domingo, 23 de fevereiro de 2025

.: Livro infantil que surgiu a partir de uma birra desmistifica estereótipos

Economista de formação, Bruna é servidora pública e nunca tinha pensado em se tornar escritora. Foi a filha mais velha que fez com que ela começasse a expor suas ideias para o mundo. Foto: divulgação

Ensinar empatia às crianças desde cedo é essencial para que cresçam respeitando as diferenças e valorizando a diversidade. Mas, ainda hoje, há muitos estereótipos que precisam ser desconstruídos. E os livros são uma ótima ferramenta para isso! Essa é a proposta de "Rosa é Cor de Menina!? Existe Isso?", da autora carioca Bruna Fontes, que fala sobre a liberdade de escolher quais cores usar.

A história ajuda as crianças a se colocarem no lugar do outro, mostrando que o mundo é feito de diferentes perspectivas e vivências. O texto afetivo, junto com as ilustrações de Dora Weigand, ajudam as crianças a embarcarem na história, a começar pela capa, que vai dos tons de rosa às outras cores, simbolizando a transformação.

Livro surgiu a partir de uma birra da filha
Economista de formação, Bruna é servidora pública e nunca tinha pensado em se tornar escritora. Foi a filha mais velha, Isabela (ela também é mãe de Guilherme) que, mesmo de forma indireta, fez com que ela começasse a expor suas ideias para o mundo.

"A ideia de escrever o livro veio depois de uma pequena birra aos 3 ou 4 anos. Ela se recusou a usar uma calça jeans para ir para a escola, por ser azul. E isso me instigou, por não me conformar com a perspectiva de minha filha incorporar estereótipos desde tão jovem. Inclusive, quando grávida dela, fiz questão de fazer um quartinho mais neutro possível, para que ele fosse uma tela em branco na qual ela pudesse dar seu toque pessoal", revela Bruna.

Por conta desse episódio, a autora começou a criar a história, escrevendo no bloco de notas do celular, como uma forma de lidar com a dificuldade, sem conflitos e desmistificando este padrão. "Quis ressignificar a crença de que meninas ou meninos não poderiam usar alguma cor", diz.

No livro, a personagem Isabela (mesmo nome da filha) é uma menina que adora a cor rosa, mas acha que apenas meninas usam a cor. A partir de seu comportamento questionador e com a ajuda de Pedro e sua mãe, a professora Regina, ela descobriu que todas as pessoas são livres para usar as cores que quiserem. Garanta o seu exemplar de "Rosa é Cor de Menina!? Existe Isso?" neste link.


Carreira literária e presença em eventos
O que seria apenas uma brincadeira familiar, acabou tomando novos rumos. Tudo porque, quando ouviu a mãe contar a história pela primeira vez, a filha gostou tanto que pediu que os personagens fossem desenhados e que a história estivesse “no papel”.

“Fui atrás de uma ilustradora e de uma gráfica. Depois, ao participar de um projeto de leitura de livros na escola dos meus filhos, li a história que tinha criado. Outros pais gostaram, quiseram comprar. E a brincadeira foi ficando mais séria”, lembra. A publicação do livro aconteceu em 2022 e, desde então, Bruna vem marcando presença em importantes eventos literários por todo o Brasil, seja expondo  vendendo os livros, realizando contação de histórias para crianças ou participando de palestras e mesas temáticas.

Ela começou a fazer parte do “Escreva, Garota” - grupo de apoio e capacitação continuada para mulheres que escrevem - e esteve na Bienal do Rio de Janeiro, Feira Literária de Tiradentes (FLITI), Feira Literária de Jacarepaguá (FLIJ), Bienal de Pernambuco e Orla Festival em 2023, Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) em 2023 e 2024, Bienal de Salvador e Bienal de São Paulo em 2024.

Para 2025, a presença da escritora na Bienal do Rio, em junho, já está confirmada. E há novos projetos literários em andamento, tanto infantil quanto adulto, mas ainda sem previsão de lançamento. O livro de Bruna Fontes, indicado para crianças de três a oito anos, está à venda na Amazon e em outras plataformas, em capa comum. 

Além de incentivar a leitura entre os pequenos, "Rosa é Cor de Menina!? Existe Isso?" é uma opção para que mães, pais, responsáveis e educadores criem um diálogo sobre questões atuais, buscando a formação de crianças mais respeitosas e de uma sociedade mais plural. Compre o livro "Rosa é Cor de Menina!? Existe Isso?" neste link.

.: Documentário promete expor o outro lado - que poucos conhecem - de Anitta


Cantora e compositora, Anitta reuniu amigos para uma exibição exclusiva do documentário "Larissa: o Outro Lado de Anitta", que estreia em 6 de março na Netflix. A noite de celebração no Rio de Janeiro, quinta-feira passada, dia 20 de janeiro, contou com a presença dos pais da cantora, Miriam Macedo e Mauro Machado, de seu irmão, Renan Machado, e de personalidades como Maria Ribeiro, Regina Casé, Marcelo Serrado, Eri Johnson, David Brazil, Bruna Griphao, Juliana Amaral, Lucas Guedes e Rafa Uccman, que assistiram à produção em primeira mão.

"Estou muito emocionada em exibir pela primeira vez o filme 'Larissa: o Outro Lado de Anitta' para meus amigos íntimos e familiares aqui na minha cidade. Afinal, todos eles também fazem parte dessa história. Estou ansiosíssima para a estreia! É muito diferente de tudo que já fiz", afirmou Anitta. O documentário tem direção de João Wainer e Pedro Cantelmo, roteiro de Maria Ribeiro e produção executiva de Felipe Britto e Melanie Chapaval Lebensztajn, da Ginga Pictures.

"É um prazer imenso apresentar este novo projeto com a Anitta, dando continuidade ao sucesso de suas séries anteriores, 'Vai Anitta' (2018) e 'Anitta: Made in Honório' (2020)", completou Elisa Chalfon, diretora de conteúdo de não-ficção da Netflix no Brasil.

"Larissa: O Outro Lado de Anitta" acompanha a jornada de autoconhecimento da artista, capturada pelo olhar íntimo de um antigo "crush" da juventude, que agora tem a missão de ajudar a revelar ao mundo quem é a verdadeira Larissa. A produção ainda apresenta momentos icônicos da carreira da "girl from Rio", incluindo cenas de bastidores do Carnaval no Rio de Janeiro, conquistas inéditas em premiações internacionais, o topo das paradas globais com o hit Envolver e sua apresentação no festival Coachella.  

.: Entrevista: Lucinha Lins retorna às novelas como Ruth em "Volta por Cima"


Guilherme Weber, Lucinha Lins e Rodrigo Fagundes posam caracterizados como Marco, Ruth e Gigi, respectivamente. Foto: Globo/ Manoella Mello

A atriz Lucinha Lins passa a integrar o elenco de "Volta por Cima" como Ruth, personagem que marca o retorno da atriz às novelas da Globo. "Acho que o universo andou me ouvindo", diz ela ao falar sobre a personagem que trabalhava em um cassino clandestino e era amante do contraventor Rodolfo (José de Abreu), que retirou de seus braços o filho que tiveram. Tudo aconteceu quando Marco (Guilherme Weber) ainda era um bebê e Rodolfo casado com a mãe de Gerson (Enrique Diaz).  Desde que soube que era filho de Rodolfo, Marco fica decidido a encontrar a mãe e pede a ajuda de Belisa (Betty Faria) para buscar pistas sobre seu paradeiro. Ruth surge na trama em cenas previstas para o final da próxima semana. Na entrevista abaixo, Lucinha Lins conta mais sobre o novo trabalho na novela de Claudia Souto.


Qual foi o sentimento de receber o convite para participar da novela?
Lucinha Lins - 
Acho que o universo andou me ouvindo. Fiz um comentário recente dizendo que estava com saudades de novela. Eu gosto daquele encontro, eu gosto da família que se reúne todos os dias, dos papos, das brincadeiras... E aí o universo ouviu esse meu comentário e mandou um convite delicioso desse. Uma novela de sucesso, ótima, que eu tenho acompanhado. E estarei ao lado de atores que respeito demais, com gente com quem eu trabalhei e de uma garotada nova linda que está botando pra quebrar. Eu fiquei muito feliz com esse convite.

Sua última novela na Globo foi "Chocolate com Pimenta". Como está sua expectativa para esse retorno?
Lucinha Lins - 
Faz tempo que eu não gravo novela na TV Globo. É um recomeço, mas um recomeço diferente porque agora a gente já tem uma certa experiência, são 50 anos de carreira, mas sempre dá aquele frio na barriga. Estou nervosa, ansiosa e entrando em uma novela que já está nos trilhos há muito tempo, com um elenco muito afiado e trazendo uma personagem que eu estou tendo que criar para começar a gravar. Eu estou muito feliz com isso, espero que dê tudo certo.

Sua personagem contracena com José de Abreu, Betty Faria... nomes, assim como você, consagrados na dramaturgia. O que esse encontro representa para você?
Lucinha Lins - 
Eu estou me encontrando com pessoas que eu respeito, admiro, amo, gente que eu trabalhei. O meu abraço com Betty Faria foi encantador. Eu me senti muito bem-vinda, fiquei emocionada com a minha chegada na Globo para começar esse trabalho, ver figurino, conhecer a direção, a produção. Tudo é muito novo e eu me senti muito acolhida. Foi emocionante e será emocionante daqui para frente todos os dias. Porque eu tenho muito a aprender ainda, e fazer uma novela sempre é um aprendizado muito grande, é uma descoberta muito grande. Então, vamos descobrir quem é esta mulher e aprender com ela e com os meus colegas maravilhosos os caminhos que nós vamos seguir.


"Volta por Cima" é criada e escrita por Claudia Souto, com colaboração de Wendell Bendelack, Julia laks, Isadora Wilkinson e Juliana Peres. A novela tem direção artística de André Câmara e direção geral de Caetano Caruso. A produção é de Andrea Kelly e Lucas Zardo, e a direção de gênero, de José Luiz Villamarim.

sábado, 22 de fevereiro de 2025

.: Túmulo de Mário de Andrade pode ser visitado nos 80 anos da morte dele


Foto do jazigo de Mário de Andrade no Cemitério da Consolação. Foto: divulgação

Na próxima terça-feira, dia 25 de fevereiro, será lembrado o 80º aniversário de falecimento do escritor Mário de Andrade. O jazigo deke está localizado no Cemitério da Consolação e pode ser visitado. O modernista foi um dos principais nomes do modernismo brasileiro. Escritor, poeta e crítico literário, marcou a história da cultura nacional com obras inovadoras e sua atuação na Semana de Arte Moderna de 1922. O túmulo de Mário de Andrade pode ser visitado gratuitamente. A Consolare, concessionária que administra o local, organiza visitas mediadas que proporcionam uma imersão na história e na arte tumular do cemitério.

Francivaldo Gomes, conhecido como Popó e mediador das visitas semanais, explica: "Mário de Andrade não foi apenas um escritor, mas um guardião da cultura brasileira. Caminhar pelo cemitério da Consolação e saber que aqui a sua história é preservada, é muito importante para a história do Brasil", explica. As visitas guiadas acontecem todas as segundas-feiras, às 14h00, com mediação de Popó, que há mais de 20 anos conduz esse passeio pelo cemitério. Os ingressos são gratuitos e podem ser retirados na plataforma Sympla. O passeio noturno ocorre uma sexta-feira por mês, incluindo uma parada no túmulo de Mário de Andrade. A visita é conduzida por Thiago de Souza, do projeto "O Que Te Assombra?", e pela historiadora Viviane Comunale. As inscrições são gratuitas e divulgadas no perfil oficial do projeto no Instagram.


Mário de Andrade: eterno
Formado pelo Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, Mário de Andrade iniciou a carreira como pianista e professor. Seu primeiro livro de poemas, chamado “Há Uma Gota de Sangue em Cada Poema”, publicado em 1917, ainda seguia a estética parnasiana. No mesmo período, aproximou-se de artistas como Oswald de Andrade e Anita Malfatti, tornando-se um dos articuladores do modernismo no Brasil.

Em 1922, lançou “Pauliceia Desvairada”, obra que rompeu com padrões literários da época e consolidou sua influência. Mais tarde, em 1926, publicou “Macunaíma”, considerado um marco da literatura nacional por sua linguagem inovadora e representação da diversidade cultural brasileira. Além da escrita, Mário teve papel essencial na criação do Departamento de Cultura de São Paulo, desenvolvendo projetos pioneiros de preservação da memória e do folclore nacional.

A antiga residência, a Casa Mário de Andrade, localizada na Barra Funda, é hoje um espaço cultural dedicado à preservação de sua obra. O local abriga documentos, manuscritos e objetos pessoais do modernista, além de exposições e atividades sobre literatura e cultura brasileira. Para a historiadora Viviane Comunale, manter viva a memória do escritor é essencial para a compreensão da identidade cultural do país. "Mário não foi apenas um escritor, mas um pensador que revolucionou a forma como vemos e valorizamos nossa cultura popular", destaca.

Mário de Andrade faleceu em 25 de fevereiro de 1945, aos 51 anos, vítima de um infarto. Seu sepultamento foi realizado no Cemitério da Consolação. Além do modernista, o local abriga os túmulos de seus colegas, Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade.


Visitação mediada
Para quem deseja conhecer mais sobre este e outros túmulos históricos, o Cemitério da Consolação oferece visitas mediadas. O Cemitério da Consolação fica na Rua da Consolação, 1660 - Consolação, em São Paulo.

Foto: Reprodução Mario de Andrade

.: Organizado por João Cabral de Melo Neto, livro traz Marly de Oliveira de volta


O livo "Antologia Poética" retorna em nova edição pela editora Record, levando a premiada Marly de Oliveira novamente ao radar dos amantes de poesia e ao merecido lugar de destaque na literatura brasileira. Lançada originalmente em 1997, a compilação, organizada pelo poeta João Cabral de Melo Neto, que foi marido da autora, reúne obras publicadas entre 1957 e 1990, permitindo ao leitor redescobrir o olhar único de Marly sobre o mundo e a experiência humana

Marly de Oliveira conquistou o Prêmio Alphonsus de Guimaraens (INL) com seu livro de estreia, Cerco da primavera, e, ao longo de sua carreira, recebeu diversos outros prêmios, entre eles o Jabuti pelo livro "O Mar de Permeio". Para Clarice Lispector, Marly era “um dos maiores expoentes de nossa atual geração de poetas”; para Antônio Houaiss, sua “aventura poética” alcança um “estado único no Brasil e quiçá na língua portuguesa”. A edição conta com um prefácio assinado pelo organizador e uma seção pós-textual, “Marly de Oliveira por ela mesma”, em que a autora discorre sobre sua trajetória literária

Uma das grandes poetas do século XX, premiada com importantes prêmios literários nacionais e internacionais, Marly de Oliveira estreou na literatura aos 23 anos, conquistando rapidamente a atenção da crítica. Organizada pelo poeta João Cabral de Melo Neto, com quem se casou na década de 1980, "Antologia Poética" reúne 15 livros da autora, publicados entre 1957 e 1990, além de incluir poemas inéditos.

Entre as obras de destaque, estão seu livro de estreia, "Cerco da Primavera" (1957), que lhe garantiu o Prêmio Alphonsus de Guimaraens (INL); "Explicação de Narciso" (1960); "A Suave Pantera" (1962), vencedor do Prêmio Olavo Bilac (ABL); "Invocação de Orpheu" (1979-1980), que conquistou os prêmios Fundação Cultural do Distrito Federal e Internacional da Grécia; "Retrato" (1986), "Vertigem" (1986) e "Viagem a Portugal" (1986), que receberam o prêmio UBE (União Brasileira de Escritores); e "O Banquete" (1988), laureado com o Prêmio Pen Clube do Brasil.

As obras presentes nesta antologia são marcadas pela objetivação e materialidade da linguagem, características intrínsecas à poesia de Marly de Oliveira. Como afirmou João Cabral de Melo Neto no prefácio deste livro, a escritora é capaz de “construir, tanto o poema longo como o poema curto, sempre mantendo alto nível intelectual” e sua preferência pela palavra concreta e pela imagem para descrever o cotidiano e seus próprios sentimentos impressionou o poeta, que considerou seus livros como “um exemplo único de coerência, com a paixão da língua portuguesa”.

O leitor verá também uma escritora que usou a poesia como ato de resistência à crueldade do mundo e como forma de exercitar o autoconhecimento. Como bem disse Marly: “minha grande esperança está na convicção do que o pensamento também pode ser uma forma de ação”. Compre o livro "Antologia Poética" neste link.


“De onde, talvez, a impressão,
de que no escuro se faz
mais transparente a palavra,
como aquela água que cai
em pingos de chuva clara,
transformando o céu coberto
numa festa iluminada.”
(
Poema de "O Deserto Jardim")


Sobre a autora
Marly de Oliveira nasceu em 1935, em Cachoeiro de Itapemirim, ES, e passou a infância e a adolescência em Campos, RJ. Formou-se em Letras Neolatinas pela PUC-Rio, com pós-graduação em História da Língua Italiana e Filologia Românica na Universidade de Roma. De volta ao Brasil, lecionou Literatura Hispano-Americana na PUC-Rio e na Universidade Católica de Petrópolis, e Língua e Literatura Italiana na Faculdade de Filosofia Santa Doroteia, em Nova Friburgo. Estreou na literatura com o livro de poemas Cerco da primavera (1958). Recebeu vários prêmios, nacionais e internacionais. Foi casada e teve duas filhas com o diplomata Lauro Moreira. Nos anos 1980, casou-se com o poeta João Cabral de Melo Neto. Faleceu no Rio de Janeiro em 2007. Garanta o seu exemplar de "Antologia Poética" neste link.


Ficha técnica
Livro "Antologia Poética"
Autora: Marly de Oliveira
Organizador: João Cabral de Melo Neto
Número de páginas: 280
Editora Record| Grupo Editorial Record
Compre o livro neste link

.: "A Violência Gentil", romance de Daniel Longhi, navega por traumas geracionais


Mosaico complexo, impermanente e incessante, a memória é crucial. "A Violência Gentil", romance de estreia de Daniel Longhi, explora o vínculo essencial entre as memórias subjetiva e coletiva, navegando por uma história familiar em um Brasil de constantes transformações. E questiona: se um gesto de violência pode ecoar por gerações, que mudança é necessária para interromper o ciclo? Publicado pela editora Cachalote, selo de literatura brasileira do Grupo Aboio, o romance tem lançamento marcado para a próxima quarta-feira, dia 26 de fevereiro, a partir das 18h30, no Poço das Artes, em Recife. No evento, Longhi convida a escritora e editora Gianni Gianni para um bate-papo sobre a obra.

"A Violência Gentil"  acompanha Augusto Baldemar, um advogado trabalhista cujo cotidiano é preenchido pelos dramas de seus clientes — suas lutas, injustiças e anseios por reparação. O tédio com que percebe a vida é refletido no barulho mecânico e constante de um ar-condicionado velho, imagem que inspirou a ilustração da capa, assinada pela artista Heloisa Akiyama. A monotonia do cotidiano, porém, é quebrada quando surge um caso envolvendo a mãe falecida do protagonista, obrigando-o a confrontar aquilo que sempre evitou: o seu próprio passado. Como afirma Thaís Campolina, que assina a orelha do livro, trata-se de “uma escavação arqueológica subjetiva [...] em busca da verdadeira história de sua família, e, especialmente, de sua mãe”, mas não somente, pois também percorre décadas da história brasileira, com seus conflitos históricos e violências estruturais.

Nesta investigação, ambientada em São Paulo e Recife, as cidades não são mero pano de fundo: são espaços que moldam os estados emocionais, as memórias e as trajetórias dos personagens. Se por um lado, a grande metrópole reflete o presente de Augusto, com suas oportunidades profissionais e conflitos internos, a capital pernambucana remete a um lugar de origem que tensiona a nostalgia de um passado idealizado e as dificuldades que apresenta na vida real. Explorando esse jogo de luz e sombra, tanto literal quanto metaforicamente, a escrita meticulosa de Longhi, com atenção dedicada aos fragmentos do cotidiano, cria uma colagem de imagens que evocam presente e passado, real e fantástico, visível e oculto. 

Como em um processo de revelação fotográfica ao contrário, A violência gentil nos convida a olhar para os acontecimentos na vida desses personagens como fotografias que capturam não somente o que é visível, mas também as camadas de história, dor e beleza latentes em cada expressão, gesto ou lembrança. Uma obra que examina a persistência do passado em moldar o presente e os desafios de romper com ciclos de dor e, no final de contas, encontrar redenção. Garanta o seu exemplar de "A Violência Gentil" neste link.


Trecho de "A Violência Gentil", de Daniel Longhi
Aquela casa estava igual ao que sempre foi. Ou: aquela casa nunca existira. Ou: aquela casa devolvia para ele a careta que ele fazia para ela. Devolvia seu olhar. Ele olhava. Olhava a parede gasta, a telha escurecida pelo tempo. O prego solto na calha, como pode ninguém ter arrumado? Defeitos ignorados são uma herança passada entre gerações. Aquele prego um dia furou uma bola. Aquele prego foi testemunha de um garoto que cuspia no rosto do seu irmão mais novo, que chorava. Como pode ninguém ter arrumado. Compre o livro "A Violência Gentil" neste link.

Sobre Daniel Longhi
Daniel Longhi foi criado em Recife e é hoje radicado em São Paulo. É servidor público federal e mestre em Políticas Públicas pela Universidade de Chicago, tendo textos publicados pela Chicago Policy Review.  "A Violência Gentil" (Cachalote, 2024) é o primeiro romance dele.


Serviço
Lançamento do livro "A Violência Gentil", de Daniel Longhi
Data: quarta-feira, dia 26 de fevereiro de 2025, das 18h30 às 20h30
Poço das Artes. Rua Álvaro Macedo, 54 - Poço da Panela, Recife - PE


Ficha técnica
Livro 
"A Violência Gentil" 
Autor: Daniel Longhi
Gênero: romance
Dimensões: 14x21cm
Número de páginas: 352
Compre o livro neste link.

.: Castelo Rá-Tim-Bum invade a avenida no Desfile da Unidos dos Morros


A história da TV Cultura chega ao Carnaval de Santos, neste sábado, dia 22 de fevereiro, de uma forma especial. A Unidos dos Morros, atual tricampeã do Carnaval santista, trará um dos programas mais marcantes da televisão brasileira para a avenida: o "Castelo Rá-Tim-Bum". E para tornar essa homenagem ainda mais inesquecível, personagens icônicos do programa estarão presentes no desfile.

A inesquecível bruxa Morgana (Rosi Campos), a simpática cobra Celeste (Álvaro Petersen), além dos cientistas Tíbio (Flávio de Souza) e Perônio (Henrique Stroetter) participarão diretamente do espetáculo, interagindo com o público e reforçando a atmosfera mágica do enredo "Quem te viu quer TV".

 O carro alegórico dedicado ao "Castelo Rá-Tim-Bum" será um dos destaques do desfile, reproduzindo os detalhes e a atmosfera lúdica que marcaram gerações. Com cenografia fiel ao universo do programa e um espetáculo visual de cores e efeitos especiais, a alegoria promete emocionar e transportar os foliões a um mundo de fantasia e conhecimento.

 A Unidos dos Morros reforça seu compromisso de exaltar a cultura e promover momentos inesquecíveis na avenida, misturando arte, história e nostalgia. A presença dos personagens queridos pelo público será um marco na folia, resgatando memórias e reafirmando a importância da TV Cultura na formação de gerações. No Carnaval 2025, o Castelo abre suas portas para a festa e convida todos a viverem essa experiência mágica junto com a Unidos dos Morros.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

.: Crítica musical: Simone, os 50 anos da "Cigarra da MPB"


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. 

Simone sempre foi uma intérprete acima de qualquer suspeita. Com seu sotaque característico da Bahia e um timbre forte e afinado de voz, ela sempre apresentou algo interessante para o público, seja na primeira fase da carreira, seja na fase mais recente, com alguns flertes de concessões comerciais sem comprometer a qualidade de seu trabalho. Seu mais recente lançamento, o álbum "Simone 50 Ao Vivo", comemora o jubileu de ouro de sua carreira, que por sinal ainda não tem data para terminar.

O álbum “50 Ao Vivo” está disponível nas plataformas por intermédio da gravadora Biscoito Fino. São mais de cinquenta anos pelas estradas, cantando os grandes clássicos lançados em sua voz e uma crescente paixão por música popular brasileira reunidos em vinte faixas. A veterana rodou o país com mais de 30 shows em comemoração às suas cinco décadas de carreira.

A produção ficou a cargo de Marcos Preto. O registro foi feito no Rio de Janeiro, onde Simone se apresentou ao lado de sua banda, formada por Filipe Coimbra na guitarra, Fábio Sá no baixo, Chico Lira nos teclados, Vitor Cabral na bateria e André Siqueira na percussão.

Entre os sucessos, estão “Tô que Tô”, “Sangrando”, “Começar de Novo”, “Cigarra”, “Jura Secreta” e muitos outros. Zélia Duncan aparece em “Boca em Brasa”, “Iolanda” e “Ex-amor”. Simone também resgata a "Divina Comédia Humana" de Belchior, uma das canções mais emblemáticas do compositor cearense. O curioso é que essa canção foi feita para Simone gravar. Porém, a primeira versão da letra foi censurada e por isso não foi incluída no seu disco. Belchior acabaria gravando em seu álbum.

Não deve ter sido fácil escolher as canções do set list do show. Seria humanamente impossível condensar os sucessos de Simone em 22 faixas. Por outro lado, o repertório escolhido faz um apanhado bem honesto dos hits da Cigarra. É muito normal constatar que parte do público gosta mais de uma determinada fase da carreira da Simone. 

Eu, por exemplo, sempre gostei muito das gravações dos primeiros discos dela, como o "Face a Face" e "Pedaços", que são da segunda metade dos anos 70. Mas é fato que mesmo a sua produção mais atual soa bem interessante. Discos como "Baiana da Gema", "Na Veia" e "Da Gente" contam com produção bem caprichada. Ela conseguiu dar uma vida nova ao ótimo samba de Agepê, "Deixa eu Te Amar". A Cigarra continua cantando e encantando a todos.

"Divina Comédia Humana"

"To Voltando"
 
 "O que Será?"

.: O amor infinito de Kika Bastos em sua estreia como escritora


Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto: Paulo Cesar Mendes

O amor define novos rumos na vida das pessoas. E também foi a fonte de inspiração de Kika Bastos que agora começa um novo projeto: o seu primeiro livro, "Infinito em Mim", lançado pela editora Gôndola, que tem apresentação assinada pela jornalista Fernanda Grael.

O contato de Kika com a escrita começou em 2003, quando ela criou o blog "Musicalmente Falando", onde escrevia crônicas inspirada em letras de músicas, A aventura durou até 2007 e nesses quatro anos conquistou mais de dois mil leitores, em uma época em que ainda não se falava de seguidores e influenciadores.  Sempre ligada à música, ela trouxe essa referência começou a escrever "Infinito em mim" e criou uma playlist com as músicas citadas no livro, para quem quiser acompanhar e conhecer a trilha sonora da personagem. 

A história gira em torno de uma mulher de 40 anos, chamada Priscila, que se vê dividida em seus sentimentos por Ricardo, seu chefe em um banco de investimento. A relação que era formal, de repente se transforma em uma paixão, alimentada através de e-mails.  Assim, a personagem vai guiando seu coração, ora se expondo, ora tentando controlar a relação e tendo letras de músicas populares brasileiras como forma de expressão para pontuar alguns momentos. Estão lá trechos de músicas de Fabio Jr. Seu Jorge, Tom Zé, Zélia Duncan, Paulinho Moska, Luiza Possi e Arnaldo Antunes, entre outros.

Cada mensagem se torna um espelho de suas emoções conflitantes, onde paixão, desejo e insegurança se entrelaçam às expectativas da vida aos 40 anos. À medida que se revela para ele, Priscila se descobre em um turbilhão de sensações, desafiando os limites do que é certo, do que é permitido e do que ela espera para si.

"Infinito em Mim" é uma obra de ficção, mas pode acontecer com qualquer um e traz uma lição: não importa o tamanho da dor, do medo ou das incertezas. É sempre possível olhar para frente e traçar uma nova rota. Pode não ser fácil, mas torna a vida mais leve e, com certeza, mais verdadeira.

Maranhense de São Luís, Kika Bastos chegou ao Rio de Janeiro ainda muito pequena com pai, mãe e dois irmãos. O pai, sanfoneiro, se mudou para a capital com o sonho de viver da música. E contagiou os filhos com essa paixão. Kika também teve experiências musicais, como cantora em restaurantes, bares e backing vocal. Mas a música não foi o destino final, e sim, a mola propulsora. Formada em Turismo, trabalhou com produção, comunicação e, desde 2020, desempenha o papel de empreendedora na Novo Olhar Licenciamentos, empresa que nasce com a vocação principal de cuidar da propriedade intelectual de um dos maiores símbolos do Brasil: o Cristo Redentor! 

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

.: "Presença", suspense do diretor Steven Soderbergh ganha novo trailer

Com Lucy Liu e Chris Sullivan, longa chega aos cinemas em 3 de abril


A Diamond Films acaba de revelar um trailer inédito de "Presença", novo suspense sobrenatural do diretor Steven Soderbergh ("Onze Homens e um Segredo") que chega aos cinemas em 3 de abril. A nova prévia revela mais detalhes sobre a misteriosa entidade que ocupa o lar da família de Rebekah (Lucy Liu) e Chris Sullivan (Chris) e, além de presenciar o desenrolar de segredos e desavenças familiares, acompanha com particular atenção a adolescente solitária Chloe (Callina Liang). 

A trama, assinada pelo roteirista David Koepp, acompanha uma família abalada por uma perda recente, que tenta recomeçar a vida em uma nova casa. Contudo, assim que se mudam, eles notam que seu lar não está em absoluto vazio: há uma "Presença" sobrenatural acompanhando cada um de seus passos.

O que poderia ser a premissa para apenas mais um filme de terror ganha frescor nas mãos de Soderbergh. Aqui, o cineasta decide narrar a história não a partir de um dos personagens da família, mas através da perspectiva da entidade que dá nome ao projeto. Propondo uma experiência imersiva e inovadora, "Presença" se revela, assim, um suspense perturbador e envolvente, capaz de deixar o público desconfortável com todos seus mistérios.

Com distribuição da Diamond Films, a maior distribuidora independente da América Latina, "Presença" ainda conta com Julia Fox (“Joias Brutas”) e estreia nacionalmente em 3 de abril.

Trailer 1


Trailer 2




.: Sesc Belenzinho traz "Uma Boneca para Menitinha", espetáculo infantil

Um espetáculo que alimenta a alma com suas histórias de amor, sonho e ancestralidade. Foto: Felipe Stucchi

 

O espetáculo infantil, "Uma Boneca para Menitinha", inicia a temporada no Sesc Belenzinho a partir do dia 22 de fevereiro, aos sábados e domingos às 12h. Inspirado na obra homônima premiada de Penélope Martins e Tiago de Melo Andrade, com direção de Suzana Aragão (integrante dos Doutores da Alegria), celebra a ancestralidade e a brasilidade.

Vencedor do Prêmio Biblioteca Nacional em 2022 e incluído no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) de 2024, a obra traz uma reflexão sobre o Brasil profundo, suas gerações e heranças. A história de Menitinha retrata a jornada de uma menina negra em uma família que abraça a diversidade cultural e étnica e reflete a realidade de muitas famílias brasileiras, onde o amor e os laços afetivos se sobrepõem às barreiras do racismo estrutural. A narrativa evidencia a força da união e a importância da identidade, mostrando como a convivência entre diferentes culturas enriquece a experiência de vida e fortalece os vínculos familiares.

Sobre o espetáculo

No palco, o universo singelo de uma pequena comunidade ganha vida... Elementos como canto de lavadeiras no rio, cheiro de flor de laranjeira no ar e sabedoria ancestral de uma avó que cura com galho de arruda são evidenciados. A peça narra a relação entre Menitinha e sua avó, que sonha em presenteá-la com uma boneca de porcelana, algo que parece inatingível. Mas é no inesperado encontro com o rio que esse desejo se realiza, desencadeando uma série de eventos que exploram o poder do sonho, do amor familiar e das tradições populares.

Com um elenco composto por Geni Cavalcante (integrante do Núcleo Caboclinhas), João Invenção (integrante da Cia. Baitaclã) e Mawusi Tulani (integrante do Teatro da Vertigem), e a direção musical de Renato Gama, “Uma Boneca para Menitinha” apresenta uma narrativa que mistura fantasia e realidade, dialogando diretamente com o imaginário infantil ao mesmo tempo que sensibiliza adultos. A peça lembra que, por trás das adversidades do mundo, existem laços invisíveis que conectam as pessoas ao seu passado, às suas raízes e aos entes queridos.

Música que encanta

“Criar a parte musical de um espetáculo tão sensível como ‘Uma Boneca para Menitinha‘, me fez refletir sobre os caminhos da direção musical, principalmente em peças infantis.” Segundo Renato Gama, a delicadeza da direção artística de Suzana Aragão abriu várias possibilidades criativas para a composição de melodias que trouxeram frescor à encenação. “As trocas proporcionaram uma construção sonora que vai levar o espectador a cantar com o inconsciente”, comenta o diretor musical. O processo foi marcado pela liberdade e confiança, permitindo que a criatividade fluísse de forma orgânica nas sessões de ensaio, criando um território fértil para a música dançar junto à narrativa. As composições originais de Gama reforçam a atmosfera mágica da peça, envolvendo o público em uma jornada sonora tão encantadora quanto a história.

Este espetáculo, além de divertir, alimenta a alma com suas histórias de amor, sonho e ancestralidade. Traga as crianças e venha se encantar com essa jornada de afeto e descoberta!


Ficha técnica:

"Uma Boneca para Menitinha"

Autores da obra original: Penélope Martins e Tiago de Melo Andrade

Pinturas do livro: Larissa de Souza

Editora: Caixote

Direção Artística e dramaturgismo: Suzana Aragão

Atuação: Geni Cavalcante, João Invenção e Mawusi Tulani

Direção Musical e Composições originais: Renato Gama

Desenho de Luz: Danielle Meireles

Figurino e adereços: Denise Guilherme

Cenário e adereços: Bira Nogueira

Direção de palco e contrarregra: Giovanna Gonçalves

Técnicos de som: André Papi e Leandro Simões

Técnica de Luz: Stella Politti

Fotografia: Bob Sousa

Filmagem: Thiago Mendonça

Edição: Bem Ortolan do Prado

Costureira: Maria José Gomes Moreira

Cenotécnico: PalhaAssada Atêlie

Mídias Sociais: Keka Jasmim

Letra da canção de abertura: Penélope Martins

Fonoaudióloga: Andréa Gattoni

Produção Executiva: Taís Cabral

Assistência de Produção: Cristiane Urbinatti

Coordenação de Produção: Geni Cavalcante e Suzana Aragão

Design do projeto: Saulo Martin

Agradecimentos: Pele Preta Estúdio

Instagram: @umabonecaparamenitinha

 


Serviço

Espetáculo: Uma Boneca Menitinha

De 22 de fevereiro a 09 de março. Sábados e domingos, às 12h. Dias 3 e 4 de março (segunda e terça).

Ingressos: R$ 40,00 (inteira); R$ 20,00 (meia-entrada); R$ 12,00 (Credencial Plena); Crianças até 12 anos não pagam ingresso.

Vendas no portal sescsp.org.br e nas bilheterias das unidades Sesc.

Local: Teatro (374 lugares). Duração: 60 min. Classificação: Livre.


Sesc Belenzinho

Endereço: Rua Padre Adelino, 1000.

Belenzinho – São Paulo (SP)

Telefone: (11) 2076-9700 

 

Estacionamento 

De terça a sábado, das 9h às 21h. Domingos e feriados, das 9h às 18h. 

Valores: Credenciados plenos do Sesc: R$ 8,00 a primeira hora e R$ 3,00 por hora adicional. Não credenciados no Sesc: R$ 17,00 a primeira hora e R$ 4,00 por hora adicional. 


Transporte Público

Metro Belém (550m) | Estação Tatuapé (1400m) 


Sesc Belenzinho nas redes 

Facebook | Instagram | YouTube: @sescbelenzinho 

.: The Masked Singer Brasil: entrevista com ator Paulo Lessa, o Jesuíno

Paulo Lessa, o Jesuíno do The Masked Singer Brasil 2025 Foto: Reprodução de 'The Masked Singer Brasil' (2025)/TV Globo

O "The Masked Singer" de domingo, 16, desmascarou o personagem Jesuíno, que conquistou o Brasil em ‘Cordel Encantado’. Por trás da fantasia, o ator Paulo Lessa conta o desafio de participar de um reality musical, especialmente pela exigência vocal: “Foi incrível porque eu realmente achava que não poderia participar de um programa de música. Apesar de ser um amante e consumir o tempo todo, achava que não tinha capacidade vocal [...]. Foi exatamente o fato de participar como personagem que acabou me encorajando a entrar num programa que eu achava que não seria capaz. Então, é muito legal isso, como o personagem acabou me protegendo, e isso me fez curtir muito, ainda mais, o processo [...]”, diz.

Paulo Lessa foi revelado após a escolha do júri – formado por Belo, Tata Werneck, Tony Ramos e Sabrina Sato, além da convidada Susana Vieira –, em resultado ao duelo final com Nazaré Tedesco, fantasia que o júri optou por manter na competição. Antes disso, o episódio contou com performances individuais, e além de Jesuíno e Nazaré, se apresentaram Catarina e Petruchio, Juma e Penha. Todos passaram por uma votação da plateia, e, como os dois menos votados, Jesuíno e Nazaré se enfrentaram no duelo final, que resultou na eliminação de Jesuíno.

A 5ª temporada do "The Masked Singer" conta com apresentação de Eliana e Kenya Sade no comando dos bastidores e interação com a plateia. Esta edição, temática, celebrar as novelas em comemoração aos 60 anos da TV Globo. 

O reality é uma coprodução TV Globo e Endemol Shine Brasil, baseado no formato sul-coreano criado pela Mun Hwa Broadcasting Corp, com direção geral de Marcelo Amiky. O programa vai ao ar aos domingos na TV Globo, após ‘Temperatura Máxima’, e é reprisado às terças-feiras no Multishow, às 21h15. Confira a entrevista com Paulo Lessa!

 

Como foi para você participar do ‘The Masked Singer Brasil’?

Foi incrível porque eu realmente achava que não poderia participar de um programa de música, apesar de ser um amante da música e consumir o tempo todo, achava que não tinha capacidade vocal de participar do ‘The Masked’, e foi incrível mesmo, um aprendizado enorme.

 

O que mais te encantou no reality?

Foi exatamente o fato de participar como personagem que acabou me encorajando a entrar num programa que eu achava que não seria capaz, então é muito legal isso, como o personagem acabou me protegendo, e isso me fez curtir muito, ainda mais, o processo, não só da música, mas o de dar vida a esse personagem. A gente acaba aprendendo a lidar com a fantasia e acaba inserindo características também do personagem, independente da música.

 

Faria algo diferente em sua participação? O que?

Eu acho que não. Foi tão legal o processo, tanto o de preparação, com uma equipe maravilhosa à nossa disposição, quanto todos os aprendizados que tive, que acho que não faria nada de diferente. O processo de aprendizado foi muito gostoso, inclusive todas as dificuldades, principalmente o vocal, que acabei juntando com a performance, e de certa forma tem relação com o teatro. Confesso que estava um pouco receoso com tudo, mas durante o processo acabei curtindo muito. 

 

Como foi a preparação? 

Foi fundamental para que eu me encorajasse a cada dia a participar e desfrutar dos dias de programa. Eu que sou muito competitivo, estava super preocupado com isso, mas depois você vai entendendo que a questão vocal, claro, é considerada, chama a atenção, mas não é a principal. Temos uma série de desafios que não só a parte vocal. Até intensifiquei a preparação física, porque dançar com a fantasia e performar como Jesuíno exigia muito, mas a preparação vocal foi muito legal, todos os ensaios, esforço para encontrar o tom correto.

 

Qual foi a estratégia adotada para tentar confundir os jurados?

Era colocar o sotaque do Jesuíno sempre que eu ia falar. Fazia uma voz e tentava forçar bastante, colocar ênfase no sotaque, também mudar um pouco a forma de andar.

 

Você tem alguma relação com seu personagem? Assistiu e se recorda da novela que ele participou?

Eu não tive oportunidade de acompanhar a novela, então o Jesuíno foi um personagem que eu ficava viajando e criando a minha própria versão. Procurei não assistir agora porque eu realmente não queria imitar nada. 

 

Qual novela mais te marcou?

‘Tieta’ porque eu gostava muito da relação com a música, com a abertura, e tinha um trabalho de personagens muito fortes, muito emblemáticos, e de um elenco de atores muito impressionante. Betty Faria fazendo Tieta, a Joana Fomm fazendo Perpétua. Outro que eu adorava também era o Bafo de Bode do Bemvindo Sequeira. Enfim, era uma história ótima com personagens maravilhosos.

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