sexta-feira, 14 de julho de 2023

.: Espetáculo “Vambora!”, em defesa do meio ambiente, no Sesc Consolação


Completando a trilogia com os premiados “Salve, Malala!” e “Existo!”, a Companhia La Leche chega ao palco do Teatro Anchieta do Sesc Consolação. Foto: Bob Sousa 


A Cia La Leche apresenta, no Teatro Anchieta do Sesc Consolação, "Vambora!", o espetáculo infantojuvenil que completa a trilogia, iniciada com os espetáculos "Salve Malala!" (2018) e continuada com "Existo!" (2019). Com direção de Cris Lozano, dramaturgia de Alessandro Hernandez, que divide o palco com Ana Paula Lopez, a peça fica em cartaz até dia 12 de agosto, sempre aos sábados, às 11h. 

"Vambora!" é um convite a olhar para as questões ambientais que afetam o planeta. Inspirada pelas palavras e ações de Greta Thunberg, a ativista pelo meio ambiente, a peça mergulha nas ideias de líderes indígenas, como Davi Kopenawa e Ailton Krenak, com seus saberes sobre a natureza e as consequências das ações humanas prejudiciais ao meio ambiente. A expedição realizada pela jornalista Eliane Brum à Antártida também influenciou a construção da obra. 

O espetáculo, que marca os 15 anos da Cia La Leche, está dividido em três paisagens. Cada uma delas apresenta personagens icônicos que revelam a problemática ambiental, contrapondo-se a pequenos lampejos de utopia e novas possibilidades de territórios para viver. Na primeira paisagem, um casal de espantalhos busca, em seus sonhos, construir um novo mundo em uma terra seca e devastada. Na segunda, um casal de velhinhos vive dentro de uma baleia jubarte e luta para preservar suas memórias. E, na terceira paisagem, um casal de pinguins que se perdeu de seu bando e busca o oceano para perpetuar sua espécie. 

 "A dramaturgia aponta as possibilidades de criar novos mundos através da imaginação com personagens que revelam a proximidade da tragédia que se aproxima com o fim do planeta”, comentam Cris Lozano e Alessandro Hernandez, reforçando que a obra foi concebida para expor a urgência desse tema para crianças, adolescentes e pessoas de qualquer idade. 


Ficha técnica
"Vambora!".
Direção geral: Cris Lozano. Dramaturgia: Alessandro Hernandez. Elenco: Ana Paula Lopez e Alessandro Hernandez. Iluminação: Grissel Piguillem. Figurinos: Chris Aizner. Cenários e adereços: Julio Dojcsar. Trilha sonora original: Morris. Preparação corporal: Ciro Godoy. Coreografia da cena dos pinguins: Ana Paula Lopez. Operador de som: Wilson Saraiva. Operador de luz: GIVVA. Ilustrações para o programa: Bruno José. Ilustrações para o vídeo final: Sol Faganello. Fotos: Bob Sousa, Cacá Diniz e Fellipe Oliveira. Produção: Cia La Leche. Realização: Sesc São Paulo. 


Serviço:
"Vambora!". 
Com a Cia La Leche. Temporada: até dia 12 de agosto, sábados, 11h. (Exceto: 24/6). Local: Teatro Anchieta (280 lugares). Duração: 60 minutos. Classificação: livre, com recomendação para crianças a partir de sete anos. Ingressos: R$ 25,00 (Inteira), R$ 12,50 (Meia) e R$ 8,00 (credencial plena). Vendas on-line pelo portal sescsp.org.br e, presencialmente, em todas as bilheterias das Unidades do Sesc São Paulo. Crianças até 12 anos não pagam. 


Sesc Consolação
Rua Doutor Vila Nova, 245 - São Paulo. Metrô Higienópolis-Mackenzie. Telefone: (11) 3234-3000. Horário de funcionamento: terça a sexta, das 10h às 21h30. Sábados, das 10h às 20h. Domingos e feriados, das 10h às 18h.

.: Grupo Bando Trapos dá protagonismo à personagens reais da zona sul de SP


A encenação intimista, com música ao vivo, apresenta histórias inspiradas em personagens reais que habitam bairros cortados pelo Rio Pirajussara. A montagem tem sessões no Espaço Cultural CITA no Campo Limpo, e outros pontos culturais da região. O grupo também oferece uma mini residência com coletivos parceiros que levam a peça para outras regiões. A proposta é mostrar a poética do cotidiano de um povo e suas histórias em tramas que envolvem dores, risos e festejos. Foto: Will Cavagnolli


Inspirado em histórias de moradores da região de Campo Limpo e Taboão da Serra, o Bando Trapos apresenta o espetáculo "Pirajussara: Vozes à Margem" com direção de Cleydson Catarina e dramaturgia do próprio coletivo. Os atores Daniwel Trevo, Dêssa Souza, Joka Andrade, Patricia Ashanti, Stefany Veloso e Welton Silva dão vida às histórias que são entrelaçadas por aparições de Pirajussara, uma mulher-cabocla-rio que traz seu olhar de natureza para essas narrativas. A trilha sonora é executada ao vivo com a participação dos músicos Marcelo Lima e Yuri Carvalho, além dos próprios atores que se revezam no manejo de instrumentos como violão, sanfona, tambor, rabeca e atabaque. 

O Bando Trapos apresenta o espetáculo no Espaço Cultural CITA no Campo Limpo, sede do grupo, e circula por outros espaços da região, além de fazer uma mini residência em coletivos parceiros que levam a peça para outros bairros da cidade. Durante o mês de julho, as apresentações são nos dias 14 e 28 de julho (Espaço Cultural CITA), dia 15 de julho (Espaço da Brava Cia), dias 22 e 23 de julho (Jardim Damasceno) e dia 30 de julho (Associação Macedônia).

As ações integram o projeto Terristória Poranduba, realizado com o apoio da 40ª Edição do Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo, que também prevê a edição e finalização de um documentário, uma oficina de máscaras com Cleydson Catarina, um processo de autoformação para cada um dos integrantes do coletivo, além de um festival envolvendo grupos convidados.


Personagens do cotidiano
O grupo está há mais de 10 anos atuando na área do Campo Limpo e foi imprescindível para a ressignificação do Espaço Cultural CITA. A sede fica em frente a uma praça que é lugar de convivência para os moradores, o que acaba resultando em trocas no dia a dia, combustível vital para a pesquisa da cia e o espetáculo. 

“A encenação é intimista e o público é apresentado aos personagens que estão mais perto do que se imagina. A proposta é mostrar a poética do cotidiano de um povo e suas histórias. Toca em questões afrodescendentes, na potência dos corpos negros. São tramas envolvendo dores, risos e festejos, é um teatro de manifestações”, conta Cleydson Catarina.

Em cena está Dona Branca que é inspirada em Dona Deyse, moradora na rua dos fundos da sede do Bando Trapos. Sua casa fica no meio de uma chácara, onde ela planta, cria bichos e tem uma relação de constante resistência contra a especulação imobiliária. Outra personagem, Dona Zu, tem como ponto de partida a história de Beth, uma moradora do Campo Limpo, que na década de 1990 transformou a própria casa em uma escola de teatro.

Já Dona Rosa é espelhada na trajetória de Ione, moradora do Parque Marabá no Taboão da Serra, que como outras mulheres das periferias se casou cedo demais, mas seus sonhos não cabiam no casamento. No espetáculo, o grupo dá luz a momentos da infância e ao empoderamento da personagem enquanto mulher autônoma. "O Homem e Seu Boi" ganhou inspiração na vida do Mestre Popular local, Geraldo Magela, que deixou Minas Gerais muito cedo e cresceu na cidade de Taboão da Serra, onde criou a Casa de Cultura Candearte, importante polo de culturas populares na periferia da cidade

As histórias são entremeadas por aparições de Pirajussara - uma alusão ao rio que corta a divisa entre Campo Limpo e Taboão da Serra. “É uma personagem que representa a natureza, é um tipo de entidade cuidadora e comentadora dessas histórias. É testemunha de tudo e de todos, das pessoas, dos fatos, dialoga com encantamento, a questão do território indígena, ancestralidade”, enfatiza a atriz Dêssa Souza. Outra figura importante é Rua de Feira, que simboliza o próprio bairro, a própria rua, o movimento de pessoas, os barulhos dos carros misturados com os cantos dos pássaros que embalam o Campo Limpo.

Passo a passo
Em 2017, o Bando Trapos foi contemplado com a segunda edição do Fomento à Periferia para a cidade de São Paulo, e ao longo deste projeto, realizou um ciclo de encontros intitulado Bando Trapos recebe no Caldos e Causos. Durante 10 meses, foram realizados encontros mensais, em que recebiam um coletivo parceiro que se apresentava, e em seguida acontecia um bate-papo. 

Os encontros foram ainda um ponto de coletas de histórias vividas por moradores do bairro, de modo que em um mês ouviam as histórias e no mês seguinte, apresentavam uma cena inspirada nas histórias ouvidas. Foi-se criando um ciclo de escuta e transformação destas histórias em cenas, que quando prontas, eram assistidas pelo próprio público que os narrou. 

No início de 2019, a partir de cinco cenas produzidas nesse processo de troca direta com o público, foi encenado o experimento cênico Vozes do Campo Limpo que circulou pelo bairro em locais próximos às moradias das pessoas que narraram suas histórias. 

Com o olhar do diretor Cleydson Catarina, o grupo preparou um processo de continuidade dessa criação, desta forma, o experimento deu nome ao projeto realizado com o apoio da 4ª Edição do Fomento à Cultura da Periferia, proporcionando um maior aprofundamento da dramaturgia, sob a orientação de Rudinei Borges. Devido a pandemia de Covid-19, a cia apresentou uma série em 3 episódios em agosto de 2021. Neste momento contou com assistência de produção e direção de arte de Eduarda Alves e Simone Carvalho. O trabalho foi um caminho importante para a finalização do que seria uma peça que chega aos palcos atualmente.


Sobre o grupo
Bando Trapos conta com sede no Campo Limpo – Zona Sul da Cidade de São Paulo. Seus trabalhos possuem forte influência de elementos da cultura popular vivenciadas no bairro e caminha em direção à uma pesquisa imersa pelo território, bebendo das inúmeras formas e linguagens, e absorvendo as suas histórias. Na medida que se nutre desse território, participa de sua construção poética.

O grupo nasceu no ano de 2014 e atualmente possui repertório com os seguintes espetáculos: "Mephisto Injustiçado" (2013); "Foi o que Ficou... do Bagaço" (2015), "O Pequeno Circo de Trapos" (2017), "As Desaventuras de Uma Sopa de Pedra" (2017), experimento cênico "Vozes do Campo Limpo" (2019) e "Pirajussara Vozes à Margem" (2021).


Ficha técnica
Elenco: Daniwel Trevo, Dêssa Souza, Patricia Ashanti, Stefany Veloso, Welton Silva. Direção: Cleydson Catarina. Assistente De Produção: Patricia Ashanti. Direção Musical: Augusto Iúna. Dramaturgia: Bando Trapos. Músicos Convidados: Marcelo Lima e Yuri Carvalho. Músicas: Cleydson Catarina, Daniel Trevo / Dêssa Souza / Stefany Veloso / Augusto Iúna / Geraldo Magela. Arranjos: Daniwel Trevo, Augusto Iuna, Marcelo Lima e Yuri Carvalho. Orientação De Voz e Corpo: Juliana Amaral. Iluminação: Felipe Tchaça. Operação De Luz: Felipe Tchaça. Fotografia: Will Cavagnolli. Figurinos: Azul Marinha. Cenário E Adereços: Deco Morais. Produção Geral: Bando Trapos. Coordenação De Produção: Joka Andrade. Produção Executiva: Maísa Castro. Assessoria De Produção: Bianca Pereira. Comunicação: Bora Lá Agência de Comunicação e Marketing Popular, com Ju Dias responsável geral, Camila Ribeiro responsável pela identidade visual e Vênuz Capel @‌venuzcomz_ responsável pela social media. Assessoria De Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Costureira: Maria Margarida Duarte Britto. Agradecimentos: Daisy Von Waldeck, Eduarda Alves, Gabriel Alves, Geraldo Magela Boaventura, Elisabeth Carvalho, Ione Santos, Rudiney Borges, Simone Carvalho, Simone Gonçalves, Espaço Cultural CITA.

Serviço:
"Espetáculo Pirajussara: Vozes à Margem". Classificação: livre. Duração: 80 minutos. Grátis. Ingressos gratuitos nos locais de apresentação (sujeito a lotação). Espaço Cultural CITA. Dias 14 e 28 de julho, sexta-feira, às 20h00. R. Aroldo de Azevedo, 20 - Jardim Bom Refúgio, São Paulo. Espaço da Brava Cia. Dia 15 de julho, sábado, às 20h00. Rua Vitório 77, Vila Prel, São Paulo Próximo ao Hospital do Campo Limpo (altura do n° 1750 da Estr. de Itapecerica)


Espaço Cultural Jardim Damasceno (Zona Norte)
Dias 22 e 23 de julho, sábado às 20:00 e domingo, às 19h
Endereço: R. Talha-Mar, 105 - Jardim Damasceno, São Paulo.


Associação Macedônia
Dia 30 de julho, domingo, às 19h


Associação Macedônia (Território)
Endereço: Rua Soriano de Albuquerque 163, Jardim Macedônia, São Paulo.

.: “Perversa” monólogo inédito em cartaz no Teatro Pequeno Ato


Monólogo com Mônica Bittencourt, "Perversa" propõe um mergulho na temática do amor, sobretudo nos relacionamentos contemporâneos, nas dificuldades de construí-los ou nas tendências em aniquilá-los. Até este domingo, dia 16 de julho, no Teatro Pequeno Ato, o espetáculo explora as diversas camadas da personalidade da personagem levando a plateia a questionar o que é ficção ou realidade.

Para o diretor Gustavo Rocha, a dramaturgia de "Perversa" é como um enigma, um quebra-cabeça a ser montado pelo público. No entanto, antes que a última peça seja colocada, a história se embaralha novamente revelando um final surpreendente. O monólogo, coescrito por Mônica Bittencourt e Gustavo Rocha, parceiros artísticos de longa data, se utilizou de diversas fontes de pesquisa.

Séries como "Fleabag", "Twin Peaks", "Dhamer - Um Canibal Americano" e "Mindhunter", além de literatura contemporânea feminina, como as obras da argentina Ariana Harwicz, das americanas Lisa Taddeo e Mary Gaitskill e das brasileiras Carola Saavedra, Fernanda Young, Tati Bernardi e Aline Bei serviram de inspiração. Em relação aos temas do amor e feminilidade, eles se debruçaram sobre as escritas de Ana Suy e Bell Hooks. Roberto Bolaño e Julio Cortázar também serviram de inspiração.

“Eu e Gustavo criamos 'Perversa' para falar das relações fugazes, da nossa dificuldade de ser vulnerável e trouxemos tudo o que era mais inconfessável para o palco. É quase impossível a plateia não se identificar”, conta Mônica. Dirigida por Gustavo Rocha, a peça é um monólogo em que a personagem principal interpretada pela atriz Mônica Bittencourt conduz a narrativa de seus amores e desamores, levando a plateia a questionar a veracidade de sua personalidade, que se desdobra em diversas camadas e mistura realidade e ficção. Com o cenário composto apenas por cadeiras, a arquitetura cênica é construída como um jogo de xadrez.


Mônica Bittencourt - Atriz e autora
Mônica Bittencourt, atriz há 20 anos, faz seu primeiro monólogo depois de uma carreira entre Salvador e Rio de Janeiro, com espetáculos como “Todo Mundo tem Problemas Sexuais” de Domingos Oliveira, que ficou oito anos em cartaz, “Policarpo Quaresma” que venceu diversos prêmios e espetáculos do seu repertório junto com Gustavo, como “Catástrofe da Borboleta” que lhe rendeu o prêmio de melhor atriz na Argentina. Mônica também participou de diversas obras no audiovisual. Nos últimos anos, Mônica também se dedicou à Rádio Roquette Pinto apresentando um programa cultural diário e um outro semanal sobre o teatro carioca. "Perversa" marca sua volta aos palcos.


Gustavo Rocha - Autor e diretor
Gustavo tem 25 anos de trabalho e pesquisa como ator, autor e diretor de teatro. Como diretor artístico da Companhia Teatro de Demolição nos últimos 16 anos, criou e encenou sete espetáculos autorais que circularam pelo Brasil, América Latina e Europa, realizando temporadas, participando de festivais e recebendo inúmeros prêmios.

Ficha técnica
"Perversa". 
Atuação: Mônica Bittencourt. Direção: Gustavo Rocha. Dramaturgia: Mônica Bittencourt e Gustavo Rocha. Cenário: Hélvia Bittencourt. Iluminação: Paulo Cesar Medeiros. Direção musical: Isadora Medella. Produção: Joana D´Aguiar. Arte gráfica: Natália Del Neri. Figurino e maquiagem: Diego Nardes. Fotos: Ana Alexandrino/ Bruna Fraga. Assessoria de imprensa: Adriana Monteiro/Ofício das Letras.


Serviço:
"Perversa". 
Pequeno Ato Teatro. Rua Dr. Teodoro Baima, 78 - Vila Buarque, São Paulo. Telefone: (11) 99642-8350. Até dia 16 de julho. Sábados e domingos, às 18h. Classificação: 18 anos. Capacidade:  40 lugares. Gênero: comédia dramática. Duração: 80 minutos. Ingressos: R$ 40 inteira/ R$ 20 meia.

quinta-feira, 13 de julho de 2023

.: Xuxa Meneghel fala sobre a série documental que não poupa ninguém


"Xuxa, o Documentário", um original Globoplay, terá cinco episódios publicados às quintas-feiras. Lançamento será marcado por live com presença da própria homenageada no Instagram do streaming da Globo. Foto: Blad Meneghel

Com direção de Pedro Bial, a série documental original Globoplay “Xuxa, o Documentário” estreia nesta quinta, dia 13 de julho, às 18h, na plataforma. Em cinco episódios, a produção vai revisitar a trajetória sem filtros de Maria da Graça Xuxa Meneghel, com entrevistas, depoimentos e encontros com personalidades que marcaram a vida e as mais de quatro décadas de carreira da eterna "Rainha dos Baixinhos".

A estreia da série documental está agendada para às 18h, logo após a live comemorativa que contará com as participações do jornalista e diretor Pedro Bial, pelo perfil do Globoplay, e de Xuxa, que também embarcará no encontro por suas redes sociais. Os fãs ganharão voz através da Tati Machado, que, via Instagram do gshow, ficará responsável pelas perguntas das redes sociais – assumindo o papel dos fãs na expectativa da estreia da série documental. "Xuxa, O Documentário" também estará disponível para os assinantes do Globoplay em Portugal. A publicação dos cinco episódios será às quintas-feiras, sempre às 18h, com o último aterrissando no streaming da Globo no dia 10 de agosto. 


Tudo sobre Xuxa Meneghel
A trama de "Xuxa, o Documentário" retrata a intensa rotina de trabalho e as relações de Xuxa Meneghel com sua família e equipe por trás das câmeras. A série documental também resgata a trajetória da menina de Santa Rosa, no Rio Grande do Sul, cidade onde iniciou a carreira modelo, relembra os trabalhos como atriz e mostra a sua construção como fenômeno pop, até o Brasil ficar pequeno para a sua fama como apresentadora e cantora infantil. 

“Temos a missão de contar histórias brasileiras e não tínhamos como não abraçar essa. A Xuxa é o maior ícone que a TV brasileira já teve e, portanto, um dos grandes ícones também de nossa cultura. Quero agradecer aos nossos parceiros da Endemol Shine Brasil que trouxeram esse projeto, prontamente abraçado por todos nós, e aos Estúdios Globo. São centenas de pessoas envolvidas nesse projeto e estamos muito felizes com o resultado”, celebra Erick Bretas, diretor de produtos digitais e canais pagos da Globo.

Na série documental, Xuxa abraça a coragem de expor, em entrevistas inéditas conduzidas por Pedro Bial, o que nunca foi dito e que acontecia em sua vida de forma paralela ao seu sucesso estrondoso. Grandes companheiros das telas também estão lá, como Renato Aragão, Sérgio Mallandro, as paquitas Andrea Veiga e Tatiana Maranhão; além de outros nomes que marcaram as suas trajetórias pessoais e profissionais, como Marlene Mattos; Sandra Lorencini, uma amiga de infância; Luiza Brunet; Michael Sullivan e Paulo Massadas, responsáveis por canções de sucesso; Luciano Szafir; Sasha Meneghel; Junno; Marcia Freitas, uma fã; entre outros diversos.   

"Foi uma honra ter a oportunidade de produzir esse documentário e ajudar a contar a história dessa mulher extraordinária que é a Xuxa! Foram quase dois anos de trabalho com muitas pessoas envolvidas e comprometidas e é uma alegria entregar um projeto tão especial", comenta Nani Freitas, CEO da Endemol Shine Brasil. "Xuxa, o Documentário" tem direção geral de Pedro Bial, direção de Cassia Dian e Mônica Almeida, e roteiro de Camila Appel. A realização é do Conversa.doc, núcleo de documentários da equipe do 'Conversa com Bial', com produção de Anelise Franco, em coprodução com a Endemol Shine Brasil. A direção de gênero é de Mariano Boni.  


Globoplay lança "Xuxaverso" com oferta de NFTs
O Globoplay amplia a experiência de engajamento do público com a apresentadora para além da série documental. O "Xuxaverso" marca a estreia da eterna "Rainha dos Baixinhos", que se transformou num fenômeno pop ao longo de mais de quatro décadas de carreira, na web 3.0. Os 60 anos de história da Xuxa serão representados em 60 NFTs - sigla em inglês para Non-fungible Token – que passeiam por elementos marcantes da carreira dela, revivendo a memória afetiva dos fãs.  

A distribuição começa nesta sexta-feira, dia 14 de julho, e é a primeira ação de NFTs da Globo ligadas a um talento. Essa primeira leva prevê a distribuição de um NFT gratuito para assinantes Globoplay. As demais figurinhas do primeiro lote poderão ser compradas por todos os fãs da artista, mesmo não assinantes da plataforma, na loja oficial do "Xuxaverso" a partir do dia 20 de julho. 

Os demais lotes estarão disponíveis a cada 15 dias. As figurinhas digitais estarão distribuídas em três categorias de raridade: ouro, platina e diamante e as mais valiosas envolvem experiências com a apresentadora.  Confira a entrevista com Xuxa Meneghel sobre a série.


Você teve de revisitar sua história para compartilhar os acontecimentos e sentimentos acerca deles. Como foi isso para você? 
Xuxa Meneghel - Eu descreveria a série como um "raio X", uma grande homenagem em vida. Mas não é muito agradável mexer em certas caixinhas. Eu acredito que o sentimento correto é o de que, embora não seja agradável, é importante e necessário, senão seria um documentário em que as pessoas só veriam e ouviriam coisas que elas já sabem ou que eu já mostro quase diariamente. 


Quais resgates de imagens ou da sua história mais te emocionaram? 
Xuxa Meneghel - Tiveram vários momentos, mas posso citar o depoimento da Maria, que eu mesma pedi que gravassem, e um mês e meio depois ela faleceu. Uma das coisas que ela falou foi que ela gostaria de morrer ao meu lado, e foi o que aconteceu. Mas o documentário tem muitas passagens que me emocionaram, mas vou deixar que as pessoas que verem digam as que mais emocionaram elas. 


Quem foi a Xuxa de 30 anos atrás? E a Xuxa de hoje? Como você avalia essa evolução profissional e também pessoal?   
Xuxa Meneghel - Trinta anos atrás eu tinha 30 anos e ainda não era mãe, então eu posso dizer que existe uma pessoa antes de ser mãe, antes de ter a Sasha, e uma pessoa depois de ter a Sasha. Eu me transformei numa pessoa melhor para ela, para que ela sentisse orgulho de mim, para que ela sentisse vontade de dizer para todos que é minha filha. Eu quis melhorar como pessoa, como ser humano e como profissional. 

.: Grazi Massafera é confirmada como protagonista do remake de "Dona Beja"


Nova versão do sucesso dos anos 1980, produção nacional inédita terá quarenta capítulos. Foto: Instagram de Grazi Massafera

 

A HBO Max acaba de confirmar que Grazi Massafera estará no elenco de "Dona Beja", nova versão da novela que foi sucesso na década de 1980. O projeto será executado pela produtora Floresta e contará com 40 capítulos de 40 minutos cada.

Em "Dona Beja", Grazi Massafera interpretará Ana Jacinta que, logo após ser execrada por ter perdido a virgindade em decorrência de um sequestro, transforma-se em Dona Beja, a maior cortesã de todas. Expondo a hipocrisia da sociedade patriarcal, Beja colocará a seus pés o ex-noivo Antônio e todos os homens que cruzam seu destino. E mostrará o caminho do empoderamento por meio da força do feminino que habita em todas as mulheres.

A novela é uma adaptação da obra homônima, inspirada em dois livros sobre Ana Jacinta de São José, uma personagem real: os romances biográficos “A Vida em Flor de Dona Beja” (1966), de Agripa Vasconcelos, e “Dona Beija: a Feiticeira de Araxá”, de Thomas Leonardos, publicado em 1957. A produção promete trazer um novo olhar, devido às mudanças de comportamento da sociedade durante as últimas décadas.

"Dona Beja" é uma novela da HBO Max, produzida e licenciada pela Floresta. Escrita por Daniel Berlinsky, António Barreira e colaboração de Maria Clara Mattos, Cecília Giannetti, Clara Anastácia e Ceci Alves. A produção é baseada na sinopse desenvolvida por Renata Jhin e António Barreira, em releitura da obra original criada por Wilson Aguiar Filho. Compre os livros sobre "Dona Beja" neste link.

.: Musical "O Bem Amado", de Dias Gomes, em temporada no Teatro FAAP


Premiada versão musicada de Ricardo Grasson para o clássico O Bem Amado, de Dias Gomes, segue em cartaz até dia 30 no Teatro FAAP. Espetáculo tem letras e músicas de Zeca Baleiro e Newton Moreno, com direção musical de Marco França e traz no elenco Cassio Scapin, Eduardo Semerjian, Paulo de Pontes, Luciana Ramanzini, Kátia Daher, Lola Fanucchi, Ando Camargo, Magno Argolo, Heitor Garcia, Dan Maia, Roquildes Júnior, Bruno Menegatti e Daniel Warschauer. Foto: Ronaldo Gutierrez

Criado no contexto das comemorações aos 100 anos de nascimento do autor baiano Dias Gomes (1922-1999), o premiado "O Bem Amado Musicado", dirigido por Ricardo Grasson, segue em cartaz até dia 30 de julho no Teatro FAAP, com apresentações às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h. Com produção de Rodrigo Velloni, o trabalho estreou em 2022 e recebeu os prêmios Arcanjo de Cultura (destaque em teatro) e Prêmio DID (destaque em direção). 

Escrita em 1962, “Odorico, o Bem Amado, ou Os Mistérios do Amor e da Morte” é considerada um clássico do teatro moderno brasileiro e ficou bastante conhecida pelo grande público ao ser adaptada na primeira telanovela exibida em cores no Brasil e a ser exportada. A versão, exibida pela TV Globo em 1973, era dirigida por Régis Cardoso e estrelada por Paulo Gracindo, Lima Duarte, Jardel Filho, Sandra Bréa, Ida Gomes e outros grandes atores. 

“O Bem Amado é um marco do realismo fantástico brasileiro. Dias Gomes toca com o sincretismo peculiaridade e maestria, em temas mais que atuais e fundamentais para a informação e a formação de gerações, como a crítica contestadora, o tom sarcástico e demagogo, a política, os costumes moralistas, a diversidade, religioso, a relação entre homens e o poder subversivo e todas as suas consequências”, reflete o diretor Ricardo Grasson.

Ele ainda conta como decidiu montar esta obra: “Foi em uma entrevista, em um canal na internet, que ouvi o Cassio (Scapin) contando da vontade de representar o personagem Odorico Paraguaçu, pela importância do autor e do texto na atual situação em que nós, como cidadãos e artistas, nos encontrávamos. Liguei para o Cassio, nos conhecemos há alguns anos e durante este período de pandemia fizemos alguns trabalhos juntos, então fiz o convite", revela.

A comédia satiriza o cotidiano de Sucupira, uma cidade fictícia no litoral baiano, onde vive o político corrupto e demagogo Odorico Paraguaçu. Como não há um cemitério na cidade, o que obriga os moradores a enterrar seus mortos em municípios vizinhos, ele se elege prefeito com o slogan “Vote em um homem sério e ganhe um cemitério”.

O grande problema é que não morre ninguém em Sucupira para que o cemitério seja inaugurado. E, para resolver esse dilema e não perder o apoio de seus eleitores, ele se alia ao terrível pistoleiro Zeca Diabo, que foi expulso da cidade. O que ele não sabe é que o matador não pretende matar mais ninguém, pois deseja virar um homem de Deus.

Para trazer ao palco a pequena, seca, rude, litorânea e quente cidade de Sucupira, Grasson conta que procurou referências nas bases do realismo fantástico. “Somos inspirados pelos filmes de Federico Fellini, pela xilogravura nordestina moderna com influência de obras de artistas como Speto, pelo teatro popular brasileiro e pelos movimentos e desdobramentos da confecção dos livros ‘pop up’ (tipo de ilustrações em dobraduras de papel que saltavam dos livros), revela. 

Ele ainda acrescenta que busca uma encenação de contornos populares, vibrantes, alegres e tipicamente brasileiros. “Queremos uma encenação enraizada na cultura nordestina brasileira, na interpretação e composição visceral dos atores e na linguagem de alcance direto, popular”. E, sobre o processo de musicar a obra de Dias Gomes, o encenador comenta: “Incorporar na obra as músicas originais, somará nas nuances dramatúrgicas linguísticas típicas do autor, em brasilidades necessárias, transpondo para elementos e personagens da cultura nacional referências cotidianas e místicas, originárias nos personagens criados e descritos pelo autor”. Compre o livro "O Bem Amado", de Dias Gomes, neste link.


Ficha técnica 
"O Bem Amado Musicado". Autor: Dias Gomes. Direção: Ricardo Grasson. Produção: Rodrigo Velloni. Letras e Músicas: Zeca Baleiro e Newton Moreno. Arranjos: Zeca Baleiro e Marco França. Direção musical e música original (instrumental): Marco França. Cenário: Chris Aizner. Desenho de luz: Cesar Pivetti. Figurino: Fábio Namatame. Direção de movimento e coreografia: Katia Barros e Tutu Morasi. Designer gráfico e ilustrações: Ricardo Cammarota. Fotografia: Ronaldo Gutierrez. Preparação vocal: Marco França. Visagismo: Alisson Rodrigues. Adereços: Kleber Montanheiro. Diretor assistente: Pedro Arrais. Designer de som: Fernando Wada. Direção de palco: Jones de Souza. Camareira: Luciana Galvão. Contrarregra: Eduardo Portella. Assistente de luz e operador: Rodrigo Pivetti. Cenotécnico: Alicio Silva. Produção executiva: Swan Prado. Assistente de produção: Adriana Souza. Captação, criação de conteúdo e mídias sociais: GaTú Filmes. Assessoria de imprensa: Pombo Correio. Assessoria jurídica: Martha Macruz de Sá. Gestão financeira: Vanessa Velloni. Idealização: Ricardo Grasson, Heitor Garcia e Cassio Scapin. Realização: Velloni Produções Artisticas. Elenco: Cassio Scapin, Eduardo Semerjian, Paulo de Pontes, Luciana Ramanzini, Kátia Daher, Lola Fanucchi, Ando Camargo, Magno Argolo, Heitor Garcia e Roquildes Júnior. Músicos: Dan Maia, Bruno Menegatti, Daniel Warschauer e Roquildes Júnior.


Serviço
"O Bem Amado Musicado".
 Temporada: até dia 30 de julho. Às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h. Teatro FAAP - Rua Alagoas, 903 - Higienópolis, São Paulo. Ingressos: R$ 80,00 (inteira), R$ 40,00 (meia-entrada). Duração: 110 minutos. Classificação etária: 12 anos. Gênero: comédia musicada. Acessibilidade: teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.

Teaser de "O Bem Amado Musicado"

.: Peça coloca frente a frente o filósofo Albert Camus e Howard Mumma


Baseada em fatos reais, a peça traz dois pontos de vista diametralmente opostos: o do filósofo ateu e o do homem de fé. A montagem é baseada no livro “Albert Camus and the Minister” e ganhou adaptação para os palcos feita por Cássio Junqueira e Cassio Scapin


Duas concepções opostas sobre a fé, os questionamentos sobre o sentido da vida, o respeito e a amizade entre dois homens marcam "Camus e o Teólogo - Um Encontro Improvável", que coloca em cena o embate de ideias entre o filósofo existencialista Albert Camus (1913-1960), e Howard Mumma, ministro da Igreja Americana de Paris. Com direção geral de Clarisse Abujamra, atemporada vai até 6 de agosto, com sessões sempre sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 18h, no Teatro Aliança Francesa.

O elenco é formado por Alexandre Barros (Howard Mumma) e Fernando Alves Pinto (Albert Camus), com a participação especial de Amazyles de Almeida (Simone Weil), que assina a co-direção. O espetáculo é baseado no livro "Albert Camus and the Minister", do próprio Howard Mumma, e a adaptação para os palcos foi feita por Cássio Junqueira e Cassio Scapin.

Baseada em fatos reais, a peça traz dois pontos de vista diametralmente antagônicos: o do filósofo ateu e o do homem de fé. O público se verá diante de pontos convergentes e divergentes, que os conduzem entre reflexões e questionamentos sobre temas, como a origem do homem, o paradoxo entre a existência de Deus e os males do mundo, o sofrimento, a falta e a busca pelo sentido da vida, o poder, a guerra, a liberdade e o amor. 

A inteligência e a elegância dos diálogos trazem temas filosóficos presentes na vida de todos e comprovam que é possível florescer uma amizade entre pessoas com convicções tão distintas. A peça estimula o respeito à divergência e instiga o público a ponderar sobre como todas as verdades são relativas e como ninguém detém o monopólio da razão absoluta.

“A encenação é focada no texto e nos embates entre os personagens e ganha o tom minimalista por meio das características cênicas do cenário de Daniela Galli, a luz de Ivan Abujamra e a trilha de André Abujamra. Houve um intenso processo de pesquisas por meio de conversas com filósofos, padres e pastores. O tema é curioso, com o encontro inusitado destas duas figuras reais, o debate de ideias sempre é bem-vindo e fértil, ninguém escapa de discussões como essas que são colocadas no palco”, enfatiza a diretora.

Albert Camus foi um escritor, dramaturgo e filósofo franco- argelino, ganhador do Prêmio Nobel de literatura em 1957. O teólogo americano, Howard Mumma, ministrava sermões na Igreja Americana de Paris. No início da década de 1950, Camus vai à igreja para ouvir o recital do renomado organista Marcel Dupré e conhece o teólogo, dando início a uma discreta amizade que perdurou até a morte precoce do filósofo aos 46. Após 40 anos do falecimento de Camus, já com 91 anos de idade, Howard Mumma compartilhou os registros e suas memórias sobre as conversas entre os dois no livro Albert Camus and the Minister. Simone Weil, figura importante interpretada por Amazyles de Almeida, foi uma filósofa francesa, escritora e mística que impactou de maneira singular os pensamentos e a vida de Albert Camus. 

“O livro discute questões como 'O que somos?' ou 'O que é a consciência humana'. A publicação tem várias ponderações que foram mantidas na peça. Elas não aplacam nossas angústias, mas nos acalmam em alguma medida, e isso nos ajuda a viver melhor. Vale destacar a amizade e o amor que se desenvolve entre duas pessoas que inicialmente pareciam estar em campos ideológicos opostos”, ressalta Cássio Junqueira.

Além de Cássio Junqueira, a adaptação também contou com Cassio Scapin. “O livro funcionou como uma mola propulsora para a criação da dramaturgia. Foi um procedimento para transportar esse mundo da literatura para o universo do teatro com os diálogos e as ordens das cenas. A peça é um recorte da vida de Albert Camus e Howard Mumma e as reflexões atingem todos independentemente de classe social ou religião. A questão da existência ou não dessa força motriz no universo, chamada de Deus, as pautas que moldam toda uma sociedade em função de um pensamento. São questões que atravessam qualquer ser humano ao olhar para o mundo e a sua existência”.

Para o ator e idealizador do projeto, Alexandre Barros, o espetáculo estimula o público a pensar e a sentir diante das questões essenciais - e às vezes contraditórias - das nossas vidas. “Quando tive contato com o livro, fiquei encantado com os diálogos e com o recorte dessa parte da vida de Camus. Era uma obra que tinha todos os ingredientes para se tornar uma peça. A trama é um vislumbre de abertura de ideias em meio a toda a polarização e os conflitos em que o país vive nos últimos anos. Durante o processo, tivemos leituras com filósofos, pastores e teólogos. Especial também é a contribuição da Simone Weil, que foi extremamente importante para a transcendência de Camus. São muitas camadas trazidas pelo contato com os personagens”.


Ficha técnica
"Camus e o Teólogo - Um Encontro Improvável". Livre adaptação do livro “Albert Camus and The Minister”, de Howard Mumma. Idealização: Alexandre Barros. Adaptação: Cássio Junqueira e Cassio Scapin. Direção geral: Clarisse Abujamra. Direção: Clarisse Abujamra e Amazyles de Almeida. Elenco: Alexandre Barros e Fernando Alves Pinto. Participação Especial: Amazyles de Almeida. Direção de Produção: Daniel Torrieri Baldi. Cenografia: Daniela Galli. Figurino: Roberto Alencar. Iluminação: Ivan Abujamra. Trilha Sonora Original: André Abujamra. Preparação Corporal: Suzana Mafra. Preparação Vocal: Edi Montecchi. Coordenação de Projeto: Érika Braga. Produção Executiva: Fernanda Lorenzoni. Assistente de Produção: Gabrielle Ventura. Assistente de Iluminação e Operação: Rodrigo Sawl. Contrarregra: Felipe Caiafa. Cenotécnica: Armazém Cenográfico. Assessoria Contábil: Contabilizi: Gestão Contábil. Assessoria Jurídica: Maristela Bueno. Administração: Alexandre Barros. Design Gráfico: Emerson Brandt. Fotografia Artística: Rinaldo Martinucci. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Redes Sociais: Talyta Follow. Produção: Desembuxa Entretenimento. Realização: Alexandre Barros. 


Serviço
"Camus e o Teólogo - Um Encontro Improvável". Temporada: até dia 6 de agosto. Sextas e sábados 20h, e domingos, às 18h. Preço: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia-entrada). Duração: 80 minutos. Classificação: livre. Vendas: https://bileto.sympla.com.br/event/83756. Teatro Aliança Francesa
- Rua General Jardim 182 - Vila Buarque - São Paulo. Ar-condicionado. Informações: (11) 3572-2379.

.: Surto de apresentador de telejornal é mote de "O Âncora", no CCBB São Paulo


Peça retrata o surto de um prestigiado apresentador de telejornal que já não consegue mais noticiar os problemas insolúveis do país. Solo é estrelado e dirigido por Alex Nader, com texto e codireção de Leandro Muniz.


O bombardeio diário de notícias ruins em um Brasil pandêmico inspirou a criação do solo "O Âncora", com direção e texto de Leandro Muniz, atuação e direção de Alex Nader, direção de produção de Caio Bucker e coordenação de produção de Anna Sophia Folch. O espetáculo segue em cartaz até dia 23 de julho no CCBB São Paulo, com apresentações às quintas e sextas, às 19h, sábados, às 16h e 19h, e domingos, às 16h. 

Na trama, o famoso âncora do principal telejornal de um grande emissora de TV surta diante das câmeras. Ele está saturado pelos muitos problemas enfrentados pelo país e extenuado pelas últimas notícias da política. Durante a transmissão, ele confessa ao vivo que está bêbado e que precisa tomar remédios psicotrópicos para poder dar conta de repetir à exaustão os fatos cruéis que assolam o país.

Desacreditado com a profissão e com o “desgoverno”, o apresentador está em seu limite e ameaça acabar com a vida ao vivo. Ele está disposto a romper com os limites da ética jornalística para alertar seu público de que a vida no país está muito pior do que as pessoas imaginam e que nem a emissora para a qual ele trabalha é confiável.

A ideia da peça é partir desse contexto para criar uma reflexão sobre todas as questões importantes para o nosso tempo, como a crise climática, a desigualdade social, a luta contra a extrema direita, a homofobia, o racismo, o machismo e o papel da mídia brasileira no cenário político.

Com humor crítico, o texto procura desconstruir com sarcasmo o homem que deveria levar credibilidade à família brasileira, mostrando que ele também está em crise, culpado por viver cercado de privilégios e finalmente resolve decretar o fim da hipocrisia que virou a sua vida. Em crise por ser um homem branco, hetero, rico, num país ainda famélico e deseducado, ele aponta sua língua afiada e desabafa descontrolado, expondo a sua vida e os bastidores da política em cadeia nacional.

Esse mote é uma janela humorística para o personagem passear por tudo o que o aflige, desde seu relacionamento falido com uma ex-apresentadora de telejornal, a proliferação das fakenews, que abalou a credibilidade do jornalismo e impulsionou veículos extremamente duvidosos, passando pelo seu inconformismo com a visão distorcida que o público tem sobre quem ele realmente é. Ele, fora de si, mostrará o seu lado cruel, poético, humorado, raivoso e autodestrutivo.


Ficha técnica
"O Âncora".
Texto e direção: Leandro Muniz. Direção e atuação: Alex Nader. Direção de produção: Caio Bucker. Produção executiva: Radamés Bruno. Coordenação de produção: Anna Sophia Folch. Assessoria de imprensa: Pombo Correio.


Serviço
"O Âncora". 
Temporada: 30 de junho a 23 de julho, às quintas e sextas, às 19h; aos sábados, às 16h e às 19h; e aos domingos, às 16h. Classificação indicativa: 14 anos. Duração: 50 minutos. Ingressos: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 ( meia-entrada). Ingressos em bb.com.br/cultura ou na bilheteria do CCBB. Acessibilidade: acesso a cadeirantes. 1 sessão com intérprete de libras a ser divulgada. Centro Cultural Banco do Brasil - Rua Álvares Penteado, 112 - Centro Histórico - São Paulo. Atenção: rua de pedestre. Veja as opções oferecidas para chegar ao CCBB com mais comodidade. O CCBB disponibiliza traslado com van gratuita e credenciada a partir de dois pontos. Vans de 15 em 15 minutos. Estacionamento conveniado na Rua da Consolação, 228. Estação de metrô República. Outras informações: (11) 4297-0600.

.: Peça "Mãos Trêmulas" engata nova temporada no Teatro Sérgio Cardoso


Retrato delicado e político sobre as histórias de idosos e idosas operárias e periféricas que sofrem a espoliação de sua lembrança. Foto: Noelia Nájera

Sucesso de público com duas temporadas de ingressos esgotados, espetáculo "Mãos Trêmulas" entra em cartaz no Teatro Sérgio Cardoso, a partir de 13 de julho, quinta-feira, às 19h. A temporada segue até 10 de agosto com sessões sempre às quartas e quintas, às 19h. A montagem levanta questões sobre o processo de envelhecimento, que pode ser doloroso, com enfrentamento de preconceitos, dificuldades financeiras e da busca pelo aplacar da solidão, em texto de Victor Nóvoa com direção de Yara de Novaes.

Protagonizada por Cleide Queiroz e Plínio Soares, a peça foi premiada pela II edição do prêmio dramaturgias em processo do TUSP e com proponência da produtora Catarina Milani foi contemplada pela 15ª edição do Prêmio Zé Renato. Neste retrato delicado, mas político, Nóvoa quis jogar luz sobre as histórias de idosos e idosas operárias e periféricas que sofrem a espoliação de sua lembrança.

A peça apresenta uma mulher e um homem que, por conta de suas mãos trêmulas e idade avançada, são descartados pela sociedade. Na trama, ela é uma costureira que trabalhava com produções teatrais e ele um ajudante de cozinha. Os dois se encontram na vida após perderem seus trabalhos, por serem considerados velhos demais. Morando juntos, mas sem perspectivas financeiras, vão criar estratégias para evitar mais um processo de despejo.

Para criar a dramaturgia, Nóvoa, primeiro, foi instigado por histórias próximas: experiências da mãe, dos tios e das tias. Depois, passou a estudar o tema e encontrou no livro "Memória e Sociedade: Lembranças de Velhos", de Ecléa Bosi, conceitos que o ajudariam a contar estas histórias. 

“Há um recorte social e periférico que atravessa essas experiências da minha família. Então, eu fui pesquisar socialmente sobre o tema. E a partir da relação mais íntima, comecei a questionar a estrutura: como a nossa sociedade capitalista do desempenho e da eficiência trata os nossos velhas e velhos, em especial de pessoas periféricas. Quando se pensa nos corpos e nas memórias, como mercadorias, eles se tornam descartáveis. Então essa pulsão do íntimo ao estrutural foi importante”, explica o dramaturgo.

Colocar a potência do texto em cena foi um desafio e um prazer para a diretora. “O texto é muito teatral porque consegue alterar o tempo e fazer experiências com a realidade. É uma dramaturgia que dialoga com a atuação, a cena, o Brasil, ficciona o real e gera afetos muito importantes nesse momento. A minha concepção se ancora na ideia de que estamos todos o tempo todo em grandes e imprescindíveis metamorfoses. Não há quem ou o que nesse mundo não esteja em movimento e envelhecer é uma estação desse percurso”, declara. 

Cleide Queiroz e Plínio Soares são os únicos atores em cena e Novaes celebra a escolha da dupla de protagonistas que, além da sensibilidade, também carrega uma história intimamente ligada ao teatro. “Eles são os artistas perfeitos para fazerem esse trabalho, pois são pessoas que reconhecem no teatro um lugar em que o poético se encontra com o político e pode criar pequenas e grandes revoluções”, elogia.


Ficha técnica
"Mãos Trêmulas".
Idealização e realização: Catarina Milani e Victor Nóvoa. Direção: Yara de Novaes. Assistência de Direção: Ivy Souza. Dramaturgia: Victor Nóvoa.  Colaboração Dramatúrgica: Salloma Salomão. Elenco: Cleide Queiroz e Plínio Soares.  Preparação Corporal: Ana Vitória Bella. Figurinos: Fábio Namatame. Cenário: André Cortez. Iluminação: Marisa Bentivegna. Trilha Sonora: Raul Teixeira. Direção Audiovisual: Julia Rufino. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Registro fotográfico: Noelia Nájera. Direção de Produção: Catarina Milani.  Assistência de Produção: Paula Praia. Contrarregragem: Éder Lopes. Design e Comunicação: Cuíca Comunica (Mauricio Prince). Operador de som: Thiago Schin. Operador de Luz: Henrique Andrade. 


Serviço:
"Mãos Trêmulas". 
Teatro Sérgio Cardoso - Rua Rui Barbosa, 153. Bela Vista - São Paulo. Temporada: de 13 de julho a 10 de agosto. Quartas e quintas, às 19h. * Dia 9 de agosto não haverá sessão. Duração: 60 minutos. Classificação: 16 anos Ingressos: gratuitos. Distribuição de ingressos na bilheteria do teatro, a partir de duas horas antes do início das sessões. https://www.teatrosergiocardoso.org.br/pt-br/agenda-cultural/maos-tremulas/. Capacidade: 80 lugares.

.: Bruna Betito explora condição da "amante" no solo "Vaca"


Espetáculo tem como ponto de partida experiências pessoais da atriz, diretora e dramaturga, deslocadas para um universo onírico, surreal e mitológico. Foto: Camila Rios


O universo e a condição da amante, essa figura transgressora e indissociável ao casamento que geralmente é condenada sem direito à defesa
, inspira a criação do solo teatral "Vaca", com direção, dramaturgia e atuação de Bruna Betito. O espetáculo segue em cartaz até dia 23, na Sala de Espetáculos II do Sesc Belenzinho, com apresentações às sextas e aos sábados, às 21h30, e aos domingos, às 18h30.

O trabalho parte da autobiografia da própria atriz e autora do texto, mas, já de início, essas experiências são deslocadas para um universo onírico, surreal e mitológico, a partir dos sonhos dela com o apocalipse, que são narrados e dramatizados, misturando realidade documental, ficção e uma dose de sarcasmo.

Em cena, a performatividade, a dança, o recurso de materiais e situações que presentificam a atriz e o público num jogo interativo e irrepetível também são pontos essenciais para a criação cênica e dramatúrgica. Exemplo disso é o estabelecimento de uma espécie de santa ceia, que, na verdade, se transforma em um fórum, no qual o público é convidado a discutir sobre “infidelidade” de forma anônima. Nesse sentido, trata-se de uma dramaturgia na qual a presença do público soma sentidos e conteúdos para a obra.

Além da referência autobiográfica, a criação dramatúrgica utiliza-se de outros autores como inspiração, entre eles Gustave Flaubert com sua "Madame Bovary"; Elisabeth Abbot com seu compêndio "Amantes: Uma História da Outra", que retrata a biografia de várias amantes desde a antiguidade até os anos 60; e Esther Perel com seu "Casos e Casos", um diário de psicoterapia com casais que passaram por situações de infidelidade.

Outras referências importantes são o universo da mitologia grega com suas histórias de amor e traição, em especial a história do triângulo Zeus-Hera-Io (também retratada na peça "Prometeu Acorrentado", de Ésquilo). Nesse mito, Hera, transforma a amante de Zeus, Io, em uma vaca branca. E por último, a Bíblia, que possui histórias, parábolas e mandamentos muito precisos a respeito deste tema.


Ficha técnica
"Vaca", com Bruna Betito.
Direção, atuação e dramaturgia: Bruna Betito. Dramaturgismo: Debora Rebecchi. Orientação cênica: Janaína Leite. Preparação corporal: Thiane Nascimento. Adereços em arame: Ítalo Iago. Videografia: Vic Von Poser. Vídeo final: Tati Caltabiano. Iluminação: Daniel González. Figurino: Silvana Carvalho. Operador de som: Carlos Jordão. Técnico de palco: Rodolfo Amorim. Contrarregras: Emilene Gutierrez e Rafael Costa. Intérprete de Libras: Fabiano Campos. Montagem de Luz: Daniel González e Felipe Mendes. Direção de Produção: Aura Cunha | Elephante Produções. Assistente de Produção: Ludmilla Picosque

Serviço
"Vaca", com Bruna Betito. Temporada: até dia 23 de julho. Às sextas e aos sábados, às 21h30, e aos domingos, às 18h30. As sessões dos dias 14, 15 e 16 de julho terão interpretação em Libras. Sesc Belenzinho – Sala de Espetáculos II – Rua Padre Adelino, 1000, Belenzinho. Ingressos: R$ 30 (inteira), R$ 15 (meia-entrada) e R$ 10 (credencial plena). Venda on-line no site sescsp.org.br pelo aplicativo Credencial Sesc SP e nas bilheterias da unidade. Classificação: 18 anos. Duração: 60 minutos. Acessibilidade: sala acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. Sesc Belenzinho - Rua Padre Adelino, 1000 - Belenzinho - São Paulo. Telefone: (11) 2076-9700. www.sescsp.org.br/belenzinho. Estacionamento de terça a sábado, das 9h às 22h. Domingos e feriados, das 9h às 20h. Valores: credenciados plenos do Sesc: R$ 5,50 a primeira hora e R$ 2,00 por hora adicional. Não credenciados no Sesc: R$ 12,00 a primeira hora e R$ 3,00 por hora adicional. Transporte Público: Metro Belém (550m) | Estação Tatuapé (1400m).

.: Banda Mirim estreia "EDUKA", musical sobre o poder da educação


Espetáculo para todas as idades terá sessões até dia 30 de julho no Teatro do Sesc Pompeia.


A Banda Mirim, premiado grupo de São Paulo, apresenta sua décima montagem: "EDUKA", um mergulho musical e poético pelo universo da educação, do aprendizado e das relações que mudam vidas. O espetáculo está em cartaz no Sesc Pompeia, e vai até 30 de julho, com sessões quintas, sextas e sábados às 19h e domingos às 17h.  A temporada também celebra os 18 anos do grupo, marcados pela criação de nove espetáculos e 29 prêmios, entre eles o APCA 2021 para a pesquisa do próprio EDUKA. 

Segundo o diretor e dramaturgo Marcelo Romagnoli, o espetáculo é fruto de mais de três anos de estudos. “'EDUKA' gira em torno do aprendizado, das relações, da vida e da vontade transformadora de agir, através de uma grande metáfora escolar atravessada pela música ao vivo”, explica. A narrativa acompanha o encontro de um grupo de colaboradores em uma sala de aula abandonada, habitada por um boneco de madeira. “Eles aceitam a tarefa de reconstruir o local, trocam conhecimentos, aprendem e ensinam enquanto preparam o futuro”, conta Romagnoli. 

A encenação tem influência do artista polonês Tadeusz Kantor e, assim como outros projetos do grupo, é um musical com canções e trilhas originais executadas ao vivo. As músicas foram compostas durante a pesquisa, conta a diretora musical Tata Fernandes, e abarcam a amplitude e a riqueza do processo de aprender. “A sonoridade tem influência de todos os cantos do mundo, desde o suingue africano até elementos da brasilidade pop, como o rap”, ilustra Fernandes. 


O mundo é nossa escola
Várias formas de educar nortearam a montagem. “Vamos de Platão a Paulo Freire e suas inspirações estão espalhadas poeticamente pela dramaturgia”, explica o diretor. O maior desafio foi traduzir tanta informação para o ambiente metafórico do teatro e da música, transformando pensamento em ação capaz de se comunicar com todos os públicos. “A criança e o adulto da plateia acompanham uma narrativa solar, alegre e dinâmica, repleta de simbologias. Estamos falando da grande escola que é a vida, de como aprender um com o outro”, conclui o diretor.


Ficha técnica
Espetáculo "EDUKA" com a Banda Mirim. Dramaturgia e direção: Marcelo Romagnoli. Direção musical: Tata Fernandes. Com: Alexandre Faria, Cláudia Missura, Edu Mantovani, Lelena Anhaia, Nina Blauth, Nô Stopa, Olívio Filho, Simone Julian e Tata Fernandes. Cenário e Luz: Marisa Bentivegna. Figurino: Chris Aizner. Boneco: Polerito Arts - Paul Zanon. Cenotécnico: Edilson Quina. Objetos de Cena: Maria Piedade. Costura: Judite de Lima. Som: Ernani Napolitano e Duda Gomes. Contrarregragem: Daniel Roque. Provocações:Cristiane Paoli Quito. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli. Social Media: Vitória Proença. Assistente de Produção: Isabella Neves e Leandro Garcia. Produção e Design: Andrea Pedro. Realização: Sesc SP e ProAC – Programa de Ação Cultural São Paulo.


Serviço
Espetáculo "EDUKA" com a Banda Mirim. Estreia dia 29 de junho, quinta-feira, às 19h, no Teatro do Sesc Pompeia. Temporada: de 29 de junho a 30 de julho. Quintas, sextas e sábados, às 19h. Domingos, às 17h. Duração: 70 minutos. Classificação: livre. Ingressos: R$ 25,00 (inteira), R$12,50 (meia entrada) e R$ 8,00 (credencial plena). Gratuito para crianças até 12 anos. 

.: Espectador é colocado na posição de detetive em peça enigma


"Não Somos Amigas" tem direção de Maria Maya e traz no elenco as atrizes Luluh Pavarin e Izabela Pimentel. Foto: Gisela Schlogel


O espectador é colocado na posição de detetive na peça "Não Somos Amigas", texto de Michelle Ferreira, dirigido por Maria Maya e estrelado por Luluh Pavarin e Izabela Pimentel. O espetáculo segue em cartaz até dia 23 no Teatro Alfredo Mesquita, com sessões às sextas e sábados, às 21h, e aos domingos, às 19h.

A comédia dramática inaugura a escalada irracional da autora, definida por ela mesmo como “peças-jogos” ou “espetáculos-quebra-cabeça”. Na montagem, Michelle convida o espectador para investigar a história, a tornar-se uma espécie de coautor da obra.

Na trama, em um apartamento na periferia, duas mulheres de diferentes gerações travam um duelo sobre a realidade de uma história que ambas viveram, diante de um documento que precisa ser assinado. Pouco se sabe sobre quem elas são, quem está com a razão ou o que está acontecendo. Ao espectador há apenas uma certeza: elas não são amigas!

O espetáculo propõe uma reflexão emocionante sobre a vida e a morte, usando uma retórica contundente que transita entre o humor, a dor e o nonsense. A obra é um manifesto a favor da participação do público e de sua emancipação. “É um tratado de memória, de conflito e de amor, com o qual é possível dialogar com as sensações de quem assiste”, define a autora. Além da oficina o projeto irá realizar atividades paralelas, como um ensaio aberto e uma oficina de teatro para estudantes da rede pública de ensino.


Ficha técnica
"Não Somos Amigas". Texto: Michelle Ferreira. Direção: Maria Maya. Diretora assistente: Cynthia Falabella. Elenco: Luluh Pavarin e Izabela Pimentel. Desenho de luz: Aline Santini. Sonoplastia: Aline Meyer. Cenografia: Amanda Vieira. Figurino: Tatiana Brescia. Projeto gráfico: Laerte Késsimos. Fotografia: Gisela Schlogel. Visagista: Henry Hernandes. Operação de luz: Isabela Leal. Operação de som: Gabriel Rosa. Produção: Complementar Produções Artísticas. Produção executiva: Gustavo Sanna e César Ramos. Direção de produção : Fernanda Capobianco. Assistente de produção: Raphael Carvalho. Realização: Complementar Produções Artísticas.  Patrocínio: Construcap e Inova Saúde.

Serviço
"Não Somos Amigas".
Temporada: 30 de junho a 23 de julho. Às sextas e aos sábados, às 21h; e aos domingos, às 19h*. Haverá sessões com tradução em libras e audiodescrição. Teatro Alfredo Mesquita - Avenida Santos Dumont, 1770, Santana - São Paulo. Ingressos: Grátis, distribuídos uma hora antes de cada sessão. Classificação: livre. Duração: 60 minutos. Capacidade: 198 lugares. Acessibilidade: Teatro acessível para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.

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