domingo, 28 de fevereiro de 2021

.: "Estupendo Circo di SóLadies" abre temporada presencial do Teatro Alfa


O espetáculo de palhaçaria "Estupendo, Circo dI SóLadies" abre a temporada Alfa Criança 2021 com sessões presenciais até dia 4 de abril no Teatro Alfa. Foto: Danilo Ferrara

Depois de tempos trabalhando em diversos teatros e circos, cansadas dos mandos e desmandos dos patrões, três palhaças decidem criar seu próprio circo e rodar pelo mundo. Este é o mote de "Estupendo Circo di SóLadies", espetáculo circense para crianças e adultos que abre a Temporada Alfa Criança do Teatro Alfa, com sessões aos sábados e domingos, às 16h, até o dia 4 de abril. Direção e encenação são assinad as pelas três atrizes do grupo. “Como se trata de uma peça muito viva e atual, repensamos seu conteúdo, inclusive as músicas e as histórias infantis, diariamente para atualizar os temas”, diz Tatá.

Por meio da arte da palhaçaria e com a adaptação de cenas clássicas do circo tradicional, com músicas, poesia e contos de fadas, as atrizes palhaças convidam a refletir, de forma lúdica e encantadora, sobre temas como diversidade e equidade de gênero. Em tom leve e divertido o "Estupendo Circo di SóLadies" dialoga e envolve os públicos de todas as idades. Com interação com a plateia, as palhaças levam o pensamento feminista promovendo uma trajetória cômica, divertindo crianças, jovens e adultos. Utilizando camadas simbólicas e através da comicidade, o grupo surpreende por tratar de tema s que geralmente são considerados complexos, com delicadeza e poesia. “Por meio do riso, buscamos inspirar reflexões sobre o lugar da mulher em nossa sociedade, no circo, nas artes”, comenta Tatá Oliveira. 

No ano passado, por conta da pandemia, Estupendo foi adaptado para o ambiente digital, inclusive no conteúdo, pois as palhaças costumavam interagir com o público, chegando perto, abraçando as pessoas. “É um espetáculo versátil, que podemos apresentar em teatros, praças e agora em ambiente digital”, conta Tatá, completando que encenam a peça até com o apoio do carro da companhia. “Montamos a cortina no carro, que fica sendo nossa coxia. Ele se transforma de acordo com o espaço”, fala Verônica Mello.

Um Circo feminista
Idealizado por Lilyan Teles e Tatá Oliveira, o Circo di SóLadies nasceu em 2013 a partir das inquietações em relação à desigualdade de gênero e à percepção de que havia ainda um pequeno espaço dado à mulher tratando-se de comicidade e linguagem do palhaço. Em 2016, entraram as artistas Kelly Lima, Vanessa Rosa e Verônica Mello, ampliando o repertório do grupo.

Hoje fazem parte do grupo Kelly Lima, Tatá Oliveira e Veronica Mello - palhaças, atrizes, musicistas, pesquisadoras e realizadoras. O Circo di SóLadies é um circo em que artistas desenvolvem o repertório através do improviso e do jogo cênico com elementos fundamentais para a conexão e interação com o público, a conquista do estado da graça, do riso e da reflexão sobre o papel da mulher na sociedade.

Com uma dupla em cena, o espetáculo estreou em setembro de 2017 em equipamentos públicos da Prefeitura de São Paulo. Depois, já em formato de trio e com música ao vivo, apresentaram-se no Circuito Sesc de Artes pelo Interior de São Paulo, Itaú Cultural e unidades do Sesc pelo Brasil, além de festivais de circo e festivais feministas.

Ficha Técnica e Serviço
Criação e Dramaturgia:
Circo di SóLadies. Palhaça Augustina: Tatá Oliveira. Palhaça Greice: Kelly Lima. Palhaça Úrsula: Verônica Mello. Sonorização e música ao vivo: Tatá Oliveira. Composição de paródias: Lilyan Teles e Circo di SóLadies. Composição de músicas autorais: Lilyan Teles. Produção: Circo di SóLadies. Duração: 55 minutos. Classificação: livre. Acessibilidade: motora e visual. Em cartaz de 27 de fevereiro a 4 de abril. Sábados e domingos, às 16h. Duração: 55 minutos. Classificação: livre. Fotos: Danilo Ferrara. Ingressos entre R$ 20 (meia) e R$ 40. Até 4 de abril.

Ponto de venda sem taxa de conveniência

Bilheteria Teatro Alfa - Por recomendação dos orgãos de vigilância sanitária não haverá atendimento presencial. Por telefone -  (11) 5693-4000 de segunda a sexta-feira das 11h às 16h pagamento com cartão de crédito.

Teatro Alfa – Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722. Tel. (11) 5693-4000. Site: www.teatroalfa.com.br. Ingresso rápido ou pelos telefones: (11) 5693-4000 | 0300-7893377. Acessibilidade - motora e visual. Estacionamento: Sala A - Vallet R$ 45 e Self Park R$ 31. Sala B - Vallet R$ 30 e Self Park R$ 20.

Estacionamento
Valet com Manobrista R$ 35. Self – Park R$ 25. Sugerimos o Self-park como uma opção mais rápida para a retirada do seu veículo

Orientações gerais ao público
Estamos respeitando todas as normas e protocolos de higiene, saúde e distanciamento propostos pela Prefeitura de São Paulo.

  • Abriremos com 40% da capacidade e seguiremos todas os protocolos de segurança e higienização;
  • Chegue com antecedência a fim de evitar aglomerações na entrada;
  • Respeite a sinalização;
  • O uso de máscara será obrigatório nas dependências do teatro;
  • Todos terão sua temperatura aferida na entrada do teatro. Não será permitida a entrada caso a temperatura esteja superior a 37,5°C;
  • Mantenha o distanciamento de 1,5m sempre que possível e evite aglomerações;
  • Higieniza constantemente suas mãos. Dispensers de álcool gel 70% estarão disponíveis em todo teatro;
  • Respeite a numeração dos assentos e o distanciamento seguro entre o público;
  • Ao término do espetáculo, a locução irá informar a ordem de saída do público, que deverá iniciar pelas fileiras mais próximas as portas de saída, terminando nas mais distantes, evitando assim o cruzamento entre pessoas;
  • Sugerimos a compra dos ingressos pela internet pelo site sympla.com.br

Sobre o Teatro Alfa - Prêmios APCA 2016 e Governador do Estado 2018
O Teatro Alfa tem 22 anos de operação em abril de 2019. Nesse período, fez mais de 7.400 apresentações para um público superior a 3,2 milhões de espectadores, conquistando espaço relevante na cena cultural da cidade de São Paulo. Administrado pelo Instituto Alfa de Cultura, o Teatro Alfa é um teatro privado que mantém temporadas regulares nas áreas de dança e teatro infantil, apresentando também espetáculos musicais de grande porte, música erudita e popular e teatro adulto.

O espaço foi idealizado para múltiplo uso e equipado com excelente mecânica cênica, iluminação e sonorização. A sua manutenção exemplar o mantém em perfeito estado de conservação e investimentos são feitos para constante atualização técnica. Com duas salas, a Sala Principal (1.110 lugares) e a Sala B (200 lugares), é um espaço versátile acomoda todo tipo de espetáculo, como dança, óperas, orquestras, música popular, teatro e musicais, além de dispor de ótima infraestrutura para realização de eventos corporativos e sociais.

O teatro mantém o Projeto Social Descobrindo o Teatro, com o objetivo de formar público e apresentar os diferentes tipos de profissões que o teatro oferece. Este projeto já atendeu mais de 7.400 jovens de baixa renda. O Projeto Escola já ofereceu mais de 150.000 ingressos gratuitos para crianças, jovens e professores da rede pública e ONGs para os mais d iferentes tipos de espetáculos.Segundo a avaliação de artistas produtores, companhias e do público, o Teatro Alfa supera as expectativas por ser conduzido por uma equipe altamente qualificada, apta a receber produções sofisticadas e de grande exigência técnica. Recebeu o Prêmio APCA 2016 de Melhor Equipe Técnica e o Prêmio Governador do Estado de 2018, como na categoria Instituição cultural.

O Teatro Alfa integra o Conglomerado Alfa, grupo formado por empresas atuantes em diversos segmentos corporativos – financeiro, agronegócios, alimentos, materiais de construção, indústria de couro, comunicação e cultura e hoteleiro. Entre financeiras e não financeiras, o grupo reúne 16 empresas, entre elas: Alfa Seguradora, Banco Alfa, C&C, La Basque, Água Prata, Hotel Transamérica São Paulo, Transamérica Hospitality Group, Metro Táxi Aéreo e TV Transamérica.


.: "Bonita Lampião" em cartaz no Teatro Sérgio Cardoso


A poética do espetáculo está centrada na dramaturgia do corpo, na construção imagética da cena e no trabalho psicofísico dos intérpretes Aysha Nascimento (Bonita) e Francisco Gaspar (Lampião). Foto: Joca Duarte


Atualização em 7 de março: Devido ao aumento expressivo de casos de coronavírus na cidade de São Paulo, o Teatro Sérgio Cardoso, juntamente com a produção da peça "Bonita Lampião", optaram por alterar a temporada prevista para iniciar dia 26 de fevereiro para uma temporada virtual com estreia marcada para o dia 19 de março, de quinta a domingo, às 20h, pela Sympla Streaming. A reformulação do espetáculo está sendo realizada para garantir uma melhor experiência online e segurança ao público.


O espetáculo "Bonita Lampião" segue em cartaz no Teatro Sérgio Cardoso. Escrita por Renata Melo, a peça tem direção de Lena Roque. No elenco, Aysha Nascimento (Bonita) e Francisco Gaspar (Lampião). Discussões sobre violência e desumanização são centrais no espetáculo Bonita Lampião, que une teatro, dança e vídeo.

O espetáculo presencial acontece no Teatro Sérgio Cardoso em conformidade com todas normas de segurança no enfrentamento da covid-19, incluindo indicações de distanciamento social, totem de álcool em gel e tapete sanitizante dispostos na entrada do teatro. Inicialmente prevista para estrear no ano passado, em comemoração aos 40 anos do Teatro Sérgio Cardoso, a peça foi adiada para 2021 devido à pandemia. A temporada marca um retorno aos palcos deste espaço, já que foi nele que a primeira versão de Bonita Lampião cumpriu temporada, em 1994.

O texto quebra a estrutura espaço-tempo ao apresentar uma narrativa fragmentada e linguagem não linear. A escrita cênica do espetáculo, também a cargo de Lena Roque, verticaliza ainda mais esses conceitos. O projeto foi contemplado pela 10º Edição do Prêmio Zé Renato da Secretaria Municipal de Cultura da cidade de São Paulo. 

A poética do espetáculo está centrada na dramaturgia do corpo, na construção imagética da cena e no trabalho psicofísico dos intérpretes Aysha Nascimento (Bonita) e Francisco Gaspar (Lampião). Como recursos de linguagem, são usadas coreografias, partituras físicas, partituras vocais e repetição de movimentos. A intenção é alterar o enunciado original, subvertendo a lógica textual para contar a história.

Na peça, Maria e Lampião são figuras alegóricas, isto é, representam pensamentos, ideias, qualidades que estão além deles, sendo possível deslocar essas qualidades para outras pessoas, lugares e situações. Maria de Déa (que passou para a história como Maria Bonita), é uma mulher arquetípica que mostra as muitas “Bonitas Contemporâneas” - negras, indígenas, periféricas, quilombolas, sem teto, trabalhadoras rurais, trabalhadoras urbanas - mulheres exploradas pelo sistema, que lutam contra todas as mazelas do cotidiano brasileiro. A peça também saúda as mais velhas e a ancestralidade negra feminina, que em cena conduz Bonita.

Já Lampião é o homem que contribui com este estado de coisas, que é levado a isso, que se humaniza e se desumaniza na dor de existir e sobreviver. Isso faz com que a discussão centro do espetáculo seja a violência, o território dos corpos violados diariamente, sistematicamente de forma institucionalizada, exterminando corpos negros, alienando a mente das pessoas, devastando a natureza, instaurando o extremismo político e social.

“Nunca estivemos em paz, o mito da democracia racial e a invenção do homem cordial, vendem a imagem de país tropical abençoado por Deus, mas nossa luta diária mostra que isso é mais uma das fachadas do capitalismo predatório”, diz Lena Roque. 

O cenário de Paula de Paoli, figurinos de Cleydson Catarina, vídeo de Luan Cardoso música de Dani Nega, a iluminação de Lúcia Chedieck, as coreografias de Djalma Moura e a direção corporal e vocal de Jorge Balbyns dialogam com as premissas expostas acima e interagem com estéticas afros, sonoridade remixada, passeiam pelo expressionismo, com o cuidado de não abandonar as referências clássicas e históricas do que foi o movimento do cangaço brasileiro.

Sinopse
Espetáculo que funde teatro, dança, vídeo, apresenta momentos da trajetória de luta e resistência do casal de cangaceiros Maria Bonita e Lampião, mostrando o universo violento do “banditismo social” chamado Cangaço, em paralelo às perversas violências cotidianas a que é submetida a população brasileira hoje.

Sobre o Teatro Sérgio Cardoso
Localizado no boêmio bairro paulistano do Bixiga, o Teatro Sérgio Cardoso foi inaugurado em 13 de outubro de 1980, com uma homenagem ao ator. Na ocasião, foi encenado um espetáculo com roteiro dele próprio, intitulado “Sérgio Cardoso em Prosa e Verso”. No elenco, a ex-esposa Nydia Licia, Umberto Magnani, Emílio di Biasi e Rubens de Falco, sob a direção de Gianni Rato. 

A peça “Rasga Coração”, de Oduvaldo Viana Filho, protagonizada pelo ator Raul Cortez e dirigida por José Renato, cumpriu a primeira temporada do teatro. Em 2020, o TSC cumpriu 40 anos de atividades, tendo recebido temporadas importantes de todas as linguagens artísticas e em novos formatos de transmissão, se consolidando como um dos espaços cênicos mais representativos da cidade de SP.

Sobre a Amigos da Arte
A Amigos da Arte, Organização Social de Cultura responsável pela gestão do Teatro Sérgio Cardoso, trabalha em parceria com o Governo do Estado de São Paulo e iniciativa privada desde 2004. Música, literatura, dança, teatro, circo e atividades de artes integradas fazem parte da atuação da Amigos da Arte, que tem como objetivo difundir a produção cultural por meio de festivais, programas continuados e da gestão de equipamentos culturais públicos como o Museu da Diversidade Sexual o Teatro Estadual de Araras.

Ficha técnica
Texto:
Renata Melo
Escritura cênica e direção geral: Lena Roque
Intérpretes: Aysha Nascimento e Francisco Gaspar
Coreografia e preparação corporal: Djalma Moura
Direção de corpo e voz: Jorge Balbyns
Direção Musical: Dani Nega
Desenho de Luz: Lúcia Chedieck
Direção de Fotografia, pesquisa de imagens e edição: Luan Cardoso
Fotos / Arte: Joca Duarte
Designer Gráfico: Luiz Basile
Cenotécnico: Wagner José De Almeida
Pintura Arte: Alessandra SiqueiraAssistente de Iluminação E Operador De Luz – Juarez Adriano
Assistente Fotos: Ilson Pimentel
Produtor Executivo: Josivaldo Lima
Idealizador do Projeto: Francisco Gaspar
Operadora som: Manuela Cruz
Locução Off: Cleydson Catarina
Cenário e figurinos cena: Paula de Paoli
Adereços e figurinos / Foto: Cleydson Catarina

Serviço
"Bonita Lampião"
Até dia 29 de março de 2021
Sessões às sextas, sábados, domingos e segundas, às 19h
Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)
Duração: 50 minutos
Classificação: 12 anos
Capacidade Sala Paschoal Carlos Magno:
58 lugares (40% da capacidade total da plateia, conforme estabelecido pelo protocolo do Governo do Estado e da Prefeitura da capital) 

Teatro Sérgio Cardoso - Sala Paschoal Carlos Magno
Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista. São Paulo – SP | 01326-010
Bilheteria: (011) 3288-0136

Moradores do Bixiga e Bela Vista
50% de desconto nos ingressos*
No Teatro Sérgio Cardoso os moradores do Bixiga e da Bela Vista podem adquirir ingressos pela metade do preço. Vá até a bilheteria do teatro com um comprovante de residência e verifique as condições e disponibilidade de ingressos promocionais. Até dois ingressos por CPF.

sábado, 27 de fevereiro de 2021

.: “Live In London”, de Amy Winehouse, nas plataformas

A performance de 2007 de Amy Winehouse, no lendário Shepherd’s Bush Empire, em Londres, está disponível em todas as plataformas digitais. Intitulada “I Told You I Was Trouble: Live In London”, a coleção foi disponibilizada em quatro partes e hoje é apresentada de maneira completa. Estão agora disponíveis as músicas do empolgante set de Winehouse - capturadas no auge de sua carreira. 

O show inclui interpretações de faixas dos discos “Back to Black” e de seu álbum de estreia, “Frank”. O set conta com uma versão alegre do hit de Winehouse “Back to Black”, no qual as habilidades vocais da artista brilham ao máximo.

Ouça e baixe aqui: umusicbrazil.lnk.to/IToldYouIWasTroublePR

.: "A Dama da Noite" faz temporada no Alvenaria Espaço Cultural


Depois de temporada de sucesso do espetáculo "A Linha", de Cris Cruz, o Alvenaria Espaço Cultural recebe, a partir de 8 de fevereiro, o espetáculo "A Dama da Noite", de Caio Fernando Abreu, com direção de Kiko Rieser e atuação de André Grecco. As apresentações acontecerão ao vivo no espaço, com transmissão pela internet. 

Na peça, a personagem-título, beirando à meia-idade, trava uma conversa casual com um jovem garoto em um bar. Durante todo o tempo, ela conduz o diálogo a partir de sua perspectiva de mundo, suas experiências, anseios e frustrações. "A Dama da Noite" fala da morte, da espera de um grande e verdadeiro amor e, principalmente, de como ela se vê à margem do mundo que a rodeia.

O conto, de 1984, foi interpretado em 1997 por Gilberto Gawronski em uma montagem histórica. Nesta versão, são destacados o estranhamento de gênero da personagem, que surge como alguém reconhecível como homem, mas que fala sobre si no feminino, brincando com a pluralidade de gêneros e fazendo do discurso da personagem e do texto algo muito contemporâneo.

A discussão sobre a proposição de um gênero fluido faz emergir o aspecto plural da fala da Dama, que parte de um discurso que não é só de uma personagem, mas de todos os frequentadores da noite, com suas eternas buscas por algo – utópico ou tangível – que nem sempre pode ser encontrado pelos bares e baladas de uma grande metrópole.

Sobre o Alvenaria Espaço Cultural
Idealizado por Bia Toledo e Tati Bueno, o espaço é gerido por mulheres e aberto para todes. O Alvenaria é um espaço cultural colaborativo independente e multiplataforma que existe desde 2018 e oferece uma programação variada de cursos online e presenciais, shows independentes, peças de teatro e exposições de arte. Também é sede da “Nossa Companhia de Teatro” e tem espaços para ensaios de teatro, música, dança, cursos, produções de foto e cinema, loja colaborativa e um café/bar.

A curadoria visa abrir espaço para artistas de diversas áreas mostrarem seu trabalho, repensando os modelos de sustentabilidade da cultura. Entre as suas atividades se destacam alguns projetos: Curtaria, mostra permanente de curtas-metragens, privilegiando a cena independente; Sexta Autoral, shows de músicos independentes; Dramaturgia na mesa, projeto de leituras dramáticas de autores da cena contemporânea. Com pouco mais de dois anos, já realizou cerca de 200 eventos entre shows, cursos, peças de teatro, aniversário e casamentos. Circulam pela casa cerca de 400 pessoas por semana.

Ficha técnica:
"A Dama da Noite"
Texto: Caio Fernando Abreu
Direção: Kiko Rieser
Assistente de direção: Rafael Gratieri
Elenco: André Grecco
Piano ao vivo: Rogério Rochelitz
Consultoria teórica: João Nemi
Produção executiva: Rafael Petri
Direção de produção: André Grecco
Iluminação e figurino: Kleber Montanheiro
Trilha Sonora: Vanessa Bumagny
Fotos e arte gráfica: Rafael Petri
Realização: Cão Bravo Produções Ltda.

Duração: 45 minutos
Classificação: 14 anos
Quando: segundas-feiras, até 1 de março, às 20h
Onde: www.sympla.com.br/alvenaria
Ingressos: R$ 20 - revertidos totalmente para os artistas

.: Diário de uma boneca de plástico: 27 de fevereiro de 2021

Querido diário,

Estava faxinando o meu computador e pá! Encontrei essa foto... Ah! Foi um passeio no Emissário Submarino, em Santos. Comecei a recordar das viagens que fiz e voltei ao assunto da vacina. 

Agora, com o líder do Brasil sendo um total acéfalo e achando lindo, tudo o que me preocupa é... "Quando serei vacinada? Isso deve acontecer em 2021?"

Afinal, nem os pais da minha dona tomaram a primeira dose...

Aliás, até o momento, apenas a vovó dela tomou a primeira dose da Coronavac... Mas ela tem 88 primaveras... 

Meu Deus! O que será de mim? E de Auden Pink?!

Beijinhos pink cintilantes e até amanhã,

Donatella Fisherburg



.: Peça imersiva “As Palavras da Nossa Casa” é apresentada ao vivo pelo Zoom


Adriana Câmara em cena de “As Palavras da Nossa Casa”. Crédito: Hernani Rocha 


Sucesso de público na Casa das Rosas, o espetáculo imersivo “As Palavras da Nossa Casa”, do Núcleo Teatro de Imersão, teve sua temporada interrompida por conta da pandemia de Covid-19. Por isso, o grupo decidiu reambientar o texto e explorar os recursos oferecidos pela internet para criar uma versão online da peça. A nova temporada pode ser conferida entre os dias 22 e 27 de março, com sessões de segunda a sexta, às 14h30 e às 19h30, e, no sábado, 16h e às 20h.


A dramaturgia do espetáculo foi escrita por Adriana Câmara, que também assina a direção, e Glau Gurgel a partir de vários filmes do cineasta sueco Ingmar Bergman (1918-2007). “A principal referência é ‘Sonata de Outono’ (1978), mas também fazemos referências a ‘Através de um Espelho’ (1961), ‘Gritos e Sussurros’ (1972), ‘Morangos Silvestres’ (1957) e ‘Face a Face’ (1976)”, revela a diretora.


Na trama, o espectador acompanha uma reunião virtual entre a famosa cantora Charlote (interpretada pela atriz Gizelle Menon), sua filha única Eva (Adriana Câmara) e seu genro Victor (Glau Gurgel). As duas não se veem há muito tempo e guardam profundas mágoas do passado, como o fato de Eva ter se sentido, a vida inteira, negligenciada por Charlote, precisando, inclusive, lidar com a perda de seu único filho sem o apoio da mãe, que se dedicava à administração das demandas de sua carreira internacional.


Charlote vive na agitada metrópole São Paulo (SP), enquanto Eva optou por uma vida mais tranquila e foi morar com o marido, o pastor presbítero Victor, em Garanhuns (PE). Como Victor teve contato com alguém que contraiu Covid-19 na sua igreja, ele e Eva dividem telas diferentes – enquanto ela circula pelo apartamento, ele acessa a conferência do escritório, onde passa a quarentena.


Para resgatar os sentimentos nobres que ainda existem entre elas, mãe e filha precisam encarar todas as suas feridas, e, nesse processo, acabam proferindo palavras muito duras. A montagem sensível provoca a identificação imediata do espectador, ao tratar de temas como o amor, as cobranças e expectativas na criação dos filhos, as diferenças de geração, a falta de comunicação em relacionamentos, a esperança e os recomeços após dores profundas e os temores trazidos pela pandemia, numa abordagem que parte de situações e conflitos parecidos com os que todos já vivenciaram ou testemunharam.


O caráter imersivo da montagem ganha novos contornos via Zoom. Enquanto, na Casa das Rosas, os espectadores entravam no casarão de Eva e Victor, na década de 1960, e percorriam seus diversos cômodos, cercados por personagens com figurinos da época, agora, na versão virtual do espetáculo, o público entra na videoconferência da família, nos tempos atuais, durante a pandemia, acompanhando bem de perto esse encontro virtual e tendo a oportunidade de conhecer diversos ambientes das casas de Eva, Victor e Charlote. 


“Na versão presencial, o público entrava fisicamente no espaço físico dos personagens, agora o público entra virtualmente no espaço virtual dos personagens e assiste à apresentação como se estivesse testemunhando uma conversa de uma família verdadeira, e não uma encenação, numa espécie de ‘linha cruzada audiovisual’. Nosso objetivo é que a experiência seja tão imersiva, que o público esqueça que se trata de um espetáculo”, conta Adriana Câmara.


Depois da sessão, o elenco continua no Zoom para uma conversa com os espectadores.


Essa temporada foi contemplada pelo edital do Programa de Ação Cultural (ProAC Expresso) e conta com recursos da Lei Aldir Blanc e realização da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria Especial de Cultura, do Ministério do Turismo, do Governo Federal.


“As Palavras da Nossa Casa” é o segundo espetáculo do Núcleo Teatro de Imersão. A primeira peça do grupo, “Tio Ivan”, ganhou o Aplauso Brasil 2018 na categoria Melhor Espetáculo de Grupo por voto popular. 



Sobre o Núcleo Teatro de Imersão: O Núcleo Teatro de Imersão é um grupo teatral de São Paulo, SP, que pesquisa e monta espetáculos de teatro imersivo, propondo novas relações entre ator e espectador, ao inserir o público no espaço da representação, em meio à cena representada. O objetivo do grupo é fazer com que o espectador se envolva com os personagens e emocione-se com a história como se estivesse testemunhando eventos reais, e não uma encenação. No período de distanciamento social, o grupo tem realizado também experiências de teatro virtual, criando espetáculos online que levam o espectador para dentro do mesmo ambiente virtual dos personagens.


O Núcleo Teatro de Imersão iniciou suas pesquisas em 2014 e, no ano de 2017, estreou seu primeiro espetáculo imersivo e itinerante, “Tio Ivan”, adaptação para a peça teatral “O Tio Vania”, de Anton Tchekhov, em cartaz por três temporadas na Oficina Cultural Oswald de Andrade e na Casa das Rosas, em São Paulo, em 2017, 2018 e 2019. A montagem foi premiada como Melhor Espetáculo de Grupo de 2018 do Prêmio Aplauso Brasil (júri popular).


Em 2020, o Núcleo Teatro de Imersão estreou “As Palavras da Nossa Casa”, encenação imersiva e itinerante inspirada em obras de Ingmar Bergman, em cartaz na Casa das Rosas, em São Paulo, de janeiro a março. O espetáculo obteve lotação máxima em todas as sessões de sua temporada e, com a chegada da pandemia de Covid-19, ganhou temporada online ao vivo, pelo Zoom, além de apresentação pela Conexão Casas de Cultura, nas redes sociais da Casa de Cultura de Santo Amaro, e pela Virada Cultural da Cidade de São Paulo. 


Em 2021, o Núcleo Teatro de Imersão está se preparando para lançar o espetáculo virtual Ausências, montagem interativa e imersiva, que acontece ao vivo, online, pelo Zoom, com participação ativa dos espectadores. 


SINOPSE:
Durante a pandemia, uma cantora famosa reencontra sua filha e seu genro através de um aplicativo de videoconferência. No encontro, revelam-se as mágoas, o amor e as perdas que unem e separam a família. O público testemunha a videoconferência das personagens como se estivesse flagrando a conversa de uma família verdadeira. Espetáculo imersivo virtual inspirado livremente em obras de Ingmar Bergman.


FICHA TÉCNICA

Realização: Núcleo Teatro de Imersão

Direção: Adriana Câmara

Texto: Adriana Câmara e Glau Gurgel, inspirado livremente em obras de Ingmar Bergman

Elenco: Adriana Câmara (Eva), Gizelle Menon (Charlote), Glau Gurgel (Victor)

Anfitriã da sessão: Dayane Isabela

Produção executiva: Adriana Câmara

Cenografia e figurino: Adriana Câmara

Produção de arte: Adriana Câmara, Gizelle Menon e Glau Gurgel 

Programação visual: Hernani Rocha

Fotografias: Hernani Rocha

Produção: Menina dos Olhos do Brasil

Assessoria de imprensa: Agência Fática (Bruno Motta e Verônica Domingues)


SERVIÇO

As Palavras da Nossa Casa, do Núcleo Teatro de Imersão

Temporada: 22 a 27 de março de 2021

De segunda a sexta, às 14h30 e às 19h30, e, no sábado, às 16h e às 20h

Ingressos: Grátis

Reservas online: www.sympla.com.br/nucleoteatrodeimersao

Classificação: 14 anos

Duração: 90 minutos

Gênero: Drama Imersivo

Site do grupo: https://www.nucleoteatrodeimersao.com.br/

Site do espetáculo: https://www.nucleoteatrodeimersao.com.br/as-palavras-da-nossa-casa

Facebook: https://www.facebook.com/nucleoteatrodeimersao

Instagram: @nucleoteatrodeimersao

.: Duda Ramalho integra o elenco do coral "Voz e Arte"

Após processo de audição, Duda Ramalho passa a integrar o coral ‘Voz e Arte’, do maestro Rodrigo Hyppolito e Andreia Vitfer.

Duda Ramalho já participou de diversos trabalhos no cinema e no teatro, entre os seus principais trabalhos estão o filme 'Tempo', de Flávio Guedes, 'Marighella', de Wagner Moura, e recentemente, Duda interpretou a personagem Sophie, na montagem brasileira do musical da Broadway 'A Escola do Rock'. Duda também integrou o elenco do musical ‘Heathers Teen’ com direção de Fernanda Chamma.

Coral Voz e Arte trabalha repertório de grandes musicais da Broadway, onde as apresentações contam com músicos ao vivo, som e iluminação. O projeto conta com regência do maestro Rodrigo Hyppolito e vocal coach de Andréia Vitfer.


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

.: Michael Schenker comemora 40 anos de carreira solo com CD "Immortal"


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico musical.

O músico alemão Michael Schenker já tem o seu nome escrito na história do rock como integrante de bandas como Scorpions e U.F.O. E prestes a comemorar 40 anos como artista solo ele reativa o mítico Michael Schenker Group com convidados especiais em um disco com material inédito e som calcado no seu tradicional hard rock setentista.

Intitulado "Immortal", o novo disco traz nomes de peso nos vocais principais, como Ronnie Romero (atual vocalista da banda Rainbow), Ralf Scheepers (da banda Primal Fear) e o veterano Joe Lynn Turner (ex-vocalista das bandas Deep Purple e Rainbow), além de Michael Voss, da banda Mad Max, que produziu o álbum ao lado do homenageado.

A presença de nomes diferentes e de várias gerações do rock dá uma dimensão da importância de Michael Schenker. O som de sua guitarra ajudou a inspirar músicos na área do hard rock e do heavy metal, inclusive bandas da atualidade. É possível notar sua influência em várias bandas de heavy metal com o chamado estilo melódico.

Destaco as faixas "The Queen Of Thorns And Roses" (com um riff matador de hard rock) e "Sail The Darkness" (com um riff que lembra Black Sabbath da fase com o Ozzy Osbourne no vocal). E há espaço para uma balada mais lenta na faixa "After The Rain" (com um belo e providencial solo de guitarra na introdução).

"Immortal" é mais um acerto desse veterano músico alemão, que apesar de já ter seu nome entre os mais influentes da história do rock, ainda encontra fôlego para produzir material inédito em disco. Um feito e tanto nos tempos atuais.

"Sail The Darkness"


"After The Rain"

"In Search Of Peace Of Mind"


.: Alessandra Negrini estreia espetáculo online "A Árvore"


A atriz Alessandra Negrini idealizou o formato híbrido de teatro e cinema, produz e atua na obra de ficção de Silvia Gomez, que tem criação e roteirização de Ester Laccava e direção conjunta de Ester Laccava e de João Wainer, profissionais de teatro e cinema, respectivamente. O projeto de Gabriel Fontes Paiva, que assina a produção, e Negrini era originalmente para estrear presencialmente no teatro e foi adaptado pela questão da pandemia. Na programação online do Teatro FAAP na plataforma Tudus.

Atriz familiarizada com as linguagens do teatro, cinema e televisão, Alessandra Negrini decidiu, junto com os criativos de seu mais novo trabalho, o híbrido "A Árvore", transformar a inquietação em arte e pensar em coisas além da pandemia. Criada durante o isolamento social, a obra de ficção poética estreia dia 26 de fevereiro para 24 apresentações na plataforma digital Tudus de sexta a domingo, integrando a programação online do Teatro FAAP. Produção de Alessandra Negrini e Gabriel Fontes Paiva, texto de Silvia Gomez, criação e roteirização de Ester Laccava, que assina direção com João Wainer. De 26 de fev a 18 de abril, sextas e sábados às 20h e domingos às 19h.

Em seu primeiro solo e segunda produção (a primeira foi "Uísque e Vergonha"), Negrini encarna a personagem que, progressivamente, vê seu corpo passar por uma metamorfose e se transformar em uma estrutura vegetal. A atriz enxerga várias camadas dramatúrgicas na história de A, mulher que faz uma espécie de relato de viagem da própria transformação, reinventando assim um estado de espírito. “'A Árvore' é um relato. Um relato de amor. A personagem A nos conta a sua história, a sua aventura mais íntima e nos oferece o testemunho de ver o seu corpo se transformando em algo outro. As angústias a as alegrias dessa viagem viram palavras e imagens potentes que ela mesma cria. É uma escrita performática, um filme, uma página, uma peça, uma narrativa dessa metáfora de virar algo que não é mais si mesmo. A ideia de virar uma árvore lhe parece bela e necessária e não ha mais como escapar”, elabora Negrini.

Alessandra Negrini costuma brincar dizendo que "A Árvore" é “a peça que nasceu filme, um produto muito interessante, um produto da pandemia”. Antes da obra estrear, Alessandra pode ser vista no streaming na nova série da Netflix, "Cidade Invisível", que mistura thriller e folclore, em oito episódios. Para dar corpo ao trabalho em "A Árvore", a atriz uniu-se a Gabriel Fontes Paiva para produzir e ambos aguardaram a escrita do texto proposto por Silvia Gomez, a partir de uma pesquisa da autora - Prêmios APCA e Aplauso Brasil de melhor dramaturgia em 2015 por "Mantenha Fora do Alcance do Bebê” - sobre anomalias, metamorfoses, estranhamentos e delírios, tema de texto anterior escrito para o Centro de Pesquisa Teatral (CPT) em 2019.

Para a direção, Alessandra havia convidado Ester Laccava, com quem trabalhara em "Uísque e Vergonha" (direção de Nelson Baskerville, 2019). “Conhecia o gênio criativo de Ester, sabia que estaria em boas mãos. Aí veio a pandemia. Ficamos com o projeto parado e Ester topou fazer a peça online. Um artista nunca vai deixar de se expressar. A pandemia nos obrigou a seguir caminhos fora do planejado e do que estamos acostumados. Isso irá refletir nas pesquisas dos criadores. Foi muito bom trabalhar em novas linguagens e com artistas de outras áreas”, comenta o produtor Gabriel Fontes Paiva

Da biologia à literatura fantástica
O primeiro monólogo da Silvia Gomez, trata de um movimento vertical da personagem, uma mulher que, após uma grande perda, vê seu corpo transformar-se em uma estrutura vegetal. Uma das inspirações de Silvia Gomez veio na forma de imagem. “Um dia, regando uma planta na estante, vi um fio do meu cabelo preso a ela. Pedi para meu filho fotografar e transformei o episódio em textos. Nesta peça, ele disparou a cena da metamorfose, elaborando a sensação de certa forma delirante, ou não (risos) de ter sido agarrada por aquela planta, como se ela tivesse algo a dizer”. Ao sopro da ideia, juntou-se a pesquisa em livros como “Revolução das Plantas”, do biólogo Stefano Mancuso. 

Para Silvia, a peça pergunta sobre nossa relação de amor e ruínas com esta casa, o planeta. “O Mancuso fala sobre como precisamos adotar a metáfora das plantas para pensar nosso futuro coletivo. E talvez tentar sentir como árvore, pensar como árvore e agir como árvore seja uma forma de buscar novas perguntas – e respostas – para essa relação”.

Admiradora do fantástico, conta que tenta fazer com esta peça um agradecimento à literatura fantástica, ao teatro do absurdo e a outras escritas vertiginosas, fontes de formação e alimentação artística, entre elas nomes como Kafka, Murilo Rubião, Ionesco, Clarice Lispector e Silvina Ocampo. “As personagens que escrevo são essas que, de repente, olham para a realidade, mas não cabem mais nela, adentrando então um espaço de delírio que, para mim, é na verdade, extrema lucidez. Justamente como o real sempre me pareceu – e agora terrivelmente mais – delirante”, completa Silvia Gomez, indicada ao Prêmio Shell de dramaturgia em 2019 por “Neste Mundo Louco, Nesta Noite Brilhante”. 

Serra da Mantiqueira, um teatro e Centro de São Paulo
Durante os primeiros quatro meses de ensaio, Ester Laccava concebeu, ainda sozinha, a encenação para a câmera, e debruçou-se sobre a criação e a roteirização, e os outros quatro meses seguintes, regeu toda a equipe criativa para a realização e finalização do trabalho. “Fico impressionadíssima com a imaginação da Ester”, elogia Alessandra, ressaltando o trabalho da encenadora. 

“O processo começou já numa fotossíntese imediata dentro de mim, revendo filmes com outro olhar, já não de espectadora. Foram oito meses intensos de trabalho, sabendo que não poderia ter Tim Burton como referência (risos), e que o teatro viria como origem de tudo, mas não como manifestação re al nesse momento. Deixei meus cavalos soltos para correr nessas duas vias (teatro/cinema) e busquei revelar em imagens, intensões, conexões, fluxos de narrativa, inserções metafóricas, a transformação de um ser humano ao se dar conta que é só no espelho da mãe natureza que nós humanos podemos fazer ainda algum sentido neste planeta”, detalha Ester.  

Como numa peça, foram levantados cenário e figurino, além de Ester fazer questão de usar um teatro como locação, o da FAAP, desafiando ainda mais esse híbrido. As externas foram captadas na mata da Serra da Mantiqueira e nas ruas do Centro de São Paulo.

Direção a quatro mãos
Como a intenção não era fazer uma peça filmada, seria fundamental ter o olhar de um diretor de cinema. Assim entrou na equipe criativa João Wainer, “um profissional em quem confio, um artista brilhante, também com sua genialidade”. A partir daí, Ester e João trabalharam juntos na direção. “João Wainer chega para ser o 'através' entre encenação e plateia, pois é por meio da câmera que poderemos ter mais público nesse momento, o público seguro em suas casas. Pela primeira vez criei pensando na câmera como moldura da cena, enquadramento detalhado daquilo que entende s er o mais importante para o espectador olhar”, diz Ester, 39 anos de carreira, indicada a Melhor Atriz para o prêmio APCA 2019 por Ossada e indicada ao Shell de Melhor Atriz por A Festa de Abigaiú.

João Wainer conta que entrou no processo como um tradutor para a linguagem do cinema do que estava sendo concebido para o teatro. “Elas me explicavam o que tinham imaginado para a cena e eu apresentava soluções para funcionar na tela do cinema. A parte conceitual, a construção das cenas, foi toda feita nos ensaios pela Ester”, afirma João. O cineasta acredita na qualidade de um produto dirigido a quatro mãos. “Eu e Ester viemos de experiências diferentes e, ao mesmo tempo, absolutamente complementares. Dirigir a quatro mãos é um aprendizado muito interessante”, diz ele, que fez seu primeiro longa de ficção 4X4, com Chay Suede, Mariana Lima e Alexandre Nero, e está na segunda te mporada da série documental sobre o PCC, Primeiro Cartel da Capital.

Serviço
Espetáculo:
"A Árvore". Idealização e interpretação: Alessandra Negrini. Texto: Sílvia Gomez. Criação e roteirização: Ester Laccava. Direção: Ester Laccava e João Wainer. Direção de Produção: Gabriel Fontes Paiva. Realização: Fontes Realizações Artísticas. Produtores Associados: Alessandra Negrini e Gabriel Fontes Paiva. Assessoria de imprensa: Maria Fernanda Teixeira (Arteplural). Na programação online do Teatro FAAP pela plataforma Tudus. Ingressos: R$ 30. Duração: 70 minutos. Classificação etária: 14 anos. Em plataforma digital no Teatro FAAP www.teatrofaap.com.br na plataforma da Tudus. www.tudus.com.br. De 26 de fevereiro a 18 de abril. Sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 19h.

.: Teatro Bradesco apresenta live com Banda Eva nesta sexta-feira


Para comemorar o mês do carnaval, o teatro promove um show especial para os foliões curtirem de casa, nesta sexta-feira, dia 26, às 20h, gratuitamente, no YouTube do Teatro. Foto: Filipe Rodrigues

Com o objetivo de levar conteúdo e entretenimento de qualidade por meio dos seus canais digitais, o Teatro Bradesco promove, gratuitamente, nesta sexta-feira, dia 26, às 20h, uma live em clima de carnaval em seu canal do YouTube.  Para comandar a festa, o teatro convidou a Banda Eva, um dos grupos mais conhecidos do país, para cantar, no palco do Teatro Bradesco, os seus maiores sucessos.

Ao longo do ano, o YouTube do Teatro Bradesco seguirá trazendo uma live por mês, em dois formatos: ‘Teatro Bradesco Apresenta’, com um show musical, e ‘Teatro Bradesco Bastidores’, que tem como proposta levar um ambiente mais intimista e descontraído ao público, com muita música e histórias, num bate-papo conduzido pelo músico João Marcello Bôscoli e convidados. No Instagram do teatro, haverá conteúdos complementares, como dicas de playlists, podcasts e livros, além de vídeos específicos em datas comemorativas.

A programação cultural nas redes sociais do Teatro Bradesco teve início em agosto de 2020, após o fechamento do seu espaço físico durante a pandemia. A cada mês, artistas, músicos e palestrantes protagonizaram várias parcerias em formatos inéditos e inusitados no Instagram e no YouTube, como Seu Jorge, Daniel Jobim, Leandro Karnal, Maurício de Sousa e Turma da Mônica, Oswaldo Montenegro, Ana Carolina, Karen Hill e outros.

Acessibilidade
Todas as transmissões ao vivo contam com recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência. As apresentações no YouTube têm audiodescrição e libras. Já as lives no Instagram contam com a descrição #pracegover e #pratodosverem.

Bradesco e a cultura
Com centenas de projetos patrocinados anualmente, o Bradesco acredita que a cultura é um agente transformador da sociedade. Além do Teatro Bradesco, o banco apoia iniciativas que contribuem para a sustentabilidade de manifestações culturais que acontecem de norte a sul do País, reforçando o seu compromisso com a democratização da arte. São eventos regionais, feiras, exposições, centros culturais, orquestras, musicais e muitos outros.

Assim como o Teatro Bradesco, muitas instituições e espaços culturais apoiados pelo banco promoveram ações para que o público possa continuar se entretendo – ainda que virtualmente – durante a pandemia da Covid-19. Em 2020, o banco lançou o Bradesco Cultura, plataforma digital que reúne conteúdo relacionado às iniciativas culturais que contam com o patrocínio da instituição. Visite em cultura.bradesco.

Opus Entretenimento
A Opus Entretenimento acredita no poder transformador da tríade cultura, conteúdo e experiência e, desde 1976, já trouxe ao Brasil grandes nomes nacionais e internacionais. Administradora de teatros pelo Brasil nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste, também faz a gestão artística de grandes nomes da música e do entretenimento brasileiro.

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