quinta-feira, 27 de maio de 2021

.: Obra do cineasta italiano Marco Ferreri inspira performance cênica


Em formato de vídeos curtos, a performance cênica "No Terceiro Milênio Seremos Felizes", protagonizada por Maria Carolina Dressler, é baseada na obra do cineasta italiano Marco Ferreri. Foto: Adriana Balsanelli

A atriz e produtora Maria Carolina Dressler pretendia realizar um espetáculo inspirado cinematografia do italiano Marco Ferreri (1928-1997), dando continuidade a uma pesquisa iniciada em 2012. O agravamento da pandemia impediu o encontro dos artistas envolvidos levando a adaptação do projeto para o digital em contrapartida ao Prêmio Aldir Blanc de Apoio a Cultura da Cidade de São Paulo - Módulo I - Maria Alice Vergueiro.

Em formato de vídeos curtos, a performance cênica "No Terceiro Milênio Seremos Felizes", uma produção do coletivo In Bocca al Lupo, será postada em episódios temáticos na página In Bocca al Lupo no YouTube e Facebook, e no perfil do Instagram da atriz (@mcdressler), semanalmente a partir de 28 de maio, toda sexta-feira. A edição dos vídeos é de Heitor Menotti. Entre os temas que serão abordados estão O Cinema de Marco Ferreri, A Mulher Macaca e o Cinema Italiano, A descoberta de La Donna Scimmia, O Espaço, O Ator e A Imagem e Ferreri Cancelado.

Nesta empreitada, os italianos Alberto Sacandola, autor do livro Marco Ferreri (da Castoro Cinema) e Mario Canale, diretor do documentário "O Cineasta do Futuro"; dois outros apaixonados pela obra do cineasta, foram cumplices no desejo de conceber um trabalho cênico, com intuito de desvelar a obra de Ferreri, e sobretudo seu caráter libertário e surpreendentemente visionário quanto ao futuro da humanidade e da arte, e colaboraram para viabilizar um projeto numa produção Brasil-Itália e nas conexões culturais desses países. A ideia é que futuramente possam colocar em prática a continuidade do projeto, com um espetáculo teatral presencial.

“A proposta é coroar a criação deste artista, subvertendo as formas numa típica cena Ferreriana. Uma espécie de palestra cênica, uma cine-peça ambientada dentro de nossas casas ou ambientes intimistas como trouxe Ferreri em seus filmes”, conta Maria. 

Marco Ferreri é considerado um precursor quanto a utilização da imagem no cotidiano do homem moderno. Na maioria de seus filmes, projeções em super 8, slides e projetores, interferem no cotidiano dos personagens, na fusão das imagens dos corpos utilizados como telas, ou ainda em outras experimentações. A solidão do homem moderno retratado em seus filmes antecipava questões do século 21. A produção Ítalo-francesa "A Comilança" ("La Grande Abbuffata"), de 1973, onde faz uma sátira da burguesia dos anos 1970, é o filme que o consagrou. Foi indicado ao Palma de Ouro e vencedor do Prêmio FIPRESCI.

Em 2011 Maria Carolina Dressler teve contato com sua obra através do filme "La Donna Scimmia", de 1964, onde retrata a vida da mexicana Julia Pastrana (1834-1860), personagem que pesquisava na ocasião para montagem do primeiro espetáculo do In Bocca al Lupo, Monga, que estreou em 2013, no Sesc Santo André (SP) e foi apresentado em unidades do Sesc pelo interior do Estado e festivais.

No entanto, para a atriz a descoberta de seu cinema e de sua genialidade extravasaram a temática deste espetáculo que tinha outras especificidades. “O contexto do ano de 2020 agigantou a necessidade de montagem de 'No Terceiro Milênio Seremos Felizes'. A frase que dá título à peça, sintetiza o pensamento do cineasta italiano Marco Ferreri”, explica.


Cinema e Teatro
Em julho de 2012, Maria Carolina pôde mergulhar no universo do cineasta italiano e vivenciá-lo. O estudo sobre a obra de Marco Ferreri rendeu à atriz convites para intercâmbio na Itália, de instituições como o Museo Nazionale del Cinema (em Torino), o Centro Sperimentale di Cinema (em Roma), e a Università degli Studi di Verona.

“Falei com pessoas que conheceram Ferreri ou que trabalharam com ele, tive acesso a um vasto material de arquivo, além do acervo de diversos museus. Assim como os personagens de Ferreri, que sempre buscam suas origens, senti que a viagem foi para mim uma jornada de identificação e reencontro”, fala a atriz.


Sobre Marco Ferreri
A estreia como realizador deu-se na Espanha (com o amigo Rafael Ascona), onde filmou "El Pisito" (1958), "Los Chico” (1959), "Il Cochecito" (1960). Após a experiência espanhola, Ferreri encontra o sentido e a direção de seu trabalho. Ainda nesse período filmou "L’Ape Regina" (1963), "La Donna Scimmia" (1964), "L’Uomo dei Cinque Pallone" (1965), "Marcia Nuziale" (1966) e "L’Haren" (1967) – a maioria deles sob restrições da censura. "Dillinger É Morto" foi considerado uma das obras-primas de Ferreri e um manifesto de contestação de 1968.

A produção ítalo francesa "La Grande Abbuffata", de 1973 (indicado à Palma de Ouro e vencedor do prêmio FIPRESCI), é certamente o filme que o consagrou. Segue com a série de produções ítalofrancesas, e com "Ciao Maschio/Bye Bye Monkey" (1977) recebe o Grande Prêmio do júri de Cannes. Sua filmografia tem mais de trinta obras de cinema, além das produções para televisão.

“O artista que veio do futuro”, “provocador útil”, “anarquista do cinema”, “visionário atemporal”, “criador de formas”, são algumas expressões que tentam adjetivar a obra, o pensamento e o estilo cinematográfico do italiano Marco Ferreri, em virtude de sua radicalidade e espírito crítico, de seu humor sarcástico, pelo fato de sua obra prever problemáticas absolutamente contemporâneas e pela ousadia de sua linguagem estética.

A inquietude da contemporaneidade é o gatilho que move o diretor para esboçar seus grotescos personagens. Mostrava a observação cruel e a transformação grotesca a limites inexplorados, tocando em argumentos-tabus não só daqueles tempos. Olhar para o chamado “cinema do futuro” de Ferreri significa olhar também para nossa contemporaneidade, e nos revela o artista criador de uma estética absolutamente moderna em seu modo de fazer e pensar as artes, o mundo, a sociedade do consumo, o ser humano e a natureza.


Sobre Maria Carolina Dressler
Possui formação de atriz pela Fundação das Artes de São Caetano do Sul. Licenciada e bacharelada em Educação Física pela Universidade Paulista, onde iniciou pesquisa de indução proprioceptiva na preparação corporal de atores. É arte-educadora de teatro no programa Fábrica de Cultura. No Instituto Porto Seguro é responsável pela direção e dramaturgia dos espetáculos desde 2016, atualmente cria e dirige vídeos para o projeto em formato remoto. Como educadora e artista também promove a intersecção da educação física e da anatomia com as linguagens artísticas. 

Integra a Cia Estável de Teatro desde 2002 onde atuou nos espetáculos Patética, direção de Nei Gomes (2018), "Homem Cavalo & Sociedade Anônima", direção de Andressa Ferrarezi (2008); "O Auto do Circo", de Luis Alberto de Abreu, direção de Renata Zhaneta (2004); "Incrível Viagem", de Doc Comparato, direção de Renata Zhaneta (2003); "Quem Casa Quer Casa", de Martin Penna, direção de Nei Gomes (2003); "Gira!", dramaturgia coletiva, direção de Nei Gomes (2002), "Ainda Não", dramaturgia e direção coletivas (2007); e Flávio Império, "Uma Celebração da Vida", de Reinaldo Maia, direção de Renata Zhaneta (2002).

Trabalha com outros coletivos como Grupo XlX de Teatro, Cia Kiwi, Ocamorana, La Desdeñosa, Corja Filmes, entre outros. Dirigiu "A Palavra Escrita no Muro" a convite da Cia Em Jornada. Fez assistência de direção e preparação corporal em Segredo Entre Mulheres com direção de Flávio Faustitoni. Fez preparação corporal e atuou em "Hoje Tem Mazzaropi", de Mario Viana, com direção de Hugo Coelho (2010).

Criou o In Bocca al Lupo, grupo de artes integradas onde concebeu o espetáculo Monga em 2012. Por conta deste trabalho realizou estudo de intercâmbio a convite de artistas e instituições italianas como Centro Sperimentale di Cinematografia - Roma, Università Degli Studi di Verona, Museo Nazionale del Cinema - Torino, escritor Alberto Scandola, cineasta Mario Canale, diretor e dramaturgo Pietro Floridia. 


Serviço:
Performance cênica "No Terceiro Milênio Seremos Felizes"
Criação e atuação:
Maria Carolina Dressler. Vídeos: Heitor Menotti.
Transmissão: In Bocca al Lupo no YouTube - https://bit.ly/3ywVbUt
https://www.facebook.com/inboccaallupo
Instagram: @mcdressler
Grátis. Projeto contemplado na 1ª Edição do Prêmio Aldir Blanc de Apoio a Cultura da Cidade de São Paulo - Módulo I - Maria Alice Vergueiro.

quarta-feira, 26 de maio de 2021

.: "O menino que dormia na banheira": uma história sobre xixi na cama

Lançamento da médica Silvana Deodato, o livro infantil auxilia pais, educadores e profissionais da área da saúde a ajudarem crianças que sofrem de enurese noturna


Ele acontece na calada da noite e sem perceber movimenta toda a casa. Troca a roupa de cama, coloca tudo na máquina e muda o pijama da criança. A saga das famílias que passam pelo famoso “xixi na cama” parece não ter fim. Para auxiliar os pais, educadores e profissionais da saúde nessa rotina estressante, a médica e escritora Silvana Deodato, lançou o livro infantil "O menino que dormia na banheira – Uma história sobre xixi na cama".

Com uma escrita repleta de rimas divertidas, o personagem principal é apresentado como “o menino” – uma criança comum, que brinca, corre, come e se diverte. À noite se prepara para dormir e sempre tem o mesmo relaxante sonho: que está tomando banho em uma banheira. Quando acorda, vem o pesadelo, e em seguida as águas rolam pelo colchão. Sua mãe sem saber mais o que fazer lhe deu um novo “brinquedo”, um relógio “diferentão”, que só poderia ser usado à noite.

O brinquedo, na verdade é um alarme para ser colocado no braço e lembrar o menino de acordar no meio da noite, quando o xixi começa a surgir e entra em contato com o dispositivo na roupa da criança, evitando os incidentes noturnos, mas também a exaustiva maratona para deixar tudo em ordem. Apesar de ser uma história lúdica para os pequenos, a intenção da autora foi repassar o seu conhecimento como médica de família e comunidade às pessoas que sofrem com esse dilema.


"Enquanto o menino dormia

Quase sempre acontecia:

Ele sonhava

Que se banhava


E era tão legal

Não tinha nada igual

Ficar deitado na banheira

A noite inteira"


(O Menino que Dormia na Banheira, pág. 04 e 05)


Silvana Deodato antes de se formar médica trabalhou como cuidadora de crianças em creche o que lhe confere bagagem teórica e prática sobre o assunto. Sempre teve interesse em unir a medicina e a escrita por meio de narrativas e poesia, e assim lançar luz sobre temas da saúde de forma leve e descontraída.


Ficha Técnica:

Título: O Menino que Dormia na Banheira: uma história sobre xixi na cama

Autor: Silvana Benjamin Deodato

Editora: Ed do Autor

ISBN: 9786500154696

Páginas: 20

Ilustradora: Mariana Ribeiro

Link de venda:  amzn.to/3yDWctT

Sinopse: Um menino como quase todos os meninos: brinca, corre, come e se diverte. À noite bota o pijama e se esparrama na cama. Mas lá pelas tantas, o inesperado acontece, ele sonha que está tomando banho na banheira. Um sonho bem legal, se não fosse o pesadelo de acordar todo molhado e ainda levar bronca da mãe. O menino então vive entre a felicidade de sonhar e a tristeza de saber que na realidade não é tão divertido dormir na banheira. Depois de certo tempo, ele é surpreendido com um presente que aos poucos vai transformar sua vida e seus sonhos.

Sobra a autora: Silvana Benjamin Deodato é médica de família e comunidade e ama escrever, especialmente poemas.  Antes de ser médica, trabalha como cuidadora de crianças em creche, secretária de escola e técnica de enfermagem.  Enquanto isso a poesia ia sendo um passatempo.  Em 2019 escreveu uma cartilha sobre o Programa Saúde na Escola, em forma de poemas.  Publica sua poesia no Instagram e deseja levar educação em saúde através da literatura, não só para crianças, mas para toda a família.

.: Geração Editorial vence na Justiça e relança “Nos bastidores do Reino”

Livro do ex-pastor Mário Justino, que revela segredos da Igreja Universal do Reino de Deus, teve a primeira edição apreendida em 1995 e esteve por dois anos proibido de circular

 

Quando foi lançado, em 1995, o livro "Nos bastidores do Reino", do ex-pastor Mário Justino, provocou um terremoto na Igreja Universal do Reino de Deus, que enfrentava uma crise institucional, com seu líder – o “bispo” Edir Macedo – envolvido em denúncias graves e debatendo-se com as consequências de uma prisão. Justino chegara a um posto importante na hierarquia da igreja e, desencantado, decidira contar a história de sua vida junto aos principais dirigentes. A igreja conseguiu na justiça a proibição do livro, 22 dias depois de ele ter chegado às livrarias.

É este livro que a Geração Editorial relança agora, com todo o seu conteúdo explosivo, uma nova apresentação do autor e a íntegra da decisão judicial que o liberou. Como escreveu o publisher Luiz Fernando Emediato na apresentação, “este é um livro sobre crimes, purgação e redenção – um livro transformador. Mais que desvendar os segredos da Igreja Universal do Reino de Deus e de alguns de seus  “pastores”, seu autor conta a história de um ser humano – ele mesmo – que sonhou com o paraíso, visitou o inferno e de lá saiu vivo e renovado”.

A reedição transcreve a íntegra da decisão da mesma juíza que o proibiu, Daise Fajardo Nogueira Jacot. Ela reviu sua decisão e concluiu não ter encontrado no relato de Justino nenhuma calúnia, injúria ou difamação.

O escritor não se voltou contra a Igreja nem contra a religião, mas tão-somente denunciou comportamentos, aliás já antes denunciados por outros dissidentes, por intermédio de vários outros meios de comunicação”, afirma a juíza. Na decisão em que revoga a censura, Daise Jacot ressalta também que nenhum dos pastores e bispos citados foi à Justiça exigir reparação. E que Justino escreveu a obra nos limites de sua “liberdade de manifestação de pensamento e expressão”.

A Igreja Universal tentou de todos os modos impedir a circulação do livro. Primeiro – ao saber que seria lançado – ofereceu ao autor, por intermédio de um advogado, um milhão de dólares para ele desistir. Diante da negativa, ofereceu a mesma quantia à editora, para ela “engavetar” o livro até Justino morrer (ele estava com teste positivo para HIV, numa época em que ainda não havia o coquetel anti-Aids).

Qual era o temor do ”bispo” Edir Macedo e seus seguidores? “Eles eram revelados em toda a sua miserável humanidade”, diz Emediato. “Pessoas comuns, cruéis, gananciosas, vendendo ilusões principalmente para pobres e se divertindo, nos bastidores, com a ingenuidade das pessoas que estavam enganando. Mas eles venceram, naquela época, e continuam vencendo. Em 25 anos o império cresceu. A “Igreja” cresceu não só do ponto de vista do negócio, mas também criou braços no Congresso, na economia, nos meios de comunicação. Um verdadeiro polvo.

O livro tinha chegado à editora encaminhado por Marcelo Rubens Paiva, acompanhado de um prefácio entusiasmado. “Ninguém será o mesmo depois de conhecer os detalhes da vida de Mário Justino, mas vale a pena correr o risco”, avisou o autor de Feliz ano velho.

Mais que um simples livro de “denúncias”, Nos bastidores do Reino é um profundo mergulho nos abismos humanos. Inocente, cheio de fé e boa vontade, aos 15 anos o autor trocou os estudos e a casa dos pais pela Universal. Negro, inteligente, casado, dois filhos, ele conquistou os chefes da igreja com sua facilidade de expressão e os fiéis com a Bíblia na mão. Transformou-se num grande motor de arrecadação.

Conheceu a opulência, levou vida de rico – mas logo percebeu a ilusão. Não eram a fé e o amor cristão que moviam a “igreja”, que “nada mais era do que uma empresa com fins lucrativos”. E abre o jogo: “Sexo, dinheiro e drogas se confundem, no mesmo púlpito, com orações e salmos de Davi”.

Com suspeita de ter o vírus da aids, Mário Justino sentiu a dor do abandono: Macedo não o amparou. A família foi dilacerada. Desceu ao inferno na Terra. Viveu nas ruas de Nova York, ao lado de mendigos e marginalizados – um doente e drogado condenado à morte. Com desejos de vingança,   comprou uma arma e pensou em matar Edir Macedo. Teve-o na mira, mas não apertou o gatilho.

Tinha a oportunidade de estourar-lhe os miolos, mas por alguma razão hesitava em fazê-lo”, ele relembra.

O livro teve grande repercussão logo depois de lançado, com notícias sobre suas revelações no Brasil e no exterior. Uma edição foi lançada em Portugal e circulou também na África, onde a Universal estava presente. “A descrição esmiuçada de seu calvário pessoal, com os devidos nomes aos bois, é prova suficiente da sinceridade do autor”, escreveu Barbara Gancia na Folha de S. Paulo. “Em qualquer país sério, essa obra serviria, no mínimo, como estopim para algum tipo de investigação pública”, completou.

 “Quando escrevi 'Nos Bastidores do Reino', em um período de dois meses, em 1993, aos 28 anos, havia em mim certa urgência de contar a história”, diz o autor em nota na reedição do livro. “Com o resultado de um exame de laboratório nas mãos, eu achava que meus dias haviam sido abreviados e que não chegaria aos 30 anos de idade. Pensando assim, eu corria contra o tempo para tentar repor a minha verdade”, acrescenta. Ele completa: “E dessa forma nasceu este livro: como um grito urgente da alma — um desnudamento que, fosse hoje, aos 55 anos, sem o mesmo ímpeto da juventude, talvez não tivesse o ânimo de fazê-lo”.

Mário Justino, que vive em Nova York como exilado político, não pensa mais em vingança. “A princípio, este livro pretendia ser uma denúncia, um clamor por justiça, mas, à medida que foi sendo concebido, foi assumindo a forma daquilo que realmente é: a trajetória de alguém que, buscando o desconhecido, encontrou a si mesmo”, escreveu ele no novo prefácio.

Livro: Nos bastidores do Reino

Autor:   Mário Justino

Gênero: Biografia | Memórias

Acabamento: Brochura

Formato: 15,6×23

Páginas: 208

ISBN: 978-65-5647-015-3

Preço: R$ 48,00

Editora: Geração Editorial  

Compre na Amazon: amzn.to/3fHo3k3

.: Espetáculo “Uma História para Elise” no Maio Cultural de Bragança Paulista

 

Natasha Sahar, Lara Oliver e Kate Dias. Foto: divulgação


A tragicomédia “Uma História para Elise” será apresentada no “Maio Cultural” promovido pela prefeitura de Bragança Paulista. Esta apresentação será no próximo sábado (29), às 20h, em ambiente virtual, com transmissão ao vivo pelo Facebook da administração municipal. O espetáculo irá encerrar a programação das artes cênicas elaborada pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.

Produção inédita do PoloAC Campinas, a montagem traz o comovente relato de três artistas da Boate da Rua XII sobre a violência policial; Albertina (Natasha Sahar), Bernardina (Lara Oliver) e Campesina (Kate Dias) precisam “inventar” uma desculpa para amenizar os atos de agressão que sempre resultavam em dores e muitos constrangimentos às artistas desta tradicional casa noturna.

O espetáculo descreve a investigação sobre o sumiço de uma das artistas da Boate da Rua XII, colocando em dúvida o depoimento de Albertina, Bernardina e Campesina, personagens coadjuvantes da casa noturna. “Este espetáculo é resultado de um trabalho de pesquisa cênica que teve como tema central o preconceito contra artistas LGBTs”, disse o autor e diretor Anselmo Dequero.

“Uma História para Elise” descreve parte do cotidiano vivenciado por artistas – duas delas transexuais – de uma boate cujo mistério em relação ao desaparecimento da principal personagem revela a hostilidade e a violência praticadas por um oficial de Justiça. “Antero da Redenção buscava por respostas, mas ignorava o cuidado e o devido respeito às profissionais da boate”, complementou.

 Para assistir, clique aqui.

Sábado (29), às 20h.

Elenco: A montagem do espetáculo reúne as atrizes transexuais Kate Dias – Conservatório Carlos Gomes, em Campinas/SP –, Lara Oliver – formação em teatro burlesco por escolas de arte dramática de Paris – e a drag queen Natasha Sahar, referência no cenário LGBTQI+ no país. “Além do talento, todas conhecem a realidade do cenário artístico retratado pelo espetáculo”, disse Anselmo Dequero.

Para o autor e diretor, a experiência profissional destas artistas pode ser considerada um diferencial na montagem de “Uma História para Elise”. “Na prática, todas trabalham ou já trabalharam em casas e boates destinadas ao público LGBTQI+ do Brasil e exterior. Por isso, trazem, além de toda disposição artística, bagagem para falar sobre os percalços desta linda profissão”, finalizou.

Maio Cultural: O evento é promovido pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo da prefeitura de Bragança Paulista. Além das apresentações de teatro, o “Maio Cultural” também oferece à comunidade apresentações musicais, oficinas e workshops. Em atendimento às normas estabelecidas em razão da pandemia do coronavírus, toda a programação está sendo realizada em ambiente virtual. 

.: João Pedro Chaseliov, ex-The Voice Kids, vira fenômeno no Tik Tok

Ex-The Voice Kids, vira fenômeno no TikTok com mais de 4.6 milhões de seguidores, dublando áudios da mãe. Crédito: Pino Gomes/Divulgação


Uma característica muito marcante da minha família é o senso de humor apurado, parece que já vem no DNA. Na época do TVK, o público ainda não conhecia ainda esse meu lado”, destaca o artista do casting da agente Ieda Ribeiro, da ID Actors. 

A pandemia provocada pelo novo coronavírus mudou a vida de todos nós. Cada um se adaptou como pode. Mas uma coisa é certa, todos nós tivemos a rotina afetada pelos novos hábitos e regras de convivência social. Para o ator João Pedro Chaseliov, artista do casting da agente Ieda Ribeiro, da ID Actors, não foi diferente. Acostumado com uma agenda agitada, o artista precisou pisar no freio e se adequar ao momento. E ele fez isso no melhor estilo! Com vídeos curtos e muito divertidos, João Pedro começou a bombar no TikTok e virou um fenômeno, onde já acumula mais de 4.6 milhões de seguidores.

Na quarentena, como tive que ficar em casa, acabei me rendendo ao TikTok. Mas foi algo totalmente despretensioso, para passar o tempo. Tinha uma rotina muito corrida com ensaios e cursos e não estava sabendo o que fazer com tanto tempo ocioso. E, para minha surpresa, deu no que deu! “, conta o jovem de 15 anos.

A inspiração para os vídeos engraçados veio da família. João Pedro dubla os áudios que a mãe envia pelo Whatsapp. O artista, que participou do “The Voice Kids” em 2019, explica que o bom humor está no sangue. “Uma característica muito marcante da minha família é o senso de humor apurado, parece que já vem no DNA. Tudo a gente brinca. Na época do The Voice Kids, eu só publicava vídeos cantando, então o público não conhecia ainda esse meu lado”.

Com o sucesso nas redes, a dedicação aos vídeos aumentou. Esta foi a forma que o artista, acostumado com os palcos, encontrou para se manter perto do público. “Foi uma forma de não pirar, de passar de maneira mais leve por esse período triste que estamos vivendo. E essa rotina de gravações acabou virando um trabalho. E o melhor de tudo é receber diariamente muitas mensagens agradecendo pelas risadas e por deixar a vida mais leve. Eu me alimento disso.”, explica.

Atendendo aos pedidos do internautas, João Pedro planeja novos conteúdos para as redes sociais. “Sempre tento inovar, trazer conteúdos diferentes. O feedback do público é o termômetro para o meu conteúdo. O público tem pedido muito pra eu postar mais covers. Então podem esperar encontrar um pouco de tudo por lá”.

Trabalhador e dedicado, o jovem artista tem planos para a carreira além da internet. “Quero expandir e reinventar cada vez mais a minha arte. Já tive experiências incríveis com teatro musical e adoraria participar de uma novela ou algum programa de TV como apresentador, por exemplo. Gosto de desafios. Quero me organizar pra lançar um álbum musical, atuar em TV, voltar aos palcos e, claro, continuar me dedicando como influencer. Ou seja, preciso de um dia com 72 horas”, brinca. 

.: Duran Duran lança “Invisible” com performance no Billboard Music Awards

Com 40 anos de estrada, inúmeros hits globais e nome marcado na história da música mundial, o Duran Duran celebrou essa jornada no Billboard Music Awards 2021. Em uma das principais premiações do mercado da música, a lendária banda se apresentou no palco do conceituado Hammersmith Apollo, em Londres, com a primeira performance ao vivo de seu novo single “Invisible” e participação especial de Graham Coxon (Blur) nas guitarras. Além disso, eles revisitaram as clássicas “Notorious” e “Hungry like the Wolf”.

Prestes a lançar seu 15° disco de estúdio, o quarteto inova ao trazer primeiro single com um clipe inteiramente realizado por Huxley, um artista criado em inteligência artificial. Tudo o é visto na tela - cada imagem, animações, edição, a forma como os membros da banda aparecem em cena e o que cantam - veio de Huxley, em um processo que permanece intocado por mãos humanas.

Ao criar o vídeo para a banda, Huxley absorveu as letras da música, os vídeos e as fotos, juntamente com informações sobre o grupo e fez uma análise própria do sentimento da música. Essa é a primeira colaboração do tipo na história. Huxley é uma criação do Nested Minds Solutions com base no trabalho inovador do neurocientista Karl Friston.

Esse olhar pro futuro está presente em cada passo deste novo álbum, que será lançado no dia 22 de outubro com o preciso nome de “Future Past”. O primeiro single tem produção de Erol Alkan, conhecido por seu trabalho na cena britânica do disco punk e por colaborações aclamadas com o The Killers e o Ride.

“A arquitetura sonora sempre foi algo importante para nós e sinto que em “Invisible” realmente esculpimos algo do modo como queríamos. Sonoramente, é uma música incomum. Quando você mescla todos os instrumentos juntos, cria um som que talvez traga ao ouvinte a sensação de nunca ter ouvido aquilo antes”, conta o tecladista e fundador do Duran Duran, Nick Rhodes.

Rhodes incorporou ao projeto o trabalho do artista visual japonês Daisuke Yokota, responsável pela capa do single e do disco - ambas disponíveis para aquisição como NFT. Nick o conheceu ao fazer um documentário sobre fotografia japonesa do pós-guerra e a banda se apaixonou pelo trabalho.

Além do artista visual japonês Daisuke Yokota - responsável pela capa do single e do disco Yokota - Coxon e Alkan, “Future Past” traz colaborações que ampliam o universo do Duran Duran. O lendário Giorgio Moroder assina produção de faixas, assim como o aclamado Mark Ronson. Lykke Li canta no álbum e Mike Garson, conhecido por seu trabalho com David Bowie, é um dos instrumentistas.

“Quando entramos em estúdio pela primeira vez, no final de 2018, eu estava tentando convencer os caras que tudo o que precisávamos fazer era escrever duas ou três faixas para um EP. Quatro dias depois, tínhamos a base de 25 canções muito fortes, que precisamos desenvolver com calma. Então aqui nós estamos, em 2021, com nosso 15º álbum de estúdio querendo se libertar. Nós abrimos os trabalhos com “Invisible”, uma música sobre um relacionamento unilateral que se tornou algo maior, sobre uma multidão que não quer ser silenciada ou deixada de lado. Parece algo certo para o agora”, reflete o vocalista Simon Le Bon.


“Future Past” já se encontra em pré-venda via BMG.

Assista ao clipe de “Invisible”: duranduran.lnk.to/InvisibleVideoPR

Ouça “Invisible”: duranduran.lnk.to/InvisiblePR

Faça pré-save e compra do álbum “Future Past”: duranduran.lnk.to/FuturePastPR

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terça-feira, 25 de maio de 2021

.: Pateta: hoje é aniversário de um dos personagens mais amados da Disney

"O Pateta sempre foi um rapaz modesto e despretensioso, que nunca deixou a fama subir à cabeça", Walt Disney


No dia 25 de maio é o aniversário do Pateta, um dos personagens mais amados da Disney. Com o nome original Goofy, foi chamado inicialmente de Dippy ou também Tribilín em alguns países falantes do espanhol. Já no Brasil, conhecido como Pateta, ficou extremamente popular pela marcante presença nos quadrinhos Disney. Aqui estão mais detalhes para conhecer um dos melhores amigos do Mickey Mouse:

Como é o Pateta?

O Pateta é gentil, um pouco desajeitado e bem-humorado. Ele sempre encontra uma forma de fazer tudo, de esportes e jogos a danças, de uma maneira extremamente errada. Ele tem uma alma bondosa que vê o mundo como um lugar lindo e está sempre pronto para ajudar. Embora o Pateta sempre tenha a melhor das intenções, seus métodos não convencionais podem levá-lo a situações constrangedoras. Os melhores amigos do Pateta são o Mickey e o Donald. Apesar de muitas vezes causas problemas para eles, seu eterno otimismo e bom humor se sobressaem.

Curiosidades sobre o Pateta:

- Walt Disney criou o Pateta depois de ouvir Vance “Pinto” Colvig, um ex-palhaço de circo, narrador e artista da voz, criar uma nova e inovadora risada. A riso foi tão contagiante que inspirou Walt Disney a criar o Pateta.

- Pateta foi originalmente chamado de Dippy Dwag por Walt Disney. Depois ele virou Dippy, o Pateta até que, finalmente, tornou-se somente Pateta.

- Pateta interpretou a si mesmo em aproximadamente 90 curtas-metragens e filmes.

- Pateta já protagonizou dezenas de programas de televisão da Disney e especiais como si mesmo, incluindo o papel principal na série de animação A Turma do Pateta, disponível no Disney+.

Alguns dos conteúdos de maior destaque do Pateta estão no Disney+:

"Pateta: O Filme": O adorável Pateta tenta estreitar sua relação com Max, seu filho adolescente, em uma viagem de carro pelo país. Será que Max vai aprender que não é tão ruim se parecer com seu querido pai, mesmo ele sendo tão desajeitado, distraído, simpático e pateta? Esta comédia repleta de ação e viagens de última hora é a opção ideal para toda a família.

"Pateta 2: Radicalmente Pateta": Pateta volta mais divertido e excêntrico do que nunca neste filme de animação, onde ele se junta a seu filho, Max, para virar mais uma vez um típico garoto universitário... Só que dos anos 70! Quando Max vai para faculdade, Pateta sente tantas saudades que encontra a desculpa perfeita para vê-lo novamente: decide retomar os estudos e, assim, passar mais tempo com seu filho. Ao ritmo das músicas dos anos 70, roupas excêntricas e os penteados mais bizarros, Pateta se tornará o personagem mais popular do campus.

"A Turma do Pateta":  Na série de animação, Pateta é um pai solteiro que vive com seu filho Max em Spoonerville. Os dois acabam morando ao lado de um amigo do Pateta dos tempos da escola: João Bafo-de-Onça, um vendedor de carros, e sua família.

Mickey, Donald e Pateta em "Os Três Mosqueteiros": Os amigos Mickey, Donald e Pateta são faxineiros que sonham em se tornar Mosqueteiros. A vida do trio muda completamente quando Bafo, o capitão dos Mosqueteiros, e a sinistra tenente Clarabela os usam secretamente em um plano para destronar a princesa Minnie. No entanto, Mickey, Donald e Pateta têm uma surpresa para o Bafo.

.: Resenha: "Criança Zumbi", de Ko Moon-young, publicado pela Intrínseca



Por: Mary Ellen Farias dos Santos


"Era alimento 
o que a criança queria?
Ou o calor da mãe?"


Em "Criança Zumbi", escrito pela sul-coreana Jo Young e ilustrado por Jam San, o segundo livro da coleção "It´s okay not to be okay"Ko Moon-young prova que interpretar sentimentos não é uma ação simples, inclusive para mães. A publicação em capa-dura, da Editora Intrínseca, apresenta um novo conto de fadas às avessas

Na trama tudo acontece num pequeno vilarejo, quando nasce um menino de pele pálida e olhos bem grandes. A mãe nota que faltava qualquer sentimento nele, enquanto que sobrava uma fome insaciável. Para garantir o crescimento do pequeno, ela adapta a forma de vida para ofertar o melhor a ele. 

Afinal, quase todos animais se foram devido a uma pandemia. Mergulhada no custe o que custar, a mãe esgota os próprios recursos. Contudo, ao descobrir o calor da mãe, a criança zumbi fala pela primeira vez na vida. Assim, a mãe tem nas lágrimas uma fonte de calor ao filho faminto do mais sublime sentimento. 

Em 24 páginas, a obra de ficção infantojuvenil coreana provoca uma profunda reflexão a respeito do maior sentimento: o amor. Seria amor desmedido aquele impensado a ponto de deixar esvair a vida em favro de outro?! Em meio a provocações, "Criança Zumbi" faz refletir a respeito do que pais precisam, de fato, oferecer a seus filhos. 

Ko Moon-young e suas obras são criações ficcionais do universo do k-drama "It´s Okay Not Be Okay". Você pode comprar "Criança Zumbi", Ko Moon-young aqui: Amazon neste link.

Livro: "Criança Zumbi"
Autor: Ko Moon-young
24 páginas
Ano: 2021
Coleção: It´s OK not to be okay, Livro 2
Editora: Intrínseca
Link de venda: https://amzn.to/3feDFMW


*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura, licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos e formada em Pedagogia pela Universidade Cruzeiro do Sul. Twitter: @maryellenfsm

.: Maestro João Carlos Martins faz palestra online gratuita hoje

A palestra, online e gratuita, é viabilizada através da Lei de Incentivo à Cultura, do Ministério de Turismo


No dia 26 de maio, quarta-feira, às 18h, o Maestro João Carlos Martins faz a palestra/live Os Grandes Compositores da Música Clássica e a Importância da Música no Ensino, que será transmitida com Áudio Descrição e Interprete de Libras no Facebook e Youtube do Maestro, onde, após a transmissão, ficará disponível.

Esta palestra é parte do programa de inclusão social e cultural A Música Venceu, realizado pela Fundação Bachiana, que tem como objetivo ensinar a crianças e jovens os principais conceitos da linguagem musical e o desenvolvimento de novas percepções no aprendizado infantil, contribuindo para o desenvolvimento da sensibilidade, percepção auditiva, atenção e concentração das crianças.

Maestro João Carlos Martins convidou para esta palestra seu companheiro na Bachiana Filarmônica Sesi-SP, o violinista e maestro assistente Heitor Fujinami, que divide com o público sua experiência com a música clássica, iniciada aos 6 anos de idade e que o levou a se destacar em concursos e recitais, até integrar diversas orquestras, como a Sinfônica Juvenil do Estado de São Paulo, Orquestra Sinfônica de Santo André, Orquestra de Câmara Villa-Lobos e na Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – onde ainda atua.

Martins, ao piano, e Fujinami, com seu violino, vão além da teoria e presenteiam o público com intervenções musicais que ilustram a palestra, viabilizada através da Lei de Incentivo à Cultura, do Ministério de Turismo.

Palestra online: Os Grandes Compositores da Música Clássica e a Importância da Música no Ensino

Com Maestro João Carlos Martins e Heitor Fujinami

Data: 26 de maio, quarta-feira, às 18h

Acesso gratuito nos canais do maestro nas redes Facebook e YouTube:

facebook.com/maestrojoaocarlosmartins | youtube.com/JoaoCarlosMartinsOficial

.: "Sempre Vou Te Amar", de Catherine Ryan Hyde: conheça a autora

Depois de cativar os darksiders com "Leve-me com Você", a escritora está de volta


Se tem uma escritora que captura bem a essência do selo DarkLove é Catherine Ryan Hyde. Com suas abordagens otimistas na vida de pessoas comuns, ela traz aos leitores temas como superação de dificuldades ou abuso, jornadas por lugares pitorescos e temas como alcoolismo, dilemas de diversidade sexual e outras causas sociais.

Depois de cativar os darksiders com "Leve-me com Você", a escritora está de volta com "Para Sempre vou te Amar". Aqui, Catherine guia o leitor em uma busca por um lar definitivo e, acima de tudo, por pertencimento. E a busca por seu lugar no mundo nem sempre envolve apenas uma localização, mas sim as pessoas que estão ao nosso lado, que deixam a jornada mais leve.

Autora de mais de 30 livros, Catherine Ryan Hyde conquistou o status de best seller em países como Estados Unidos e Reino Unido. Nascida em uma família de escritores e passando boa parte de sua vida em Buffalo e na cidade de Nova York, ela frequentemente se inspira na metrópole para situar personagens – seja apenas em trechos ou na história completa.

A escritora atribui sua transformação de “a última criança a ser escolhida para o time” a uma autora de sucesso à sua professora preferida, Lenny Horowitz, que a incentivou na literatura. Antes de se dedicar ao mundo das palavras, Catherine trabalhou como treinadora de cães, guia turística e em uma padaria.

Um de seus maiores sucessos, "A Corrente do Bem", acabou ganhando as telonas em um filme estrelado por Helen Hunt. Ela se inspirou em uma experiência pessoal para criar a narrativa: seu carro pegou fogo na “vizinhança ruim” onde morava, como a própria Catherine definia, e duas pessoas completamente desconhecidas lhe ajudaram e foram embora antes mesmo que ela pudesse lhes agradecer.

Entre viagens e o convívio com animais: Em sua vida pessoal, Catherine Ryan Hyde tem duas paixões amplamente conhecidas: animais e viagens com tons de aventura. Aliás, a página sobre ela no site da autora dedica a maior parte do espaço aos seus bichinhos de estimação e às viagens que ela já realizou.

Atualmente, ela possui um gato chamado Jordan, uma cadelinha chamada Chloe, um cavalo chamado Soul (com quem pratica hipismo) e um pônei chamado Opal Moon. Recentemente ela perdeu sua companheira mais antiga: Ella, uma cachorrinha que já tinha 15 anos e cultivava uma bela amizade com Jordan – e que foi amplamente divulgada por Catherine em suas redes.

Sua paixão por escaladas e caminhadas de aventura em diferentes lugares do mundo também recebe destaque no seu site. Ela já escalou duas vezes o Grand Canyon e mochilou pela Trilha Inca para Machu Picchu, no Peru. Em 2016, a escritora viajou ao Nepal para subir a parte mais baixa do Himalaia, chegando a um hotel no caminho para o Everest que fica a quase 4 mil metros de altitude.

Aliás, em suas experiências pelo Himalaia e pelos Andes, a autora concluiu que, por mais que goste das aventuras e das escaladas, nunca mais subirá a altitudes maiores que 4 mil metros. “Respirar é bom, eu dependo disso”, brinca.

O processo de escrita de Catherine Ryan Hyde: Em entrevista ao site Writer at Play, Catherine compartilhou um pouco de seu processo criativo, que lhe ajuda a criar tantas histórias fascinantes. A autora revelou que separa um momento no dia apenas para escrever, geralmente no período da manhã. “Se eu tenho algo pronto, eu sento para escrever de manhã. Acordo, faço um pouco de yoga e alongamentos, um pouco de meditação, bebo uma xícara de café e começo”.

O local escolhido por ela é a sua cadeira na sala de estar, mas nem sempre foi assim. “Quando minha mãe estava viva e dividia a casa comigo na aposentadoria, e minha irmã e os filhos vinham visitar regularmente, nós criamos um estúdio para mim. Ele ficava em cima da garagem”. Agora, com a casa mais silenciosa, ela senta na sua cadeira de gravidade zero, que, segundo ela, “é melhor para as costas do que uma cadeira de escrivaninha”. A escritora possui uma espécie de mesa de colo e escreve em seu laptop.

Apesar de não ter qualquer ritual especial para escrever, Catherine afirmou que gosta de ter uma boa ideia da cena seguinte antes de produzir. “Acho que precisamos tomar um pouco de cuidado ao dizer que ‘precisamos’ escrever. Eu só preciso de uma ideia e estou pronta para escrever”, explica.

Por ser uma escritora tão experiente, Catherine Ryan Hyde tem dicas valiosíssimas para quem também quer seguir esta carreira. Tudo começa com criar um documento digital e se desafiar a escrever a primeira cena. “Se eu tenho algo em andamento, mas não consigo evoluir com o próximo capítulo ou cena, abro o documento para adicionar apenas uma frase ou parágrafo. Quase sempre eu acabo com várias páginas escritas antes de fechar o documento”.

Para aqueles que não conseguem evoluir com a sua obra, ela aconselha que seja dado um passo para trás e reavaliado o verdadeiro interesse do escritor naquela história. Se este for o caso, Catherine recomenda que o projeto seja deixado de lado. “Você deve ter perdido o interesse por um motivo. Não jogue fora. Nunca jogue nada fora. Apenas se permita trabalhar em algo novo. Se não estava te inspirando a escrever, provavelmente terá problemas em inspirar um desconhecido a ler. Tente encontrar um projeto que seja empolgante e que te chame de volta ao trabalho”.


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