quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

.: "Os Monólogos da Vagina" em sessão online e presencial no sábado


Produzido em mais de 150 países e traduzido para mais de 50 idiomas o espetáculo "Os Monólogos da Vagina" (crítica neste link) tornou-se fenômeno mundial. Depoimentos verídicos de mais de 200 mulheres colhidos pela autora, em todo o mundo, abordam de maneira extremamente bem-humorada, direta e livre de preconceitos uma reflexão sobre a relação da mulher com sua própria sexualidade.

A estreia brasileira desse fenômeno teatral aconteceu em 7 de abril de 2000, no Teatro Clara Nunes, no Rio de Janeiro, com incrível sucesso de público e crítica. A genialidade de Miguel Falabella na adaptação e direção do texto o tornou o primeiro diretor no mundo a escalar três atrizes para, ao mesmo tempo, encenarem as narrativas das entrevistas originais colhidas por Eve Ensler. Essa concepção, a pedido da própria autora que esteve presente na estreia brasileira, foi adotada mundialmente em todas as produções e assim permanece até hoje.

Atrizes consagradas, como Zezé Polessa, Cláudia Rodrigues, Cissa Guimarães, Fafy Siqueira, Totia Meirelles, Bia Nunes, Lucia Veríssimo, Tânia Alves, Elizângela, Mara Manzan, Maximiliana Reis, Chris Couto e Claudia Alencar, Adriana Lessa, dentre outras, se orgulham de um dia ter tido a oportunidade de encenar, com muito carinho e respeito, os depoimentos reais de todas as mulheres que tornaram essa obra possível.

Muito mais que um espetáculo teatral, "Os Monólogos da Vagina" tornou-se um Movimento Mundial. Segundo Charles Isherwood, do The New York Times, “provavelmente a mais importante obra de teatro político da última década”. Mas como surgiu este fenômeno? A autora Eve Ensler escreveu o primeiro rascunho dos Monólogos em 1996, após entrevistar mais de 200 mulheres de vários países sobre sexo, relacionamentos, violência doméstica, estupro, etc. Essas entrevistas se transformaram numa enorme fonte de pesquisa e informações.

Eve escreveu o texto para “celebrar a vagina”, mas o propósito do espetáculo transformou-se de uma simples performance comemorativa sobre vaginas e feminilidade em um enorme movimento mundial para acabar com a violência contra as mulheres. A primeira temporada do espetáculo foi no teatro HERE Arts Center em Nova Iorque, e o que era para ter sido uma curtíssima temporada transformou-se rapidamente em um fenômeno ganhando extraordinária visibilidade através de uma enorme campanha popular e mídia espontânea. O espetáculo, desde então, tornou-se fenômeno mundial, sendo inclusive apresentado em países Islâmicos, considerados muito fechados para tal contexto, incluindo Egito, Indonésia, Bangladesh, Malásia e Paquistão.

O texto ganhou em Nova Iorque o prêmio “Obie Award”, na categoria Melhor Espetáculo Inédito, e em apresentações beneficentes já teve em seu cast estrelas hollywoodianas, como Jane Fonda, Susan Sarandon, Glenn Close, Melissa Etheridge, Whoopi Goldberg e até Oprah Winfrey. Realização: R&M Brasil Produções Artísticas.

Serviço
"Os Monólogos da Vagina"
Texto: Eve Ensler
Direção de Atrizes: Maximiliana Reis
Adaptação, Concepção e Direção: MIGUEL FALABELLA
Elenco: Adriana Lessa, Maximiliana Reis, Cacau Melo e Rebeca Reis.
Duração: 90 minutos.
Classificação: 12 anos
Ingressos presenciais: R$ 70 | R$ 35 |  Homens, idosos, aposentados e estudantes.

Vendas presencial:
https://bileto.sympla.com.br/event/67151/d/92539/s/491766
http://www.teatrogazeta.com.br/event/os-monologos/
Bilheteria: de terça-feira à domingo, das 14:00 até o início do último espetáculo.
Ingressos para pessoas com deficiência (PCD). Disponíveis na bilheteria do teatro.
Ingressos para acesso ao link para a apresentação online: de R$ 30 a R$ 100 (familiar)
Vendas online: https://www.sympla.com.br/transmissao-online---monologos-da-vagina__1075998

Teatro Gazeta – 400 lugares (60% da ocupação)
Av Paulista, 900 – Térreo – Cerqueira César
Tel: 3253.4102 – Próximo ao Metrô Trianon Masp
www.teatrogazeta.com.br
Obrigatório uso de máscaras durante toda a permanência no teatro.

Convênios:
Estacionamento MultiPark
De quinta-feira à domingo
Rua São Carlos do Pinhal, 303 - Subsolo.
Hotel Century Paulista
Rua Teixeira Silva, 647 - Paraíso
(11) 3882-9977

.: Crítica: "Todas as Cartas" de Clarice Lispector em dez motivos para você ler



"Todas as Cartas", de Clarice Lispector, publicado pela editora Rocco é o maior e mais ambicioso lançamento em 2020, um ano atípico salvo entre um motivo e outro, mas principalmente por ser o ano do centenário desta escritora, que completaria 100 anos nesta quinta-feira, dia 10 de dezembro. A obra reúne todas as correspondências escritas pela autora ao longo da vida, abreviada em 9 de dezembro de 1977, aos 56 anos, por um câncer de ovário. A seleção de cartas configura um acervo fundamental para compreender a trajetória literária de Clarice Lispector. 

É um livro para ler, reler e guardar com muito carinho, pois entrega ao leitor as correspondências escritas desde maio de 1940 a novembro de 1977, um mês antes de morrer.  "Todas as Cartas" é mais que um apanhado da correspondência desta que hoje é considerada por muitos a maior escritora da literatura brasileira, já que revela tesouros guardados no baú de Clarice Lispector, tem prefácio da biógrafa Teresa Montero e posfácio do editor Pedro Karp Vasquez, o que torna tudo mais interessante. O Resenhando listou dez motivos para ler o livro.


1. "Todas as Cartas" é o livro do ano. Além de comemorar o centenário de Clarice Lispector em uma edição muito caprichada, elaborada com todo o respeito que a escritora merece, é um livro muito afetivo, capa dura em sua versão física, que mostra na intimidade - e, de alguma maneira, tira do pedestal carinhosamente o mito para mostrar um lado que poucos conheciam: o da mulher de verdade. Uma ousadia e tanto, já que mostrar as nuances reais de uma mulher quase que santificada pelo mito que gerou em torno de si poderia ser considerado por muitos quase uma blasfêmia. 


2. "Todas as Cartas" pode ser lido como uma autobiografia.
O livro ainda pode ser visto como um romance epistolar, formado por cartas, ou uma autobiografia em que o leitor pode espionar Clarice Lispector pelo buraco de uma fechadura imaginária, sem a proteção do mito. Nas cartas, não há o mito, há uma mulher, por vezes apaixonada, por vezes discorrendo o cotidiano, tal qual a vida como ela é. Mas não se iluda: Clarice Lispector só mostra até onde ela quer, então não espere muitos segredos ou confissões - ela é econômica nisso. 

2. "Todas as Cartas" mostra o psicológico de Clarice Lispector. Considerada por muitos uma pessoa intimista, cheia de nuances, audaciosa e até mesmo a que melhor representa a literatura contemporânea brasileira, Clarice Lispector era econômica nas opiniões e intensa nos textos que publicava. Dizem que escrever é pura exposição e Clarice Lispector soube se expor como ninguém em sua trajetória artística - até o limite que estabelecia entre si mesma e os leitores. Esse limite foi ultrapassado em "Todas as Cartas": nunca um livro mostrou tanto as características psicológicas desta escritora. O mais irônico disso é que as cartas escritas, talvez sequer tenham sido imaginadas por ela em livro, mas mostram, por ela mesma, em primeira pessoa, o que está acontecendo na própria vida e o que pensa sobre o mundo. A seleção das cartas configura um acervo fundamental para quem ama a própria Clarice Lispector e a literatura brasileira.


3. 
"Todas as Cartas" traz correspondências inéditas entre Clarice Lispector e escritores consagrados. O livro é um conjunto de correspondências que nunca foram publicadas antes entre Clarice Lispector e vários escritores, como João Cabral de Melo Neto, Lêdo Ivo, Lygia Fagundes Telles, Mário de Andrade, Natércia Freire, Nélida Piñon, Otto Lara Rezende, Paulo Mendes Campos e Rubem Braga.  Ao todo, foram 284 cartas enviadas por Clarice a familiares e amigos. Em relação à publicação da correspondência com grandes escritores, o livro tamvém se mostra um importante acontecimento da literatura, pois mantém a inspiração, o lirismo e o humor ao escrever cartas, tão ou mais fascinantes e criativas quanto os próprios livros de Clarice Lispector como artista.


4. Correspondências de 
"Todas as Cartas" mostram bastidores da arte da escrita. O livro foi organizado por décadas, dos anos 1940 aos 1970. As cartas, escritas entre os anos de 1940 a 1970, são acompanhadas por de 510 notas de rodapé da biógrafa Teresa Monteiro para contextualizar a relação das cartas com o tempo, espaço e várias citações a personalidades e referências culturais. É uma correspondência riquíssima em relação ao processo de escrita e as reais motivações que deram norte à produção da obra literária de Clarice Lispector. Uma aula para aqueles que querem escrever profissionalmente.


5. Textos inéditos de "Todas as Cartas" mostram algumas opiniões e confidências de Clarice Lispector. Aproximadamente 50 cartas são inéditas para o público, justamente a que ela utilizou para trocar opiniões e confidências com destinatários ilustres, entre escritores e editores. São poucas as confidências, as confissões ou os segredos, mas todas valem a pena, pois traduzem uma leitura saborosa e dão dicas de como entender melhor alguns textos que a consagraram. 


6. "Todas as Cartas" mostra Clarice Lispector sobre ângulos diferentes.
A partir do livro, o leitor tem a oportunidade de acompanhar 40 anos da trajetória de Clarice Lispector. Nunca ela foi mostrada de uma maneira tão íntima, falando com diferentes interlocutores sobre diferentes ângulos da vida. O público terá a sensação de conhecer Clarice Lispector como uma amiga íntima, com as angústias e opiniões dela sobre temas que são discutidos até hoje. Prova que Clarice Lispector continua moderna e relevante.


7. "Todas as Cartas" mostra Clarice Lispector como desbravadora na arte da escrita. O leitor pode acompanhar a trajetória de Clarice Lispector como uma mulher que tem a ousadia de ser escritora no século passado, quando a Academia Brasileira de Letras ainda não havia sequer cogitado em mudar os estatutos para permitir a entrada de mulheres.


8. 
"Todas as Cartas" mostra Clarice Lispector como uma mulher com senso de humor apurado. No primeiro lote de cartas, endereçadas às irmãs, Clarice Lispector, antes de se tornar a escritora consagrada, atuava como repórter. Ela se queixava do dinheiro com muito bom humor. Além disso, são deliciosas as confidências que faz para as amigas Marina Colasanti e Nélida Piñon. Quem a conheceu diz que Clarice Lispector tinha um humor sutil, que se assemelhava ao dos britânicos. Quem ler o livro chegará à própria conclusão.


9. "Todas as Cartas" é resultado de uma pesquisa cuidadosa. Com grande material inédito, o livro é resultado de uma longa pesquisa realizada pela jornalista Larissa Vaz, com orientação de biógrafos e da família. As cartas trazem uma visão integral de Clarice Lispector como ser humano e como escritora. 


10. "Todas as Cartas" promove um encontro de Clarice Lispector com o novos leitores. Clarice viveu quase 20 anos no exterior e, na intimidade, ela se correspondeu para não perder os laços de afeto, seja com familiares, seja com amigos. Clarice Lispector afirmava para os amigos que “não sabia escrever cartas”, mas a publicação de "Todas as Cartas" comprova que a correspondência que ela alimentava é tão interessante quanto os romances, contos e crônicas que a eternizaram como escritora. Para quem já a conhece, mais um motivo para se apaixonar novamente, ler e relê-la. Para os leitores da nova geração, uma oportunidade de encontrar uma escritora fascinante que pode mudar definitivamente o rumo de suas vidas.

Se você compartilhar fotos ou textos sobre "Todas as Cartas", você pode marcar a editora Rocco ou utilizar as tags #ClariceLispector e #365DiasDeClarice.  Você pode comprar "Todas as Cartas", de Clarice Lispector, neste link.




.: Editora Peirópolis lança obra completa de Henriqueta Lisboa em Bienal do Livro

Para antecipar os 120 anos de nascimento de Henriqueta Lisboa (1901-1985), que se dará em 2021, a editora Peirópolis lançará na Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que este ano se realiza de forma virtual pela primeira vez, a edição da obra completa da poeta, tradutora, ensaísta e professora mineira. Os três volumes foram organizados por Reinaldo Marques e Wander Melo Miranda. A obra se dividirá ainda em várias outras edições avulsas da poesia e da crítica e um site que disponibilizará a versão digital das obras para visualização do leitor.

A versão digital da edição ficará disponível gratuitamente durante todo o período do evento e a versão impressa, uma box com mais de 2,1 mil páginas, estará à venda com desconto de lançamento. De R$ 360,00, poderá ser adquirida por 250 reais durante os dias de Bienal. Além de acesso à edição digital da obra, o site traz conteúdo extra sobre a autora e a obra, como uma edição fac-símile de Fogo-fátuo (1924), obra de estreia do jovem poeta, renegada diversas vezes por ela mesma.

Dentre as edições previstas em formato impresso, estão livros de poema avulsos, como Flor da morte, Alvo humano e Pousada do ser. A obra da autora está migrando pra outras coleções da editora, como Purgatório, tradução de Dante por Henriqueta que sairá pela coleção Clássicos de bolso e Poesias escolhidas de Gabriela Mistral, com os poemas da chilena, que recebeu em 1945 o prêmio Nobel de Literatura, também traduzidos por Henriqueta.

A ideia de se publicar toda a obra de Henriqueta Lisboa numa única edição foi acalentada ao longo de vários anos, desde a chegada de seu arquivo ao Acervo de Escritores Mineiros da UFMG, em 1989. À medida em que os pesquisadores iam trabalhando com a obra e os fundos documentais do arquivo de Henriqueta, mais se tornava premente a necessidade dessa edição.

Os trabalhos para a concretização do projeto iniciaram-se por volta de 2003, sob a liderança de Abigail Lisboa de Oliveira Carvalho, sobrinha de Henriqueta e responsável por seu espólio, que convidou a dupla para cuidar da organização da edição da obra completa da poeta. 

A ideia de dividir a edição em três volumes — um com a poesia de Henriqueta, outro com sua prosa e mais um outro volume incluindo também a poesia traduzida por ela — foi uma decisão editorial da Peirópolis, que os organizadores julgaram plenamente acertada. “Nesse momento, em conversas com Abigail, decidimos respeitar a vontade autoral de Henriqueta no tocante a sua obra poética, mantendo-se as exclusões feitas por ela. De modo geral, procuramos trabalhar em conjunto, nos reunindo sempre, fazendo um trabalho realmente a quatro mãos”, explica Wander Melo Miranda, doutor em Literatura Brasileira pela USP e professor emérito da Faculdade de Letras da UFMG, um dos organizadores da obra.

“Espera-se que a presente edição de toda sua obra contribua para uma avaliação da real importância de Henriqueta Lisboa para a nossa Cultura e Literatura. Nesse sentido, cabe levar em conta a atuação multifacetada de Henriqueta como poeta, tradutora, teórica e crítica, professora e pesquisadora. E também como figura atuante no sentido de tornar a presença das mulheres mais visível em nossas instituições”, conclui o parceiro de Miranda, Reinaldo Marques, doutor em Literatura Comparada e professor associado da Faculdade de Letras da UFMG. Ele integra a equipe de pesquisadores do Acervo de Escritores Mineiros da UFMG, sob a responsabilidade do Centro de Estudos Literários e Culturais, do qual foi diretor.

Outros lançamentos: Além de anunciar as obras completas de Henriqueta Lisboa, a Editora Peirópolis irá realizar uma live no dia 8 de dezembro, às 12 horas, para apresentar outros lançamentos.

Há 10 anos as pequenas Marina, Laura e Tamara Klink faziam o lançamento do livro Férias na Antártica, na 21ª Bienal Internacional de São Paulo. Hoje, moças crescidas, contam para nós como tem sido conversar com as escolas e alunos durante todos esses anos e o que mudou no mundo, na visão delas. Como elas estão hoje? Será que ainda passam as férias na Antártica com os pais, a fotógrafa Marina e o velejador Amyr Klink? Tamara também nos conta um pouco sobre seu livro, que em breve será lançado pela Peirópolis.

Também em 2010, o paleontólogo Luiz Eduardo Anelli lançava seu primeiro livro infantil sobre dinossauros brasileiros. A Peirópolis publicou o livro Dinos do Brasil, mostrando os 23 dinossauros brasileiros conhecidos até então. Agora, a editora lança o livro Novos dinos do Brasil com mais 24 novas espécies. Como será que em 10 anos se descobriu a mesma quantidade de espécies de dinossauros que em toda história da ciência moderna brasileira? Anelli também nos conta porquê é tão legal e importante conhecer os dinossauros.

E, para finalizar, a Fafá (Flavia Scherner) nos conta uma história sensível, de outro lindo lançamento da Peirópolis: Um canto para o rio. Este livro representa o rompimento da barragem de rejeitos que atingiu o rio Doce em 2015, num enredo que inspira o amor pela natureza e mudanças de valores e atitudes, para que situações como essas não se repitam. Os personagens e cenários são inspirados em pessoas reais, comunidades tradicionais e animais típicos da região, com os quais a autora Roberta Brangioni teve contato em suas andanças pela Bacia do Rio Doce. A autora também fará comentários sobre a obra, que foi ilustrada pela premiada artista Taisa Borges. Você pode comprar o livro a obra completa "Henriqueta Lisboa – Poesia (Obra Completa v. 1)" aqui amzn.to/2VZ0EkP e "Henriqueta Lisboa – Poesia traduzida (Obra Completa v. 2)" aqui amzn.to/3n7nsKY


 Henriqueta Lisboa – OBRA COMPLETA: Poesia, Poesia traduzida e Prosa

3 volumes (box) – 15cm x 22,5cm

Henriqueta Lisboa – Poesia (Obra Completa v. 1)

Organizado por Reinaldo Marques, Wander Melo Miranda.

784 p. 15cm x 22,5cm

Henriqueta Lisboa – Poesia traduzida (Obra Completa v. 2)

Organizado por Reinaldo Marques, Wander Melo Miranda

584 p – 15cm x 22,5cm


.: "Casa Comigo?", o romance "hot" que virou febre no Wattpad

A nova E. L. James é brasileira? Na vibe "50 Tons de Cinza", a comédia romântica picante "Casa Comigo?", da autora Valéria Veiga, já rendeu mais de 350 mil leituras on-line, incluindo downloads na gigante Amazon


Não é novidade, todos sabem que depois do sucesso de "50 Tons de Cinza", o mundo se abriu para a literatura erótica e os títulos “hot” ganharam espaço nas livrarias físicas e digitais. Esse fenômeno permitiu que muitas mulheres tivessem coragem para se arriscar nesse tipo de literatura.

Um novo nome tem surgido e chamado atenção entre as fãs desse gênero literário: Valéria Veiga. Mas afinal, quem é essa carioca que tem feito muito sucesso no Brasil? Ela mora em São Francisco (EUA) e está impressionada com a repercussão que seus livros têm tido em pouco tempo de lançamento.

Sua última obra, "Casa Comigo?", que teve todos os capítulos publicados no Wattpad (comunidade gratuita que conecta escritores e leitores) chegou aos 300 mil registros de leitura no primeiro mês e conquistou o primeiro lugar no ranking de Romances Hot no site. Além disso, a obra foi recentemente publicada na Amazon e já teve mais de 108 mil downloads.

O projeto começou em meio à pandemia do novo coronavírus e foi divulgado em partes no Wattpad, com direito à interação da autora com os leitores. Diante do sucesso no mundo digital, a autora agora lança a versão impressa do título.

Esta comédia romântica picante que tem conquistado milhares de leitoras possui, sim, seus segredos. Quem já leu diz que é um “sexy na medida” ou “engraçado e quente”, e garante que é uma história “apaixonante”, e “merece produção de cinema”.

"Casa Comigo?" é narrado em primeira pessoa pelos personagens principais, sendo alguns capítulos por Aby Williams e outros por Dan Stanford, mostrando a visão de cada um sobre o desenrolar dos acontecimentos.

Valéria Veiga convida as leitoras a embarcarem nessa narrativa que enaltece as surpresas da vida e mostra que as pessoas podem, sim, mudar de comportamento e atitudes por amor. Assim como suas leitoras, essa carioca romântica e divertida também deseja ver seus livros um dia adaptados para o cinema. Nada parece ser impossível para essa determinada brasileira que sonha, literalmente, bem pertinho de Hollywood.

+ um pouco de spoiler sobre “Casa Comigo?”

A história é envolvente, com doses certas de comédia, romance, drama e sensualidade. Abigail Wiliams é uma jovem sonhadora que se desdobra para pagar o aluguel e sobreviver em São Francisco, na Califórnia. Um dia, ela recebe um inusitado pedido de casamento do lindo e rico empresário Daniel Stanford.

Mas o pedido de Daniel passava longe de ser por amor. Ele precisava se casar para assumir oficialmente a empresa da família – uma exigência feita pelo falecido pai em testamento. Ele, então, elaborou um contrato que envolvia um casamento falso, divórcio em três anos e muito dinheiro na conta da “futura falsa esposa”.

Após ficar desempregada e descobrir que seus pais estavam cheios de dívidas, Aby resolve aceitar o pedido e embarcar nessa aventura, mesmo que para isso tivesse que deixar de lado o sonho de se casar por amor e formar uma família.

A noite chegou e eu estava pronta para conhecer a família dele. Escolhi um look fofo, estilo noiva apaixonada. Também queria mostrar que era uma excelente atriz. (Casa Comigo?, p. 121)


Livro: Casa Comigo?

Autora: Valéria Veiga

Editora: Independente

205 páginas

Formato: 14 x 21 cm

Link de venda: amzn.to/3gwXSg6

Sinopse: Aby vive em São Francisco, na Califórnia, trabalha em um bar quase todas as noites e divide um apartamento com sua amiga Emilly, que trabalha numa loja do shopping. Sua vida muda quando Dan entra uma noite no bar que ela trabalha e lhe faz uma proposta inusitada. Uma comédia romântica com um tempero hot que vai te fazer rir alto, torcer pelos personagens e ficar com raiva em alguns momentos; tudo isso em um livro só. 

Sobre a autora: Valéria Xavier da Veiga nasceu em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro. É formada em educação física e mora desde 2016 nos Estados Unidos, onde trabalha como personal assistant em um escritório. No início de 2020, ela estreou com o livro "Sem Fim – A história real de Felipe e Juliana", o primeiro de uma série de três volumes que devem ser lançados até o fim desde ano. "Casa Comigo?" é o segundo lançamento físico de Valéria.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

.: 3º dia da 1ª Bienal Virtual do Livro de SP homenageia Agatha Christie

O segundo dia da 1ª Bienal Virtual do Livro de São Paulo, realizada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), conta com uma série de debates em mais de 15 mesas dividas pelos seus espaços culturais Arena Virtual, Papo de Mercado e Salão de Ideias. Os destaques do dia são "Centenário da obra de Agatha Christie", às 17h; "Um mundo sem livros e sem livrarias?", às 12h; e "Diversidade: Por que devo me importar com isso?", às 15h.

Este ano, a 1ª Bienal Virtual do Livro de São Paulo , com o tema Conectando Pessoas e Livros, acontecerá pelo portal bienalvirtualsp.org.br que dará acesso gratuito a toda programação e novidades do mercado editorial. Com mais de 100 expositores e 330 autores confirmados, o evento contará com uma grade intensa de programação, venda de livros, além de rodadas de negócios. O ambiente virtual também vai possibilitar que o público assista a todas as palestras por mais tempo. O portal fica no ar até 13 de janeiro.

A Bienal Virtual levará para o ambiente digital seus espaços culturais, como o Salão de Ideias, Papo de Mercado e Arena Virtual. Todos os espaços vão reunir autores e profissionais do mercado editorial em discussões sobre temas variados, como racismo, empoderamento feminino, comportamento e espiritualidade.

A Bienal Virtual do Livro de SP tem o Pólen®, um produto Suzano, e a Bic como patrocinadores do evento.

Loja virtual: Além das lives e palestras, o público terá acesso às lojas virtuais de cada editora participante, como Rocco, Novo Século, Livraria e Distribuidora Loyola, Grupo Autêntica, Madras, Trilha Educacional, Edições Loyola, Aleph, Papirus, FTD, Panini, Ave Maria, Cia das Letras, Editora Globo. Pelo site, os visitantes podem conferir os lançamentos de seus autores favoritos e possíveis promoções. Serão 84 expositores entre editoras, livrarias e distribuidores e 22 autores independentes que também estarão com estandes virtuais.


Programação 1ª Bienal Virtual do Livro de São Paulo - dia 8/12

bienalvirtualsp.org.br/programacao


DIA 9/12

Arena Virtual


11h às 12h15

Mesa: Escrito nas estrelas

Participantes: Daniel Bovolento / Solaine Chioro / Vítor diCastro

Mediação: Titi Vidal


15h às 16h15

Mesa: Como alcançar seus objetivos

Participantes: Fernando Rocha / Nath Finanças / Veronica Oliveira

Mediação: Fernando Martins


17h às 18h15

Mesa: Centenário da obra de Agatha Christie

Participantes: Bel Rodrigues / Raphael Montes / Tito Prates

Mediação: Madame Agatha Killer


PAPO DE MERCADO


11h às 12h

Mesa: Clube de leitura ONU - ODS

Participantes: Adriana Ferrari; Paulo Moregola - Edições Loyola ; Vitor Tavares Presidente CBL - Câmara Brasileira do Livro

Mediação: Karine Pansa


12h às 13h

Mesa: Um mundo sem livros e sem livrarias?

Participantes: Roger Chartier, Guiomar de Grammont, Vitor Tavares Presidente CBL - Câmara Brasileira do Livro e Bernardo Gurbanov Presidente ANL

Mediação: Guiomar Maria de Grammont Machado de Araujo e Souza


13h às 14h

Mesa: A Cultura Lúdica da Infância/ Herança Cultural, Preservação e Desenvolvimento

Participantes: Regina Márcia Moura Tavares

Mediação: Giovana Tonela


15h às 16h

Mesa: Diversidade: Por que devo me importar com isso?

Participantes: Fernando Baldraia, editor de diversidade do Grupo Companhia das Letras, Felipe Brandão e Maria Helena Chenque, Ateliê das Letras.

Mediação: Leonardo Neto, PublishNews


17h às 18h

Mesa: Viagens das palavras

Participante: Professor João Veloso (Porto); Professora Irene Mendes (Moçambique)

Mediação: Eduardo Calbucci


18h às 19h

Mesa: A Tradução e o Indizível: Clarice Lispector em francês

Participantes: Didier la Maison; Izabella Borges

Mediação: W. B. Lemos (UERJ)


19h às 20h

Mesa: Torto arado: reminiscências, saga e mistério. Estreia de um clássico.

Participantes: Itamar Vieira Junior; Leandro Sarmatz;

Mediação: Mariana Mendes


SALÃO DE IDEIAS


10:00 às 11:00

Mesa: Como escolher o livro para diversas fases do desenvolvimento (Maravilha Comércio de Livros)

Participantes: Ma. Elidete Zanardini Hofius


14h às 15h

Mesa: Underline Publishing, a editora dos brasileiros no exterior. (Underline Publishing)

Participantes: Nereide Santa Rosa, Heloisa Schurmann, Cleo Monteiro Lobato, Marcos H N Rossi, Carlos Borges, Beti Rozen, Fernanda do Valle, Isabel Cintra, Paola Giometi, Regina Drummond, Renata Costa, Adriana Peliano, Alexandre Valentim, Ciça Ribeiro, Ivany Santos, Kleiton Ramil,

Marcia Kambeba, Mauro Oddo Nogueira, Renato Azeved , Sandro Vita e Toni Brandão.

Mediação: Nereide Santa Rosa


15:00 às 16:00

Mesa: Tecnologia da informação na produção do livro: o papel da FMZ no mercado editorial (FMZ)

Participantes: Renato Martins

Mediação: Guilherme Delgado


16:00 às 17:00

Mesa: Como ir além das crenças limitantes (Ed. Madras)

Participantes: Giti Bond

Mediação: Arlete Genari


18:00 às 19:00

Mesa: Quem não gosta de uma boa história (Trilha Educacional)

Participantes: Silvio Costta; Fernanda de Oliveira (Fê Liz); Nalu Saad ;

Mediação: Roberta Oliveira

.: Cobra Kai estreia em janeiro, só na Netflix. Anote na agenda!

A terceira temporada de Cobra Kai estreia em janeiro, só na Netflix


"Cobra Kai" se passa 30 anos depois do Torneio de All Valley de 1984, com a continuação do inevitável conflito entre Daniel LaRusso (Ralph Macchio) e Johnny Lawrence (William Zabka). Na terceira temporada, estão todos aturdidos após a violenta briga entre os dois dojos na escola, que deixou Miguel gravemente ferido. Enquanto Daniel revisita o passado à procura de respostas e Johnny busca redenção, Kreese manipula ainda mais seus vulneráveis alunos com suas ideias de dominação. A alma do Vale está em jogo, assim como o destino de todos os alunos e senseis.

Produtores: Cobra Kai tem roteiro e produção executiva de Josh Heald, Jon Hurwitz e Hayden Schlossberg através de sua produtora Counterbalance Entertainment. Will Smith, James Lassiter e Caleeb Pinkett são os produtores executivos pela Overbrook Entertainment, juntamente com Susan Ekins, em associação com a Sony Pictures Television. Ralph Macchio e William Zabka são coprodutores executivos. As temporadas anteriores estão disponíveis em netflix.com/cobrakai

Elenco: Ralph Macchio (Daniel LaRusso), William Zabka (Johnny Lawrence), Courtney Henggeler (Amanda LaRusso), Xolo Maridueña (Miguel Diaz), Tanner Buchanan (Robby Keene), Mary Mouser (Samantha LaRusso), Jacob Bertrand (Hawk), Gianni Decenzo (Demetri). Com Martin Kove (John Kreese) e Peyton List (Tory).


Data de lançamento: Janeiro de 2021

Instagram: @CobraKaiSeries

Facebook: @CobraKaiSeries

Twitter: @CobraKaiSeries


Sobre a Netflix: A Netflix é o principal serviço de entretenimento por streaming do mundo. São mais de 195 milhões de assinaturas pagas em mais de 190 países assistindo a séries, documentários e filmes de diversos gêneros e idiomas. O assinante Netflix pode assistir a quantos filmes e séries quiser, quando e onde quiser, em praticamente qualquer tela com conexão à internet. O assinante pode assistir, pausar e voltar a assistir a um título sem comerciais e sem compromisso.


.: Clarice Lispector: escritora completaria 100 anos amanhã

Para comemorar centenário da autora, a editora Rocco e a Tocalivros lançam acervo de 18 obras transformadas em audiolivros

Considerada uma das escritoras mais aclamadas da literatura modernista brasileira, Clarice Lispector é reconhecida por sua obra intimista e que mergulha no pensamento humano. E amanhã, dia 10 de dezembro de 2020, comemora-se o centenário de nascimento da autora que além de romancista, contista e cronista, também foi tradutora, jornalista e pintora.

Para lembrar a importante data, a editora Rocco e a plataforma de audiolivros Tocalivros anunciaram a finalização do acervo com 18 obras da autora transformadas em audiolivros. O projeto Vozes de Clarice teve início em dezembro de 2019 com o aniversário de 99 anos de Clarice Lispector. Na ocasião, os primeiros títulos da autora começaram a ser lançados em todos os formatos: impresso, eBook e audiolivro. As edições comemorativas do centenário contaram com novo projeto editorial e capas que retrataram pinturas feitas pela própria escritora.

De lá para cá, já foram produzidos 13 títulos e, até o dia 10 de dezembro, mais cinco novos audiolivros serão colocados na plataforma: "Outros Escritos", "A Paixão Segundo G.H", "Um Sopro de Vida", "Hora da Estrela" e "Onde Estiveste de Noite", esses dois últimos narrado pela atriz Mel Lisboa.

Entre as produções já lançadas e celebradas pela crítica está o primeiro livro de Clarice: Perto do Coração Selvagem e os contos mais famosos: "Laços de Família" – com narração da crítica literária e escritora Adélia Nicolete. Uma das produções mais aguardadas pelos fãs é a obra publicada por Clarice no ano de sua morte: Hora da Estrela.

O acervo completo pode ser acessado no link: tocalivros.com/audiobook/aniversario-clarice-lispector e os preços por audiolivro variam de R$ 23,90 a R$ 55,90. As produções não fazem parte do pacote de assinatura da plataforma e são vendidas separadamente.

Você pode comprar "Laços de Família" aqui: amzn.to/3n5gVjV

AUDIOLIVROS JÁ LANÇADOS:

A Via Crucis do Corpo (Antônio Fagundes)

Água Viva (Adélia Nicolete)

O Lustre (Adélia Nicolete)

A Descoberta do Mundo (Stella Tobar, Adélia Nicolete, Zeza Mota e Priscila Scholz)

Perto do Coração Selvagem (Priscila Scholz)

A Maçã no Escuro (Zeze Mota)

A Cidade Sitiada (Zeze Mota)

Laços de Família (Adélia Nicolete)

A Legião Estrangeira (Carol Badra)

A Bela e a Fera (Priscila Scholz)

Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres (Beth Goulart)

Felicidade Clandestina (Stella Tobar)

Para Não Esquecer (Alexandre Mercki)


AUDIOLIVROS QUE SERÃO LANÇADOS:

Outros Escritor (Priscila Scholz)

Paixão Segundo G.H (Carol Badra)

Hora da Estrela (Mel Lisboa)

Onde estiveste de Noite (Mel Lisboa)

Um Sopro de Vida (Paola Molinari)

Sobre a Tocalivros: A Tocalivros é a plataforma brasileira de audiolivros, com uma programação cultural e literária de mais de 2 mil audiolivros e 5 mil eBooks. Histórias envolventes com narradores profissionais por uma assinatura mensal que cabe no seu bolso: apenas R$ 14,90 por mês. O aplicativo está disponível para iOS e Android. Mais informações no site www.tocalivros.com.

Sobre a Rocco: A Rocco se mantém como uma das editoras brasileiras que mais se dedicam à divulgação de obras de ficção e não ficção contemporâneas. Nas letras nacionais, é a casa de autores premiados como Clarice Lispector, Roberto DaMatta, Thalita Rebouças e a imortal Rosiska Darcy de Oliveira. Além da reconhecida qualidade literária, o catálogo da Rocco reúne temas diversos, que somam aproximadamente dois mil títulos.

.: Clarice Lispector no Centro Cultural Banco do Brasil com Odilon Esteves

 Solo de Odilon Esteves foi criado durante a quarentena em regime de isolamento físico e será apresentado ao vivo pela plataforma Zoom até 31 de janeiro (com breve pausa entre 20/12 e 9/01). Os espectadores escolhem, ao longo da sessão, por enquete eletrônica, a partir das opções preparadas pelo ator, os textos que gostariam de ouvir interpretados. A transmissão é feita da sala do ator para a sala do espectador.           


Fotos: Fernando Badharó

O projeto patrocinado pelo Banco do Brasil segue os moldes de um acontecimento gastronômico, oferecendo ao público um "cardápio literário" com entrada, prato principal e sobremesa, representados pelos contos e crônicas da autora. Serão oferecidas 15 opções para cinco serem escolhidas e apresentadas na sequência. A peça tem duração de 60 a 90 minutos, variando em função das escolhas do dia. 

A cada rodada da apresentação, alternam os elementos oferecidos ao público para estimular sua escolha: leitura de pequenos trechos; apresentação das sinopses; exposição de objetos relacionados aos textos, sem que o público conheça sequer seus títulos. 

O critério de seleção das obras seguiu uma linha afetiva “Escolhi primeiramente textos que me atravessam, que me intrigam, alguns que me divertem, muitos que me emocionam, outros que me questionam, uns que me colocam diante do espelho ou à beira do mistério indizível. Depois tive que abrir mão de muitos contos, porque queria quase tudo. Meu critério era muito amplo, quase uma falta de critério. Então cortei da lista, primeiro, os contos mais extensos que, sozinhos, já dariam uma peça. Mas fui me dando conta de que a seleção estava diversa, uma espécie de panorama de muitas das facetas de Clarice e achei bom que assim fosse. Primeiro porque a obra dela é mesmo multifacetada e sempre me chegou de formas igualmente diversas. E porque todos nós somos mesmo muito vastos, cheios de nuances e contradições. E especialmente Clarice nunca se furtou de procurar conhecê-las, de mostrá-las, de mergulhar nelas.”, conta Odilon.

Esse caráter interativo possibilita que o público se posicione subjetivamente diante do leque de opções que lhe é oferecido, contribuindo para que haja um entrelace dos imaginários comuns dos espectadores reunidos naquela sessão. Um formato que visa aproximar ainda mais o público do acontecimento cênico-literário, implicando-lhes em sua construção e considerando cada dia como um percurso único.

A proposta deste projeto é apresentar alguns de seus textos na íntegra, oralizando a palavra escrita com vistas a potencializar o encontro desta com o público. Um trabalho que pretende ser acessível e convidativo, mas sem simplificações. O espectador será munido de ferramentas para acessar outras camadas da obra de Clarice, praticamente sem cortes no seu original.

A aplicação do método das Ações Vocais (de Constantin Stanislavski), que Odilon Esteves vem estudando desde 2002, aproxima o espectador do texto e das imagens propostas pela autora. O minimalismo da encenação visa concentrar-se no essencial, descartando tudo o que seja supérfluo no cenário e figurino, ou redundante e ilustrativo no movimento e na ação física, para dar espaço à imaginação do espectador e jogar com ela. A escuta como lugar de potência.       

A peça faz parte da programação dos Centros Culturais do Banco do Brasil de São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro. Atualmente os 4 CCBBs reabriram, mas continuam ofertando programação digital, como forma de permitir às pessoas uma alternativa cultural aos eventos presenciais.

Ciclo de palestras

Além das apresentações, o projeto propõe um ciclo de palestras sobre Clarice Lispector nos dias 14 de dezembro, 11 de janeiro e 25 de janeiro com abordagens que aprofundam a leitura e a análise de sua obra, ministradas por:

Nádia Battella Gotlib (14 de dezembro) mestre, doutora e professora livre-docente pela Universidade de São Paulo, onde atuou, desde 1970, como professora e pesquisadora nas áreas de Literatura Portuguesa e Literatura Brasileira. Atualmente é professora colaboradora do Programa de Pós-Graduação de Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa. 

Noemi Jaffe (11 de janeiro), é escritora, professora e crítica literária. Doutora em literatura brasileira pela USP, dá aulas de Escrita Criativa na Casa do Saber, no curso de Formação de Escritores do Instituto Vera Cruz e n'A Escrevedeira. Também trabalha como crítica literária para o jornal Folha de São Paulo.

Maria Homem (25 de janeiro) - graduada em Psicologia pela USP, com mestrado em Psychanalyse et Esthétique  pelo Collège International de Philosophie e pela Universidade Paris VIII, e doutorado em Teoria Literária e Literatura Comparada pela USP. Atualmente colabora com a PUC-SP e FAAP. Tem experiência na área de Psicanálise, Cultura e Estética, atuando principalmente nos seguintes temas: psicanálise, literatura, cinema e subjetividade. 

Clarice aos olhos do ator

“A escrita de Clarice já reverberou em mim de muitas formas. A primeira obra que conheci foi "A hora da estrela", na adolescência. E Macabéa me doía, porque eu conheci várias Macabéas no norte de Minas Gerais, onde nasci. Porque eu amo várias Macabéas que cuidaram de mim quando criança ou trabalharam para minha família, e muitas morreram antes de eu saber o que fazer por elas. 

Quantas vezes as contradições humanas nos textos de Clarice me convidaram a encarar as minhas próprias! Quantas vezes me senti estrangeiro, mesmo na cidade onde nasci! Tenho fotos em que pareço triste, mas na lembrança tenho certeza de que estava alegre, a despeito de não estar sorrindo. Em seus livros, encontro mundos onde caibo. E onde cabem meus amigos, minha família, e todo o mundo que desconheço. 

Além do mais, seu dia a dia ordinário tem aura de realidade mítica. Clarice teve algum convívio, foi lida e admirada por muitos dos meus ídolos: Chico Buarque, Fernanda Montenegro, Carlos Drummond de Andrade. 

E junto do seu amor por Recife, tem também uma relação forte com Minas. A proximidade com tantos mineiros, a admiração profunda por Lúcio Cardoso, a amizade com Fernando Sabino, a carta em que fala sobre "Grande Sertão: Veredas" de Guimarães Rosa... Na crônica "Das vantagens de ser bobo", que é um estandarte contra a cultura da esperteza, essa doença do "levar-vantagem-em-tudo-e-a-qualquer-custo" tão recorrente  no Brasil, ela descreve o bobo como a antítese do esperto, e afirma que há lugares que facilitam ser bobo, e Minas Gerais é um exemplo disso. Enfim... queria ter sido contemporâneo dela, mas só nasci onze meses após sua morte. E no entanto, abraçado a seus livros, atravessei a pandemia na companhia de Clarice.”  

Na sala com Clarice: peça literária on-line, em celebração ao centenário de Clarice Lispector, em que o público escolhe, a partir de um cardápio de textos da autora, quais gostaria de ouvir naquela sessão. Obras que compõem um panorama de suas múltiplas facetas, incluindo narrativas em que podemos perceber a própria Clarice em diferentes fases da vida.


Ficha técnica

Textos: Clarice Lispector. Concepção e atuação: Odilon Esteves. Codireção e direção de arte: Fernando Badharó. Trilha sonora: Barulhista. Iluminação:Lucas Pradino. Intérprete de Libras: Marcella Alves de Sousa. Produção Executiva: Ricelli Piva. Direção de produção: Juliana Sevaybricker. Produção: Agentz Produções 

Duração: de 60 a 90 minutos (dependendo das escolhas do público)

Classificação etária: 12 anos

Ingressos gratuitos pelo site: https://www.sympla.com.br/nasalacomclarice

Lotação: 995 pessoas


TEMPORADA + PALESTRAS

Apresentações: 06 a 20 de dezembro 

09 a 31 de janeiro | sábados às 20h e domingos às 19h

Sessão especial "Centenário de Clarice": 10/12 (quinta-feira) às 20h

Sessões com intérprete de LIBRAS: 18/12 e 29/01 (sextas-feiras) às 20h


Palestras: 

14/12/2020 - Nádia Battella Gotlib

11/01/2021 - Noemi Jaffe

25/01/2021 - Maria Homem


.: Teatro Vivo em Casa: monólogo "Um Segundo e Meio", com Marcello Airoldi

Foto: Priscila Prade

A programação do Teatro Vivo em Casa traz, neste sábado dia  12, às 20h, o espetáculo "Um Segundo e Meio". A peça é escrita e interpretada por Marcello Airoldi e tem direção é de Antônio Januzelli. A montagem narra a história de um homem que percorre uma longa jornada para tentar matar um outo homem. Enquanto percorre esta trajetória, o rapaz chega ao limite entre as lembranças de fatos reais e a imaginação de uma memória que vai além do tempo concreto. 

A apresentação tem transmissão exclusiva, por streaming, diretamente do palco do Teatro Vivo. Os ingressos são gratuitos e limitados, disponíveis a partir de inscrição via plataforma @vivo.cultura, no Instagram. Clientes do programa Vivo Valoriza contam com cota especial de convites.

.: Acervo Otávio Roth e Instituto Vladimir Herzog lançam exposição

O lançamento acontece no dia 10 de dezembro, às 17h, nas redes do IVH, com saudação de Michelle Bachelet, Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos


No Dia Internacional dos Direitos Humanos, 10 de dezembro, quinta-feira, às 17h, o Instituto Vladimir Herzog e o Acervo Otávio Roth, com apoio do Consulado Geral do Canadá em São Paulo, realizam o lançamento da exposição digital "Declaração Universal dos Direitos Humanos por Otávio Roth". A live acontece nas redes sociais do IVH e contará com saudação inicial de Michelle Bachelet, Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos e ex-presidente do Chile.

O evento online, que acontece no 72º aniversário da DUDH, também terá intervenções artísticas do coletivo Slam das Minas e um diálogo entre a jornalista e escritora Bianca Santana, conselheira do IVH e autora do livro "Quando me descobri negra", e o escritor e professor Daniel Munduruku, da etnia indígena Munduruku e autor do livro "Memórias de índio: uma quase autobiografia". A mediação será da comunicadora Marcela Lisboa, coordenadora geral do Usina de Valores, projeto do Instituto Vladimir Herzog.

"Faremos esta mobilização virtual no 10 de dezembro para reafirmar nossa posição de luta por meio do diálogo e da valorização da cultura brasileira", afirma Rogério Sottili, diretor executivo do IVH. "Realizaremos este encontro em meio a uma crise sanitária sem precedentes, em que perdemos muitas vidas, mas que é também uma oportunidade histórica de lembrarmos do nosso compromisso com os valores democráticos e pela contínua defesa dos direitos humanos em nosso país", conclui.

A abertura virtual também contará com a presença da embaixadora do Canadá no Brasil, Jennifer May. "A promoção dos direitos humanos no Canadá e ao redor do mundo é uma prioridade para o Governo do Canadá", afirma a embaixadora May. "Estamos muito felizes de apoiar a exibição, que nos mostra como a cultura pode ser um instrumento poderoso na conscientização das pessoas sobre a importância dos direitos humanos", completa.

A exposição apresenta de maneira sensível e acessível o olhar do artista plástico brasileiro Otávio Roth sobre os 30 artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e conta com traduções para o português, o inglês e o francês. Ficará disponível a partir do dia 10 de dezembro de 2020 no perfil do Instituto Vladimir Herzog na plataforma Google Arts&Culture.

Para democratizar o acesso aos direitos fundamentais descritos nos artigos da DUDH, Otávio Roth elaborou diferentes versões em diferentes línguas: em português, usou a técnica de pulp painting; em inglês, criou xilogravuras. As duas coleções, que juntas totalizam 60 obras, compõem a exposição com curadoria de Fábio Magalhães e Isabel Roth. A produção e adaptação foi de Carolina Vilaverde, coordenadora do projeto "72 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos" pelo Instituto Vladimir Herzog.

As xilogravuras dos 30 artigos estão desde 1981 em exposição permanente nas sedes da ONU de Nova Iorque, Genebra e Viena - e agora, ao lado das obras em pulp painting, podem ser vistas por indivíduos ao redor de todo o globo, um conteúdo artístico e educativo com indicação livre (públicos de todas as idades).

"As obras são compostas por várias camadas. Elas trazem a transcrição integral de cada um dos artigos da Declaração, a partir de tipografia desenvolvida pelo artista. Depois, Otávio sintetizou a essência de cada um dos artigos em ícones, desenhos, que dialogam com a mensagem escrita, trazendo fluidez para a composição", explica a curadora do Acervo Otávio Roth, Isabel Roth.

Sobre o artista - Otávio Roth (1952-1993)

Artista plástico brasileiro, Otávio Roth desenvolveu ao longo de duas décadas peças gráficas e instalações voltadas à promoção da cultura de paz. Produziu a primeira versão artística da Declaração Universal dos Direitos Humanos e foi o primeiro artista plástico a expor em vida nas Nações Unidas. Realizou projetos variados sob encomenda da ONU e da Anistia Internacional e desenvolveu diversas instalações de arte participativa, buscando sensibilizar crianças e adultos para temas humanitários e para a relevância da arte no processo de construção de um futuro comum.


Lançamento da exposição digital "Declaração Universal dos Direitos Humanos por Otávio Roth"

Data: 10 de dezembro, das 17h às 18h30, ao vivo no Youtube e Facebook do IVH

A exposição digital "Declaração Universal dos Direitos Humanos por Otávio Roth" ficará disponível a partir do dia 10 de dezembro de 2020 no perfil do Instituto Vladimir Herzog na plataforma Google Arts&Culture.


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