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sábado, 11 de fevereiro de 2023

.: A tela de Eduardo Kobra feita em homenagem a Gloria Maria


O Museu da História e Cultura Afro-Brasileira (Muhcab), no Rio de Janeiro, recebe tela feita pelo muralista Eduardo Kobra em homenagem a Gloria Maria, a pedido do programa “Fantástico”. A entrada é gratuita. Executada em um fim de semana, em apenas 15 horas, a obra em tecido tem 4 metros de altura por 3 de largura e pode ser vista até 11 de março, de quarta a sábado, das 10h às 17h.

Gloria Maria faleceu no último dia 2 de fevereiro. Na tela, a jornalista e apresentadora, aparece toda colorida, cercada de borboletas e segurando o planeta Terra. “Ela tinha o planeta nas mãos”, diz Kobra, que já foi entrevistado por Gloria Maria, um rosto que o Brasil se acostumou a ver na TV nos últimos 50 anos. “Ela se conectou com o mundo como poucas pessoas e trouxe isso para nós”. Segundo Kobra, foram cem latas de spray à disposição da empreitada, realizada em seu ateliê em Itu, São Paulo.  

“A ideia de levar para o Muhcab foi do ‘Fantástico’, entendendo ser este um local de relevância identitária para receber a homenagem a uma figura tão representativa para mulheres e homens pretos, sobretudo na área da comunicação”, conta Leandro Santanna, diretor do espaço, na Gamboa, que recebeu mais de 40 mil visitantes em 2022.


Kobra no museu
“Embora a base do meu trabalho seja a arte de rua, também acho fascinante estar com minhas obras cada vez mais presentes em museus e galerias. Na história da street art, Jean-Michel Basquiat e Keith Haring quebraram a barreira. Foram precursores nessa história de ir das ruas para galerias e museus. O interessante é que hoje este movimento também acontece de ‘dentro para fora’, no sentido de artistas que eram exclusivos de galerias e museus hoje também pintarem nas ruas. É importante estar também nos museus, porque é outro tipo de suporte. É possível realizar exposições itinerantes. Uma tela que faço no meu ateliê pode ser vista em diversas partes do mundo, diferentemente de um mural, onde a pessoa tem que ir para a cidade em que a obra está”, diz Kobra.  

Aos 48 anos, Eduardo Kobra tem três mil murais em cerca de 35 países, incluindo diversas cidades estados e estados brasileiros – como “Etnias – Todos Somos Um”, no Rio de Janeiro, “Oscar Niemeyer”, em São Paulo; “The Times They Are A-Changin” (sobre Bob Dylan), em Minneapolis; “Let me be Myself” (sobre Anne Frank), em Amsterdã; “A Bailarina” (Maya Plisetskaia), em Moscou; “Fight For Street Art” Basquiat e Andy Warhol), em Nova York; e “David”, nas montanhas de Carrara.

Em todos os trabalhos, o artista busca democratizar a arte e transformar as ruas, avenidas, estradas e até montanhas em galerias e museus a céu aberto. Dois desses murais entraram no Guinness World Record, como o “maior mural do mundo”. Primeiro “Etnias – Todos Somos Um”, no Rio, com cerca de três mil metros quadrados e, depois, o “Mural do Chocolate”, localizado na rodovia Castello Branco, em Itapevi, em São Paulo, com 5.742 metros quadrados. Em 2018, pintou 20 murais nos EUA, 18 deles em Nova York.


Muhcab - um dos 15 pontos da Pequena África
Vizinho ao Cais do Valongo, na Gamboa, o Museu da História e Cultura Afro-Brasileira (Muhcab) é um dos 15 pontos de memória que compõem a Pequena África, na Região Portuária, e fica localizado no Centro Cultural José Bonifácio.

O Museu foi criado em 2017, via decreto, mas nunca tinha sido aberto para o público. O acervo ali guarda aproximadamente 2,5 mil itens, entre pinturas, esculturas e fotografias, além de trabalhos de artistas plásticos contemporâneos, que dialogam com o espaço. A atual gestão da Secretaria Municipal de Cultura executou a limpeza e o restauro das calhas para impedir vazamentos. As peças passaram por higienização, algumas também por pequenos restauros e ou ganharam uma nova moldura.


quinta-feira, 25 de agosto de 2022

.: Instituto Tomie Ohtake expõe obras do maior acervo de desenhos

Com trabalhos de 41 mestres, do Renascimento à contemporaneidade, O rinoceronte: 5 séculos de gravuras do Museu Albertina, apresenta ao público paulistano obras de Dürer, Ticiano, Rembrandt, Goya, Toulouse-Lautrec, Munch, Klimt, Klee, Picasso, Matisse, Chagall, Warhol, entre outros. Foto: Divulgação / domínio público. ALBRECHT DÜRER, O rinoceronte, 1515, Xilogravura e impressão tipográfica, The ALBERTINA Museum, Vienna


Os trabalhos reunidos em "O Rinoceronte: 5 Séculos de Gravuras do Museu Albertina" são provenientes do maior acervo de desenhos e gravuras do mundo, o The Albertina Museum Vienna, fundado em 1776, em Viena, que conta com mais de um milhão de obras gráficas. A seleção das 154 peças para esta mostra, organizada pelo curador chefe do museu austríaco, Christof Metzger, em diálogo com a equipe de curadoria do Instituto Tomie Ohtake, é mais um esforço da instituição paulistana de dar acesso ao público brasileiro a uma coleção de história da arte, não disponível em acervos do país.

Com trabalhos de 41 mestres, do Renascimento à contemporaneidade, a exposição, que tem patrocínio da CNP Seguros Holding Brasil, chega a reunir mais de dez trabalhos de artistas célebres, para que o espectador tenha uma visão abrangente de suas respectivas produções em série sobre papel. “A exposição constrói uma ponte desde as primeiras experiências de gravura no início do século XV, pelos períodos renascentista, barroco e romântico, até o modernismo e à arte contemporânea, com gravuras mundialmente famosas”, afirma o curador.

O recorte apresentado traça um arco, com obras de 1466 a 1991, desenhado por artistas marcantes em suas respectivas épocas, por meio de um suporte que, por sua capacidade de reprodução, desenvolvido a partir do final da Idade Média, democratizou ao longo de cinco séculos o acesso à arte. O conjunto, além de apontar o aprimoramento das técnicas, consegue refletir parte do pensamento, das conquistas e conflitos que atravessaram a humanidade no período.

Divulgação / domínio público
EDVARD MUNCH, Medo, 1896, Cromolitografia a tinta e giz litográficos e agulha em preto e vermelho, The ALBERTINA Museum, Vienna

Do Renascimento, cenas camponesas, paisagens, a expansão do novo mundo pautado pela razão e precisão técnica desatacam-se nas calcogravuras (sobre placa de cobre) de Andrea Mantegna (1431–1506), as mais antigas da mostra, e de Pieter Bruegel (1525–1569), e nas xilogravuras de Albrecht Dürer (1471­–1528), pioneiro na criação artística nesta técnica, cuja obra “Rinoceronte” (1515) dá nome à exposição. O artista, sem conhecer o animal, concebeu sua figura somente por meio de descrições. O processo, que ecoou em Veneza, fez com que Ticiano (1488 – 1576) fosse o primeiro a permitir reprodução de suas obras em xilogravura por gravadores profissionais. Já a gravura em ponta seca, trabalho direto com o pincel mergulhado nas substâncias corrosivas, possibilitava distinções no desenho e atingiu o ápice nas obras de Rembrandt (1606–1669), que acrescentou aos valores da razão renascentista a sua particular fascinação pelas sombras.

Nos séculos XVII e XVIII, possibilitou-se com a meia tinta, o efeito sfumato, e com a água tinta, a impressão de diversos tons de cinza sobre superfícies maiores. Francisco José de Goya y Lucientes (1746–1828) foi um dos mestres desta técnica, aprofundando a questão da sombra em temas voltados à peste e à loucura. Enquanto Giovanni Battista Piranesi (1720–1778) tem a arquitetura como tônica de suas gravuras em água forte, na mesma técnica Canaletto (1697–1768) constrói panoramas de Veneza.

A exposição, realizada com a colaboração da Embaixada da Áustria no Brasil, reúne outros nomes seminais da história da arte moderna como Paul Klee (1879–1940), um conjunto de várias fases de Pablo Picasso (1881–1973), Henri Matisse (1869–1954), Marc Chagall (1887–1985); alcança ainda artistas pop, que se utilizaram particularmente da serigrafia a partir de 1960, como Andy Warhol (1928–1987), até chegar nos mais contemporâneos como Kiki Smith (1954–), além de outros mestres do século XX.


Serviço:

Exposição: O Rinoceronte: 5 Séculos de Gravuras do Museu Albertina – Coleção Museu Albertina, Viena

Visitação: 02 de setembro a 20 de novembro de 2022 - de terça a domingo, das 11h às 20h

Patrocínio: CNP Seguros Holding Brasil, Aché, AB Concessões, BMA Advogados, Fronius e Villares Metals.

Parceiros Institucionais: Align, Bloomberg, Comolatti, Seguros Unimed.


Instituto Tomie Ohtake

Av. Faria Lima 201 – Complexo Aché Cultural

(Entrada pela Rua Coropés, 88) - Pinheiros SP 

Metrô mais próximo - Estação Faria Lima/Linha 4 - amarela

Fone: 11 2245 1900

institutotomieohtake.org.br


quinta-feira, 22 de julho de 2021

.: Marcio Alek, o ilustrador que trabalhou com John Galliano


Fashion e beauté: Marcio Alek é um dos artistas mais vendidos nas galerias de arte digitais do Brasil. 

É fácil identificar a principal influência no trabalho do artista Marcio Alek, a moda. “Mesmo que eu tente, não consigo sair desse universo”, diz ele, que é o artista mais vendido da Moldura Minuto, rede de emolduramento personalizado e galeria de arte, com 211 peças comercializadas somente no ano passado. Também pudera: Alek é estilista formado pelo Studio Berçot de Paris e já estudou História da Moda na Fundação Cartier e História de Arte na Escola do Louvre, tudo em Paris, onde morou por oito anos.

Foi no Studio Berçot que seus professores reconheceram o talento para o desenho. E não era pouco. Ainda estudante, trabalhou por duas temporadas de moda na Maison John Galliano, onde fazia os desenhos técnicos e gráficos do estilista. De volta ao Brasil, a jornalista de moda Erika Palomino, quem Alek conheceu ainda em Paris, convidou o artista para ilustrar o extinto jornal da São Paulo Fashion Week. “Assim que fiquei conhecido por aqui”, lembra. 

Suas telas, disponíveis na Moldura Minuto, que tem um acervo exclusivo do artista, são embrenhadas pelo universo fashionista de formação de Alek, que tem como grandes inspirações Mark Rothko, Alex Katz e Gottfried Helnwein. Embora no começo fizesse estudos prévios no computador para, então, transpor os desenhos para a tela com tinta acrílica, a demanda e o sucesso cresceram tanto que seu trabalho digital passou a ser comercializado e se transformou na arte em si. “Além de ter uma formação incrível, Alek é um artista muito talentoso e detalhista, suas obras são impecáveis e de um gosto muito refinado. As ilustrações dele retratam de forma sensível e sofisticada a beleza feminina e toda a pluralidade presente nela. O portfólio vasto e a qualidade são alguns dos pontos-chave para o sucesso de vendas dele”, declara Carolina Keyko, relações públicas da Moldura Minuto.

Natural de Andirá, município de 20 mil habitantes no Paraná, o artista formado pela escola parisiense diz que “Deus mora nos detalhes”. Não por acaso, suas imagens são quase sempre focadas em figuras humanas, com protagonismo de mulheres, e em planos fechados. “Gosto de expressões e gestos”, explica Alek, que constrói suas imagens com a mesma artesania das maisons de alta-costura: “Crio uma obra como o estilista cria uma roupa. Analiso cor, tecido, textura, se estou criando algo que alimenta o presente, se faz parte do cotidiano, ou se é uma homenagem a uma época, uma releitura. Tenho o mesmo rigor artístico que um estilista”, explica.

Disponíveis na Moldura Minuto, as peças mais vendidas em 2020 foram, respectivamente, DigitalArt 33 e Etnias 39, ambas protagonizadas por mulheres negras estilizadas e com o apelo fashionista característico do artista. Outras séries que se destacam no portfólio são "Faces", que traz closes de rostos de mulheres, e "Deus Mulher," uma inspiração barroca da tensão entre o sagrado e o profano. Essas e outras peças de Marcio Alek estão disponíveis com exclusividade no e-commerce da Moldura Minuto.

.: Carmelo Gentil, artista do Grande ABC, expõe no Atrium Shopping


O Atirum Shopping recebe neste mês de julho a exposição de obras do artista premiado do Grande ABC Carmelo Gentil.


Até o dia 31 de julho, o Atrium Shopping exibe a exposição ‘Alma em Arte’, do renomado artista plástico Carmelo Gentil. Suas obras e seu estilo impressionista cheio de poesia traduzem paisagens urbanas e natureza nas telas com muita habilidade.

Premiado em inúmeros salões oficiais, Carmelo nasceu em São Caetano do Sul e reside em Santo André, ambas no Grande ABC. “É uma grande satisfação mostrar ao público que a nossa região tem artistas incríveis e trazer estas pinturas tão belas para visitação no empreendimento”, conta Eduardo Valderano, gerente de marketing do Atrium Shopping. A exposição é gratuita acontece no piso térreo.

Exposição "Alma em Arte" de Carmelo Gentil
Até dia 31 de julho.
Piso Térreo - Loja 10.
Evento Gratuito.


Atrium Shopping
Rua Giovanni Battista Pirelli, 155 - Vila Homero Thon, Santo André.
Telefone e WhatsApp: (11) 3135-4500.
Estacionamento visitantes: R$ 9 até duas horas + R$ 2 a cada duas horas adicionais.

terça-feira, 6 de julho de 2021

.: Entrada do MASP será gratuita também às quartas-feiras de julho


B3, a bolsa brasileira, irá patrocinar a gratuidade às quartas durante todo o mês de julho. 


Em todas as quartas-feiras do mês de julho, a entrada no MASP será gratuita. A ação é um oferecimento da B3, a bolsa brasileira, que já patrocina as entradas gratuitas na primeira quarta-feira de cada mês até o final deste ano.

Sendo assim, durante todo o mês de julho, o público terá dois dias seguidos de gratuidade para aproveitar o museu, pois as quartas somam-se às já tradicionais terças com entrada grátis e patrocínio Qualicorp. 

MASP adotou todas as medidas necessárias para uma visita segura, confira: masp.org.br/visitasegura.O agendamento online, inclusive para os dias gratuitos, continua sendo obrigatório e deve ser feito pelo link: masp.org.br/ingressos.  

Ao adquirir um ingresso, o visitante tem acesso a todas as exposições em cartaz, que são: “Erika Verzutti: A Indisciplina da Escultura”, “Sala de Vídeo: Regina Vater”, “Conceição dos Bugres: Tudo É da Natureza do Mundo”, “Gabinete Beatriz Milhazes”, “Degas” e "Acervo em Transformação", mostra de longa duração do MASP. O MASP funciona de terça a domingo e o ingresso custa R$ 45 (R$ 22 a meia entrada).


Horários do MASP

Terça grátis Qualicorp:
10h às 18h
Quarta a sexta-feira: 12h às 18h
Sábado e domingo: 10h às 18h
Segunda-feira: fechado

Gratuidade em julho

Terças e quartas

Gratuidade no Restaurante do Ano
Terças e primeira quarta-feira de cada mês

segunda-feira, 21 de junho de 2021

.: Mural que retrata "A Divina Comédia" é pintado em colégio paulistano


Para marcar seus 110 anos e 700 anos da morte do poeta, Colégio Dante Alighieri recebe mural retratando "A Divina Comédia".

O artista plástico Claudio Canato finaliza em 13 de setembro um mural de 100 metros quadrados com cenas da obra-prima de Dante Alighieri, cuja morte fará 700 anos na data; futuramente, pintura poderá ser visitada pelo público.

No dia 9 de julho deste ano, o Colégio Dante Alighieri, o maior colégio italiano fora da Itália, comemora 110 anos. O ano de 2021 também marca os 700 anos da morte do poeta Dante Alighieri, tema de inúmeras comemorações do governo italiano no país e, através de suas embaixadas, ao redor do mundo. Para marcar estas importantes datas, o colégio recebe a finalização da pintura que será o maior mural do mundo fora da Itália de "A Divina Comédia", a obra-prima do poeta florentino. 

No corredor principal da escola, localizada na região da avenida Paulista, serão finalizados 100 metros quadrados de paredes pintadas com passagens da odisseia de Dante. Estudada no mundo todo e um clássico da literatura mundial, "A Divina Comédia" conta a viagem do autor e protagonista pelo Inferno, pelo Purgatório, terminando no Paraíso, guiado por sua musa eterna Beatriz. 

Os murais começaram a ser feitos em 2011 pelo artista plástico paulistano Claudio Canato que, com inspiração na Renascença italiana, começou a retratar a jornada do poeta nas paredes do principal corredor da escola paulistana que leva seu nome. O ano do início da pintura marcou o centenário do colégio.

Nos dois primeiros murais, Canato pintou cenas do Inferno, local de sofrimento em que Dante se encontra com almas perdidas e lembra de seus pecados, e do Purgatório, que é a passagem entre um e outro, onde as pessoas têm esperança em livrar suas almas. No terceiro ele aborda uma parte do Paraíso, quando Dante se aproxima de sua própria redenção e caminha em direção a Deus. 

Agora, o artista, ex-aluno do colégio e, ele próprio, profundo conhecedor de Dante e de sua obra máxima, finaliza seu trabalho a óleo sobre as paredes, retratando o auge de "A Divina Comédia": o último céu do Paraíso, quando Dante olha, enfim, para Deus. O mural em desenvolvimento chama-se Empíreo, que é a morada de Deus, e tem previsão de término no dia 13 de setembro, data da morte do poeta. O colégio vai desenvolver um tour virtual para que se possa conhecer a obra pela internet e, mais para frente, planeja organizar a visitação de público nos murais.


Sobre o artista
Claudio Canato é pintor, muralista, escritor e professor de pintura do Dante. Ele explica que parte de sua inspiração é resultado de sua ligação tanto com a escola quanto com o poeta homônimo, juntamente com a vontade de encontrar uma maneira artística de explicar a obra clássica da literatura mundial. “Há 10 anos, estou mergulhado na obra de Dante querendo trazê-la para perto de todos. Isso me dá um sentimento muito legal: levar a obra dele para muita gente é gratificante”, afirma Canato. 


A presença dos números em "A Divina Comédia" 
Um ponto de destaque é a forte presença dos números em "A Divina Comédia", repleta de referências, como o fato de que todos os versos são hendecassílabos (em que há 11 sílabas com tonicidade na décima); a presença constante do número dez, considerado o número da perfeição - cada etapa (Inferno, Purgatório e Paraíso) é dividida em dez círculos; cada parte tem 33 cantos (o que somado dá 99, mais o canto da introdução, ficam 100, outro número da perfeição); uma das menções a Beatriz está num canto que soma nove, idade em que Dante a conheceu; a presença do número três (três livros, 33 cantos, três personagens principais) relativas à Santíssima Trindade, entre outros.

Na pintura, toda a composição foi feita com base na proporção áurea, como uma homenagem do pintor à perfeição matemática do poema de Dante. “Construí retângulos para traçar a espiral áurea e encontrar o ponto geométrico chamado ‘Olho de Deus’. Fiz esse ponto coincidir com o olho de Dante, e a espiral, como caminho que leva a Deus”, explica Canato. 


segunda-feira, 3 de maio de 2021

.: MAM SP lança kits de catálogos e itens de design para o Dia das Mães

Kits são compostos pelo catálogo da emblemática exposição ‘O Útero do Mundo’ e por itens de design assinados por artistas como Kimi Nii e Sara Carone


Para celebrar o Dia das Mães, o Museu de Arte Moderna de São Paulo lança kits personalizados em sua Loja Virtual na Amazon, compostos por um catálogo da exposição "O Útero do Mundo", peças de design de diferentes artistas e um cartão postal.

Ao todo, são oferecidos três kits, cada um deles traz o catálogo de "O Útero do Mundo" - mostra sobre expressões distintas de corpos, exibida em 2016 no Museu com curadoria de Veonica Stigger. Cada presente ainda conta com um item de design assinado pelos artistas, ceramistas e designers Kimi Nii, Sara Carone e Marcos Roismann e Poliana Feliconio.

A Loja Virtual do MAM comercializa produtos institucionais com a marca do Museu, desde cadernos, camisetas, canecas, lápis, até 20 kits especiais montados com os itens exclusivos. Além dos produtos institucionais, a Loja vende publicações educativas e catálogos de exposições marcantes da instituição, como "Diálogos com Palatnik", retrospectiva de Abraham Palatnik realizada em 2014; "Volpi: Pequenos Formatos", de 2016; "Sinais", mostra de Mira Schendel realizada em 2018; catálogos de edições recentes dos Panoramas da Arte Moderna e das atuais mostras em cartaz: "Antonio Dias: Derrotas e Vitórias" e "Clube de Colecionadores de Fotografia do MAM - 20 Anos".


Confira os kits completos:

Kit 1
Catálogo da exposição "O Útero do Mundo"
Vaso de Cerâmica por Sara Carone
Cartão postal
Link para compra: https://amzn.to/3xQW5uL

Kit 2
Catálogo da exposição
"O Útero do Mundo"
Cerâmica "Cumulus" por Kimi Nii
Cartão Postal
Link para compra: https://amzn.to/3edlCGB


Kit 3
Catálogo da exposição 
"O Útero do Mundo"
Jarra em Vidro por Marcos Roismann e Poliana Feliconio
Cartão postal
Link para compra: https://amzn.to/3nPS0SU


Sobre o MAM São Paulo
Fundado em 1948, o Museu de Arte Moderna de São Paulo é uma sociedade civil de interesse público, sem fins lucrativos. Sua coleção conta com mais de 5 mil obras produzidas pelos mais representativos nomes da arte moderna e contemporânea, principalmente brasileira. Tanto o acervo quanto as exposições privilegiam o experimentalismo, abrindo-se para a pluralidade da produção artística mundial e a diversidade de interesses das sociedades contemporâneas.

O Museu mantém uma ampla grade de atividades que inclui cursos, seminários, palestras, performances, espetáculos musicais, sessões de vídeo e práticas artísticas. O conteúdo das exposições e das atividades é acessível a todos os públicos por meio de visitas mediadas em libras, audiodescrição das obras e videoguias em Libras. O acervo de livros, periódicos, documentos e material audiovisual é formado por 65 mil títulos. O intercâmbio com bibliotecas de museus de vários países mantém o acervo vivo.

Localizado no Parque Ibirapuera, a mais importante área verde de São Paulo, o edifício do MAM foi adaptado por Lina Bo Bardi e conta, além das salas de exposição, com ateliê, biblioteca, auditório, restaurante e uma loja onde os visitantes encontram produtos de design, livros de arte e uma linha de objetos com a marca MAM. Os espaços do Museu se integram visualmente ao Jardim de Esculturas, projetado por Roberto Burle Marx para abrigar obras da coleção. Todas as dependências são acessíveis a visitantes com necessidades especiais.


domingo, 7 de fevereiro de 2021

.: Eduardo Kobra destaca a importância dos livros em mural de Sorocaba


O conhecido artista urbano Kobra voltou a Sorocaba, interior de São Paulo, na última quinta-feira, 4 de fevereiro, para finalizar a pintura do mural de 22 metros de altura por 11 de largura, realizado em escola. O mural mostra um menino subindo uma estante em uma biblioteca à procura de um livro. O artista, que não tem formação acadêmica, é autodidata. “Pesquiso muitos as biografias dos ‘personagens’ que destaco em minhas obras e, também, sobre as cidades que visito: busco imagens, fotografias e textos. Por isso, tenho procurado trazer em meus murais a importância dos livros para a cultura do País e para a formação e crescimento das pessoas”, diz o artista urbano, que tem murais em 35 países e já fez outras 16 obras com temas ligados à literatura e livros em geral.   

Antes de iniciar o mural, Kobra utilizou as redes sociais e pediu para que as pessoas sugerissem livros.  Kobra recebeu cerca 4.000 mil sugestões de títulos nacionais. Os 100 livros mais indicados, além de cerca de 100 escolhidos pelo próprio artista, serão colocados na obra. “O mural foi entregue na semana passada, mas estamos agora voltando para escrever os nomes dos livros”, conta o artista. 

O grande mural que fez em uma empena do Colégio Ser! (à rua Doutor José Aleixo Irmão, 301, no Alto da Boa Vista) e pode ser visto inteiro por quem está fora da escola, na rua mostra um menino subindo uma estante em uma biblioteca à procura de um livro. Para o mural, Kobra, que pintou acompanhado por dois artistas de sua equipe, Agnaldo Brito e Marcos Rafael, utilizou 350 latas de spray e 20 galões de esmalte.

É o 17º. trabalho do conhecido artista urbano Kobra com temáticas ligadas à literatura e livros em geral. “Não tive uma educação acadêmica, mas sou autodidata e os livros me ajudaram desde sempre. Pesquiso muito as biografias dos ‘personagens’ que destaco em minhas obras e, também, sobre as cidades que visito: busco imagens, fotografias e textos. Por isso, tenho procurado trazer nos murais a importância dos livros para a cultura do País e à formação e crescimento das pessoas”, conta o muralista que em breve lançará seu mais sonhado projeto: o Instituto Kobra.

Antes de iniciar o mural, de nome ainda indefinido, que foi realizado em cerca de 30 dias, com muitas dificuldades devido às chuvas intensas durante o período, Kobra utilizou as redes sociais e pediu para que as pessoas sugerissem livros. “De acordo com a pesquisa ‘Retratos da Leitura no Brasil”, o País perdeu 4,6 milhões de leitores nos últimos quatro anos. Isso não é nada bom: já somos um povo que lê pouco e os números indicam que esse hábito está diminuindo. Atualmente, apenas 52% da população brasileira têm o costume de ler. Estou preparando um painel para destacar a importância dos livros, das obras da literatura brasileira. Quero sua ajuda para saber quais livros devo destacar. Comente aqui: qual seu livro brasileiro favorito? Qual obra mais marcou sua infância? Vamos fazer esse mural juntos?”, escreveu o artista no instagram.

O muralista recebeu cerca 4.000 mil sugestões de títulos nacionais. Os 100 livros mais indicados, além de cerca de 100 escolhidos pelo próprio artista, serão colocados no mural a partir de hoje. “O mural foi entregue na semana passada, mas estamos agora voltando para escrever os nomes dos livros”, conta o artista, que acrescenta: “o menino subindo a escala, à procura do livro, também simboliza a ascensão que a busca do conhecimento possibilita nos mais diversos sentidos. Não é fácil, mas é uma viagem fascinante que podemos buscar e alcançar”, afirma.

Cerca de 100 títulos já estão pintados na obra, como “Os Sertões”, de Euclides da Cunha; “Vidas Secas” e “Angústia” de Graciliano Ramos; “Dom Casmurro”, “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, “Quincas Borba” e “O Alienista”, de Machado de Assis; “Iracema” e “Luciola”, de José de Alencar; “O Quinze”, de Rachel de Queiroz;  “O Tempo e o Vento”, de Érico Veríssimo, “A Hora da Estrela” e “A Paixão Segundo G.H”, de Clarice Lispector; “Capitães de Areia”, de Jorge Amado; “Sagarana” e “Grande Sertão Veredas”, de Guimarães Rosa; “Nova Reunião”, com 23 livros de Carlos Drummond de Andrade;  “200 Crônicas Escolhidas”, de Rubem Braga; “Eu Passarinho”, de Mário Quintana; “O Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna; “Estorvo e Budapeste”, de Chico Buarque”; e “Flicts” e “O Menino Maluquinho”, de Ziraldo.  

Entre outros livros que entrarão na obra, Kobra destaca “Marcelo, Marmelo, Martelo”, de Ruth Rocha; “O Fantástico Mistério de Feiurinha”, de Pedro Bandeira; “Raul da Ferrugem Azul”, de Ana Maria Machado; “Histórias Mal-assombradas do Tempo de Um Espírito da Floresta” e “Histórias Mal-assombradas do Tempo da Escravidão”, com texto de Adriano Messias e com ilustração de Andréa Corbani; “Felicidade Crônica”, de Martha Medeiros; “Becos da Memória”, de Conceição Evaristo; “Contos Negreiros”, de Marcelino Freire; Opisanie Swiata”, de Veronica Stigger. “O Centauro no Jardim”, de Moacyr Scliar; “Millôr Definitivo – A Bíblia do Caos”, de Millôr Fernandes, “A Terra dos Mil Povos – História Indígena Contada por Um Índio”, de Kaká Werá Jecupé; “O Karaíba – Uma História do Pré-Brasil”, de Daniel Munduruku; “Ideias para Adiar o Fim do Mundo”, de Ailton Krenak; “Fiel”, de Jessé Andarilho; “Capão Pecado”, de Ferréz; “Flores de Alvenaria”, de Sérgio Vaz; e "Cem Dias entre Céu e Mar” e “Paratii – Entre Dois Polos”, de Amyr Klink. “Ainda Estou escolhendo algumas biografias, que são livros fundamentais para meu trabalho e alguns cronistas, como Paulo Mendes Campos, Fernando Sabino e Luís Fernando Veríssimo, que lemos tanto na escola”, diz. 

Esse mural é o primeiro de Kobra em 2021. No final do ano passado, pintou na altura do km 44 da rodovia Presidente Castelo Branco o mural “A Linha da Vida”, com 600 metros quadrados. A obra traz oito personagens. Começa com uma criança e termina com uma senhora de cerca de 80 anos de idade. Também em dezembro, Kobra fez em Coxim, na região norte do Mato Grosso do Sul um novo projeto, ainda sem nome definido, de resgate, manutenção e valorização das culturas regionais. Ele fez o mural do compositor Zacarias Mourão, de 6 metros por 19,60 metros, na praça “Zacarias Mourão”. O mural virou atração da cidade.  

De acordo com o artista, o mural sobre Zacarias Mourão dá início a um antigo sonho de realizar um projeto de valorização das culturas regionais. “Dizia o escritor russo Tolstói que ‘universal é o homem que escreve sobre a própria aldeia’”. Por isso, ao mesmo tempo em que faço murais para destacar grandes nomes que contribuíram para a história do País, como o arquiteto Oscar Niemeyer e os compositores Chico Buarque e Adoniran Barbosa; e nomes que contribuíram para a paz, liberdade, arte e humanismo no mundo, como Nelson Mandela, Martin Luther King, Malala Yousafzai, Dalai Lama, Mahatma Gandhi, Madre Teresa de Calcutá e John Lennon, sempre quis criar um projeto que falasse sobre nomes que contribuíram para a cultura das próprias regiões”, conta o artista urbano, que complementa: “além disso, já pintei em cinco continentes mas não conheço a maioria dos estados do meu próprio país. Será uma grande realização conseguir pintar em cada estado do Brasil”, diz Kobra, que já fez obras em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pará, Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais, Maranhão, Pernambuco e Mato Grosso do Sul.


quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

.: Museu de Arte Moderna de São Paulo lança loja virtual na Amazon


Agora você pode comprar pela internet a Caderneta Sertão MAM e outros produtos incríveis a um clique entre o MAM e a sua casa. Imagem de divulgação

O MAM São Paulo chega ao fim do ano de 2020 com uma novidade em parceria com a Amazon ao levar a loja do museu para o ambiente online. A Loja Virtual do MAM comercializa produtos institucionais com a marca do museu, desde cadernos, camisetas, canecas, lápis, até 20 kits especiais montados com os itens exclusivos, como boné, bolsa, caneca e até guarda-chuva. Todos acessórios de muito bom gosto, para quem quiser andar acompanhado de arte.

Além dos produtos institucionais, a loja vende publicações educativas e catálogos de exposições marcantes da instituição, como "Diálogos com Palatnik", retrospectiva de Abraham Palatnik realizada em 2014; "Volpi: Pequenos Formatos", de 2016; "Sinais", mostra de Mira Schendel realizada em 2018; catálogos de edições recentes dos "Panoramas da Arte Brasileira" e das atuais mostras em cartaz: "Antonio Dias: Derrotas e Vitórias" e "Clube de Colecionadores de Fotografia do MAM - 20 Anos".

Durante o ano de 2020, o MAM se abriu para o online, com diversas ações digitais em seus canais oficiais, e se abriu também para a cidade, com a iniciativa pioneira #mamnacidade, que levou o acervo do museu para as ruas de São Paulo, para além do Parque Ibirapuera, demonstrando que o MAM não se limita ao seu espaço físico. Agora, com o lançamento da sua Loja Virtual na Amazon, que contou com o apoio da Africa, agência parceira de comunicação, o museu amplia seu acesso ao possibilitar que o público leve uma memória do museu para sua casa, sem precisar sair dela.

Segundo Mariana Guarini Berenguer, presidente do museu, a parceria do MAM com a Amazon posiciona o museu em um dos maiores marketplaces do mundo e reforça sua estratégia digital. "Além disso, possibilita a um público diverso o acesso aos conteúdos de publicações de arte, cultura e educação da instituição. Adquirir um produto da Loja Virtual do MAM é uma forma de contribuir diretamente para a manutenção do museu e apoiar sua missão na transformação social", conclui.



segunda-feira, 3 de agosto de 2020

.: Símbolo da cultura mexicana, Frida Kahlo vira tema de puzzle book

Símbolo da cultura mexicana e com uma história marcante, a artista Frida Kahlo passa a fazer parte da coleção "Montando Biografias", da Catapulta Editores. O livro é recheado de ilustrações sobre a vida de Frida e vem acompanhado de um quebra-cabeça de 300 peças, sendo um dos mais recentes lançamentos da editora.

Cada livro da coleção Montando Biografias leva um nome ilustre da história moderna. O escritor Antoine Exupéry, de “O Pequeno Príncipe”, e a atriz Audrey Hepburn foram os estreantes do puzzle book. Na sequência, no fim de 2019, a editora lançou mais dois títulos sobre os inventores Jacques Cousteau e Nikola Tesla.

O nome de Frida Kahlo complementa a coleção e mostra a trajetória da artista na vida pessoal e na arte. A obra conta com ilustrações de Pablo Bernasconi, conhecido mundialmente por técnicas de desenho e colagem. Além de livros infantis, Bernasconi contribui para veículos de imprensa, como The New York Times, dos Estados Unidos, e La Nación, da Argentina.

Com preço sugerido de R$ 69,90, o novo livro da coleção Montando Biografias é recomendado para crianças a partir de 11 anos. A obra pode ser encontrada nas principais livrarias do país, em lojas físicas e online, e no e-commerce da editora. 


sexta-feira, 26 de junho de 2020

.: FAMA Museu lança podcast de história da arte


Dividido em seis capítulos narrados por Luiz Armando Bagolin, podcast traz breve apresentação sobre os principais momentos da arte no Brasil. Model's rest, 1885, Almeida Júnior | Foto de Hugo Curti

Na virada do século XVI, os portugueses lutaram contra a invasão de ingleses, franceses e holandeses no território brasileiro, mas parte dos holandeses resistiu e ficou instalada no nordeste do país por 25 anos. Foi neste período que o conde Maurício Nassau trouxe à chamada "Nova Holanda" artistas e cientistas que se instalaram em Recife. 

O acontecimento é importante não apenas para história da arte brasileira, como também ocidental, uma vez que corresponde de forma cronológica à primeira investida da arte holandesa fora do continente europeu. Os pintores de Maurício Nassau são tema do primeiro episódio do podcast de história da arte do FAMA Museu, série narrada pelo professor Luiz Armando Bagolin e disponível nas plataformas Spotify , Deezer, Google Podcasts, Anchor e Apple Podcasts. O segundo episódio tratou Barroco histórico e o Barroco Brasileiro.

Organizado em seis episódios, todos apresentados por Bagolin, o podcast traz sempre às sextas-feiras um novo tema. Os próximos tópicos abordados serão  O Aleijadinho (26 de junho); Debret e as academias (3 de julho); Os artistas viajantes e o Pitoresco (10 de julho); Almeida Júnior (17 de julho).

Enquanto o espaço físico do FAMA Museu - Fábrica de Arte Marcos Amaro, instituição sediada em Itu, no interior de São Paulo - está fechado em função da pandemia do Covid-19, a instituição promove uma série de ações e atividades culturais, artísticas e educativas em suas redes sociais (Instagram/FamaMuseu e Facebook/FamaMuseu) .

O público pode conhecer mais sobre o acervo extenso do Museu por meio de vídeos com os curadores Ricardo Resende e Ana Carolina Ralston. Ambos comentam trabalhos que integram a coleção e apresentam trajetórias dos artistas na série #ObraComentadaFAMA. Para testar os conhecimentos sobre as obras e os artistas exibidos pelos curadores, o público é convidado a interagir no #QuizFAMA, através do Instagram Stories.

Já a ação #tbt (do inglês "throw back Thursday") relembra por meio de fotos ou vídeos exposições e eventos emblemáticos na história do Museu. O #EducativoFAMA reúne materiais sobre processos de pesquisa e investigação, baseados nos artistas e nas obras que compõem o acervo. O conteúdo é apresentado de forma didática, com imagens e textos sucintos pelos educadores do Museu. Outra proposta para ajudar a preencher o tempo com bom conteúdo é o #FAMAéCultura, que traz indicações de livros, filmes, músicas e séries, feitas pelos membros da equipe do FAMA. Ações lúdicas e poéticas para a família ficam a cargo do #Faminha, que apresenta oficinas e atividades para crianças.

Luiz Armando Bagolin
Doutor em Filosofia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, FFLCH/USP, Bagolin é docente e pesquisador do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo, IEB/USP. Tem experiência em Doutrinas Retóricas e Políticas dos séculos XIV, XV e XVI, e Artes do Renascimento Italiano, em especial nos discursos sobre os artistas florentinos. É orientador no programa de Pós Graduação em Estudos Brasileiros (Mestrado) do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB/USP) e no programa de Pós Graduação em História Social (Mestrado e Doutorado) do Departamento de História da FFLCH/.USP. É coordenador do Grupo de Pesquisa Retórica e Doutrinas Artísticas (CNPQ). Foi diretor da Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo, entre 2013 e 2016, instituição na qual foi responsável pela concepção e implementação da primeira biblioteca a funcionar 24 horas na América Latina.

FAMA Museu
Situado em Itu, a 100 quilômetros da capital paulista, o FAMA Museu - Fábrica de Arte Marcos Amaro está localizado em uma área de 25 mil metros quadrados, onde, no século XX, funcionou a Fábrica São Pedro, importante polo da indústria têxtil, com relevância histórica e cultural para a região.

Inaugurado em 2018, o Museu abriga ateliês, ocupações, salas e áreas ao ar livre para a realização de performances, residências artísticas, exposições individuais e coletivas, com o objetivo de incentivar a criação artística contemporânea, investigar os caminhos da arte e possibilitar ao público o acesso ao acervo do colecionador e artista Marcos Amaro.

A coleção reúne mais de 1.600 obras entre pinturas, desenhos, gravuras, esculturas e instalações de nomes como Portinari, Tarsila do Amaral, Nelson Leirner, Leda Catunda, Cildo Meireles, Tunga e Aleijadinho.

Com a proposta de oferecer à cidade um projeto de impacto significativo na cultura local, na sua dimensão simbólica, cidadã e econômica, além de fomentar o turismo de experiência na região, o Museu inaugurou em julho de 2019 a primeira galeria de arte a céu aberto da cidade, o Parque Escultórico Linear. Obras de grandes nomes da arte contemporânea estão dispostas ao longo da Avenida Galileu Bicudo, importante via da cidade.

Em novembro de 2019, foi inaugurado em Mairinque, também no interior de São Paulo, o FAMA Campo, extensão do FAMA Museu. O espaço surgiu como um novo conceito entre a natureza, o tempo e as transformações inevitáveis dessa relação. Com exposições a céu aberto, o FAMA Campo é um lugar onde os artistas podem experimentar o conflito de suas técnicas e materiais utilizados dentro da imprevisibilidade da natureza.

FAMA Museu - Fábrica de Arte Marcos Amaro
Endereço: Rua Padre Bartolomeu Tadei, 9, Itu - SP
Entrada gratuita
Fechado por tempo indeterminado em função da pandemia do Covid-19

segunda-feira, 20 de abril de 2020

.: MASP Live: Lilia Schwarcz e Isabella Rjeille falam sobre histórias feministas


Foto: Eduardo Ortega

A próxima edição do MASP Live acontecerá nesta segunda-feira, dia 20, com Isabella Rjeille e Lilia Schwarcz, respectivamente curadora e curadora adjunta de histórias no MASP - Museu de Arte de São Paulo. A conversa será às 18h, no Instagram - que pode ser acessado neste link - e terá como tema "Histórias das Mulheres, Histórias Feministas", exposição coletiva e eixo curatorial do programa do museu em 2019.

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

.: Museu de Arte Moderna de São Paulo apresenta exposição de Laura Vinci

Galho, 2018 | Laura Vinci | Foto: Karina Bacci

Mostra ocupa a Sala de Vidro com duas obras e evidencia a pesquisa de Vinci sobre a arte e a ecologia




O Museu de Arte Moderna de São Paulo convida o público a refletir sobre arte-ecologia com a mostra de Laura Vinci, em cartaz até 16 de fevereiro na Sala de Vidro. Com curadoria de Felipe Chaimovich, a exposição traz Folhas Avulsas (2018), escultura de latão banhada em ouro adquirida durante a 15ª SP-Arte por meio de doação, e Galho (2018), no qual o visitante é convidado a refletir sobre o ciclo transitório da natureza.

“Estas obras de Laura Vinci mostram o ciclo da perda das folhas pelas árvores em esculturas de metal”, afirma o curador. “O revestimento brilhante das peças refletirá a mudança de luz conforme a primavera for se tornando verão no parque Ibirapuera; à noite, uma iluminação artificial projeta sombras sobre a parede de fundo, criando um desenho permanente que contrasta com a variação diurna. Ao brilharem dessa maneira, as folhas parecerão sobreviver a seu desprendimento do galho, como se mantivessem em suspensão o estado de decomposição anunciado por sua queda”, completa.

Sobre o MAM São Paulo
Fundado em 1948, o Museu de Arte Moderna de São Paulo é uma sociedade civil de interesse público, sem fins lucrativos. Sua coleção conta com mais de 5 mil obras produzidas pelos mais representativos nomes da arte moderna e contemporânea, principalmente brasileira. Tanto o acervo quanto as exposições privilegiam o experimentalismo, abrindo-se para a pluralidade da produção artística mundial e a diversidade de interesses das sociedades contemporâneas.

O Museu mantém uma ampla grade de atividades que inclui cursos, seminários, palestras, performances, espetáculos musicais, sessões de vídeo e práticas artísticas. O conteúdo das exposições e das atividades é acessível a todos os públicos por meio de áudio-guias, vídeo-guias e tradução para a língua brasileira de sinais. O acervo de livros, periódicos, documentos e material audiovisual é formado por 65 mil títulos. O intercâmbio com bibliotecas de museus de vários países mantém o acervo vivo.

Localizado no Parque Ibirapuera, a mais importante área verde de São Paulo, o edifício do MAM foi adaptado por Lina Bo Bardi e conta, além das salas de exposição, com ateliê, biblioteca, auditório, restaurante e uma loja onde os visitantes encontram produtos de design, livros de arte e uma linha de objetos com a marca MAM. Os espaços do Museu se integram visualmente ao Jardim de Esculturas, projetado por Roberto Burle Marx para abrigar obras da coleção. Todas as dependências são acessíveis a visitantes com necessidades especiais.

Folhas Avulsas #3, 2018 | Laura Vinci | Foto: Karina Bacci

Serviço
Ocupação de Laura Vinci
Curadoria: Felipe Chaimovich
Local: Sala de Vidro
Visitação: até 16 de fevereiro

Museu de Arte Moderna de São Paulo
Parque Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral, s/nº - Portões 1 e 3)
De terça a domingo, das 10h às 17h30 (com permanência até as 18h)
Telefone: (11) 5085-1300
Ingresso: R$ 10. Gratuidade aos sábados. Meia-entrada para estudantes e professores, mediante identificação.

Gratuidade para menores de 10 e maiores de 60 anos, pessoas com deficiência, sócios e alunos do MAM, funcionários das empresas parceiras e museus, membros do ICOM, AICA e ABCA com identificação, agentes ambientais, da CET, GCM, PM, Metrô e funcionários da linha amarela do Metrô, CPTM, Polícia Civil, cobradores e motoristas de ônibus, motoristas de ônibus fretados, funcionários da SPTuris, vendedores ambulantes do Parque Ibirapuera, frentistas e taxistas com identificação e até 4 acompanhantes. Agendamento gratuito de visitas em grupo pelo telefone: (11) 5085-1313 e e-mail educativo@mam.org.br e atendimento@mam.org.br.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

.: Ximena Garrido-Lecca faz a exposição inaugural da 34ª Bienal de São Paulo



Ximena Garrido-Lecca, Insurgencias Botánicas: Phaseolus Lunatus, 2017, Vista da instalação, Dimensões variáveis. Foto: Ramiro Chavez

De 8 de fevereiro a 15 de março, a exposição inaugural da 34ª Bienal será uma individual da artista Ximena Garrido-Lecca. Durante a abertura, acontecerá ainda uma performance inédita de Neo Muyanga, em que um grande coro de vozes cantará uma composição autoral do artista, baseada na canção Amazing Grace, tida como um hino em diferentes partes da África. 
Construída por meio de conversas e relações, a 34ª Bienal tem encontros públicos com os artistas e curadores convidados na Oficina Cultural Oswald Andrade. Com início em outubro/2019, a programação já contou com Neo Muyanga, Adrián Balseca, Philipp Fleischmann e Beatriz Santiago Muñoz. Registros em vídeo já estão disponíveis no canal da Bienal no Youtube.

Como parte das iniciativas da Fundação Bienal de São Paulo em âmbito internacional, a equipe curatorial da 34ª Bienal está realizando conversas abertas e apresentações em diversos países. A próxima parada está prevista para março em Londres, Reino Unido. 



34ª Bienal de São Paulo – "Faz Escuro mas Eu Canto"

Exposição individual – Ximena Garrido-Lecca
Abertura: 8 de fevereiro, 10h-18h
Performance de Neo Muyanga: 11h (duração: 60 minutos)
Visitação de 8 de fevereiro a 15 de março. 
De quarta-feira a domingo, das 10h às 18h. Entrada gratuita. A Bienal de São Paulo fica no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, Portão 3, em São Paulo.


terça-feira, 7 de janeiro de 2020

.: MASP anuncia Sandra Benites como nova curadora adjunta de arte brasileira


Sandra Benites é a nova curadora adjunta de arte brasileira do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - MASP. Sandra é Guarani Nhandewa, doutoranda em Antropologia Social pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e curadora.

Trata-se de um marco, já que essa é a primeira vez que uma curadora indígena é contratada por um museu de arte no Brasil. Sandra trabalhará em diversas iniciativas do MASP, que tem procurado trazer, cada vez mais, artistas e histórias indígenas de diversas maneiras em suas iniciativas. A contratação fortalece a presença de vozes e arte indígenas no programa do museu e sua presença será especialmente importante em 2021, quando o MASP dedicará toda a sua programação às “Histórias indígenas” ao redor do mundo.  

Este projeto recentemente ganhou o Sotheby’s Prize, que visa reconhecer excelência curatorial e apoiar exposições que exploram temas negligenciados ou sub-representados da história da arte.

Sandra Benites trabalha, desde 2004, com educação indígena. Foi professora de arte em uma escola de ensino fundamental em Aracruz, Espírito Santo, na comunidade Guarani entre 2004-2012 e coordenadora pedagógica na Secretaria de Educação em Maricá, no Rio de Janeiro, assessorando escolas indígenas. Foi curadora da exposição DjaGuata Porã: Rio de Janeiro Indígena no Museu de Arte do Rio em 2017-18 e é co-curadora de exposição sobre lideranças indígenas no Sesc Ipiranga a ser realizada em 2020.

“O projeto da exposição ‘Histórias Indígenas’ no MASP é muito importante para despertar memórias indígenas, muitas das quais se encontram adormecidas. Quando falamos em histórias, sempre falamos de um conhecimento ancestral, e o objetivo será o de narrar essas histórias a partir de uma visão indígena sobre o ‘ywy rupa’, que é a territorialidade Guarani”, afirma Sandra.

“Estamos nos sentindo extremamente sortudos em poder trazer Sandra para nosso time e já estamos colaborando com ela de diferentes formas”, afirma Adriano Pedrosa, diretor artístico da instituição. “Essa é uma virada para MASP e também para o cenário museológico como um todo, já que lideramos esse caminho para construção de narrativas mais plurais, diversas e inclusivas, não apenas discutindo e exibindo arte indígena, mas ao conseguir fazer isso sob a orientação excepcional de Benites”, finaliza.

domingo, 22 de dezembro de 2019

.: Francisco Brennand (1927 - 2019): divinamente longe de Deus


Por Oscar D’Ambrosiojornalista e crítico de arte.

O prazer de criar comandou a poética do artista pernambucano Francisco Brennand, falecido no último dia 19, aos 92 anos, em Recife, no Pernambuco. Se algo o mobilizava, era justamente uma força demiúrgica que se faz presente em todo seu trabalho, tanto na pintura como na escultura. Esses dois universos, muitas vezes dissociados, parecem brotar e um mesmo manancial: a capacidade de se sentir vivo e de compartilhar esse sentimento de estar no mundo.

Talvez por esse motivo a melhor forma de visitar o Museu Oficina Cerâmica Brennand seja iniciar a jornada pelo prédio batizado como Accademia, onde estão desenhos e pinturas que não só apresentam uma trajetória consistente, como também revelam como o ceramista estava contido no pintor.

A sensualidade presente nos desenhos ganha expressão tridimensional nas esculturas, mas possui uma mesma força vital. Brennand foi um artista da vida, da infinita capacidade humana de criar. Suas incontáveis mulheres, seja no plano ou no espaço, evidenciam um poder ilimitado de sedução e de conquista.

Elas funcionam como as sereias em forma de aves de rapina que tentam Ulisses na Odisseia. Têm o poder de encantar e de matar, porque são grandiosas em todos os sentidos. O problema está que a maioria dos observadores se coloca perante o universo de Brennand de duas formas que pouco contribuem para a apreensão dos seus trabalhos: a inferioridade adoradora submissa ou a superioridade crítica arrogante.

As duas opções são perversas para colocar numa dimensão adequada o talento de Brennand. Perante a magnitude do que vê, a maior dificuldade do observador está em dialogar com elas de igual para igual – e quem consegue isso dá um passo gigantesco para penetrar com mente e olhos livres no espaço criado pelo artista na Várzea pernambucana.

Quando se observa esse universo em uma posição de inferioridade, corre-se o risco de ler o trabalho plástico ali presente apenas com adoração, como se fosse um templo. As esculturas ganham então uma dimensão mítica e o demiurgo Brennand passa a ser venerado como se fosse um Deus.

Esquece-se que é um artista plástico e, acima de tudo, um ser humano. Por isso, ver os desenhos e pinturas antes das esculturas é essencial. Torna-se evidente que se está perante um criador de grande capacidade, mas não de um deus, já que seus temas e técnicas evidenciam justamente sua humanidade, com as cenas de engenho e retratos familiares.

De fato, o desenho é uma forma de arte na qual não se mente. E o autêntico Brennand está ali, seja nos autorretratos, nas imagens da família e na maneira como vê o mundo ao seu redor, inclusive com imagens de qualidade ímpar como as que tratam do tema das relações visuais e simbólicas entre os célebres personagens da Morte e da Donzela.

Outra possibilidade do visitante é adotar uma posição de superioridade crítica, sob a desculpa de um olhar técnico sobre a produção exposta, tanto no Templo Central, em que o Ovo Primordial é o centro das atenções, no Salão de Esculturas, em que o olho se perde perante a quantidade de esculturas, na Praça Burle Marx, em que gramados, cisnes selvagens e peças bi e tridimensionais constituem uma admirável cenografia, o Templo do Sacrifício, com sua solenidade grávida de referências, e a mencionada Accademia, berço de uma criatividade e talento diferenciados.

Ao se conhecer o universo de Brennand com esse olhar, perde-se também a perspectiva humana. O olhar frio e voltado apenas para questões de forma, proporções e recursos plásticos em si mesmos deixa de lado o fato de que um homem criou aquilo tudo que se vê. Desconsiderar esse aspecto significa ignorar a capacidade mítica de que cada um de nós pode ser o demiurgo de uma própria realidade interior e virtual, de sua própria Second Life.

Se o olhar inferior coloca Brennand num pedestal inatingível, vertente agravada ainda pelo fato de ele, com sua volumosa barba branca e chapéu de abas largas, parecer de fato um ser divino, o olhar superior tende a apagar a figura biográfica e humana do artista, resultado, como diria o filósofo espanhol Ortega y Gasset de suas “circunstâncias” temporais, vivenciais e influências absorvidas, assimiladas ou negadas.

O infinito poder de criar de Francisco Brennand só pode ser captado com os olhos de quem está pronto a estudar o artista e a sua obra de frente: sem ver no homem nascido em 11 de junho de 1927, no Engenho São João, um Deus, mas também sem se esquecer que ele existiu concretamente e tem uma história para contar.

O artista pernambucano foi, antes e acima de tudo, um homem, como qualquer um de nós. Entender isso, sem mitificá-lo, é passo essencial para um melhor mergulho em sua significativa obra. E, nessa linha de raciocínio, ele é mais e densamente humano nos trabalhos expostos no espaço batizado de Accademia. Ali está o artista pleno, tão divinamente longe de Deus e liricamente perto dos homens como qualquer um de nós pode, deve e precisa ser.

segunda-feira, 22 de abril de 2019

.: "Estremecer Auroras", com obras de Augustin Rebetez, no Sesc Consolação


Sob a curadoria de Adelina von Fürstenberg, a exposição "Estremecer Auroras" pode ser vista no Sesc Consolação. Com obras do artista suíço Augustin Rebetez, constam, na exposição, escritos, esculturas, filmes de animação, fotografias, instalações, músicas e pinturas.

Rebetez já expôs na Bienal de Sidney em 2014 e a criação dele é permeada por personagens e máquinas que remetem à imaginação e se relacionam com a cultura contemporânea das novas gerações tecnológicas em um universo caótico e fértil.

Até 27 de julho, de segunda a sexta-feira, das 10h às 21h. Sábados e feriados, das 10h30 às 18h30. O Sesc Consolação fica na rua Doutor Vila Nova, 245. Telefone: (11) 3234-3000. Com informações da Revista E.

domingo, 14 de abril de 2019

.: MASP estende horário na próxima terça, dia de visitação gratuita


Na próxima terça, dia 16 de abril, além de poderem visitar o MASP (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand) gratuitamente, visitantes terão algumas horas a mais para aproveitar o museu. O MASP ficará aberto das 10h às 22h - bilheteria até as 21h30. 

Boa oportunidade para visitar as mostras “Tarsila Popular”, “Lina Bo Bardi: Habitat”, “Djanira: a Memória de Seu Povo” e "Acervo em Transformação", agora com 18 obras do Museum of Contemporary Art Chicago (MCA) expostas até 30 de dezembro. O MASP fica na Avenida Paulista, 1578 - São Paulo.


segunda-feira, 1 de abril de 2019

.: A ferida exposta durante festival de arte em São Paulo

Artista: Andrey Rossi. Título: Detalhe da obra "Acúmulo". Durante 15ª Edição da SP-Arte,
galerias apostam em artistas com discurso político e social eloquentes.

Durante a primeira semana do mês de abril entre os dias 3 e 7 acontece a 15ª Edição da SP-Arte no Pavilhão da Bienal de São Paulo, esse que é tido como o principal festival de arte do hemisfério sul, evento que traz para a capital paulista, artistas, museus, galerias, críticos, colecionadores e entusiastas do mundo todo, movimenta milhões em vendas e oferece uma oportunidade única para o público conhecer produções recentes de artistas já consagrados e novos nomes da arte contemporânea.

Reunindo cerca de 120 galerias de 17 países, fato que demonstra sua importância no cenário artístico nacional, essa edição chega diante de um país politicamente instável, cheio de incertezas no âmbito econômico e que refletem diretamente na esfera social e no pouco engajamento popular, culminando na exacerbação de adversidades como violência, crise na educação, corrupção, fatos que se tornaram notícias corriqueiras e vêm-se agora refletidos na produção artística.

Elencamos alguns artistas que serão destaque durante o festival por suas obras de caráter político/social, como é o caso do polêmico artista pernambucano Lourival Cuquinha, da Baró Galeria, cuja obra questiona a liberdade do indivíduo frente ao capitalismo, dessa forma indagando as práticas adotadas pelo mercado de arte, com um trabalho transgressor o artista se dispõe de forma provocativa diante dos princípios movidos pelo poder econômico. Enquanto o artista Beto Swhwafaty, representado pela tradicional Galeria Luisa Strina, evoca um discurso onde memórias e acontecimentos históricos se correlacionam com as recentes crises sociais.

Outro nome de peso é o de Jaime Lauriano (Galeria Leme/AD), que em 2018 participou de importantes mostras, como na Fundação Joaquim Nabuco e no MAC-Niterói, desenvolvendo uma pesquisa relacionada a história do colonialismo na América Latina, o artista ainda estará presente no setor performance curado por Marcos Gallon.

Quando o tema é educação, assunto deliciado perante os últimos acontecimentos de violência em escolas e pronunciamentos controversos por parte de membros do governo, o mais eloquente artista é Bruno Novaes, representado pela OMA Galeria, apresenta com notoriedade um trabalho autobiográfico, que faz uma profunda reflexão sobre o sistema educacional, pois durante os anos que trabalhou como arte-educador em escolas públicas e privadas, esteve exposto a diversas problemáticas que o levou a contestar todo um sistema engessado, tradicionalista e castrador. O artista ainda abre mostra individual paralelamente ao festival, a partir do dia 2 de abril, no Paço das Artes, dando voz aqueles que foram calados, com uma série de trabalhos que retratam experiências vividas durante os anos que lecionou, onde sofreu com censuras e preconceito por conta de sua sexualidade, culminando na sua demissão.

Aspectos da tragédia também permeiam a obra de Regina Parra que está em exposição na Galeria Millan, onde desenvolve uma pesquisa que atribui performance, vídeo e pintura, onde o corpo da mulher reverbera potência e resistência frente a violência feminina. Seguindo pela ideia de um trabalho mais agressivo, Andrey Rossi, também da jovem OMA Galeria, que foi destaque na última edição do festival, exibe em suas pinturas, caixas claustrofóbicas que enclausuram pessoas, aludindo uma forma simbólica de opressão de uma sociedade inconsequente, Rossi alude a decadência de uma sociedade doente e violenta.

A partir desses exemplos podemos, portanto, observar que essa edição da SP-Arte promete trazer ao espectador um discurso crítico que extrapola o frisson comercial, reiterando que as feridas da sociedade continuam expostas.

Serviço:
15ª edição da SP-Arte
3 a 7 de abril de 2019
Horários: Quarta (3 de abril): Preview para convidados. Quinta a sábado (4 a 6 de abril) : 13h–21h. Domingo (7 de abril): 11h–19h
Localização: Pavilhão da Bienal, Parque Ibirapuera, portão 3, Avenida Pedro Álvares Cabral
Entrada: Geral: R$ 50, meia promocional*: R$ 20

segunda-feira, 4 de março de 2019

.: Exposição "Diversidade" - Irmãos Julien e Liam Porisse juntos pela primeira vez

Gêmeos radicados na França, os irmãos apresentam os seus olhares distintos para arte em exposição conjunta no Centro Brasileiro Britânico.

Desde que a declarada paixão pelo Brasil foi descoberta pelos irmãos gêmeos Julien e Liam Porisse, graças à um feliz acaso em 1992, os gêmeos de dupla nacionalidade incluíram a metrópole paulistana como um de seus destinos oficiais. Filhos de uma galerista irlandesa e de um pintor francês, os também artistas, britânicos por nascença, derivam de uma linha sucessória de apreço e intimidade com as várias formas de expressão artística.

À convite do Centro Brasileiro Britânico os irmãos reúnem seus trabalhos de forma inédita na exposição indicada como “Diversidade’’, onde poderão apresentar ao público seus distintos traços, apesar de suas equidades genéticas. A exposição contará com cerca de 30 obras, entre telas à óleo e três esculturas apresentadas por Julien, integrando aos tecidos dos canvas as múltiplas dimensões e texturas de materiais como acrílico, madeira e alumínio. O vernissage acontecerá no dia 9 de março, no Centro Brasileiro Britânico, em Pinheiros, em São Paulo.

O trabalho que Julien apresentará é geométrico e concretista. Suas principais inspirações, como Burle Marx e Volpi, são evidenciadas em suas peças eleitas, graças às suas abstrações e cores concretas. As formas exploradas são inspiradas nos chãos de taco brasileiro, os parquets.

O Liam transforma suas referências pessoais em alusões cromáticas. Suas pinceladas flertam com a onda expressionista e suas aplicações conceituais de materiais diversos em suas telas, o figurativismo. Cores explosivas, contrapostas e muita textura, inseridas num trabalho tridimensional e metatextual.

O ateliê compartilhado dos irmãos Porisse poderia ser mais um fator de conflito ao evidenciarmos as diferentes personalidades profissionais entre eles, mas as manifestações físicas de suas peculiaridades artísticas por todo o ambiente reforçam, ainda mais, a distinção entre o processo criativo e resultado de cada um.

Apesar das décadas que distanciam as vanguardas que abrigam o conceito do trabalho de cada um, ambos insistem na afirmativa de que conseguem enxergar certa conexão entre suas obras, a despeito de suas pinceladas singulares. Talvez a grande São Paulo, que influencia diretamente os trabalhos com sua imensidão, constante renovação e suas cores tenha uma parcela de responsabilidade nesta semelhança sensorial mencionada.

A exposição acontece entre 09 de março até 15 de abril, no Centro Brasileiro Britânico em Pinheiros, São Paulo.

Serviço
Exposição "Diversidade", por Julien Porisse e Liam Porisse
Centro Brasileiro Britânico: Rua Ferreira de Araujo, 741- Pinheiros
Vernissage: 9 de março, das 10h às 16h
De 9 de março até 15 de abril
Segunda a sexta-feira: das 10h às 19h
Sábados, domingos e feriados: das 10h às 16h

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