O ator, dramaturgo, poeta e cantor Gero Camilo narra a história de romeiros em busca de sobrevivência e fé em "A Procissão" , que poderá ser vista online nos dias 2, 3 e 4 de abril, de sexta a domingo, às 20h, de graça, pelo canal de Youtube do ator.
Em cenário simples, que remete a um oratório estilizado e iluminado pela luz de velas, o ator Gero Camilo - trajando figurino despojado - dá o recado já na voz do personagem, depois da música de abertura de A Procissão: “Vamos acender uma velinha que é uma forma de nóis tá tudo junto nesse momento que nóis tá tudo separado; então , uma forma de alumiar e se conectar com o olhar do semelhante”.
"A Procissão" foca na trajetória de romeiros que seguem sua caminhada em busca da sobrevivência e da fé. A peça caracteriza-se pela poesia e humor, embalados ao som da viola cortante e da percussão marcada, típicas das andanças desses sertões. No palco ao lado do ator estão Tata Fernandes e Zé Modesto.
A ser apresentada dias 2, 3 e 4 de abril, sexta, sábado e domingo, às 20h, a peça conta a história de Tonho, que recebeu o recado dos anjos para buscar a terra prometida e não voltou. Quem fala pela boca do ator é Zé, o primeiro a xingar Tonho pela demora, o primeiro a afirmar que sempre teve fé nele, quando volta em forma de estrela.
Zé, interpretado por Gero Camilo, encara a plateia olho no olho e convida o espectador a caminhar com ele através do mundo árido, porém cheio de surpresas. A Procissão resgata um teatro onde o ator é a peça essencial, revelado na simplicidade cênica e na eloquência dos contadores de história, que fazem de Zé, um catalisador de nossas buscas.
"A Procissão" mostra a trajetória de romeiros que seguem sua caminhada em busca da sobrevivência e da fé. A peça caracteriza-se pela poesia e humor, embalados ao som da viola cortante e da percussão marcada, típicas das andanças desses sertões. No palco ao lado do ator, Tata Fernandes e Zé Modesto
Ficha técnica Espetáculo: "A Procissão" Texto, direção e atuação: Gero Camilo. Trilha musical: Tata Fernandes e Zé Modesto. Direção de fotografia e câmeras: Marina Casagrande. Técnico de som: Bruno dos Reis. Assistente de som: Raphael Vecchione. Designer gráfico: Sato do Brasil. Produção executiva e geral: Flávia Corrêa. Projeto realizado com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, ProAc, Governo Federal e a Lei Aldir Blanc.
Serviço Espetáculo: "A Procissão" Sessões: apresentações - até dia 4 de abril – sexta, sábado e domingo às 20h no canal do YouTube do Gero – gerocamilooficial .Classificação indicativa: livre. Você pode assistir em: http://www.youtube.com/watch?v=HIh6Zjq_GrI
Confira os filmes que estreiam em abril no Cinema Virtual, plataforma que segue o padrão dos cinemas físicos com lançamentos semanais, sempre às quintas-feiras. Com produções de diferentes gêneros e países, o serviço leva filmes a todo Brasil, inclusive a muitas cidades que ainda não contam com salas de exibição.
O Cinema Virtual é uma plataforma de streaming desenvolvida em parceria com os cinemas que traz a experiência das salas de exibição para dentro de casa. Com estreias às quintas-feiras, a plataforma disponibiliza produções inéditas e exclusivas. Para assistir aos filmes, o público pode acessar a plataforma pelo NOW ou escolher a sala de exibição preferida em www.cinemavirtual.com.br e realizar a compra do ingresso. O filme fica disponível durante 72 horas para até três dispositivos.
1º de abril "Terminal Sul – Luta pela Liberdade" ("Terminal Sud") | Drama Sinopse: Em um país mergulhado em um conflito armado, um médico tenta cumprir seu dever contra todas as probabilidades, até o dia em que seu destino vira de cabeça para baixo. Direção e roteiro: Rabah Ameur-Zaïmeche Elenco: Ramzy Bedia, Amel Brahim-Djelloul, Slimane Dazi Indicado a dois prêmios internacionais: Hamburg Film Festival 2019 – Melhor Filme Político Locarno International Film Festival 2019 (Golden Leopord) – Melhor Filme Selecionado para participar de: Rotterdam International Film Festival 2020 (IFFR- 2020), Toronto International Film Festival (TIFF 2019), Seville European Film Festival (2019), entre outros.
8 de abril "Uma Mulher Inesquecível" ("A Fish Swimming Upside Down") | Drama Sinopse: Andrea é uma mulher no início de seus 40 anos e com um passado desconhecido. Quando Phillip e seu filho Martin se apaixonam por ela ao mesmo tempo, Andrea acaba no meio de um complexo triângulo amoroso, rodeado por expectativas, medos e questionamentos. Enquanto passam um verão juntos, a relação entre os três se torna cada vez mais destrutiva e cheia de culpa. Direção: Eliza Petkova Elenco: Nina Schwabe, Henning Kober, Theo Trebs Seleção em Festivais: Berlin International Film Festival 2020 e Sofia International Film Festival 2020 - Grand Prix International Competition.
15 de abril "O Pombo – Um Refúgio para Sobreviver" ("Güvercin aka The Pigeon") | Drama Sinopse: Um adolescente com dificuldades sociais se refugia no telhado para cuidar de seus pombos de estimação. Resguardado em uma redoma enquanto o mundo exterior parece cada vez mais hostil, o garoto lida com as peculiaridades de seu processo de amadurecimento enquanto a vida adulta se aproxima. Direção: Banu Sivaci Elenco: Demet Genç, Evren Erler, Kemal Burak Alper, Ruhi Sari Premiações: Ankara International Film Festival (2018): Melhor Ator - Kemal Burak Alper e Melhor Filme. Istanbul International Film Festival (2018): Melhor filme de estreia (Best First Film) e Melhor Música. Mostra de València-Cinema del Mediterrani (2018): Melhor Ator - Kemal Burak Alper, Melhor Fotografia, Melhor Roteiro, Melhor Música e Melhor Filme. Sadri Alisik Theatre and Cinema Awards (2019): Melhor Ator em Ascensão: Kemal Burak Alper. Sofia International Film Festival: Melhor Diretor - Banu Sivaci Turkish Film Critics Association (SIYAD) Awards 2018: Melhor Filme de Estreia
22 de abril "Doce Obsessão" ("Méprises aka Dissonance") | Suspense Sinopse: Um thriller psicológico que apresenta diferentes pontos de vista sobre a relação entre Françoise, uma mulher bonita, mas frágil, e o médico Lepage, um homem amargurado, opressor e ciumento. Presa há três anos no casamento, Françoise é vigiada onde quer que vá pelo marido, que sabe dos diversos amantes que a esposa tem. Porém, o mais recente deles, Jacques, torna-se a gota d'água para Lepage, que planeja uma vingança diabólica. Direção: Bernard Declercq Elenco: Moanna Ferré, Pascal Greggory, André Pasquasy
29 de abril "Segredos de Família" ("Skipping Stone") Drama Sinopse: A história de uma jovem que tenta aceitar a morte de seu irmão e acaba encontrando uma forte amizade com o melhor amigo dele. Premiações: Accolade Competition (2020): Melhor Filme e Melhor Atriz (Prêmio de Mérito e Excelência) - Gabrielle Kalomiris.
Escrita e dirigida por Oscar Calixto em 2009, peça tem temporada virtual até 18 de abril.
O espetáculo virtual "Anjos", escrito e dirigido por Oscar Calixto originalmente em 2009 com o nome de “Anjos, uma espécie de razão não comentada", ganhou uma releitura adaptada para o período pandêmico. A peça teve sua estreia em 18 de fevereiro e faz temporada até 18 de abril, sendo encenada todas às quintas às 20h através da plataforma Zoom.
"'Anjos' propõe uma experimentação de linguagem que mescla teatro com audiovisual, na busca por uma proximidade maior com o espectador através do espetáculo que é transmitido via web. Estou chamando a experiência de 'Cine-Teatro Virtual'", diz o diretor.
"Anjos" conta a história de Marcus (Marcus Anoli) e Sabrina (Sabrina Fortes), casal que vive uma séria crise no relacionamento. Na última discussão da vida do casal, que culmina na busca pela razão e pela verdade de cada um, o espectador acompanha os extremos e o desfecho da vida de Sabrina, que desenrola todo o enredo da história com a presença constante e sempre marcante de diferentes personagens (vividos por Anoli) com quem ela vai se encontrando enquanto desenvolve a sua própria história e vai compreendendo um pouco mais sobre os seus próprios medos, dores, angústias e sobre a sua própria realidade dentro da trama.
"O trabalho em ‘Anjos’ tem sido muito enriquecedor e de grande aprendizado. Acredito que o mais valioso é aceitar essa nova forma de linguagem, não se autolimitar e confiar no direcionamento dado pelo diretor", ressalta a atriz Sabrina Fortes.
Na versão adaptada para a web, que tem produção da B&C Produções Artísticas, a história é encenada em diferentes ambientes das casas dos próprios atores, que são acompanhados por dois câmeras (Henrique Bulhões e Faterson Oliveira) que também trabalham na direção de fotografia do espetáculo.
"Se apresentar virtualmente é uma sensação nova e empolgante, pois podemos chegar em mais pessoas com uma história bem interessante. Acredito que nós, como artistas, temos essa missão, de mostrar novas vertentes de entretenimento ao público, principalmente em um momento que a internet e a arte se unem para fazer esse verdadeiro intercâmbio cultural. Pessoas que não puderam ter a experiência de ir ao teatro, seja porque em sua cidade não tem ou por qualquer outro motivo, tem a oportunidade de ver uma peça pela primeira vez, isso é emocionante". finaliza Marcus Anoli.
Ficha Técnica Espetáculo: "Anjos" Texto, Direção e Concepção: Oscar Calixto Elenco: Marcus Anoli e Sabrina Fortes Direção de Fotografia: Henrique Bulhões e Faterson Oliveira Produção: B&C Produções Artísticas Figurinos: O Coletivo Fotos: Zacky Barreto Design Gráfico: Pólem Comunicação Apoio: CAL - Casa das Artes de Laranjeiras Assessoria de Imprensa: MercadoCom / Ribamar Filho
Serviço Espetáculo: "Anjos" Temporada: 18 de fevereiro à 18 de Abril Dias e Horários: Quintas às 20h Local: Plataforma Zoom (Link de acesso é disponibilizado na compra dos ingressos) Ingressos: R$ 20 Venda pelo site www.bcproducoesartisticas.com/anjos Telefone: 21 96539-2079 Horário de funcionamento: Seg à Sex de 10h às 19h Classificação Etária: 14 anos
"Tenho que me retratar e pedir desculpas pelo que falei sobre a pandemia", ANDRADE, Sara. Foto: João Cotta
Sarah Andrade deixou a casa do "Big Brother Brasil" na última terça-feira, dia 30, depois de enfrentar o paredão com Juliette e Rodolffo. Eliminada com 76,76% dos votos do público, a integrante do grupo Pipoca construiu uma forte amizade com Gilberto já nos primeiros dias do confinamento. Nas primeiras semanas, foi alvo de vários participantes e, para se proteger, tornou-se a “espiã” da 21ª edição do "Big Brother Brasil".
Fortaleceu-se na união do chamado “G3”, formado por seu fiel companheiro, Gil, e a paraibana Juliette Freire. Mas o grupo acabou se dividindo e criando rivalidades entre si. "Desconfiei de uma pessoa de quem eu não precisava ter desconfiado e confiei em outras em quem não devia ter confiado tanto", analisa. Sarah ainda teve outros aliados na competição, com quem se decepcionou em seus últimos dias na casa.
Hoje a ex-sister diz estar ciente de seus erros e acertos, afirma que está feliz com a sua trajetória no reality e destaca os aprendizados que tira da experiência: “Não tem como não dizer que o 'BBB' é uma escola! Ser colocado em uma casa com outras 19 pessoas completamente diferentes e conviver 24 horas por dia com todo mundo ensina muito”. Sarah aproveitou para se desculpar sobre o que falou a respeito da pandemia do covid-19 dentro do confinamento. Confira, a seguir, a análise da consultora de Marketing Digital sobre sua passagem pelo reality show.
Que balanço você faz da sua participação no "Big Brother Brasil"? Sarah Andrade - Eu fiquei muito feliz com o todo, pensando do primeiro dia até o momento da minha eliminação. Eu cometi erros, sim, principalmente nas últimas semanas, e não apago isso. Mas eu tinha muito medo de não ter ninguém comigo aqui fora, e tive a grata surpresa de saber que tinha muita gente comigo, me acompanhando, torcendo. Isso foi um presente gigantesco.
Para você, quais foram os momentos mais especiais do confinamento? Sarah Andrade - Os mais especiais, com certeza, foram os que vivi ao lado do Gilberto. A gente passava por muita coisa engraçada e criava muita teoria maluca junto. Tudo que eu vivia com ele, principalmente quando estávamos só nós dois, era muito gostoso. A gente conseguia ser a gente mesmo sem medo da casa; até esquecíamos que estávamos sendo filmados. Cada momentinho com ele foi muito, muito feliz. Eu sou muito grata por ter tido o presente de ter conhecido o Gil nesse programa. Se não fosse por ele, eu não teria chegado aonde cheguei no jogo. Ele me ajudou muito em tudo, desde as provas às festas; ele estava comigo o tempo todo.
E o momento mais difícil? Sarah Andrade - O mais difícil, e não é segredo, com certeza foi o modo como fui parar no último paredão. Me machucou muito ter ido ao paredão por votos de pessoas que eu gostava tanto. Doeu muito.
Você e Gil criaram uma conexão muito forte desde o início do jogo. Você considera que jogaram em dupla ou sua estratégia no game era individual? Sarah Andrade - Cada um tinha sua estratégia individual e, por isso, a gente discordava muitas vezes. Mas também conversávamos e chegávamos em um consenso. Eu influenciei ele, ele também me influenciou, mas toda vez que isso aconteceu – e que erramos ou acertamos – foi sempre querendo o bem um do outro. Mais do que estratégia, a gente tinha opiniões diferentes e, mesmo assim, conseguia respeitar a visão do outro e seguir com a amizade, conversar e chegar em um “bem comum” para os dois.
Fale um pouco sobre suas amizades na casa. Quais foram seus reais amigos no jogo e quem você quer levar para fora do programa? Sarah Andrade - As pessoas que eu tenho mais do que certeza de que vou levar para a vida inteira, de quem nunca duvidei e gostava demais, eram Gil, Camilla e João. Eu acho os três maravilhosos. Da Juliette eu desconfiei, sim, a partir de um momento, mas hoje eu estou vendo que julguei errado. Desconfiei de uma pessoa de quem eu não precisava ter desconfiado e confiei em outras em quem não devia ter confiado tanto. Me arrependo muito porque era mais ou menos o mesmo julgamento que eu tinha feito da Carla e até ela eu entendi; a Juliette, não. Mas agora eu vou assistir a tudo que aconteceu e, quando ela sair, a gente vai conversar. A Juliette tem um coração enorme e tenho certeza de que ela vai escutar o meu lado também. Ela sabe, tanto quanto eu, como é difícil estar ali dentro. Vou torcer para dar tudo certo e ficar tudo bem.
Você, Gil e Juliette ficaram muito próximos durante um tempo, ganharam até o apelido de “G3”. Mas, no meio do jogo, esse trio se desfez. O que aconteceu? Sarah Andrade - Eu comecei a me incomodar quando a gente começou a alertar a Juliette sobre algumas pessoas e ela não escutou a gente. Eu fiquei agoniada! Tinha medo de ela estar fazendo um jogo “lá e cá” e, por isso, não queria se indispor com ninguém. Teve uma conversa em que estávamos eu, ela e Gil, começamos a alertar sobre o Projota, ela e o Gil estavam perigando ir ao paredão e ela dizendo que não votaria nele. Eu fiquei desesperada! Ali uma anteninha minha acendeu. Mas agora eu tenho que assistir, até para entender se foi mesmo nesse ponto que as coisas mudaram ou se mais para frente aconteceu mais alguma coisa, porque ainda estou meio perdida (risos).
Como foi ficar no “quase” em algumas provas e, depois, finalmente vencer duas delas (uma liderança sua e uma prova de resistência, em dupla, em que Gil terminou líder)? Sarah Andrade - Foi sensacional ganhar essas provas! Eu me superei. Achava que nunca amanheceria em uma prova do "BBB". Eu e o Gil éramos uma dupla muito boa. Teve uma prova em que nós fomos os primeiros a desistir porque eu estava muito cansada e ele estava passando mal, e gente não tinha problema em decidir isso juntos; a gente se entendia. Nunca brigamos um com o outro porque um estava mais indisposto ou cansado. Na última prova mesmo eu só não saí porque estava com medo do Gil ir para o paredão, mas eu estava com muito sono. E, não vou mentir, ainda bem que a Pocah acabou desistindo, porque eu não sei se iria dar conta, não (risos).
O público se divertiu muito com seus momentos “espiã”, ouvindo algumas conversas disfarçadamente na casa. Você imaginava que isso poderia estar repercutindo e que essa ou outras atitudes poderiam virar memes? Gostou de saber disso? Sarah Andrade - No começo do jogo a gente não tinha muitos aliados, as informações não chegavam. Se eu não fizesse assim, nunca iria saber de muita coisa. Mas eu não imaginava como isso estava sendo visto pelo público. Tanto que, em uma conversa que tive com a Pocah e ela jogou na minha cara que achava que eu era “leva e traz” , eu me desesperei com medo de as pessoas aqui fora me acharem fofoqueira. Tirei logo minhas coisas do quarto Colorido e fui para o Cordel. Se eu soubesse que o povo estava gostando não teria feito isso, não (risos). Graças a Deus deu tudo certo! Gostei muito dos memes.
Na sua visão, quais eram seus principais adversários no "BBB"? Sarah Andrade - Para mim, eram Karol Conká, Nego Di e Projota. Com Projota até rolou uma trégua depois, paramos um pouco com a rixa do jogo. Mas acho que isso era mais claro no início, foi o único momento em que eu e Gil realmente declaramos “guerra” contra um grupo. Depois, mais para frente, até rolaram algumas coisas durante o jogo, mas nada grandioso.
A volta de Carla Diaz do paredão falso impactou na sua forma de enxergar o jogo? O que mudou? Sarah Andrade - Eu nunca julguei o jogo da Carla. Eu julgava mesmo se ela estava sendo real ou fake. Quando ela voltou do paredão, o modo como ela se comportou me fez ver que eu estava completamente errada. Ela tinha tudo para vir com pedras na mão, nos atacar, mas ela veio fazer as pazes com a gente, conversar. E quando a gente viu que tinha pesado a mão, eu e Gil conversamos e falamos: “O jogo está subindo à nossa cabeça, vamos parar e analisar porque tem coisa muito errada”. Tivemos sorte de ela ter voltado porque tivemos a oportunidade de tentar melhorar.
O voto de Rodolffo, no último paredão, chegou a te desestabilizar ou ficou apenas no campo do sentimento, da mágoa? Sarah Andrade - Desestabilizou de verdade, muito. Eu não conseguia nem fazer minha campanha para ficar na casa, só chorava. Mas fiquei até mais surpresa com o voto do Caio do que com o do Rodolffo, porque nele eu já via alguns sinais que me mostravam que ele chegaria a votar em mim em algum momento do jogo, não naquele, mas mais para frente. Já o Caio me doeu mais porque era uma pessoa em quem eu não votaria de jeito nenhum. Lá dentro as coisas são muito mais intensas, então por isso fiquei naquele sofrimento todo. O susto do voto deles foi uma coisa de louco para mim.
A que você atribui sua eliminação ter sido justamente neste paredão? Sarah Andrade - Acho que eu falei o que não devia e falei demais. E também teve a desconfiança da Juliette; foi bem pesado. Só tenho que pedir desculpas e tentar consertar o meu erro.
Algumas falas suas na casa foram vistas muito negativamente fora do BBB. Já deu tempo de entender tudo que aconteceu aqui fora? Sarah Andrade - Sim, com certeza. Tenho que me retratar e pedir desculpas pelo que falei sobre a pandemia, principalmente. Antes de eu ser confinada as coisas estavam a caminho de melhorar no Brasil, algumas questões estavam sendo regulamentadas. Saber que tinha piorado foi um choque. Mas nada disso justifica meu erro; errei, sim. Peço desculpas a todas as vítimas da Covid e a seus familiares, de verdade.
Teria feito algo diferente no "BBB", se pudesse? Sarah Andrade - Tirando essas falas equivocadas, acho que não. Sinto que faltou um pouco da Sarah alegre que eu sou aqui fora, mas eu não mudaria nada porque em todos os momentos eu estava sendo verdadeira, como eu sou. Tudo que eu fiz foi tentando acertar. Fui muito correta com os meus pensamentos e com o que eu estava sentindo no momento.
O que você vai levar da sua passagem pelo "BBB 21"? Sarah Andrade - Não tem como não dizer que o BBB é uma escola! Ser colocado em uma casa com outras 19 pessoas completamente diferentes, com origens e modos de pensar diferentes e conviver 24 horas por dia com todo mundo ensina muito. Aprendi a lidar com as personalidades de cada um. Acho que aqui fora vou estar muito mais preparada para lidar com pessoas diferentes de mim. É muito legal olhar para as diferenças e saber que a gente pode conviver e crescer com elas.
Na sua opinião, quem tem mais chances de chegar à final? Sarah Andrade - Não tem como eu não falar Gil! Ele foi 100% maravilhoso, o tempo todo. Deu os bailes e as cachorradas dele, mas ele é incrível, é de verdade. Eu não só acho que ele vai chegar muito longe no jogo como eu torço para que ele chegue à final e ganhe esse programa. E o que eu puder fazer para ajudar, aqui de fora, vou fazer. Ele falava para mim que tinham que ser mil votos por hora, então vou fazer dois mil! Ele merece muito.
Quais são seus planos daqui para frente? Sarah Andrade - Eu já estou vendo que a vida está uma loucura! Não tinha noção da proporção desse jogo. Achava que seria, no máximo, como foi o último. Mas as pessoas estão assistindo muito, acompanhando mesmo. Ver o boom das redes sociais, chegar ao hotel e ter gente gritando meu nome na porta... Inclusive, um beijo para esse povo, porque nunca imaginei nada parecido, estou me sentindo muito especial. Não sei o que vai acontecer daqui para frente, tenho que conversar com a minha galera. Agora eu tenho uma equipe, nem sabia! Estou muito chique (risos)! Estou muito feliz e torcendo para que dê tudo certo nos próximos passos. Infelizmente o prêmio não veio, mas tudo bem, vou trabalhar muito para conquistar ele aqui fora.
Com enredo sombrio e estética impecável, o k-drama explora a delicada e por vezes conturbada relação entre a escritora de livros infantis Ko Moon-young, um enfermeiro que trabalha em um hospital psiquiátrico e seu irmão mais velho, com transtorno do espectro autista. As narrativas dos livros são alegorias dos traumas e medos que esses personagens precisam enfrentar para conseguir vivenciar o amor e criar laços.
Escritas pela roteirista da produção, Jo Yong, e com belas ilustrações assinadas por Jam San, essas histórias únicas e impactantes vão surpreender os novos leitores e encantar ainda mais os fãs da série, que agora têm a oportunidade de ter os livros em mãos. O anúncio dos livros nas redes sociais da editora causou grande comoção, e em maio a Intrínseca lança mais dois volumes dessa coleção imperdível, "A Mão e o Tamboril" e "Em Busca da Feição Real". Você pode comprar os livros da série "It's Okay to Not Be Okay" ("Tudo Bem Não Ser Normal"), de Jo Yong e Jam San, neste link.
"O Menino que se Alimentava de Pesadelos" Atormentado por terríveis pesadelos, um menino pede ajuda a uma bruxa para pôr fim ao seu tormento. Ela aceita ajudá-lo a apagar todas as suas lembranças ruins, contanto que prometa que vai se tornar um adulto feliz. Caso isso não aconteça, ela irá se apossar da alma dele. O tempo passa, e o reencontro dos dois não vai ser como o esperado.
"Criança Zumbi" Depois de dar à luz um menino de pele muito pálida, a mãe percebe que seu bebê não tinha sentimentos, mas possuía uma fome insaciável. Era como um zumbi. Por isso, ela o escondeu, e todo dia levava animais roubados da vizinhança para alimentá-lo. Mas, quando uma pandemia faz com que todos fujam do vilarejo, a mulher se vê obrigada a tomar medidas inimagináveis para salvar o filho.
"O Cão Alegre" Amarrado a uma árvore na entrada de um vilarejo, um cãozinho abanava o rabo para todos que por ali passavam. Mas, quando a noite chegava, ele só conseguia chorar. Tudo que queria era se livrar da coleira e correr por lindos campos floridos. Ao conversar com o próprio coração, o cão percebe que a chave para a tão sonhada liberdade pode estar mais perto do que imaginava.
Sobre as autoras Jo Yong é sul-coreana e escreveu o roteiro de diversos dramas, entre eles Jugglers e Tudo bem não ser normal.
Jam San atua como concept designer e ilustrador. Fez ilustrações para dramas de sucesso, como Encontro e Tudo bem não ser normal.
Estreia em 1º de abril, quinta-feira, às 20h - Flavia Pucci e Joelson Medeiros reafirmam parceria artística em “Uma Noite Sem o Aspirador de Pó”, de Priscila Gontijo. Um encontro acidental, uma possibilidade de mudança e de real aproximação, com um desfecho inesperado, permeado de bom humor. Fotos: Airton Silva
Segunda realização da Água Benta Cia de Criação, a montagem da comédia dramática “Uma Noite sem o Aspirador de Pó”, de Priscila Gontijo, ganha versão online e gratuita em curta temporada 12 apresentações, de 1º a 18 de abril, no canal do YouTube da companhia. A peça, que marca a estreia do casal no palco, fala do encontro inusitado provocado por um fato corriqueiro de duas pessoas solitárias que estão vivendo a falência das crenças que permearam suas histórias de vida e a falta de sentido para tudo que se faz.
Interpretado por Flavia Pucci e Joelson Medeiros e com direção de Charles Asevedo este projeto foi a segunda realização desta parceria artística que já dura sete anos. Carente de interlocução e de laços afetivos, Áurea, uma professora prestes a se aposentar conversa com seu aspirador de pó, batizado de João Augusto, e coleciona numa valise, chamada Josephine, uma família imaginária criada com fotos 3X4 de desconhecidos. Resistente à tecnologia e inábil socialmente, ela passa o tempo todo em casa com Tereza, uma tartaruga cega, e Otto, um gato arisco.
Ele, Manuel, também inábil socialmente é um escritor paralisado pelos seus pensamentos repetitivos, cheio de manias que se encontra em plena crise de meia idade e de bloqueio criativo. O encontro “acidental” entre os dois que acabam se reconhecendo mutuamente como pessoas sensíveis e solitárias é a força motriz do espetáculo. Ambos percebem uma possibilidade de mudança e de real aproximação, passam a se inspirar profundamente com os universos um do outro, alargando assim pontos de vista e começando, com isso, a construirem novas conexões com a vida, entretanto o destino prepara uma grande surpresa para o desfecho desta relação.
“É uma história torta de amor entre duas pessoas com problemas de convívio social que estabelecem uma relação cheia de mal entendidos mas que no decorrer da trama se encontram no espaço do inusitado, o lugar das inúmeras possibilidades que a vida nos apresenta a cada instante”, acrescenta Joelson.
“'Uma Noite sem o Aspirador de Pó', fala sobre um tempo onde as pessoas estão cada vez mais ilhadas, que não se visitam mais, a não ser virtualmente. E hoje, obrigados a vivermos em isolamento social, percebemos o quanto a troca atenciosa e afetuosa entre as pessoas é essencial para que a consciência do todo se desenvolva no sentido de construir um mundo melhor”, diz Flavia Pucci.
“Continuar isolado na própria 'bolha' resulta em mais distanciamento e desestruturação das conexões humanas, que começam a ser norteadas apenas pela desconfiança, pela hipervalorização das questões pessoais e de consumo como substitutos às relações afetivas e criativas. E é neste cenário que o acaso possibilita uma ponte de comunicação real entre os protagonistas”, conclui Flavia.
Histórico do espetáculo O espetáculo "Uma Noite sem o Aspirador de Pó" teve sua estréia em julho de 2016 no Teatro Nathalia Timberg. Em Março de 2017 ganhou o edital de circulação SESI/SP pelo qual fez turnê bem sucedida por 04 cidades do interior de São Paulo ( Itapetininga, Rio Claro, Piracicaba, Araraquara. Ainda em 2017 fez mais uma temporada no Centro Cultural Correios nos meses de agosto e setembro.
Sinopse do espetáculo "Uma Noite sem o Aspirador de Pó” desnuda aos poucos a vida de duas pessoas solitárias. A partir de um fato corriqueiro, um dos vizinhos bate na porta do outro provocando o início de uma relação inusitada, uma possibilidade de mudança e de real aproximação, porém o destino prepara uma grande surpresa para o desfecho ds história.
Priscila Gontijo é escritora, dramaturga, roteirista e pesquisadora. Mestre em Literatura e Crítica Literária e Licenciada em Letras: Língua Francesa e Língua Portuguesa, pela PUC/SP, atualmente é doutoranda no Programa de Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa pela FFLCH/USP. Integrou o Núcleo de Dramaturgia do CPT – coordenado por Antunes Filho. É fundadora da Companhia da Mentira e autora de peças como “Soslaio", "A Vida Dela", “Uma Noite sem o Aspirador de pó”, “Funâmbulas” e “Deadline". Em 2016, publicou "Peixe Cego", (7Letras), romance finalista do Prêmio São Paulo de Literatura. Em 2020 publica “O Som dos Anéis de Saturno” (7Letras) seu segundo romance.
Água Benta Cia de Criação Com a união de três atores, Flavia Pucci, Charles Asevedo e Joelson Medeiros começa em 2013 a Água Benta Produções, uma cia. preocupada não só em colocar peças em cartaz, mas em aprofundar e discutir a arte como alimento para a sensibilidade fomentando novas ideias em quem vai ao teatro.
É um grupo focado na necessidade de comunicar trabalhos que instiguem uma reflexão sobre a sociedade contemporânea, suas contradições e paradoxos. Seus dois trabalhos são a peça “ Antiga” de Gustavo Damaceno, texto escrito a partir de mais de cinquenta depoimentos filmados de idosos sobre o envelhecer e seus desafios e “ Uma Noite Sem O Aspirador de Pó” de Priscila Gontijo, texto que fala sobre situações que isolam dos demais as pessoas nas grandes cidades.
Ficha técnica Espetáculo: “Uma Noite Sem o Aspirador de Pó” Texto: Priscila Gontijo Direção: Charles Asevedo Elenco: Flavia Pucci e Joelson Medeiros Cenografia: Carla Berri Iluminação: Valdemir Almeida Figurino: Maureen Miranda Trilha sonora: Leonardo Netto Diretor de fotografia: Airton Silva Programação visual : Pablito Kucarz Assessoria de imprensa: Adriana Monteiro Social media: Leonardo Silva Direção de produção: Joelson Medeiros Produção executiva: Robson Mello Realização: Água Benta Cia de Criação e Dona Sinhá Produções
Serviço: Espetáculo: “Uma Noite Sem o Aspirador de Pó” Em versão online e gratuita Curta temporada 12 apresentações De 1º a 18 de abril, no canal do YouTube da companhia. Entrada pelo link:https://linktr.ee/CiaAguaBenta Dias da semana: de quinta a domingo Horário: 20h Duração: 65 minutos Indicação de faixa etária: 16 anos
Com roteiro e direção de Flávia Melman e os cavaleiros Antônio Januzelli (Janô), Sebastião Braga (Tião), Fernando Bolognesi (Nando) e Osmair Cândido (Fininho) no elenco, a peça online estreia dia 1º de abril pelo Zoom e faz temporada de quinta a domingo, às 20h30 até dia 11 do mesmo mês.
Considerada como tema tabu, a morte nos coloca diante de uma realidade inexorável: o fim. E, no conflito com a vida, seguimos lutando para evitá-lo: o fim da vida, o fim das diferenças, o fim de ciclos, o fim de barreiras. Assim, falar da morte pode nos levar a compreender e redimensionar a ideia de finitude.
"A Última Cena [Epitáfios]" reúne no palco virtual pessoas (atores e não atores) com realidades e experiências diversas e que expõe ali os abismos sociais e afetivos que os separariam. Antônio Januzelli (Janô), um senhor de 80 anos, professor de teatro; Osmair Cândido (Fininho), coveiro e filósofo; Fernando Bolognesi (Nando), palhaço e ator e Sebastião Braga (Tião) um cineasta. Nesse encontro, íntimo e improvável, por meio de uma roda de conversa, tratam de suas experiências diante de um tema tabu: o medo de morrer.
Flávia Melman, diretora, roteirista e idealizadora do projeto conta que o que se pretende nesse encontro não é tratar o medo da morte para dissipá-lo. “Pelo contrário, a ideia é tratar desse medo para revelá-lo, ou seja, para trazer à superfície o que está profundamente assolado pelo (simples) medo de morrer. Apostamos na ideia de que a consciência sobre o medo da morte pode mudar nossa relação com a vida, de modo que o presente poderia ser vivido com menos ansiedade por um futuro incerto ou de arrependimentos pelo passado”, diz a diretora, que completa.
“O fato de estar vivo é já em si, o belo, para inverter o pensamento em relação à vida: não acumular vida, ou seja, riqueza ou produto, mas vivê-la; e que essa atitude possa trazer transformações possíveis de efeito imediato na sociedade. Tratar da morte como algo que caminha ao nosso lado, de mão dadas, como companheira; e mais, tratar do nosso medo de morrer, e com isso procurar uma proximidade conciliadora entre as pessoas e diminuir o abismo que existe entre as relações humanas”.
Com a pesquisa avançada e ensaios iniciados em maio de 2020, Flávia, com sua equipe desenvolveu quatro roteiros. Cada cavaleiro tem um episódio específico. Ou seja, são quatro roteiros diferentes, com o mesmo formato, mas cada dia um jogador está em foco. “A presença dos quatro jogadores é protagonista da cena. O que intensifica a materialidade da cena são seus corpos, suas cores, suas vozes, suas histórias, suas intimidades", conta Flávia.
“O cenário é simples e concreto, pois não pretende revelar outro ambiente que aquele que está presente diante do espectador: a casa de cada um, seu íntimo, seu lugar seguro. Sempre iluminados e com a possibilidade de se movimentar naquele espaço que a câmera consegue acolher. Estão vestidos com as roupas as quais gostariam de ser escolhidas quando no seu enterro, acolhendo assim, suas individualidades. A trilha sonora terá como base as músicas ou sonoridades trazidas pelos próprios jogadores durante o processo de criação dramatúrgica e cênica. São músicas e/ou sonoridades que compõem o imaginário deles em relação à morte, seus desejos e suas memórias afetivas. Soma-se a essa trilha, ainda, os áudios das crianças com suas reflexões sobre a morte”, conclui a diretora.
Sinopse E se falar sobre a nossa condição finita fosse uma prática do cotidiano? Unidos por um tabuleiro virtual, 4 cavaleiros embarcam num jogo com a morte: um senhor de 80 anos, professor de teatro, maestro da vida e mestre de muitos atores e atrizes de São Paulo; um coveiro e filósofo que alterna sua rotina entre empilhar cadáveres e empilhar histórias; um palhaço que enfrenta com risos e facas a esclerose múltipla diagnosticada há 30 anos; um jovem cineasta e psicodramatista que, em meio a pandemia, entrou em contato com a sua própria finitude ao ser diagnóstico com leucemia crônica. Juntos, esses quatro cavaleiros mergulham em seus medos e fantasias sobre o morrer e, com humor e sensibilidade, fazem um questionamento sobre os abismos que os separam e aquilo que os une: a vulnerabilidade.
Ficha técnica Direção e roteiro: Flávia Melman Co-direção: Aline Filócomo, Paula Picarelli e Thiago Amaral Elenco: Antônio Januzeli (Janô), Sebastão Braga (Tião), Fernando Bolognesi (Nando), Osmair Cândido (fininho) Direção de produção: Aura Cunha | Elephante Produções Coordenação/Gestão: Yumi Ogino Registro e edição de vídeo: Clara Lazarim Assessoria de imprensa: Pombo Correio Programação visual: Laerte Késsimos Marketing digital: Emi Takahashi
Serviço Espetáculo: "A Última Cena [Epitáfios]" DATA: de 1º a 11 de abril, quinta a domingo, às 20h30 Link para transmissão:https://us02web.zoom.us/j/89506584723 ID da reunião: 895 0658 4723 Duração: 40 minutos Classificação: 14 anos Grátis.
Quintas: Cavaleiro Antônio Januzelli (Janô) "[Epitáfio] Aqui jaz Um Homem Criança que Amava o Teatro e os Atores"
O espetáculo "Inimigos (e o Povo)?", da Penélope Cia. de Teatro, estreia em formato online dia 1º de abril. A peça é uma adaptação de “Um Inimigo do Povo”, de Henrik Ibsen, feita pelo diretor e dramaturgo Alexandre Krug.
Um dos textos mais conhecidos do Teatro ocidental, “Um Inimigo do Povo” do norueguês Henrik Ibsen ganha uma adaptação em formato online pelas mãos da Penélope Cia de Teatro, contemplada pelo ProAC LAB (Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc). O espetáculo estreia no dia 1º de abril em adaptação do dramaturgo Alexandre Krug, com o nome de “Inimigos (e o Povo?)”.
Depois de realizar duas montagens itinerantes em espaços alternativos, baseadas na pesquisa de narratividades, atuação performativa e relação direta com o espectador (“Sem Palavras”, a partir de Mia Couto, e “...Entre Esperas...”, peça de rua sobre o Tempo), o grupo se volta agora, em tempos de pandemia e distanciamento, para um clássico do drama tradicional, colocando-o em relação direta com nosso contexto atual.
A peça se passa em uma grande assembleia virtual online em que os habitantes precisam decidir o que fazer a respeito de uma grave denúncia sobre a situação sanitária da comunidade. Apoiar o Dr. Estevão, que afirma que as águas estão envenenadas ou confiar no seu irmão Pedro, o prefeito, que garante que está tudo sob controle e que a cidade pode ter sua economia arruinada pelo alarmismo? A população da cidade quer dar sua opinião e participar da decisão, mas tem dificuldade de ponderar entre os seus pensamentos e seus interesses, as informações vindas da mídia, as relações sociais e as políticas virtualizadas, em uma parábola dos dias atuais
Para essa montagem virtual o diretor Alexandre Krug equilibrou o destaque entre os personagens centrais da obra (Médico, Prefeito, Imprensa) e a participação da população, conferindo um protagonismo maior aos cidadãos, numa alusão direta ao público, fomentando assim a discussão sobre a não isenção de cada indivíduo frente ao conflito coletivo. Apesar de meio virtual online, a linguagem da peça continua centrada no trabalho do ator, em sintonia com dramaturgia.
Da obra original, o recorte recai sobre a cena da assembleia, onde o problema central é discutido e conduzido frente ao povo de maneira tendenciosa, transformando-a numa espécie de “tribunal”, onde o povo é juiz e no fundo também réu, compartilhando com os “protagonistas” a responsabilidade sobre os acontecimentos.
Vislumbra-se a possibilidade de uma democracia participativa, como solução para uma representatividade que já não dá conta do real, mas em vez de um democrático "ajuste coletivo para resolução de um problema", este "julgamento" acaba, como distorção de democracia, em condenação e vingança sobre quem destoa do discurso reinante.
As contradições de discurso e mudanças de posicionamento segundo interesses, a confusão e o ruído na comunicação mediada por redes, a banalização e distorção do conceito de “cidadania”, vão contaminando a discussão sobre o bem comum, conduzindo a uma situação volátil, polarizada, ressentida e irrefletida, onde a tônica é invalidar as ideias do outro para benefício próprio, sem avaliar as possíveis consequências para si e o coletivo. No auge, incapaz de se comunicar, desata-se a soberba e o elitismo do cientista protagonista sobre o povo que ele supostamente queria ajudar.
Com cenários e figurinos criados por cada ator em sua residência ou local de trabalho, a grande Assembleia virtual dará conta de uma multiplicidade de tipos e ambientes, um microcosmo da sociedade com suas classes e categorias. Cenas em flashback, como perturbações encravadas na ordem vigente, conferem variações de tempo e espaço que contribuem para o acirramento final de um desenlace absurdo e inesperado.
Aqui no Brasil, “Um Inimigo do Povo” teve diversas montagens importantes como as de 1969 com direção de Fernando Torres com Beatriz Segall e Cláudio Correa e Castro no elenco e de 1997 dirigida por Domingos de Oliveira com Paulo Betti e Antônio Grassi no elenco.
Ficha técnica: Espetáculo: "Inimigos (e o Povo)?" Penélope Cia de Teatro Direção: Alexandre Krug Dramaturgia: Alexandre Krug (a partir de ideia original de David Carolla e Felipe Romon sobre “Um Inimigo do Povo”, de Henrik Ibsen) Elenco: André Capuano, Cilá Fonseca, David Carolla, Demian Pinto, Erika Coracini, Liz Mantovani, Rafael Caldas, Rafael Carvalho. Sonoplastia: Felipe França Consultoria em cenário e figurino: Mário Deganelli Direção de produção: David Carolla Vídeo e edição: Marx Deganelli Fotos: David Carolla Assessoria de imprensa: Fabio Camara Social media: Kyra Piscitelli
Serviço Espetáculo: "Inimigos (e o Povo)?" Local:https://youtube.com/Penelopeciadeteatro Data: 1º de abril até 30 de abril (quintas e sextas, às 20h) Ingressos: gratuito Duração: 60 minutos Classificação: 16 anos
Nesta quarta-feira, dia 31 de março, o ator e autor Rodolfo Amorim apresenta o solo "Galo Índio"; no Domingo de Páscoa, dia 4 de abril, é a vez da atriz Cristina Flores encenar o monólogo "Eu Vou!", com texto de Zélia Duncan; as transmissões acontecem às 19h. Fotos - "Galo Índio": Jonatas Marques. "Eu Vou!": Cristina Granato
No ar desde maio do ano passado, a programação Teatro #EmCasaComSesc segue em 2021 com espetáculos diversificados, sempre mesclando artistas, companhias e grupos consagrados no cenário brasileiro com as novas apostas. As apresentações seguem às quartas-feiras e aos domingos, sempre às 19h, no Instagram Sesc Ao Vivo e no YouTube Sesc São Paulo.
Em conformidade ao anúncio do Governo de São Paulo, que reclassificou todo o estado para a fase mais restritiva da quarentena onde são permitidas apenas atividades essenciais, as transmissões do #EmCasaComSesc serão realizadas da residência ou estúdio de trabalho dos artistas, seguindo todos os protocolos de segurança.
Nesta quarta-feira, dia 31 de março, diretamente de São Paulo, Rodolfo Amorim apresenta "Galo Índio", com direção de Antônio Januzelli, o Janô. O monólogo remonta as memórias do ator (também autor do espetáculo) em relação à morte de seu pai e o silêncio criado em torno desse fato. Na busca pelos contornos desse pai, sua própria infância emerge de suas lembranças e demonstra o quanto esse vazio foi determinante na construção da sua forma de ver e interagir com a vida. Um encontro entre pai e filho, entre um adulto e sua criança, será conhecido pelo público. Após a apresentação, o ator participa de um bate-papo com a atriz e diretora Janaina Leite.
Domingo, dia 4 de abril, a série Teatro #EmCasaComSesc recebe a atriz Cristina Flores com o espetáculo "Eu Vou!", com texto da cantora e compositora Zélia Duncan - em seu primeiro trabalho como dramaturga -, direto do Rio de Janeiro. O monólogo, de humor ácido, fala de uma mulher branca durante a quarentena, para quem o confinamento vira um auge; a coroação de uma vida a ser postergada. Após a exibição da montagem, acontece um bate-papo com a atriz.
Serviço Quarta-feira, dia 31 de março, às 19h Rodolfo Amorim em "Galo Índio", com direção de Antônio Januzelli, o Janô Classificação indicativa: 14 anos Onde: youtube.com/sescsp e instagram.com/sescaovivo
Domingo, dia 4 de abril, às 19h Cristina Flores em "Eu Vou!", com texto de Zélia Duncan Classificação indicativa: 16 anos Onde: youtube.com/sescsp e instagram.com/sescaovivo
#EmCasaComSesc A série #EmCasaComSesc teve início em abril de 2020, com um conjunto de transmissões ao vivo das linguagens de Música, Teatro, Dança, Crianças e Esporte - que somaram 13,5 milhões de visualizações, até dezembro do ano passado, no total de 434 espetáculos. Para conferir ou revisitar o acervo completo disponível, acesse: youtube.com/sescsp.
Sesc na quarentena O Sesc São Paulo segue oferecendo um conjunto de iniciativas on-line, que garantem a continuidade de sua ação sociocultural nas diversas áreas em que atua. Pelos canais digitais e redes sociais, o público pode acompanhar o andamento dessas ações e ter acesso a conteúdos exclusivos de forma gratuita e irrestrita. Confira a programação e fique #EmCasaComSesc.
Sesc Digital A presença digital do Sesc São Paulo vem sendo construída desde 1996, sempre pautada pela distribuição diária de informações sobre seus programas, projetos e atividades e marcada pela experimentação. O propósito de expandir o alcance de suas ações socioculturais vem do interesse institucional pela crescente universalização de seu atendimento, incluindo públicos que não têm contato com as ações presenciais oferecidas nas 40 unidades operacionais espalhadas pelo estado.
"The Last Cruise", um relato em primeira pessoa do pesadelo vivido a bordo do navio de cruzeiro Diamond Princess após o início da pandemia da Covid-19, estreia na quarta-feira, 31 de março, às 22h, na HBO e HBO Go.
Com imagens registradas pelos passageiros e pela tripulação, "The Last Cruise" conta histórias vividas a bordo do cruzeiro no começo da pandemia. No dia 26 de fevereiro de 2020, o navio registrava mais da metade de todos os casos de Covid-19 fora da China, com mais de 700 pessoas infectadas.
O navio Diamond Princess ancorado em quarentena em um porto do Japão se tornou um espetáculo global - um símbolo distante do novo vírus e do seu poder de acabar com qualquer noção de normalidade. Cenas que pareciam de outro mundo - cientistas usando trajes contra substâncias perigosas, passageiros com máscaras e equipes de limpeza desinfetando restaurantes vazios a bordo tomaram conta dos noticiários.
Com poucas informações disponíveis sobre o novo vírus e recursos limitados, os casos no navio dispararam. Eles passaram a se chamar "trabalhadores essenciais". O navio abrigou os primeiros cidadãos da Argentina, Israel, Portugal, Rússia, Ucrânia, Indonésia, Quirguistão e Nova Zelândia com teste positivo para a Covid-19.
Enquanto o Diamond Princess estava em quarentena, cientistas do governo dos Estados Unidos estudavam o que estava acontecendo a bordo. Apesar das suas descobertas de que o vírus provavelmente estava no ar e que pessoas assintomáticas contribuíam para a propagação, passou-se mais de um mês até o Centro de Controle de Doenças (CDC) norte-americano recomendou o uso de máscaras, e mais de dois meses - e um milhão de casos de Covid-19 confirmados nos Estados Unidos - até que orientou que pessoas assintomáticas que tivessem sido expostas ao vírus fossem testadas.
A HBO Documentary Films apresenta "The Last Cruise", com direção e produção de Hannah Olson; produção de Shane Boris, Joe Beshenkovsky e James A Smith. Pela HBO, produção executiva de Nancy Abraham e Lisa Heller; produção sênior de Sara Rodriguez. "The Last Cruise" estará disponível na HBO e por streaming na HBO Go. O documentário teve sua estreia mundial no SXSW Film Festival competindo na categoria Documentário Curta-metragem.