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terça-feira, 26 de março de 2024

.: Genézio de Barros celebra 50 anos de carreira e protagoniza a peça "Irineu"


O elenco também conta com Tiago Luchi, que criou a dramaturgia, e Maria do Carmo Soares. A comédia tem atmosfera fantástica em uma história sobre relações humanas, amizade e etarismo. Após grande reforma e modernização, Teatro Marte Hall reabre as portas em 2024. Foto: Lenise Pinheiro


O espetáculo "Irineu" aborda de forma lúdica e delicada os encontros e as relações humanas. A estreia acontece no dia 6 de abril, sábado, às 20h00, na reinauguração do Teatro Marte Hall, localizado na Rua Domingos de Morais, 348, na Vila Mariana. A comédia tem direção de Ricardo Grasson e o texto é de Tiago Luchi, que também divide o palco com Genézio de Barros e Maria do Carmo Soares. A temporada vai até 26 de maio, com sessões sempre aos sábados, às 20h00, e aos domingos, às 18h00. 

O espaço recebeu espetáculos com Ary Fontoura, Alessandra Negrini, Claudia Abreu, além de apresentações de nomes do stand up nacional e internacional. Em 2024, após uma grande reforma e modernização, o local ganha o nome de Teatro Marte Hall e dá o pontapé inicial de sua programação com a estreia de Irineu.

Na trama, João Macena (Tiago Luchi) é internado e passa a dividir o quarto com Seu Irineu (Genézio de Barros), um senhor muito simpático, mas que esconde alguns mistérios. Os dias no hospital parecem intermináveis para João Macena, porém seu companheiro de quarto os fazem ficar mais divertidos quando relata  algumas das aventuras que já viveu. 

Entre elas está o dia em que pegou um navio para a América, ou então quando esteve nos campos de batalha japoneses, ou ainda quando foi taxista em uma grande cidade. Impressionado com as histórias de Irineu, João se sente motivado para enfrentar a doença que o levou até o hospital, sem saber que a maior lição de todas ainda estaria por vir. 

“Para contar essa história optamos pelo caminho da fantasia, uma linha de pesquisa com inspirações no cinema de Wes Anderson, Guillermo del Toro, Tim Burton, Yorgos Lanthimos. O público adora embarcar neste tipo de viagem. Os personagens estão dentro de um quarto de hospital, porém a encenação amplia esse mundo fantástico das histórias de vida de Irineu que reside há muitos anos nesse quarto, contudo o cinema e a literatura o fizeram romper barreiras devido a sua imaginação sem limites. A enfermeira, interpretada por Maria do Carmo Soares, é uma das incentivadoras para o protagonista ter um contato próximo com os livros e os filmes. Já João Macena absorve todo esse contexto que vai ajudá-lo na questão do seu diagnóstico”, explica o diretor Ricardo Grasson.

O cenário de Marisa Rebollo, a iluminação de Cesar Pivetti,  o figurino de Rosangela Ribeiro e a trilha sonora de L.P. Daniel se unem para a criação desta atmosfera fantástica. Além de estar em cena, Tiago Luchi foi o responsável pela criação da dramaturgia. O texto é inspirado por filmes como "Forrest Gump - O Contador de Histórias" e "Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas", e procura construir uma narrativa repleta de momentos marcantes, reflexões profundas e personagens inesquecíveis. Inclusive o ator/autor é conterrâneo de Genézio, ambos nasceram em Taquaritinga, município do interior de São Paulo. Além da cidade, ambos têm uma conexão artística.

“Comecei a estudar teatro na adolescência e fui inspirado por grandes nomes da arte dramática e um desses nomes era o próprio Genézio de Barros. A influência e o sucesso desse ícone do teatro e da televisão serviram como um catalisador para que eu decidisse perseguir meus próprios sonhos no mundo da atuação. Após uma conversa reveladora com ele em 2007, encontrei a motivação necessária para iniciar minha jornada no mundo do teatro. Queremos emocionar e inspirar o público, compartilhando não apenas uma história cativante, mas também a jornada de um sonhador que encontrou coragem para perseguir seus objetivos no mundo da arte”, enfatiza Luchi. 


Ficha técnica
Espetáculo "Irineu". Texto Tiago Luchi. | Elenco: Genézio De Barros, Tiago Luchi e Maria do Carmo Soares. | Direção Ricardo Grasson. | Diretor Assistente Heitor Garcia. | Cenografia Marisa Rebollo. Figurinos Rosângela Ribeiro. |Visagismo Edgar Cardoso. | Desenho De Luz Cesar Pivetti. Desenho De Som L.P. Daniel. | Cenotecnia Casa Malagueta | Adereços Rosimar Garcia Coordenação De Projeto L Ponto. | Direção De Produção Nosso Cultural. | Produção Executiva Maristela Bueno. | Produtores Assistentes Dani Rombolli e Gil Teles.  Coordenação Administrativa Pipoca Cultural.| Design Gráfico Agência Cyan. | Fotografia Artística Lenise Pinheiro. | Assessoria De Imprensa Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Redes Sociais Agência Cyan. Patrocínio: Vórtx. Agradecimentos - Alexandre Alves Severo, Ana Lucia de Sales Teodoro, Bárbara Rabelo, Carol Centeno, Erick Gallani, gaTú Filmes, Jasmine Brihy, Marcos Duller, NEDAS (Nucleo Espírita Dr. Alberto Salvador), Teatro Itália Bandeirantes, Toni Ferreira, Walter Breda.

Serviço
Espetáculo "Irineu". Teatro Marte Hall: Rua Domingos de Morais, 348 - Vila Mariana/São Paulo. Temporada de 6 de abril a 26 de maio de 2024, sessões aos sábados, às 20h00, e aos domingos, às 18h00 (não haverá sessão nos dias 27 e 28 de abril). Duração: 60 minutos. Classificação etária: livre. Capacidade: 600 lugares. *Preço dos Ingressos: R$ 80,00 (inteira) e R$ 40,00 (meia-entrada). *Ingresso popular: R$ 10,00 (inteira) R$ 5,00 (meia) - Cota yoyal de 600 ingressos populares durante a temporada, sujeito à disponibilidade por sessão. Bilheteria do Teatro: das 14h00 às 20h00 de terça à sábado e das 14h00 às 18h00, aos domingos. Aceita todos os cartões de débito e crédito, dinheiro e pix. Telefone: (11) 3542-4680. Pela internet: www.olhaoingresso.com.br.

segunda-feira, 25 de março de 2024

.: CCBB São Paulo recebe o espetáculo "Hannah Arendt - Uma Aula Magna"


Em um tom bem-humorado e reflexivo, Eduardo Wotzik leva ao palco ideias, pensamentos, experiências e filosofias de uma das mais importantes pensadoras do século 20 no espetáculo "Hannah Arendt - Uma Aula Magna", que estreia no dia 5 de abril, quinta-feira, às 19h, no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo. Foto: Kassius Trindade


Em um tom bem-humorado e reflexivo, Eduardo Wotzik leva ao palco ideias, pensamentos, experiências e filosofias de uma das mais importantes pensadoras do século 20. "Hannah Arendt - Uma Aula Magna" estreia no dia 5 de abril, quinta-feira, às 19h00, no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo. A temporada vai até 12 de maio com sessões sempre quintas e sextas, às 19h00, e sábados e domingos, às 17h00.

Na peça, como em uma sala de aula, o público assiste Hannah Arendt voltar ao nosso tempo, convidada a falar sobre temas relevantes e necessários como a ética, a escola, a massa silenciosa, a noção de civilidade e cidadania, e as atrocidades de Adolf Eichmann (1906-1962), conhecido como "arquiteto do Holocausto", que comandava o transporte ferroviário para o extermínio. A atmosfera é de uma aula magna sobre educação e a importância do pensamento para o mundo contemporâneo. A peça é de autoria de Eduardo Wotzik, artista com mais de 40 anos dedicados à investigação do teatro, que está em cena, e também assina a direção.

“Antes da pandemia já se sentia a ascensão da ignorância no planeta, a arte tem um olhar sobre o mundo devido a sensibilidade. A educação é um tema sempre em pauta e estava organizando ideias, quando iniciei um diálogo próximo com a obra de Hannah Arendt. Extraí o principal dela e uni com pensamentos meus até construir uma unidade. Ela teve uma experiência forte ao assistir o julgamento de Adolf Eichmann em 1961; explicita as diferenças entre educar e ensinar, reflete sobre a banalidade do mal. É uma aula especial de Arendt falando para o mundo hoje, um papo reto com humor possibilitando uma empatia com os espectadores”, explica Wotzik.

Hannah Arendt nasceu na Alemanha em 1906 e foi uma filósofa política de origem judaica, uma das mais influentes do século 20. Faleceu em Nova York em 1975. Trabalhou, entre outras atividades, como jornalista e professora universitária, e publicou obras importantes sobre filosofia política. Vivenciou os horrores da perseguição nazista, o que motivou a sua pesquisa sobre o fenômeno do totalitarismo.

Entre suas obras estão "As Origens do Totalitarismo", "Eichmann em Jerusalém", "Entre o Passado e o Futuro" e "A Condição Humana". Devido ao seu pensamento independente, Arendt tem um papel central nos debates contemporâneos. Seu sistema de análise a converte em uma pensadora original, situada entre diferentes campos de conhecimento.

A peça parte para o caminho contrário da verossimilhança e coloca uma provocante investigação sobre a cena e suas possibilidades, uma vez que o ator e diretor Eduardo Wotzik, de salto alto e barba, incorpora o papel da cientista política Hannah Arendt. A encenação é minimalista, um figurino cheio de sobreposições com toques femininos por meio de um par de óculos e um salto alto que ajudam a caracterizar o lado híbrido da personagem em cena. O cenário é um cubo, como se fosse um pedaço do Memorial do Holocausto, localizado no centro de Berlim, que vai se transformando ao longo da montagem.

O espetáculo foi sucesso de público no Rio de Janeiro, Niterói, Belo Horizonte, Curitiba, Taubaté, e tem dialogado de forma precisa com o que acontece na atualidade. “A trama levanta no público a ideia de que precisamos trabalhar os estilhaços de Eichmann que existem em cada um de nós. Outra questão é que a peça também é uma homenagem ao professor, não só no sentido literal, mas também aquele que decide educar o outro. No início do projeto, se enxergava a ascensão da ignorância, era algo iminente, agora o perigo é constante, se revelou”, finaliza o ator.

Ao receber esse espetáculo, o Centro Cultural Banco do Brasil promove reflexões sobre temas relevantes para a sociedade, reafirma o apoio ao teatro nacional e seu compromisso com a promoção da arte e ampliação da conexão dos brasileiros com a cultura.

Ficha técnica
Espetáculo "Hannah Arendt – Uma Aula Magna". Realização: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo. Patrocínio: Banco do Brasil, Texto, Direção e Atuação: Eduardo Wotzik. Direção Musical: Paulo Francisco Paes. Direção Técnica e Iluminação: Fernanda Mantovanni. Preparação de Movimento: Dani Calicchio e Clara Sussekind. Preparação Vocal: Jackie Hacker. Operação de Som: Michele Fontaine. Operação de Luz: Fernanda Mantovani. Assistente de Direção: Maria Clara Sussekind. Assessoria Jurídica: Ricardo Brajterman, Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Produção Executivo: Cannal Produções / Ariell Cannal e Paula Stricker. Direção de Produção: Michele Fontaine.


Serviço
Espetáculo "Hannah Arendt – Uma Aula Magna"
Local: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo 
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico/São Paulo 
Temporada: 5 de abril a 12 de maio
Horário: quintas e sextas-feiras, 19h00 | Sábados e domingos, 17h00.
*Bate-papo após as sessões dos dias 20/04 e 04/05.
Ingressos: R$30 (inteira) e R$15 (meia) em bb.com.br/cultura e bilheteria do CCBB
Duração: 80 minutos
Classificação indicativa: 14 anos.
Funcionamento CCBB SP: Aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças 
Informações: (11) 4297-0600

Estacionamento
O CCBB possui estacionamento conveniado na Rua da Consolação, 228 (R$ 14 pelo período de 6 horas - necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB). O traslado é gratuito para o trajeto de ida e volta ao estacionamento e funciona das 12h00 às 21h00.

Transporte público
O Centro Cultural Banco do Brasil fica a 5 minutos da estação São Bento do Metrô. Pesquise linhas de ônibus com embarque e desembarque nas Ruas Líbero Badaró e Boa Vista.

Táxi ou Aplicativo
Desembarque na Praça do Patriarca e siga a pé pela Rua da Quitanda até o CCBB (200 m).

Van
Ida e volta gratuita, saindo da Rua da Consolação, 228. No trajeto de volta, há também uma parada no metrô República. Das 12h00 às 21h00.

Entrada acessível
Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e outras pessoas que necessitem da rampa de acesso podem utilizar a porta lateral localizada à esquerda da entrada principal.

.: Apresentação grátis de "A Páscoa da Vida" no Teatro Sérgio Cardoso

Teatro Sérgio Cardoso apresenta espetáculo especial de Páscoa: "A Páscoa da Vida". Foto: divulgação

O Teatro Sérgio Cardoso, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, receberá uma experiência teatral para toda a família no domingo de Páscoa. No dia 31 de março, às 11h, acontece o espetáculo infantil "A Páscoa da Vida", da Cia Arte & Manhas, que revela os segredos guardados dentro dos ovos de chocolate. A entrada é gratuita, com retirada de ingressos na bilheteria uma hora antes da apresentação.

Com texto de Tamires Faustino e direção de Leonardo Cassano, a peça acompanha o Coelhinho da Páscoa em uma jornada em busca dos segredos guardados dentro dos ovos. No elenco estão Tamires Faustino, Lucas Lopes e Cláudia Strazza. A trilha sonora, criada por Rafael Pio, promete envolver a plateia em uma atmosfera mágica.


Serviço:

A Páscoa da Vida - Cia Arte & Manhas

Data: 31 de março, domingo, 11h

Ingressos: Retirada 01 hora antes da apresentação na bilheteria do teatro

Local: Teatro Sérgio Cardoso - R. Rui Barbosa, 153 - Bela Vista

Classificação: Livre 


Sobre o Teatro Sérgio Cardoso

Localizado no boêmio bairro paulistano do Bixiga, o Teatro Sérgio Cardoso mantém a tradição e a relevância conquistada em mais de 40 anos de atuação na capital paulista. Palco de espetáculos musicais, dança e peças de teatro, o equipamento é um dos últimos grandes teatros de rua da capital, e foi fundamental nos dois anos de pandemia, quando abriu as portas, a partir de rígidos protocolos de saúde. 

Composto por duas salas de espetáculo, quatro dedicadas a ensaios, além de uma sala de captação e transmissão, o Teatro tem capacidade para abrigar 827 pessoas na sala Nydia Licia, 149 na sala Paschoal Carlos Magno, além de apresentações e aulas de dança no hall do teatro.


Sobre a Amigos da Arte

A Associação Paulista dos Amigos da Arte, Organização Social de Cultura responsável pela gestão de chamadas públicas, do Teatro Sérgio Cardoso, e do Teatro de Araras, além do Mundo do Circo SP, trabalha em parceria com o Governo do Estado de São Paulo e a iniciativa privada desde 2004. 

Música, literatura, dança, teatro, circo e atividades de artes integradas fazem parte da atuação da Amigos da Arte, que tem como objetivo fomentar a produção cultural por meio de festivais, programas continuados e da gestão de equipamentos culturais públicos. Em seus 19 anos de atuação, a Organização desenvolveu cerca de 70 mil ações que impactaram mais de 30 milhões de pessoas.

domingo, 24 de março de 2024

.: Tudo sobre a versão de "A História Sem Fim", gratuito, no Teatro do Sesi-SP


Do mesmo autor da premiada "Momo e o Senhor do Tempo", a nova criação teatral da premiada diretora Carla Candiotto é "A História Sem Fim", clássico da literatura alemã sobre o poder da fantasia, best-seller mundial traduzido para 44 idiomas, com mais de 9 milhões de livros vendidos. O espetáculo estreia dia 31 de março, domingo, às 15h, sua temporada popular no Teatro Sesi-SP até dia 30 de junho. A mágica aventura de um garoto que, pelas páginas de um livro, passa para o reino da fantasia, obra do escritor alemão Michael Ende, foi publicada pela primeira vez em 1979.

Para encenar o espetáculo, a diretora Carla Candiotto reuniu a equipe de criativos – Marco Lima na cenografia e bonecos, Wagner Freire na Iluminação, Fábio Namatame no figurino, Roberto Alencar na coreografia, Marcelo Pelegrini na trilha original e André Grynwask no vídeo e para adaptar a obra, Victor Mendes. Para treinar a técnica de arte marcial necessária para as cenas de luta da trama, a encenadora contou com o apoio luxuoso de Georgette Fadel e Ana Paula Gomes para ministrar as aulas de Aikidô ao elenco.


Elenco e personagens
• Camila Cohen - Conselheira, Trole, Morla, Imperatriz Criança e Xayide, Antigos Imperadores
• Carol Badra - Mãe, Conselheira, Morla, Corvo, Uiulala, Antigos Imperadores e manipulação do Artax.
• Eric de Oliveira - Cairon, Trole, Dragão Fuchur, Corvo e Antigos Imperadores
• Ernani Sanches- Pai, Conselheiro, Corvo, Gmork , Argax e manipulação do Artax
• Thiago Amaral - Bastian Baltazar Bux.
• Victor Mendes – Atreiú, Antigos Imperadores.


Sinopse de "A História Sem Fim"
Tímido, Bastian Balthasar Bux adora ler, pois encontra nos livros uma forma de escape para sua vida tão triste. Com a morte de sua mãe, recebe um livro de presente e fascinado de forma mágica pelo mesmo, o menino mergulha em Fantasia tentando se afastar desse mundo real. Esse reino fantástico, está ameaçado pelo Nada, que se propaga cada vez mais de maneira assustadora. Mergulhado no livro, Bastian recebe o chamado das personagens da obra para salvar Fantasia. Nesse universo, a Imperatriz Criança, que adoece de forma misteriosa, só pode ser curada se receber um novo nome a ser dado por uma criança humana. Bastian se enche de coragem e junto, com o jovem herói Atreiú e o Dragão da Sorte Fuchur, atende o chamado de fantasia. O garoto se entrega a uma viagem na qual cada minuto importa. Seria Bastian a criança capaz de libertar o Reino de Fantasia?

Projeto de anos e técnica de roteirizar ações
No processo de adaptação do livro para o teatro, Carla passou por uma imersão criativa na obra. “Por tratar de questões universais, de ser um livro que fala com sua alma, como se relacionar com o mundo e autoestima, é grande o desafio de comunicar seu conteúdo para o universo de uma criança. Esse é um livro que cada pessoa que lê, interpreta de uma forma diferente pois coloca sua história nele, e como todos somos diferentes a história não tem fim, por isso da 'História Sem Fim'”. 

A diretora leu o livro Momo e o Senhor do Tempo, do mesmo autor, aos 25 anos e, desde então, passou a seguir Michael Ende. Na adaptação dessa criou um prólogo para situar o espaço e a razão de estar contando a história. Na nova peça não foi preciso. “A adaptação é um outro olhar sobre a história, é um olhar muito pessoal uma sensação de estar falando de você próprio e não apenas de uma história. Estamos em 2024, outras questões abalam o mundo, várias estão em curso e que bom poder falar sobre isso".

No decorrer de sua carreira, Candiotto encenou dezenas de clássicos infantis na Cia. Le Plat du Jour para em seguida dirigir espetáculos para vários outros grupos e também as suas próprias produções. Fascinada pelo teatro físico, deparou-se com o desafio de contar uma história cujo livro original tem quase 500 páginas e um extenso volume de dados. Do calhamaço para o espetáculo de pouco mais de 60 minutos, o trabalho da encenadora foi suado. “Quando o Sesi aprovou o projeto, estudei o livro e para me instrumentalizar, estudei Análise Ativa, técnica russa, com Michelle Zaidon”. Contou com este suporte para dissecar e entender quais personagens poderiam ser cortados. Sabia que em 1h15 não poderia inserir todos os tipos citados. A proposta era descobrir quais eram os personagens fundamentais.

“Ficamos três meses nesse processo de estudo para começar a escrever a adaptação antes de partir para a redação do texto. Ao longo dos anos, desenvolvi uma técnica pessoal para criação – primeiro leio e depois decupo o roteiro de ação somente depois vou ao encontro dos atores e atrizes”, conta, ressaltando a importância da colaboração de Michelle nessa fase. Em seguida, estabeleceu-se a parceria com o ator Victor Mendes, que assina com Carla também a adaptação de Momo e o Senhor do Tempo. “Ele tem uma visão questionadora, o que é muito bom”.

Por meio do personagem do menino, o autor definiu a existência desses dois universos. “Um não vive sem o outro, a fantasia e a realidade. Um dos mundos fica doente quando o outro não existe ou não tem espaço para existir”, aponta Carla, comentando não ser possível viver só na fantasia ou só na realidade. “Os dois são necessários para viver”. O menino em questão supera a dor da perda da mãe e recupera a autoestima, mergulhando nos livros. Por meio da fantasia, sai do processo de luto. “Seu mundo real está uma barra – perdeu a mãe e se sente invisível. Depois de resgatar a fantasia, passa por um processo difícil de aceitação de si mesmo e encontra um caminho”


Sobre a cenografia de Marco Lima
Após meses de estudo e inúmeras proposições para a concepção da cenografia, cenógrafo e diretora chegaram a um lugar único para contar a história. Um porto/portal - de cores não espectrais, do preto ao branco passando pelos cinzas - situado num mar seco e arenoso. Uma cenografia simbólica ambienta a trama da peça, localizada em “uma terra devastada, fruto do abandono e esquecimento pelos seres humanos da importância da imaginação em nossas vidas. Tudo está seco, sem cor, sem vida. O que restou foi uma plataforma, um cais destruído que une dois mundos: o da Fantasia e o da Realidade”, explica Marco Lima. 

Personagens chegam e partem por esta plataforma, navegando em embarcações de um mundo distópico; alguns com esperança, outros sem nenhuma, pois o Nada se aproxima e poderá ser responsável pela completa destruição do reino de Fantasia. “Esse ambiente é o reflexo metafórico do estado da mente de um garoto que, por sua imaturidade, não soube lidar com a dor da perda da mãe. Mas há um farol em cena, que, simbolicamente, trará a luz para orientar a hora mais escura de nossa história”.

Um dragão branco e um unicórnio azul são bonecos animados pelos próprios atores. Com a técnica de manipulação direta, eles darão vida a estes seres imaginários. De grande porte, serão confeccionados em diversos materiais como: espuma, madeira, isopor, metal, tecidos, borrachas, cristais, acetatos e fibra de vidro. O dragão será feito em tecidos que ficam fluorescentes sob a luz ultravioleta, e o unicórnio trará o brilho de cristais para ganhar o aspecto mágico da irrealidade. “São animais fantásticos, que ainda não foram tragados pelo Nada, e auxiliarão na reconstrução deste reino destruído”, conta Marco. Quando a história sofre a interferência da ação de um garoto humano, a cenografia ganhará cor e vida a partir das criações da mente fértil dessa criança que tem o poder ilimitado de imaginar tudo o que deseja.


Sobre a adaptação de Carla Candiotto e Victor Mendes
A adaptação nasceu como um processo de arqueologia. Com delicadeza, fomos descobrindo o que o autor queria nos dizer e escolhendo os momentos, abrindo mão de alguns personagens e ampliando os significados de outros, fomos criando a nossa história sem fim. Uma versão movida pelo sentimento, pela emoção e sem esquecer, é claro, da diversão. “Sabemos da importância da imaginação para as crianças e esse livro é um prato cheio para mergulhar nesse universo. Já é a meu quarto espetáculo com Carla Candiotto e dessa vez nosso desafio era grande: revisitar um clássico da literatura infanto-juvenil e abrir espaço para o mundo da Fantasia”, comenta Victor Mendes.


Sobre o figurino de Fábio Namatame
A concepção de Fábio Namatame para o figurino do espetáculo obedece a uma linguagem oriental, com inspiração na China, Japão, Índia, Indonésia, Arábia e Egito. Serão vestidos assim os seres fabulosos da história. “Será tudo muito colorido, como uma ilustração antiga, e um filtro ocre para dar o clima cinematográfico, quase uma pintura a óleo”, comenta Namatame. Da tapeçaria aos brocados, os tecidos incluem materiais sintéticos como plástico e tela de nylon, para dar volume. A estamparia também segue a inspiração do Oriente, “mescla de pintura japonesa com arabesco”.  O figurino básico – que recebe as fantasias mais elaboradas em sobreposição - é um saruel e uma camisa. É bordô e tem inspiração nos manipuladores de bonecos balineses.


Sobre a direção de movimento de Roberto Alencar
A diretora considerou o Aikidô a melhor opção para combinar com a estética do espetáculo. Assim a técnica foi escolhida para ser usada na preparação corporal dos atores. “A construção da encenação foi desenvolvida por meio de golpes, onde o bastão e a espada desempenham papel importante”, explica Roberto Alencar. 

Como treinamento, conta Alencar, os atores e atrizes fizeram aulas regulares de Aikidô, sob orientação de Georgette Fadel e Ana Paula Brieda - duas vezes por semana. “Nos exercícios e golpes que esta luta marcial propõe é possível explorar qualidades de presença, escuta, atenção, aterramento, tranquilidade, espacialidade, expansão, controle, precisão e elegância dos gestos”.

A coreografia do criativo para a peça está embrenhada na narrativa, com gestos e ações transportadas para o universo do surreal, do nonsense, sempre com o foco no humor e na diversão a nortear a montagem, marca registrada da diretora. “Fomos trabalhando o universo particular de cada personagem, priorizando o corpo como instrumento para contar a história”, diz. “Carla é uma diretora de teatro que pensa como uma coreógrafa, ela marca todos os momentos do espetáculo – cada gesto e passo dado em cena. Ela tem o pensamento muito coreográfico”, observa Alencar. “Este é um dos espetáculos em que Carla mais lançou mão de recursos multimedia, 'com elementos fortes de cenografia, adereços, bonecos, interação com projeção de vídeo, a referência do figurino'”.


Ficha técnica e serviço
Espetáculo "A História Sem Fim". Drama musicado ao vivo, jovem, 80 minutos - Recomendado para maiores de 10 anos e para toda família, Adaptação: Carla Candiotto e Victor Mendes. Direção: Carla Candiotto. Elenco: Camila Cohen, Eric Oliveira, Ernani Sanchez, Carol Badra, Victor Mendes e Thiago Amaral. Centro Cultural Fiesp. Teatro do Sesi – SP.  Av Paulista, 1313. Estreia dia 31 de março, domingo, às 15h00. Temporada: quintas e sextas-feiras, às 11h00. Sábados e domingos, às 15h00. De 30 de março a 30 de junho de 2024. Gratuito, tem que fazer agendamento pelo aplicativo Meu Sesi.

sábado, 23 de março de 2024

.: Tudo sobre a montagem de "Cantando na Chuva", que estreia em abril


O público brasileiro terá a oportunidade de se encantar novamente com a montagem do clássico "Cantando na Chuva", que ganha nova versão em 2024. Foto: João Caldas


Com estreia programada para 4 de abril, no Teatro Sérgio Cardoso, o musical "Cantando na Chuva" volta ao Brasil. Além de fazer chover no palco, a mega produção traz números imperdíveis de dança e sapateado e encanta o público com uma comédia musical que é uma verdadeira viagem no tempo. O elenco de 25 atrizes e atores traz, entre eles, Rodrigo Garcia, Gigi Debei, Mateus Ribeiro e Fefe Muniz. A peça traz ao palco os ares nostálgicos da Hollywood do final dos anos 1920, época de efervescência da sétima arte, quando os filmes mudos foram dando espaço ao cinema falado. 

Com temporada no Teatro Sérgio Cardoso - instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, e gerido pela Associação Paulista dos Amigos da Arte-, o espetáculo conta com produção de Instituto Artium de Cultura e coprodução do Atelier de Cultura, realizadores dos sucessos absolutos "Evita Open Air", "Wicked" e "Matilda - o Musical". Os ingressos custam de R$19,80 a R$400 e estão disponíveis no site www.cantandonachuvabrasil.com

Visto por milhões de pessoas em todo o mundo e aclamado por público e crítica, o filme é um clássico que une gerações tanto por sua história divertida e inteligente quanto por seus números excepcionais de dança e sapateado que marcaram para sempre a história dos musicais. Cantando na Chuva é apresentado pelo Ministério da Cultura e pela Comgás.

Por esta razão, os produtores da nova montagem tiveram um cuidado mais que especial para que a magia do cinema ficasse ainda mais encantadora quando transposta para os palcos. E, obviamente, os atributos inerentes ao teatro como o contato próximo com o público, a cadência entre cenas e a euforia que só uma apresentação ao vivo com orquestra, elenco, luz, cenário e figurino grandiosos podem oferecer, foi harmonicamente inserida na produção. "Com certeza quem já conhece o filme vai se encantar mais ainda com esta nova produção. Quem ainda não conhece, terá uma experiência recheada de grandes referências da década que mudou o mundo do ponto de vista tecnológico e artístico. A nova versão tem muito mais comédia, coreografias e glamour", comenta John Stefaniuk, grande diretor da Broadway, à frente dessa produção.

No elenco estão Rodrigo Garcia no papel de Don Lockwood, eternizado no cinema por Gene Kelly; Gigi Debei como Kathy Selden, papel que foi defendido por Debbie Reynolds; Mateus Ribeiro como Cosmo Brown, personagem interpretado por Donald O'Connor; e Fefe Muniz, como Lina Lamont, interpretada por Jean Hagen. O musical também conta com Marcelo Goes, R.F. Simpson, Paulo Grossi, como Roscoe Dexter, Mari Rosinski, como Dora Bailey & Srta Dinsmore, Sandro Conte, como Rod, e grande elenco. Confira abaixo casting completo: 


Sobre "Cantando na Chuva"
Baseado no clássico filme de 1952, o musical "Cantando na Chuva" se passa em Hollywood no final da década de 1920. As estrelas do cinema mudo Don Lockwood e Lina Lamont vivenciam a impossível transição para o cinema falado, por conta da voz estridente de Lina, que arranca risadas da plateia.

Enaltecida por doses certeiras de comédia, romance, dança e sapateado, a trama se aquece com a paixão inesperada de Don com a corista contratada para dublar a superestrela Lina. O musical é divertidíssimo e indicado para toda a família, com coreografias inesquecíveis, além do memorável número da canção “Singin’ in the Rain”, levado aos palcos com o desafio técnico de fazer chover em cena. "Cantando na Chuva" é apresentado pelo Ministério da Cultura e pela Comgás, tem patrocínio master da Brasilprev, patrocínio do Sem Parar e apoio do Radisson Blu São Paulo e da Dona Deôla.

Ficha técnica
Musical "Cantando na Chuva"
Rodrigo Garcia - Don Lockwood
Gigi Debei - Kathy Selden
Mateus Ribeiro - Cosmo Brown
Fefe Muniz - Lina Lamont
Marcelo Goes - R.F. Simpson
Paulo Grossi - Roscoe Dexter
Mari Rosinski - Dora Bailey & Srta Dinsmor
Sandro Conte - Rod
Andreina Szoboszlai - Ensemble
Cárolin Von Siegert - Ensemble
Caru Truzzi - Ensemble
Esther Ariev - Ensembl
Giselle Alfano - Ensemble
Thaiane Chuvas - Ensemble
Thays Parente - Ensemble
Danilo Barbieri - Ensemble
Danilo Martho - Ensemble
Dudu Martinz - Ensemble
Fábio Brasile - Ensemble
Fábio Galvão - Ensemble
Felipe Hideky - Ensemble
Madson de Paula - Ensemble
Julia Sanchis - Swing
Leonardo Aroni - Swing
Nina Sato - Swing / Dance Captain

Equipe criativa
Direção geral: John Stefaniuk
Direção musical: Adriano Machado
Cenário: James Kronzer
Figurino: Ligia Rocha, Marco Pacheco e Jemima Tuany
Coreografia: Floriano Nogueira
Design de som: Gastón Briski
Design de luz: Ben Jacobs

Serviço 
Musical "Cantando na Chuva"
Local: Teatro Sérgio Cardoso – Sala Nydia Licia
Temporada: de 4 de abril até 16 de junho de 2024
Sessões: quartas, quintas e sextas-feiras, às 20h00. Sábados e domingos, às 15h00 e às 19h30.
R. Rui Barbosa, 153 - Bela Vista, São Paulo - SP, 01326-010
Capacidade: 827 pessoas
Classificação etária: Livre
Duração do espetáculo: 140 minutos com 15 minutos de intervalo
Ingressos de R$ 19,80 a R$ 400,00
Confira legislação vigente para meia-entrada


Bilheteria on-line
Garanta seu ingresso em www.cantandonachuvabrasil.com
Bilheteria física – sem taxa de conveniência
R. Rui Barbosa, 153 - Bela Vista, São Paulo - SP, 01326-010
Horário de funcionamento: de terça a sábado, das 14h às 19h. Em dia de espetáculo, das 14h até o horário de início da sessão. Contato: (11) 3288-0136

sexta-feira, 22 de março de 2024

.: Teatro: peça “Guará Vermelha” é uma homenagem aos professores brasileiros


Adaptação teatral do romance "O Voo da Guará Vermelha", de Maria Valéria Rezende, o espetáculo reverencia outros estudiosos e educadores que acreditam na prática de uma educação libertadora, capaz de transformar as estruturas desse mundo, convocando a capacidade de construção coletiva da alegria. Foto: Alécio César


De 14 a 31 de março de 2024, quinta-feira a sábado às 19h, domingo às 18h, a Cia do Tijolo realiza uma temporada de seu mais novo espetáculo “Guará Vermelha”, no Centro Cultural São Paulo. Com direção de Dinho Lima Flor, “Guará Vermelha” é uma adaptação do romance "O Voo da Guará Vermelha", de Maria Valéria Rezende. E é a partir do olhar desta escritora e educadora popular, que a Cia do Tijolo coloca para girar Paulo Freire, Antônio Cândido, Nêgo Bispo, Abdias do Nascimento, Lourdes Barreto, Ivone Gebara, Margarida Maria Alves, Conceição Evaristo e outros estudiosos que acreditam na prática de uma educação libertadora, capaz de transformar as estruturas desse mundo, convocando a capacidade de construção coletiva da alegria.

O espetáculo conta a história de Rosálio e Irene. Ele, um trabalhador analfabeto, abraçado a uma caixa de livros, quer aprender a ler e a escrever, pois deseja ser contador de histórias. Ela, uma mulher à beira da morte, mãe e prostituta, que sonhava em ser professora, vê o pouco tempo que lhe resta de vida escorrer por entre os dedos numa sucessão de instantes sem sentido. Ela vai alfabetizá-lo em 23 dias, e ele vai contar histórias para que ela adormeça em paz e tenha motivos para despertar. 

O amor, a política e a vida em comunidade estão tão emaranhados nessa experiência, na qual o ato de ensinar e de aprender se apresentam em sua finalidade mais vital e humana: ensinar e aprender para não morrer de fome, para não morrer de doença, para não morrer de esquecimento. Sobre a aspereza de uma lona de caminhão, com carrinhos de mão, pedras, pás e peneiras como ferramentas de trabalho, os artistas, atuando como músicos, atores e dançarinos, narram e entoam a história de um encontro, criando um momento de delicadeza por meio da dança, da música e da poesia.

Para a Cia do Tijolo, a história aborda um amor sem dúvida, um amor como presença e sentido, nunca como falta. Fala sobre o direito à fabulação, direito à educação e sobre a importância da oralidade. Também trata sobre quilombos e metrópoles e desigualdade social, além de abordar uma epidemia, a do feminicídio. Também discorre sobre o trabalho alienado e o sequestro da linguagem e do tempo de vida pelo capital. A montagem é também uma grande homenagem às professoras e aos professores de todo o Brasil. Compre o livro "O Voo da Guará Vermelha", de Maria Valéria Rezende, neste link. 


Sobre a Cia do Tijolo
A Cia do Tijolo nasceu do desejo de fazer um espetáculo a partir da obra de Patativa do Assaré. Assim foi criado o espetáculo “Concerto de Ispinho e Fulô”. Outro poeta, Federico Garcia Lorca, inspirou seu segundo espetáculo “Cantata para um Bastidor de Utopias” e o educador Paulo Freire inspirou a terceira criação do grupo: “Ledores no Breu”. Já o espetáculo “O Avesso do Claustro”, convida o público para um encontro com uma das figuras mais importantes da história brasileira do século XX, Com seus espetáculos a Cia do Tijolo recebeu indicações em importantes premiações, foi três vezes vencedora do Prêmio Shell, duas vezes vencedora do Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro e duas vezes indicada ao Prêmio Governador do Estado de São Paulo. Garanta o seu exemplar de "O Voo da Guará Vermelha", de Maria Valéria Rezende, neste link. 


Ficha técnica
Espetáculo “Guará Vermelha”. Direção geral - Dinho Lima Flor. Direção musical - William Guedes. Direção de produção -  Suelen Garcez. Concepção do projeto - Dinho Lima Flor, Rodrigo Mercadante e Karen Menatti. Elenco: Atuadores - Karen Menatti, Rodrigo Mercadante, Odilia Nunes, Thaís Pimpão, Vera Lamy, Artur Mattar, Lucas Vedovoto, Mayara Baptista, Ana Maria Carvalho, Danilo Nonato, Dinho Lima Flor. Musicistas - Jonathan Silva, Maurício Damasceno, Marcos Coin, Nanda Guedes, Leandro Goulart. Boneca gigante: Victor Mourão. Dramaturgia: Fabiana Vasconcelos e Cia do Tijolo. Composições originais: Jonathan Silva, Leandro Medina, William Guedes e Nanda Guedes. Iluminadora: Laiza Menegassi. Técnico de Luz: Rafael Araújo. Técnicos de Som: Leandro Simões e Gabriel Milani. Figurino: Silvana Marcondes e Cia do Tijolo. Assistente de Figurino: Carol Petrucci. Cenário: Andreas Guimarães e Cia do Tijolo. Cenotécnico: Douglas Vendramini. Orientação de movimento: Gabriel Küster. Design gráfico: Fábio Viana. Fotos: Alécio César. Assessoria de Imprensa: Luciana Gandelini. Assistente de produção: Tatiane Garcez. Contrarregragem: João Bertolai e Douglas Vendramini.

Serviço
Espetáculo “Guará Vermelha”.
Duração: 180 minutos
Classificação indicativa: 18 anos
Até dia 31 de março de 2024 - Horário: quinta-feira a sábado às 19h, domingo às 18h
CCSP - Centro Cultural São Paulo - Espaço Cênico Ademar Guerra - Endereço: Rua Vergueiro, 1000 - Liberdade, São Paulo - SP, 01504-000
Ingressos: R$ 40,00 (inteira), R$ 20,00 (meia)
Link:https://rvsservicosccsp.byinti.com/?fbclid=PAAabN3vDy4p0sEZOTNc7aCm5YIzmgGNzai-Z5vES15RY4QolgazAyFxJpcFU#/event/guara-vermelha
Os ingressos podem ser reservados online através do link ou presencialmente na bilheteria física no CCSP. A retirada acontece enquanto houver cota de ingresso e as programações estão sujeitas a lotação.
Funcionamento da bilheteria presencial: terça a sábado, 13h às 22h / Domingo e feriados, das 12h às 21h

quinta-feira, 21 de março de 2024

.: Roberto Bomtempo reestreia musical "Raul Fora da Lei" no Teatro das Artes


Versão do espetáculo, dirigido por Deto Montenegro, traz no palco 35 alunos da Oficina dos Menestréis. Montagem será encenada de 22 de março a 12 de abril. Foto: Gal Olivieira


O premiado ator e diretor Roberto Bomtempo traz de volta aos palcos o musical de sucesso que homenageia um dos nomes mais importantes da música brasileira: o “Maluco Beleza” Raul Seixas (1945-1989). O espetáculo "Raul Fora da Lei" traz Bomtempo ao lado de 35 alunos da Oficina dos Menestréis, de 22 de março a 12 de abril, sextas-feiras, sempre às 20h00.

No ano passado, o ator relançou o espetáculo para celebrar seus 40 anos de carreira. A escolha de "Raul Fora da Lei" para celebrar o marco ocorreu de maneira natural. “Raul Seixas é um divisor de águas na minha vida profissional, foram mais de 20 anos levando ao palco a sua história, tanto que classifico a minha carreira como AR/DR, ou seja, antes e depois de Raul”, brinca.

Além disso, Bomtempo, que mora atualmente em Portugal, estará em São Paulo de 23 de março a 14 de abril com a produção do espetáculo "Diário de Pilar na Amazônia", aventura infantojuvenil que fala sobre a preservação da floresta e dos povos originários de forma lúdica, que tem sua esposa, Miriam Freeland, como atriz e idealizadora.

Concepção
"Raul Fora da Lei" estreou em novembro de 1999 e viajou por todo o país em sua concepção original, um monólogo, interpretado e roteirizado por Roberto Bomtempo e dirigido por José Joffily. Porém, no ano 2000, a Oficina dos Menestréis convidou o ator para transformar e adaptar o monólogo em um espetáculo musical, desta vez sob a direção de Deto Montenegro. Sucesso absoluto de público, esta montagem já foi vista por mais de 300 mil pessoas.

“Eu e Deto Montenegro temos uma sólida amizade de mais de 30 anos, uma irmandade com muita admiração um pelo outro. Mas por questões de agenda, nunca havíamos trabalhado juntos. Então, na época, propus adaptar o monólogo para que pudéssemos montá-lo com a Oficina dos Menestréis”, relembra Roberto Bomtempo. Ele completa, ressaltando que “a ideia foi criar um espetáculo estilo ‘Hair’, uma grande festa, uma grande celebração da vida e da música brasileira. O Deto topou na hora”.

Já Deto Montenegro destaca que “transformar 'Raul Fora da Lei' de um solo para um musical foi puro prazer. E contamos ainda com a parceria de Candé Brandão e Evelyn Klein, que elucidaram nossas ideias e operacionalizaram o processo de criação”.


Montagem
A montagem conta, de maneira despojada, a história de Raul Seixas, com bases em escritos do próprio Raulzito. O texto fala de sua relação com o sucesso, suas mulheres, sua espiritualidade, seus anseios, seus sonhos, suas frustrações. No espetáculo, Raulzito, afirma-se, contradiz-se, rompe com todas as regras, provoca risos e emociona, em cenas que são realçadas pela versatilidade de um elenco de 35 atores Menestréis, que cantam, dançam e atuam, acompanhados por uma banda e convidados especiais.

Os fãs certamente vão matar a saudade do ídolo e mesmo aqueles que conhecem apenas as músicas mais famosas como Gita e Maluco Beleza serão tocados pela vida repleta de altos e baixos de Raul, que nos deixou precocemente, em 1989.

Desafios
Roberto Bomtempo destaca como é dar vida no palco a uma figura tão complexa e singular como o Maluco Beleza. “Não sou um ator de imitações, então quando pensei em fazer o Raul, foi porque já o acompanhava durante muitos anos. Conhecia toda a sua obra profundamente, tinha escutado todas as entrevistas e tinha uma identificação muito grande com ele. Por isso, nunca pensei em fazer uma composição de personagem que se parecesse com Raul, apenas peguei o texto e me joguei nele, imbuído de todos os sentimentos que eu possuía a respeito dele”.

Desta maneira, levar Raul Seixas para o palco é um processo mais voltado às ideias do que à forma. “Eu queria estar no palco falando o que ele pensava. Nunca me preocupei em fazer parecido com o Raul, em seu falar, cantar e movimentar. Não sou fisicamente parecido com ele, mas as pessoas veem o Raul em mim pelo seu pensamento e pela forma como eu consegui traduzi-lo no palco. Fazer Raul Seixas, muito mais do que interpretar, é levar o pensamento dele adiante”, destaca o ator.

Por fim, Roberto Bomtempo e Deto Montenegro destacam a grande energia positiva trazida por esta montagem. “É uma grande festa, uma coisa linda, uma energia maravilhosa. O público pode esperar uma celebração da vida, de belos valores como amor, amizade, ética e arte pura, feita com coração e com muito talento pelos músicos e pelos jovens que estarão no palco junto comigo”, destaca Roberto Bomtempo. Já Deto Montenegro enfatiza que “a plateia terá muitas lembranças e saudade pelas músicas, além de uma energia contagiante. Todos vão cantar, vibrar e dançar juntos”.

Ficha técnica:
Espetáculo "Raul Fora da Lei". Concepção e Roteiro: Roberto Bomtempo e José Joffily. Interpretando Raul Seixas: Roberto Bomtempo. Versão dirigida por: Deto Montenegro. Assistente de Direção: Evelyn Klein. Direção Musical: Marco De Vita. Coreografias: Candé Brandão e Evelyn Klein. Desenho de Luz: Deto Montenegro. Operador de Luz: Iohan Iori. Operador de Som: Leonardo Marques. Técnico de Som: Áudio Performance / Clemente Sandro. Coord. de Palco: José Martins da Silva. Músicos: Rafael Diniz (Teclados), Caio Fabbri (Guitarra), Matheus Montenegro (Baixo), Gudino (Bateria). Designer Gráfico: Dennis Gomes. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli. Atendimento ao Público: Miriam Freeland. Foto e Filmagem:  Trópico filmes. Produção Executiva: Evelyn Klein/ Miriam Freeland/ Roberto Bomtempo. Realização: Movimento Carioca Produções Artísticas. Agradecimentos: Oficina dos Menestreis, Monica Cavenaghi, Rafão e Celso Shozo Oki. Elenco de alunos da Oficina dos Menestreis:  Ana Elisa Mona, Antonio Bento, Cassius W Campos, Cibele Cassiolatto, Daniel Nomoto, Dede Amorim, Pingo, Gabriel Pastore, Gi Simon, Heather Joi, Isa Novato, Nina Abrahão, Zelão Souto, Juliana Vieira, Lavinia Micchi, Leobina Bezerra, Marcelão, Marcão, Gueth Marques, Maricleia Oliveira, Monica Lupatin, Naty Ferraz, Paula Móz, Prica Almeida, Rafael Domingues, Ro Padula, Sonia Gentilini, Tati Pinho, Van Fonseca e Yggor Araujo.


Serviço
Espetáculo "Raul Fora da Lei". De 22 de março a 12 de abril, sextas-feiras, às 20h00. Classificação: 12 anos. Duração: 90 minutos. Ingressos: Plateia R$ 120,00 / R$ 60,00. Balcão R$ 100,00 / R$ 50,00. À venda pelo site www.sympla.com.br. Teatro das Artes. Capacidade: 796 lugares. Endereço: Avenida Rebouças, nº 3970 – Shopping Eldorado. Telefone: (11) 3034-0075.

.: Cia dOs Inventivos celebra a artista plástica Maria Auxiliadora da Silva


Em curta temporada no Sesc Casa Verde, o espetáculo coloca em foco o protagonismo dos artistas negros na construção da cidade de São Paulo. Foto: Zé Barretta

Para celebrar seus 20 anos, a Cia dOs Inventivos estreia espetáculo que homenageia a artista plástica Maria Auxiliadora da Silva (1935 - 1974), expoente cultural da capital paulista e uma das primeiras artistas plásticas negras a expor no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp). Com concepção e direção de Flávio Rodrigues e dramaturgia de Dione Carlos, o espetáculo "Maria Auxiliadora" ganha novas sessões no Sesc Casa Verde de 6 a 14 de abril, com sessões aos sábados e domingos; às 16h00, na quinta, dia 11, às 14h30 e na sexta, dia 12, às 19h30. Os ingressos são gratuitos. Em cena estão os artistas criadores Adilson Fernandes, Aysha Nascimento, Danilo de Carvalho, Dirce Thomaz, Flávio Rodrigues, Marcos di Ferreira, Taynã Azevedo e Val Ribeiro.

A ideia da peça é usar o teatro popular para reconstruir as trajetórias de vida de famílias que chegaram e ajudaram a construir a cidade. “Trazer à cena a vida e obra de Maria Auxiliadora da Silva é reverenciar a produção de toda a família Silva, fortalecendo as lutas dos artistas negros brasileiros, sempre partindo da premissa de que nós não estamos sozinhos”, aponta o diretor Flávio Rodrigues. No final da década de 1930, Maria Auxiliadora e seus irmãos formam uma grande família de artistas negros que migram para a zona norte de São Paulo. Em meio aos desafios da cidade, a família Silva vai tecendo a sua história e exercendo o seu protagonismo junto a tantas outras.

A história de Maria Auxiliadora também é forte como inspiração: uma mulher negra de origem pobre que ascende como artista visual em um meio elitista. Mas essa luta está permeada pelas relações de comunidade com uma rede de apoio que se conecta por familiaridade ou por compartilhar valores sociais, espirituais e culturais.

A dramaturga Dione Carlos ressalta a multiplicidade de Marias que serão apresentadas no espetáculo. “Maria Auxiliadora é fruto de uma comunidade composta de artistas de várias áreas. Sua mãe era uma artesã brilhante, rainha dos bordados. Seu pai era músico. São muitas Marias em uma só e cada uma delas é apresentada sempre em comunhão seja com a própria família, em mutirões para construir casas, na escola de samba, no baile black, no mundo das artes visuais ou em momentos de espiritualidade, no qual se conecta com sua ancestralidade afro-indígena”.

Por meio desta história de vida e relações, a Cia dOs Inventivos convida o público a pensar sobre ética comunitária, famílias alargadas e práticas ancestrais herdadas e reatualizadas na cidade. Ela põe uma lupa na participação dos negros na construção da metrópole paulistana. Para compor a direção, Flávio Rodrigues trabalhou com três eixos fundamentais. “O primeiro deles foi reconstituir as memórias, mesmo que lacunares, da vida de Maria Auxiliadora da Silva e de sua família. O segundo eixo foi partir da multiplicidade de experiências artísticas do elenco (a dança, a música e as artes plásticas), e por último, buscamos aproximar as artes plásticas ao universo do samba, linguagem muito presente na produção dos artistas da família Silva”, explica o diretor.

O cenário do espetáculo é composto por um mobiliário amontoado que remete às dificuldades de uma vida precária na cidade. A cenografia se transforma para dar lugar à residência da família Silva, ao ateliê, às ruas, à praça da República, aos bailes e aos barracões. “Os objetos cênicos desmontam, se encaixam, formam alturas diferentes, e se transformam em palco, palanque e oratório. Sob o ponto de vista estético, o tom do barroco mineiro entrecruza-se às nuances da São Paulo desvairada do néon, das máquinas fabris e dos projetos de modernização”, explica Flávio Rodrigues.

Já o figurino reflete as habilidades da família Silva, que costurava as próprias roupas; a representação dos corpos nas obras produzidas por Maria Auxiliadora e seus irmãos e a tecelagem estética de confecção e pintura de tecidos entre as décadas de 1940 a 1970. Por fim, a trilha sonora bebe no samba, no jongo, nos batuques, nas congadas e no samba-rock.


20 anos de história
O assunto também é importante para o grupo, que surgiu em 2004, um momento em que o Teatro de Grupo e o Teatro de Rua eram movimentos fortes com diálogo com os órgãos públicos do município. Para Flávio Rodrigues, resistir como um grupo é ajudar São Paulo a cultivar a sua diversidade cultural e o pensamento crítico. “Nós seguimos na luta em parceria com outros grupos que vivenciaram situações e desafios semelhantes aos nossos. Acreditamos que 20 anos de história traduzem as dores e as delícias de sermos uma companhia em constante pesquisa e estudos”, celebra o diretor.

Em 2019, a companhia promoveu encontros chamados de Solos Férteis, para decidir o foco do grupo nos projetos seguintes. Desses encontros, surgiu a ideia de continuar falando das personalidades. A primeira peça foi sobre a escritora Carolina Maria de Jesus (Um Canto para Carolina). E, depois, o foco foi Maria Auxiliadora da Silva, com projetos contemplados por dois editais do Programa de Fomento ao Teatro.


Ficha técnica:


Concepção e direção geral: Flávio Rodrigues. Assistente de direção: Aysha Nascimento. Artistas-criadores: Adilson Fernandes, Aysha Nascimento, Carol Nascimento, Danilo de Carvalho, Dirce Thomaz, Flávio Rodrigues, Marcos di Ferreira, Taynã Azevedo e Val Ribeiro. Dramaturgia: Dione Carlos. Dramaturgia da cena: Cia dOs Inventivos. Orientação de pesquisa: Bruno Garcia. Direção musical: Jonathan Silva. Preparação vocal: William Guedes. Preparação corporal e coreografia: Aysha Nascimento e Val Ribeiro. Músicas originais: Adilson Fernandes, Bruno Garcia, Carol Nascimento, Dani Nega, Flávio Rodrigues e Jonathan Silva. Cenografia: Flávio Rodrigues e Wanderley Wagner. Desenho de luz: Wagner Pinto. Instalação: Marcos di Ferreira e Taynã Azevedo. Figurino: Silvana Marcondes. Assistente de figurino: Julia Tavares Bispo. Pinturas roupas: Bru Fiamini, Julia Tavares Bispo e Silvana Marcondes. Fantasias de carnaval: Bru Fiamini. Costureiras: Juliana Sampaio e Judite de Lima. Adereços: Marcos di Ferreira e Taynã Azevedo. Ade orixás e esculturas de pombos: Adilson Fernandes. Cenotécnico: Robson Toma. Contrarregras: Danilo de Carvalho e Lucas Ramos. Operação de luz: Beatriz Nauali. Sonoplastia e operação de som: Tomé de Souza. Estagiário-residente e social mídia: Danilo de Carvalho. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli. Arte Gráfica: Bruno Marcitelli. Fotografia:  Zé Barretta. Pintura em tela (imagem): João Cândido da Silva. Produção Executiva: Aysha Nascimento, Flávio Rodrigues e Marcos di Ferreira. Estagiária de produção: Fernanda Santos. Bilheteria: Yenka Nascimento. Produção Geral: Cia dOs Inventivos.


 


Serviço:


Espetáculo Maria Auxiliadora com a Cia dOs Inventivos


De 6 a 14 de abril no Sesc Casa Verde


Local: Arena


Sessões: Dias 6, 7, 13 e 14/04, sábados e domingos, às 16h.

Dia 11/04, quinta, às 14h30. Dia 12/04, sexta, às 19h30.

Duração: 120 minutos

Classificação etária: 14 anos

Ingressos: grátis

Retirada de ingressos uma hora antes do espetáculo, na Central de Atendimento.

https://www.sescsp.org.br/programacao/maria-auxiliadora/


Sesc Casa Verde

Av. Casa Verde, 327 – Jardim São Bento, São Paulo.

Estacionamento: entrada pela Rua Soror Angélica, 751.

.: Musical "A Vedete do Brasil" resgata o mito de Virgínia Lane


As atrizes Suely Franco, Flávia Monteiro e Bela Quadros protagonizam a montagem que celebra o centenário da icônica artista e tem Claudia Netto na direção e Alfredo Del-Penho na direção musical. Foto: Pino Gomes

A vida de Virgínia Lane (1920-2014) foi marcada por uma série de feitos e histórias que até hoje reverberam no imaginário coletivo. Artista pioneira, começou a carreira como cantora ainda adolescente nos anos 1930, atuou no Cassino da Urca, trabalhou e foi amiga de personalidades como Carmen Miranda, Oscarito, Walter Pinto e Grande Otelo. Teve uma intensa carreira cinematográfica e virou um dos maiores ícones do teatro de revista brasileiro, ao receber o título de “A Vedete do Brasil” pelas mãos de Getúlio Vargas, com quem afirmava ter mantido um relacionamento por mais de dez anos.

Absorvendo toda essa atmosfera, a comédia musical “A Vedete do Brasil” segue em temporada no Teatro Faap até dia 28 de abril, com sessões sextas, às 20h00; sábados, às 19h00; e domingos, às 17h00. Em cena, Suely Franco interpreta Virgínia já em seus últimos anos de vida, enquanto prepara uma ceia de Natal com a filha única, Marta (Flávia Monteiro), e aguarda a chegada de um amigo. Ao longo do dia, ela relembra episódios que marcaram a sua trajetória, em cenas que divide com Bela Quadros, responsável por dar vida à Virgínia no auge de sua juventude. 

Com realização da WB Produções, de Wesley Telles e Bruna Dornellas, o projeto foi idealizado pelo jornalista Cacau Hygino, que assina a dramaturgia ao lado de Renata Mizhari. A direção marca a estreia de Claudia Netto na função e a direção musical fica a cargo do premiado Alfredo Del-Penho

A montagem pretende mostrar a mulher que estava por trás de tantas plumas, paetês, polêmicas e lantejoulas. O centenário de Virgínia Lane, em 2020, foi a grande inspiração para a empreitada, que acabou sendo adiada pela pandemia e agora finalmente chega aos palcos. São momentos em que a vedete precisou enfrentar a Igreja para conseguir se casar no Outeiro da Glória após o veto de um padre, ou mesmo memórias divertidas de seus trabalhos na televisão, como apresentadora infantil, ou de suas turnês pelo Brasil e países vizinhos. Os números musicais intercalam e formam um elo entre as lembranças e o presente, na casa em que Virgínia viveu até o final da vida em Piraí (RJ).

Aparecem então canções como a famosa "Sassaricando", gravada pela primeira vez por ela, em 1951, "Barracão" (da chanchada "É Fogo na Roupa"), "Ninguém me Controla" e muitas marchinhas de letras maliciosas e com o duplo sentido bem-humorado que a consagrou, como "Marcha da Pipoca". As atrizes vão cantar acompanhadas por três músicos, que também fazem algumas intervenções em cena.

Nome incontornável da retomada do teatro musical brasileiro, Claudia Netto assina pela primeira vez a direção de um espetáculo, após dirigir alguns shows. Atriz de uma série de montagens bem-sucedidas ("Company", "Na Bagunça do Teu Coração", "Mamma Mia!", "Judy Garland – O Fim do Arco-Íris") e com uma sólida carreira, ela procurou justamente focar a encenação em apresentar quem era Virgínia Lane, a mulher por trás de tantos brilhos e fantasias: a dona de casa e mãe zelosa, que enfrentou uma série de preconceitos dentro e fora do lar.

O texto, de Renata Mizhari e Cacau Hygino, também idealizador do projeto, teve como inspiração um encontro dele com Alex Palmeira, o amigo pelo qual Virgínia espera na noite de Natal. Alex foi seu maquiador, figurinista e anjo da guarda nos últimos anos de vida. Cacau e Alex se encontraram e logo surgiu o desejo de reviver o mito da vedete mais famosa do país. Ela própria cansava de pedir para que Alex e a filha Marta não deixassem de contar a sua história.

O desafio foi assumido pela WB Produções, de Bruna Dornellas e Wesley Telles, que ressaltam a importância de falar sobre uma mulher como Virgínia Lane no mundo de hoje, ao contar toda a sua saga de pioneirismo, empoderamento e luta contra os preconceitos para se tornar uma das artistas mais representativas de toda uma geração. "A Vedete do Brasil" é ainda um resgate e uma grande homenagem a todas as vedetes brasileiras, que, assim como Virgínia, conseguiram superar imensas dificuldades, se impor perante o olhar torto dos moralistas e viraram verdadeiras estrelas. O espetáculo é apresentado pelo Ministério da Cultura, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Apoio: Porto e Yaman. Realização: WB Produções.

Sinopse
Virgínia Lane (1920-2014) foi uma artista que marcou época, enfrentou preconceitos e viveu histórias inacreditáveis em sua carreira como vedete. É véspera de Natal e Virgínia, já no final da vida, prepara a ceia para seus dois maiores afetos: a filha única, Marta, e o amigo Alex, que está a caminho. É uma época em que ela fica especialmente sensível e repassa a vida diante de seus olhos. Enquanto relembra episódios como a sua relação com o presidente Getúlio Vargas, o sucesso na televisão, no cinema e no teatro de revista, o preconceito sofrido dentro e fora de casa e todo o glamour das plumas e paetês, Virgínia (Suely Franco) se reencontra com ela mesmo na juventude (Bela Quadros) e acerta as contas com a filha (Flávia Monteiro). Números musicais ao vivo embalam o espetáculo, com direito a canções marcantes, como “Sassaricando”, gravada pela primeira vez por Virgínia no Carnaval de 1951.

As canções
"Listinha de Natal" (Índia, Jorge Henrique)
"Barracão" (Luiz Antônio, Oldemar Magalhães)
"Santo Antônio Casamenteiro" (Antônio Almeida, Alberto Ribeiro)
"Ninguém me Controla" (Alcebíades Nogueira, Luiz de França, Nelson Bastos)
"La Barca" (Roberto Cantoral)
"Mamãe Já Vem Aí" (Nelson Castro, José Batista)
"Menino Triste" (Autor desconhecido)
"A Vedete do Brasil" (Valsa de Luiz Antonio e Virgínia Lane)
"Amendoim Torradinho" (Luiza Pereira, Freitas Carvalho)
"É Baba de Quiabo" (Arsênio de Carvalho, Virgínia Lane)
"Somebody Loves Me" (George Gershwin, Ballard MacDonald Buddy DeSylv
"Marcha da Pipoca" (Luiz Bandeira, Arsênio de Carvalho)
"Sassaricando" (Luiz Antônio, Jota Júnior, Oldemar Magalhães)


Ficha técnica
Espetáculo "A Vedete do Brasil"
Com Suely Franco, Flávia Monteiro e Bela Quadros
Ideia original e pesquisa: Cacau Hygino
Texto: Renata Mizrahi e Cacau Hygino
Direção: Claudia Netto
Direção musical: Alfredo Del-Penho
Direção de produção: Bruna Dornellas e Wesley Telles
Diretora assistente: Ana Luiza Folly
Direção de movimento: Dani Cavanellas
Desenho de luz: Adriana Ortiz
Cenografia: Natália Lana
Figurino: Karen Brusttolin
Designer de som: Gabriel D’ Angelo
Produção executiva: Aline Gabetto e Clarice Coelho
Gestão de Projetos: Deivid Andrade
Músicos: Vinicis Teixeira (Baterista), Guilherme Montanha (Instrumento de sopro), Marcelo Farias (Piano digital)
Cenógrafa assistente: Julia Marina
Cenotécnico: André Salles
Costureira de cenário: Nice Tramontin
Pintor de arte: Cassio Murilo
Equipe de cenotécnica: Paulo Sá, Walmir Junior, Márcio Domingues, Gilvan do Carmo,
Gilmar Kalkman, Wellington Carmo, Vinícius Carmo, Ronaldo Ferrinha e Tayane Valle.
Contra mestre / modelista: Fatima Félix
Costureiras: Vera Costa, Ivonete Lima, Ana Vitta, Maria Margarida de Oliveira, Regiane Nascimento.
Assistente de figurino: Júlia Altahyde
Design de adereços: Ateliê Belisario Cunha
Bordadeiras: Val Justino
Sapateiro: Gomes calçados
Motorista de figurino: Ronaldo Santos
Preparadora vocal: Luciana Oliveira
Designer gráfico: Lydia Spinassé e Jhonatan Medeiros
Fotos: Pino Gomes
Produção audiovisual: Quarta Dimensão
Gestão de Mídia: R+ Marketing
Marketing digital: Válvula Marketing
Operadora de áudio: Carol Andrade
Microfonista: Laris Vasconcelos
Técnico de luz: Matheus Espessoto
Diretora de palco: Roberta Viana
Contrarregra: Lara Gutierrez
Assistente de interpretação: Rafa Ziani
Camareira: Tania Fernandes
Consultor cultural e visagista: Alex Palmeira.
Coreógrafa de sapateado: Sarah Coutinho
Assistente de produção: Thalia Peçanha
Projeto gráfico: Nós Comunicações - Leticia Andrade
Mídias sociais: Ismara Cardoso
Estagiário de comunicação: Bruna Malacarne
Coordenação Administrativa: Letícia Napole
Assessoria de Comunicação: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes
Contabilidade Vitória: Geovana Gava
Contabilidade Rio de Janeiro: Contemporânea Contabilidade
Assessoria Jurídica: Maia, Benincá & Miranda Advocacia
Apresentado por: Ministério da Cultura
Apoio: Porto e Yaman
Produtora associada: WB Entretenimento
Realização: WB Produções


Serviço
Espetáculo "A Vedete do Brasil"
Teatro FAAP - Rua Alagoas, 903, Higienópolis, São Paulo/SP
Temporada: de 8 de março a 28 de abril. Sexta, às 20h;  sábados, às 19h e aos domingos às 17h. As sessões de domingo vão contar com intérprete de libras. Vallet no local.
Classificação Indicativa:12 anos.  Duração: 80 minutos. Gênero: Musical
Site Vendas:  https://teatrofaap.showare.com.br/Default.aspx?EVENT ID=188&trk_eventId=188
Preço: Plateia > R$ 140,00 (inteira) e R$ 70,00 (meia) / Mezanino (preço popular) > R$ 50,00 (inteira) e R$ 25 (meia-entrada)

terça-feira, 19 de março de 2024

.: Teatro Porto: Mel Lisboa retorna como Rita Lee em musical inédito

Com roteiro e pesquisa de Guilherme Samora, direção de Marcio Macena e Débora Dubois e direção musical de Marco França e Marcio Guimarães, espetáculo é baseado na autobiografia da rainha do rock brasileiro. Foto: Caue Moreno


A existência de Rita transformou uma geração, abriu caminhos artísticos e na sociedade e faz muita gente feliz – Mel Lisboa 


Dez anos depois da estreia do sucesso "Rita Lee Mora ao Lado", a atriz Mel Lisboa volta a interpretar a roqueira-mor em um musical inédito, desta vez inspirado na autobiografia da cantora. Com direção de Marcio Macena e Débora Dubois, "Rita Lee – Uma Autobiografia Musical" estreia no Teatro Porto, em São Paulo, no dia 26 de abril, onde segue em cartaz até 30 de junho, com apresentações às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 17h.

Quando Mel Lisboa pisou pela primeira vez em cena como Rita Lee em 2014, ela não poderia prever algumas coisas: primeiro, de que seriam meses de casa cheia num dos maiores teatros de São Paulo. Segundo, que a própria Rita apareceria sem avisar, abençoaria sua performance e ainda voltaria para assistir ao espetáculo. Trabalho, aliás, que rendeu a Mel prêmios como melhor atriz e a colocou de vez entre os maiores nomes do teatro nacional, com uma frutífera e diversificada carreira. 

A nova montagem ainda tem direção musical de Marco França e Marcio Guimarães e, junto com Mel, estão no elenco Bruno Fraga, Fabiano Augusto, Carol Portes, Debora Reis, Flavia Strongolli, Yael Pecarovich, Antonio Vanfill, Gustavo Rezê e Roquildes Junior.

Diferentemente do projeto anterior, dessa vez, Mel conta a história de Rita com base no livro da cantora, lançado em 2016 e um dos maiores sucessos editoriais do Brasil. O livro narra os altos e baixos da carreira de Rita com uma honestidade escancarada, a ponto de ter sido apontado como “ensinamento à classe artística” pelo jornal O Estado de São Paulo. A ideia do novo musical surgiu quando Mel gravou a versão em audiolivro, como Rita, em 2022. 

O texto de Rita, numa narrativa envolvente e perfeita para um musical biográfico, conta do primeiro disco voador avistado por ela ao último porre. Sem se poupar, ela fala da infância e dos primeiros passos na vida artística; de Mutantes e de Tutti-Frutti; de sua prisão em 1976, na ditadura; do encontro de almas com Roberto de Carvalho; das músicas e dos discos clássicos; do ativismo pelos direitos dos animais; dos tropeços e das glórias.

“A vida de Rita precisa ser contada e recontada. Sua existência transformou toda uma geração. E continua a conquistar fãs cada vez mais jovens. Rita não é ‘somente’ a roqueira maior. Ela compôs, cantou e popularizou o sexo do ponto de vista feminino em uma época em que isso era inimaginável. Ousou dizer o que queria e se tornou a artista mais censurada pela ditadura militar. Na época, foi presa grávida. Deu a volta por cima e conquistou uma legião de ‘ovelhas negras’. Se tornou a mulher que mais vendeu discos no país e a grande poetisa da MPB”, declara a Mel Lisboa.

Como diz Rita no livro, seu grande gol é ter feito um monte de gente feliz. E Mel, no palco como Rita, leva a sério essa missão: todas as vezes que encarnou Rita em cena, as pessoas se comportavam como se estivessem num show. Cantando junto, batendo palma e, não raras as vezes, correndo para dançar na frente do palco no “bis” do espetáculo. Viva Rita!

A montagem terá roteiro e pesquisa de Guilherme Samora inspirada no livro "Rita Lee – Uma Autobiografia", onde a cantora fala abertamente da sua vida pessoal e profissional. 

A ideia é criar uma versão inédita que mostre todas as facetas dessa grande cantora, compositora, multi-instrumentista, apresentadora, atriz, escritora e ativista dos direitos humanos e uma das maiores, se não a maior artista brasileira.

O Teatro Porto recebe a estreia do musical "Rita Lee – Uma Autobiografia Musical" em sintonia com as comemorações de seus 9 anos, que serão completados em maio. Como parte de seu compromisso em incentivar a cultura brasileira e fomentar a efervescência da região central da cidade, a peça se alinha à visão curatorial do teatro, que busca excelência artística enquanto promove a inclusão de diferentes públicos.


Ficha Técnica: 

Roteiro e Pesquisa: Guilherme Samora. Direção Geral: Débora Dubois e Márcio Macena. Direção Musical: Marco França e Marcio Guimarães. Figurinista: Carol Lobato

Iluminação: Wagner Pinto. Elenco: Mel Lisboa, Bruno Fraga, Fabiano Augusto, Carol Portes, Debora Reis, Flavia Strongolli, Yael Pecarovich, Antonio Vanfill, Gustavo Rezê e Roquildes Junior. Coordenação de Produção: Edinho Rodrigue. Realização: Brancalyone Produções.


Serviço

Espetáculo: Rita Lee – Uma Autobiografia Musical

De 26 de abril a 30 de junho de 2024 - Sextas e sábados às 20h e domingos às 17h.

Ingressos:  Sextas - Plateia: R$100,00 (inteira) Balcão e Frisas: R$80,00 (inteira)

Valor especial: R$40,00 (inteira)*

Sábados e Domingos - Plateia: R$120,00 (inteira) Balcão e Frisas: R$100,00 (inteira)

Valor Especial: R$40,00 (inteira)*

OBS: Dias 26, 27 e 28/04 – Sessões populares especiais com ingressos a R$40,00 (inteira) e R$20,00 (meia-entrada), em qualquer setor do teatro.

*O ingresso VALOR ESPECIAL é válido para todos os clientes e segue o plano de democratização da Lei Rouanet, havendo uma cota deste valor promocional por sessão.

Classificação: 12 anos.

Duração: 120 minutos.


TEATRO PORTO 

Al. Barão de Piracicaba, 740 – Campos Elíseos – São Paulo.

Telefone (11) 3366.8700

Bilheteria: 

Aberta somente nos dias de espetáculo, duas horas antes da atração. 

Clientes Porto Bank mais acompanhante têm 50% de desconto.

Clientes Porto mais acompanhante têm 30% de desconto.

Vendas: sympla.com.br/teatroporto

Capacidade: 508 lugares.

Formas de pagamento: Cartão de crédito e débito (Visa, Mastercard, Elo e Diners).

Acessibilidade: 10 lugares para cadeirantes e 5 cadeiras para obesos.

Estacionamento no local: Gratuito para clientes do Teatro Porto.

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segunda-feira, 18 de março de 2024

.: Teatro Rosinha Mastrângelo recebe a peça "Pagu - Do Outro Lado do Muro"


A vida de Patrícia Galvão, a Pagu, considerada uma das precursoras do movimento feminista no Brasil, como mãe, militante política, escritora, é tema do espetáculo "Pagu - Do Outro Lado do Muro", que será seguido de bate-papo. Foto: Arô Ribeiro


Localizado no Centro de Cultura Patrícia Galvão, em Santos, o Teatro Rosinha Mastrângelo recebe o monólogo "Pagu - Do Outro Lado do Muro", nesta quinta-feira, dia 21 de março, às 19h00.  Ao final do espetáculo, a dramaturga Tereza Freire, autora do livro "Dos Escombros de Pagu: um Recorte Biográfico de Patrícia Galvão", lançado pelas Edições Sesc SP e Editora Senac, e a atriz Thais Aguiar, participam de um bate-papo seguido de sessão de autógrafos. A classificação indicativa do espetáculo, que tem apresentação gratuita, é de 14 anos. A retirada de ingressos será no dia, a partir das 10h00, no Sesc Santos.

O monólogo com a atriz Thais Aguiar e texto da dramaturga e historiadora Tereza Freire que de forma ímpar, conta a riquíssima vida de Patrícia Galvão, mãe, militante política, escritora, que passa por sua relação com Tarsila do Amaral e os modernistas, fala de seus filhos, amores, amigos, da família, das viagens, das descobertas, da menina irreverente que foi e da mulher guerreira em que se transformou e hoje considerada uma das precursoras do movimento feminista no Brasil. Um espetáculo que nos leva a verdadeiramente conhecer o furacão que é Pagu, entendê-la e amá-la.

Estamos falando de abuso, de violência, do tarefismo imposto a mulheres, de várias coisas que Pagu passou, mas que todas nós mulheres ainda passamos. E como ampliar e tornar ainda mais arquetípica essa história, essa relação que não é só de uma mulher, é de uma geração que se perpetua pelas próximas gerações. Enquanto houver patriarcado isso vai existir.

Nesta montagem, formada por uma equipe artística composta em sua maioria por mulheres, resultado de 4 anos de pesquisa da atriz Thais Aguiar sobre a vida e a obra de Pagu. "Pagu - Do Outro Lado do Muro" traz uma dramaturgia atualizada que dialoga ainda mais com o cenário social e político brasileiro. Com idealização de Thais Aguiar, da Espontânea Cia de Teatro, direção de Érika Moura e Natália Siufi (Grupo Xingó), e dramaturgia assinada por Tereza Freire.

O espetáculo reúne forças nesse encontro de mulheres, que ditam o pulso numa caminhada vertical na contramão de um pensar, existir e se mover. Nos questiona como é que a gente faz desse teatro que é antigo e resistente, se tornar essa relação de uma experiência conjunta, presente e capaz de convocar toda uma ancestralidade de mulheres.

"Pagu - Do Outro Lado do Muro" nasceu após sua montagem embrionária em 2022, inspirada no livro "Dos Escombros de Pagu", de Tereza Freire (Edições Sesc), realizada especialmente para as comemorações do Centenário da Semana de Arte Moderna, em São Paulo, em 2022, na Oficina Cultural Oswald de Andrade em São Paulo.

Sobre o livro
As Edições Sesc São Paulo lançam "Dos Escombros de Pagu: um Recorte Biográfico de Patrícia Galvão". A segunda edição da biografia, escrita pela historiadora Tereza Freire, tem como ponto de partida a reunião dos escritos de Pagu, como cartas, bilhetes, poemas, correspondências e artigos de jornal. Poucas personagens da vida cultural e política brasileira da primeira metade do século XX tiveram uma vida tão intensa e fascinante como a escritora, poetisa, diretora teatral, tradutora, desenhista, cartunista e jornalista Patrícia Rehder Galvão, a Pagu. 

Essa mulher extraordinária, no entanto, ainda é pouco conhecida do grande público. Para ajudar a preencher essa lacuna, as Edições Sesc São Paulo, em parceria com a Editora Senac SP, publicam a segunda edição de "Dos Escombros de Pagu: um Recorte Biográfico de Patrícia Galvão", da historiadora Tereza Freire.

A autora relata a agitada vida de Pagu, nascida em 1910 em uma família abastada do interior de São Paulo, a partir de correspondências, poemas e artigos de jornal. Dividido em três partes e por temas, o livro não se limita a fazer um relato cronológico de acontecimentos, mas dá voz à biografada, tomando como ponto de partida a reunião de seus escritos. Quem assina o prefácio é o historiador Rudá K. Andrade, neto de Pagu e do também escritor Oswald de Andrade, um dos principais arquitetos do Modernismo brasileiro.

Tereza Freire é historiadora com mestrado sobre Pagu pela PUC-SP. É roteirista e diretora do documentário Caminhos do Yoga, gravado na Índia em 2003, e autora do romance "Selvagem como o Vento", de 2002. Na televisão, foi roteirista da série de documentários "Diário de Viagem", sobre turismo no Nordeste, e como apresentadora do programa "Contos da Meia-noite", da TV Cultura de São Paulo. O livro "Os Escombros de Pagu" foi inspiração para duas montagens de teatro, no Rio de Janeiro e em São Paulo.


Ficha técnica
Monólogo "Pagu - Do Outro Lado do Muro" 
Atuação: Thais Aguiar
Texto: Tereza Freire
Direção: Erika Moura e Natália Siufi
Trilha Sonora original: Paulo Gianini
Iluminação: Tomate Saraiva
Fotografias: Arô Ribeiro
Design gráfico: Theo Siqueira
Cenário e Figurino orientados por Livia Loureiro
Realização: Espontânea Cultural
Assessoria de Imprensa: Antonio Montano
Coprodução: Lorenna Mesquita


Serviço
Monólogo "Pagu - Do Outro Lado do Muro"
Espetáculo seguido de bate-papo e sessão de autógrafos
Com Espontânea Cia. de Teatro
Bate-papo e sessão de autógrafos do livro "Dos Escombros de Pagu: um Recorte Biográfico de Patrícia Galvão" - Edições Sesc SP e Editora Senac com Tereza Freire (autora) e Thais Aguiar (atriz
Quinta-feira, dia 21 de março, às 19h00

Teatro Rosinha Mastrângelo
Av. Senador Pinheiro Machado, 48 - Vila Matias)
(piso térreo do Centro Cultural Patrícia Galvão)
Classificação indicativa: 14 anos
Grátis. Retirada de ingressos no dia, a partir das 10h00, no Sesc Santos

Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida  
Telefone: (13) 3278-9800  

quinta-feira, 14 de março de 2024

.: Com Ricardo Tozzi e grande elenco, "Ainda Dá Tempo" estreia no Teatro Uol


Uma casa à venda é o ponto de encontro de três casais, que se surpreendem com descobertas que podem mudar os seus destinos. Comédia de Jeff Gould, com direção de Isser Korik, estreia no dia 5 de abril, no Teatro Uol. Foto: Guilherme Assano

Com Ricardo Tozzi, Bruna Thedy, Norival Rizzo, Eliete Cigaarini, Igor Cosso, Bia Arantes e Klayton Pavesi, o espetáculo “Ainda Dá Tempo”, que estreia dia 5 de abril no Teatro Uol, traz uma reflexão divertida e instigante sobre a passagem do tempo e a importância do cuidado que os casais devem ter com o relacionamento, nas suas diferentes fases.Escrita por Jeff Gould e com direção de Isser Korik, a comédia começa com casal de meia idade e seu filho adolescente, que arrumam sua casa que está à venda, para receber compradores.

Dois casais, em fases e objetivos distintos, chegam para a visitação e começam a compartilhar as experiências e os desafios que enfrentam em seus relacionamentos. As afinidades entre os gêneros vão se tornando evidentes até que sinais estranhos e misteriosos surgem, o que os leva a uma descoberta surpreendente. Tal situação desperta os casais a questionarem sobre como, no presente, lidam com o seu passado e o que desejam fazer pelo seu futuro.


Parceria de sucesso
A comédia “Ainda Dá Tempo” é o mais recente texto assinado pelo americano Jeff Gould. Durante vinte e cinco anos, o dramaturgo tem feito o público rir ao explorar os territórios do amor, do sexo e do casamento com seu olhar atento sobre aos relacionamentos. “Definitivamente meus textos têm pitadas autobiográficas. Muitos diálogos são baseados no meu relacionamento com minha ex-mulher. Mas não é só isso. Se você quer ser escritor, tenho duas sugestões: seja um pouco louco e seja amigo de alguns deles”, fala o autor sobre o seu trabalho.

“Jogo Aberto”, um dos sucessos anteriores do autor já foi montado em vários países, incluindo o Brasil (2016), traduzido e dirigido por Isser Korik e protagonizado por Ricardo Tozzi. “Eu gosto de repetir parcerias que dão certo. Alguns autores são recorrentes no meu trabalho: João Bethencourt já fiz dois textos, Jeff Gould já é o terceiro que traduzo e enceno. Retomar a parceria com o Tozzi, com a Bruna e com a Eliete, nesse elenco que é um 'dream team' é muito gratificante para mim”. O espetáculo é apresentado pela empresa Metlife e patrocínio do Banco Luso e Consigaz pela Lei Nacional de Incentivo à Cultura.

Ficha técnica
Espetáculo "Ainda Dá Tempo"
Comédia de Jeff Gould
Tradução e Direção de Isser Korik
Elenco: Ricardo Tozzi, Bruna Thedy, Norival Rizzo, Eliete Cigaarini, Igor Cosso, Bia Arantes e Klayton Pavesi.
Cenografia: Ricardo Tozzi
Figurinos: Renata Ricci
Produção Executiva e Cenotecnia: Will Siqueira
Trilha Sonora: Wagner Bernardes
Fotografia: Guilherme Assano
Assistência de Direção: Roana Paglianno
Assessoria de Imprensa: Flavia Fusco Comunicação
Criação Gráfica: Letícia Andrade  e R+Marketing
Administração: Paloma Espíndola
Prestação de Contas: Sonia Kavantan
Coordenação de Marketing: Emanoela Abrantes
Iluminador e Operação: Rafael Pereir
Mídias Sociais: Renata Castanho
Realização: Referendum Participações e Serviços Ltda e Ministério da Cultura

Serviço:
Espetáculo "Ainda Dá Tempo"
De: Jeff Gould
Tradução e direção: Isser Korik
Gênero: Comédia
Duração: 80 minutos
Classificação: 12 anos
Temporada: de 5 de abril a 2 de junho. Sextas, sábados e domingos, às 20h00.

Ingressos:
Sextas e Domingos – Setor A R$ 100,00 e Setor B R$ 70,00
Sábados – Setor A R$ 120,00 e Setor B R$ 90,00
Ingressos promocionais com descontos de 70% e 80%, no site e na bilheteria, para os primeiros compradores de cada sessão.

Teatro Uol
Shopping Pátio Higienópolis - Av. Higienópolis, 618 / Terraço / tel.: (11) 3823-2323
Televendas: (11) / 3823-2423 / 3823-2737 / 3823-2323
Vendas on-line: www.teatrouol.com.br
Capacidade: 300 lugares
Acesso para cadeirantes / Ar-condicionado / Estacionamento do Shopping: consultar valor pelo tel: 4040-2004 / Venda de espetáculos para grupos e escolas: (11) 3661-5896, (11) 99605-3094

Horário de funcionamento da bilheteria
Quartas e quintas das 17h às 20h, sextas das 16h às 20h, sábados, das 13h às 22h e domingos, das 13h às 20h; não aceita cheques / Aceita os cartões de crédito: todos da Mastercard, Redecard, Visa, Visa Electron e Amex / Estudantes e pessoas com 60 anos ou mais têm os descontos legais / Clube UOL e Clube Folha 50% desconto.Patrocínio do Teatro Uol: Uol, Folha de S.Paulo, Genesys, Banco Luso Brasileiro e MetLife.

quarta-feira, 13 de março de 2024

.: Últimas apresentações de "Memórias do Mar Aberto: Medeia Conta..."


Com texto da brasileira Consuelo de Castro, peça está em cartaz até 24 de março no Teatro Paiol Cultural, com idealização de Roberta Collet e direção de Reginaldo Nascimento. Foto: Ronaldo Gutierrez

A montagem "Memórias do Mar Aberto: Medeia Conta Sua História", com texto da dramaturga Consuelo de Castro (1946-2016), e idealizada por Roberta Collet, que também está no papel principal, e dirigida Reginaldo Nascimento, faz as últimas apresentações  no Teatro Paiol Cultural, na Vila Buarque, em São Paulo. A peça está em cartaz até dia 24 de março, com sessões sábados e domingos.

Nesta versão livre do mito de Medeia, a personagem-título toma o lugar de Jasão e chefia a expedição dos Argonautas, não por amor a ele, mas pelo ideal de paz entre os povos do Ocidente e do Oriente. Na peça, ela é traída não só pelo amor de Jasão a uma outra mulher, mas por uma aliança política dele com o rei Creonte. Os intérpretes são  Roberta Collet, Felipe Oliveira, Haroldo Bianchi, Joca Sanches e Rodrigo Ladeira. 

A peça foi montada com recursos próprios, sem o apoio de leis de incentivo. O texto de Consuelo mostra Medeia por outros ângulos: na trama, ela tem ideais políticos e chefia a expedição dos Argonautas no lugar de Jasão. De acordo com o mito, a missão desses navegantes era ir à Cólquida buscar o Velocino de Ouro, um presente dos deuses cujo poder era atrair prosperidade. 

Medeia lutava para garantir a paz entre os povos do Ocidente e do Oriente. Por esse motivo, foi traída não só pelo amor de Jasão a uma outra mulher, mas por uma aliança política dele com o rei Creonte. Para abordar todas essas dimensões no espetáculo, a encenação coloca o poder feminino a partir dos atos finais de vida, mortes e renascimentos que atravessam o caminho de Medeia. Ela representa a luta de tantas outras pela paz ao longo da história. A traição aparece em cada desejo inescrupuloso dos homens que a cercam no desenvolvimento da tragédia. “Ela é deslegitimada pelos deuses, pelos oráculos e pelo próprio Jasão. Em sua visão, todos esses agentes matam as pessoas que a ajudam e roubam seu direito de ser rainha”, comenta o diretor Reginaldo Nascimento.


Sobre a encenação
"Memórias do Mar Aberto: Medeia Conta Sua História" de uma maneira diferente. Por isso, de acordo com o diretor Reginaldo Nascimento, a concepção do espetáculo se pauta em uma encenação limpa. “Nosso foco está na força das palavras e na potência das interpretações. Dessa maneira, o cenário é minimalista e a trilha sonora serve apenas para ambientar o espectador”, comenta.

Na proposta cênica, todos os personagens já estão mortos – exceto Medeia, pois ela se tornou um símbolo. “Como minha ideia é que ela esteja expurgando os pecados, a narrativa acontece em retrospecto, como um filme. Ou seja, o palácio já foi queimado e os filhos já estão mortos. Assim, quero que os atores e atrizes estejam chamuscados pela poeira do fogo e do tempo – e o figurinista Chriz Aizner vai viabilizar isso”, detalha o diretor.    

Em relação à sonoplastia, Reginaldo Nascimento pensou em utilizar apenas músicas instrumentais. Haverá também a projeção de um mar, com o barulho constante de água, raios e trovões, dando o clima de uma tragédia grega.  “Para nós, é uma alegria montar esse texto no Teatro Paiol Cultural, que abriu as portas em 1969, justamente com um texto de Consuelo de Castro”, afirma Nascimento. 

Ficha técnica
Espetáculo "Memórias do Mar Aberto: Medeia Conta Sua História"
Autora: Consuelo de Castro
Direção: Reginaldo Nascimento
Diretora assistente: Amália Pereira
Elenco: Roberta Collet, Felipe Oliveira, Haroldo Bianchi, Joca Sanches e Rodrigo Ladeira
Desenho de Espaço Cênico e Sonoplastia: Reginaldo Nascimento
Cenário e figurinos: Chris Aizner
Lighting Design: Wagner Pinto
Costureira: Judite Gerônimo de Lima
Assessoria de imprensa: Canal Aberto
Fotógrafo: Ronaldo Gutierrez
Produção executiva: Amália Pereira
Direção de produção: Reginaldo Nascimento
Designer: Patricia Collet


Serviço
Espetáculo "Memórias do Mar Aberto: Medeia Conta Sua História"
Até 24 de março, aos sábados, às 20h00, e, aos domingos, às 19h00
Local: Teatro Paiol Cultural - R. Amaral Gurgel, 164 - Vila Buarque (estações de metrô: Santa Cecília e República. Estacionamentos conveniados: Rua Marquês de Itu, 401 e 436). Telefone: (11) 2364-5671.
Bilheteria: de quinta a domingo, das 14h00 às 20h00
Valor: R$ 60,00 e R$ 30,00
Classificação: 14 anos | Duração: 90 minutos

segunda-feira, 11 de março de 2024

.: "Radojka - Uma Comédia Friamente Calculada" estreia no Teatro Faap


Marisa Orth e Tania Bondezan protagonizam "Radojka - Uma Comédia Friamente Calculada", que estreia no dia 19 de março no Teatro Faap.Inédito no Brasil, o espetáculo dirigido por Odilon Wagner é uma comédia ágil, de humor insólito e cheio de surpresas. Foi escrito pelos uruguaios Fernando Schmidt e Christian Ibarzabal e encenado em 12 países. Foto: João Caldas 

A insegurança laboral no serviço doméstico e a questão da idade no mundo do trabalho são os grandes temas abordados pela peça "Radojka - Uma Comédia Friamente Calculada", dos autores uruguaios Fernando Schmidt e Christian Ibarzabal. Ainda inédito no país, o espetáculo ganha uma versão dirigida por Odilon Wagner e protagonizada por Marisa Orth e Tania Bondezan, estreia no dia 19 de março no Teatro Faap onde segue em cartaz até 23 de maio, com sessões às terças, quartas e quintas-feiras, às 20h. 

A comédia estreou em 2016 em Montevidéu e, desde então, teve montagens bem-sucedidas no Uruguai, Chile, Argentina, Espanha, Colômbia, Peru, México, Costa Rica, República Dominicana, Porto Rico, EUA e Panamá. Além disso, conquistou os prêmios Estrella de Mar (2022), Carlos (2023) e ACE Awards (2023), na Argentina, e Bravo (2023), no México. E, em 2024, ainda deve estrear na Bélgica e no Paraguai.

“O convite para montar essa obra veio do próprio autor Fernando Smith”, conta a atriz Tania Bondezan, que também assina a produção ao lado de Odilon Wagner. “Fernando me perguntou se eu tinha interesse em ler a peça e eventualmente montá-la. Eu morri de rir já na primeira leitura, encantei-me com a inteligência e com o humor do texto e já fui traduzindo. Então, mostrei a peça para o Odilon que também se encantou com o trabalho e se propôs a dirigi-lo”, explica a atriz.

Com humor cáustico, a peça acompanha duas cuidadoras de idosos, Glória e Lúcia, que trabalham em diferentes turnos para cuidar de Radojka, uma senhora sérvia que vive longe de sua família. Tudo funciona maravilhosamente bem até que, certa manhã, Glória descobre que Radojka faleceu, após um fatídico acidente doméstico. 

A comédia é baseada nos planos delirantes que as cuidadoras tramam para não perder o emprego, o que acaba resultando em situações bizarras. O desespero de perder o emprego em uma certa idade, o duplo padrão, a ganância e a impunidade que certas situações dão como desculpa para quebrar nosso sistema de crenças e valores são temas apresentados pela obra. 

E sobre a montagem, o autor Fernando Schmidt reflete: “É a nossa primeira experiência teatral no Brasil e esperamos que proporcione as mesmas gargalhadas que ouvimos em todas as montagens anteriores. Cada versão da peça integrou referências locais, mas sempre refletiu como é difícil conseguir um emprego depois dos 50 anos. E rir dos nossos problemas é uma forma de começar a superá-los”.

Para Marisa Orth, que estará em cartaz ao mesmo tempo com o drama "Bárbara", de Michelle Ferreira, a experiência de interpretar dois papéis tão diferentes é desafiadora. “Realmente, nunca vivi isso. Estou ansiosa e aflita, porque de terça a quinta estou em uma comédia e de sexta a domingo, em uma peça densa. Mas estou feliz, porque tenho certeza de que vou crescer muito como atriz. Está sendo uma experiência muito enriquecedora”, diz.

“'Radojka' é um dos textos mais divertidos que li nos últimos anos, era impossível não gargalhar com o humor ácido desse texto ágil e cheio de surpresas do começo ao fim. As duas cuidadoras se envolvem numa trama inusitada e que ao decorrer da peça parece não ter solução, mas as reviravoltas aparecem, como em toda boa comédia de situação, mudando o rumo da história”, comenta Odilon Wagner. O diretor ainda comenta que os papéis das duas protagonistas não poderiam estar em melhores mãos. “Trabalhar com Marisa e Tania é um deleite, pois essa união de talentos, criatividade pulsante e entrega despudorada, tornou o trabalho da direção e de toda a equipe criativa uma alegria. Nos divertimos e rimos muito durante os ensaios e tenho certeza que a experiência será assim para todos!”, acrescenta.


Sobre os autores
Fernando Schmidt é dramaturgo e roteirista de cinema e televisão. Escreveu uma dezena de peças teatrais e mais de vinte peças colaborativas, encenadas em diversos países. Em 1994 estreou seu trabalho solo “Track”. Sete Personagens em Busca do Amor”, premiado pelo Instituto Internacional de Teatro (Unesco) como a melhor obra de um autor nacional daquele ano. 

Pela peça “Quem Foi o Engraçado?”, ganhou o Prêmio Municipal de Dramaturgia em 2010. A peça foi encenada no Uruguai, Argentina e Chile. É autor dos monólogos que compuseram o espetáculo teatral “10 Maneiras de Ser Homem”, estreado no Uruguai, Argentina e Chile.

Em coautoria com Christian Ibarzabal, escreveu diversas obras. Uma delas é “Radojka”, vencedora do prêmio Estrella de Mar em 2022 e do prêmio Carlos 2023, de melhor texto teatral e melhor comédia da temporada, na República Argentina. Com versões na Espanha, México, Argentina, Colômbia, Peru, República Dominicana, Costa Rica, Chile e Uruguai, a obra já ultrapassou 300 mil espectadores.

Também em parceria com Ibarzabal escreveu “Creer y Reventar”, obra que estreou no Chile, Uruguai e México. Com a sua obra “Retrato Inacabado de Mulher” ganhou o Prémio Cofonte 2023 de dramaturgia inédita. É coautor de cinco longas-metragens de diferentes gêneros. Desenvolveu formatos e conteúdos para mais de 30 programas de televisão na Argentina, Uruguai e Chile. Programas de comédia, sitcoms, shows, tramas de suspense, séries animadas, esportes, entrevistas e musicais, vários deles reconhecidos com os prêmios Martín Fierro (Argentina), Iris (Uruguai) e Tabaré (Uruguai).

Já Christian Ibarzabal é roteirista e dramaturgo. Fez cursos de roteiro com Fernando Schmidt no Uruguai e participou de seminários e workshops com Jorge Maestro, Pablo Culell, Carolina Aguirre e Leandro Calderone na Argentina. Desenvolveu roteiros para os programas de televisão Sinvergüenza (Teledoce, Uruguai), La Culpa es de Colón (Teledoce, Uruguai) e Something with you (Montecarlo, Uruguai).

Estreou dez obras de sua autoria e quase vinte em colaboração, nos principais teatros de Montevidéu e do interior do Uruguai. Recebeu indicações e prêmios da crítica teatral, nas categorias Estreante, Melhor Espetáculo Musical e Melhor Espetáculo Infantil, no Prêmio Florencio de teatro uruguaio. Sua obra “Ojos que No Ven” recebeu distinção honorária no Concurso Municipal de Montevidéu 2010. 

Ficha técnica
Espetáculo "Radojka - Uma Comédia Friamente Calculada"
Texto: Fernando Schmidt e Christian Ibarzabal
Tradução: Tania Bondezan
Elenco: Marisa Orth e Tania Bondezan
Direção: Odilon Wagner
Assistente de direção e Trilha Sonora: Raphael Gama
Cenário: Chris Aizner
Figurinos: Marichilene Artisevskis
Visagista: Eliseu Cabral
Música: Jonatan Harold
Desenho de Luz: Ney Bonfante
Desenho de Som: André Omote
Arte Gráfica: Lais Leiros
Fotografia: João Caldas
Mídias Sociais: Felipe Pirillo
Direção de Palco: Tadeu Tosta
Contra-regra: Jonathan Alves
Produção Executiva: Katia Brito
Produtores Associados: Tania Bondezan e Odilon Wagner

Serviço
Espetáculo "Radojka - Uma Comédia Friamente Calculada", de Fernando Schmidt e Christian Ibarzabal
Temporada: 19 de março a 23 de maio, de terça a quinta, às 20h
Teatro Faap – Rua Alagoas, 903 – Higienópolis/São Paulo
Ingressos: R$ 120,00 (inteira) e R$ 60,00 (meia-entrada) R$ 42,00 (inteira ingresso social) R$ 21,00 (meia ingresso social)
Vendas on-line em https://teatrofaap.showare.com.br/ e http://www.radojkaacomedia.art.br/
Bilheteria: de quarta a sábado, das 14h às 20h, e aos domingos, das 14h às 17h. ​ Em dias de espetáculos, a bilheteria funciona até o início dos mesmos.
Classificação: 12 anos
Duração: 80 minutos
Capacidade: 477 lugares
Acessibilidade: teatro acessível para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. 

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