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sábado, 19 de julho de 2025

.: "Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado" é bom, mas não supera o de 97

Por: Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando.com

Em julho de 2025


"Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado", reboot do clássico filme de terror slash de 1997, chega ao "Cineflix Cinemas", entregando uma pegada do filme original, mas adaptada aos moldes das produções modernas. O longa de 1 hora e 51 minutos é muito bom, ainda que subverta drasticamente um personagem queridinho da primeira produção com o intuito de criar uma gigante reviravolta para o desfecho.

Com cena pós-crédito, o longa traz de volta o casal amado da franquia, Julie James (Jennifer Love Hewitt, da série "9-1-1") e Ray Bronson (Freddie Prinze Jr., "Ela é Demais"), garantindo uma piadinha sobre "Scoody-Doo", além da rainha Helen Shivers (Sarah Michelle Gellar, "Buffy, a Caça-Vampiros"), deixando de fora o retorno do ator Ryan Phillippe na reprise do papel do jovem Barry William Cox. 

As mortes conseguem impactar também, porém não há tanto mistério envolvente, essência do filme. Apesar de pecar na não exploração das mortes, algumas acontecem rapidamente, chegando com agilidade ao resultado apresentado pelo matador de Southport. Aliás, a produção embarca numa característica marcante do assassino Ghostface, da franquia "Pânico", quando se trata da revelação de quem está por trás de tudo e colocando o plano maquiavélico em prática.

Em contrapartida, há muita nostalgia com o resgate de personagens importantes do filme original, ainda que em nome de uma reviravolta chocante estrague a história de um deles, ainda mais após tantos anos. Em tempo, "Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado" é atrativo enquanto circula pelos antigos personagens, uma vez que os jovens de agora, Danica Richards (Madelyn Cline, "The Originals"), Ava Brucks (Chase Sui Wonders, "Morte, Morte, Morte"), Teddy Spencer (Tyriq Withers, "De Volta Ao Baile") e Stevie Ward (Sarah Pidgeon, "Thw Wilds: Vida Selvagem") sejam bastante insossos, bloqueando o envolvimento automático do público para que se apeguem a algum deles. 

A nova produção segue o visual dos anos 90 de filmes slashers, principalmente o da franquia "Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado", entretém, surpreende e garante sustos, porém não consegue superar uma produção de quase 30 anos com tão poucos recursos da época. Ainda assim, vale a pena conferir a novidade na telona! 

Do quarteto original, somente ator Ryan Phillippe não retorna

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN



"Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado" ("I Know What You Did Last Summer"). Ingressos on-line neste linkGênero: suspense, terrorClassificação: 16 anos. Duração: 1h51. Direção: Jennifer Kaytin Robinson. Roteiro: Jennifer Kaytin Robinson, Leah McKendrick, Sam LanskyElenco: Madelyn Cline, Chase Sui Wonders, Jonah Hauer-King, Tyriq WithersSinopse: Cinco amigos causam um acidente de carro fatal e encobrem seu envolvimento mantendo segredo em vez de enfrentar as consequências. Um ano depois, eles se veem perseguidos por um assassino misterioso que sabe o que eles fizeram no verão passado.. Confira os horários: neste link

Trailer "Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado"





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quarta-feira, 16 de julho de 2025

.: Mais de 1,3 milhão de pessoas já assistiram "Superman" no Brasil


Primeiro filme da DC Studios dirigido por James Gunn já arrecadou mais de R$32 milhões em bilheteria no país. Foto: divulgação


Um dos filmes mais aguardados do ano, "Superman" chegou aos cinemas e o público brasileiro já deixou clara sua paixão pelo herói: mais de 1,3 milhão de pessoas já assistiram ao longa e a produção arrecadou mais de R$32 milhões em bilheteria, considerando as sessões antecipadas, que aconteceram nos dias 8 e 9 de julho. Leia a crítica completa neste link: "Superman": herói menos mártir e mais humano chuta sombras da DCU. 

Ação, humor e coração, além de alguns latidos de Krypto, o supercão, dão o tom deste filme que marca início do novo universo DC nos cinemas. Dirigido por James Gunn, que também produz o longa ao lado de Peter Safran, Superman é estrelado por David Corenswet (Superman/Clark Kent), Rachel Brosnahan (Lois Lane), e Nicholas Hoult (Lex Luthor). "Superman" está em cartaz nos cinemas de todo o país, também em IMAX e com versões acessíveis. Para mais informações, consulte a programação do cinema de sua cidade. 

"Superman" é o primeiro longa-metragem da DC Studios a chegar às telonas, com sua estreia marcada para 10 julho nos cinemas de todo o mundo. Distribuído pela Warner Bros. Pictures, James Gunn, em seu estilo característico, assume a nova história do super-herói original, no recém-imaginado universo DC, com uma combinação singular de ação épica, humor e coração, um Superman movido pela compaixão e por uma crença inerente na bondade da humanidade. Os CEOs da DC Studios, Peter Safran e Gunn, produziram o longa-metragem, com direção e roteiro de Gunn, baseado nos personagens da DC. Superman foi criado por Jerry Siegel e Joe Shuster.  

O filme é estrelado por David Corenswet (“Twisters”, série “Hollywood”) no papel duplo de Superman/Clark Kent; Rachel Brosnahan (série “The Marvelous Mrs. Maisel”) como Lois Lane, e Nicholas Hoult (os filmes “X-Men”, “Jurado Nº 2”) como Lex Luthor. Coestrelam Superman os atores Edi Gathegi (série “For All Mankind”); Anthony Carrigan (séries “Barry”, “Gotham”); Nathan Fillion (os filmes “Guardiões da Galáxia”, “O Esquadrão Suicida”); Isabela Merced (“Alien: Romulus”); Skyler Gisondo (“Licorice Pizza”, “Fora de Série”); Sara Sampaio (“At Midnight”); María Gabriela de Faría (série “The Moodys”); Wendell Pierce (“Selma: Uma Luta pela Igualdade”; série “Jack Ryan”); Alan Tudyk (série “Andor”); Pruitt Taylor Vince (“Bird Box”); e Neva Howell (“Greedy People: Pessoas Gananciosas”). 

Os produtores executivos de Superman são Nikolas Korda, Chantal Nong Vo e Lars Winther. A equipe de produção criativa de James Gunn nos bastidores inclui seus colaboradores frequentes como o diretor de fotografia Henry Braham, a designer de produção Beth Mickle, a figurinista Judianna Makovsky, e o compositor John Murphy, ao lado dos editores William Hoy (“Batman”), Jason Ballantine (filmes “IT”, “The Flash”) e Craig Alpert (“Deadpool 2”, “Besouro Azul”).


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Programação do Cineflix Santos
“Superman” | Sala 4
Classificação:
 PG13. Ano de produção: 2025. Idioma: inglês. Direção: James Gunn. Elenco: David Corenswet, Rachel Brosnahan, Nicholas Hoult e outros. Duração: 2h09. Cenas pós-créditos: sim. Cineflix Santos | Miramar Shopping | Rua Euclides da Cunha, 21 - Gonzaga - Santos/SP.


Dublado
16/7/2025 - Quarta-feira: 15h20
17/7/2025 - Quinta-feira: 15h20
18/7/2025 - Sexta-feira: 15h20
19/7/2025 - Sábado: 15h20
20/7/2025 - Domingo: 15h20
21/7/2025 - Segunda-feira: 15h20
22/7/2025 - Terça-feira: 15h20
23/7/2025 - Quarta-feira: 15h20


Legendado
16/7/2025 - Quarta-feira: 18h00 e 20h40
17/7/2025 - Quinta-feira: 18h00 e 20h40
18/7/2025 - Sexta-feira: 18h00 e 20h40
19/7/2025 - Sábado: 18h00 e 20h40
20/7/2025 - Domingo: 18h00 e 20h40
21/7/2025 - Segunda-feira: 18h00 e 20h40
22/7/2025 - Terça-feira: 18h00 e 20h40
23/7/2025 - Quarta-feira: 18h00 e 20h40

sábado, 12 de julho de 2025

.: "açúcar ou As Irmãs Anne" reúne as atrizes Cleide Queiroz e Dirce Thomaz


Com Cleide Queiroz e Dirce Thomaz somando, respectivamente, mais de 50 e 40 anos de profissão, a peça celebra as vozes femininas com mais de 60 anos e o protagonismo negro no teatro. Foto: Leonardo Cenedeze

Com mais de 40 anos de carreira, Cleide Queiroz e Dirce Thomaz sobem ao palco juntas em "açúcar ou As Irmãs Anne" texto de estreia na dramaturgia do ator, educador e produtor Breno Rosa Gomes. Trata-se de um drama lírico que se utiliza da crítica e do metateatro para refletir sobre o tempo, o envelhecimento e o papel das mulheres na sociedade.

O drama, que faz uso do humor, do lirismo e da crítica social para abordar o envelhecimento e as estruturas sociais que moldam e limitam as mulheres na sociedade, em cartaz no Itaú Cultural até dia 27 de julho, sempre de quinta-feira a domingo. A direção artística é de Eliana Monteiro e, pela primeira vez, Breno Rosa Gomes assina a dramaturgia. Também é inédita a reunião em cena das atrizes Cleide Queiroz e Dirce Thomaz, nomes fundamentais da cena teatral brasileira.

As sessões são realizadas às 20h00, de quinta-feira a sábado, e às 19h00, nos domingos e feriados. Como toda a programação do Itaú Cultural, as apresentações são gratuitas. Os ingressos devem ser reservados a partir das 12h da terça-feira da semana de apresentação dos espetáculos, pela plataforma INTI – acesso pelo site do Itaú Cultural www.itaucultural.org.br.

"açúcar ou As Irmãs Anne" começa com o reencontro, após décadas, de duas ex-parceiras de palco, que decidem revisitar as personagens que marcaram suas carreiras: as irmãs Mary Anne e Rose Anne, filhas de uma família burguesa decadente e moldadas por silêncios, aparências e expectativas sociais. No passado, elas próprias tiveram suas trajetórias interrompidas por imposições familiares: uma engravidou e a outra se casou.

Nesse reencontro inesperado, o passado e o presente, a realidade e a ficção se cruzam, confundem e mesclam provocando um jogo cênico de espelhos, que transforma o palco em um espaço poético sobre identidade, afeto, frustrações e a passagem do tempo. Não à toa, a atriz Beatriz Nauali também se faz presente em cena, na narração performativa do espetáculo.

Com Cleide e Dirce somando, respectivamente, mais de 50 e 40 anos de profissão, a peça celebra as vozes femininas com mais de 60 anos e o protagonismo negro no teatro. Uma combinação de metateatro e crítica social se desenvolve em diversas camadas do espetáculo, desde a presença das próprias atrizes às que elas interpretam em cena, passando pelas personagens que revisitam.

“Quando convidei a Cleide e a Dirce para a peça eu não sabia que elas já se conheciam, mas nunca tinham trabalhado juntas”, recorda Breno. “Desde os ensaios deu para ver que elas se identificam com as atrizes que interpretam”, diz o dramaturgo. Ele conta que a mãe e a madrinha, duas mulheres negras, o inspiraram a construir essa dramaturgia e o elenco formado por atrizes negras. “Esse é um projeto muito provocativo, com muitos temas envolvidos, como a questão do feminino. É importante que a narrativa faça entender isso, sem que a gente precise ser literal”, observa.

Segundo Gomes, o ponto de partida para criar esta obra foi a visualização de uma imagem na qual duas mulheres enlutadas tomavam um chá inglês, vendo uma chuva de açúcar. Não à toa, o açúcar no espetáculo vai além do título e é um elemento cênico central da peça. “As personagens se oferecem açúcar o tempo inteiro, para fugir de conversas difíceis”, conta ele.


Serviço
Espetáculo "açúcar ou As Irmãs Anne"
Até dia 27 de julho (quinta-feira a sábado, às 20h00, e domingos e feriados às 19h00)

Sala Itaú Cultural (piso térreo)
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: 12 anos
Entrada gratuita. Reservas de ingressos a partir da terça-feira da semana da apresentação, a partir das 12h, na plataforma INTI – acesso pelo site do Itaú Cultural www.itaucultural.org.br.


Protocolos / Sala Itaú Cultural
- É necessário apresentar o QR Code do ingresso na entrada da atividade até 10 minutos antes do seu início. Após esse período, o ingresso será invalidado e disponibilizado na bilheteria.
- Se os ingressos estiverem esgotados, uma fila de espera presencial começará a ser formada 1 hora antes da atividade. Caso ocorra alguma desistência, os lugares vagos serão ocupados por ordem de chegada.
- O mezanino é liberado mediante ocupação total do piso térreo.
- A bilheteria presencial abre uma hora antes do evento começar.


Devolução de ingresso
Até duas horas antes do início da atividade, é possível cancelar o ingresso diretamente na página da Inti, assim outra pessoa poderá utilizá-lo. Na área do usuário, selecione a opção “Minhas compras” no menu lateral, escolha o evento e solicite o cancelamento no botão disponível.


Programação sujeita a cancelamento
O Itaú Cultural informa que sua programação poderá ser cancelada em virtude de questões extraordinárias. Nesse caso, os ingressos adquiridos perdem a validade. O público que reservou o ingresso será notificado por e-mail. Um eventual reagendamento da programação ficará a exclusivo critério do IC, de acordo com a disponibilidade de agendas, sem preferência para quem adquiriu os ingressos anteriormente.


Itaú Cultural
Avenida Paulista, 149, próximo à estação Brigadeiro do metrô
De terça-feira a sábado, das 11h00 às 20h00.
Domingos e feriados, das 11h00 às 19h00.
Informações: pelo telefone (11) 2168.1777 e wapp (11) 9 6383 1663 E-mail: atendimento@itaucultural.org.br
Acesso para pessoas com deficiência física
Estacionamento: entrada pela Rua Leôncio de Carvalho, 108.
Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas.

quinta-feira, 3 de julho de 2025

.: Selecionado em Cannes, filme “Jovens Amantes” estreia no Brasil


Drama selecionado em Cannes e indicado a sete prêmios César, “Jovens Amantes” ("Les Amandiers") estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, dia 3 de julho, com distribuição da Pandora Filmes. Dirigido por Valeria Bruni Tedeschi, o filme é estrelado pelo ator Louis Garrel, que interpreta o lendário diretor Patrice Chéreau. Inspirado na juventude da própria cineasta, o longa acompanha um grupo de jovens admitidos na Les Amandiers, uma prestigiada escola de teatro nos arredores de Paris, no final dos anos 1980. 

Enquanto estudam o universo da arte dramática, eles experimentam os primeiros amores, descobertas, inquietações e perdas - vivendo intensamente cada emoção da juventude e os desafios do início da vida adulta. Semiautobiográfico, o filme é baseado na vida da diretora e de colegas da época, como Noémie Lvovsky e Agnès Jaoui, que também foram alunas da escola. Embora os nomes tenham sido trocados e a narrativa ganhe contornos ficcionais, espectadores atentos poderão identificar figuras reais, como Vincent Perez, Bruno Todeschini e a cineasta Eva Ionesco, refletida na personagem Adele.

“Jovens Amantes” foi selecionado para a competição oficial do Festival de Cannes e se destacou como uma das poucas obras dirigidas por mulheres naquela edição. Também foi indicado a sete prêmios César, incluindo Melhor Filme, e consagrou a atriz Nadia Tereszkiewicz com o troféu de Melhor Atriz Revelação.

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Programação do Cineflix Santos
“Jovens Amantes” | "Les Amandiers" | Sala 1
Classificação:
 16 anos. Ano de produção: 2022. Idioma: francês. Direção: Valeria Bruni Tedeschi. Elenco: Nadia Tereszkiewicz, Sofiane Bennacer, Louis Garrel, Micha Lescot, Clara Bretheau e outros. Distribuidora: Pandora Filmes. Duração: 2h06. Cenas pós-créditos: não. Cineflix Santos | Miramar Shopping | Rua Euclides da Cunha, 21 - Gonzaga - Santos/SP.

Legendado
3/7/2025 - Quinta-feira: 18h15
4/7/2025 - Sexta-feira: 18h15
6/7/2025 - Sábado: 18h15
6/7/2025 - Domingo: 18h15
7/7/2025 - Segunda-feira: 18h15
8/7/2025 - Terça-feira: 18h15
9/7/2025 - Quarta-feira: 18h15

terça-feira, 3 de junho de 2025

.:Sucesso, "Aluga-se Um Namorado" faz temporada no teatro paulistano


O espetáculo é uma nova montagem da peça que estreou em 1992, com o próprio Eri Johnson no elenco. Entre 2004 e 2008, a comédia percorreu o Brasil com temporadas de sucesso. Foto: divulgação


Sucesso de público nas décadas de 1990 e 2000, com sessões lotadas em diversas cidades brasileiras, a comédia "Aluga-se Um Namorado", escrita originalmente pelo inglês James Scherman e adaptada por Gustavo Klein, chega ao Teatro Multiplan MorumbiShopping para temporada a partir de 13 de junho, sexta-feira, às 20h00. A direção é de Eri Johnson, que também integra o elenco ao lado de Ju Knust, Myrian Rios, Raymundo de Souza, João Lima Junior e Marcondes Oliveira.

"Aluga-se Um Namorado" é uma comédia que explora com humor e leveza as relações familiares, estabelecendo uma forte conexão entre o público e o personagem interpretado por Eri Johnson. Para o ator, a peça é uma de suas preferidas. O espetáculo aborda os vínculos familiares de forma divertida e respeitosa, destacando a importância da convivência e da valorização da família.

Há 33 anos em circulação pelos palcos brasileiros, "Aluga-se Um Namorado" já foi assistida por mais de 3,5 milhões de espectadores. A estreia aconteceu em 1992, no Teatro Princesa Isabel, no Rio de Janeiro. Desde então, Eri Johnson permanece no elenco, dando vida ao mesmo personagem em uma das montagens mais longevas do teatro nacional com o mesmo ator protagonista.

O espetáculo conta a história de Alex Schneider (Eri Johnson), um ator bem-humorado contratado por Sara (Ju Knust) para interpretar o papel de seu namorado, judeu e médico, diante de sua família, que segue rigorosamente as tradições judaicas. A farsa é armada porque, na verdade, o verdadeiro namorado de Sara não é judeu. A partir daí, desenrola-se uma comédia marcada por mal-entendidos e situações inesperadas. Será que os pais de Sara (Myrian Rios e Raymundo de Souza) e seu irmão Joel (João Lima Junior), um psicanalista atento, vão descobrir a verdade? E o verdadeiro namorado (Marcondes Oliveira), será revelado? Sara acabará se apaixonando pelo ator? O enredo gira em torno dessas perguntas, com doses de humor e reviravoltas.

Segundo Eri Johnson, "Aluga-se Um Namorado" é sua comédia predileta entre todas as que já atuou. “Além de provocar muitas risadas, a peça leva o público a refletir sobre um valor fundamental do ser humano: a família”, afirma o ator. “É uma comédia muito querida pelo público. É comum encontrarmos na plateia pessoas que já assistiram mais de uma vez.”


Ficha técnica
Espetáculo "Aluga-se Um Namorado"
Texto: James Scherman
Adaptação: Gustavo Klein
Direção: Eri Johnson
Assistente de direção: Thati Manzan
Elenco: Eri Johnson, Ju Knust, Myrian Rios, Raymundo de Souza, João Lima Junior e Marcondes Oliveira
Produção executiva: Thati Manzan
Realização: Chaim Produções e Eri Johnson Associados
Assessoria de imprensa: Angelina Colicchio e Diogo Locci - Pevi 56 


Serviço
Espetáculo "Aluga-se Um Namorado"
De 13 de junho a 9 de novembro de 2025 | Sextas, às 20h; sábados, às 18h e 20h; e domingos, às 17h30 e 19h30.
Local: Teatro Multiplan MorumbiShopping
Endereço: Avenida Roque Petroni Júnior, 1089 Piso G2 do MorumbiShopping - Jardim das Acacias, São Paulo - SP, 04707-900
Ingressos:  R$ 160,00 / R$ 80,00 (setor 1) | R$ 120,00 / R$ 60,00 (setor 2)
Vendas: Sympla
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: 12 anos

sábado, 24 de maio de 2025

.: “ReNASCIMENTO”, inspirado em trilha sonora, chega às plataformas digitais


O álbum “ReNASCIMENTO”, inspirado na trilha sonora do documentário “Milton Bituca Nascimento”, chega às plataformas digitais. Nas vozes de artistas de novas gerações, álbum revisita parte da grandiosa e atemporal obra de Milton Nascimento. Fotos: Flavia Moraes


Chega às plataformas de streaming o álbum “ReNASCIMENTO”,  inspirado na trilha sonora do recém-lançado documentário “Milton Bituca Nascimento”, dirigido por Flavia Moraes, que acompanhou Milton Nascimento por dois anos durante sua turnê de despedida, “A Última Sessão de Música”.

Distribuído pela Universal Music Brasil, o álbum “ReNASCIMENTO”, dirigido por Victor Pozas, que também assina a direção musical do documentário, apresenta 12 regravações de canções imortalizadas por Bituca, eleitas e cantadas por um elenco eclético de vozes da nova geração da música brasileira: Sandy (feat Mateus Asato), o duo OUTROEU, a portuguesa Maro, Os Garotin, Clarissa, Agnes Nunes, Lucas Mamede, Analu Sampaio, Liniker, Tuca Oliveira, Tim Bernardes, Zé Ibarra, Dora Morelembaum, Johnny Hooker e Kell Smith. Alguns desses artistas também participaram no documentário com depoimentos e performances.

Nas vozes de artistas de novas gerações, álbum revisita parte da grandiosa e atemporal obra de Milton Nascimento. Antes do lançamento do álbum, no dia 15 de abril, foi disponibilizado o primeiro single do projeto, “Travessia”. A emblemática canção ganhou uma nova versão de Sandy, que é acompanhada pelo guitarrista Mateus Asato. A faixa também ganhou um lyric video. Assista aqui:
 


A música “Bola de Meia Bola de Gude”, interpretada pelo trio Os Garotin e produzida por Pepê Santos, Uliliam Pimenta e Julio Raposo, foi eleita a faixa foco do projeto. Sobre a canção, Cupertino, integrante do trio, disse: “O canto de Milton é a natureza ostentando seu potencial máximo, e o melhor é que ele faz isso com a maior naturalidade, como uma criança brinca. Foi incrível pra nós regravar ‘Bola de meia, bola de gude’, canção que explica o significado do nosso nome melhor do que todas as nossas explicações quando somos perguntados. Fica pra nós o ensinamento de que, sempre que chegar a hora de cantar, nos tornemos crianças como Milton Nascimento.”

Também presentes no repertório do álbum, Liniker escolheu “Encontros e Despedidas” e a cantora portuguesa Maro interpreta “Cais”. Clarissa veio com “A Festa”, Agnes Nunes trouxe “A Lua Girou” e Analu Sampaio apresentou “Canção do Sal”. O duo OUTROEU interpreta “Clube da Esquina nº2”, enquanto Johnny Hooker e Kell Smith elegeram “Paula e Bebeto”. Já Tuca Oliveira faz nova leitura de “Canção da América” e Lucas Mamede escolheu o medley “Ponta de Areia / Tudo que Você Podia Ser”. Um trio composto por Tim Bernardes, Zé Ibarra e Dora Morelenbaum interpreta a canção “Ânima”, cuja gravação, ao lado de Milton, também foi registrada no documentário. As canções “Anima”, “A Lua Girou” e “Encontros e Despedidas” ainda contaram com a participação da Tallin Studio Orchestra, da Estônia, onde Pozas gravou a trilha sonora do filme.

“Se Milton é uma frondosa árvore da floresta encantada da música brasileira, gerou frutos e sementes e, aqui, ouvimos os ecos deste vasto legado. Vejo essas canções e seus intérpretes como germinadores dessa obra inigualável”, diz Victor Pozas, que também foi o idealizador do projeto que acabou se transformando no documentário.

“Personificação da riqueza cultural do Brasil, o Milton Nascimento é um ícone da música brasileira reverenciado também mundialmente. Sua arte transcende fronteiras e gerações, e segue influenciando, inspirando e encantando. Bituca construiu um legado imensurável. E isso é retratado no documentário. Uma honra para a Universal Music Brasil lançar o álbum ‘ReNASCIMENTO’, que enaltece sua obra atemporal e sua contribuição à música", afirma Paulo Lima, presidente da Universal Music Brasil.


Sobre o filme “Milton Bituca Nascimento”:
Em cartaz nos cinemas desde o dia 20 de março, o documentário “Milton Bituca Nascimento” já foi assistido por mais de 30 mil espectadores e é, até o momento, o filme mais visto do ano nesta categoria. Dirigido pela cineasta Flavia Moraes, “Milton Bituca Nascimento” é um road movie documental que acompanhou, entre 2022 e 2023, as apresentações da turnê de despedida de Bituca, “A Última Sessão de Música”, e registrou a emoção dos fãs de diferentes gerações e a dimensão mundial de um dos maiores artistas brasileiros de todos os tempos.

Ficha Técnica do álbum “ReNASCIMENTO”:

1 - “Travessia” – Sandy feat Mateus Asato
Produzido por: Victor Pozas e Daniel Lopes
Produção da voz: Lucas Lima

2 - “Clube da Esquina nº 2” – OUTROEU
Produzido por: Pepê Santos, Uliliam Pimenta, Julio Raposo e Victor Pozas

3- “A Lua Girou” – Agnes Nunes
Produzido por: Victor Pozas e Daniel Musy
Produção da voz: Juan Lacerda

4 - “Bola de Meia, Bola de Gude” – Os Garotin
Produzido por: Pepê Santos, Uliliam Pimenta, Julio Raposo

5 - “Cais” – Maro
Produzido por: Maro e Victor Pozas

6 - “Encontros e Despedidas” – Liniker
Produzido por: Fejuca, Pepê Santos, Uliliam Pimenta, Julio Raposo e Daniel Musy

7 - “A Festa” – Clarissa
Produzido por: Pepê Santos, Uliliam Pimenta, Julio Raposo e Victor Pozas

8 - “Ponta de Areia – Tudo o que Você Podia Ser” – Lucas Mamede
Produzido por: Victor Gran e Victor Pozas

9 - “Canção do Sal” – Analu Sampaio
Produzido por: Fi Maróstica

10 - “Canção da América” – Tuca Oliveira
Produzido por: Pepê Santos, Uliliam Pimenta, Julio Raposo e Victor Pozas

11 - “Ânima” – Tim Bernardes, Zé Ibarra e Dora Morelembaum feat Milton Nascimento
Produzido por: Victor Pozas e Rafael Langoni

12 - “Paula e Bebeto” – Johnny Hooker feat Kell Smith
Produzido por: Victor Pozas, Daniel Lopes, Daniel Musy e Ricardo Moreira

domingo, 11 de maio de 2025

.: Lista: as dez mães mais importantes da literatura brasileira no Brasil de hoje


Por Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com.

Da mãe amorosa à ausente, da protetora à transgressora, da silenciosa à revoltada. A literatura brasileira, em suas várias fases e escolas, construiu imagens complexas e simbólicas da figura materna - da mãe abnegada  à mulher que rejeita ou abandona a maternidade. Nesse vasto acervo, algumas personagens se destacam pela intensidade emocional, pela centralidade na trama ou pela originalidade com que encarnam o papel de mãe em seus contextos sociais, históricos ou simbólicos.

Listamos as dez mães mais importantes da ficção brasileira, elencadas em três critérios principais: o primeiro deles é o impacto narrativo - o quanto essa mãe/personagem influencia diretamente os acontecimentos da obra ou a trajetória dos protagonistas. Também consideramos a intensidade emocional, o grau de comoção, dor ou conflito que essa mãe desperta, tanto nos personagens, quanto nos leitores. 

Há, também, a relevância simbólica: o peso que a personagem carrega enquanto representação de tipos sociais, dilemas morais ou rupturas culturais, influenciando o imaginário coletivo ou a crítica literária. A classificação a seguir não pretende ser definitiva, mas oferece um panorama sobre as diferentes formas de maternar na literatura brasileira e no século 21 - com mães silenciosas, feridas, revolucionárias ou até ausentes. Cada uma, à sua maneira, marca o leitor e deixa uma marca na história da ficção brasileira.

10.° A ausência da mãe de Macabéa - "A Hora da Estrela", de Clarice Lispector
Embora a mãe de Macabéa apareça apenas de forma indireta no romance "A Hora da Estrela", escrito por Clarice Lispector, a ausência dela é marcante. Macabéa é uma jovem órfã, criada por uma tia autoritária, e a personalidade apagada e submissa da personagem pode ser vista como resultado de carência de afeto materno. A autora inverte a lógica tradicional: ao invés de exaltar a presença da mãe, mostra como sua ausência molda uma existência vazia. A figura materna no romance é a ausência dolorosa do cuidado, da voz e da identidade. Na história, a mãe de Macabéa é uma jovem alagoana que escolheu o nome "Macabéa" por promessa à Nossa Senhora da Boa Morte. A mãe de Macabéa não criou a filha porque faleceu quando a protagonista do romance era muito pequena. O nome "Macabéa" tem origem judaica e remete à história do povo judeu e à resistência à ocupação grega de Jerusalém. A mãe de Macabéa é uma figura apenas sugerida e rapidamente descartada. Sua ausência é significativa, mas não atua diretamente na narrativa. Está mais como sombra do que como personagem. Apoie o Resenhando.com e compre o livro neste link. 

9.° Vedina - "Véspera", de Carla Madeira
Vedina é uma mãe marcada pelo colapso emocional e pela culpa. Em um momento de desespero causado por um casamento violento e uma vida de traumas familiares, ela abandona o filho pequeno na rua. Ao voltar para buscá-lo, a criança já desapareceu. Esse ato dá início a uma narrativa profunda sobre dor, arrependimento e os efeitos da desestruturação familiar. Contada em dois tempos - o dia do abandono e os dias que o antecederam - a história revela como a violência doméstica, os traumas de infância e a solidão empurram Vedina para o limite no romance "Véspera", escrito por Carla Madeira. Ela não é uma vilã, mas o retrato de uma mulher vencida pelas circunstâncias. Vedina é uma mãe marcante porque rompe com o ideal da mãe abnegada e representa a maternidade atravessada pelo trauma e pela falência emocional. A história da personagem provoca desconforto e empatia, sendo uma das mães mais complexas da ficção recente.Revoluciona a representação da maternidade. O abandono do filho é uma das maiores quebras de tabu da literatura brasileira recente, com forte impacto emocional e ético. Apoie o Resenhando.com e compre o livro neste link.

8.° Dona Antônia - "Casa Velha" (Machado de Assis)
Por muito tempo, "Casa Velha", o livro quase perdido de Machado de Assis, foi considerada uma obra "menor", mas hoje tem sido revisitada por críticos interessados nas estruturas familiares e nas personagens femininas machadianas. Nela está o retrato de uma mãe aristocrática e controladora do século XIX, Dona Antônia, figura marcante pela autoridade moral e por exercer domínio psicológico sobre os membros da casa. Religiosa e tradicional, ela vive em função das convenções da época e tenta manipular o destino do filho, Félix, para que siga a carreira eclesiástica. A influência dela é forte, silenciosa e estratégica - e representa um modelo de maternidade ligado à manutenção da honra, da tradição familiar e do status social. É uma mãe de grande relevância dentro da obra por encarnar o poder matriarcal velado que rege as casas patriarcais. Ela é a guardiã do passado e da reputação - não por meio da violência, mas pelo medo da desaprovação. Representa a tensão entre o afeto materno e os interesses sociais. É um exemplo refinado da crítica machadiana à hipocrisia e à rigidez da moral burguesa. Apoie o Resenhando.com e compre o livro neste link.

7.° Sinhá Vitória - "Vidas Secas", de Graciliano Ramos
Um dos retratos mais comoventes da maternidade na literatura nacional, Sinhá Vitória é uma personagem marcante em "Vidas Secas", de Graciliano Ramos. Ela é a mãe que sonha, que resiste e que carrega a dignidade no meio da miséria. Enquanto o marido, Fabiano, é quase mudo e bruto, ela articula pensamentos, desejos e esperanças, principalmente em relação aos filhos, para quem deseja um futuro menos cruel. A figura dela é um elo entre a sobrevivência física e o desejo de ascensão simbólica. Sinhá Vitória representa a mulher sertaneja que, mesmo no silêncio da opressão, consegue manter aceso o desejo de mudança.Símbolo universal da resistência materna diante da miséria e do abandono social. A força silenciosa desta personagem moldou gerações de leitores e se tornou símbolo da mulher sertaneja. Apoie o Resenhando.com e compre o livro neste link.


6.° Engraçadinha - "Asfalto Selvagem - Engraçadinha, Seus Amores e Seus Pecados", de Nelson Rodrigues
No romance-folhetim "Asfalto Selvagem - Engraçadinha, Seus Amores e Seus Pecados", o polêmico escritor Nelson Rodrigues constrói uma das figuras maternas mais trágicas e ambíguas da literatura brasileira: Engraçadinha, que após uma juventude entregue aos prazeres do sexo torna-se uma fanática religiosa e se volta para a criação da filha, Cilene, como se tentasse expiar os pecados do passado. Atormentada pela história de incesto e desejo que marcou sua juventude, essa mãe tenta proteger Cilene de um destino que considera inevitável, investindo num cuidado rígido, repressivo e, por vezes, cruel. O amor dela é distorcido por valores morais e culpa, mas ainda assim reconhecível como uma tentativa desesperada de proteger a filha. A maternidade aqui se revela não como fonte de redenção, mas como campo de conflito entre o desejo de liberdade e o peso da tradição. É uma maternidade feita de silêncios, omissões e pânico moral - e, justamente por isso, profundamente humana. Apoie o Resenhando.com e compre o livro neste link.

5.° Dona Glória, mãe de Bentinho - "Dom Casmurro", de Machado de Assis
Em "Dom Casmurro", escrito por Machado de Assis, Dona Glória é a mãe que ama demais e que decide o futuro do filho por promessa religiosa. Ela força Bentinho ao seminário para cumprir uma promessa feita antes do nascimento dele, interferindo diretamente em sua formação emocional. A personagem representa a mãe religiosa, autoritária, mas amorosa - e também a mãe que, sem perceber, gera fraturas no desenvolvimento emocional do filho. A interferência dela é uma das causas do desequilíbrio psicológico do narrador, contribuindo para o tom trágico e ambíguo da obra.Ela influencia o destino psicológico e amoroso do narrador. Sem sua promessa e decisões, a história de Bentinho e Capitu seria outra. Uma mãe simbólica do controle afetivo. Apoie o Resenhando.com e compre o livro neste link.

4.° Cecília - "A Pediatra", de Andréa Del Fuego (Companhia das Letras)
No provocador romance "A Pediatra", e escritora Andréa Del Fuego apresenta Cecília, uma neonatologista que rompe com todas as expectativas sociais sobre a maternidade. Embora trabalhe diretamente com recém-nascidos, Cecília se mostra emocionalmente distante dos bebês e dos pais, desconfiando da idealização do instinto materno. Fria, solitária e crítica, ela é uma personagem que se recusa a performar a doçura que se espera de uma mulher ligada ao cuidado infantil. No entanto, ao se envolver afetivamente com uma criança, ela se vê confrontada com um mundo emocional que havia evitado. A narrativa, conduzida com humor ácido e aguda sensibilidade, mergulha nas ambiguidades da maternidade e mostra que nem toda mulher nasce para ser mãe - e que isso também precisa ser dito e respeitado. Cecília é uma personagem necessária porque escancara o peso das normas sociais e desafia os clichês da figura materna idealizada na literatura e na vida. Apoie o Resenhando.com e compre o livro neste link.

3.° Salustiana e Donana - "Torto Arado", de Itamar Vieira Junior (Editora Todavia)
No romance "Torto Arado", de Itamar Vieira Junior, as personagens Salustiana e Donana são figuras maternas que transcendem a família biológica e assumem papéis fundamentais na sustentação espiritual, emocional e social da comunidade rural de Água Negra. Salustiana, mãe de Bibiana e Belonísia, é parteira, curandeira e referência de força e dignidade. A maternidade dela é representada pela resistência às marcas da escravidão e pela transmissão de saberes tradicionais. Já Donana, avó das meninas, é uma figura ancestral, profundamente ligada à terra, aos ritos e à espiritualidade de matriz africana. Como mãe e avó, ela representa a continuidade do conhecimento, da fé e da luta por justiça. Ambas são mulheres que cuidam, acolhem e ensinam - não apenas suas filhas e netas, mas toda uma comunidade. Com elas, a maternidade se mostra como elo entre gerações e como prática coletiva de resistência, cura e memória. Apoie o Resenhando.com e compre o livro neste link.

2.° Dalva - "Tudo É Rio", de Carla Madeira (Editora Record)
A Dalva de "Tudo É Rio", escrito por Carla Madeira, está entre as mães mais impactantes da literatura brasileira contemporânea. O drama da personagem começa a partir de uma violência com ela e o filho recém-nascido, o que a lança em um luto permanente. Tomada por sentimentos contraditórios - dor, ódio, culpa, amor e desejo de vingança — ela representa a mãe que enlouquece em silêncio e faz do algoz uma vítima, em um jogo de gato e rato. A trajetória de Dalva mostra como o instinto materno pode ser ao mesmo tempo sagrado, violento e profano. Carla Madeira constrói uma personagem intensa, que carrega a maternidade como ferida aberta e, de quebra, mostra a maternidade como maneira de redenção a partir da prostituta Lucy. Figura visceral da dor materna contemporânea. Sua tragédia íntima impacta toda a narrativa. É uma das personagens mais discutidas da nova literatura brasileira. Apoie o Resenhando.com e compre o livro neste link.

1.° Ana e Madalena -"Não Fossem as Sílabas do Sábado", de Mariana Salomão Carrara (Editora Todavia)
Em "Não Fossem as Sílabas do Sábado", a escritora Mariana Salomão Carrara apresenta duas mulheres marcadas pela tragédia: Ana e Madalena, ambas viúvas após um acontecimento que matou seus respectivos maridos. A maternidade de Ana é atravessada pelo luto, pela solidão e pela necessidade de reconstruir a vida sem o pai da filha. Madalena, por sua vez, torna-se uma figura materna complementar, unindo-se a Ana em uma relação de amizade profunda e parceria. Juntas, elas formam uma nova configuração familiar, baseada no afeto, no cuidado mútuo e na ressignificação dos papéis femininos. A obra amplia a noção de maternidade ao mostrar que ela pode ser construída coletivamente, fora dos moldes tradicionais. Ana e Madalena são exemplos de como o amor e o apoio entre mulheres podem criar espaços seguros e afetivos para o crescimento de uma criança - e para a cura de quem cuida. Apoie o Resenhando.com e compre o livro neste link.

sábado, 3 de maio de 2025

.: Gratuito e on-line, curso “Por que Ler Eça de Queirós Hoje?” abrirá inscrições


O curso “Por que Ler Eça de Queirós Hoje?”, promovido pela Academia Mineira de Letras, está com inscrições abertas e tem início no dia 23 de maio, às 19h30, com palestra de um dos maiores pesquisadores em Eça de Queirós no Brasil, Sérgio Naza - poeta e professor de Literatura Portuguesa da UERJ. O curso terá, no total, seis aulas on-line, de uma hora cada, além da aula inaugural presencial, na Academia Mineira de Letras, em Belo Horizonte. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas por meio de formulário on-line. A confirmação de inscrição será enviada por e-mail, bem como os links para as aulas on-line.

“Por que ler Eça de Queirós hoje?” tem status de Curso de Formação de Leitores, na AML, e vai abordar as mais conhecidas obras do escritor português – "Os Maias"; "O Crime do Padre Amaro"; "O Primo Basílio"; "A Ilustre Casa de Ramires"; "A Cidade e as Serras"; "A Relíquia"; e os contos do autor. “Eça de Queirós é um dos principais prosadores da língua portuguesa de todos os tempos. A sua influência foi muito grande no Brasil do final do século 19 e de todo o século 20 e é ainda muito forte no imaginário coletivo dos leitores de ficção em língua portuguesa. Agora, quando celebramos os 180 anos de nascimento do autor português, é hora de revisitar o legado potente e perene de Eça de Queirós”, conta Rogério Faria Tavares, presidente emérito da Academia Mineira de Letras e idealizador do curso. 

A aula inaugural, com Sérgio Nazar, propõe a leitura de algumas cenas de "Os Maias", tendo a modernidade como chave de leitura principal. “Eça fala por meio de silêncios, imprecisões e paradoxos. Com isso, seduz e cativa, de modo surpreendente, os leitores de seu tempo e impulsiona a modernidade literária nas literaturas em língua portuguesa”, afirma o especialista em Eça de Queirós, Sérgio Nazar. A aula inaugural, que acontece no dia 23 de maio, terá a presença especial do embaixador de Portugal, Luís Faro Ramos. As demais aulas do curso serão ministradas por professores estudiosos e conhecedores da obra de Eça de Queirós, como Audemaro Taranto, Vera Lopes, Virgílio Coelho, Marcus Vinícius de Freitas, entre outros.


O curso “Por que ler Eça de Queirós hoje?” acontece no âmbito dos projetos “Plano Anual Academia Mineira de Letras – AML (PRONAC 248139)”, previsto na Lei Federal de Incentivo à Cultura, e “Academia Mineira de Letras Manutenção e Funcionamento 2025 (CA 2018.13609.0261)”, incluído na Lei Estadual de Incentivo à Cultura. Esse projeto tem os patrocínios da CEMIG e do Instituto Unimed-BH – por meio do incentivo fiscal de mais de cinco mil e setecentos médicos cooperados e colaboradores.


Programação completa

Abertura presencial - Aula inaugural

23 de maio (sexta-feira)  – das 19h30 às 21h00

Tema: "A Modernidade d’Os Maias, de Eça de Queirós"

Convidado: Sérgio Nazar

Com a presença do embaixador de Portugal, Luís Faro Ramos


Aulas on-line

Às segundas-feiras – das 19h30 às 20h30

 

Aula 1 – 26 de maio

Tema: "A Ilustre Casa de Ramires"

Aulas 2 - 2 de junho

Tema: "A Relíquia"


Aula 3 -  9 de junho

Tema: "O Crime do Padre Amaro"


Aula 4 -  16 de junho

Tema: "A Cidade e as Serras" 


Aula 5 -  23 de junho

Tema: "Os Contos de Eça de Queirós"


Aula 6 -  30 de junho

Tema: "O Primo Basílio"



Serviço

Curso “Por que Ler Eça de Queirós Hoje?”


Abertura presencial - Aula Inaugural
Com Sérgio Nazar, sobre A modernidade d’Os Maias, de Eça de Queirós

Data: 23 de maio (sexta-feira), às 19h30 às 21h00

Local: Academia Mineira de Letras [Rua da Bahia, 1466 - Centro / Belo Horizonte]


Aulas on-line

De 26 de maio a 30 de junho

Às segundas-feiras – das 19h30 às 20h30

Inscrições gratuitas a partir do dia 6 de maio: https://forms.gle/e4PYnbaYD6hDpJ346

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