quinta-feira, 3 de agosto de 2023

.: Inédito em palcos paulistanos, “O Incidente” estreia no Teatro Vivo


Com um olhar sobre o racismo e relações sociais, a peça "O Incidente", escrita pelo americano Christopher Demos-Brown, estreia em São Paulo, nesta sexta-feira, dia 4 de agosto, no Teatro Vivo. A tradução e direção são de Tadeu Aguiar. No elenco estão Flavia Santana, Leonardo Franco, Daniel Villas e Marcelo Dog. Será uma curta temporada, com apresentações sextas e sábados, às 20h e aos domingos, às 18h.

A peça acontece em uma delegacia, e a trama aborda a história de um casal em busca desesperada por notícias do filho, um oficial de serviço e um tenente calejado pela vida. Em cena, a tensão crescente de não ter notícias do filho, jovem e negro, identificado em uma ação policial. A peça é um retrato da devastação das relações raciais em todos os níveis – maternal, conjugal, social – com um final que faz com que o público, simplesmente, não consiga respirar.


Serviço:
Espetáculo "O Incidente". Teatro Vivo: Av. Dr. Chucri Zaidan, 2460 - Morumbi/São Paulo. Apresentações: sextas e sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h. Classificação indicativa: 12 anos Ingressos: R$120,00 (inteira). Clientes Vivo Valoriza têm 50% de desconto na compra de até dois ingressos. Para isso, basta fazer o resgate do voucher acessando o app Vivo > Vivo Valoriza > Cultura e depois apresentar o voucher na bilheteria do teatro. Quem preferir fazer a compra on-line, pode acessar o site da Sympla, na opção “Vivo Valoriza” e apresentar o voucher na entrada do teatro. Demais meia entrada: crianças de 0 a 12 anos, estudantes, idosos, pessoas com deficiência, funcionários e professores das redes estaduais e municipais de ensino de São Paulo e CadÚnico. Consulte as regras no site da Sympla.

.: Musical "Brenda Lee e o Palácio das Princesas" no Sesc Guarulhos


Considerada referência na luta pelos direitos LGBTQIA+, a ativista Brenda Lee (1948-1996) foi  homenageada em 2022 pelo musical "Brenda Lee e o Palácio das Princesas", vencedor dos prêmios Bibi Ferreira (de atriz revelação em musicais e melhor roteiro), APCA (de melhor espetáculo do ano) e Shell (de melhor atriz). O espetáculo faz duas apresentações no Sesc Guarulhos nos dias 5 e 6 de agosto. 

O trabalho tem dramaturgia e letras de Fernanda Maia, direção e figurinos de Zé Henrique de  Paula e música original e direção musical de Rafa Miranda. O musical traz em cena seis atrizes transvestigêneres, Verónica Valenttino, Olivia Lopes, Tyller Antunes, Andrea Rosa Sá, Elix e Leona Jhovs, além do ator cisgênero Fabio Redkowicz. A orquestra é formada por Rafa Miranda (piano), Juma Passa (contrabaixo), Rafael Lourenço (bateria) e Carlos Augusto (guitarra  e violão). Já a preparação de atores é assinada por Inês Aranha e a coreografia por Gabriel  Malo. 

Ao contar a história da travesti Caetana, que ficaria conhecida como Brenda Lee, o espetáculo  cria uma discussão sobre a luta das travestis nas ruas de São Paulo, a escassez de  oportunidades que as impele à prostituição e como foram apoiadas pela protagonista. Brenda nasceu em Bodocó (PE) em 1948, e mudou-se, aos 14 anos, para São Paulo, onde  trabalhou com a prostituição até meados dos anos 1980, quando decidiu comprar um sobrado  no Bixiga e abrir uma pensão para acolher travestis em situação de vulnerabilidade, muitas  delas infectadas pelo vírus HIV/AIDS. 

O espaço foi muito importante porque, na época, como se  sabia muito pouco sobre a epidemia, a maioria das travestis soropositivas estava condenada ao  preconceito, à violência, ao abandono e à solidão. E, por esse trabalho essencial, a ativista  passaria a ser conhecida como “anjo da guarda das travestis”. Mais tarde, o centro de apoio à população trans seria reconhecido como a primeira casa de  acolhimento a pessoas com HIV/Aids no Brasil. Chamada de Palácio das Princesas, a instituição  firmou convênios com a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo e com o Hospital Emílio  Ribas. E graças a um trabalho conjunto, essas entidades aprimoraram a forma de atender  pacientes soropositivos, independente de gênero, sexo, orientação sexual e etnia.  

Aos 48 anos, em 28 de maio de 1996, no auge de seu projeto, Brenda foi assassinada e  encontrada no interior de uma Kombi estacionada em um terreno baldio, com tiros na região  da boca e no peitoral. O crime teria sido motivado por um golpe financeiro cometido por um  funcionário da casa. Em 2008, foi criado o “Prêmio Brenda Lee”, que contempla personalidades  que se destacam na luta contra o HIV e prevenção da Aids. 

A criação deste musical é uma continuidade das pesquisas do Núcleo Experimental sobre as  possibilidades de interação entre música e teatro. Além disso, consolida a trajetória do grupo  como criador de musicais originais brasileiros e comemora os dez anos da sua sede no bairro da  Barra Funda.  

“Contar a história do Palácio das Princesas é não só manter viva a memória de Brenda Lee, mas  retratar uma mulher trans protagonista em sua luta e ativismo. Com a criação deste musical,  também pretendemos diversificar o grupo de artistas que trabalham com o Núcleo  Experimental, empregando musicistas, atrizes, criativos e técnicos transexuais e transgêneros. Este projeto significa mais oportunidades para uma população discriminada no mercado de  trabalho”, conta Fernanda Maia. 

E a dramaturga ainda completa: “O Núcleo Experimental tem consolidado uma obra em que o  musical aparece não somente como diversão, mas como uma forma de arte que pode também  refletir e discutir a sociedade. Um espetáculo composto por atrizes transvestigêneres, sobre  uma importante travesti no panorama do surgimento da Aids e do fim da ditadura militar nos  anos 80 significa colocar no centro do processo artístico criativo quem sempre esteve às  margens. Fazer isso sob forma de musical significa atingir um tipo de público não habituado às  histórias da população trans, contribuindo para a diminuição do apartheid social em que nos  encontramos”.  

Concepção
A dramaturgia alia três planos. O primeiro deles é o dos números musicais, que faz uma  homenagem às antigas boates da noite paulistana que nos anos 80 foram um porto seguro da  população transgênero e geraram oportunidades de trabalho para as travestis. Neste plano, as  meninas da casa da Brenda contam suas histórias pregressas e falam de seus sonhos e  objetivos através de canções. Há também o plano da história cronológica em que Brenda abre  mão do sonho de ter seu “Palácio das Princesas” para poder acolher as amigas que estavam  doentes e o plano das entrevistas.  

“Na dramaturgia, inserimos transcrições de entrevistas reais de Brenda Lee colhidas de  registros em vídeo na internet. Nestas entrevistas ela conta quem é, fala sobre sua família,  sobre a prostituição, sobre como amealhou um patrimônio e o colocou à disposição de outras  amigas. Fala sobre o trabalho na casa e sua relação com a morte. As moradoras da casa de  Brenda Lee (Isabelle Labete, Ariela del Mare, Blanche de Niège, Raíssa e Cynthia Minelli) foram  inspiradas pelas princesas de contos de fadas, numa alusão ao apelido da casa. Suas histórias  foram construídas a partir dos relatos de travestis reais através da nossa pesquisa”, explica  Fernanda Maia.  

“Conseguimos um material bibliográfico de apoio, além de depoimentos de pessoas que  conheceram pessoalmente Brenda Lee, foram moradoras ou trabalharam na casa. Duas dessas  pessoas foram os médicos Jamal Suleiman e Paulo Roberto Teixeira. O Dr. Jamal Suleiman é  infectologista e ainda trabalha no Hospital Emílio Ribas. Ele conheceu Brenda Lee quando ela  levava suas moradoras ao hospital, no início da epidemia. Como o Hospital ainda não possuía  uma estrutura especializada no atendimento de HIV/Aids e como os médicos e enfermeiros  não possuíam preparo para o atendimento da população transvestigênere, ainda muito  marginalizada, ele se ofereceu para atender dentro da casa de Brenda. O Dr. Paulo Roberto  Teixeira, infectologista, atualmente aposentado, foi um dos pioneiros no enfrentamento da  epidemia de Aids no Brasil. Graças ao seu esforço incansável e à sua luta pela quebra de  patentes, os medicamentos antirretrovirais são distribuídos gratuitamente pelo SUS”,  acrescenta.  

As canções originais do musical têm elementos de brasilidade aliados à contemporaneidade,  tendo como referência compositores queer, transgêneros e não binários. Bases eletrônicas  deverão aludir à boate, mas as canções das personagens terão contornos melódicos  elaborados e harmonias que reforcem o aspecto afetivo da canção. Num grande número final,  as “filhas de Caetana”, cantam suas vitórias e celebram sua grande protetora, que abriu  caminho para que elas pudessem ter uma vida melhor.


Sinopse do espetáculo  
O musical "Brenda Lee e o Palácio das Princesas" traz um pouco da história de Brenda Lee,  chamada de o “anjo da guarda das travestis”, ativista que fundou a primeira casa de apoio para  pessoas com HIV/Aids, do Brasil. Ela tem uma pensão para travestis que, em sua maioria,  vivem da prostituição. Apesar da realidade de violência em que vivem, dentro da casa as  travestis são acolhidas por Brenda, que lhes ensina a querer mais da vida.  


Ficha técnica
Musical "Brenda Lee e o Palácio das Princesas". Dramaturgia e letras: Fernanda Maia. Direção e figurinos: Zé Henrique de Paula. Direção musical, música original e preparação vocal: Rafa Miranda. Elenco: Verónica Valenttino, Olivia Lopes, Tyller Antunes, Andrea Rosa Sá, Elix, Leona Jhovs e  Fabio Redkowicz. Orquestra: Rafa Miranda (piano), Juma Passa (contrabaixo), Rafael Lourenço (bateria) e Carlos  Augusto (guitarra e violão). Design de som: João Baracho. Preparação de atores: Inês Aranha. Coreografia: Gabriel Malo. Iluminação: Fran Barros. Cenografia: Bruno Anselmo. Visagismo (cabelos e maquiagem): Diego D’urso. Coordenação de produção: Laura Sciulli. Microfonista: Patricia Assad. Técnica de som: Julia Neves.

Serviço
Musical "Brenda Lee e o Palácio das Princesas". Duração: 120 minutos. Dias 5 e 6 de agosto no Sesc Guarulhos. Endereço: rua Guilherme Lino dos Santos, 1200. Sábado, às 20h00. Domingo, às 18h00. Ingressos: R$ 40,00 (inteira) R$ 20,00 (meia) R$ 12,00 (credencial-plena).

quarta-feira, 2 de agosto de 2023

.: "451MHz" traz entrevista histórica de Clarice Lispector em qualidade inédita


Episódio "A Voz e o Silêncio de Clarice Lispector" veicula a histórica entrevista concedida pela autora em 1976 para os escritores Marina Colasanti, Affonso Romano de Sant'Anna e João Salgueiro. As suas partes já estão disponíveis nas principais plataformas de áudio. Foto: Reprodução

Em outubro de 1976, Clarice Lispector conversou descontraidamente com os escritores Marina Colasanti, Affonso Romano de Sant’Anna e João Salgueiro no Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro. Agora, 47 anos depois, o bate-papo entre amigos é considerado uma entrevista histórica da autora e se torna o tema do episódio "A Voz e o Silêncio de Clarice Lispector", do podcast "451MHz". As duas partes já estão disponíveis aos ouvintes do podcast.

Ao divulgar esse material em uma qualidade inédita, o "451 MHz" ajuda colocar em circulação, de maneira gratuita e acessível ao público, um material fundamental para a literatura brasileira do século 20. A propriedade técnica do áudio permite que a audiência faça uma imersão na entrevista ouvindo a respiração dos escritores nas pausas entre perguntas e respostas e até mesmo ruídos que revelam todo o cenário que compõe a conversa, como um copo de água sendo deixado na mesa.

Na segunda metade dos episódios, as falas da autora são comentadas por Benjamin Moser, autor de "Clarice", biografia da autora lançada em 2009, e Mariana Delfini, editora da Tinta-da-China Brasil e uma grande admiradora de Lispector, que debatem com Paulo Werneck, apresentador do podcast "451MHz" e diretor-presidente da Associação Quatro Cinco Um.

Na segunda parte da entrevista, Clarisse comenta como o inconsciente adentrou sua escrita e sobre sua atividade como tradutora, da qual não gostava. Do mesmo modo, não lhe agradava a vida como mulher de diplomata, na qual tinha que organizar jantares e participar de outros eventos oficiais. Foi nesse ambiente que ela escreveu "A Maçã no Escuro", livro que era um dos seus preferidos no momento da entrevista.

Quando indagada sobre se ainda gostava de "Laços de Família", ela responde que está enjoada dele. Outra obra citada na conversa é o romance "Uma Aprendizagem ou O livro dos Prazeres", que virou filme nas mãos de Marcela Lody. Sobre autores que a influenciaram, ela revelou que dois dos livros mais marcantes da sua vida foram "Crime e Castigo", de Dostoiévski, e "O Lobo da Estepe", de Hermann Hesse, cuja leitura a deixou febril.

São poucos os registros em áudio e vídeo de Clarice Lispector. Moser e Delfini comentam em "A Voz e o Silêncio de Clarice Lispector" que a escritora está mais solta, falante e relaxada, por estar em um momento mais favorável de sua condição física. Os convidados do podcast também abordam a relação de amizade entre Clarice e os escritores Marina Colasanti Affonso Romano de Sant’Anna, que pode ter influenciado o tom mais descontraído do bate-papo que ocorreu  no Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro.

Benjamin Moser comenta ainda a importância desse áudio ter sido publicado na New Yorker (confira aqui), especialmente para a visibilidade internacional de um dos grandes nomes da literatura brasileira e reforçando que Clarice Lispector já entrou para o cânone literário mundial.

Mariana Delfini é uma grande leitora de Clarice Lispector, tanto que chegou a publicar dois textos sobre a autora na revista "Quatro Cinco Um". O primeiro sobre o livro "Todas as Cartas", lançado em 2020 e que abrange grande parte da correspondência da autora, e o segundo sobre o processo de criação de "A Hora da Estrela" a partir dos seus manuscritos.

A edição de agosto da "Quatro Cinco Um" trará um texto de Benjamin Moser sobre a entrevista e a transcrição da gravação, além de um relato de Paulo Valente Gurgel, filho de Clarice, e uma releitura da protagonista de "A Hora da Estrela" por Conceição Evaristo.


451 MHz
O podcast é uma co-produção da Associação Quatro Cinco Um e da Rádio Novelo publicado duas vezes por mês, às sextas-feiras, nas principais plataformas de áudio, como Spotify, Apple Podcasts, Deezer e outras, além do site da Quatro Cinco Um e canal de YouTube da revista. Primeiro podcast de livros da imprensa profissional brasileira, “o podcast para quem lê até com os ouvidos” foi lançado na Flip 2019 e publica entrevistas com os grandes autores brasileiros de diferentes gerações, perfis e sensibilidades..

Com apresentação de Paulo Werneck e da editora de podcast da revista, Paula Carvalho, o programa já publicou 92 episódios e chegou a mais de 1 milhão de downloads. Alguns trechos de um outro depoimento da série do MIS, o do escritor Nelson Rodrigues, já haviam sido publicados pelo podcast na série Narradores do Brasil, que traz episódios especiais roteirizados. 


Mais Clarice na Quatro Cinco Um
Lispector foi capa da edição 21 da revista dos livros com um ensaio fotográfico feito por Claudia Andujar e texto de Thyago Nogueira. Marise Hansen falou dos laços que unem Lispector a Carolina Maria de Jesus a partir dos vazios e as subjetividades de Laços de família e Quarto de despejo sessenta anos depois de seu lançamento.

A produção infantil de Clarice Lispector foi tema de dois textos publicados na revista: “Os relevos acidentados das emoções”, assinado por Moacyr Godoy Moreira, uma resenha do livro "As Crianças de Clarice", de Mell Brites; e "A Personalidade das Flores", em que Cristiane Tavares escreve sobre "De Natura Florum", que traz 24 verbetes nos quais Lispector descreve variadas espécies de flores.


Serviço:
Podcast 451 MHz - Episódio 92. "A Voz e o Silêncio de Clarice Lispector – Partes 1 e 2". Disponíveis no Spotify, Apple Podcasts, Deezer e Youtube da recista "Quatro Cinco Um". Classificação indicativa: livre.

.: Musical "Iron - O Homem da Máscara de Ferro" estreia no 033 Rooftop


O musical "Iron - O Homem da Máscara de Ferro" estreia nesta sexta-feira, dia 4 de agosto, no 033 Rooftop do Teatro Santander. O musical é uma livre adaptação do clássico de Alexandre Dumas (1802-1870), ambientado na França absolutista de Luis XIV: o drama de um prisioneiro fadado a viver com o rosto coberto por uma pesada máscara de ferro, levantando suspeitas de que seria um irmão gêmeo do tirano. Os três mosqueteiros têm a missão de libertar o misterioso sósia e ajudá-lo a tomar o poder. 

ComŸ direção de Ulysses Cruz, o espetáculo traz no elenco Tiago Barbosa, Leticia Soares, Caio Paduan, Saulo Vasconcelos, Yara Charry, Livian Aragão, Thobias da Vai-Vai, Dagoberto Feliz, Da-niel Haidar, Débora Polistchuck, Gabriela Correa, Luiz Nicolau, Nico-las Ahnert, Rafael de Castro, Rafael Leal. Encenado no 033 Rooftop, do Teatro Santander, no Complexo JK Iguatemi, o espetáculo oferece ao público uma experiência musical interativa em 360º, rompendo os limites entre palco e plateia. 

O público estará misturado ao elenco e ao cenário, formado por módulos cenográficos que mudarão de lugar com a ajuda do público ao longo da ação, as-sim como os espectadores que, como numa festa ou num show, estarão livres para se deslocar e interagir com os atores, além de desfrutar do bar, que permanecerá aberto durante todo o tempo.


De 4 agosto a 8 de outubro no 033 Rooftop, do Teatro Santander
A partir do dia 4 de agosto, o público paulistano poderá vivenciar uma experiência interativa inédita, compartilhada com 15 atores-cantores, 6 músicos e um cenário itinerante. Um musical nada convencional, idealizado e dirigido por Ulysses Cruz, com libreto de Marcos Daud e músicas de Elton Towersey, promove um mergulho sensorial na misteriosa aventura de um homem cuja indentidade está escondida há mais de 350 anos: o homem da máscara de ferro.

"Iron - O Homem da Máscara de Ferro" é uma livre adaptação do clássico de Alexandre Dumas , que tornou ficção uma história real ocorrida na França, no reinado do absolutista Luis XIV. Tanto o romance de Dumas quanto o musical tem como pano de fundo sociedades que lutam para se libertar da sanha autoritária e de líderes mais preocupados consigo próprios do que com os rumos da nação que dirigem.


O elenco
Vivendo o duplo papel do Rei e do Homem da Máscara de Ferro, Tiago Barbosa, artista de carreira internacional consolidada, considerado "o melhor Simba do mundo" no musical da Broadway “O Rei Leão”, versões brasileira e espanhola.

Ana D’Austria será vivida por Leticia Soares (“O Rei Leão”, “Mudança de Hábito”, "A Cor Púrpura"); Restiff - O Mestre de Cerimônias por Saulo Vasconcellos, segundo ator no mundo a interpretar o papel-título de “O Fantasma da Ópera” em duas línguas.

Caio Paduan (“Além do Tempo”, ”Rock Story”, ”O Outro Lado do Paraíso”, ”Verão 90”, série “Reis”) é D’Artagnan; Yara Charry (recentemente no ar na novela “Todas as Flores”) é Louise; Livian Aragão (novelas “Tempo de Amar”, “Malhação”, “Flor do Caribe”; filmes “O Cavaleiro Didi e a Princesa Lili”, “O Guerreiro Didi e a Ninja Lili”, entre outros) é Lully; e Thobias da Vai-Vai, reconhecido pela sua longa estrada no carnaval como cantor, com-positor e diretor de escolas de samba, estreia no teatro musical interpretando ninguém menos do que o próprio Alexandre Dumas, que conduz a narrativa.

Completam o elenco Dagoberto Feliz como Aramis, Daniel Haidar como Raoul e Molière, Débora Polistchuck como Mme. Dubois, Gabriela Correa como Armande, Luiz Nicolau como Athos, Nicolas Ahnert como Colbert e Carcereiro, Rafael de Castro como Porthos, Rafael Leal como Nicolas Fouquet.

Sinopse do espetáculo
Esquecido em uma cela na Bastilha, está um prisioneiro que poderá mudar a história da França. Sua semelhança física com o rei Luís XIV é impressionante. Mas pouquíssimos sabem disso, pois seu rosto está coberto por uma horripilante máscara de ferro. Enquanto isso, o que faz o rei da França? Governa o país com descaso e arrogância, mais interessado em suas amantes e em seus prazeres pessoais. Os três mosqueteiros entram em cena com a missão de depor o rei e substituí-lo pelo sósia encarcerado. Começa, então, a perigosa aventura de se livrar de um líder irresponsável e pôr em seu lugar alguém que esteja de fato preocupado com o futuro da nação.

A encenação
Ao chegar no espaço, o primeiro lugar por onde o público passa são os camarins, permanentemente visíveis. Há 96 lugares num plano mais alto para os que precisam/preferem se sentar, e os demais espectadores terão livre circulação pelo espaço durante a apresentação, dançando e cantando com os atores ou ajudando a mover o cnário - se assim desejarem -, e desfrutando do bar, como se estivessem numa festa. Um cardápio especial de pratos franceses será criado para este evento. É um entretenimento para toda a família, aberto ao público de todas as idades.

“O público acompanha a história junto aos atores, estão todos no mesmo espaço. Tudo pode ser feito em conjunto. O cenário, composto de várias partes que se movimentam sobre rodas, vai sendo montado e deslocado com a ajuda da plateia (de quem desejar participar), dando forma aos diversos ambientes onde ação acontece - uma galeria de arte, o Palácio de Versalhes, o laranjal do Rei Luís XIV, a Bastilha, o quarto do Luís XIV, uma festa no salão dos espelhos. A música e as coregrafias, animadas e festivas, foram cria-das para incluir o público, com refrões e movimentos de rápida assimilação para que todos que queiram, possam cantar e dançar junto com os atores”, conta Ulysses Cruz.

Assim como o musical não segue o formato tradicional do gênero, também não se deixa aprisionar às fronteiras da França dos anos 1600, levando o público a uma dimensão atemporal, que funde referências medievais e contemporâneas. Os figurinos de Pazetto fazem uso de estruturas de metal, cores escuras, tachas e aplicações metálicas, couro, aramados e brocados, remetendo a elementos da estética punk e do universo sadomasoquista. O cenário, também de Pazetto, é itinerante: uma grande estrutura metálica subdividida em vários módulos que “andarão” pelo es-paço criando e modificando continuamente os ambientes. A música original de Elton Towersey e a direção musical de Jorge de Godoy trazem elementos da música eletrônica ao mesmo tempo em que preservam sua grandiosidade operística.


Ficha técnica
Musical "Iron - O Homem da Máscara de Ferro". Idealização: Ulysses Cruz, Caio Paduan e Marcos Daud. Direção geral: Ulysses Cruz. Libreto: Marcos Daud. Direção musical e preparação vocal: Jorge de Godoy. Letras e músicas originais: Elton Towersey. Arranjos: Natan Badue. Direção musical associada: Rafael Marão. Direção de movimento e coreografias: Bárbara Guerra. Assistente de movimento/coreografias e diretor residente: Johnny Camolese. Elenco / Personagem: Tiago Barbosa (Luís Xiv e Philipp, o homem da Máscara de Ferro), Leticia Soares (Ana D’Áustria), Caio Paduan (D’artagnan), Saulo Vasconcelos (Restiff, o Mestre de Cerimônias), Yara Charry (Louise), Livian Aragão (Jean Baptiste Lully), Thobias da Vai-vai (Alexandre Dumas, o autor), Dagoberto Feliz (Aramis), Daniel Haidar (Raoul), Débora Polistchuck (Mme. Dubois), Gabriela Correa (Armande), Luiz Nicolau (Athos), Nicolas Ahnert (Colbert / Carcereiro), Rafael de Castro (Porthos) e Rafael Leal (Nicolas Fouquet). Músicos: Rafael Marão (regente e pianista), Viviane Franco (pianista), Bruno Galhardi (baterista), Gibson Freitas (baixista), Lucas Fragiacomo (guitarrista), Pedro Abujamra (pianista). Direção de elenco: Vanessa Veiga. Direção criativa | Cenário | Figurino: Pazetto. Produção de figurino: Caia Guimarães. Execução de cenografia: Fcr. Direção de palco: Fernando Nietzche. Visagismo: Anderson Bueno. Iluminador: Caetano Vilella. Iluminador assistente: Nicolas Caratori. Sound design: Breda. Direção de arte: Marcio Ribas. Patrocínio master: Santander Brasil. Coordenação de projeto: Fioravante Almeida. Coordenação de produção: Camila Bevilaqua. Produção executiva: Marcelo Chaffim. Direção executiva: Thiago de Los Reyes. Redes sociais: 1812 Comunicação. Assessoria de imprensa: Jspontes Comunicação - João Pontes e Stella Stephany. Produtoras associadas: Flo Arts e Ulysses Cruz Arte e Entretenimento.


Serviço
Musical "Iron - O Homem da Máscara de Ferro". De 4 de agosto a 8 de outubro (conferir no site todas as datas disponíveis). Horários: sextas-feiras, às 20h30; sábados e domingos, às 16h30 e 20h30. Local: 033Rooftop, do Teatro Santander. Endereço: Complexo JK Iguatemi - Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041. Duração: 90 minutos (com intervalo de 15 minutos). Classificação indicativa: livre, menores de 12 anos devem estar acompanhados dos pais ou responsáveis legais. Preços: cadeira: R$ 250,00 – inteira / R$ 125,00 – meia-entrada. Pista imersiva: R$ 190,00 – inteira / R$ 95,00 – meia-entrada. Ingressos internet (com taxa de conveniência): https://bileto.sym-pla.com.br/event/84841?utm_source=site-symplabileto-production&utm_medium=we-bapp_share&utm_campaign=webapp_share_event_84841Bilheteria física (sem taxa de conveniência): Teatro Santander | Horário de funciona-mento: todos os dias das 12h às 18h. Em dias de espetáculos, a bilheteria permanece aberta até o início da apresentação. A bilheteria do Teatro Santander possui um totem de autoatendimento para compras de ingressos sem taxa de conveniência 24h por dia. Endereço: Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041.



.: “Duetos", a comédia de Peter Quilter, agora com Eduardo Moscovis


Vista por mais de 40 mil pessoas pelo país em turnê sucesso de público e aclamada pela crítica, peça dirigida por Ernesto Piccolo faz temporada no Teatro FAAP, em Higienópolis, a partir do dia 4 de agosto, marcando a entrada do consagrado ator no elenco


“Duetos”, peça do premiado dramaturgo britânico Peter Quilter, inicia uma nova fase. Em cartaz pelo Brasil com direção de Ernesto Piccolo, o espetáculo passa a contar em seu elenco com ninguém menos que Eduardo Moscovis, que dividirá o palco com Patricya Travassos, após longa parceria da atriz com Marcelo Faria, em São Paulo. A estreia será no Teatro FAAP, em Higienópolis, a partir de 4 de agosto, sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 18h, até 29 de outubro. A turnê, já assistida por mais de 40 mil pessoas, percorreu, com lotações esgotadas, Rio de Janeiro, Curitiba, Niterói, Belo Horizonte, São Paulo, Brasília e Fortaleza. 

Encenado em mais de 20 países e traduzida para 10 idiomas, o texto de Quilter examina e retrata de forma cômica o mundo caótico dos relacionamentos modernos, onde a grama do vizinho é sempre mais verde que a nossa, através de quatro histórias de uma mulher e um homem - não necessariamente casais - às voltas com seus próprios desejos e traumas em busca do amor, e enfrentando a solidão. A sua primeira montagem no Brasil é apresentada e patrocinada pela Brasilcap, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com produção geral e realização da Inova Brand.


As quatro histórias 
"Encontro às Cegas":
Jonathan e Wanda marcam um encontro através de um aplicativo de relacionamento. Ambos se esmeram para agradar, mas nada sai como o esperado. Eles esperam desta vez acertar.

"Quase Casados": Jane prepara uma festa de aniversário para seu chefe, Ary. Ele não se interessa por mulheres, mas ela não vê isso como empecilho para um possível casamento. A esperança é a última que morre.

"Divórcio Amigável": Shirley e Beto decidiram passar férias na Espanha para finalizar seu divórcio. Enquanto se afogam nos drinques, vão entendendo que estão longe de ser o ex-casal bem resolvido que pensavam.

"Mais Uma Vez Noiva": Angela está se casando pela terceira vez, para desgosto de seu irmão Tobias. Pouco antes da cerimônia, uma sucessão de incidentes a leva a crer em mau presságio. Confusa, não sabe mais se quer casar.


A montagem
O cenário de J.C. Serroni apresenta, em cada lateral do palco, um camarim onde atriz e ator farão, às vistas do público, suas trocas de roupa para cada cena. As próprias trocas são pequenas cenas individuais. De acordo com a luz, estes camarins estarão ora visíveis, ora invisíveis. Os demais elementos serão mudados a cada cena. Os figurinos são de Claudio Tovar, a iluminação de Aurélio de Simoni e a trilha sonora de Rodrigo Penna.


Reconhecimento no Brasil
O espetáculo foi indicado, em categoria especial, ao Prêmio Prio de Humor, criado por Fábio Porchat, pelos figurinos de Claudio Tovar. Além disso, ganhou o selo de qualidade “O Teatro Me Representa”, com quatro indicações do crítico teatral Gilberto Bartholo nas categorias “Melhor Comédia”, “Direção”, “Atriz” e “Figurino”.


O que disseram sobre a peça ao redor do mundo
“Esta comédia com mudanças rápidas é doce, repleta de emoção e charmosa sem fazer esforço, cada personagem é esboçado com inspiração e muita habilidade.” (The Atlanta Journal Constitution)

“A compreensão de Quilter sobre os desejos e peculiaridades humanas está à mostra e é investigada de forma muito afetuosa... Uma exploração calorosa e divertida do amor e de outras confusões.” (The Daily Telegraph)

“Cativante, denso, engraçado e variado... A linguagem é sempre lindamente representada, específica para cada personagem e emocionalmente satisfatória... Duets é uma peça para ser valorizada!” (The Sydney Morning Herald)


Ficha técnica
Espetáculo "Duetos". Autor: Peter Quilter. Direção: Ernesto Piccolo. Elenco: Patricya Travassos e Eduardo Moscovis. Cenário: J.C. Serroni. Figurino: Claudio Tovar. Iluminação: Aurélio de Simoni. Trilha sonora: Rodrigo Penna. Preparação corporal: Daniella Visco. Tradução: João Polessa Dantas. Adaptação do texto: Patricya Travassos e Ernesto Piccolo. Direção de arte gráfica, foto e vídeo: Mauricio Tavares. Assessoria de imprensa: Carlos Pinho. Registro fotográfico: Douglas Jacó. Direção de produção: Sérgio Lopes. Coordenador do projeto: Mauricio Tavares. Coordenador de produção: Filomena Mancuzo. Produção administrativa: Marta Metzler. Produção geral e marketing: Inova Brand. Realização: Inova Brand, Ministério da Cultura, Governo Federal - BRASIL, União e Reconstrução.


Serviço
Espetáculo "Duetos". De 4 de agosto até 29 de outubro de 2023. Teatro FAAP - Fundação Armando Alvares Penteado - R. Alagoas, 903 - Higienópolis/São Paulo. Sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 18h. Ingressos: de R$ 70,00 a R$ 140,00. Vendas e outras informações: https://www.faap.br/teatro/. Bilheteria do teatro - Telefone: (11) 3662-7233. Duração: 80 minutos. Classificação: livre. Cliente Ourocap tem 50% de desconto na compra dos ingressos. Válido no site Sympla ou no Teatro. Necessário apresentar na bilheteria a comprovação do benefício por meio do aplicativo do Banco do Brasil - Ourocap ou Whatsapp Business da Brasilcap.

.: "Um Picasso", com Clara Carvalho e Sergio Mastropasqua, no Paiol Cultural


Sergio Mastropasqua e Clara Carvalho protagonizam o texto do autor norte-americano Jeffrey Hatcher. Inclusive, 2023 marca os 50 anos da morte do pintor espanhol. Foto: Ronaldo Gutierrez

O Grupo Tapa continua reencontrando sucessos de sua trajetória neste segundo semestre. "Um Picasso" chega no Teatro Paiol Cultural para uma temporada de 4 de agosto a 1° de outubro, às sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 18h30. Sergio Mastropasqua e Clara Carvalho protagonizam o texto do autor norte-americano Jeffrey Hatcher. Inclusive, 2023 marca os 50 anos da morte do pintor espanhol.

Após revisitar "Credores", de August Strindberg (1849- 1912), o Grupo Tapa continua reencontrando sucessos de sua trajetória neste segundo semestre. O confronto entre o pintor Pablo Picasso e uma agente do Ministério da Propaganda Nazista regem o embate de "Um Picasso".


Sinopse do espetáculo
Durante a ocupação nazista de Paris em 1941, Pablo Picasso (1881-1973) é levado a um porão para ser interrogado por Fraulein Fischer, cuja missão secreta é obter a autenticação do pintor em, pelo menos, uma de três obras que foram confiscadas recentemente. O Ministério da Cultura nazista planeja uma suposta "exposição", todavia o objetivo é queimar obras de "arte degenerada". Os personagens se envolvem em uma negociação que se revela um verdadeiro embate sobre arte, política, verdade, morte e atração de poder.

A montagem estreou em agosto de 2021 e foi a primeira produção do Tapa presencial após a pandemia de covid-19. E devido aos protocolos de segurança, a capacidade do teatro era reduzida. Em 2023, "Um Picasso" volta para a cena no Teatro Paiol Cultural, em um importante ato de resgate aos teatros de rua de São Paulo. O local foi inaugurado por Perry Salles e Miriam Mehler em 1969, e chegou a ter em sua gestão Paulo Goulart e Nicette Bruno.

“Pelos importantes nomes que já passaram por este teatro, é um ato político estar em cena nele. Os teatros de rua marcaram época na cidade e precisam estar ocupados com uma programação contínua e de qualidade”, conta Tolentino. "Um Picasso" se passa em um porão inóspito que funciona como um depósito para obras de arte e local de tortura pela Gestapo. O figurino retrata a época em que viveram os personagens. 

Essa é a primeira vez que um texto de Jeffrey Hatcher ganha uma produção brasileira. O dramaturgo nasceu em Ohio e tem 66 anos, seus trabalhos constantemente são montados pelos Estados Unidos como Compleat Female Stage Beauty, Three Viewings, Scotland Road, Sockdology and Tesadas With Morrie. "Um Picasso" já teve montagens em Portugal, República Tcheca, entre outros países.

Tolentino ressalta a importância de Picasso e das reflexões proporcionadas pelo teatro e cultura em geral. “A peça é crivada na atualidade, apesar de passada no período da guerra e ser uma oficial da Gestapo interrogando um artista, um dos maiores da história da humanidade. A arte não pode nada contra as armas, mas sobrevive e nos faz repensar a história. É fundamental colocar a importância da arte em um momento que pensamentos autoritários tentam demonizá-la. O que a peça diz é que a arte vai sobreviver a tudo isso”.


Ficha técnica 
Espetáculo "Um Picasso". Texto: Jeffrey Hatcher. Direção: Eduardo Tolentino de Araujo. Assistente de Direção: Ariell Cannal. Iluminação: Nicolas Caratori. Elenco: Sergio Mastropasqua e Clara Carvalho. Design Gráfico: Mau Machado Costureira: Judite Lima. Alfaiate: Miguel Arrua. Fotos: Ronaldo Gutierrez. Adereços: Jorge Luiz Alves. Redes Sociais: Felipe Pirillo (Inspira Teatro). Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Assistente de Produção: Luisa Ferrari. Coordenação de Produção: Nando Medeiros e Rafaelly Vianna. Direção de Produção: Ariell Cannal.


Serviço
Espetáculo "Um Picasso". Teatro Paiol Cultural. Rua Amaral Gurgel, 164 - Vila Buarque/São Paulo. Telefone: (11) 99801-7828, Temporada: de 4 de agosto a 1° de outubro (de sexta e sábado, às 20h, e domingo, às 18h30.) Preços: R$ 80/ R$ 40. Venda pelo Sympla: https://bit.ly/umPicasso. Duração: 80 minutos. Classificação: 14 anos. Estacionamento: Rua Marques de Itu, 401/436.

.: "Nunca Vi Uma Gaivota", adaptação de clássico de Tchekhov, em São Paulo


Estreia nesta sexta-feira, dia 4 de agosto na SP Escola de Teatro, o espetáculo “Nunca Vi Uma Gaivota” uma adaptação do texto “A Gaivota”, de Anton Tchekhov, protagonizada pela atriz Carolina Marafiga e pelo ator Leonardo Silva, com direção de Flavia Pucci. A peça une as vidas de dois atores que se misturam na história de Nina e Treplev, personagens de “A Gaivota”, abordando temas que são praticamente universais como relacionamentos, sonhos e problemas maternos.

'A Gaivota' do Tchekhov retrata pessoas apaixonadas pela arte e pelos sonhos que possuem. Eu brinco que A Gaivota é como se fosse o poema 'Quadrilha' do Carlos Drummond de Andrade. Todos ali amam alguém que não os amam de volta. É sempre uma busca pelo inalcançável, um pensamento ingênuo sobre o que é o amor e o que é arte, vista pela personagem Nina como sinônimo de sucesso, de glória”, conta a atriz e dramaturga Carolina Marafiga. 

No espetáculo, dois atores estão ensaiando uma adaptação do texto “A Gaivota” de Tchekhov e se veem misturados com seus personagens. Em busca de seus sonhos, o teatro é algo que os une e que também os afasta. Desde os tempos de Tchekov, uma coisa entre os atores é a mesma: a dificuldade em ser ator. “O texto original já trazia as questões existenciais daqueles que queriam viver nos palcos. Nos dias de hoje não é diferente. A maioria dos artistas brasileiros não têm a sorte de um edital ou patrocínio e temos que nos produzir. Fazer seu sonho acontecer! É isso que traz a atualidade do texto, a resiliência por trás da realização dos sonhos e as frustrações que aparecem no meio do caminho”, relata o ator Leonardo Silva 

“Nunca Vi uma Gaivota” traz para o público um lugar de reflexão não só sobre a profissão artística, mas também sobre seus próprios sonhos e desejos internos que podem ou não serem realizados. Durante a peça terão cenas do texto original e depois paralelos com o contemporâneo. “Quando Carolina Marafiga propõe escrever o que acontece nos bastidores de uma montagem de 'A Gaivota' que se passa no ano de 2023, ela acrescenta novas questões à trama. Como, quem é vocacionado, lida com suas apreensões, em um mundo onde a internet potencializa as frustrações humanas de tal maneira, que qualquer deslize pode causar danos irreversíveis?”, questiona a diretora Flavia Pucci. 

A atriz e dramaturga Carolina Marafiga conquistou o público na internet e redes sociais com os seus poemas que estão viralizando e agora se arrisca em seu primeiro texto para o Teatro, com “Nunca Vi Uma Gaivota”. Outro destaque dessa montagem é a trilha sonora original composta para a peça por Tiago Damiani. 


Ficha técnica
Espetáculo "Nunca Vi Uma Gaivota". Dramaturgia: Carolina Marafiga Minuzzi. Concepção e direção artística: Flavia Pucci. Elenco: Carolina Marafiga e Leonardo Silva. Assistente de direção e produção: Jade Marques. Produção executiva: Leonardo Silva. Desenho de luz: Beto Martins. Operadora de luz: Dhiovana Souza. Trilha original: Tiago Damiani. Assessoria de imprensa: Fabio Camara. Designer gráfico: Gustavo Oliveira. Teasers: Adriano Venancio. Fotografia: Nicolle Comis. Gestão: Associação dos artistas amigos da praça. Apoio institucional: SP Escola de teatro, Governo do Estado de São Paulo e Teatro Garagem. Realização: Carolina Marafiga Minuzzi e Leonardo Silva 


Serviço
Espetáculo "Nunca Vi Uma Gaivota". SP Escola de Teatro - Unidade Roosevelt (Praça Franklin Roosevelt, 210, Consolação) | Sala R8. De 4 de agosto até 9 de setembro. Sextas e sábados, às 20h30. Ingressos: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia). Vendas pela internet: https://www.sympla.com.br/produtor/spescoladeteatrodigital?tab=proximos-eventos. Outras informações: (11) 3775 8600. Duração: 90 minutos. Classificação: 12 anos.

.: Sucesso prorroga monólogo de Pedro Fabrini no Teatro Bibi Ferreira


Amadeus Tavendo tem poderes psíquicos e promete levar você as gargalhadas com suas histórias e mediunidade. Filho de uma cigana e um índio, criado por um tamanduá bandeira e um lobo guará, este paranormal nada normal promete trazer seu humor de volta com o espetáculo "Comédia Paranormal", estrelada por Pedro Fabrini e dirigida por Jarbas Homem de Mello.

A primeira incorporação, em uma tendinha em Francisco Morato, a primeira encarnação, como uma inocente planta, e a vez que veio ao mundo como uma acompanhante francesa que fazia a alegria dos homens são algumas das situações vividas por Amadeus Tavendo. Com as histórias o público ri e reflete sobre a vida e suas atitudes. Com produção detalhada da Gramofone Cultural, a "Comédia Paranormal" chega de outro mundo com um humor leve e inteligente.


Sobre o diretor
Jarbas Homem de Mello é um dos mais consagrados atores de musicais no Brasil, diretor de grandes nomes como Claudia Raia, Adriana Lessa entre outros e espetáculos como "Conserto para Dois", "MPB - Musical Popular Brasileiro" e "Forever Young".

Sobre o ator e roteirista
Pedro Fabrini além de dar vida ao personagem assina o texto, autor de comédias de sucesso em cartaz há mais de 15 anos em São Paulo, seus textos juntos já foram vistos por mais de meio milhão de pessoas, entre as mais conhecidas destacam-se "Cada Um Tem o Anjo que Merece", "I Love Neide", "A Rainha do Rádio", "1 É Pouco, 2 É Bom, Três É Demais" entre outras.


Serviço
Monólogo "Comédia Paranormal". Gênero: comédia. Duração: 70 minutos. Classificação etária: 12 anos. Temporada: de 17 de junho a 26 de agosto, sábados, às 21h. Ingressos de R$ 40 a R$ 80. Ingressos on-line: https://www.sympla.com.br/Teatro Bibi Ferreira – 294 lugares. Av. Brigadeiro Luis Antônio, 931 - Bela Vista / São Paulo. Telefone: (11) 3105-3129.

Horário da bilheteria
Durante a semana, somente caso haja espetáculo, 1h antes do início da sessão. Sábados, das 14h até o horário de início do espetáculo. Domingos, das 15h às 19h30.

Ficha técnica
Monólogo "Comédia Paranormal". Texto: Pedro Fabrini. Direção: Jarbas Homem de Melo. Elenco:  Pedro Fabrini. Designer gráfico:Bruno Salvi. Cenografia: Marcio Garcia. Light designer: Guiliano. Trilha sonora: Elias Kacá. Figurinos: Marcio Garcia. Operador de luz e som: Nelson Belt. Produção executiva: Pedro Fabrini e Celina Germer. Direção de produção: Marcio Garcia. Produtores associados: Marcio Garcia e Pedro Fabrini. Fotos: Celina Germer. Realização: MG Produções e Gramafone Cultural.

terça-feira, 1 de agosto de 2023

.: "Cidade Aberta, Cidade Fechada": os encontros e desencontros em SP


No livro "Cidade Aberta, Cidade Fechada", o escritor Ricardo Ramos Filho guia o leitor pela capital paulista a partir de crônicas divididas em duas partes. Na primeira, o neto de Graciliano Ramos traz uma cidade viva, em seus movimentos cotidianos, que ele observa em suas andanças pelas ruas e pelo metrô. Na segunda, o autor encara pela janela, em meio a seu livros, um palco de clausura, no período da pandemia de Covid-19.

"Cidade Aberta, Cidade Fechada" é um livro urbano, ambientado na cidade de São Paulo, que nos faz passear por suas vias e seus estabelecimentos cheios de encontros, desencontros e saudade. Acompanhamos um professor universitário que observa os citadinos ao redor, em cenários como o metrô, a feira, as ruas. Pessoas e animais, todos são material de observação do narrador, sensível tanto ao pequeno universo que o rodeia quanto aos temas de política nacional.

São Paulo é não apenas palco de ambientação das crônicas, mas provedora de movimentos e cenas que se desenrolam em muitas cidades grandes. O narrador, com seu olhar arguto, comenta as relações humanas e o espírito do tempo, nos gostos musicais, na comunicação, nos posicionamentos políticos. Os lugares por onde passa e os objetos com que se depara também ativam memórias de infância e o fazem relembrar cenas da própria vida e saudosas companhias. Quando a cidade se fecha, em função do isolamento social no período da pandemia de Covid-19, é da janela de um apartamento que seu olhar passeia.

Os espaços cheios e vazios de "Cidade Aberta, Cidade Fechada" formam um espelho assimétrico do período anterior e posterior à pandemia que assolou o mundo em 2020 e nos anos seguintes. Além de extremamente atual, o texto de Ricardo Ramos Filho relembra o leitor da necessidade atemporal de desejar, esperar e buscar ativamente por tempos melhores. Garanta o seu exemplar de "Cidade Aberta, Cidade Fechada", escrito por Ricardo Ramos Filho, neste link.


O que disseram sobre o livro
“Pronto, eis a maior de nossas metrópoles retratada com afeto e estranheza, leveza e inquietação por quem nela vive desde menino, e que hoje, entre memórias da infância e visões do presente e do futuro, se compraz com a gratuidade nos trens subterrâneos. [...] Neste jogo de luzes e sombras, fala mais alto o prazer do texto de Ricardo Ramos Filho em seus passeios entre a crônica e o conto, com embocadura de romancista, salve ele!” – Antônio Torres


Sobre o autor
Ricardo Ramos Filho é escritor, professor de Literatura e orientador literário. Graduado em Matemática pela PUC-SP e doutor em Letras pela USP, ministra cursos e oficinas de Literatura. É presidente da União Brasileira dos Escritores (UBE) e, como sócio-proprietário da Ricardo Filho Eventos Literários, atua como produtor cultural. Publicou vários títulos infantis e juvenis, como "Computador Sentimental" (1992), vencedor do Prêmio Adolfo Aizen, "O Livro Dentro da Concha" (2011), selecionado para o catálogo da FNLIJ para a Feira do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha em 2012, "Feiticeira" (2014) e "Maria Vai com Poucas" (2018), além de livros adultos, como "Conversa Comigo" (2019), de crônicas. Compre o livro "Cidade Aberta, Cidade Fechada", de Ricardo Ramos Filho, neste link.

.: Fulvio Stefanini comemora 68 anos de carreira com o espetáculo "O Pai"


Montada em mais de 30 países, peça escrita pelo francês Florian Zeller rendeu ao brasileiro o Prêmio Shell de melhor ator. Foto: João Caldas Filho


Sucesso de público e de crítica, a premiada peça O Pai, escrita pelo francês Florian Zeller, já foi vista por mais de 80 mil pessoas em suas 200 apresentações desde a estreia em 2016. A montagem brasileira, que é dirigida pelo seu filho Léo Stefanini, está em cartaz até dia 26 de agosto no palco do Teatro Uol, comemorando os 68 anos de carreira do ator Fulvio Stefanini, que ganhou o prêmio Shell de melhor ator por este trabalho.

A montagem, que ainda levou os prêmios de melhor cenografia e espetáculo do ano, tem apresentações às sextas, às 21h, e aos sábados, às 20h. Ao lado de Stefanini, estão em cena Carol Gonzalez, Paulo Emílio, Wilson Gomes, Déo Patrício e Carol Mariottini. Encenado em mais de 30 países, o texto foi adaptado pelo próprio autor para o cinema em um filme de 2020, estrelado por Anthony Hopkins, que levou o Oscar nas categorias de melhor ator e roteiro adaptado. Recentemente, Florian Zeller estreou outro drama nas telonas, “O Filho” (2022), lançado neste ano no Brasil.

A peça ainda ganhou em 2014, na França o famoso Prêmio Molière, nas categorias de melhor espetáculo, ator e atriz. E, na Inglaterra, foi eleita a peça do ano pelo jornal The Guardian.  "O Pai" conta a história de André, um idoso de 80 anos, rabugento, porém muito simpático e divertido. Quando a memória dele começa a falhar, a sua única filha vive um dilema: deve levá-lo para morar com ela e contratar uma enfermeira para ajudá-la a cuidar dele ou deve interná-lo em um asilo - para poder curtir a vida ao lado de seu novo namorado? 

Com tom poético e um leve humor requintado, a peça trata desse tema comovente com leveza e sensibilidade, e nos convida a pensar sobre questões como a convivência familiar, o envelhecimento e as nossas escolhas na vida.

Ficha técnica
Espetáculo "O Pai". Texto: Florian Zeller. Tradução: Carol Gonzalez e Lenita Aghetoni. Direção: Léo Stefanini. Elenco: Fulvio Stefanini, Carol Gonzalez, Wilson Gomes, Deo Patricio, Carol Mariottini e Paulo Emilio Lisboa. Luz: Diego Cortez. Som: Raul Teixeira e Renato Navarro. Figurinos: Lelê Barbieri. Técnicos: Diego Cortez e Ronaldo Silva. Design: Giovani Tozi. Assessoria de imprensa: Pombo Correio. Realização: Cora Produções Artísticas


Serviço
Espetáculo "O Pai", de Florian Zeller. Temporada: até dia 26 de agosto. Às sextas, às 21h; e aos sábados, às 20h. Teatro UOL - Shopping Pátio Higienópolis - Avenida Higienópolis, 618 - Higienópolis/São Paulo. Ingressos: Plateia VIP - R$ 150 (inteira) e R$ 75 (meia-entrada) | Plateia – R$100 (inteira) e R$50 (meia-entrada). Venda on-line em teatrouol.com.br/espetaculos/o-pai/. Classificação: 14 anos. Duração: 90 minutos. Capacidade: 305 lugares. Acessibilidade: O teatro é acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.

.: Ana Carbatti brilha em temporada do solo "Ninguém Sabe Meu Nome"


Espetáculo, que rendeu à atriz indicações aos prêmios Shell e APTR, cria reflexão sobre os códigos racistas escusos da sociedade. Foto: Daniel Barboza


Com uma carreira de destaque nas telas e nos palcos, a atriz Ana Carbatti desembarca em São Paulo com o solo "Ninguém Sabe Meu Nome", que foi sucesso de crítica e de público no Rio de Janeiro, onde estreou em 2022. O espetáculo fica em cartaz no auditório do Sesc Pinheiros, entre os dias 3 e 26 de agosto, com apresentações de quinta a sábado, às 20h. O trabalho, que rendeu a sua intérprete e idealizadora indicações aos prêmios Shell e APTR de melhor atriz, ainda tem dramaturgia de Mônica Santana e direção artística de Inez Viana e Isabel Cavalcanti

O solo cria uma reflexão sobre os códigos racistas escusos na sociedade, seus impasses, impactos e possíveis propostas de reparação histórica. A trama retrata uma mãe preta de meia-idade que precisa educar e orientar seu filho pequeno para sobreviver em um país que, embora tenha a maior população preta do mundo fora do continente africano, não o reconhece como igual.

Sobre sua personagem, Carbatti comenta: “Iara só quer ter a certeza de que seu filho vai chegar à idade adulta e se tornar um cidadão comum e respeitado. A sua angústia sintetiza a de milhões de mães no Brasil e no mundo”.

A história começa quando Iara acorda de um pesadelo no qual seu Menino teria desaparecido. Então, ela começa a questionar a própria existência e sua função na sociedade ao encarar o seguinte dilema: deve educar seu filho para que ele cresça em sua pureza ou deve prepará-lo desde cedo para enfrentar uma sociedade que não reconhece sua existência? Seria possível fazer as duas coisas ao mesmo tempo?

Em uma conversa íntima com o público, ela discorre sobre suas principais angústias, medos e esperanças, expondo seu corpo tão marcado quanto belo, tão liberto quanto invisível. A ideia é discutir em cena como a sociedade ainda precisa compreender sua responsabilidade e agir para reparar sua dívida histórica com a população preta.

“É urgente refletir e falar sobre o racismo no Brasil e sobre a violência que sofre a população preta, grande maioria no país. É fundamental repensar a história brasileira: um país fundado a partir do massacre violento de muitos, por parte de uma elite privilegiada. E no teatro, onde a nossa humanidade ainda sobrevive, ainda é possível estabelecer um diálogo amoroso”, ressalta a codiretora Isabel Cavalcanti. 

“Não haverá liberdade enquanto não houver igualdade. Essa peça é uma das mais importantes que já fiz, em quase 40 anos de teatro. É a palavra-semente que precisa ser espalhada pelo mundo”, acrescenta a codiretora Inez Viana.


Sobre Ana Carbatti
Formada pela CAL e Uni-Rio, Ana Carbatti e tem trilhado nos últimos 35 anos uma carreira de sucesso no teatro, televisão e cinema. Ela ganhou quatro prêmios de melhor atriz por sua atuação no filme “Os Inquilinos”, sob a direção de Sérgio Bianchi, com quem realizou outros 2 filmes. 

Dentre seus inúmeros trabalhos na TV, destacam-se as novelas “Força de Um Desejo”, “JK”, “Laços de Família”, “Lado a Lado”, “Amor À Vida” e “Tempo de Amar”, todas produzidas pela TV Globo. No teatro, atuou em mais de 60 produções, destacando-se em “Otelo da Mangueira”, “A Capital Federal” e a “Divina Comédia”, respectivamente sob a direção de Daniel Herz, André Paes Leme e Regina Miranda; “Tim Maia”, musical dirigido por João Fonseca; e os espetáculos infantojuvenis “Manuel Bandeira: Estrela da Vida Inteira” e “Histórias de Jilú”. Ainda protagonizou os musicais “Clementina, Cadê Você” (2013), dirigido por Duda Maia, e “Museu Nacional – Todas as Vozes do Fogo” (2022), dirigido por Vinícius Calderoni. Idealizou, produziu e protagonizou os espetáculos “Pequenas Tragédias” (2013/2014), “Redemunho” (2017/2022) e “Ninguém Sabe Meu Nome” (2022).

Sinopse
Iara é uma mulher preta de meia idade, mãe de Menino, uma criança preta. Em uma conversa íntima com o público, questiona sua própria existência e sua função na sociedade, como mulher e mãe: educar seu filho para que cresça e floresça em sua pureza ou despi-lo, ainda em tenra idade, de sua inocência de modo a prepará-lo para o enfrentamento de uma sociedade que não o reconhece como igual. Ou, ainda, se é possível fazer as duas coisas. 

Ficha técnica
Solo "Ninguém Sabe Meu Nome". Idealização, texto e pesquisa: Ana Carbatti. Dramaturgia: Mônica Santana. Direção artística: Inez Viana e Isabel Cavalcanti. Elenco: Ana Carbatti. Direção musical: Vidal Assis. Direção de movimento: Cátia Costa. Cenografia: Tuca Mariana. Figurinos: Flávio Souza. Design de luz: Flávia Mantovani e Lara Cunha. Direção de produção: Aliny Ulbricht. Produção Executiva: Raissa Imani. Assessoria de Imprensa: Pombo Correio. Programação visual e projeto de comunicação: Daniel Barboza Co-Produção: Kawaida Cultural. Coordenação de produção: Ana Carbatti Produções e Artes 


Serviço
Solo "Ninguém Sabe Meu Nome". Temporada: 3 a 26 de agosto de 2023, de quinta a sábado, às 20h. Sesc Pinheiros – Auditório (3º andar) – Rua Paes Leme, 195 - Pinheiros/São Paulo. Telefone: (11) 3095-9400. Ingressos: R$ 30 (inteira) | R$ 15 (meia entrada) | R$ 10 (credencial plena). Classificação:12 anos. Duração: 60 minutos. Acessibilidade: teatro acessível para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.

.: MIS exibe a primeira seleção do projeto "Nova Fotografia 2023"


Imagem da exposição "Utaki", do fotógrafo Ricardo Tokugawa

A partir de 1º de agosto, o público do MIS – Museu da Imagem e do Som de São Paulo confere três mostras fotográficas inéditas, dentro do programa "Nova Fotografia 2023". Desde 2011, a iniciativa do museu seleciona, por meio de convocatória, seis trabalhos de artistas promissores que se distinguem pela qualidade e inovação. Além das exposições, que ganham um acompanhamento curatorial individual, esses projetos também passam a fazer parte do acervo físico e digital do MIS.

Os trabalhos selecionados são expostos em duas etapas. Nesta primeira, é possível conferir "Utaki", de Ricardo Tokugawa; "Azinhaga", Salua Ares, e "ZL Não É Um Lugar Assim Tão Longe", de Erick Peres - no espaço de exposições Maureen Bisilliat, localizado no térreo do museu. Com visitação gratuita, a primeira etapa do Nova Fotografia 2023 permanecerá em cartaz até 17 de setembro. Em seguida, no mês de outubro, será inaugurada a segunda fase da iniciativa, com exibições de: "Eu Não Faço Rap", de João Medeiros; "Luz da Manhã", de Tayná Uràz; e "Mirada ou Black Mirror", de Val Souza. 

Na edição 2023, o júri de seleção foi composto por Claudinei Roberto da Silva, Cristiane Almeida, Ivana Debértolis e Maíra Gamarra. Os acompanhamentos curatoriais desta edição ficaram a cargo de Cadu Gonçalves, curador e pesquisador; Carollina Lauriano, curadora e pesquisadora; Daniel Salum, professor, pesquisador e curador independente; Mônica Maia, editora, curadora, produtora e idealizadora da plataforma Mulheres Luz; Nancy Betts, pesquisadora e crítica de arte; e Ronaldo Entler, pesquisador, professor e crítico de fotografia.

O Goldman Sachs é Patrono do Núcleo de Fotografia. A programação é uma realização do Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa de São Paulo, e Museu da Imagem e do Som, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O MIS tem como mantenedoras as empresas Youse e B3 e tem o apoio institucional das empresas Kapitalo Investimentos, Vivo, Grupo Travelex Confidence, Grupo Veneza, John Deere, TozziniFreire Advogados, Siemens e Lenovo. O apoio operacional é da Telium, Kaspersky, Pestana Hotel Group, Petiscleta e Gin Vitoria Regia.


Artistas e obras
"Utaki", por Daniel Salum: “Ricardo Tokugawa é fruto de imigração: sansei, de ascendência okinawana, traz a mistura de três culturas no seu percurso: Brasil, Okinawa e Japão. Compreender o significado dessa posição vai muito além de questões geográficas e culturais, implica um enfrentamento pessoal, na busca pelo entendimento de si no mundo.  Utaki, em okinawano, traduz a ideia de um lugar sagrado, lugar de oração, geralmente espaços na natureza: um bosque, caverna ou montanha, acessados por poucos. Esse olhar para o sagrado, de acordo com a necessidade sentida pelo fotógrafo, se volta para suas raízes, num processo de investigação da família e da casa, conceitos que se misturam dentro da cultura japonesa. As fotografias afixadas no butsudan, o oratório japonês, marcam a presença dos antepassados no espaço da casa. Os vestígios deixados na forma de retratos 3 x 4 lembram que as fronteiras do visível estão constantemente permeadas pelo mundo invisível dos mortos.” 

"Azinhaga", por Mônica Maia: “No projeto, Salua Ares explora o encontro e o confronto entre memória e matéria. Numa espécie de arqueologia, a artista parte de recortes fotográficos criados a partir de imagens apropriadas de álbuns de famílias que testemunharam a transformação radical de seus cenários de infância. Os registros em preto e branco das relações pessoais, mãos e braços dados, ambientes cotidianos e os sorrisos das crianças são colocados em contraponto aos elementos característicos da construção civil, tais como blocos de concreto e cimento, e materializam a ideia de transfiguração e vestígios. A estratégia das justaposições e os paralelos visuais entre as imagens tocam diretamente as camadas de recordações.”

"ZL Não É Um Lugar Assim Tão Longe", por Cadu Gonçalves: “Na série fotográfica, Erick Peres é o interlocutor entre o mundo e a Vila Ipê 1, lugar existentemente oculto, pelo desejo do Estado, do centro e da burguesia. O bairro do Extremo Leste de Porto Alegre (RS), onde nasceu o artista, e que muitas vezes não figura em mapas oficiais, recebe dos moradores das zonas centrais da cidade adjetivos como “inabitado”, “distante”, “difícil de chegar”, “inexistente”, fato corriqueiro a muitas periferias pelo Brasil. A Vila Ipê 1 deixa de ser tão distante ao virar o percurso das antenas que levam energia elétrica a outros pontos da cidade e desapropriam dezenas de moradores, ao figurar em noticiários ou ao receber operações silenciosas e inquisidoras da PM local. A distância muitas vezes caminha com a indiferença.”

Serviço
Exposição | Nova Fotografia - Parte 1
Abertura: Dia 1º.08 das 19h às 22h (evento aberto ao público). Local: Espaço Maureen Bisilliat (expositivo térreo). Período: 1º de agosto a 17 de setembro de 2023. Ingresso: gratuito. Classificação: livre. MIS - Museu da Imagem e do Som de São Paulo: Avenida Europa, 158, Jardim Europa - São Paulo.

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