Muriel Barbery participa do ciclo de palestras em Porto Alegre e São Paulo e fala sobre seu novo lançamento, “Uma Hora de Fervor”, publicação que aborda laços de afeto. Foto: Boyan Topaloff
Serviço
Fronteiras do Pensamento – Temporada 2024
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Começa nesta sexta-feira, dia 31 de maio, e vai até sábado, 1° de junho, em São Paulo, a Poc Con, a Feira de Quadrinhos e Artes Gráficas voltada para o público LGBTQIAPN+ e simpatizantes. O evento reúne os amantes das HQ que poderão nesta edição de 2024 acompanhar palestras, oficinas e sessão de autógrafos no Centro Cultural São Paulo.
Mário César, autor do livro "Bendita Cura", publicado pela Conrad Editora, é idealizador do evento junto com Rafael Bastos, também escritor e que assina a obra "Você Viu Vitor?". Segundo o cartunista, a proposta da Poc Con é reunir e celebrar os artistas LGBTQIAPN+ dos quadrinhos e artes gráficas brasileiras. "A feira acontece na mesma época da Parada do Orgulho da cidade de São Paulo justamente pela representatividade e também porque conseguimos unir esses profissionais e público em um só lugar".
De acordo com o autor, o evento este ano terá mais 170 artistas expondo seus trabalhos, além de diversas editoras, lojistas e uma área de games analógicos. Além das editoras, como a Conrad, marcas como FujiFilm, Outback e Galápagos Jogos também apoiam o evento. Vale lembrar que a entrada na Poc Con é gratuita e algumas atividades são pagas e precisam de inscrição. Compre o livro "Bendita Cura", de Mário César, neste link.
Confira a programação completa do evento:
Palco Adoniran Barbosa
Gratuito. Sujeito à lotação do Palco Adoniran Barbosa. Entrada pelo Foyer no piso térreo do CCSP.
Sexta-feira, dia 31 de maio
15h00 - Dublagem Viva e Inteligência Artificial
Com Felipe Galvão, Bruno Dias e Felipe Marques
Mediação de Moo Chan
16h15 - Empreendedorismo para Artistas
Com Kaol Porfirio, Márcio Hum, Cartumante e Luan Zumbi
Mediação de Leo Himura
17h30 - Narrativas do Norte e do Nordeste
Com TAI, Alexey Dodsworth, Ren Nolasco e Karipola
Mediação de Laluña Machado
18h45 - Noite dos 1000 Cosplays
Concurso de fantasias de cosplay
20h00 - HQs de Fantasia e Aventura
Com Clarice França, Chris Gonzatti, Osiris Jr. e Mia GB
Mediação de Thiago Carneiro (AfroNerd)
Sábado, dia 1° de junho
15h00 - Invasão Boy's Love e Girl's love
Com Patrícia Machado (JBC), Sasyk, Alec, desinho
Mediação de Carol Chibi
16h15 - Cosplay Lip Sync Challenge: baterias eliminatórias
Concurso de performance de cosplay
18h00 - Artista homenageado
Com Octavio Cariello
Mediação de Germana Viana e Yuri Andrey
19h15 - Final Cosplay Lip Sync Challenge
Concurso de performance de cosplay
20h00 - Quadrinhos autobiográficos
Com Aline Zouvi, Little Goat, Chico Lacerda, Alex Kioshi
Mediação de Dani Marino
Oficinas
As inscrições para as oficinas devem ser feitas pelo site da Poc Con: https://poccon.com.br/oficinas-2024/
As oficinas da POC CON 2024 acontecerão na Sala de Debates no Piso Caio Graco, no andar superior da Biblioteca do CCSP (Rua Vergueiro, 1000 – próximo ao metrô Vergueiro). As oficinas custam R$ 50,00 e as vagas são limitadas, sendo que 25% das vagas são cedidas gratuitamente para pessoas de baixa renda e/ou pessoas trans e/ou pessoas pretas.
Sábado, dia 1° de junho
15h00 - Oficina de criação de Zine com Mínimo Diário
17h15 - Oficina de Lettering com João Maiolini
19h30 - Oficina de Narrativa de Quadrinhos com Caio Yo e Amanda Freitas
Sessões de autógrafos
As senhas para as sessões de autógrafos serão distribuídas no dia do evento na Biblioteca do CCSP. Gratuito.
Sábado, dia 1° de junho
15h00 - Laerte (Conrad e Cia das Letras) + Alec (NewPOP)
16h30 - Helô D'Angelo (Bebel Books) + Talles Rodrigues (Conrad)
18h00 - LGBTerror (Diário Macabro) - Elmira Não Está, Fernanda Chazan, Julio Rodrigues, Filipe Pinheiro, Igor Cabrardo, Bernardo Neto, Sara Escorsin, Ana Júlia Piskra"
19h15 - Octavio Cariello + Lukas Werneck
Serviço
Pop Con
31 de maio e 1° de junho de 2024
CCSP - Centro Cultural São Paulo
Rua Vergueiro, 1000 - Liberdade / São Paulo
Das 15h00 às 21h00
O botafoguense João Moreira Salles (1962) tem na sua cinegrafia de diretor uma série de documentários como "Nelson Freire" (2003), "Entreatos" (2004), "Santiago" (2006) e "No Intenso Agora" (2017). Salles é produtor de obras de importantes diretores brasileiros, por exemplo, as obras fílmicas de Eduardo Coutinho (1933 – 2014). O documentarista é fundador da VideoFilmes com o seu irmão Walter Moreira Salles, produtora com quase 40 anos de atuação no audiovisual.
Um outro trabalho reconhecido de João é a fundação da revista piauí. Ele coloca que a motivação foi “contar bem uma história", a publicação tem como características suas longas reportagens e textos de perfis, humor e narrativa. É reconhecida hoje no mercado editorial brasileiro como uma das principais formadora de opinião. Na revista Piauí, é possível encontrar diversos textos de Salles, como reportagens, relatos, um dossiê de fôlego, com 6 longos textos, sobre os processos predatórios de ocupação da floresta Amazônica, foram essas matérias que reunidas forma o livro “Arrabalde”. No bate-papo no CPF, o público tem oportunidade de conhecer aspectos que permeiam elaboração e criação do documentarista e escritor, além das iniciativas em outras áreas. Compre o livro "Arrabalde", de João Moreira Salles, neste link.
Serviço
"Em Primeira Pessoa - João Moreira Salles"
Dia 6 de junho. Quinta-feira, das 19h às 21h.
Inscrições: sescsp.org.br/cpf
Vagas: 40
Grátis
Livre
Centro de Pesquisa e Formação - CPF Sesc
Rua Dr. Plínio Barreto, 285 - 4º andar
Horário: De terça a sexta, das 10h às 21h. Sábados, das 10 às 18h30
Telefone: (11) 3254-5600
Transporte gratuito para os participantes das atividades, do CPF Sesc à estação metrô Trianon-Masp, de terça a sexta às 21h40, 21h55 e 22h05.
"A Educação Contra a Educação" chega ao público em um momento crucial, coincidindo com a convocação da Unesco para reimaginar o futuro da educação e construir um novo contrato social baseado em princípios de colaboração e solidariedade. A edição traz uma atualização cuidadosa do texto original, incorporando novos insights e perspectivas, e materiais inéditos: texto de apresentação; prefácio escrito por Paulo Freire; posfácio escrito pelo próprio autor, oferecendo uma visão aprofundada sobre a evolução da obra até hoje; e, texto do filósofo Claude Pantillon (1938-1980).
A obra de Moacir Gadotti, livre docente pela Unicamp e doutor em Ciências da Educação na Universidade de Genebra, apresenta uma análise crítica voltando ao passado para entender a educação de hoje, analisando as origens de uma concepção instrumental da educação que se dizia neutra, com promessas de um futuro melhor, de maior equidade, justiça social e democracia, e revelou-se, na verdade, comprometida com a construção de um mundo sob a lógica do mercado.
Em um dos raros trabalhos críticos em Filosofia da Educação formulados por um brasileiro, Gadotti nos leva a reflexões fundamentais quanto ao sentido da educação e a sua essência. Questiona o paradigma vigente que falhou em cumprir seus compromissos, principalmente no que diz respeito à igualdade, e defende a necessidade de novas abordagens, sujeitos e pontos de vista para uma outra educação possível e necessária. Compre o livro "A Educação Contra a Educação", de Moacir Gadotti, neste link.
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Lançado em outubro de 2023, "Programados para Aprender" conta com prefácio de Mario Sergio Cortella e é o primeiro livro de Moacir Gadotti, é um dos principais educadores brasileiros da atualidade, na Global. A obra inaugura o selo Global Educação – selo editorial voltado para a área de Educação e Ensino – e também a Série Moacir Gadotti . A série trará textos inéditos sobre as questões educacionais contemporâneas e também o melhor de sua produção já publicada. Livros com ideias e propostas fundamentais para a compreensão da educação como um processo de transformação social e para a formação de professores críticos e reflexivos.
Neste livro, Moacir Gadotti, com uma vasta bibliografia sobre temas como Educação Popular, formação de professores, cidadania e democracia na escola. Suas obras são referência para estudantes, educadores e pesquisadores nacionais e internacionais parte da afirmação: “Somos programados, mas para aprender”, do bioquímico e geneticista francês François Jacob. Esta frase é inúmeras vezes referenciada na obra de Paulo Freire , na busca por pensar sobre os fundamentos de uma educação voltada para um ser humano inacabado; programado, sim, mas não determinado. Gadotti então afirma: “Não nascemos prontos e acabados. Fazemo-nos com o outro por meio da educação. O indivíduo precisa de educadores para se realizar como ser humano”. A questão que se coloca é, portanto: que educação podemos oferecer a esse ser inacabado? Compre o livro "Programados para Aprender", de Moacir Gadotti, neste link.
Serviço
Lançamento dos livros "A Educação Contra a Educação" e "Programados para Aprender", com Moacir Gadotti | Terça-feira, dia 28 de maio, às 19h00, na Livraria da Vila, em São Paulo | Rua Fradique Coutinho - Vila Madalena / São Paulo | Garanta o seu exemplar de "A Educação Contra a Educação", escrito por Moacir Gadotti, neste link.
Entre as novidades estão dois nomes da cena literária argentina Betina González, autora de "Las Poseídas" ("Bazar do Tempo") e ganhadora do prêmio Tusquets e Michel Nieva, autor de "Dengue Boy" (editora Record), lançado em fevereiro deste ano no Brasil e contemplado pelo prêmio O. Henry, um dos mais reconhecidos dos Estados Unidos.
Em busca pela bibliodiversidade, um dos princípios que norteiam o evento, figuram na programação o psicanalista e professor Christian Dunker, o expoente da literatura periférica no Brasil Sérgio Vaz e a psicóloga indígena Geni Núñez. As escritoras brasileiras Adelaide Ivánova, Lilia Guerra e Julia de Souza também estão confirmadas e comentarão seus últimos romances publicados, que partem de narrativas sensíveis para tratar de questões sociais e íntimas.
Estreantes na ficção estão Pablo Casella, autor de "Contra Fogo" (Todavia), lançado em março, e Odorico Leal, autor de "Nostalgias Canibais" (Âyiné), a ser lançado no final de maio. Com mais de 100 convidados na edição anterior, a organização d’A Feira do Livro optou por divulgar os nomes em fatias ao longo do ano, com a programação completa a ser apresentada no final de maio.
Os autores se apresentarão em dois palcos que funcionam simultaneamente, um deles montado na praça e outro no Museu do Futebol, parceiro da Feira do Livro. Neste ano, a organização também prevê palcos menores, para debates e lançamentos com dois ou três autores, em formato “pocket”, sempre mantendo o espírito de uma “aldeia” efêmera em pleno asfalto paulistano, nas palavras de Álvaro Razuk, diretor de arte e arquitetura. Além dos espaços de programação, A Feira do Livro tem mais de 150 expositores, entre editoras e livrarias, que vendem seus livros em tendas e bancadas montadas no meio da rua.
Confira os convidados da terceira edição d’A Feira do Livro, confirmados até o momento: Adelaide Ivánova, Bernardo Esteves, Betina González, Caetano W. Galindo, Camila Fabbri, Camila Sosa Villada, Christian Dunker, Claudia Piñeiro, Dan, Geni Núñez, Henry Louis Gates Jr., Iara Biderman, Jabari Asim, Jamaica Kincaid, João Moreira Salles, Julia de Souza, Lilia Guerra, Luiz Felipe de Alencastro, Mar Becker, Marcelo Viana, Marcos Bagno, Maria Adelaide Amaral, Martinho da Vila, Michel Nieva, Nara Vidal, Natalia Timerman, Odorico Leal, Pablo Casella, Rita Lobo, Rodrigo Hübner Mendes, Rosa Freire d'Aguiar, Sérgio Vaz, Stênio Gardel, Tatiana Salem Levy e Vera Iaconelli.
Quem faz A Feira do Livro
Associação Quatro Cinco Um é uma organização sem fins lucrativos dedicada a levar o livro para o centro do debate na sociedade brasileira. Seus principais projetos são a revista de crítica de livros Quatro Cinco Um, que tem edição impressa, digital, em podcasts e newsletters, a editora de livros Tinta-da-China Brasil, com foco em literatura e ensaio, e o festival literário A Feira do Livro, criado em parceria com a Maré Produções Artísticas no Pacaembu, em São Paulo. Maré Produções é um escritório de arquitetura especializado em exposições e feiras culturais. Entre as suas realizações recentes está a exposição internacional Amazônia, de Sebastião Salgado.
Serviço
A Feira do Livro
Data: de 29 de junho a 7 de julho de 2024
Local: Praça Charles Miller – Pacaembu – São Paulo/SP
Entrada Gratuita
Realização: Associação Quatro Cinco Um, Maré Produções e Ministério da Cultura e Governo Federal, por meio da Lei de incentivo à Cultura (Lei Rouanet)
Patrocínio: Itaú Unibanco e Redecard
Apoio: Dois pontos
Parceria de mídia: Revista Piauí
Parceiros: Museu do Futebol, Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativa do Estado de São Paulo, Associação Vaga Lume e Meliá São Paulo Higienópolis
Evento contará com os espaços Arena Cultural, Salão de Ideias, Cozinhando com Palavras, Infâncias, Cordel e Repente, Papo de Mercado, BiblioSesc e o estreante Espaço Educação. Foto: divulgação
A 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, realizada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e organizada pela RX, que acontece entre os dias 6 e 15 de Setembro de 2024, no Distrito Anhembi, em São Paulo, anunciou os curadores dos nove espaços culturais oficiais do evento. Eles ficarão responsáveis pela programação de mais de 1.500 horas e têm o desafio de contemplar atividades para crianças e adultos, das mais diversas faixas etárias e interesses, com temas contemporâneos e que abarcam a diversidade em todos os aspectos. São esperados 600 mil visitantes em 10 dias de evento.
“Estou muito feliz e empolgada com este time de curadores que estará à frente de toda a programação com muita experiência e competência. Tenho certeza de que mais uma vez a Bienal de São Paulo será inesquecível para os visitantes, com experiências que irão conectar crianças e adultos ao universo mágico da literatura. Vale destacar o papel da liderança feminina neste grupo que reforça o nosso compromisso com a diversidade”, afirma a presidente da CBL, Sevani Matos.
Diana Passy mais uma vez será a curadora da Arena Cultural, espaço no qual os visitantes têm a oportunidade de ter contato com autores best-sellers nacionais e internacionais, em bate-papos e palestras exclusivas. “Minha parte favorita de fazer a programação da Arena Cultural é presenciar o momento em que o autor se conecta com seus leitores, e os leitores se conectam uns com os outros. A proposta da Arena Cultural é refletir todos os leitores que circulam pelos corredores da Bienal. Para este ano, eu pretendo aprofundar esse olhar ainda mais, e tentar trazer de volta à Bienal pessoas que perderam o hábito de visitá-la, ou que acreditam que o evento não é para elas”, diz Diana.
Sucesso absoluto, o espaço Cozinhando com Palavras terá o chef André Boccato à frente da programação – ele é o curador há mais tempo no evento. “A Bienal do Livro é uma grande festa da cultura, do congraçamento, de alegria e, como sabemos, alegria se põe à mesa. A festa tem que ter sempre a comida, a gastronomia, que é algo que perpassa por toda a nossa cultura, por toda a humanidade. Talvez, por isso, a gastronomia seja sempre lembrada e valorizada nas Bienais do Livro e ela faz a conexão. Temos como desafio abrigar uma programação tão grande, com mais de 50 eventos, sendo a maior do ponto de vista de programação”, afirma Boccato.
Já o Salão de Ideias contará com curadoria de Leonardo Neto, pela CBL, e Clivia Ramiro, pelo Sesc SP, entidade parceira do evento. O espaço trará grandes nomes para gerar discussões atuais com questões de relevância social e cultural. “Estar no time de curadores, para mim, é um privilégio muito grande. Entre os principais desafios do Salão de Ideias está a busca por temas importantes da atualidade, mas que tenham uma certa perenidade. Temos a preocupação de que todas as vozes possam ser ouvidas, de todas as matizes, de todas as cores, de todos os pensamentos estarem reunidos no Espaço para fazer algo absolutamente plural!”, pontua Leonardo Neto.
Com curadoria de Tiago Marchesano e Clivia Ramiro do Sesc São Paulo, a BiblioSesc (Praça da Palavra e Praça de Histórias) terá espaços pensados especialmente no sentido de valorizar o livro e incentivar a leitura. “Em 2024, contribuiremos com uma parcela da programação do Salão de Ideias e com diversas atividades no estande das Edições Sesc, além da Praça da Palavra e da Praça de Histórias, com os caminhões biblioteca do programa BiblioSesc e ações para todos os públicos. Serão bate-papos, contações de histórias e apresentações artísticas, entre outros formatos, fomentando reflexões acerca de questões fundamentais para entendermos nosso presente e vislumbrarmos perspectivas coletivamente, e, sobretudo, estimular a prática da leitura e a formação de leitoras e leitores”, afirma Tiago Marchesano, Sesc SP.
Em 2024, o Espaço Infantil se transforma em Espaço Infâncias, com curadoria de Elisabete da Cruz, e trará atividades educativas para os pequenos leitores, como narração de histórias, oficinas temáticas e atividades de curta duração. Haverá repertório específico para público escolar de todas as faixas etárias, assim como agendas para famílias. “É uma responsabilidade e ao mesmo tempo uma honra poder fazer parte de um time de curadores de excelência, onde você tem pessoas das mais diversas modalidades dentro da literatura e cuidar da literatura para a infância é um privilégio. A mudança do nome foi uma condição muito importante para a gente colocar a infância no lugar certo dentro de uma Bienal”, diz Elisabete da Cruz.
Mais uma vez com a curadoria de Lucinda Marques, da Câmara Cearense do Livro (CCL), o espaço Espaço Cordel e Repente mostrará a vitalidade atual da literatura de cordel, com uma extensa programação que inclui debates, palestras, shows, contação de histórias e apresentações artísticas, relevantes ao tema. Além das oficinas, debates e encontros com autores, o espaço terá uma carreta palco para as apresentações dos repentistas e recitadores. “Este será o quarto ano de curadoria. Teremos um espaço bastante dinâmico, com muita música, poesia, cordelistas, repentistas, autores, ilustradores, editoras diversas e de vários estados do Nordeste”, afirma Lucinda Marques.
Estreando o espaço tendo como missão promover encontros e propor a discussão de temas como como educação ambiental, inovação, diretrizes públicas, as políticas educacionais, a BNCC, o novo ensino médio, a reforma do novo ensino médio, o Espaço Educação terá curadoria de Solange Petrosino. “Não se fala em formação de leitores e desenvolvimento da capacidade leitora sem falar em educação, sem cuidar de educadores, dos gestores, dos pais que também são educadores, da comunidade como um todo. Então, o Espaço Educação pretende ser esse espaço, que contemple diferentes interlocutores, que todos são importantíssimos nesse conceito de educação voltado para a literatura, para o leitor e para a ampliação dos saberes”, explica a curadora.
Papo de Mercado – Com curadoria de Cassia Carrenho, o espaço é dedicado às reflexões sobre temas de interesse dos profissionais da cadeia do livro e focadas na troca de experiências. “Já trabalho no mercado editorial e fiz a curadoria do ano passado e esse ano do encontro de editores, livreiros, distribuidores e gráficos, também da CBL. A Bienal do Livro traz um outro público do setor, que são autores, tradutores, revisores, e que nem sempre têm espaços para ampliar diálogos. O grande desafio é criar uma programação que seja atraente para esses dois públicos e debates ideias sobre as leis que estão em pauta, as grandes discussões e temas de interesse, como inteligência artificial”, salientou Cássia.
País homenageado
A Colômbia é a convidada de honra desta edição da Bienal do Livro de SP, destacando a rica diversidade cultural e literária que a América Latina tem a oferecer. O país contará com uma área de 300m2 no evento, onde uma série de atividades culturais e de negócios serão realizadas.
O evento já conta com mais 150 expositores editoras, livrarias, distribuidores e editoras independentes entre eles empresas como: Ciranda Cultural, Record, Cia das Letras, Sextante, VR Editorial, Faro Editorial, Distribuidora e Livraria Loyola, Livraria da Vila, HarperCollins, Cortez, Labrador, Panini, Girassol, entre outros.
Sobre a Bienal Internacional do Livro de São Paulo:
A Bienal Internacional do Livro de São Paulo, realizada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e organizada pela RX, é um dos maiores eventos literários da América Latina, reunindo autores, editores, livreiros e leitores em um espaço dedicado à celebração da cultura e da literatura.
Redes Sociais:
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Serviço
27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo
6 a 15 de Setembro de 2024
De segunda à sexta das 10h às 22h
Distrito Anhembi
Rua Olavo Fontoura, 1209 | Santana | São Paulo
Cortella e Terezinha Rios falam de preconceito e qualidade de vida na velhice, no Sesc 14 Bis
Em 2050, o número de pessoas com mais de 60 anos chegará a dois milhões – o que representará cerca de um quinto da população mundial, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Em meio a essa transformação, surge a necessidade de repensar o conceito sobre o envelhecimento. Mario Sergio Cortella e Terezinha Azerêdo Rios propõem uma abordagem filosófica e crítica para tratar desse tema no livro Vivemos mais! Vivemos bem? Por uma vida plena, publicado pela editora Papirus 7 Mares.
Em 11 capítulos, eles partilham questões como a ditadura do relógio, planos para o futuro e qualidade de vida na maturidade. Uma questão bastante urgente debatida pelos autores é o fenômeno do etarismo – a discriminação e o preconceito em relação à idade. Cortella reconhece que existe uma desvalorização dos idosos e que ela é mais evidente na cultura ocidental contemporânea, influenciada pelo produtivismo, que subestima as contribuições e as capacidades dos mais velhos.
A ideia de vida longa implica viver mais e viver bem. Mas, no meu entender, viver bem não é só chegar a uma idade mais avançada com qualidade material de vida. É também adquirir a capacidade de olhar a trajetória. Porque a vida não é só o agora, é o percurso. (Cortella, em Vivemos mais! Vivemos bem?, p. 17)
Rios complementa a discussão ao ressaltar a necessidade de uma instrução crítica e emancipatória para combater o etarismo. Ela destaca que os idosos são frequentemente desconsiderados, o que reflete uma subvalorização dos direitos fundamentais que pertencem a todos os seres humanos. Para a especialista, a educação desempenha um papel fundamental na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. “Na nossa cultura, o velho vale menos. E o que significa valer menos? Ser olhado de uma maneira que despreza os direitos que ele tem como ser humano”, comenta a filósofa.
Para marcar o lançamento da 2ª edição revista e ampliada, Mario Sergio Cortella e Terezinha Azerêdo Rios participam de bate-papo no Teatro Raul Cortez do Sesc 14 Bis, no dia 10/4, quarta-feira, às 19h30. A atividade é gratuita e a distribuição de ingressos inicia no dia 9/4, a partir das 17h, pelo aplicativo Credencial Sesc ou nas unidades do Sesc São Paulo.
Compre "Vivemos mais! Vivemos bem? Por uma vida plena”, de Mario Sergio Cortella e Terezinha Azerêdo Rios aqui: amzn.to/3PXjaGu
Lançamento do livro “Vivemos mais! Vivemos bem? Por uma vida plena”
Com Mario Sergio Cortella e Terezinha Azerêdo Rios
Dia 10/4, quarta-feira, às 19h30
Sesc 14 Bis – Teatro Raul Cortez – 2º andar
Rua Dr. Plínio Barreto, 285, Bela Vista, São Paulo – SP
A partir de 14 anos | Grátis
Retirada de ingressos a partir do dia 9/4 às 17h, pelo aplicativo Credencial Sesc ou nas unidades do Sesc São Paulo.
Estacionamento: R$ 12,00 (Credencial Plena) R$ 18,00 (público geral)
Site: sescsp.org.br/14bis | Instagram: @sesc14bis
Ficha técnica
Título: Vivemos mais! Vivemos bem?
Subtítulo: Por uma vida plena
Autores: Mario Sergio Cortella e Terezinha Azerêdo Rios
Editora: Papirus 7 Mares
128 páginas
Compre "Vivemos mais! Vivemos bem? Por uma vida plena”, de Mario Sergio Cortella e Terezinha Azerêdo Rios aqui: amzn.to/3PXjaGu
Gratuitas, mensais e presenciais, as duas atividades estreiam na programação da instituição no dia 13 de abril. Foto: CieteSilverio
O mês de abril marca a estreia de duas atividades no Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, relacionadas ao universo da literatura. A partir deste mês, a instituição passará a promover uma feira de troca de livros e também um clube de leitura, atendendo a um pedido antigo do público. A primeira edição de ambas as ações, que serão mensais, presenciais e gratuitas, acontecerá no dia 13 de abril.
Clube de leitura
Intitulado em 2024 Papo Literário: narrativas negras em língua portuguesa, o clube de leitura terá como objetivo, neste ano, destacar livros de autores negros em língua portuguesa e promover o debate em torno dessas obras. Serão oito encontros, sendo um por mês, até novembro.
A assistente social e mediadora de leitura Camilla Dias, do perfil @camillaeseuslivros no Instagram, é a curadora deste ano. Integrante dos coletivos Lendo Escritores Negro-Brasileiros e Leituras Decoloniais, ela selecionou livros relacionados ao tema Línguas Africanas no Brasil, o mesmo da próxima exposição temporária do Museu.
A cada edição, um escritor convidado mediará a conversa em torno de um livro e um tema específico. Na primeira, das 11h às 13h, no Saguão B do Museu, a autora Juliana Borges vai falar sobre a obra Luanda, Lisboa, Paraíso (Companhia das Letras), de Djaimilia Pereira de Almeida. O tema do debate será Descolonização e pertencimento na literatura de Djaimilia Pereira de Almeida. Haverá um cupom de desconto de 20% para quem comprar a publicação no site da Companhia das Letras utilizando o código “PAPO20” (promoção válida até 30/4).
Confira abaixo o calendário dos próximos livros que serão tema do Papo Literário:
11/5: Mata Doce, de Luciany Aparecida. Mediação de Jarid Arraes.
15/6: Minha pátria é a língua pretuguesa, de Kalaf Epalanga. Mediação de Allan da Rosa.
13/7: Poemas da recordação e outros movimentos, de Conceição Evaristo. Mediação de Lubi Prates.
10/8: Menina bonita do laço de fita, de Ana Maria Machado; Preta-Pretinha, de Rose Chiappa; Os mil cabelos de Ritinha, de Paloma Monteiro; e Manual de penteado para crianças negras, de Joana Gabriela Mendes e Mari Santos. Mediação de Luciana Bento, do Quilombo Literário.
14/9: Marinheira no Mundo, de Ruth Guimarães. Mediação de Cidinha da Silva.
19/10: Uma chance de continuarmos assim, de Taiasmin Ohnmacht. Mediação de Isa e Pétala, do Afrofuturas.
23/11: Solitária, de Eliana Alves Cruz. Mediação de Camilla Dias.
O Papo Literário: narrativas negras em língua portuguesa é organizado pelo Centro de Referência do Museu da Língua Portuguesa.
Troca de Livros
O dia 13 de abril também marca a estreia da Feira de Troca de Livros, que tem como objetivo proporcionar um espaço de encontro por meio do livro e da literatura e ainda incentivar a leitura. Vai acontecer das 14h às 17h, no Saguão e Pátio B e na Calçada do Museu.
A cada edição da feira, os participantes serão estimulados a doar seus livros para o Museu – a cada livro doado, ganharão um ingresso para visitar a instituição até 29 de dezembro de 2024, tendo um limite de quatro ingressos por pessoa. Serão aceitos livros, em bom estado, de literatura infantil, infantojuvenil e adulta nos gêneros poesia, ficção, histórias em quadrinhos, zine, cordéis, biografias, autobiografias, ensaios e arte. Os livros doados ficarão disponíveis para troca ou serão oferecidos a pessoas em situação de vulnerabilidade. Com esta atitude, o Museu pretende tornar a feira um evento acolhedor e acessível a todos os públicos. Quem estiver presente na feira também poderá realizar as trocas de seus livros entre si, sem a intermediação da equipe do Museu.
Outras ações vão acontecer durante a Feira de Troca de Livros. Sob comando do coletivo Itinerância Poética, a Roda de Saberes consiste em uma conversa sobre publicações independentes, estímulo à leitura e estratégias de facilitação de acesso aos livros. No Leia e Leve, o Núcleo Educativo do Museu fará mediação de leituras. Já o programa De Mão em Mão da Coordenação do Sistema Municipal de Bibliotecas irá distribuir gratuitamente livros na calçada do Museu com o objetivo de fomentar e incentivar a leitura.
A Feira de Troca de Livros é organizada pelo Programa de Articulação Social do Museu em parceria com os coletivos Itinerância Poética e Palestinos e o Sistema Municipal de Bibliotecas da Prefeitura de São Paulo. O Centro de Referência e o Núcleo Educativo do Museu da Língua Portuguesa também integram a iniciativa.
SERVIÇO
Papo Literário: narrativas negras em língua portuguesa
Escritora Juliana Borges debate o livro Luanda, Lisboa, Paraíso (Djaimilia Pereira de Almeida)
Dia 13 de abril (sábado), das 11h às 13h
No Saguão B do Museu da Língua Portuguesa
Grátis
1ª Feira de Troca de Livros
Dia 13 de abril (sábado), das 14h às 17h
No Saguão e Pátio B e na Calçada do Museu da Língua Portuguesa
Grátis
Museu da Língua Portuguesa
Praça da Língua, s/nº - Luz – São Paulo
O encontro com Loyola Brandão tem como tema “Crônica: olhar o Cotidiano, o Mundo, Tudo à Nossa Volta” e será antecedido por uma sessão de autógrafos com o escritor. O evento é promovido pela Assessoria de Comunicação e Imprensa da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), pela Fundação Editora Unesp e pelo Centro Brasileiro de Estudos da América Latina, braço acadêmico do Memorial da América Latina.
No total, a série “Grandes Diálogos no Memorial” será composta por oito encontros ao longo de 2024 que permitirão ao público uma interação direta com personalidades e reflexões sobre questões centrais dos nossos tempos. A mediação dos quatro primeiros encontros será feita pela jornalista e historiadora Juliana Sayuri.
“Aproveitando o clima intimista do evento, será uma ótima oportunidade para a plateia interagir com grandes personalidades e trocar ideias sobre ciências, artes e humanidades”, afirma o professor Marcelo Takeshi Yamashita, assessor-chefe de Comunicação e Imprensa da Unesp. Em paralelo ao evento, será montado no espaço do Memorial da América Latina um posto avançado da livraria física da Editora Unesp, com os mesmos títulos comercializados na sede e destaque para livros relacionados com o assunto em pauta. Fundada em 1987, a editora Unesp tem um catálogo de cerca de 3.000 títulos, reunindo obras clássicas e contemporâneas de reconhecida relevância.
“Livros abrem canais de comunicação entre leitores e autores. Eventos como os programados intensificam essa aproximação e, assim, são complemento saboroso à leitura e à escrita”, diz o professor Jézio Gutierre, diretor-presidente da Fundação Editora Unesp. Sob curadoria da Unesp, da FEU e do Centro Brasileiro de Estudos da América Latina, os “Grandes Diálogos no Memorial” tem como objetivo principal facilitar a aproximação entre pensadores da atualidade e a sociedade como um todo, segundo Roberto Bertani, diretor do Centro Brasileiro de Estudos da América Latina do Memorial. “Acho fundamental, neste momento, podermos acolher um projeto que traz à luz questões diversas e atuais”, diz.
A Feira do Livro, festival literário criado em São Paulo em 2022, e que chega à sua terceira edição em junho, divulgou a primeira lista de autores convidados. Realizada na Praça Charles Miller, em frente à Mercado Livre Arena - Pacaembu, A Feira do Livro, realizada pela Associação Quatro Cinco Um, organização sem fins lucrativos voltada para a difusão do livro, e a Maré Produções, empresa especializada em eventos e exposições de arte, terá nove dias de duração e reunirá alguns dos principais destaques da cena literária brasileira e internacional para debates gratuitos.
Entre os nomes divulgados, estão destaques da literatura contemporânea internacional, como as escritoras argentinas Camila Sosa Villada, Camila Fabbri e Claudia Piñeiro, a romancista Jamaica Kincaid, o romancista e historiador Jabari Asim, a romancista Natália Timerman, o vencedor no National Book Award Stenio Gardel, o tradutor e ensaísta Caetano W. Galindo, entre outros nomes.
Além dos destaques literários, a Feira do Livro vai receber grandes autores de não ficção, como Rita Lobo, o médico Carlos Monteiro, um dos criadores do Guia da Alimentação Brasileira, o linguista Marcos Bagno, o matemático Marcelo Viana e os historiadores Luiz Felipe de Alencastro e Henry Louis Gates Jr. Segundo o diretor geral da Feira do Livro, Paulo Werneck, “a programação buscou convidar autores que caíram no gosto dos leitores e promovem debates relevantes para o Brasil e o mundo”.
Tendo recebido mais de 100 autores convidados na edição de 2023, a organização da Feira do Livro optou por divulgar os nomes em fatias ao longo dos próximos três meses. Os autores se apresentam em dois palcos que funcionam simultaneamente, um deles montado na praça e outro no Museu do Futebol, parceiro do evento. Neste ano, a organização prevê palcos menores, para debates e lançamentos com dois ou três autores, em formato “pocket”, sempre mantendo o espírito de uma “aldeia” efêmera em pleno asfalto paulistano, nas palavras de Álvaro Razuk, diretor de arte e arquitetura. Além dos espaços de programação, A Feira do Livro tem mais de 150 expositores, entre editoras e livrarias, que vendem seus livros em tendas e bancadas montadas no meio da rua.
Confira os convidados da terceira edição d’A Feira do Livro:
Quem faz A Feira do Livro
Associação Quatro Cinco Um é uma organização sem fins lucrativos dedicada a levar o livro para o centro do debate na sociedade brasileira. Seus principais projetos são a revista de crítica de livros Quatro Cinco Um, que tem edição impressa, digital, em podcasts e newsletters, a editora de livros Tinta-da-China Brasil, com foco em literatura e ensaio, e o festival literário A Feira do Livro, criado em parceria com a Maré Produções Artísticas no Pacaembu, em São Paulo. Maré Produções é um escritório de arquitetura especializado em exposições e feiras culturais. Entre as suas realizações recentes está a exposição internacional Amazônia, de Sebastião Salgado.
Serviço
A Feira do Livro
Data: de 29 de junho a 7 de julho de 2024
Local: Praça Charles Miller – Pacaembu – São Paulo/SP
Entrada gratuita
A mostra Quartzoteka, da artista paulistana Denise Milan, traz o conjunto completo de sua coleção de livros e Entes Pétreos de quartzo pela primeira vez à Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin (BBM USP), biblioteca especializada em livros raros sobre o Brasil.
Denise pesquisa há muitos anos a história dos minerais e a vida geológica da Terra, tendo feito exposições em diversas partes do mundo e incorporado suas obras nos mais importantes acervos e museus nacionais e estrangeiros, como, por exemplo, no Museu de Arte Contemporânea, também da USP (MAC/USP).
Nesta nova exposição individual, que contará com o apoio cultural da DAN Galeria, a artista relaciona à sua Quartzoteka outros trabalhos de outras séries como os Tablets (2011/2015), os Ideogramas da Pedra (2009), O Ciclo do Ouro (2014) e o Útero Magmático (2023), entre outros.
Para Denise, artista que trabalha com o imaginário da Terra, uma pedra azul no cosmos, aquilo que ligeiramente aflora em sua superfície são os primeiros rastros ou testemunhos de eras geológicas antiquíssimas que perfazem ao mesmo tempo, um conhecimento fundamental, uma espécie de corpus de doutrinas do mundo das rochas e cristais, de suas estruturas e comportamentos físicos e químicos assim como do grande conflito sofrido para chegarem até nós. Servem também como indícios de um mundo muito vasto e ainda na maioria desconhecido que se abisma no núcleo interior do nosso planeta.
Junto aos Ideogramas da Pedra também serão apresentados alguns dos metapoemas de Haroldo de Campos que originalmente fazem parte do livro Cadumbra (1997), feito em colaboração com a artista.
A exposição é montada na galeria do subsolo da biblioteca, pensada como uma caverna e em diálogo com o espaço arquitetônico contemporâneo do arquiteto paulista Eduardo de Almeida. A curadoria é do professor Luiz Armando Bagolin, do Instituto de Estudos Brasileiros da USP. Durante a mostra haverá um encontro entre a artista, o curador e dois convidados muito especiais: o ex-presidente da Bienal de São Paulo, Júlio Landman, e a professora Sonia Maria Barros de Oliveira, docente titular do Instituto de Geociências da USP.
Serviço
Exposição "Quartzoteka"
Período expositivo: até dia 17/05/2024
Rua da Biblioteca, 21, Cidade Universitária - São Paulo
De segunda a sexta-feira, das 8h00 às 18h00 (sábados, domingos e feriados, fechado)
Entrada gratuita
Classificação indicativa: livre
As obras estão subdivididas num percurso: Térreo da Biblioteca (Ciclo do Ouro), Sala BNDES/Subsolo da Livraria Edusp (Quartzoteka, Tablets da Terra, Ametistas, Ideogramas da Pedra e Útero Magmático)
O último encontro aconteceu em fevereiro e teve como convidada a jornalista Andréia Sadi. No projeto, Chalita e convidado trocam ideias e impressões sobre temas da atualidade e curiosidades da vida e da carreira do profissional. Com direção de Guilherme Logullo, o papo em tom descontraído é costurado com perguntas do público e música. A banda é formada pela maestra Laura Visconti (piano), Beto Bonfim (percussão) e André Poyart (violão).
Os ingressos, gratuitos, devem ser retirados na bilheteria da unidade, até este domingo, dia 24 de março, das 9h00 às 20h00. A capacidade é limitada em 260 pessoas. O evento também tem transmissão ao vivo pelo Youtube do Sesc RJ.
Sobre a artista
Fernanda Torres vem de uma família de artistas. Filha dos grandes atores Fernanda Montenegro e Fernando Torres, construiu sua trajetória no teatro, na televisão e no cinema, além de ter se tornado uma revelação como escritora, ampliando seu campo de atuação e influência.
Como atriz, cativa das classes mais populares às mais eruditas, seu maior sucesso no teatro é o espetáculo “A Casa dos Budas Ditosos”, em cartaz desde 2003, pelo qual recebeu o Prêmio Shell de melhor atriz. A peça completou 20 anos de estrada em 2023 e coleciona mais de 2 milhões de espectadores. Fernanda também atuou em grandes destaques na TV brasileira, dentre eles, os seriados "Os Normais", "Tapas e Beijos" e "Filhos da Pátria".
Como escritora, escreveu e publicou três livros: "Fim", "Sete Anos" e "A Glória e Seu Cortejo de Horrores". Fernanda participou da elaboração de roteiros de cinema, como "Redentor" e “O Juízo”, além de roteiros para a TV, como a primeira temporada da série "Os Outros" e a adaptação do livro de sua autoria "Fim" (2023) para uma série de sucesso, ambas lançadas em 2023 pelo Globoplay.
Serviço
"Café com Ideias" - Gabriel Chalita recebe Fernanda Torres
Local: Sesc Copacabana (R. Domingos Ferreira, 160)
Data: segunda-feira, dia 25 de março, das 17h00 às 18h00
Retirada de ingresso: até domingo, dia 24 de março, na bilheteria.
Funcionamento da bilheteria: das 9h00 às 20h- (segunda a sexta) e 9h00 às 17h00 (sábado, domingo e feriados)
Transmissão: Youtube do Sesc RJ (www.youtube.com/portalsescrio)
Localizado no Centro de Cultura Patrícia Galvão, em Santos, o Teatro Rosinha Mastrângelo recebe o monólogo "Pagu - Do Outro Lado do Muro", nesta quinta-feira, dia 21 de março, às 19h00. Ao final do espetáculo, a dramaturga Tereza Freire, autora do livro "Dos Escombros de Pagu: um Recorte Biográfico de Patrícia Galvão", lançado pelas Edições Sesc SP e Editora Senac, e a atriz Thais Aguiar, participam de um bate-papo seguido de sessão de autógrafos. A classificação indicativa do espetáculo, que tem apresentação gratuita, é de 14 anos. A retirada de ingressos será no dia, a partir das 10h00, no Sesc Santos.
O monólogo com a atriz Thais Aguiar e texto da dramaturga e historiadora Tereza Freire que de forma ímpar, conta a riquíssima vida de Patrícia Galvão, mãe, militante política, escritora, que passa por sua relação com Tarsila do Amaral e os modernistas, fala de seus filhos, amores, amigos, da família, das viagens, das descobertas, da menina irreverente que foi e da mulher guerreira em que se transformou e hoje considerada uma das precursoras do movimento feminista no Brasil. Um espetáculo que nos leva a verdadeiramente conhecer o furacão que é Pagu, entendê-la e amá-la.
Estamos falando de abuso, de violência, do tarefismo imposto a mulheres, de várias coisas que Pagu passou, mas que todas nós mulheres ainda passamos. E como ampliar e tornar ainda mais arquetípica essa história, essa relação que não é só de uma mulher, é de uma geração que se perpetua pelas próximas gerações. Enquanto houver patriarcado isso vai existir.
Nesta montagem, formada por uma equipe artística composta em sua maioria por mulheres, resultado de 4 anos de pesquisa da atriz Thais Aguiar sobre a vida e a obra de Pagu. "Pagu - Do Outro Lado do Muro" traz uma dramaturgia atualizada que dialoga ainda mais com o cenário social e político brasileiro. Com idealização de Thais Aguiar, da Espontânea Cia de Teatro, direção de Érika Moura e Natália Siufi (Grupo Xingó), e dramaturgia assinada por Tereza Freire.
O espetáculo reúne forças nesse encontro de mulheres, que ditam o pulso numa caminhada vertical na contramão de um pensar, existir e se mover. Nos questiona como é que a gente faz desse teatro que é antigo e resistente, se tornar essa relação de uma experiência conjunta, presente e capaz de convocar toda uma ancestralidade de mulheres.
"Pagu - Do Outro Lado do Muro" nasceu após sua montagem embrionária em 2022, inspirada no livro "Dos Escombros de Pagu", de Tereza Freire (Edições Sesc), realizada especialmente para as comemorações do Centenário da Semana de Arte Moderna, em São Paulo, em 2022, na Oficina Cultural Oswald de Andrade em São Paulo.
Sobre o livro
As Edições Sesc São Paulo lançam "Dos Escombros de Pagu: um Recorte Biográfico de Patrícia Galvão". A segunda edição da biografia, escrita pela historiadora Tereza Freire, tem como ponto de partida a reunião dos escritos de Pagu, como cartas, bilhetes, poemas, correspondências e artigos de jornal. Poucas personagens da vida cultural e política brasileira da primeira metade do século XX tiveram uma vida tão intensa e fascinante como a escritora, poetisa, diretora teatral, tradutora, desenhista, cartunista e jornalista Patrícia Rehder Galvão, a Pagu.
Essa mulher extraordinária, no entanto, ainda é pouco conhecida do grande público. Para ajudar a preencher essa lacuna, as Edições Sesc São Paulo, em parceria com a Editora Senac SP, publicam a segunda edição de "Dos Escombros de Pagu: um Recorte Biográfico de Patrícia Galvão", da historiadora Tereza Freire.
A autora relata a agitada vida de Pagu, nascida em 1910 em uma família abastada do interior de São Paulo, a partir de correspondências, poemas e artigos de jornal. Dividido em três partes e por temas, o livro não se limita a fazer um relato cronológico de acontecimentos, mas dá voz à biografada, tomando como ponto de partida a reunião de seus escritos. Quem assina o prefácio é o historiador Rudá K. Andrade, neto de Pagu e do também escritor Oswald de Andrade, um dos principais arquitetos do Modernismo brasileiro.
Tereza Freire é historiadora com mestrado sobre Pagu pela PUC-SP. É roteirista e diretora do documentário Caminhos do Yoga, gravado na Índia em 2003, e autora do romance "Selvagem como o Vento", de 2002. Na televisão, foi roteirista da série de documentários "Diário de Viagem", sobre turismo no Nordeste, e como apresentadora do programa "Contos da Meia-noite", da TV Cultura de São Paulo. O livro "Os Escombros de Pagu" foi inspiração para duas montagens de teatro, no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Ficha técnica
Monólogo "Pagu - Do Outro Lado do Muro"
Atuação: Thais Aguiar
Texto: Tereza Freire
Direção: Erika Moura e Natália Siufi
Trilha Sonora original: Paulo Gianini
Iluminação: Tomate Saraiva
Fotografias: Arô Ribeiro
Design gráfico: Theo Siqueira
Cenário e Figurino orientados por Livia Loureiro
Realização: Espontânea Cultural
Assessoria de Imprensa: Antonio Montano
Coprodução: Lorenna Mesquita
Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida
Telefone: (13) 3278-9800
Essa frase poderia ser usada também para iniciar uma abordagem de "Escritos de Um Viado Vermelho", coletânea de ensaios em que o brasilianista combina relatos autobiográficos e ensaios sobre os temas que lhe são mais caros: o movimento LGBTQIAP+ e a ditadura militar brasileira. Nos ensaios que compõem este volume, Green não se afasta do tom pessoal e da prosa fluida que lhe são característicos. Trata-se de uma obra que já nasce como referência para todos que estudam ou têm curiosidade sobre o tema. Compre o livro "Escritos de Um Viado Vermelho", de James. Green, neste link.
Sobre o autor
James Naylor Green é professor de História Moderna da América Latina e foi diretor da Iniciativa Brasil na Brown University, EUA. Especialista em estudos latino-americanos, Green é brasilianista, tendo vivido no Brasil entre 1976 e 1982, e sua trajetória esteve sempre ligada ao ativismo pelos direitos LGBTQIAP+ e na defesa da democracia no Brasil. Pela Editora Unesp, publicou "Além do Carnaval" (2000, com 3ª edição revista e ampliada em 2022). Garanta o seu exemplar de "Escritos de Um Viado Vermelho", escrito por James N. Green, neste link.
Serviço
Lançamento do livro "Escritos de Um Viado Vermelho"
Terça-feira, diaa 19 de março, às 19h00
Livraria Megafauna
Av. Ipiranga, 200 - loja 53 do Edifício Copan - República/São Paulo
E para compartilhar e discutir essa história, a Biblioteca Parque Villa- Lobos convida você a se juntar ao clube de leitura on-line, que acontece em parceria com a BibliON - biblioteca digital gratuita de São Paulo. O encontro está marcado para o dia 28 de março, das 15h00 às 17h00. Compre o livro "Becos da Memória", de Conceição Evaristo, neste link. Mas os clubes não terminam por aí. Além deste, temos os encontros da Biblioteca de São Paulo. Oportunidades on-line e presenciais. Confira abaixo toda a programação:
Biblioteca de São Paulo
Clube de Leitura
Os encontros virtuais são mais uma possibilidade para o debate e a troca entre leitores de uma mesma obra. Por isso, a BSP promove mensalmente o Clube de Leitura online, para que você possa participar de qualquer lugar! Os primeiros inscritos receberão instruções para realizar o empréstimo do e-book.
O livro do mês é “Trópico de Câncer”, de Henry Miller.
21 de março, das 15h00 às 17h00.
Parceria BibliON.
Atividade On-line.
Clube de Leitura
Ao final deste encontro haverá o sorteio de um livro da editora.
Mediação Equipe BSP.
A obra escolhida para este mês é “O Presidente Pornô”, de Bruna Kalil Othero.
22 de março, das 15h00 às 17h00.
Parceria Companhia das Letras.
Atividade presencial.
Biblioteca Parque Villa-Lobos.
Clube de Leitura
Ao final deste encontro haverá o sorteio de um livro da editora.
Mediação Equipe BVL.
A obra escolhida para este mês é “Medeia”, de Eurípides
23 de março, das 15h00 às 16h15.
Parceria Companhia das Letras.
Atividade presencial.
Clube de Leitura On-line
O livro do mês é "Becos da Memória", de Conceição Evaristo.
28 de março, das 15h00 às 17h00.
Parceria BibliON.
Atividade On-line.
Sobre a Biblioteca de São Paulo
Inaugurada em fevereiro de 2010, a Biblioteca de São Paulo (BSP) está localizada no Parque da Juventude, no terreno em que funcionou a Casa de Detenção de São Paulo (conhecida como Carandiru), na zona norte da capital paulista. A qualidade do acervo, as atividades de programação cultural e os serviços oferecidos deram um novo significado ao espaço, transformando-o em uma praça cultural, local de acolhimento e descobertas. Inspirada nas melhores práticas das bibliotecas públicas do Chile e da Colômbia, soma mais de 3 milhões de visitantes e visa promover o incentivo à cultura, à leitura e à literatura. Ocupa uma área de 4.257 metros quadrados para atender o público - crianças, jovens, adultos e idosos com ou sem deficiência. A BSP é um equipamento cultural da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerido pela Organização Social SP Leituras.
Sobre a Biblioteca Parque Villa-Lobos
A Biblioteca Parque Villa-Lobos (BVL), localizada dentro do parque de mesmo nome, é um espaço convidativo para a leitura, fruição da cultura e interação entre as pessoas. Além de um amplo acervo literário, atualizado semanalmente, oferece várias atividades gratuitas, como encontro com escritores, contação de histórias, saraus, oficinas, cursos, apresentações musicais, entre outros eventos de uma extensa programação. O local conta ainda com sala de games, ludoteca, computadores com acesso à internet, auditório, aparelhos de tecnologia assistiva, deck com vista para o parque, bicicletário e skatário. É um equipamento cultural da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerido pela Organização Social SP Leituras.
As histórias contadas por Xexéo e Stycer sobre a infância e a juventude de Gilberto Braga, que se dividiu entre a Tijuca e a Zona Sul do Rio de Janeiro, explicam o porquê de o autor ter se tornado um retratista tão prolífico das classes média e alta. Muitas narrativas presentes nas novelas de Gilberto foram baseadas nas vivências dele, que nunca abandonou o olhar crítico porém sensível.
A obra remonta aos primeiros anos da carreira de Gilberto, quando foi professor da Aliança Francesa e crítico de teatro de O Globo. As páginas também relatam como teve início o trabalho do dramaturgo na televisão, após um convite de Daniel Filho, além das dificuldades que enfrentou ao longo de sua jornada profissional.
O livro é, ainda, um tributo às novelas de Gilberto por parte dos autores, que dão ao leitor a chance de relembrar tramas e conhecer muitas curiosidades sobre as produções. A biografia conta com depoimentos de artistas que puderam trabalhar ao lado do mestre, conhecido pelo pioneirismo na TV ao tratar de temas considerados tabus, como racismo e sexualidade. Compre o livro "Gilberto Braga, o Balzac da Globo", de Artur Xexéo e Mauricio Stycer, neste link.
“Muitas qualidades foram atribuídas a Anos dourados, mas o que ficou para Malu Mader, ‘além do forte traço feminista’, foi ‘o elogio à bondade dos personagens’, segundo ela, algo incomum na obra de Gilberto. A atriz tem razão ao observar que o novelista é mais festejado como um grande criador de vilãs e vilões. Marcos e Lurdinha, apesar de bons, eram cativantes e interessantes. ‘Me orgulha ter feito uma personagem por onde ele expressou tão bem a transformação pelo amor.’ Malu conta que, assim como Lurdinha, ela própria foi se transformando ao longo da história. Durante as gravações da minissérie, decidiu sair da casa dos pais e morar sozinha. ‘Anos dourados me mostrou a dimensão mais profunda e mágica da profissão.’”
Além de homenagear o dramaturgo, a biografia celebra o trabalho de Artur Xexéo, falecido em 2021, aos 69 anos. A voz do jornalista é amplificada por Mauricio Stycer, que recebeu a missão de finalizar o manuscrito. Garanta o seu exemplar de "Gilberto Braga, o Balzac da Globo", escrito por Artur Xexéo e Mauricio Stycer, neste link.
Foto: Paulo Severo
Mauricio Stycer nasceu no Rio de Janeiro em 1961. É jornalista especializado em televisão e atualmente é colunista da Folha de S.Paulo. Publicou os livros "História do Lance!" (Alameda, 2009), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), "Topa Tudo por Dinheiro" (Todavia, 2018) e "O Homem do Sapato Branco" (Todavia, 2023).
Artur Xexéo passou pelas redações de Veja, IstoÉ, Jornal do Brasil e O Globo. Escreveu as biografias de Janete Clair, Hebe Camargo e sua autobiografia sobre as coberturas das Copas do Mundo das quais participou. Foi comentarista de cultura da GloboNews no programa Estúdio i e da rádio CBN no programa Liberdade de expressão.
Na próxima quarta-feira, dia 21 de fevereiro, a partir das 19h00, a Biblioteca do Sesc 14 Bis recebe o escritor João Silvério Trevisan para o segundo encontro dentro do projeto "Os Livros que Me Acompanham", que traz personagens de diversas áreas para falar sobre a literatura como ofício e como afeto. Um dos pioneiros na defesa dos direitos da comunidade LGBTQIAP+, tendo construído carreira nas letras que passou por romances, ensaios, contos, poesia, traduções, cinema, dramaturgia e jornalismo, o autor reflete sobre o valor transcendental da literatura.
“Eu gostaria que o público compreendesse de que modo as leituras influenciam a vida não apenas de quem escreve, mas das pessoas em geral. A literatura pode ser fonte de prazer intelectual e descoberta do mundo, seja ela não-ficcional, ficcional ou poética. Quando a gente mergulha num livro, está abrindo caminho para conhecer alguém que expõe generosamente sua própria compreensão da vida. Livros são vasos comunicantes entre os humanos”, afirma.
Sobre a própria experiência como leitor, fala a respeito de suas expectativas em relação ao bate-papo e do entendimento de si através dos textos que o acompanharam pela vida: “Pretendo especificar os tipos de livros que me marcaram até hoje e de que modo isso aconteceu. É muito belo compreender os caminhos que eles me apontaram e as descobertas que me propiciaram. De certo modo, é como revisitar meu passado e percorrer minha trajetória até ser quem sou hoje. Esses livros oferecem um mapa de mim mesmo e ajudam a me compreender. Nos meus 80 anos, será a oportunidade de fazer uma espécie de revisão de vida na companhia das obras que iluminaram minha jornada”, finaliza.
"Os Livros que Me Acompanham" continuará ao longo do ano, sempre às quartas-feiras, às 19h. Para o mês de março está confirmada a presença da escritora Amara Moira, que conversará com Renan Quinalha.
Sobre João Silvério Trevisan
João Silvério Trevisan nasceu em 1944 em Ribeirão Bonito, em São Paulo. Além de escritor, é roteirista e diretor de cinema, dramaturgo, tradutor e jornalista. Recebeu três vezes os prêmios Jabuti e da Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA). Sua obra foi traduzida para o inglês, alemão, espanhol, italiano, polonês e húngaro. Compre os livros de João Silvério Trevisan neste link.
Serviço
Bate-papo "Os Livros que Me Acompanham" com o escritor João Silvério Trevisan.
Quarta-feira, dia 21 de fevereiro, das 19h00 às 20h30.
A partir de 14 anos. 50 pessoas. Biblioteca - Piso térreo. Grátis
Serviço do Sesc 14 Bis
Horário de funcionamento: terça a sábado, 10h às 21h; domingos e feriados, 10h às 19h.
R. Dr. Plínio Barreto, 285 - Bela Vista / São Paulo.
Estacionamento
Vagas para carros, motos e bicicletas. Valores: R$ 12,00 para as 3 primeiras horas e R$ 2,00 a cada hora adicional (credencial plena) R$ 18,00 para as três primeiras horas e R$ 3,00 a cada hora adicional (público em geral). Para atividades no Teatro Raul Cortez, preço único: R$ 12,00 (Credencial Plena) e R$ 18,00 (público em geral). Em dias de shows e espetáculos é possível retirar o veículo após o término das apresentações. Transporte gratuito da unidade até a estação de metrô Trianon-Masp da linha 2-verde para os participantes das atividades, de terça a sexta, às 21h40, 21h55 e 22h05.
Como chegar
Ônibus: a 260 metros do ponto Getúlio Vargas 2 (sentido Centro-Bairro), a 280 metros do ponto Parada 14 Bis (sentido Bairro-Centro) e a 2000 metros do Terminal Bandeira.
Metrô: a 700 metros da estação Trianon-Masp da Linha 2-Verde e a 2000 metros da estação Anhangabaú da Linha 3-Vermelha.
As histórias contadas por Xexéo e Stycer sobre a infância e a juventude de Gilberto Braga, que se dividiu entre a Tijuca e a Zona Sul do Rio de Janeiro, explicam o porquê de o autor ter se tornado um retratista tão prolífico das classes média e alta. Muitas narrativas presentes nas novelas de Gilberto foram baseadas nas vivências dele, que nunca abandonou o olhar crítico porém sensível.
A obra remonta aos primeiros anos da carreira de Gilberto, quando foi professor da Aliança Francesa e crítico de teatro de O Globo. As páginas também relatam como teve início o trabalho do dramaturgo na televisão, após um convite de Daniel Filho, além das dificuldades que enfrentou ao longo de sua jornada profissional.
O livro é, ainda, um tributo às novelas de Gilberto por parte dos autores, que dão ao leitor a chance de relembrar tramas e conhecer muitas curiosidades sobre as produções. A biografia conta com depoimentos de artistas que puderam trabalhar ao lado do mestre, conhecido pelo pioneirismo na TV ao tratar de temas considerados tabus, como racismo e sexualidade. Compre o livro "Gilberto Braga, o Balzac da Globo", de Artur Xexéo e Mauricio Stycer, neste link.
“Muitas qualidades foram atribuídas a Anos dourados, mas o que ficou para Malu Mader, ‘além do forte traço feminista’, foi ‘o elogio à bondade dos personagens’, segundo ela, algo incomum na obra de Gilberto. A atriz tem razão ao observar que o novelista é mais festejado como um grande criador de vilãs e vilões. Marcos e Lurdinha, apesar de bons, eram cativantes e interessantes. ‘Me orgulha ter feito uma personagem por onde ele expressou tão bem a transformação pelo amor.’ Malu conta que, assim como Lurdinha, ela própria foi se transformando ao longo da história. Durante as gravações da minissérie, decidiu sair da casa dos pais e morar sozinha. ‘Anos dourados me mostrou a dimensão mais profunda e mágica da profissão.’”
Além de homenagear o dramaturgo, a biografia celebra o trabalho de Artur Xexéo, falecido em 2021, aos 69 anos. A voz do jornalista é amplificada por Mauricio Stycer, que recebeu a missão de finalizar o manuscrito. Garanta o seu exemplar de "Gilberto Braga, o Balzac da Globo", escrito por Artur Xexéo e Mauricio Stycer, neste link.
Foto: Paulo Severo
Mauricio Stycer nasceu no Rio de Janeiro em 1961. É jornalista especializado em televisão e atualmente é colunista da Folha de S.Paulo. Publicou os livros "História do Lance!" (Alameda, 2009), "Adeus, Controle Remoto" (Arquipélago, 2016), "Topa Tudo por Dinheiro" (Todavia, 2018) e "O Homem do Sapato Branco" (Todavia, 2023).
Artur Xexéo passou pelas redações de Veja, IstoÉ, Jornal do Brasil e O Globo. Escreveu as biografias de Janete Clair, Hebe Camargo e sua autobiografia sobre as coberturas das Copas do Mundo das quais participou. Foi comentarista de cultura da GloboNews no programa Estúdio i e da rádio CBN no programa Liberdade de expressão.
"Rebentar" conta a história de Ângela, uma mãe cujo filho desapareceu aos 5 anos de idade e jamais foi encontrado. Desde então, ela passa a viver em função da procura por Felipe: parou de trabalhar, juntou-se a instituições de busca por crianças desaparecidas, rompeu relações, não teve outros filhos e viveu um luto particular - “alguém que não é reencontrado nunca se perde em definitivo”.
Depois de 30 anos sem resultado, Ângela renuncia à busca, e a narrativa parte do momento em que sua decisão é anunciada. A protagonista, convivendo com os sentimentos de culpa, desamparo e dor causados por essa ausência que, agora, é definitiva, precisará desintegrar a própria casa, literal e metafórica, para reconstruí-la por dentro. “Um filho desaparecido é um filho que morre todos os dias”, escreve.
Publicado pela primeira vez em 2016, "Rebentar" ganha agora uma nova versão. Não se trata apenas de uma nova edição. “Este é um novo tratamento da história. O que faz dela, em algum grau, uma nova história”, explica o autor. A escrita arrebatadora de Rafael Gallo se reencontra consigo mesma para entregar desfecho e descanso definitivos à dolorosa trajetória de Ângela. Compre o livro "Rebentar", de Rafael Gallo, neste link.
O que disseram sobre o livro
“A vida, como o mar e suas ondas, vaza das margens de 'Rebentar' - bela e dolorida história que rebate, em nós, as águas da compaixão.” - João Anzanello Carrascoza, escritor.
Sobre o autor
Paulistano nascido em 1981, ele também é autor dos romances "Dor Fantasma", vencedor do Prêmio José Saramago 2022, w do livro de contos "Réveillon e Outros Dias", vencedor do Prêmio Sesc de Literatura 2012. Tem ainda diversos textos em antologias e coletâneas, incluindo publicações em países como França, Estados Unidos, Cuba, Equador e Moçambique. Garanta o seu exemplar de "Rebentar", escrito por Rafael Gallo, neste link.
Serviço
Lançamento do livro "Rebentar", de Rafael Gallo, e bate-papo com o escritor Carlos Eduardo Pereira. Segunda-feira, dia 15 de janeiro, às 19h. Livraria Janela. Rua Maria Angélica, 171 - loja B - Jardim Botânico / Rio de Janeiro.
A escritora Conceição Evaristo, uma das vozes mais expressivas da literatura afro-brasileira contemporânea, participará do próximo “Encontros com Autores” do Prêmio Jabuti, uma série de diálogos promovida pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pelo Theatro Municipal de São Paulo. Este penúltimo encontro será realizado no dia 23 de novembro, no Salão Nobre do Theatro Municipal de São Paulo, às 19h, e terá a mediação de Catita.
Conceição Evaristo, nascida em Belo Horizonte e radicada no Rio de Janeiro desde a década de 1970, traz em sua trajetória um profundo compromisso com a valorização das raízes afro-brasileiras, tanto em sua atuação como educadora como em sua produção literária. Com uma sólida formação acadêmica, que inclui mestrado em Literatura Brasileira pela PUC-Rio e doutorado em Literatura Comparada pela UFF, Evaristo utiliza sua escrita como uma ferramenta de luta e expressão, contribuindo significativamente para o debate sobre raça, gênero e classe social no Brasil.
Seus textos, que transitam entre a poesia, a ficção e o ensaio, têm ganhado cada vez mais destaque no cenário nacional e internacional, com participações em publicações na Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos. Além disso, seus contos são objeto de estudos em universidades brasileiras e estrangeiras, reafirmando a importância e a urgência de suas narrativas. Catita fará a mediação deste encontro. Ela é “escrivinhadora”, professora e pesquisadora e atuante no cenário literário brasileiro, cofundadora do Coletivo de Escritoras Negras Flores de Baobá e sócia na Editora Feminas.
Este evento se insere na programação da série "Encontros com Autores", iniciada em setembro de 2023, que já reuniu grandes nomes da literatura brasileira, como Pedro Bandeira, Aline Bei, Itamar Vieira Jr., Jeferson Tenório e Luiza Romão. E para encerrar o ciclo de encontros, a próxima conversa será feita com o autor vencedor do Livro do Ano de 2023, que será anunciado na 65ª edição do Prêmio Jabuti no dia 5 de dezembro. A conversa será mediada pelo curador do prêmio, Hubert Alquéres, e pela presidente da CBL, Sevani Matos.
Confira abaixo a programação completa
Programação da série de “Encontros com Autores 2023”, no Theatro Municipal de São Paulo:
23 de novembro, quinta-feira, 19h. Encontro com Conceição Evaristo - Mediação de Catita, “escrivinhadora” e professora
Maria da Conceição Evaristo de Brito nasceu em Belo Horizonte, em 1946, e migrou para o Rio de Janeiro, na década de 1970. Graduada em Letras pela UFRJ, trabalhou como professora da rede pública de ensino na capital fluminense. É Mestre em Literatura Brasileira pela PUC do Rio de Janeiro, com a dissertação “Literatura Negra: uma poética de nossa afro-brasilidade” (1996). Doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense, com a tese “Poemas malungos, cânticos irmãos” (2011), na qual estuda as obras poéticas dos afro-brasileiros Nei Lopes e Edimilson de Almeida Pereira, em confronto com a do angolano Agostinho Neto. Participante ativa dos movimentos de valorização da cultura negra em nosso país, estreou na literatura em 1990, quando passou a publicar seus contos e poemas na série Cadernos Negros. Escritora versátil, cultiva a poesia, a ficção e o ensaio. Desde então, seus textos vêm angariando cada vez mais leitores. A escritora participa de publicações na Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos. Seus contos vêm sendo estudados em universidades brasileiras e do exterior, tendo, inclusive, sido objeto da tese de doutorado de Maria Aparecida Andrade Salgueiro, publicada em livro em 2004, que faz um estudo comparativo da autora com a americana Alice Walker. Em 2003, publicou o romance “Ponciá Vicêncio”, pela Editora Mazza, de Belo Horizonte. Catita, a “escrivinhadora” e professora, fará a mediação desse encontro. Ela também é pesquisadora, editora, e co-fundadora do Coletivo de Escritoras Negras Flores de Baobá, além de sócia na Editora Feminas (desde 2022). Compõe suas obras, os livros Morada (Ed Feminas, 2019 - poemas), Notícias da Incerteza (Ed. Desconcertos, 2021 - crônicas) e Das Raízes à Colheita, em co-autoria com o coletivo Flores de Baobá (Ed Feminas, 2022). Compre os livros de Conceição Evaristo neste link.
7 de dezembro, quinta-feira, 19h. Encontro especial com o autor(a) vencedor (a) do Livro do Ano de 2023. Mediação - Hubert Alquéres e Sevani Matos
O último encontro terá realização especial. Contará com a presença do autor contemplado com a premiação de Livro do Ano de 2023. A conversa será mediada pelo Hubert Alquéres, que foi presidente da Imprensa Oficial de São Paulo, de 2003 a 2011. Atuante nas áreas de cultura e educação há mais de 40 anos, tem uma história antiga com o mais importante prêmio do livro brasileiro: durante seis anos, coordenou a Comissão do Prêmio Jabuti na Câmara Brasileira do Livro (CBL). Iniciou sua carreira na área acadêmica como professor na Escola Politécnica da USP e no Colégio Bandeirantes. Foi secretário estadual e secretário executivo na Secretaria de Educação, além de ter presidido por quatro vezes o Conselho Estadual de Educação de São Paulo, do qual é membro desde 1998. Atua como vice-presidente da Câmara Brasileira do Livro há 12 anos. Preside a Academia Paulista de Educação e o Conselho de Administração do Museu AfroBrasil, e é membro da Associação Amigos da Biblioteca Mário de Andrade. A presidente da CBL, Sevani Matos, também participa deste bate papo que compõem a série de Encontros com Autores. Com mais de 20 anos de carreira nas áreas administrativa e comercial, com passagens por empresas nacionais e multinacionais, ela também atuou no setor gráfico de livros. Formada em Comunicação Social, Sevani possui MBA em Administração e Gestão de Negócios, além de especialização em Marketing Digital. Já trabalhou na Artmed Editora e, há mais de 16 anos, atua como diretora-geral na VR Editora. Foi eleita em 28 de fevereiro de 2023 para a presidência da CBL integrando a chapa “O livro nos une”, para o biênio 2023-2025. Sevani já ocupava o cargo de diretora na CBL.