segunda-feira, 24 de julho de 2023

.: "O Planeta Lilás", de Ziraldo, ganha reedição com rascunhos do cartunista


Melhoramentos traz nova edição do livro com preciosidades como processo de criação, e os métodos utilizados pelo autor, como por exemplo na pontuação 


Ziraldo sempre teve um fascínio pelo universo e isso reverbera em suas obras. As viagens criadas pelo cartunista são inesquecíveis, e as referências aos planetas, estrelas e galáxias, transmitem uma magia sem igual e marcam gerações. Em "O Planeta Lilás", um bichinho pequenino, que não podia ser visto nem com uma lente de aumento, vive sozinho em seu monótono Planeta Lilás. Impulsionado pela curiosidade, ele constrói uma nave espacial e sai numa aventura cheia de surpresas.

Durante a jornada em busca de algo novo, o bichinho acaba percebendo que, na ambição de desvendar o Universo, saiu sem olhar para trás e sem saber de verdade como era o lugar onde vivia. Ao explorar outros planetas, ele conhece seus outros habitantes: o Branco, o Preto, as Cores, a Ideia, as Letras e o Ponto Final.

“Lilás é a flor e o nome de uma cor. Parecida com roxo, cor que fica marcada na nossa pele após o tombo. Uma tatuagem que não nos deixa esquecer o joelho ralado pela brincadeira e o tamanho da árvore que subimos, numa aventura no quintal. O Planeta Lilás reúne esses dois sentidos. E muitos outros”, escreve Guto Lins, na apresentação da obra. “Ziraldo, em seu segundo livro infantil – dez anos após 'Flicts' – nos coloca novamente em queda livre. Mais uma vez, ele compartilha com a gente sua paixão pelo livro, um objeto feito por imagens e texto. Em Flicts, ele nos mostra que as imagens são feitas por formas e cores e em O Planeta Lilás, que o texto é feito por letras e palavras. Parece simples, né?”, completa.

A narrativa envolve o leitor mostrando a riqueza dos elementos gráficos de um livro e prova que a literatura nos permite viver muitas aventuras. Lançado pela primeira vez em 1979, o livro teve imenso sucesso, levando leitores e fãs do autor a formar filas nas livrarias para receber o autógrafo. Agora, a nova edição publicada pela editora Melhoramentos traz os rascunhos inéditos de Ziraldo, deixando a obra ainda mais especial e memorável para os admiradores do escritor.

Nos esboços, é possível ver todo o processo de criação e os métodos utilizados por ele, como por exemplo na pontuação. O uso do ponto final só ocorre a partir de um momento preciso do texto, quando o personagem pousa, pela primeira vez, e descobre ter chegado no Ponto Final. Além de trazer as imagens dos desenhos da primeira capa e da distribuição dos textos em cada página. Ziraldo desenhou à mão como as letras ocupariam o espaço vazio da página, o tamanho de cada uma e até onde cada linha deveria ir.

A forma como as letras compõem as páginas de um livro ajuda a levar o leitor para dentro da história, e mostrar como tudo foi pensado e criado, proporciona uma conexão ainda mais profunda com o público. A história de "O Planeta Lilás" ganhou montagem teatral pelas mãos de Zezé Fassina (produtora e atriz) e Carlos Arruda (adaptação e direção). O espetáculo recebeu indicações a renomados prêmios, com sucesso de público e de crítica. Em 2009, O Planeta Lilás reestreou no Circuito Cultural Sesi e Sesc Rio de Janeiro e São Paulo, passando por inúmeras cidades durante dez anos. Compre o livro "O Planeta Lilás", de Ziraldo, neste link.


Sobre o autor:
Ziraldo nasceu em Caratinga, Minas Gerais, em 1932. Começou sua carreira nos anos 1950 em jornais e revistas como Jornal do Brasil, O Cruzeiro e Folha de Minas. Autor de livros infantis, ilustrador e cartunista, ele tem obras traduzidas para diversos idiomas, entre eles inglês, espanhol, alemão, francês e italiano. O maior sucesso do autor, "O Menino Maluquinho", tem mais de 112 edições e mais de 4 milhões de exemplares, tornou-se um ícone da literatura infantil brasileira. Garanta o seu exemplar de "O Planeta Lilás", escrito por Ziraldo, neste link.


Sobre a editora Melhoramentos
Melhoramentos é um grupo que atua em diferentes segmentos há mais de 130 anos, e se posiciona como agente de transformação no mundo, realizando, empreendendo e sendo protagonista do futuro em seus negócios. Fundada em 1915, assim como as demais empresas do grupo, tem um legado que atravessa gerações. Acredita em seu papel de estimular mudanças e desafiar. Busca, através da cultura e do entretenimento, levar conhecimento, inspirar as pessoas, e provocar transformações.

.: "Irmãs do Inhame" entrega aos leitores bell hooks em uma escrita amorosa


Em 1993, dois anos após receber o American Books Awards, a educadora, crítica literária e aclamada pensadora do feminismo negro Gloria Jean Watkins (1952-2001), internacionalmente reconhecida pelo pseudônimo bell hooks, decidiu colocar no papel as experiências e reflexões inspiradas por um grupo de apoio de mulheres negras, as "Irmãs do Inhame - Mulheres Negras e Autorrecuperação", que chega ao Brasil pela editora WMF Martins Fontes.

O nome é carregado de significado. Inspirada em um trecho da obra "Os Comedores de Sal", da escritora e ativista Toni Cade Bambara (1939-1995) – a quem presta homenagem na epígrafe –, o inhame é símbolo da “sustentação da vida”, da nutrição e do cuidado, e também das “conexões diaspóricas” para a comunidade negra.

“Quem já viu a colheita manual desse tubérculo sabe que é preciso tirar os inhames que nascem em cachos embaixo da terra ao redor da planta-mãe... a colheita do inhame, esse tubérculo da cura, é feita respeitando uma espécie de grande centro gerador, que é a própria planta. Não poderia ter imagem mais bonita para falar sobre dor e o processo de cura de mulheres negras”, afirma a professora de História da América na UFF, Ynaê Lopes dos Santos, no prefácio da obra.

Assumidamente pensado como um livro de autoajuda direcionado para (mas não apenas) as mulheres negras e suas relações com o corpo, as relações afetivas e familiares, o trabalho, a educação, a vida comunitária, a busca pela paz interior, "Irmãs do Inhame - Mulheres Negras e Autorrecuperação" vai muito além, e traz a essência de bell hooks: uma escrita amorosa e envolvente, que não nega a dimensão política do cotidiano, e combina um conhecimento profundo da literatura e da cultura negras com reflexões que passam pela filosofia, pela crítica cultural e pelo budismo. Para hooks, a processo de cura passa necessariamente pelo olhar compreensivo entre as “irmãs”, sem jamais esquecer do “universo mais amplo da luta coletiva”.  Compre o livro "Irmãs do Inhame - Mulheres Negras e Autorrecuperação", de bell hooks, neste link.


Sobre a autora
Nascida em 1952 no Kentucky, Estados Unidos, Gloria Jean Watkins, conhecida mundialmente pelo pseudônimo bell hooks – em homenagem à sua bisavó, Bell Blair Hooks, e como uma forma de exaltar a ancestralidade – foi uma educadora, escritora, crítica cultural e ativista que denunciou as desigualdades de raça, gênero e classe, além de trazer em seus escritos questões como amor e espiritualidade.

Autora de diversos artigos e livros, dentre os quais "Ensinando a Transgredir – Educação como Prática da Liberdade", publicado pela WMF Martins Fontes, hooks tornou-se uma das vozes mais relevantes em temas como pedagogia crítica, feminismo negro, práticas antirracistas, emancipação intelectual e justiça social. Dentre as influências assumidas pela autora, figura o nome de Paulo Freire (1921-1997), com quem ela estabeleceu uma rica troca intelectual: “Quando descobri a obra do pensador brasileiro Paulo Freire, meu primeiro contato com a pedagogia crítica, encontrei nele meu mentor e um guia”, escreveu hooks.

Mas essa admiração veio acompanhada de reparos contundentes à obra freireana, especialmente em relação à ausência da perspectiva feminista em sua teoria. Dessa forma, com essa construção dialógica e afetiva entre dois gigantes do pensamento, quem ganhou foi a ideia da educação que emancipa e liberta. Garanta o seu exemplar de "Irmãs do Inhame - Mulheres Negras e Autorrecuperação", escrito por bell hooks, neste link.

.: Daniel Daibem Quinteto apresenta o show "Auditivos" no Sesc Santos


No show do Daniel Daibem Quinteto, o público entra em contato com a história e os sons, mas principalmente, as características musicais que levaram o jazz a se tornar não só um gênero, mas uma linguagem musical. Foto: Ricardo Lisboa


O guitarrista e apresentador Daniel Daibem apresenta no próximo sábado, dia 29 de julho, às 20h, o conteúdo do DVD "Auditivos", lançado pelo Selo Sesc. No show do Daniel Daibem Quinteto, o público entra em contato com a história e os sons, mas principalmente, as características musicais que levaram o jazz a se tornar não só um gênero, mas uma linguagem musical.

Com aproximadamente duas horas de apresentação, o grupo toca alguns temas consagrados e, através do repertório, exemplifica as formas, os ritmos, o conceito de improviso e toda a trama musical que influenciou grande parte da música popular produzida desde o início do século XX, até os dias de hoje.

Daniel Daibem Quinteto é formado por Daniel Daibem (guitarra, vocal e apresentação), Rodrigo Braga (piano), Gustavo Sato (contrabaixo acústico e elétrico), Josué dos Santos (sax tenor) e Johnny Thunder (bateria). A apresentação integra a programação do projeto VEM – Venha experimentar música, realizado pelo Sesc São Paulo, que busca sensibilizar as pessoas para a música de forma livre, informal e lúdica.


Serviço
Daniel Daibem Quinteto no Sesc Santos. Sábado, dia 29 de julho, às 20h. Teatro do Sesc Santos. Venda on-line: R$ 10,00 (credencial plena) a R$ 30,00 (inteira). Livre.  

Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida - Santos. Telefone: (13) 3278-9800. Site do Sesc Santos neste link. Instagram, Facebook e Twitter: @sescsantos . YouTube /sescemsantos  

Bilheteria Sesc Santos - Funcionamento    
Terças a sextas, das 9h às 21h30. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30.

.: "Provoca": Nathalia Ziemkiewicz fala com Marcelo Tas sobre sexo


"Uma série de estigmas voltaram nos últimos anos, e acho que a gente precisa reconstruir esse caminho em direção a uma sexualidade saudável e positiva", afirma a repórter para Marcelo Tas. Foto: Mariana Carvalho 

Nesta terça-feira, dia 25 de julho, Marcelo Tas entrevista a jornalista Nathalia Ziemkiewicz, que é especialista em comportamento e pós-graduada em educação sexual. Entre os assuntos, falam sobre a importância da educação sexual, sexo e políticas públicas e desinformação de profissionais da área da saúde. O "Provoca" vai ao ar, inédito, às 22h, na TV Cultura.

"Não existe outra forma de criar intimidade sexual e fazer educação sexual [...] sem falar de sexo", afirma Nathalia Ziemkiewicz. Durante a entrevista, a especialista em saúde sexual conta que desde o nascimento de sua filha, ao trocar suas fraldas, ela e seu marido fazem questão de pedir licença ao tocar em sua vulva. Ressaltando que ao fazer isso, estava se auto educando e mostrando à criança os limites que devem existir em relação ao seu próprio corpo. "Isso vai construindo, ao longo do tempo, autonomia. Ela vai entender que ninguém pode chegar 'pegando na minha vulva' assim", completa Nathalia. 

"Uma série de estigmas voltaram nos últimos anos, e acho que a gente precisa reconstruir esse caminho em direção a uma sexualidade saudável e positiva", afirma a repórter. Marcelo Tas e Nathalia falam sobre como discutir a respeito de sexo engloba questões de políticas públicas. E ao ser questionada sobre quais são as principais dificuldades de brasileiros e brasileiras em relação ao sexo, ela responde que, no caso dos homens, diz respeito à ideia de desempenho e performance. "[Por conta disso], vamos falar sobre disfunção erétil, perda de ereção ou ejaculação rápida como se fossem grandes fantasmas: 'se eu viver isso, se eu passar por essa experiência, minha carteirinha de homem vai ser confiscada'".

Ao discutir sobre as dificuldades sexuais femininas, Ziemkiewicz afirma: "Às vezes o próprio ginecologista que está lá, ele não tem o conhecimento [...] para dizer a ela [...] que 'é normal que o movimento da penetração não seja satisfatório para você, ou não o suficiente'". E continua, dizendo que 85% das mulheres não conseguem ter um orgasmo apenas com a penetração, precisando do estímulo do clitóris. "Se eu vou para uma relação sexual, e isso pra mim é sinônimo de dor, de tédio, de alguma coisa que eu faço para agradar apenas o outro, eu não vou querer estar lá de novo", completa a especialista.


Sobre Nathalia Ziemkiewicz
Jornalista especializada em comportamento e pós-graduada em educação sexual. Foi repórter de comportamento das revistas Época e Istoé ao longo de dez anos, colunista de sexo do Yahoo Brasil e da Bayer Jovens, embaixadora e produtora de conteúdo para os lubrificantes Kmed (Cimed), editora da Luvv. Além disso, foi idealizadora do site Pimentaria (2013), cujo canal no Youtube soma 130 mil seguidores.

A jornalista faz, também, palestras sobre saúde e bem-estar sexual, gênero e empoderamento feminino, em eventos corporativos e particulares. Como repórter colaboradora da revista "Crescer" há mais de seis anos, assinou diversas reportagens sobre comportamento, saúde, sexualidade, tendências etc nos universos materno e infantil.

domingo, 23 de julho de 2023

.: Entrevista: Pipa Diniz, de vice-campeã a segunda eliminada do "No Limite"


Lenda do "No Limite", Pipa Diniz foi a primeira participante do reality show a participar duas vezes desta competição: Foto: Globo/Mauricio Fidalgo

Pipa Diniz é considerada uma lenda para os telespectadores que acompanham o reality-show "No Limite" e, por isso, torceram por ela. Na noite da última quinta-feira, dia 20 de julho, o segundo episódio da temporada na Amazônia foi recheado de reviravoltas surpreendentes, estratégias e muito jogo. No primeiro desafio, a equipe Jenipapo levou a melhor, mas acabou perdendo a imunidade para a Urucum na sequência.

Momentos antes do portal, o clima esquentou no acampamento e alianças se redesenharam. Alvo da maioria do grupo, Pipa, a vice-campeã da edição de 2000, recebeu cinco votos e foi a segunda eliminada nesta temporada. “Que emoção assistir ao episódio ‘A Traição’! Tenho muito orgulho da minha trajetória, sei que fui a pessoa que eu sou. Como eu sempre disse e continuarei dizendo, em ‘No Limite’ não tem personagem, as pessoas vão aos seus extremos, potencializam as suas características. Fiquei muito emocionada, foi um episódio realmente de muitas emoções, mas maravilhoso. Só posso agradecer por estar novamente nesse projeto tão lindo”, contou a eliminada da noite. Confira abaixo a entrevista completa com Pipa Diniz.


Como foi assistir ao episódio de ontem?
Pipa Diniz -
Que emoção assistir ao episódio "A Traição"! Tenho muito orgulho da minha trajetória, sei que fui a pessoa que eu sou. Como eu sempre disse e continuarei dizendo, em "No Limite" não tem personagem, as pessoas vão aos seus extremos, potencializam as suas características. Fiquei muito emocionada, foi um episódio realmente de muitas emoções, mas maravilhoso. Só posso agradecer por estar novamente nesse projeto tão lindo.

O "No Limite" é um jogo que exige alianças e estratégias. Você chegou a imaginar que seria o alvo da maior parte da equipe?
Pipa Diniz - 
Eu acho que o "No Limite" é um jogo de estratégia e aliança. E sou uma pessoa que, na vida real, não faço muito planejamento, não tenho muita estratégia, nem fofoca, esse tipo de coisa. Por algumas vezes cheguei a pensar que talvez eu não soubesse jogar esse jogo. Mas nós, as mulheres, tínhamos as nossas alianças ali, selamos um pacto de que seríamos uma por todas e todas por uma. Só não aconteceu. Mas vejo como uma questão de oportunidade. Quando se está nesse jogo, a gente sabe que pode ser votado, né? Então não foi uma surpresa ser eliminada, só não achei que seria no segundo portal do programa.
 

Como você vê as alianças que estão se formando na equipe Jenipapo?
Pipa Diniz - 
Eu acho que a Jenipapo é uma equipe de muita força, com pessoas maravilhosas, potências incríveis, jovens. Eles são bem competitivos e acho que essa é a grande característica do grupo. Ao mesmo tempo em que é uma qualidade, eu acho também pode ser uma fraqueza, porque eles não estão conseguindo se relacionar entre si. Eu me considero uma participante bem forte. Acho que muitos dos companheiros da equipe achavam que, talvez, por eu já ter sido uma participante, não era merecedora de estar ali. Ontem, observando o episódio, eu achei que eles votaram muito mais em mim por medo da competitividade do que por eu não estar apta.

Como você avalia a sua participação no programa?
Pipa Diniz - 
Ah, eu tenho muito orgulho de ter participado, de ter sido a primeira participante do reality "No Limite" a participar duas vezes. Eu acho que a minha participação foi muito representativa, né? Eu sou uma mulher de 50+ e sempre acreditei que a gente tem que protagonizar nossa própria história em qualquer idade. Então, eu espero que não só as mulheres, mas que todas as pessoas possam ter se enxergado e ter ampliado os seus limites em relação aos sonhos, aos desejos e às vontades.

Quais aprendizados você leva dessa experiência?
Pipa Diniz - 
Viver essa experiência foi muito gratificante, positivo e fortalecedor. Acredito que a oportunidade de ter vivido a floresta me faz um ser humano melhor. Outro aprendizado são as diferenças humanas. Eu falo sempre, como diria Belchior, sobre querer resolver as coisas e olhar só para frente, olhar para o futuro. A gente precisa respeitar quem veio antes, quem tem experiência. E talvez a Jenipapo não tenha me aproveitado nesse sentido, de ter usado minha experiência como sobrevivente, como segunda colocada numa edição passada, para se fortalecer e irmos juntos mais adiante. 


"No Limite - Amazônia" é exibido às terças e quintas, após a novela "Terra e Paixão". O reality também vai ao ar no Multishow às quartas e sextas, sempre às 23h. O programa tem apresentação de Fernando Fernandes, direção geral de Rodrigo Giannetto, com direção de Vivian Alano e Padu Estevão. O programa é licenciado e produzido pela Endemol Shine Brasil.

.: Mateo García Elizondo, neto de Gabriel García Márquez, estreia na literatura


Considerado um dos melhores jovens escritores em língua espanhola pela revista Granta, Mateo García Elizondo, de 36 anos, narra em "Um Encontro com a Lady" uma viagem espectral impressionante entre a vida e a morte, entre o amor e a perda. O livro de estreia foi vencedor do Premio Ciutat de Barcelona 2019. Mateo vem de uma linhagem de escritores: é neto por parte de pai do colombiano Gabriel García Márquez e por parte de mãe do mexicano Salvador Elizondo. A tradução é de Ivone Benedetti.

Evocando o começo de "Pedro Páramo", obra-prima de Juan Rulfo, Mateo García Elizondo apresenta um personagem em processo de destruição por conta do vício em heroína. Em busca de um último encontro com sua lady, o protagonista embarca em uma jornada até um vilarejo esquecido no tempo. Lá, encontra figuras perturbadoras e fantasmas de amigos que o aguardam do outro lado e, em sua caminhada para o fim de tudo, tem de lidar com as lembranças da cidade de onde veio e de seu passado. Mateo García Elizondo narra com uma prosa envolvente e hipnótica uma viagem vertiginosa ao submundo. Compre o livro "Um Encontro com a Lady", de Mateo García Elizondo, neste link.


Trecho do livro
“Vim a Zapotal para morrer de uma vez por todas. Assim que pus os pés no povoado, livrei-me do que trazia nos bolsos, das chaves da casa que deixei abandonada na cidade, de todos os cartões, de tudo o que tinha meu nome ou a fotografia do meu rosto. Não me sobram mais de três mil pesos, vinte gramas de pasta de ópio e sete gramas de heroína, e isso tem de ser suficiente para me matar.”

O que disseram sobre o livro
“Estamos diante de uma voz interessantísima, capaz de sustentar o pulso da história por meio de um discurso direto e fluido que flutua entre o contemporâneo e o ancestral.” — El Periódico

Sobre o autor
Mateo García Elizondo nasceu na Cidade do México e é formado em literatura inglesa e escrita criativa pela Universidade de Westminster e pós-graduado em jornalismo na London School of Journalism. Escreveu artigos para veículos como National Geographic Traveler: Mexico e Pijamasurf. É roteirista do longa-metragem Deserto, que foi selecionado pelo México como seu representante para o Oscar de 2017, assim como dos curtas "Domingo" (2013) e "Clickbait" (2018). Foi considerado um dos melhores jovens escritores em língua espanhola pela revista 'Granta". "Um Encontro com a Lady" é seu romance de estreia e foi vencedor do Premio Ciutat de Barcelona 2019. Garanta o seu exemplar de "Um Encontro com a Lady", escrito por Mateo García Elizondo neste link.

.: Felipe Hintze brilha no espetáculo "A Herança", no Teatro Raul Cortez


Felipe Hintze interpreta filho de Reynaldo Gianecchini em “A Herança” | Crédito da imagem: Gatu Filmes

O ator Felipe Hintze, conhecido pelo seu personagem Eziel em “Verdades Secretas”, está em cartaz em São Paulo com a peça “A Herança”, ao lado de Reynaldo Gianecchini. No espetáculo, o ator traz luz para as dificuldades enfrentadas pela comunidade LGBTQIAPN+, como a adoção, história central de um dos seus personagens, Jason. A peça segue em cartaz até 20 de agosto, no Teatro Raul Cortez.

Na temporada paulistana do espetáculo, que tem cerca de seis horas, o ator traz luz para as dificuldades enfrentadas pela comunidade LGBTQIAPN+ no momento da constituição de um núcleo familiar, além de fazer o filho do personagem de Reynaldo, uma das primeiras pessoas que contracenou em sua carreira.

“'A Herança' é um presente pra mim, em vários sentidos, como a questão da adoção. Na peça, eu e o Wallace Mendes abordamos a questão de sermos um casal gay, interracial, e que está na expectativa de adotar uma criança. Desde que entramos em cartaz, venho recebendo muitos feedbacks importantes das pessoas que passam por situações parecidas. Esse é o poder do Teatro, de discutir temas necessários para a evolução da sociedade. E, quando interpreto o filho do Henry, personagem do Giane, é aula atrás de aula. Porém, o mais interessante é reencontrá-lo nos palcos, pois ele foi uma das primeiras pessoas com quem tive a oportunidade de contracenar. Nos palcos e na vida, o Giane é um paizão!”, diz Felipe, que terá mais projetos para o segundo semestre.


Na peça, Felipe Hintze e Wallace Mendes vivem um casal gay, interracial, e que está na expectativa de adotar uma criança. | Crédito da imagem: Gatu Filmes

Em breve, Felipe deve anunciar projetos no cinema, plataformas de streaming, e uma coleção de roupas plus size. “Sou uma peça inquieta, sabe? Daquelas que vão conectando pontos e procurando novos projetos, um mais desafiador do que o outro. Ainda não posso comentar muito sobre os trabalhos audiovisuais, mas são personagens diferentes de todos que eu já fiz na minha carreira”, enfatiza ele, que também fez uma collab com a marca LongFord, com peças para corpos gordos. “Cada detalhe da coleção tem muita pesquisa envolvida, além da minha vivência, claro!”


Elenco de “A Herança” | Crédito da imagem: Gatu Filmes


 Serviço
"A Herança - Parte 1" - Nova Temporada
Quinta e sábado, às 20h00. Sábado às 15h00. De 20 de julho a 19 de agosto. Teatro Raul Cortez - Rua Doutor Plínio Barreto, 285, São Paulo - São Paulo. Ingressos: Sympla 

"A Herança - Parte 2" - Nova Temporada
Sexta e sábado às 20h00. Domingo, às 18h00. De 21 de julho a 20 de agosto. Teatro Raul Cortez - Rua Doutor Plínio Barreto, 285, São Paulo - São Paulo. Ingressos: Sympla

.: As dez mais de Tony Bennett, ícone da música norte-americana


O cantor norte-americano Tony Bennett morreu, aos 96 anos, na última sexta-feira, dia 21 de julho. Considerado um dos ícones da música norte-americana e do jazz, o artista teve uma carreira de sucesso ao longo de oito décadas com canções marcantes e diversas parcerias e duetos com artistas como Frank Sinatra, Amy Whinehouse, Paul McCartney, Lady Gaga, Aretha Franklin e outros.

No Brasil, a música interpretada por Tony Bennett mais tocada nos últimos dez anos foi “Body and Soul”. Em seguida, “The Lady is a Tramp” e “Cheek to Cheek” figuraram na segunda e terceira posições do ranking feito pelo Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad). Tony Bennett deixa um legado de 2.107 gravações cadastradas na gestão coletiva da música no Brasil. Compre os álbuns de Tony Bennett neste link.


Ranking do Ecad das músicas gravadas por Tony Bennett como intérprete mais tocadas nos últimos dez anos no Brasil nos segmentos de rádio, casas de festas e diversão e sonorização ambiental.

1. "Body and Soul - Green (Us 1) John / Edward Heyman / Bonham Victor

2. "The Lady is a Tramp" - Herbert Richard Lorenz / Richard Rodgers

3. "Cheek to Cheek - Irving Berlin

4. "I Left My Heart in San Francisco" - Douglass Cross / George C. Cory Jr.

5. "For Once in My Life" - Orlando Murden / Miller (Us 2) Ron

6. "Let's Face the Music and Dance" - Irving Berlin

7. La Vie en Rose" - Louis Guy / Edith Piaf

8. "Anything Goes" - Cole Porter

9. "Smile" - Don Stevens (Gb 2) / Chaplin (Gb 1) Charlie / Art Kay (Gb 2) Moonglow Eddie Delange / Will Hudson / Primrose Joe

10. "As Time Goes By" - Herman Hupfeld

.: Matheus Vasconcelos apresenta show “Nos Braços Teus” no Sesc Santos


O projeto Bússola, do Sesc Santos, recebe neste mês o show “Nos Braços Teus” do cantor, compositor e multi-instrumentista Matheus Vasconcelos. A apresentação acontece nesta terça-feira dia 25, de julho, às 20h, no Teatro do Sesc Santos. Bússola é um espaço de escuta atenta, trazendo lançamentos de artistas da baixada santista.

Nascido em Santos, Matheus começou sua carreira aos 14 anos, apresentando-se em bares e casas noturnas. Em 2020, lançou "Nos Braços Teus", seu primeiro trabalho autoral. Acompanham Matheus Vasconcelos (voz e violão), os músicos Rodrigo Rj (Cavaquinho), Fábio Schmidt (Bateria), Edson Tuca (Percussão), Edison Cabeça (Percussão), Danilo Oliveira (Contra-baixo), Diego (Guitarra), Luiz (Teclado) e Joh Corrêa (Backing-vocal).


Serviço
Matheus Vasconcelos apresenta o show "Nos Braços Teus". Terça-feira, dia 25 de julho, às 20h. Teatro do Sesc Santos. Grátis. Retirada de ingressos com uma hora de antecedência. Livre.  

Bilheteria Sesc Santos - Funcionamento    
Terças a sextas, das 9h às 21h30. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30.

Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida - Santos. Telefone: (13) 3278-9800. Site do Sesc Santos neste link. Instagram, Facebook e Twitter: @sescsantos . YouTube /sescemsantos

.: Xuxa, frente a frente com Marcelo Ribeiro, no 2° episódio de documentário


Xuxa Meneghel e Marcelo Ribeiro colocaram um ponto final à polêmica relacionada ao filme de 1982. Entre os dois, o diretor do documentário, Pedro Bial. Foto: Blad Meneghel

Finalmente, depois de 40 anos, a polêmica em relação ao filme "Amor Estranho Amor" pode ser resolvida diante dos olhos dos espectadores de "Xuxa, o Documentário", série original da Globoplay. No segundo episódio da produção, Marcelo Ribeiro, que interpretou o garoto que protagonizou as cenas polêmicas com a apresentadora, fica frente a frente com Xuxa Meneghel. Ambos assistiram juntos ao filme.

"A gente se devia esse reencontro. A gente se devia para fechar esse ciclo, abrir outro, ou não, quem sabe"
, finalizou Marcelo, que falou das consequências negativas do papel para a continuidade da carreira artística. O documentário também mostra o sucesso de Xuxa no cinema e na música, ganhando projeção na América Latina, Europa e EUA. 

O humorista, e amigo, Sérgio Mallandro está entre os depoimentos inéditos que marcam o novo episódio. Ele relembra a atuação direta da Xuxa a frente de seus projetos profissionais, inclusive no processo de criação do filme "Xuxa e Sérgio Mallandro na Lua de Cristal", grande sucesso em que formavam o casal protagonista.  

“A Xuxa um dia me ligou e falou: ‘você quer fazer parte do filme Lua de Cristal? Você vai ser o meu príncipe, topa?’. Eu disse, claro que eu topo... O filme se chamaria 'Xuxa na Lua de Cristal' e ela me chamou um dia na casa dela e perguntou se eu me importava em mudar o nome para 'Xuxa e Sérgio Mallandro na Lua de Cristal'. Eu não só aceitei, como reforcei que para mim era um troféu, era um presente”, revela Sergio Mallandro.

 "Xuxa, o Documentário", série Original Globoplay, tem direção geral de Pedro Bial, direção de Cassia Dian e Mônica Almeida, e roteiro de Camila Appel. A realização é do Conversa.doc, núcleo de documentários da equipe do 'Conversa com Bial', com produção de Anelise Franco, em coprodução com a Endemol Shine Brasil. A direção de gênero é de Mariano Boni. A obra também está disponível para os assinantes do Globoplay Internacional. Compre os livros escritos por Xuxa Meneghel neste link.

sábado, 22 de julho de 2023

.: Pré-venda: "As Pequenas Chances", o novo romance de Natalia Timerman


Depois do sucesso de "Copo Vazio", escrito por Natalia Timermanlançado em 2021, chega às livrarias no dia 8 de agosto o novo e aguardado livro da escritora: "As Pequenas Chances". A edição conta com capa especial feita a partir da obra da artista plástica Ana Elisa Egreja, produzida especialmente para o livro. Compre o livro "As Pequenas Chances", de Natalia Timerman, neste link.

Um romance autobiográfico sobre o luto e a memória
Enquanto aguarda um voo, Natalia encontra o médico de cuidados paliativos que atendeu seu pai, Artur. A conversa desperta nela toda a experiência da perda, ainda próxima e repleta de cicatrizes. Artur era médico, então a notícia da volta do câncer vem seguida da certeza da finitude.

A morte vira um assunto de família, e acompanhamos com rara delicadeza não apenas o seu declínio físico, mas seus efeitos na vida dos filhos, da esposa e dos netos. À narradora cabe reconstruir todo esse caminho que, embora dramático, vem carregado pela ternura da memória.

"As Pequenas Chances" é um romance de extraordinária beleza, uma indagação cortante sobre família, lembrança, judaísmo, vida e morte. Natalia Timerman segue a trilha de autores como Karl Ove Knausgård e Annie Ernaux ao criar um poderoso retrato do luto e do amor. Garanta o seu exemplar de "As Pequenas Chances", escrito por Natalia Timerman, neste link.

.: Coletivo Teatro Dodecafônico estreia o espetáculo "Eu Amo Chris" no Sesc


Com direção de Verônica Veloso, dramaturgia de Carla Kinzo e equipe majoritariamente feminina, a peça-manifesto é uma reação ao livro "Eu Amo Dick", de Chris Kraus, e coloca em xeque a estrutura patriarcal.


Em um esforço de questionar a sociedade patriarcal, o Coletivo Teatro Dodecafônico estreia "Eu Amo Chris - Uma Pequena Coleção de Fracassos" no Sesc Pompeia, no dia 1º de agosto. O espetáculo segue em cartaz por lá até o dia 25 do mesmo mês, com apresentações de terça a sexta-feira, às 20h. O trabalho tem dramaturgia de Carla Kinzo, direção de Verônica Veloso e elenco formado por Beatriz Belintani, Clarissa Kiste, Katia Lazarini, Olívia Niculitcheff e Renan Ferreira.

"Eu Amo Chris" é uma espécie de peça-manifesto que surgiu como uma reação ao livro “Eu Amo Dick”, da escritora estadunidense Chris Klaus, que já foi adaptado para a televisão e gera reações polêmicas e controversas desde sua publicação em 1997. “O encontro com o livro foi o disparador para a articulação de uma série de procedimentos de criação e para a percepção de que quando se nasce mulher, fracassar é uma condição. Isso aparece com recorrência nas narrativas amorosas, nas tentativas de corresponder a expectativas relacionadas ao gênero feminino, mas também na busca por realização profissional”, revela a encenadora Verônica Veloso.

O trabalho evidencia esse processo de ruminação de diferentes situações nas quais se opera a misoginia, colocando em xeque as relações amorosas, a produção artística e a estrutura patriarcal. “Ao amar Chris, convidamos à invenção de outras formas de caminhar, de estar no mundo e de afirmar junto com Bell Hooks que ‘a busca pelo amor continua’”, acrescenta a diretora. 

Sinopse
"Eu Amo Chris - Uma Pequena Coleção de Fracassos" é uma reação ao livro "Eu Amo Dick", de Chris Kraus, na qual o Coletivo Teatro Dodecafônico apresenta cenas nas quais as relações amorosas, a produção artística e a estrutura patriarcal são postas em xeque. As desigualdades de gênero, o fracasso e a misoginia são temas evocados pela encenação, que convoca o espectador a refletir sobre os limites entre a realidade e a ficção.

Ficha técnica
"Eu Amo Chris - Uma Pequena Coleção de Fracassos". Encenação: Verônica Veloso. Assistente de encenação: Heloísa Sousa. Elenco: Beatriz Belintani, Clarissa Kiste, Katia Lazarini, Olívia Niculitcheff e Renan Ferreira. Performer vídeo: Ierê Papá. Dramaturgia: Carla Kinzo. Dramaturgismo: Gabriela Cordaro. Colaboração cênica: Hideo Kushiyama e Paulina Caon. Cenário e Figurinos: Heloísa Sousa e Luiza Saad. Iluminação: Aline Santini. Operação de luz: Gabriela Ciancio. Videomapping: Soraia Costa. Operação de som: Emilie Becker e Helo Badu. Estagiária: Jenn Cardoso. Design gráfico: Ierê Papá. Fotografia: Cacá Bernardes, Olívia Niculitcheff e Gabriel Tunes.. Assessoria de imprensa: Pombo Correio. Assistente de produção: Lívia Império. Produção geral: Coletivo Teatro Dodecafônico e Júnior Cecon - Plural Produções Artísticas e Culturais.


Serviço
"Eu Amo Chris - Uma Pequena Coleção de Fracassos". Temporada: de 1º a 25 de agosto, de terça a sexta, às 20h. Sesc Pompeia - Rua Clélia, 93, Água Branca - São Paulo. Ingressos: R$ 30 (inteira), R$ 15 (meia-entrada) e R$ 10 (credencial plena). Vendas on-line em sescsp.org.br a partir do dia 25 de julho. Classificação: 16 anos. Duração: 100 minutos. Compre o livro "Eu Amo Dick", de Chris Kraus, neste link.

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