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte). A história de sucesso das peças não se encerra no teatro: elas já estão sendo adaptadas para o cinema, em parceria com a produtora argentina PBA Cinema, responsável pela produção do filme “Medianeras”.

Assim como a antecessora, "Veraneio" trabalha um texto contemporâneo e inédito para refletir não só sobre os efeitos do isolamento e do afastamento das famílias, mas também do novo desafio que se coloca quando essas pessoas se reencontram com bagagens cheias de traumas, perdas, frustrações e angústias. O texto coloca o espectador e a sociedade no espelho, pois sua construção e suas referências estão muito ligadas às angústias vividas pelos brasileiros nos últimos anos, atravessando não só uma crise sanitária, mas turbulências políticas e econômicas. Apesar da carga dramática e emocional que essa discussão pode despertar, a peça também quer provocar pelo humor.

“Essa peça é uma comédia em que estamos rindo de nossa própria desgraça. Por isso muitas vezes sua graça é dolorida, porque o tombo é nosso. Uma vontade de fugir. Quem nos últimos anos não foi tocado em algum momento por esse impulso? Com o pesadelo político que vivemos nesses anos, a pandemia avassaladora e a crise? Mas como fugir da família? Essa espécie de instituição, esse agrupamento de afinidades e desavenças, esse núcleo visceral de pessoas com as mesmas raízes?”, questiona Granato.

Tudo é retratado por meio de diálogos ágeis e afiados, que marcam o estilo do dramaturgo, com a sensação de desestabilização das personagens. Inclusive a escolha do título da peça está ligada a essa intenção provocadora, esclarece Cortez, autor reconhecido no teatro por sua sensibilidade para tratar cotidianos e incômodos brasileiros. Além da vasta carreira na dramaturgia, ele fez sua estreia no cinema com o filme Down Quixote no Festival do Rio este ano.

“A palavra ‘veraneio’, referente à verão, me aponta um desdobramento. Um festival de verdades reveladas como uma sentença. Diálogo franco, nem por isso fácil com os dias de hoje, onde somos protagonistas de um festival de desentendimentos e ausência de escuta. Ao mesmo tempo, quanta comédia. Prefiro rir das minhas dúvidas. Tripudiar da minha tristeza”, explica Cortez.

A parceria entre Granato e Cortez promete se desdobrar num terceiro espetáculo que encerra “Trilogia da Fuga”.  “O objetivo é construir uma dramaturgia que investigue o movimento permanente de fuga das pessoas de suas rotinas massacrantes e as consequências disso para as relações pessoais. Em Pousada Refúgio, temos dois casais buscando a construção do sonho do refúgio. Em Veraneio, os personagens estão no refúgio propriamente dito. Nenhum deles consegue encontrar a paz pretendida porque o inferno está dentro de cada um. Na terceira peça, os personagens provavelmente tentarão fugir de si mesmos, no sentido figurativo e literal. Ainda estou estruturando as ideias e pesquisando o universo que pretendo retratar”, adianta Cortez.


Ficha técnica:
"Veraneio" no Teatro do Sesc Santos.
Idealização: Leonardo Cortez e Pedro Granato. Texto: Leonardo Cortez. Direção: Pedro Granato. Elenco: Clarisse Abujamra, Glaucia Libertini, Leonardo Cortez, Maurício de Barros, Sílvio Restiffe e Tatiana Thomé. Cenário e Adereços: Diego Dac. Iluminação: Beto de Faria. Figurino: Anne Cerutti. Cenotécnico: Roberto Tomasim. Costureira: Binidita Apelina. Assistente de Direção: Jade Mascarenhas. Assistente de Figurino: Luiza Spolti. Assistente de costura: Lis Regina. Produção Executiva: Carolina Henriques. Direção de Palco: Diego Dac. Técnico de Luz: Ariel Rodrigues e Beto de Faria. Técnica de Som: Jade Mascarenhas. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli. Fotos e Registro em Vídeo: Nadja Kouchi. Direção de Produção: Jessica Rodrigues. Realização: Contorno Produções e Pequeno Ato.


Serviço
"Veraneio" no Teatro do Sesc Santos.
Sábado, dia 15 de julho, às 20h. Teatro do Sesc Santos. Ingressos à venda: R$ 10,00 (credencial plena) a R$ 30,00 (inteira). Autoclassificação: a partir de 14 anos.

Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida - Santos.
Telefone: (13) 3278-9800. Site do Sesc Santos neste link. 
Instagram, Facebook e Twitter: @sescsantos . YouTube /sescemsantos  


Bilheteria Sesc Santos - Funcionamento    

Terças a sextas, das 9h às 21h30. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30.


"Veraneio" - Teaser da peça teatral



.: Tom Cruise mostra bastidores de salto de speedflying para "Missão Impossível"


Tom Cruise mostra bastidores de salto de Speedflying para "Missão: Impossível 7 - Acerto de Contas Parte Um". Uma das acrobacias mais perigosas já capturadas no cinema ganhou vídeo inédito


Cenas arriscadas são a especialidade de Tom Cruise e, em “Missão: Impossível 7 - Acerto de Contas Parte Um”, ele eleva todos os riscos realizando manobras nunca antes filmadas. Em vídeo inédito divulgado pela Paramount Pictures, o ator e a equipe contam sobre os bastidores da cena onde ele pratica speedflying, esporte radical que utiliza um mini parapente capaz de alcançar altas velocidades. O voo é feito em locais menores e de difícil acesso, próximo às encostas.

O diretor do filme, Christopher McQuarrie, conta que o esporte é um dos mais perigosos do mundo e que, para realizar a cena, eles pesquisaram e estudaram por muito tempo. "Um dos aspectos particularmente perigosos do speedflying é a proximidade do solo em que você está voando. E a outra é o risco da asa colapsar. É muito imprevisível”, afirma McQuarrie. Para a cena, Cruise explica: "[Eu queria] dar ao público a sensação de voar". Ele treinou por mais de três anos para a acrobacia de Speedflying, aterrissando a velocidades superiores a 80 km/h durante as filmagens em Lake Valley, Reino Unido.

Além do desafio de realizar a manobra com precisão, a filmagem também foi adaptada para que a câmera ficasse próxima o suficiente para capturar a acrobacia, mas sem interferir no voo. Um helicóptero ou um drone não conseguiriam se aproximar o suficiente para fazer a gravação, portanto, a equipe precisou construir um equipamento que acompanhasse o ator durante o salto.

"O desafio de fazer qualquer filme de ação normalmente é esconder o fato de que o ator não está realmente fazendo a acrobacia e que um dublê está fazendo isso por ele”, explica Christopher McQuarrie. “O oposto é verdadeiro em Missão: Impossível. Temos um ator que faz suas próprias acrobacias e estamos constantemente tentando desenvolver tecnologias para mostrá-lo fazendo isso. E com o speedflying, esse foi um desafio extremamente difícil", completa o diretor. “Missão: Impossível - Acerto de Contas Parte 1” é uma coprodução entre a Paramount Pictures e a Skydance e estreia nos cinemas de todo o país em 12 de julho.

Para acompanhar as novidades da Rede Cineflix, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site acessando o link: https://www.cineflix.com.br/. Todas as nossas informações divulgadas no site da rede Cineflix Cinemas e redes sociais oficiais estão sempre atualizadas e corretas. A programação é atualizada semanalmente sempre às terças-feiras à tarde com novas estreias sempre às quintas.

Em Santos, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, Gonzaga, em Santos, no litoral de São Paulo. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


"Missão: Impossível 7 - Acerto de Contas Parte 1": bastidores do voo de velocidade

sábado, 8 de julho de 2023

.: "Últimos Contos", de Anton Tchékhov, em uma edição fresquinha da Todavia


O livro "Últimos Contos", de Anton Tchékhov (1860-1904), traz a ficção breve que o autor produziu nos últimos anos de vida, quando dominava o gênero com maestria. Tchékhov é um dos maiores contistas da literatura universal. Nesse lançamento da editora Todavia, a capa é de Fernanda Ficher e a tradução, de Rubens Figueiredo.

Poucos escritores são tão influentes quanto o russo Tchékhov quando se fala em ficção curta. Seus contos, escritos ao longo de uma das mais fecundas carreiras da literatura universal, influenciaram diversas correntes da literatura modernista (basta pensar em autores como Katherine Mansfield, Raymond Carver e Clarice Lispector), chegando até a produção contemporânea — como o argentino Ricardo Piglia, que desenvolveu toda uma teoria do conto em grande parte inspirada na construção das histórias de Tchékhov.

Escritas num estilo límpido e aparentemente versando sobre eventos muito pouco espetaculares, as histórias de Tchékhov são um prodígio de condensação, penetração psicológica e apresentação do caldeirão social da Rússia do seu tempo, ainda estratificada entre nobres, burgueses que pressionavam a velha ordem e servos. Seus personagens, mesmo que retratando com muita argúcia os diversos tipos daquele país e de sua época (a segunda metade do século XIX), chegam até nós justamente porque parecem de carne e osso, e não apenas figuras construídas para exemplificar situações corriqueiras daquela era.

O conjunto aqui traduzido por Rubens Figueiredo traz alguns dos contos mais celebrados do autor russo, como “A Dama do Cachorrinho”, “Um Caso Médico” e “A Noiva”, entre outros exemplos da produção dos anos finais do escritor, já combalido pela tuberculose. São textos em que a arte da ficção breve alcança alguns dos pontos mais altos da história literária. E permanecem, ainda nos dias de hoje, como uma janela para sentimentos, sensações e pensamentos demasiado humanos, muitas vezes expressados com o silêncio mais eloquente.

“No entanto, pode-se dizer que, em regra, a significação e o teor crítico e emotivo das narrativas de Tchékhov decorrem menos de cenas ou enunciados explícitos que da relação entre a dimensão verbal e a realidade, entre o pensado e o vivido, entre o individual e o coletivo, entre um lado que fala e outro que não fala, mas pressiona em surdina. É justamente essa pressão que entreouvimos, de fato, nos contos”, escreve Rubens Figueiredo na esclarecedora introdução a este volume. Distantes do silêncio, as histórias de Tchékhov ainda prometem ressoar nos próximos séculos. Compre o livro "Últimos Contos", de Anton Tchékhov, neste link. 


O que disseram sobre o livro
“As histórias de Tchékhov são tão maravilhosas (e necessárias) agora quanto no momento em que apareceram pela primeira vez […]. Ele produziu obras-primas, histórias que nos emocionam, assim como nos encantam e comovem, que expõem nossas emoções de maneiras que somente a verdadeira arte consegue fazer.” — Raymond Carver

“Que escritores me influenciaram quando jovem? Tchékhov! Como dramaturgo? Tchékhov! Como um escritor de histórias? Tchékhov!” — Tennessee Williams


Sobre o autor
Anton Tchékhov nasceu em 1860 em Taganrog, um porto no Mar de Azov, na Rússia. Após receber uma educação clássica em sua cidade natal, mudou-se para Moscou em 1879 para estudar medicina, diplomando-se em 1884. Ainda nos tempos de faculdade conseguiu sustentar sua família graças a histórias humorísticas, contos e esquetes publicados com enorme sucesso em diversas revistas e jornais. Estreou em livro em 1886, e no ano seguinte já receberia o prêmio Púchkin pelo seu segundo livro. 

Suas histórias mais famosas foram escritas depois que retornou da temerária viagem à ilha de Sacalina. A montagem por Stanislávski de sua peça "A Gaivota", de 1898, consolidou sua fama no teatro, gênero em que deixou alguns dos mais importantes textos da história, como "Tio Vânia", "Três Irmãs" e "O Jardim das Cerejeiras". Com a saúde debilitada após contrair tuberculose, mudou-se para Ialta, onde entrou em contato com Tolstói e Górki, e seria nesta cidade na costa do Mar Negro que passaria o resto de seus dias. Em 1901, casou-se com Olga Knipper, atriz do Teatro Artístico de Moscou. Morreu em 1904. Garanta o seu exemplar de "Últimos Contos", escrito por Anton Tchékhov, neste link. 


Trecho do livro
Pouco depois, já nem pensava mais em Serguei Sergueitch nem nos seus cem rublos. A madrugada estava silenciosa, sonhadora, muito clara. Quando olhou para o céu daquela noite enluarada, Podgórin teve a impressão de que só ele e a lua estavam acordados, tudo o mais dormia ou, pelo menos, cochilava; e no seu pensamento não havia nem gente nem dinheiro, e, pouco a pouco, seu estado de ânimo se tornou sereno, apaziguado, ele se sentiu unido àquele mundo e, no silêncio da madrugada, o rumor dos próprios passos lhe pareceu muito triste.

O jardim era contornado por um muro de pedras brancas. No lado que dava para o campo, no canto direito, havia uma torre, construída muito tempo antes, ainda na época da servidão. Embaixo, a torre era feita de pedra e, em cima, de madeira, com um patamar, tinha o telhado em forma de cone, com uma agulha comprida, na qual se via um negro cata-vento. No térreo, havia duas portas, de modo que era possível passar do jardim para o campo, e para cima, rumo ao patamar, havia uma escada que rangia sob o peso dos pés. Embaixo da escada, amontoavam-se velhas poltronas quebradas, e o luar, que agora penetrava pela porta, iluminava as poltronas, e elas, com suas pernas tortas e viradas para cima, pareciam ter ganhado vida de madrugada e ali, no silêncio, era como se estivessem à espera de alguém.

Podgórin subiu pela escada até o patamar e sentou-se. Logo depois do muro, havia uma vala com uma mureta, para marcar a divisa, e depois vinha o campo, vasto, iluminado pelo luar. Podgórin sabia que seguindo em linha reta, à frente, a três verstas do jardim, ficava o bosque, e agora ele tinha a impressão de estar vendo, ao longe, uma faixa escura. As codornas e as codornizes piavam; de vez em quando, do lado do bosque, vinha o canto de um cuco, que também estava acordado.

Soaram passos. Alguém caminhava pelo jardim, na direção da torre. Um cachorro latiu.

Juk! — ordenou uma voz baixa, de mulher. — Juk! Para trás!

De baixo, veio o som de alguém entrando na torre e, após um minuto, surgiu na mureta o cão negro, velho conhecido de Podgórin. Ele parou, olhou para cima, para o lugar onde Podgórin estava sentado, e abanou o rabo com ar amistoso. Em seguida, após um breve intervalo, como uma sombra que saísse da vala escura, ergueu-se um vulto branco que também parou na mureta. Era Nadiejda.

O que você está vendo lá? — perguntou ela para o cachorro, e se pôs a olhar para cima. Não estava vendo Podgórin, mas na certa sentia sua presença, pois sorriu, e o rosto pálido, iluminado pela lua, parecia feliz. A sombra negra da torre, que se estendia até bem longe, sobre a terra, pelo campo, o vulto branco e imóvel, com um sorriso de enlevo no rosto pálido, o cachorro preto, as sombras dos dois — tudo parecia um sonho… 

Alguém está lá em cima… — falou Nadiejda, baixinho.

Ficou parada, à espera de que Podgórin descesse ou a chamasse para junto dele e, afinal, se declarasse, e os dois seriam felizes, naquela madrugada linda e serena. Branca, pálida, esguia, muito bonita à luz da lua, ela esperava carinhos; seus constantes sonhos de felicidade e amor a consumiam, ela já não tinha mais forças para esconder seus sentimentos e toda sua figura, os olhos radiantes, o sorriso feliz e imutável, revelavam seus pensamentos secretos, e Podgórin ficou encabulado, retraiu-se, emudeceu sem saber se devia dizer algo que transformasse tudo em mera brincadeira, como era seu costume, ou manter-se calado, e então sentiu uma irritação e só conseguiu pensar que ali, naquele jardim, numa noite de luar, perto de uma jovem bela, apaixonada, sonhadora, ele se sentia tão indiferente quando na rua Málaia Brónnaia — e, sem dúvida, era por isso que, para ele, essa poesia era tão obsoleta quanto aquela prosa grosseira.

Obsoletos também eram os encontros ao luar, as figuras femininas brancas e de cinturas finas, as sombras misteriosas, as torres, os jardins e os “tipos” como Serguei Sergueitch, e também como ele mesmo, Podgórin, com seu tédio frio, sua irritação constante, sua incapacidade de adaptar-se à vida real, sua incapacidade de tomar da vida aquilo que ela podia oferecer, e com essa lamuriosa e enfadonha sede de algo que não existe nem pode existir neste mundo. E agora, ali sentado naquela torre, ele preferia uns fogos de artifício bonitos ou algum desfile ao luar ou Vária recitando de novo “A Estrada de Ferro” ou mesmo outra mulher que, de pé na mureta, lá onde agora estava Nadiejda, contasse algo interessante, novo, sem nenhuma relação com o amor nem com a felicidade e, no entanto, se falasse de amor, que fosse como um chamado para novas formas de vida, elevadas e racionais, cuja véspera já estamos vivendo, talvez, e que às vezes até pressentimos…

.: Entrevista: Ian Ramil mantém pulsando a veia artística da família


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Fotos: Carine Wallauer.

Filho do músico Vitor Ramil e sobrinho da dupla Kleiton e Kledir, Ian Ramil dá sequência a sua carreira na música com seu terceiro disco, intitulado "Tetein", inspirado no nascimento de sua primeira filha, Nina. O trabalho foge um pouco da característica e sonoridade dos dois primeiros trabalhos, ao mesmo tempo em que aponta novos horizontes para o jovem músico gaúcho, que já conquistou um Grammy Latino (com seu segundo disco, "Derivacivilização"). Em entrevista para o Resenhando.com, Ian Ramil conta como se deu o processo de produção desse novo trabalho e a sua relação com os demais familiares músicos. “A Música sempre fez parte da minha vida”.


Resenhando.com – Esse seu terceiro disco tem uma sonoridade singular, inspirada no nascimento de sua filha. E foge um pouco do tipo de sonoridade explorada nos álbuns anteriores. Não. Houve receio de explorar esse caminho?
Ian Ramil –
Não tive qualquer receio. Na verdade, o meu primeiro disco já tinha algumas canções mais leves, que exploravam um som mais acústico.  Estava interessado em não ter bateria e guitarra, fugir do ruído, algo muito presente no meu disco anterior ("Derivacivilização"). Procurei um universo mais delicado. Isso foi o que me norteou desde sempre. Mas não tive qualquer tipo de medo de seguir por esse caminho.

Resenhando.com – Como foi seu início na música?
Ian Ramil –
Venho de uma família essencialmente musical. Meu pai, Vitor Ramil, e meus tios Kleiton e Kledir já atuam desde os anos 70 e 80 na música. Sempre tinha um violão em casa dando sopa. Fui aprendendo tendo sempre um contato bem legal com eles, que sempre me aconselham e dão toques importantes. Eu comecei a tocar e compor profissionalmente meio tarde, aos 24 anos. Fiz teatro e atuei em algumas pelas e produções na TV. Até chegar no meu primeiro disco.

Resenhando.com – O Rio Grande do Sul já lançou várias bandas com relativo sucesso. Como está hoje o mercado cultural nessa região?
Ian Ramil –
Infelizmente enfrentamos recentemente um período muito complicado na área cultural, com poucos investimentos por parte do governo. Continuamos lançando novos talentos no Sul, mas as oportunidades para divulgação cessaram de forma brusca. Nos anos 80 o mercado era capitaneado pelas gravadoras, que investiam no artista e na sua divulgação. Hoje em dia ficou bem mais difícil. Mas acredito que esse panorama possa mudar.

Resenhando.com – Mas alguns dizem que ficou mais fácil produzir um disco.
Ian Ramil –
De uma certa forma, a internet democratizou um pouco o acesso a música e a divulgação dos trabalhos. O problema é que se perdeu um norte que tínhamos para divulgar novos trabalhos. Se os governos oferecerem condições para que nós possamos divulgar, ficaria muito mais fácil para o artista e para o público ter acesso aos nossos trabalhos

Resenhando.com – Como foi conquistar o Grammy Latino?
Ian Ramil –
Foi uma loucura. O segundo disco ("Derivacivilização") foi lançado de forma independente. Foi gravado praticamente em casa. Aí o pessoal do selo resolveu inscrever o disco no Grammy. E surpreendentemente ele recebeu o prêmio. Foi algo inesperado. Mas serviu de estímulo para desenvolver a carreira na música.

Resenhando.com – Você prefere compor sozinho ou é aberto para fazer parcerias na música?
Ian Ramil –
Eu sempre estou aberto para estabelecer parcerias. No "Tetein" tem parcerias com Luiz Gabriel Lopes ("O Mundo É Meu País"), Poty ("Lego Efeito Manada" e "Homem-bomba") e Juliana Cortes ("Macho-rey"). Tenho coisas autorais, mas não me importo em trabalhar com algum outro parceiro ou parceira que se identifique com o tipo de trabalho que desenvolvo.

Resenhando.com – Quais são seus planos para shows?
Ian Ramil 
 O lançamento de "Tetein" nos palcos será no dia 3 de agosto, no Theatro São Pedro, em Porto Alegre. No show estarei acompanhado de Pedro Petracco (voz, controladores, pads e percussões) e Bruno Vargas (voz, baixo, controladores), entre outras participações. Temos intenção de levar esse trabalho para outros estados. E quero ver se consigo convidar músicos das cidades em que for me apresentar. Seria uma troca de experiência muito interessante.

"O Bichinho"

"Macho-Rey"

"Tetein"



.: "A Golondrina" retorna ao teatro com Tania Bondezan e Luciano Andrey


Sucesso de crítica e público, texto inspirado no ataque homofóbico que aconteceu no bar Pulse, em Orlando, retorna aos palcos na Sala Bravos Multi. Espetáculo, já montado em diversos países do mundo, discute a liberdade, diversidade e a aceitação. Foto: Odilon Wagner


“O que nos torna humanos?". Para Amélia, personagem de Tânia Bondezan, a resposta encontra-se na capacidade de sentir a dor dos outros "como se fosse nossa”. Este sentimento é a espinha dorsal de "A Golondrina". Com texto do premiado autor barcelonês Guillem Clua e direção de Gabriel Fontes Paiva, o espetáculo no elenco Tania Bondezan (que também assina a tradução) e Luciano Andrey. O espetáculo já foi montado em Londres, Espanha, Grécia, Porto Rico, Peru, Uruguai entre outros países.

O texto é inspirado no ataque terrorista ao bar Pulse, que aconteceu em Orlando (EUA), em junho de 2016, mas nele também ecoam as tragédias do bar Bataclan, em Paris (França), do calçadão em Nice, Las Ramblas de Barcelona. É uma tentativa de compreender a insensatez do horror, as consequências do ódio e as estratégias que usamos para que eles não nos destruam a alma.


Baseado em uma história real
Inspirado no ataque terrorista homofóbico que aconteceu no bar Pulse, em Orlando (EUA), em junho de 2016, o espetáculo mostra o emocionante encontro de Ramón (Luciano Andrey), sobrevivente de um ataque semelhante, com Amélia (Tania Bondezan), uma severa professora de canto, que também tem sua história ligada a esse trágico evento. Os personagens vão revelando detalhes de suas histórias, que se entrelaçam como num quebra-cabeças.

”A obra me encantou de tal maneira que, enquanto lia o texto pela primeira vez, parecia que aquelas palavras cabiam na minha boca, como se eu tivesse vivido tudo aquilo. Foi amor à primeira vista. Minha personagem Amélia, que, por coincidência, é o nome da minha mãe, é uma mulher severa e sofrida, sobrevivente de uma tragédia. A vida foi mais generosa comigo, mas somos ambas mães que amam e protegem suas crias, que tentam acertar e carregam culpa o tempo todo, o que nos aproxima. Representá-la é um exercício de mergulhar nas minhas emoções”, conta Tania Bondezan.

“A Golondrina é uma das peças mais comemoradas de Guillem Clua. É uma obra que fala sobre liberdade, diversidade e, sobretudo, sobre aceitação, temas tão caros nos dias que vivemos em todos os lugares do mundo e especialmente aqui no Brasil. O ataque ao Bar Pulse deixou 49 vítimas do preconceito e da homofobia. Mas aqui no nosso país, este tipo de ataque ocorre quase que diariamente e mais grave ainda, de maneira silenciosa. Isso justifica a necessidade de montar este texto atualíssimo, que fala de relações humanas, familiares e da necessidade do entendimento e do perdão. Quando os dois personagens se encontram, eles têm dois caminhos a seguir: podem optar pelo ódio ou caminhar juntos. Ambos têm razões para causarem ainda mais danos além do que sofreram ou se reconhecer na dor um do outro para não permitir que vença o instinto animal”, completa a atriz e tradutora.

Já o diretor Gabriel Fontes Paiva considera Guillem Clua um dos melhores autores contemporâneos. “Ele me impressionou muito porque tem uma escrita muito eficiente, objetiva e surpreendente; consegue prender a atenção o tempo todo com maestria. Fiquei muito feliz com o convite dos produtores Ronaldo Diaféria, Tania Bondezan e Odilon Wagner para dirigir essa peça maravilhosa. Tania é uma atriz intensa, madura, cheia de talentos e Luciano é um ator extremamente sensível e dedicado”, revela Gabriel.

Seus últimos trabalhos como diretor foram “Marte Você Está Aí? ”, em 2017, texto de Silvia Gomez, com Selma Egrei, Michelle Ferreira e Jorge Emil no elenco, e em 2015 dirigiu “Uma Espécie de Alasca”, de Harold Pinter, com Yara de Novaes, Mirian Rinaldi e Jorge Emil. Gabriel também é co - fundador do Grupo 3 de Teatro, ao lado de Yara de Novaes e Débora Falabella.

O espetáculo trata de temas universais e isto é o que mais fascinou o ator Luciano Andrey. “O texto poderia se passar em qualquer grande cidade do mundo. Os temas que ele trata - sem maniqueísmos - são absolutamente pertinentes ao momento atual. Expõe o ponto de vista completamente distinto de dois personagens sobre determinado fato, mas sem julgamentos. Ambos têm razão em suas questões. Ao invés de assumir a posição de um deles, o autor propõe uma reflexão sobre a nossa capacidade de se colocar no lugar do outro e sermos empáticos, que acredito ser a chave para as mazelas humanas”, diz. O texto já ganhou diversos prêmios pelo mundo, como o Prêmio MAX 2019, Off West End London Theater Award 2017, Queer Theater 2018 (Atenas, Grécia).


Sobre Guillem Clua
Nascido em 1973 em Barcelona, Guillem Clua é dramaturgo, roteirista e diretor teatral, formado em jornalismo pela Universidade Autônoma de Barcelona. Ele também morou em Nova Iorque e na Inglaterra, quando estudou na London Guildhall University com uma bolsa de estudos Erasmus. Clua baseia seu trabalho em suas experiências pessoais para abordar temas atemporais (como a questão da identidade) e contemporâneos (como a Guerra do Iraque). Suas obras têm trajetória internacional, tendo sido traduzidas para o inglês, italiano, alemão e francês. Entre os vários prêmios que o autor recebeu, estão o Butaca 2011, o Time Out 2013 e o Max 2017.

Os críticos descreveram o trabalho do dramaturgo como multidisciplinar e eclético, e como tendo uma preocupação especial pela estrutura narrativa e o argumento. Algumas de suas peças são "A Pele em Chamas", "O Gosto das Cinzas", "A Golondrina", "Marburg", "Invasão", "Assassino", "73 Razões Para Deixar-te", "Morte em Veneza", "No Deserto", "Smiley" e "Al Damunt Dels Nostres Cants".


Ficha técnica
"A Golondrina".
Texto: Guillem Clua, um dos mais premiados autores da atualidade. Direção: Gabriel Fontes Paiva. Elenco: Tania Bondezan (Vencedora melhor atriz -Prêmio Shell 2019) e Luciano Andrey (Premiado ator e tradutor de Teatro Musical). Tradução: Tania Bondezan. Idealização: Ronaldo Diaféria. Cenógrafo e figurinista: Fabio Namatame. Assistente de direção: Ana Paula Lopez. Desenho de luz: André Prado e Gabriel Fontes Paiva. Trilha sonora: Luisa Maita. Preparação vocal: Jonatan Harold. Montagem/Direção de cena/Contrarregra: Tadeu Tosta. Arte gráfica: Rodolfo Juliani. Produção: Ronaldo Diaféria, Odilon Wagner e Tania Bondezan. Produção executiva: Jade Minarelli. Temporada: até dia 30 julho. Classificação: 14 anos. Duração: 100 minutos


Serviço
"A Golondrina". 
Horários: sextas e sábados, às 20h00, e domingos às 18h00. Ingressos: entre R$ 40 e R$ 80. Ingressos on-line: www.golondrina.art.br. Horário da bilheteria: de terça a domingo, das 13h às 19h, ou até o início do último espetáculo. Formas de pagamentos aceitas na bilheteria: aceitamos todos os cartões de crédito, débito e dinheiro. Não aceitam cheques. Crianças menores de dois anos de idade (1 ano, 11 meses e 30 dias) não pagam entrada desde que assistam o espetáculo/show no colo do responsável. Sala Bravos Multi | 150 lugares. Complexo Aché Cultural. Rua Coropé, 88 - Pinheiros - São Paulo. Complexo Aché Cultural, entre as Avenidas Faria Lima e Pedroso de Morais. Abertura da casa: uma hora antes do espetáculo. Café no 3º andar. Acessibilidade para deficiente físico e obesos. Estacionamento: MultiPark - R$ 39,00 (até 3 horas).

.: "Nasci pra Ser Dercy", com Grace Gianoukas, tem apresentações gratuitas


Sucesso de público e crítica, o espetáculo "Nasci Pra Ser Dercy", que presta homenagem a uma das maiores atrizes do país, faz apresentações gratuitas entre os meses de julho e agosto por vários bairros de São Paulo. Foto: Heloísa Bortz

O monólogo “Nasci pra ser Dercy”, estrelado por Grace Gianoukas e escrito e dirigido por Kiko Rieser, presta uma homenagem a Dercy Gonçalves, uma das maiores atrizes do século XX, que faleceu há 15 anos, aos 101 anos, sem que jamais tenha havido nos palcos brasileiros uma peça que a homenageasse. Até agora!

Desde a estreia, no dia 13 de janeiro, em São Paulo, o espetáculo faz um enorme sucesso de público e crítica, com temporada prorrogada na cidade. A turnê nacional começou em maio e o sucesso continua por toda a cidade em que passa. 

O texto busca unir o apelo popular e o carisma de Dercy a uma profunda pesquisa que mostra a importância, muitas vezes ignorada, da atriz para o teatro brasileiro e para a liberdade feminina, bem como sua inquestionável singularidade.

Desbocada e defensora da mais profunda liberdade, era muito recatada em sua vida íntima, chegando a se casar e enviuvar anos depois ainda virgem. Contestava frontalmente a censura da ditadura militar, mas se recusava terminantemente a levantar bandeiras políticas específicas que não fossem a da irrestrita liberdade e do respeito a todas as formas de existir.

A atriz se consagrou como vedete do Teatro de Revista, mas sua maior contribuição ao nosso teatro se deu ao levar essa expertise para a comédia popular, que ela revolucionou inteiramente, trazendo textos fundamentais para o Brasil e instaurando uma nova forma de interpretar, que rompia com todos os padrões e inaugurava em nossos palcos uma representação genuinamente brasileira. Amada por quase todo o país, Dercy Gonçalves é uma figura largamente reconhecida, mas pouco conhecida de fato.

“Dercy Gonçalves é retratada quase sempre como apenas uma velha louca que falava palavrão”, fala Kiko Rieser, que no texto procura revelar ao público a mulher grandiosa e complexa que ela foi. “Uma atriz vinda do teatro de revista que recriou a comédia brasileira. Uma mulher que era chamada de puta, mas que casou e enviuvou virgem, iconoclasta e devota, libertária mas avessa a qualquer bandeira, inclassificável e singular”, completa o autor.


Sinopse
A peça começa com uma atriz, Vera, entrando no estúdio para fazer teste para o papel de Dercy Gonçalves em um filme. Conforme vai dando suas falas, ela se revolta contra o roteiro, cheio de estereótipos. Sua mãe era grande fã de Dercy e por isso Vera cresceu conhecendo e sendo influenciada pelo exemplo dessa artista icônica. Ela então, transformando-se em Dercy, começa a mostrar quem realmente foi essa mulher à frente de seu tempo.

Ficha técnica
Texto e direção: Kiko Rieser. Atriz: Grace Gianoukas. Voz em off: Miguel Falabella. Diretor de produção: Paulo Marcel. Cenário e figurino: Kleber Montanheiro. Desenho de luz: Aline Santini. Trilha sonora original e arranjos: Mau Machado. Canção “Malandrinha”: Freire Júnior. Canção-tema “Só Sei Ser Dercy”: Danilo Dunas e Pedro Buarque. Visagismo: Eliseu Cabral. Assistência de direção: André Kirmayr. Preparação corporal: Bruna Longo. Preparação vocal: André Checchia. Colaboração no processo: Fernanda Lorenzoni. Assistência de figurino: Marcos Valadão. Cenotécnica: Evas Carreteiro. Design gráfico: Letícia Andrade (Nós Comunicações). Assessoria de imprensa: Flavia Fusco Comunicação. Mídias sociais: Pierre Nunes. Fotos: Heloísa Bortz. Assessoria jurídica: Ana Capozzi. Produção local: Little John. Produção nacional: Ventilador de Talentos.


Serviço 
Apresentações gratuitas de "Nasci pra Ser Dercy", com Grace Gianoukas

Julho
9 de julho, às 20h – CC Diversidade
21 de julho, às 19h - CEU Cidade Dutra
26 de julho, às 15h - CEU Jambeiro


Agosto
2 de agosto, às 21h - Teatro Alfredo de Mesquita
8 de agosto, às 15h - Céu Lajeado
9 de agosto, às 21h - Teatro Cacilda Becker
16 de agosto, às 21h - Teatro Athur Azevedo
23 de agosto, às 21h - Teatro Paulo Eiró

.: Pré-estreias de “Missão Impossível 7” acontecem na rede Cineflix Cinemas


A nova aventura de Ethan Hunt (Tom Cruise) chega aos cinemas em uma pré-estreia de três dias. Na rede Cineflix Cinemas, haverá sessões de “Missão Impossível 7 - Acerto de Contas Parte 1” neste sábado, dia 8 de julho, domingo, dia 9, e quarta-feira, dia 12. Em Santos, as sessões do final de semana acontecem às 20h30, e na quarta, às 20h00.

O filme tem lançamento marcado para o dia 13 de julho, mas chega antes à Cineflix com as sessões de pré-estreia. A superprodução estrelada por Tom Cruise e dirigida por Christopher McQuarrie é o sétimo filme da saga e traz Ethan Hunt em mais uma aventura eletrizante contra inimigos perigosos. 

O elenco conta ainda com Rebecca Ferguson (Ilsa Faust), Simon Pegg (Benji Dunn) e Luther Stickell (Ving Rhames). Desta vez, a equipe do IMF recebe uma nova missão: rastrear uma nova e aterrorizante arma que, se cair em mãos erradas e perigosas, pode ser uma verdadeira ameaça para a humanidade. Esse é mais um daqueles filmes que tiram o nosso fôlego numa sequência de ações frenéticas na telona.

Neste domingo, dia 9, a noite do programa "Fantástico" tem prevista uma participação para lá de especial. A repórter Bianca Rothier viajou a Roma, na Itália, para entrevistar o ator Tom Cruise, protagonista do filme "Missão: Impossível - Acerto de Contas Parte 1", que tem um investimento que chega perto de R$ 1,5 bilhão. Boa parte da trama tem a capital italiana como cenário. Como de hábito, os fãs da franquia podem esperar muita ação e cenas perigosas do astro americano.

"Eu penso em como posso entreter o público. Porque, em primeiro lugar, eu também sou público. Eu vejo filmes, gosto de me sentar numa sala de cinema comendo minha pipoca, olhando para as pessoas que estão lá e aproveitando essa experiência comunitária", ressalta o ator de 61 anos, que costuma dispensar dublês para cenas mais perigosas e tem na ponta da língua a receita para tanta energia. "É o interesse pelas pessoas e pela vida. Eu sempre fui curioso. Faço filmes há 44 anos e aprendo todo dia, nunca acaba".

Para acompanhar as novidades da rede Cineflix Cinemas, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site acessando o link: https://www.cineflix.com.br/. Todas as informações divulgadas no site da rede Cineflix e redes sociais oficiais estão sempre atualizadas. A programação é atualizada semanalmente sempre às terças-feiras à tarde com novas estreias sempre às quintas.

Em Santos, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, Gonzaga, em Santos, no litoral de São Paulo. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


Pré-estreia da semana no Cineflix Santos


"Missão Impossível 7: Acerto de Contas - Parte Um"Ingressos on-line neste link
Gênero: ação, aventura e espionagem. Classificação: 12 anos. Duração: 2h43. Ano: 2023.  Idioma: inglês. 
Distribuidora: Paramount Pictures. Roteiro: Christopher McQuarrie, Erik JendresenDireção: Christopher McQuarrie. Elenco: Ving Rhames, Tom Cruise, Simon Pegg. Sinopse: Ethan Hunt, agente do FMI, aventura-se novamente em "Missão Impossível - Acerto de Contas Parte 1", sétimo longa da série de filmes "Missão Impossível".

Sala 4 (legendado) 
8/7/2023 - Sábado: 20h30
9/7/2023 - Domingo: 20h30
12/7/2023 - Quarta-feira: 20h00

sexta-feira, 7 de julho de 2023

.: Contos de Pedro Almodóvar retornam às livrarias brasileiras em única edição


Pela primeira vez reunidas, "Patty Diphusa" e "Fogo nas Entranhas" marcam a estreia do cineasta espanhol na literatura

Foi no decorrer da década de 1980 que Pedro Almodóvar, um dos diretores de cinema mais prestigiados e conhecidos do mundo, escreveu uma série de crônicas para a revista La Luna de Madrid. Anos depois, o grande editor Jorge Herralde propõe a publicação destes textos e o resultado é a obra "Patty Diphusa e Fogo nas Entranhas", que chega pela primeira vez às livrarias em edição única pelo selo Tusquets, da editora Planeta. O livro é formado por duas histórias principais e marcam a estreia do cineasta na literatura.

A primeira parte da obra traz as memórias devassas da narradora-protagonista Patty Diphusa, uma estrela de filmes adultos que, ao contar suas experiências mais íntimas, reflete sobre a cena de Madri na década de 1980, regada a sexo e drogas. “Entre a quantidade de personagens femininas que escrevi, Patty é uma de minhas favoritas. Uma garota com tanta vontade de viver que nunca dorme, naïf, terna e grotesca, invejosa e narcisista, amiga de todo mundo e de todos os prazeres e disposta sempre a ver o melhor lado das coisas”, escreve Almodóvar no prólogo da obra.

Já a segunda parte é protagonizada por um grupo de cinco mulheres, cujas vidas se cruzam pelo mútuo envolvimento com um chinês sentimental, dono de uma fábrica de absorventes íntimos e que, de tanto ser traído, se transforma no vilão da história. Para esta edição, os textos contaram com a tradução de Eric Nepomuceno, que já fez versões para o português de obras de importantes autores, como Jorge Luis Borges, Julio Cortázar e Gabriel García Márquez, além trazer na capa a ilustração do projeto gráfico original.

Reflexo dos sentimentos de Almodóvar em meio a balbúrdia do movimento cultural dos anos 1980, "Patty Diphusa e Fogo nas Entranhas" passeia entre a ficção e a não ficção, ao mesmo tempo, explorando de maneira instigante, despojada, repulsiva e empolgante as reflexões do autor sobre os círculos artísticos de Madrid. “Me alegra muito que esses textos se transformem em livro, embora, quando os escrevia, nunca estivesse seguro de que iria escrever o capítulo seguinte”, conta Almodóvar. Ganhador de mais de 150 prêmios, incluindo Oscar e Globo de Ouro, o cineasta encerra o texto com um convite. “Para terminar, só me resta pedir que leiam este livro com a mesma falta de pretensão com que ele foi escrito.”, finaliza. Compre o livro "Patty Diphusa e Fogo nas Entranhas", de  Pedro Almodóvar, neste link.


Trechos do livro

Sempre descubro motivos para ser otimista. É que, apesar de ser uma sex symbol, sou bastante equilibrada.

A VIDA é muito efêmera, às vezes você não tem outro remédio a não ser fazer tudo ao mesmo tempo, se quiser tirar algum proveito dela.

Eu me chamo PATTY DIPHUSA e pertenço a esse tipo de mulheres que protagonizam a época em que vivem. Minha profissão? Sex symbol internacional ou estrela internacional de pornô, como quiserem chamar.

Estupefato, Ming ficou olhando para ela. Não sabia por que, mas o cinismo de Mara o deixava paralisado. Naquele momento, pensou coisas muito feias sobre ela, mas não conseguiu falar. Foi até a janela e a viu com um homem do mundo que a esperava em seu automóvel.

Sobre o autor
Pedro Almodóvar
é um dos cineastas mais prestigiados do mundo. Nascido em 1949, na Espanha, o diretor também é roteirista, ator e produtor de cinema. Seu trabalho já lhe rendeu mais de 150 prêmios por filmes como "Tudo Sobre Minha Mãe", "A Pele que Habito" e "Dor e Glória". Marcada pelo melodrama, irreverente humor, cores ousadas, citações da cultura popular e complexas narrativas, sua obra tem criado grande impacto mundial nas últimas décadas. Garanta o seu exemplar de "Patty Diphusa e Fogo nas Entranhas", escrito por Pedro Almodóvar, neste link.


O que disseram sobre o livro
"Após ler as peripécias de Patty e do Fogo, percebo o quão desconcertada estou, mas por isso mesmo altamente estimulada. Histórias hilárias, controversas, curiosas, provocadoras, cabelo em pé, olhos arregalados. ‘Eu li isso mesmo?’ Li. Gargalhadas e tesão, sem culpa. The lícia. The lírio.” - Letrux

.: Livro "Ler Pessoa", de Jerónimo Pizarro, presta um tributo à pluralidade


A editora Tinta-da-China Brasil lança o ensaio "Ler Pessoa", de Jerónimo Pizarro, que presta um tributo à pluralidade de Fernando Pessoa, revelando como ler o autor a partir de seu vasto legado. Neste ensaio autor presta um tributo à pluralidade de Fernando Pessoa, revelando como ler Fernando Pessoa a partir de seu vasto legado e com a ajuda de leitores que vieram antes de nós: pesquisadores, editores, tradutores. 

Em diálogo com a tradição crítica, constrói um guia de leitura dos heterônimos Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, e dedica atenção especial ao Livro do desassossego, que os pesquisadores editam sem cessar com fragmentos deixados pelo escritor. Multiplicado em personas diversas ou unificado em autor genial, Fernando Pessoa se deixa conhecer pelos leitores instigados pela sua criação. Compre o livro "Ler Pessoa", de Jerónimo Pizarro, neste link.

Sobre o livro
Para alguns pesquisadores e críticos, Fernando Pessoa tinha uma unidade psíquica básica, um eixo de onde derivava uma miríade de figuras: ele era o próprio sol de um universo. Para outros, ele nem existiu - era um vácuo, um ser que tinha anulado a si mesmo, um corpo desencarnado estourado em mil sujeitos. 

Para um terceiro grupo de leitores pessoanos, o autor português foi, na verdade, um dramaturgo múltiplo, e para compreendê-lo era preciso olhar para os monólogos de cada personagem, a interação entre eles e todos os fios que os reúnem numa única teia.

Essa abundância de metáforas para tentar apreender o fenômeno Fernando Pessoa, este autor fundamental do século 20, atesta o enigma que ele deixou após sua morte: como entender um escritor de tantas facetas, que em vida publicou apenas um livro, "Mensagem", além de textos esparsos em revistas? 

Jerónimo Pizarro, grande especialista na obra pessoana e coordenador da Coleção Fernando Pessoa da Tinta-da-China Brasil, propõe em Ler Pessoa que, sim, Pessoa foi múltiplo, “mas também que nós – os críticos, os seus leitores – o continuamos a multiplicar e desdobrar de forma exponencial”. Ler Pessoa é, assim, esmiuçar a construção de Fernando Pessoa, por ele mesmo e pelos outros que vieram depois.

“Creio que Fernando Pessoa foi e não foi um, nenhum e cem mil. Creio que historicamente foi um, o homem que nasceu em 1888 e morreu em 1935, ainda que nesse lapso de tempo tenha vivido muitas vidas; penso que, literariamente foi um e nenhum, porque optou por atenuar a sua identidade autoral, de modo a assumir a das suas personagens; e julgo que postumamente é já cem mil e talvez milhões ou centenas de milhões, se tivermos em conta, sobretudo, a dimensão maciça da sua presença na internet. Quem é Pessoa?”

Ensaio crítico sobre a obra de Fernando Pessoa, "Ler Pessoa" apresenta em uma prosa clara, pontuada de histórias, exemplos e imagens de manuscritos, os principais conceitos em torno do escritor do autor português – como a discussão sobre sua pluralidade, os heterônimos que criou ao longo da vida e o processo de descobrimento, edição e publicação dos textos que Pessoa deixou guardados em um baú, ao morrer.

Além de compartilhar os pensamentos teóricos que embasam as discussões, Jerónimo Pizarro recorre aos próprios textos de Pessoa para traçar esse passeio pela obra do português. Em um dos capítulos, por exemplo, se debruça sobre o poema “Liberdade” e, por meio de uma análise límpida, explicita os caminhos que os pesquisadores e críticos percorrem tanto para entender quanto para propor uma edição de Fernando Pessoa – isto é, para ler Pessoa.

No volume, destaca-se o cuidado de Pizarro em contar a história da elaboração dos heterônimos e explicar esse conceito, discorrendo sobre o tema em um capítulo inicial e aprofundando suas especificidades em capítulos dedicados a cada um dos heterônimos – Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis. Diferentes das mais de cem máscaras poéticas elaboradas por Pessoa, os três se diferenciam com a etiqueta de heterônimos por serem “entidades com similivida própria, sentimentos que eu não tenho, opiniões que não aceito. Seus escritos são obras alheias, embora, por acaso, sejam minhas” – como os definiu em 1928, pela primeira vez, o autor português.

Nessa apresentação dos heterônimos e de sua criação, Pizarro propõe mais uma camada de leitura: ao mesmo tempo que trata de tais entidades pessoanas, o pesquisador ilumina aspectos centrais dos textos e de sua materialidade, isto é, do trabalho que é realizado para ler e editar Pessoa. Ele comenta, por exemplo, que “o arquivo pessoano é um universo em que coexistem textos assinados por Pessoa com textos com outras assinaturas, com textos sem nenhum tipo de atribuição (a maior parte); quer dizer, um arquivo que demonstra que o heteronimismo não era algo permanente e sistemático e que mesmo distinguir entre a produção de uma pessoa e de outra era, para o autor, um processo árduo”.

É o trabalho de investigação, decifração e análise desse espólio que subjaz todo o volume de "Ler Pessoa"; no trecho do livro dedicado aos heterônimos, nota-se um mergulho cada vez mais aprofundado nessa perspectiva crítica. Assim, o capítulo dedicado a Caeiro trata do célebre “dia triunfal” em que Pessoa teria escrito, de pé numa cômoda, “trinta e tanto poemas a fio, numa espécie de êxtase”. Esse mito é revisto à luz do que o arquivo pessoano revela:

“Nesse dia triunfal, que talvez tenha durado um mês, mas que Pessoa, retrospectivamente, converteu num só dia, surgiram primeiro Caeiro, depois Reis e, por último, Campos. Na ficção tudo foi veloz e semelhante a uma série sucessiva de epifanias; a realidade revelada pelo arquivo, no trabalho que revelam os manuscritos, Caeiro, Reis e Campos tiveram uma gestação relativamente lenta, pois surgiram primeiro alguns poemas anónimos e só depois se foram esboçando – na mente de Pessoa – os seus possíveis autores, com os nomes e os dados biográficos que hoje conhecemos.”

Já Álvaro de Campos é trabalhado como exemplo concreto da pesquisa empreendida em torno dos papéis manuscritos, datilografados e impressos de Pessoa no esforço de atribuir autorias. Em um passo adiante, adentrando mais fundo na demonstração da pesquisa, Pizarro trabalha no nível do texto no capítulo de Ricardo Reis, discutindo os desafios de distinguir o acabado do inacabado e de fazer escolhas entre variações de texto. Para isso, mostra originais de Pessoa, poemas atribuídos a Reis, em que textos datilografados e manuscritos estão cobertos de anotações a lápis, e na transcrição e explanação desses elementos Pizarro situa a problemática do leitor de Pessoa.

“Em princípio, um editor fará escolhas. Então, e isto é fulcral, o texto final passará a depender das escolhas que faça. O problema é que dois editores não farão necessariamente as mesmas escolhas. Daí que um poema possa ser ‘o outro’ e ‘o mesmo’ simultaneamente, como num livro de Jorge Luis Borges.

"Livro do Desassossego" - cuja segunda edição, por Jerónimo Pizarro, a Tinta-da-China Brasil acaba de publicar, é o exemplo culminante de uma obra para qual não existe uma edição “definitiva”; como afirma Pizarro no último capítulo de Ler Pessoa, dedicado ao Livro, na origem dessa obra máxima da prosa pessoana estão a incerteza e a multiplicidade.

“'O Livro do Desassossego', por exemplo, foi publicado quase cinquenta anos depois da morte de Pessoa, e não há duas edições que ofereçam o mesmo número de fragmentos, nem a mesma organização; nem sequer a mesma leitura de determinadas passagens. O Livro, que teve três autores (um real, Pessoa; e dois fictícios, Guedes e Soares), já teve mais de seis editores, e, por isso, quando nos referimos ao Livro, há uma pergunta que se impõe: a que Livro aludimos?”

O capítulo se afasta dos detalhes de texto e materialidade para pensar a própria composição do livro, que ficou em suspenso durante dez anos: distinguir bem as duas fases da escrita da obra e ler o Livro de forma cronológica, e não temática (como vemos na edição da Tinta-da-China Brasil), é a chave para captar sua grande descoberta poética, segundo Pizarro: a cidade de Lisboa. Ler Pessoa se encerra, assim, com esse livro “único, cativante, indispensável, que simultaneamente retrata [Bernardo] Soares e Lisboa, Lisboa e Soares, e ao fazê-lo nos permite conjeturar acerca de Pessoa”. Garanta o seu exemplar de "Ler Pessoa", escrito por Jerónimo Pizarro, neste link.


Sobre o autor
Fernando Pessoa  (1888-1935) é hoje o principal elo literário de Portugal com o mundo. A sua obra em verso e em prosa é a mais plural que se possa imaginar, pois tem múltiplas facetas, materializa inúmeros interesses e representa um autêntico patrimônio coletivo: do autor, das diversas figuras autorais inventadas por ele e dos leitores. Alguns desses personagens, Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos, Pessoa denominou “heterônimos”, reservando a designação de “ortônimo” para si próprio. Pessoa deixou uma obra universal em três línguas que continua a ser estudada.


Sobre Jerónimo Pizarro
Jerónimo Pizarro é professor da Universidad de los Andes, titular da Cátedra de Estudos Portugueses do Instituto Camões na Colômbia e doutor pelas Universidades de Harvard (2008) e de Lisboa (2006), em Literaturas Hispânicas e Linguística Portuguesa.  No âmbito da Edição Crítica das Obras de Fernando Pessoa, publicadas pela Imprensa Nacional Casa da Moeda (INCM), de Portugal, contribuiu com sete volumes, sendo o último a primeira edição crítica de "Livro do Desasossego"

Em 2010, a D. Quixote publicou "A Biblioteca Particular de Fernando Pessoa", livro que preparou com Patricio Ferrari e Antonio Cardiello, depois de os três coordenarem a digitalização dessa biblioteca com o apoio da Casa Fernando Pessoa. Em 2011, a Legenda publicou o livro Portuguese Modernisms in Literature and the Visual Arts, co-organizado com Steffen Dix. De 2011 a 2013, Pizarro foi o coordenador de duas novas séries da Ática (1. Fernando Pessoa | Obras; 2. Fernando Pessoa | Ensaística), contribuindo com mais de dez volumes. Atualmente, dirige a Coleção Pessoa da Tinta-da-China e da Tinta-da-China Brasil. 

Tem sido o editor convidado dos números monográficos de diversas revistas e é o editor-in-chief da revista académica internacional Pessoa Plural.  Recentemente publicou os livros de ensaios Ler Pessoa e Fernando Pessoa: A Critical Introduction. Em 2013, foi o Comissário da visita de Portugal à Feira International do Livro de Bogotá (FILBo) e ganhou o Prémio Eduardo Lourenço.


Sobre a Tinta-da-China Brasil
A Tinta-da-China Brasil é uma editora de livros independente, que publica o melhor da literatura clássica e contemporânea, além de livros de história, jornalismo, humor, literatura de viagem, ensaios, fotografia, poesia, a edição em língua portuguesa da mais importante revista literária da era moderna — a britânica Granta — e a mais bonita coleção de Fernando Pessoa em qualquer língua.

Fundada em 2005 em Portugal, a editora aportou no Brasil em 2012 e desde 2022 é controlada pela Associação Quatro Cinco Um, organização sem fins lucrativos dedicada à difusão da cultura do livro. 

Um dos maiores feitos literários do século 20, o "Livro do Desassossego" reúne centenas de fragmentos que oscilam entre diário íntimo, prosa poética e narrativa. Esta obra-prima de Fernando Pessoa, em nova edição pela Tinta-da-China Brasil, revela-se um retrato de Lisboa e de seu próprio retratista. 

.: Com incentivo de Pedro Bandeira, Raphael Montes lança livro juvenil


No dia 25 de julho, chega às livrarias uma grande aposta do Grupo Companhia das Letras: "A Mágica Mortal", o livro que marca a entrada do escritor Raphael Montes para a literatura juvenil. A ideia do projeto surgiu por meio do Pedro Bandeira, escritor que já vendeu mais de 20 milhões de exemplares e é um dos nomes mais importantes (e queridos!) na formação de jovens leitores. 

Bandeira assina um texto superafetivo na apresentação do livro, falando sobre sua amizade com o jovem escritor e o desafiou a escrever um suspense que pudesse ser lido na escola. Raphael Montes já vendeu mais de 300 mil exemplares, teve os direitos de adaptação de seus livros vendidos para o teatro e o cinema, venceu o prêmio Jabuti em 2020, além de ter roteirizado filmes, novelas e séries de grande sucesso como"Bom Dia, Verônica", da qual é também criador e produtor executivo. Compre o livro "A Mágica Mortal", de Raphael Montes, neste link.


Jovens detetives enfrentam desafio único
Em "A Mágica Mortal", o mestre do suspense Raphael Montes apresenta aos leitores o Esquadrão Zero - um grupo de jovens detetives que vai encarar uma investigação repleta de perigos e reviravoltas. Com seis romances de suspense, crime e terror traduzidos para mais de 25 países, o autor tornou-se um dos principais autores do Brasil. Em julho, o escritor volta-se a um novo público ao lançar seu primeiro livro juvenil – A mágica mortal: uma aventura do esquadrão zero – pela Seguinte, selo jovem do grupo Companhia das Letras.

O projeto recebeu o incentivo de Pedro Bandeira, escritor que já vendeu mais de 20 milhões de exemplares para o público juvenil. Em texto de apresentação da obra, Bandeira conta sobre como os dois se tornaram amigos e como surgiu a ideia de desafiá-lo a escrever um suspense voltado ao público mais jovem. "E não deu outra: aqui está A mágica mortal. Eu me deleitei com essa novela, mas não consegui descobrir quem era o culpado até as últimas páginas", afirma.

Sucesso de crítica e público, Raphael Montes já vendeu mais de 300 mil exemplares, teve os direitos de adaptação de seus livros vendidos para o teatro e o cinema, venceu o prêmio Jabuti em 2020, além de ter roteirizado filmes, novelas e séries como Bom dia, verônica, da qual é também criador e produtor executivo.

Em "A Mágica mortal", Montes apresenta o Esquadrão Zero, um grupo de jovens detetives que embarca em uma investigação repleta de perigos e reviravoltas. Apaixonado por ilusionismo, Pedro vê-se envolvido em um crime terrível quando seu melhor amigo se torna vítima de um mágico sinistro. Determinado a encontrar o culpado, o protagonista reúne seus amigos de escola - Pipa, Analu e Miloca - que se lançam em uma aventura para desvendar o caso.

Não demora para o criminoso fazer novas vítimas, sempre utilizando números de mágica famosos. Em uma corrida contra o tempo, os quatro adolescentes investigadores terão de cruzar a cidade numa aventura que envolve ilusionistas excêntricos, livros eletrizantes e um castelo imponente. O livro traz aos jovens leitores o questionamento: será que o grupo conseguirá descobrir quem é o mágico assustador antes que ele realize seu próximo truque? Indicado para leitores a partir de dez anos. Compre Garanta o seu exemplar de "A Mágica Mortal", escrito por Raphael Montes, neste link.

O que disseram sobre o livro
“Um suspense mais intrincado do que um quebra-cabeça montado pelo avesso.” — Pedro Bandeira

“Com escrita fluida e magnética, Raphael Montes fez um thriller adolescente com tudo a que tem direito: morte, suspense e muita, muita mágica.” — Thalita Rebouças

 
Sobre o autor
Raphael Montes nasceu em 1990, no Rio de Janeiro. Escritor e roteirista, foi vencedor do Prêmio Jabuti (2020) com "Uma Mulher no Escuro". Seus livros foram traduzidos em mais de 25 países e tiveram os direitos de adaptação vendidos para o teatro e o cinema. É criador, roteirista-chefe e produtor-executivo da premiada série "Bom Dia, Verônica".

.: Eduardo Martini retorna ao teatro com nova peça sobre Clodovil Hernandes


Após o sucesso de público e crítica do monólogo "Simplesmente Clô", que lhe rendeu o Ptêmio Bibi Ferreira de Melhor Ator em 2022, Eduardo Martini estreia novo texto sobre o apresentador e estilista Clodovil Hernandez. Foto: Claudia Martini

Vencedor do o Prêmio Bibi Ferreira de Melhor Ator de 2022 pelo monólogo “Simplesmente Clô”, Eduardo Martini, retorna ao personagem em “Clô, pra sempre”, monólogo sobre a vida e a obra do estilista e apresentador de TV Clodovil Hernandes (1937-2009). , O texto é de Raphael Gama e a direção de Viviane Alfano.

“O Clodovil era tão amado quanto odiado pelas pessoas, não tinha meio termo. E nós não fugimos de nada disso. A ideia é mostrar essa persona tão rica e contraditória sem jamais defender ou julgar. Ele não gostaria disso”, declara Martini, que conviveu com o estilista e há anos tinha o desejo de homenageá-lo no teatro.

Na obra, Clodovil expõe pensamentos e momentos da sua vida, de onde veio as inspirações para suas criações e dos mais de 40 anos de vida pública, mesclando moda, televisão, amigos, família, seu único amor e seu primeiro mandato como deputado federal. Fala detalhes sórdidos da infância e da adolescência e explica o porquê sempre foi uma criança quieta e sem amigos.

“Clô, Pra Sempre” marca não só o reencontro com o autor Raphael Gama, com quem dividiu o palco algumas vezes e foram indicados a 9 prêmios (inclusive ao Prêmio do Humor) mas também com sua diretora e amiga há mais de 40 anos, Viviane Alfano, que dirigiu “Simplesmente Clô, encaminhando Martini com muita sabedoria e delicadeza, a ganhar o Prêmio Bibi Ferreira como melhor ator de 2022.

“É bastante especial voltar ao palco sendo dirigido pela Viviane com texto do Raphael. Eles me dão muita segurança e cuidam dos meus projetos de maneira sublime. É muito bom me sentir assim, seguro em cena, com uma parceria como essa. O Clodovil, tenho certeza, já é um marco muito grande na minha carreira e para as pessoas que assistirem. Não tem como não se emocionar”, finaliza Eduardo Martini.

Serviço
“Clô, Pra Sempre”.
Autor: Raphael Gama. Direção: Viviane Alfano. Ator- Eduardo Martini. Duração: 60 minutos. Censura: 10 anos Estreia: dia 8 de abril. Temporada: sábados, às 18h, por tempo indeterminado. Ingressos: R$ 80 inteira e R$ 40 meia. Bilheteria: abre uma e meia antes de cada espetáculo. Bilheteria on line: https://bileto.sympla.com.br/event/81670Teatro União Cultural: 269 lugares. Rua Mario Amaral, 209 - Paraíso. Telefone: 38852242. Estação Metrô Brigadeiro.


Ficha técnica
“Clô, Pra Sempre”.  Autor - Raphael Gama. Ator- Eduardo Martini. Figurino: Olivieri. Ambientação cênica - Eduardo Martini. Desenho de luz; Gustavo Gonçalo. Trilha sonora e piano ao vivo: Jonatan Harold. Fotos: Claudia Martini. Arte gráfica: Agencia Oribá Administração - Wanessa Santos. Produção- Viga Espaço Cênico ltda

.: João Gordo lança o álbum "Brutal Brega" em LP com edição limitada

Lançamento Fuzz On Discos / Arte de capa: Wagner Loud

"Brutal Brega", álbum do João Gordo em parceria com o produtor Val Santos, está de volta em uma edição especial em vinil. O conglomerado de selos, Fuzz On Discos, que agrupa a AMM (All Music Matters), Melômano Discos e Neves Records, anunciou o lançamento deste projeto divertido, que traz releituras punk rock de clássicos da música brega que dominavam as rádios AM.

Com 14 faixas, o disco conta com canções originalmente interpretadas por artistas como Sidney Magal, Ângelo Máximo, Reginaldo Rossi e Jane e Herondy. Entre os destaques estão os sucessos "Fuscão Preto", "Tô Doidão", "Amante Latino" e "Domingo Feliz". A romântica "A Namorada Que Sonhei" e o dueto com a atriz Marisa Orth em "Não Se Vá", revela a versatilidade de João Gordo em explorar diferentes estilos musicais.

 A edição limitada de apenas 300 cópias do "Brutal Brega" em LP, foi prensada em vinil de 180 gramas na cor laranja. “Eu tô muito feliz com o lançamento”, revela João Gordo, que também é colecionador de discos. “Para mim é muito importante o disco sair em vinil. A gente nunca deixou o formato, desde a época do CD, sempre lançamos os discos do Ratos em vinil, então eu não penso em outro formato, a não ser lado 1, lado 2, vinil colorido, encartes, capa, eu penso desse jeito. O ano passado o Ratos de Porão foi a banda que mais teve lançamentos em vinil do Brasil. Como colecionador, é uma correria sensacional”.

João Gordo conta que, assim como no Ratos de Porão, este projeto também deve permanecer investindo em lançamentos em vinil. “O 'Brutal Brega" é uma banda que foi feita na pandemia, e de um projeto só, já virou dois ou três projetos, porque daí veio o ‘Brutal MPB’ e agora eu e o Val estamos fazendo o ‘Brutal Samba’, que é só samba dos anos 70. E todos terão formato de vinil colorido, capa alternativa e todas aquelas coisas que só vinil pode nos dar”, afirma. "Brutal Brega" em LP já está disponível e é uma oportunidade para os fãs de João Gordo experimentarem uma abordagem única e ousada do gênero brega. Garanta a sua cópia de “Brutal Brega” em vinil: www.fuzzondiscos.com.br/produtos/joao-gordo-brutal-brega/

Confira a lista completa de músicas:

1. "Fuscão Preto" (Atilio Versutti / Jeca Mineiro)
2. "Tenho" (Sanchez, Roberto / Anderle, Petri Oscar / Sidney Magal)
3. "Ciganinha" (Carlos Alexandre / Aarão Bernardo Fermata Do Brasil)
4. "Domingo Feliz" (Daniel Boone / Rod McQueen / Rossini Pinto)
5. "A Namorada Que Sonhei" (Osmar Navarro)
6. "Pepino" (Jacó / Jacozinho)
7. "Não Se Vá" (dueto com Marisa Orth) (Alain Barriere / Jane Vicentina Do Espírito Santo)
8. "Amante Latino" (Antônio Filho Silveira / Juan Carlos)
9. "Verdes Campos da Minha Terra" (Charlie Jr. Puttman / Geraldo Figueiredo)
10. "Eu Vou Rifar Meu Coração" (Lindomar Castilho / Letinho)
11. "Feiticeira" (Carlos Alexandre / Osvaldo Garcia)
12. "Tô Doidão" (Jean Michel Franck Rivat / Franc Georges / Fernand Combes / Joseph Ira Dassin / Reginaldo Rodrigues Dos Santos)
13. "Doces Beijos" (J.Seixas / C.Villa / A.Monroy)
14. "Sandra Rosa Madalena" (Livi / M Cidras) 

Ouça o álbum no Spotify:
https://cutt.ly/rwyW3vrp

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial
Tecnologia do Blogger.