quinta-feira, 24 de junho de 2021

.: "His Dark Materials": 3ª temporada é baseada no último romance da trilogia


Novos mundos acenam para Lyra, Will, Sra. Coulter, Mary Malone e Lord Asriel.

"His Dark Materials" retorna à produção com uma terceira temporada épica da série vencedora do BAFTA, coproduzida pela BBC e HBO, baseada no último romance de Philip Pullman da trilogia "The Amber Spyglass" e produzida pela Bad Wolf. As duas primeiras temporadas estarão disponíveis na HBO Max.

Esta temporada acompanhará Will (Amir Wilson), o portador da Faca Sutil (The Subtle Knife), e Lyra (Dafne Keen), a criança profetizada, em uma viagem por vários mundos para encontrar e proteger um ao outro. O novo elenco inclui Adewale Akinnuoye-Agbaje, como Comandante Ogunwe, e Jamie Ward, como Padre Gomez. Kobna Holdbrook-Smith, Simon Harrison e Chipo Chung são os anjos rebeldes Balthamos, Baruch e Xaphania; enquanto Ama será interpretada por Amber Fitzgerald-Woolfe.

Entre os talentos que estarão de volta, estão Will Keen, como Padre MacPhail, Jade Anouka, como Ruta Skadi, e Ruta Gedmintas, como Serafina Pekkala. Amit Gupta será o diretor dos dois primeiros episódios, seguido por Charles Martin e Weronika Tofilska. A produção será realizada mais uma vez nos palcos de som do Wolf Studios Wales e em locações em todo o País de Gales e na Inglaterra. No final da segunda temporada, Lorde Asriel chamou os anjos para ajudá-lo a travar uma guerra contra o Reino dos Céus, quando a Sra. Coulter sequestrou sua filha Lyra para levá-la para seu próprio mundo.

A terceira temporada começa com Lyra inconsciente, após receber um sonífero de sua mãe, enquanto Will, ainda carregando a Faca Sutil (The Subtle Knife), continua sua busca para encontrá-la. Will é rastreado por dois anjos - Balthamos e Baruch - que desejam levá-lo para se juntar à campanha do Lorde Asriel contra a Autoridade com o Comandante Ogunwe. Mas Will não é o único atrás de Lyra, com o Padre MacPhail ainda na missão de destruir o filho da profecia, empregando a ajuda de seu seguidor mais comprometido, o Padre Gomez.

Enquanto isso, a física de Oxford, Mary Malone, chega a outro mundo paralelo - o dos Mulefas, uma estranha espécie semelhante a um animal. Eles contam a ela sobre um fenômeno cataclísmico em seu mundo. Com vários mundos novos, incluindo a Terra dos Mortos, personagens retornando e apresentando novas criaturas estranhas, os Mulefas e Galivespianos, os novos episódios trarão a obra-prima de Philip Pullman a uma conclusão dramática.

A temporada será mais uma vez comandada pelos produtores executivos Jane Tranter e Dan McCulloch, para Bad Wolf. Os escritores Jack Thorne e Francesca Gardiner também serão os produtores executivos, com Amelia Spencer como roteirista e produtora consultora. Como produtores executivos da série também estão Ryan Rasmussen, Julie Gardner e Joel Collins para Bad Wolf; Philip Pullman, Deborah Forte, Toby Emmerich e Carolyn Blackwood para New Line Cinema; e Ben Irving para a BBC.

Joel Collins retorna como designer de produção e produtor executivo, com Russell Dodgson como supervisor de efeitos visuais da série para Framestore, e Dan May como diretor de arte de efeitos visuais. Kahleen Crawford e Dan Jackson retornam como diretores de elenco, Caroline McCall como figurinista e Claire Williams se junta à equipe criativa vencedora do prêmio BAFTA como estilista de cabelo e maquiagem. O produtor da série é Nick Pitt e o produtor é Stephen Haren.

"'The Amber Spyglass' é o mais complexo dos romances de Philip Pullman para se adaptar à TV, mas com nossa equipe criativa mundial em Cardiff, nenhum desafio é tão assustador. Essa temporada é uma aventura épica e uma história sobre amor e verdade. Os roteiros de Jack, Francesca e Amelia capturam o brilho dos mundos de Philip e nós somos acompanhados por nosso amado elenco e alguns talentos excepcionais novos para a série", afirma a fundadora e produtora executiva da Bad Wolf, Jane Tranter. 

"No momento em que começamos a primeira temporada de 'His Dark Materials', mapeamos todos os três romances para saber a direção que estávamos tomando. Cada detalhe e personagem dentro deste incrível trabalho de ficção foi analisado e discutido por 4 anos, e finalmente chegar aos muitos mundos de The Amber Spyglass é emocionante", diz Dan McCulloch, produtor executivo.

"A extraordinária trilogia de romances de Philip Pullman atinge novos patamares em 'The Amber Spyglass', e essa incrível equipe criativa está à altura do desafio a cada passo do caminho. O público na BBC One e no iPlayer precisará se preparar para outra jornada visual e emocionante com Lyra e Will", comenta Ben Irving, editor de comissionamento da BBC Drama.

"Foi uma alegria ver o público abraçar essa incrível jornada de autodescoberta, amizade e propósito com Lyra nas duas últimas temporadas. Jane, Dan e todos da equipe Bad Wolf fizeram um trabalho tremendo trazendo o mundo amado de Phillip à vida e eu mal posso esperar que os fãs consigam um lugar na primeira fila para tudo o que está reservado nesta temporada final emocionante e comovente", comemora Francesca Orsi, vice-presidente executiva da HBO. 

A premiada trilogia homônima de Philip Pullman é considerada uma obra-prima moderna da ficção e já vendeu mais de 18 milhões de cópias em todo o mundo. "The Amber Spyglass" é o primeiro romance infantil a ganhar o prestigioso Whitbread Book of the Year (em 2001) e o primeiro romance infantil a ser listado há muito tempo para o Prêmio Man Booker.

A segunda temporada de "His Dark Materials" teve em média mais de 6 milhões de telespectadores na BBC One. A primeira e a segunda temporada estão sendo transmitidas agora no iPlayer da BBC. "His Dark Materials" é produzido por Bad Wolf em associação com New Line Cinema para BBC One e HBO, com o apoio de financiamento do governo galês por meio da Creative Wales.


.: Alceu Valença faz live gratuita no YouTube do Teatro Bradesco


O cantor Alceu Valença, um dos nomes mais importantes e revolucionários da música popular brasileira, se apresenta, nesta sexta-feira, dia 25, às 20h, diretamente do palco do Teatro Bradesco, em São Paulo, com transmissão gratuita e exclusiva pelo YouTube do teatro. O espetáculo é inspirado na série de álbuns acústicos lançados pelo artista pernambucano ao longo de 2021. Foto: Leonardo Aversa


Evidenciando ainda mais a proposta em oferecer momentos inesquecíveis para todos os públicos na internet, o Teatro Bradesco, um dos espaços mais importantes e respeitados do entretenimento na América Latina, orgulhosamente acaba de confirmar mais uma grande atração cultural, de forma acessível e gratuita.

O revolucionário cantor e compositor da música popular brasileira Alceu Valença se apresenta, nesta sexta-feira, dia 25 de junho, a partir das 20h, diretamente do palco do Teatro Bradesco, em São Paulo, com transmissão gratuita e exclusiva pelo YouTube do teatro.

Na apresentação, o artista confere novos timbres a sucessos como “Belle de Jour”, “Anunciação”, “Tropicana”, “Táxi Lunar”, “Coração Bobo”, além de recriar joias diversas de seu repertório como “Marim dos Caetés”, “Ladeiras”, “Papagaio do Futuro”, e duas músicas inéditas de sua autoria: “Era Verão” e “Sem Pensar no Amanhã”. Também interpreta temas de Luiz Gonzaga como “Pau-de-Arara”, “Sala de Reboco” e “Sabiá”.

A canção “Anunciação”, inclusive, foi trilha de uma recente campanha do Bradesco que levava uma mensagem leve e sensível, em torno de algo que se tem se falado tanto e que precisa ser praticado diariamente, que é a empatia. Como não há vírus capaz de deter a poesia, as canções se entrelaçam dentro do setlist numa viagem conceitual e geográfica através da sua música e da sua própria identidade.

“Este show é inspirado na série de álbuns de voz e violão que estou lançando este ano. Recrio sucessos, revisito músicas menos conhecidas do meu repertório e apresento outras inéditas. A música nos leva a lugares que a quarentena nos impede de chegar. Esta performance é ao mesmo tempo uma viagem intimista e um filme que compartilho com o público. Gosto de pensar meus shows como o roteiro. É como se a câmera viesse do agreste de Pernambuco, onde nasci, passasse por cidades onde vivi e que tanto me inspiraram como Recife e Olinda. Depois vamos a São Paulo, Rio, Brasília, Lisboa, Paris, tudo através das canções”, relaciona Alceu Valença.

Ao longo do ano, o Teatro Bradesco pretende seguir proporcionando lives em dois formatos: “Teatro Bradesco Apresenta”, com um show musical, e “Teatro Bradesco Bastidores”, que tem como proposta levar um ambiente mais intimista e descontraído ao público, com muita música e histórias, num bate-papo conduzido pelo músico João Marcello Bôscoli e convidados. No Instagram do teatro, haverá conteúdos complementares como dicas de playlists e podcasts, além de vídeos específicos em datas comemorativas.

A programação cultural nas redes sociais do Teatro Bradesco teve início em abril de 2020 no Instagram e em agosto de 2020 no YouTube, após o fechamento do seu espaço físico durante a pandemia. A cada mês, artistas, músicos e palestrantes protagonizaram várias parcerias em formatos inéditos e inusitados no Instagram e no YouTube, como Seu Jorge, Daniel Jobim, Leandro Karnal, Maurício de Sousa e Turma da Mônica, Oswaldo Montenegro, Ana Carolina, Karen Hill e outros.


Projeto Online
Frente aos desafios impostos pela crise do novo coronavírus, o teatro se reinventou e atualmente vem oferecendo programação especial e de qualidade na internet, tendo como pilar trazer sempre artistas, músicos e palestrantes, de diversos perfis e segmentos, em parcerias e formatos inéditos.


Retomada Teatro Bradesco
As atividades presenciais do Teatro Bradesco atendem a todas as recomendações dos órgãos de saúde. A compra dos ingressos deve ser feita de forma exclusiva no site uhuu.com para que os protocolos de distanciamento entre os espectadores sejam respeitados.


Acessibilidade
Todas as transmissões ao vivo contam com recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência. As apresentações no YouTube têm audiodescrição e Libras. Já as lives no Instagram contam com libras e comunicação com a descrição #pracegover e #pratodosverem.


Bradesco e a cultura
Com centenas de projetos patrocinados anualmente, o Bradesco acredita que a cultura é um agente transformador da sociedade. Além do Teatro Bradesco, o banco apoia iniciativas que contribuem para a sustentabilidade de manifestações culturais que acontecem de norte a sul do País, reforçando o seu compromisso com a democratização da arte. São eventos regionais, feiras, exposições, centros culturais, orquestras, musicais e muitos outros.

Assim como o Teatro Bradesco, muitas instituições e espaços culturais apoiados pelo banco promoveram ações para que o público possa continuar se entretendo – ainda que virtualmente – durante a pandemia da Covid-19. Recentemente, o banco lançou o Bradesco Cultura, plataforma digital que reúne conteúdo relacionado às iniciativas culturais que contam com o patrocínio da instituição. Visite em cultura.bradesco.


Opus Entretenimento
Celebrando 45 anos em atividade, a Opus Entretenimento acredita no poder transformador da tríade cultura, conteúdo e experiência, trazendo ao Brasil grandes artistas nacionais e internacionais. Administradora de teatros pelo Brasil nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste, também faz a gestão artística de importantes nomes da música e do entretenimento brasileiro como Luccas Neto, Daniel, Maurício Manieri, Seu Jorge, Alexandre Pires, "Hello Adele Tribute" e "Sinatra 1915 Tribute".

A Opus disponibilizou também uma nova experiência digital com muito mais praticidade e qualidade ao lançar recentemente sites mais rápidos, modernos, otimizados e responsivos, com mais praticidade para pesquisar informações e agilidade na hora de adquirir ingressos para cada evento. Acesse opusentretenimento.com e confira.


.: Disney+: "A Misteriosa Sociedade Benedict" estreia nesta sexta-feira


O Disney+ anunciou que "A Misteriosa Sociedade Benedict" estreará nesta sexta-feira, dia 25 de junho, com dois episódios. Os pôsteres dos personagens também já estão disponíveis.

Após vencer um concurso de bolsa de estudos, quatro órfãos talentosos são recrutados pelo peculiar Sr. Benedict para uma missão perigosa para salvar o mundo de uma crise global conhecida como A Emergência. Reynie, Sticky, Kate e Constance devem se infiltrar no misterioso Instituto L.I.V.E. para descobrir a verdade por trás da crise. Quando Dr. Courtain parece estar por trás desta situação mundial, as crianças da Misteriosa Sociedade Benedict devem traçar um plano para derrotá-lo.

"A Misteriosa Sociedade Benedict" é estrelada por Tony Hale, Kristen Schaal, MaameYaa Boafo, Ryan Hurst, Gia Sandhu, Seth B. Carr, Emmy DeOliveira, Mystic Inscho e Marta Kessler. A série tem produção executiva de Sonar Entertainment, 20th Television, Jamie Tarses, Karen Kehela Sherwood, Deepak Nayar, David Ellender, Matt Loze, James Bobin, Matt Manfredi (roteirista/criador) e Phil Hay (roteirista/criador). Os showrunners da série são Darren Swimmer e Todd Slavkin.

Sobre o Disney+
Disney+ é o lar de streaming dedicado aos filmes e programas Disney, Pixar, Marvel, Star Wars, National Geographic, e muito mais. Como parte do segmento Disney Media and Entertainment Distribution da Disney, Disney+ está disponível na maioria dos dispositivos conectados à Internet e oferece programação sem comerciais com uma variedade de longas-metragens originais, documentários, live-actions e séries animadas, e conteúdo de curta duração.

Junto com o acesso sem precedentes à incrível biblioteca de entretenimento de cinema e televisão da Disney, o serviço também é o lar de streaming exclusivo para os mais recentes lançamentos da The Walt Disney Studios. O Disney+ está disponível como parte de uma oferta de pacote que dá aos assinantes acesso ao Disney+, Hulu e ESPN+. 

quarta-feira, 23 de junho de 2021

.: Íris Stefanelli, a protagonista de "No Limite", em uma entrevista sem limites


Eliminada no último episódio de "No Limite", a mineira atribui sua eliminação às tretas por banho. Foto: Fábio Rocha

Desde a 7ª edição do "Big Brother Brasil", Íris Stefanelli já não tinha papas na língua. E não foi diferente em "No Limite". Íris falou pelos cotovelos, tretou pra tomar banho e reclamou muito da chuva, mas também encarou o desafio com sangue nos olhos e muita superação. "Estou orgulhosa de ter aguentado os bichos e os mosquitos sem ter medo, ter aguentado a tempestade, o sol! Não tive nem uma dor na unha, não tive nada. Eu acordava disposta e ia para as provas com a força de um leão", conta ela.
 
Logo no início do programa da última noite, dia 22 de junho, a tribo Carcará precisou escolher um de seus competidores para ser mandado para o grupo adversário, em uma votação aberta. Íris até conseguiu empatar com Gui Napolitano em um primeiro momento, com três votos para cada, mas no desempate a loira acabou levando a pior. Já na tribo Calango, após perderem a Prova do Privilégio, Íris chegou no acampamento revelando todos os segredos de seus ex-colegas de time: "Eu estava chateada e acabei contando tudo. Eu queria ter ficado na Carcará. Mas respeito, jogo é isso mesmo", explica.
 
Após após virar o jogo e vencer a Prova da Imunidade, a tribo Carcacá conseguiu passar por mais uma semana sem visitar o Portal e segue no jogo com Viegas, Paula, Zulu, Gui Napolitano e Elana. Já a Calango, que votou pela eliminação de Íris, segue com Kaysar, André, Jéssica e Carol Peixinho. "No Limite" vai ao ar às terças, após "Império", com apresentação de Andre Marques, direção artística de LP Simonetti e direção geral de Angélica Campos. O reality é mais uma parceria da Globo com a Endemol Shine Brasil, com base no "Survivor", um formato original de sucesso.
 

Por que você topou participar do "No Limite"?
Íris Stefanelli - Quando recebi o convite, achei desafiador. Eu pesquisei na internet para ver como foram as outras edições e achei que seria menos pior. Mas quando cheguei, vi o tamanho do desafio. 


Como você avalia a experiência?
Íris Stefanelli - A minha experiência, não vou mentir, foi bem sofrida. Tirei toda a garra que eu tinha do meu interior. e coloquei na minha cabeça que eu ia aguentar. Só não aguentava a falta de banho (risos). Estou orgulhosa de ter aguentado os bichos e os mosquitos sem ter medo, ter aguentado a tempestade, o sol! Não tive nem uma dor na unha, não tive nada. Eu acordava disposta e ia para as provas com a força de um leão.
 

Você teve a oportunidade de conviver com as duas tribos. Como você avalia cada uma?
Íris Stefanelli - A Carcará é muito séria. A tribo toda é muito ligada em esportes, alguns são profissionais, todos muito focados. Eles só foram se soltar com mais de uma semana de convivência, depois de perdermos o luau. Mas eles são bons em tudo: em mira, em força. Nunca vi nada igual. Já na tribo Calango era diferente, eles dançavam, cantavam, eram mais descontraídos. A alegria da Calango, o charme. Mesmo perdendo, eles levantavam brincando, o Kaysar agitava e todo mundo ria, não brigavam uns com os outros.
 

Você chegou na Calango contando tudo. Você se sentiu subestimada pela tribo Carcará?
Íris Stefanelli - No começo, sim, mas acho que era culpa minha porque logo no início, na prova da duna, eu fiquei muito insegura. Eu achei que eu ia passar vergonha e não deveria ter mostrado isso para eles. Eu estava chateada por ter sido votada e acabei contando tudo. Eu queria ter ficado na Carcará. Mas respeito, jogo é isso mesmo.
 

Para quem fica a sua torcida?
Íris Stefanelli - Eu estou entre Paula e André, são os meus preferidos. A Paula é muito focada e tem disciplina no que ela faz. E o André porque, além de ser bom no jogo, ele tem piedade dos que erram (risos).
 

.: "A Premonição", de Michael Lewis, um retrato assombroso sobre a pandemia

Autor de best-sellers como "Moneyball", jornalista americano apresenta cidadãos que atuaram na contramão da política negacionista de Trump frente à pandemia.


Em "O Quinto Risco", lançado no Brasil em 2019 pela IntrínsecaMichael Lewis investiga a atuação do governo de Donald Trump durante os primeiros meses do seu mandato. 

Respaldado por uma rigorosa apuração, o autor revelou um cenário assustador, que se formou logo depois da posse do ex-presidente americano. A equipe de transição do governo demonstrou total desinteresse e despreparo para gerenciar os setores estratégicos que comandariam nas agências federais de energia, comércio e agricultura. Era uma espécie de prólogo do que estava por vir. 

"A Premonição", que chega às lojas em junho pela Intrínseca, parte da gestão desastrosa de Trump no que diz respeito ao combate à pandemia de Covid-19, mas foca nos americanos que não se deixaram levar pelo negacionismo do então presidente dos Estados Unidos, país que ocupa hoje o primeiro lugar no ranking do número absoluto de mortes ― seguido pelo Brasil e pela Índia. 

Quando o novo coronavírus começou a se espalhar pelo mundo, Trump insistiu que não havia nada com que se preocupar, postura também adotada pelo presidente Jair Bolsonaro, no Brasil. Mas, felizmente, ainda podemos contar com os céticos, os que estudam pandemias e os que estão dispostos a examinar com rigor mesmo os piores cenários. Este thriller de não ficção brilhante e tenso contrapõe médicos visionários à resposta oficial negacionista diante da eclosão da Covid-19.

Os personagens apresentados são tão fascinantes quanto inesperados: uma menina de 13 anos cria um projeto escolar sobre a transmissão de um patógeno aerotransportado que se transformaria em um modelo adulto de controle de doenças; uma funcionária da rede de saúde pública usa sua perspectiva para identificar falhas do Centro de Controle e Prevenção de Doenças e revelar grandes verdades sobre a sociedade americana; uma equipe secreta de médicos dissidentes, apelidados de Wolverines, dispõe de todo o necessário para combater a pandemia — formações brilhantes, laboratórios de ponta, experiência com as ameaças pandêmicas da gripe aviária e suína —, mas não consegue permissão oficial para fazer o próprio trabalho.

Essas pessoas se recusaram a seguir diretivas baseadas em desinformação e na falta de empatia pelo semelhante e Michael Lewis não hesita em chamá-las de heróis. Um retrato preciso e assombroso contra a negligência e a desumanidade que surgiram com uma das maiores crises sanitárias de todos os tempos.


Sobre o autor
Michael Lewis é escritor e jornalista, formado em história da arte pela Universidade de Princeton e mestre em economia pela London School of Economics. Colunista do site Bloomberg View e colaborador da Vanity Fair, já contribuiu também com as revistas The New York Times Magazine, The New Yorker e Sports Illustrated. Publicou pela Intrínseca "O Quinto Risco", "Moneyball: o Homem que Mudou o Jogo", "Flash Boys: Revolta em Wall Street" e "O Projeto Desfazer: a Amizade que Mudou Nossa Forma de Pensar". Atualmente mora nos Estados Unidos com a mulher e os três filhos. 

Ficha técnica:
Livro: 
"A Premonição"
Autor: Michael Lewis
Editora: Intrínseca
Páginas: 352 
Link na Amazon: https://amzn.to/3xJzyiy

.: Lázaro Ramos apresenta Gusmão, um menino que sonha ser coelho


"O Pulo do Coelho"
é o lançamento da vez de Lázaro Ramos - segundo livro do artista publicado pela editora Carochinha. A produção convida o pequeno leitor a fazer uma escolha antes mesmo de entrar no universo da história: para brincar com a ideia das diferentes perspectivas de leitura, a edição chega ao público com duas opções de capa.

Publicado pela Editora Carochinha, lançamento infantil do ator e escritor best-seller traduz ludicamente os significados de autonomia, liberdade, frustração e esperança em narrativa com ares circenses. O sexto livro infantil do ator e escritor Lázaro Ramos convida o pequeno leitor a fazer uma escolha antes mesmo de entrar no universo da história: o pequeno leitor poderá escolher entre duas capas de O pulo do coelho no momento da compra.

Publicada pela editora Carochinha, a obra conta a história de Gusmão, um menino “querente” de 11 anos que sonha ser coelho e mergulha em uma jornada circense na busca pelo autoconhecimento e liberdade. Ao passar pela descoberta dos talentos e pela importância de criar para si mesmo um projeto de vida, a produção abre espaço para que pais e educadores conversem com os pequenos leitores sobre temas como sonhos, frustrações, autonomia, sucesso, fracasso e resiliência.

Com grandes toques de simbolismo, a história é conduzida por um personagem especial que não apenas relata as aventuras de Gusmão, mas contribui de forma significativa para suas decisões. As ilustrações são da artista plástica e ilustradora Lais Dias, que criou uma envolvente relação entre imagem e texto, sem perder o traço realista nos personagens.


Sinopse
Gusmão era um menino “querente”. Queria aprender o passinho de dança, queria tomar chuva sem hora pra acabar, queria acalmar a avó. Queria tudo e ao mesmo tempo. Como toda criança.  Um dia, Gusmão teve um sonho. Sonhou que era um coelho e que estava em um circo. Mas Gusmão, todo querente, não queria ser coelho, queria mesmo era ser mágico. No meio dessa aventura circense, o menino vai descobrir que o mais importante é não desistir do próprio do sonho.

"O Pulo do Coelho" é uma história sobre liberdade, autonomia e esperança – ideal para discutir com as crianças temas como: lidar com as frustrações (os fracassos e os sucessos); lidar com a liberdade; cuidar dos próprios brinquedos; cuidar da própria higiene.


Sobre o autor
O ator, apresentador, diretor e escritor Lázaro Ramos tem mais de 20 anos de carreira e acumula mais 30 filmes, 30 peças e outros 15 personagens marcantes na televisão. Como escritor, se debruça em livros infantis desde a estreia com "Edith e a Velha Sentada", de 2010 e os best-sellers "Caderno de Rimas de João" (2015) e "Caderno Sem Rimas da Maria" (2018). Ambos os livros inspiraram o projeto multimídia "Viagens da Caixa Mágica" (2019) – que inclui álbum, show ao vivo e clipes multimídia para o YouTube. 

No mesmo ano lançou ainda outro sucesso, seu quarto livro infantil, "Sinto o que Sinto e a Incrível História de Asta e Jaser". Na literatura adulta, tornou-se um dos escritores mais vendidos do país ao lançar o best-seller adulto "Na Minha Pele" (2017). Atualmente, além de diversos projetos literários, é esperado o lançamento de "Medida Provisória", longa que marca sua estreia na direção de ficção.


Ficha técnica
Livro: 
"O Pulo do Coelho"
Autor: Lázaro Ramos
Ilustrações: Lais Dias
Editora: Carochinha
Páginas: 48 
Formato: 20,5 x 27,5 cm
Link do livro na Amazon: https://amzn.to/3j0GEuR


.: 108 anos de Orwell: o clássico da literatura verbalizado por Fabio Porchat

"A Revolução dos Bichos", uma iniciativa da Tocalivros Social, segue gratuito na plataforma de streaming brasileira

A Tocalivros Social e a editora Vermelho Marinho lançaram este ano, gratuitamente, na plataforma de streaming brasileira Tocalivros, o clássico do inglês George Orwell: "A Revolução dos Bichos" em audiolivro, com narração do apresentador e humorista Fabio Porchat. Escrita em 1945, a fábula moderna satiriza o totalitarismo, a hipocrisia da tirania e a busca pelo poder. Um dos textos mais premiados do século 20, o clássico de Orwell foi eleito pela revista Time como um dos 100 melhores livros já publicados em língua inglesa.

Na história, a revolta é liderada pelos porcos Bola-de-Neve e Napoleão que querem tirar os humanos do comando. Eles tentam criar uma sociedade utópica, porém Napoleão, seduzido pelo poder, afasta Bola-de-Neve e estabelece uma ditadura tão corrupta quanto a sociedade de humanos. Com um pouco mais de três horas de duração, o audiolivro "A Revolução dos Bichos" levou três meses para ficar pronto e envolveu cerca de dez pessoas.

A superprodução conta com o que há de mais moderno em tecnologia para audiolivros: os efeitos sonoros binaurais, ou seja, quando o áudio é sentido pelo ouvinte em dois sons diferentes e ocupa um espaço de 360 graus. Apesar da super produção, o título é totalmente gratuito. Isso porque a proposta da Tocalivros Social sempre foi de incentivar a democratização da leitura e mostrar como o audiolivro pode gerar impacto positivo na vida de milhões de brasileiros que têm pouco ou quase nenhum acesso aos livros.

A produção, que inaugura o novo selo da plataforma a Tocalivros Clássicos, também contou com a participação dos narradores Flávio Costa e Priscila Scholz, que fizeram as vozes dos animais; do produtor artístico da Tocalivros Clayton Heringer e teve composição de trilha sonora por Juscelino Filho. Para ter acesso ao audiolivro basta entrar no site www.tocalivros.com se cadastrar e navegar pela seção de obras gratuitas que pode ser escutado pelo app em dispositivos móveis ou computador. O aplicativo está disponível em iOS e Android na Apple Store e no Google Play.


Ficha técnica:
Audiolivro: 
"A Revolução dos Bichos"
Autor: 
George Orwell
Narração: 
Fabio Porchat, Priscila Scholz e Flávio Costa
Duração:
03h16m21s
Selo Editorial: Tocalivros Clássicos
Produção: Tocalivros Studios
Idioma: português Brasil
Disponível: grátis
Link de acesso: http://bit.ly/arevolucaotoca

Sobre a Tocalivros Social:
A Tocalivros Social é o braço social da plataforma de streaming Tocalivros e tem o propósito de incentivar o hábito da leitura, democratizar o acesso a conteúdo de qualidade e gerar impacto positivo na sociedade.

O projeto social distribui audiolivros gratuitamente em vários locais como o Metrô de São Paulo; hospitais que cuidam de crianças em tratamento de câncer e doenças raras; organizações que atendem pessoas com deficiência visual e dislexia; casas de repouso, além de alunos e professores de escolas públicas.


Sobre Fabio Porchat:
Fabio Porchat é um ator, humorista, roteirista, diretor, dublador, e apresentador de televisão brasileiro. Estreou nos palcos em 2005, quando montou a peça Infraturas. Entre seus trabalhos, em 2012, criou, em conjunto com outros artistas, uma produtora de vídeos para Internet – o Porta dos Fundos, no qual escreve e atua em esquetes de humor exibidas em canal do YouTube.

Foto: Edu Moraes/Rede Record

.: "Anônimo Muitas Vezes Foi Mulher": transmissão de solos autorais femininos


Três espetáculos solo, três atrizes-autoras (Bruna Longo, Erica Montanheiro e Camila dos Anjos), investigando três artistas criadoras (Mary Shelley, Camile Claudel e Camila dos Anjos - em espetáculo autobiográfico) vivendo em três séculos distintos (XIX, XX, XXI) e lidando com o ato da criação e o histórico silenciamento de autorias femininas. De 2 de julho a 19 de setembro. Fotos: Danilo Apoena

Idealizado por Bruna Longo e contemplado pela 11ª Edição do Prêmio Zé Renato de apoio à produção e desenvolvimento da atividade teatral para a cidade de São Paulo, o projeto "Anônimo Muitas Vezes Foi Mulher" traz três espetáculos autorais femininos ("Criatura - Uma Autópsia", "Inventário" e "Quebra-Cabeça") em transmissão gratuita pelas plataformas de quatro teatros da capital: Cacilda Becker, Arthur Azevedo, João Caetano e Alfredo Mesquita. 

Os três espetáculos foram gravados no palco do Espaço Cia. da Revista pela mesma equipe de vídeo (Bruta Flor Filmes), composta unicamente por mulheres com olhares e talentos únicos na construção de uma narrativa áudio visual e teatral. O mais antigo registro de autoria declarada em um texto é um poema sumério de 2300 a.C. Muitos filósofos debruçaram-se sobre a questão da importância da autoria para a apreciação de uma obra de arte. Até o Renascimento, quando a perseguição a livros heréticos exigia identificação de uma identidade a ser condenada, a ideia de autoria era considera irrelevante. 

Michel Foucault considerava a noção do autor como um momento crucial da individualização na história das ideias mas, no final da década de 60, propunha uma volta à irrelevância da autoria, o que ele chamava de desaparecimento do autor, como um fenômeno em que já não importa quem escreve, já que a obra basta por si mesma. "Que importa quem fala?", questionou em 1969. A pergunta sugere que o nome do autor parece se apagar em proveito de uma coletividade.

No entanto, Foucault reconhece no indivíduo o lugar originário da escrita. O nome do autor é um nome próprio e traz com ele sua história pessoal, o empirismo que criou a própria obra. Quando filósofos questionam e de certa forma celebram o desaparecimento do autor o fazem certamente sem levar em conta os privilégios do sujeito e ignorando todas as minorias cujas vozes autorais foram suprimidas e oprimidas. 

"Criatura, Uma Autópsia", espetáculo de Bruna Longo, fricciona a vida de Mary Shelley e sua obra mais famosa, "Frankenstein". Mary Shelley publicou-o de forma anônima em 1818. Era inconcebível para a época uma mulher (ainda mais uma jovem mulher de 18 anos) ter escrito uma obra que fugia do padrão clássico de literatura para mulheres. O livro foi atribuído a seu parceiro, o célebre poeta Percy Bysshe Shelley, visto a dedicatória a William Godwin, pai de Mary, de quem Shelley era discípulo.

Mesmo com a edição de 1831 trazendo o nome da autora e prefácio sobre a origem do romance, ainda hoje existem teorias que questionam sua autoria. Mary passou boa parte de sua vida definida pelos que a cercavam. Sobrenomes famosos que ela carregou, primeiro como filha de Mary WollstonecraftWilliam Godwin, depois como companheira de Shelley. A atriz-criadora Bruna Longo, durante o processo de pesquisa e ensaios para o espetáculo viu-se mergulhada nesses questionamentos. "Frankenstein" é um romance sobre o ato da criação e sobre busca por identidade e pertencimento. Os questionamentos da atriz encontram ressonância nas obras de duas outras artistas-criadoras: Erica Montanheiro e Camila dos Anjos, cujos espetáculos, também solos autorais, investigam a condição de mulheres-criadoras em uma sociedade patriarcal. 

Camille Claudel (1864-1943), em quem Erica Montanheiro inspirou-se para criar "Inventário", dirigido por Eric Lenate, passou 30 anos encarcerada em uma instituição psiquiátrica. Antes de ser internada, ela viveu durante muitos anos à sombra de dois homens, seu irmão escritor Paul Claudel e seu amante escultor Auguste Rodin, de quem ela foi aprendiz e assistente. Diante de uma relação abusiva com Rodin (que era casado e mantinha Camille como sua amante) e das dificuldades de firmar-se economicamente, de encontrar o reconhecimento simbólico e material, apesar de seu imenso talento como escultora, Claudel se posicionou fortemente contra aquela organização social patriarcal. Foi rotulada como desajustada, abandonada, silenciada - ações de extrema violência que a fizeram, num ato de coragem e revolta, destruir boa parte da própria obra artística. 

"Quebra-Cabeça", de Camila dos Anjos com orientação de encenação de Nelson Baskerville, é um espetáculo autobiográfico e documental, um olhar da atriz sobre a própria história pessoal e profissional, que expõe as frustrações, as expectativas e as consequências de ter começado a trabalhar ainda criança. Como se afirmar enquanto mulher, artista e criadora quando se cresce nos estúdios de TV e palcos? Como tomar para si mesma a responsabilidade de autoria da própria criação quando o mundo patriarcal ainda enxerga as mulheres como coadjuvantes dentro da organização social? 

"Que importa quem fala? Quanto importa quem fala quando o individuo é uma mulher escrevendo em um gênero literário considerado masculino e obrigada a publicar sua obra de forma anônima? Saber que 'Frankenstein' foi escrito por uma jovem de 18 anos não afeta a apreciação da obra? Não faz mesmo parte da obra? A obra destruída de Camille Claudel, suas peças atribuídas a Auguste Rodin e o fim precoce de sua carreira por conta de sua saúde mental são tão relevantes para sua história como artista quanto as obras que sobreviveram. O esgotamento da mulher Camila ao se perceber ‘só́ atriz’ e mais nada e o ato de tomar posse da própria narrativa criando um espetáculo autoral vem de encontro a essa busca por uma identidade criadora e propositora”, comenta Bruna Longo.

É impossível também separar as mulheres Bruna Longo, Erica Montanheiro e Camila dos Anjos da escolha pelo formato de espetáculo solo autoral como ferramenta de resistência criativa e autonomia sobre suas obras. Em uma série de palestras que viriam a se tornar o livro "Um Teto Todo Seu", Virginia Woolf escreveu que "uma mulher deve ter dinheiro e um quarto próprio para poder escrever ficção". As condições para a criação de uma obra de arte talvez não tenham mudado muito, mas tendo vencido diversas das conjunturas de dependência legal e financeira a que Woolf remete, sobram ainda a constante luta por espaço em instituições majoritariamente lideradas por homens, a experiência de silenciamento em processos de criação, a supressão de autoria de ideias e projetos.

MaryCamille, Bruna, Erica e Camila (como mulher e personagem) não procuravam ou procuram suas vozes. Procuravam e procuram espaço para que suas vozes fossem e sejam ouvidas, sem cerceamentos. Buscam ter seu valor simbólico reconhecido para que este torne-se também valor econômico. “Vale apontar que somos três artistas mulheres brancas e cisgênero, conscientes dos nossos lugares na escala de privilégios”, conclui Bruna. 


"Anônimo Muitas Vezes Foi Mulher":
Transmissão dos solos autorais femininos "Criatura, Uma Autópsia", "Inventário" e "Quebra-Cabeça"
Idealização:
Bruna Longo
Direção de produção: Selene Marinho
Produção executiva: Marcela Horta
Montagem e cenotécnica: Evas Carreteiro
Registro audiovisual: Bruta Flor Filmes
Direção de fotografia: Cacá Bernardes
Direção de imagem e montagem: Bruna Lessa
Projeto gráfico: Kleber Montanheiro
Tradução em libras: Mirian Caxilé
Fotos: Danilo Apoena
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Website: http://www.brunalongo.weebly.com/anonimo

Sinopse:
Idealizado por Bruna Longo e contemplado pela 11ª Edição do Prêmio Zé Renato de apoio à produção e desenvolvimento da atividade teatral para a cidade de São Paulo, o projeto "Anônimo Muitas Vezes Foi Mulher" traz três espetáculos autorais femininos ("Criatura - Uma Autópsia", "Inventário" e "Quebra-Cabeça") em transmissão gratuita pelas plataformas de quatro teatros da capital: Cacilda Becker, Arthur Azevedo, João Caetano e Alfredo Mesquita. Três espetáculos solo, três atrizes-autoras (Bruna Longo, Erica Montanheiro e Camila dos Anjos), investigando três artistas criadoras (Mary ShelleyCamille Claudel e Camila dos Anjos - em espetáculo autobiográfico) vivendo em três séculos distintos (XIX, XX, XXI) e lidando com o ato da criação e o histórico silenciamento de autorias femininas.

"Criatura - Uma Autópsia", de Bruna Longo
"Criatura, Uma Autópsia", espetáculo solo de Bruna Longo, é uma fricção entre o romance "Frankenstein, Ou O Prometeu Moderno" e a vida de sua autora Mary Wollstonecraft Godwin (Shelley). 

Bruna Longo é atriz, diretora de movimento e pesquisadora corporal formada pela Universidade de Londres. Realizou direção de movimento e trabalhou como atriz em mais de vinte espetáculos no Brasil, Europa e Estados Unidos. Colaborou com companhia dinamarquesa Odin Teatret dirigida por Eugenio Barba, de 2006 a 2010, e foi membro da Cia. da Revista, de São Paulo, de 2010 a 2016. 

Criadora do espetáculo de teatro físico "Cada Qual no Seu Barril", com Daniela Flor (indicado a seis prêmios FEMSA, incluindo espetáculo e atriz para Bruna) e do solo "Criatura, Uma Autópsia", fricção entre a vida de Mary Shelley e seu romance Frankenstein, indicada como melhor atriz no Prêmio Aplauso Brasil 2019.

Ficha técnica: 
Concepção, dramaturgia e atuação:
Bruna Longo
Assistentes: Giovanna Borges e Letícia Esposito
Cenário: Bruna Longo e Kleber Montanheiro
Cenotécnica: Evas Carreteiro e Nani Brisque com arte de Victor Grizzo
Figurinos: Kleber Montanheiro
Objetos: Bruna Longo com colaboração de Larissa Matheus
Desenho e operação de luz: Rodrigo Silbat
Operação de som: Leticia Esposito
Trilha sonora: Bruna Longo
Classificação indicativa: 14 anos
Duração: 60 minutos
Website: http://www.brunalongo.weebly.com/criatura

"Inventário", de Erica Montanheiro 
Um ser que um dia foi Camille Claudel está presa em um lugar sufocante e fala consigo mesma. Ela se prepara para deixar aquele lugar. Durante esta preparação, aos poucos se dá conta de que já deixou o mundo físico e que está se tornando um espectro. Neste processo, acessa suas memórias, recebe a visita de afetos e desafetos, e busca compreender seu destino e o legado que deixará para o mundo.

Erica Montanheiro é atriz, dramaturga e diretora. Foi integrante da Cia. Os Fofos Encenam desde 2004 e participou de espetáculos sob direção de Johana Albuquerque, Kleber Montanheiro, Cynthia e Débora Falabella,, entre outros. Vencedora do Prêmio FEMSA 2008 na categoria melhor atriz coadjuvante por Sonho de uma noite de verão, direção Kleber Montanheiro e indicada ao Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem 2014 na categoria melhor atriz coadjuvante por "O Rei e a Coroa Enfeitiçada".

Como atriz, integrou o elenco de "Histeria" (prêmio Aplauso Brasil 2017 de melhor atriz coadjuvante), "O Libertino" (2011) e "A Noite de 16 de Janeiro" (2018), todos com direção de Jô Soares. Dirigiu o espetáculo "Vocês que Me Habitam", de autoria própria em parceria com Gustavo Colombini, e "Dois a Duas", escrito por Maria Fernanda Barros Batalha (Prêmio APCA de teatro na categoria melhor espetáculo para público jovem).

Ficha técnica: 
Concepção, dramaturgia, atuação:
Erica Montanheiro
Direção: Eric Lenate
Assistência de direção: Mateus Monteiro
Figurinos e visagismo: Leopoldo Pacheco e Carol Badra
Arquitetura cênica: Erica Montanheiro, Kleber Montanheiro e Eric Lenate
Desenho de luz da – temporada de estréia: Aline Santini
Montagem e operação de luz: Clara Camarez
Trilha sonora, sonoplastia e engenharia de som: L. P. Daniel
Canções originais: Luísa Gouvêa
Montagem e operação de som: Rodrigo Florentino
Vídeo-projeções: Laerte Késsimos
Montagem e operacão de projeção: VJ Alexandre Gonzalez
Preparação músico-vocal: Cida Moreira
Direção de produção - temporada de estreia: Leonardo Devitto
Classificação indicativa: 14 anos
Duração: 60 minutos

"Quebra-Cabeça", de Camila dos Anjos
"Quebra-Cabeça" é um monólogo autobiográfico e documental da atriz Camila dos Anjos, sobre sua trajetória singular: seu início como atriz mirim e sua infância e adolescência trafegando pelas vias da indústria cultural. A atriz, que concentra a sua atividade atual no teatro, expõe as consequências de ter começado a trabalhar tão cedo.

Camila dos Anjos é atriz e produtora. Estreou aos doze anos na televisão, participando de diversas séries e novelas. Foi dirigida no teatro por Ulysses Cruz, Marco Antônio Pâmio, Sérgio Ferrara, André Garolli, Aury Porto, Mário Bortolotto, entre outros. Em 2015, recebeu o Prêmio de Atriz Revelação no “Melhores do Teatro R7”, pelo espetáculo “Propriedades Condenadas”. Ganhou o “Prêmio Cenym” de teatro como Melhor Atriz coadjuvante e foi indicada ao prêmio Bibi Ferreira  por “O Leão no Inverno”, de James Goldman, com direção de Ulysses Cruz em 2019. 

Em 2020, ganhou o “Prêmio Cenym” de teatro como Melhor Atriz coadjuvante pela “Inferno - Um Interlúdio Expressionista, inspirado no texto “Not About Nightingales” de Tennessee Williams. Trabalhou como atriz, produtora, tradutora e idealizadora nos espetáculos: “Propriedades Condenadas” (“Esta Propriedade Está Condenada” e “Por que Você Fuma Tanto, Lily?” / Sesc Consolação) e “A Catástrofe do Sucesso” (“Fala Comigo como a Chuva e me Deixa Escutar” e “Mister Paradise” / "Instituto Capobianco"), ambos com textos de Tennessee Williams e direção de Marco Antônio Pâmio.

Ficha técnica: 
Dramaturgia e atuação:
Camila dos Anjos
Direção musical: Daniel Maia
Desenho de luz: Marisa Bentivegna
Cenário: César Resende
Figurino: Marichilene Artisevskis
Projeções em vídeo: Raimo Benedette
Ilustrações: Nelson Baskerville
Equipe vídeo: Pedro Cortese e Mariana Bonfanti
Realização vídeo: Estúdio B
Operação de som: Marcela Horta
Operação de luz: Rodrigo Silbat
Operação de projeção: Daniel Gonzales
Vozes em off: Bruna Longo, Cesar Resende, Eric Lenate, Leopoldo Pacheco e Rafael De Bona
Classificação indicativa: 14 anos
Duração: 60 minutos


Serviço: 
Teatro Cacilda Becker

"Criatura - Uma Autópsia"
Dias 2, 3 e 4 de julho de 2021
Horários: sexta e sábado - 21h | Domingo - 19h
Valor do ingresso: gratuito - online
Plataforma: Sympla
Acessibilidade: Libras no espetáculo de domingo

"Inventário"
Dias 9, 10 e 11 de julho de 2021
Horários: sexta e sábado - 21h | Domingo - 19h
Valor do ingresso: gratuito - online
Plataforma: Sympla
Acessibilidade: Libras no espetáculo de domingo

"Quebra-Cabeça"
Dias 16, 17 e 18 de julho de 2021
Horários: sexta e sábado - 21h | Domingo - 19h
Valor do ingresso: gratuito - online
Plataforma: Sympla
Acessibilidade: Libras no espetáculo de domingo

Teatro Arthur Azevedo
"Criatura - Uma Autópsia"
Dias 23, 24 e 25 de julho de 2021
Horários: sexta e sábado - 21h | Domingo - 19h
Valor do ingresso: gratuito - online
Plataforma: Sympla
Acessibilidade: Libras no espetáculo de domingo

"Inventário"
Dias 30 e 31 de julho e 1º de agosto de 2021
Horários: sexta e sábado - 21h | Domingo - 19h
Valor do ingresso: gratuito - online
Plataforma: Sympla
Acessibilidade: Libras no espetáculo de domingo

"Quebra-Cabeça"
Dias 6, 7 e 8 de agosto de 2021
Horários: sexta e sábado - 21h | Domingo - 19h
Valor do ingresso: gratuito - online
Plataforma: Sympla
Acessibilidade: Libras no espetáculo de domingo


Teatro João Caetano
"Criatura - Uma Autópsia"
Dias 13, 14 e 15 de agosto de 2021
Horários: sexta e sábado - 21h | Domingo - 19h
Valor do ingresso: gratuito - online
Plataforma: Sympla
Acessibilidade: Libras no espetáculo de domingo

"Inventário"
Dias 20, 21 e 22 de agosto de 2021
Horários: sexta e sábado - 21h | Domingo - 19h
Valor do ingresso: gratuito - online
Plataforma: Sympla
Acessibilidade: Libras no espetáculo de domingo

"Quebra-Cabeça"
Dias 27, 28 e 29 de agosto de 2021
Horários: sexta e sábado - 21h | Domingo - 19h
Valor do ingresso: gratuito - online
Plataforma: Sympla
Acessibilidade: Libras no espetáculo de domingo


Teatro Alfredo Mesquita

"Criatura - Uma Autópsia"
Dias 3, 4 e 5 de setembro de 2021
Horários: sexta e sábado - 21h | Domingo - 19h
Valor do ingresso: gratuito - online
Plataforma: Sympla
Acessibilidade: Libras no espetáculo de domingo

"Inventário"
Dias 10, 11 e 12 de setembro de 2021
Horários: sexta e sábado - 21h | Domingo - 19h
Valor do ingresso: gratuito - online
Plataforma: Sympla
Acessibilidade: Libras no espetáculo de domingo

"Quebra-Cabeça"
Dias 17, 18 e 19 de setembro de 2021
Horários: sexta e sábado - 21h | Domingo - 19h
Valor do ingresso: gratuito - online
Plataforma: Sympla
Acessibilidade: Libras no espetáculo de domingo

O Projeto também inclui duas mesas de debates e uma oficina, como forma de incentivar e aprofundar o diálogo sobre o tema do projeto.

"Anônimo muitas vezes foi mulher: Autorias suprimidas" - sobre a supressão autoral histórica de obras criadas por mulheres. Mediadora: Prof. Dra. Carla Cristina Garcia, cientista social especialista em sociologia de gênero, estudos feministas e lazer urbano. Debatedoras: Bruna Longo, Erica Montanheiro e Camila dos Anjos. Público alvo: Adultos, jovens, estudantes de teatro, literatura e artes plásticas, educadores. Data a definir.

"Espetáculos Solo: resistência artística e território autoral". Mediadora: Janaina Leite, atriz e pesquisadora. Debatedoras: Bruna Longo, Erica Montanheiro e Camila dos Anjos. Público alvo: Estudantes, profissionais, pesquisadores e educadores de teatro. Data a definir.

Oficina gratuita: "Provocações para a Criação de Espetáculos Solos Autorais feitos por Mulheres" com as atrizes criadoras Bruna Longo, Erica Montanheiro e Camila dos Anjos. Público alvo: Atrizes profissionais e estudantes de teatro. Em parceria com a Oficina Cultural Oswald de Andrade / Poésis - Data a definir – a partir de agosto. 

.: Prêmio Sesc de Literatura anuncia os vencedores da edição de 2021


"O Réptil Melancólico", de Fábio Horácio-Castro, foi o escolhido na categoria Romance e "O que a Casa Criou", de Diogo Monteiro, na categoria Conto.


O Prêmio Sesc de Literatura, um dos mais importantes do país na distinção de escritores inéditos, anuncia os vencedores da edição 2021, nas categorias Romance e Conto. Na edição de 2021, os selecionados foram o paraense Fábio Horácio-Castro, com o romance "O Réptil Melancólico", e o pernambucano Diogo Monteiro, com a coletânea de contos "O que a Casa Criou". A origem dos autores reafirma o estímulo à diversidade por parte do Prêmio e sua capacidade de projetar escritores das mais distintas regiões do país. Os livros dos dois vencedores serão publicados em outubro pela editora Record, parceira do Prêmio Sesc desde a sua criação.

"O Réptil Melancólico" trata de colonialidade, colonialismo e colonização, das alegorias sobre a Amazônia e da Amazônia como alegoria. A narrativa parte do retorno de Felipe para sua cidade, após longa estadia fora do país. Ele seguira para o exílio na primeira infância, levado por sua mãe, militante política perseguida e torturada pelo regime militar brasileiro. Nesse processo de retorno, restabelece contato com a família paterna, particularmente com seu primo Miguel, que está fazendo o caminho oposto: o de partir da cidade.

"O que a Casa Criou" é um livro sobre o espanto. Todos os seus 16 contos, inclusive o que dá nome ao volume, tratam de alguma forma sobre a possibilidade de encontrar o inusitado a qualquer momento, na virada de uma esquina ou no abrir de uma porta. São histórias sobre a fragilidade do real e do nosso confortável conceito de realidade, e sobre como a quebra dessa normalidade age sobre pessoas, lugares e coisas.

Neste ano, o Prêmio recebeu a inscrição de 1688 livros, sendo 850 em Romance e 838 em Conto. O cronograma não foi afetado pela pandemia, porque foi todo executado por trabalho remoto. Dessa forma, o resultado pôde ser divulgado no prazo previsto.

Sobre os autores:
Fábio Horácio-Castro, paraense e jornalista de formação, tem 52 anos, é professor universitário e venceu com o romance "O Réptil Melancólico". “É a minha primeira participação no Prêmio Sesc e não esperava vencer na categoria. Escrevo mais sobre pesquisas relacionadas à Amazonia. Como eu tinha um projeto deste livro, aproveitei o isolamento da pandemia, finalizei a obra e me inscrevi. Fiquei muito contente com o retorno”, comemora.

O pernambucano Diogo Monteiro, de 43 anos, também é jornalista e atua com pesquisa de opinião e estratégia. Ele conquistou a premiação com o livro "O que a Casa Criou". “Sempre escrevi e participava de algumas coletâneas, mas nunca tinha pensado no Prêmio Sesc. Este ano, tive um livro infantojuvenil publicado pela primeira vez, o 'Relógio de Sol'. Agora, será a segunda vez que coloco uma obra para o público, na categoria conto”, destaca.

Ao oferecer oportunidades aos novos escritores, o Prêmio Sesc de Literatura impulsiona a renovação no panorama literário brasileiro e enriquece a cultura nacional. Em sua 18ª edição, se tornou uma das mais importantes premiações do país, sendo hoje considerado referência por críticos literários, escritores brasileiros e visto como grande porta de entrada para o mercado editorial no Brasil.

“A premiação foi criada em 2003 e se consolidou como a principal do país para autores iniciantes. Nesse ano, os vencedores foram das regiões Norte e Nordeste e consideramos essa diversidade excelente para a cena literária nacional”, explica o analista de Literatura do Departamento Nacional do Sesc, Henrique Rodrigues.

Os vencedores têm suas obras publicadas e distribuídas pela editora Record, o que contribui para a credibilidade e a visibilidade do projeto, pois insere os livros na cadeia produtiva do mercado livreiro. Os livros têm lançamento no final do ano com tiragem inicial de 2 mil exemplares. Desde a sua criação em 2003, mais de 16 mil livros foram inscritos e 31 novos autores foram revelados.

O processo de curadoria e seleção das obras é criterioso e democrático. Os livros são inscritos pela internet, gratuitamente, protegidos por anonimato. Isso impede que os avaliadores reconheçam os reais autores, evitando qualquer favorecimento. Os romances e contos são avaliados por escritores profissionais renomados, que selecionam as obras vencedoras pelo critério da qualidade literária.

A relevância do projeto também pode ser medida por meio do sucesso dos seus vencedores, que costumam vencer ou ser finalistas de outros grandes prêmios literários como o Jabuti, Biblioteca Nacional e São Paulo de Literatura. Eles também vêm sendo convidados para outros importantes eventos internacionais, como a Primavera Literária Brasileira, realizada em Paris, o Festival Literário Internacional de Óbidos, em Portugal, e a Feira do Livro de Guadalajara, no México.

terça-feira, 22 de junho de 2021

.: Crítica: "Manhãs de Setembro" mostra que ninguém é mulher impunemente


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do Resenhando.

Ao longo dos cinco episódios de "Manhãs de Setembro", nova série nacional da Amazon Prime Video que estreia dia 25 de junho, pairou o questionamento se Liniker de Barros - uma atriz que virou cantora, como ela própria se define - leu "Ninguém É Mulher Impunemente", a autobiografia de Vanusa Santos Flores lançada pela editora Madras em janeiro dos anos 2000.

O questionamento surge porque Cassandra, a mulher trans interpretada por Liniker é a própria Vanusa em diferentes camadas. A Cassandra da série, tal qual a artista que idolatra, é dramática como um tango regado a vinho, carrega suas próprias dores e exala por todos os poros o que é ser mulher. O seriado gira em torno dela, que acaba de conquistar a independência, mas se vê surpreendida pela chegada de um filho que gerou com outra mulher dez anos antes e de cuja existência não sabia.

Há em "Manhãs de Setembro" uma ruptura. As personagens trans são colocadas em contextos diferentes do que geralmente são apresentadas no setor audiovisual. A protagonista não está em uma situação de vulnerabilidade e começa alugando uma kit-net em um bairro popular de São Paulo. Ela trabalha como motogirl e tem um relacionamento sério e sólido com um homem casado.

Não espere de "Manhãs de Setembro" imagens estereotipadas, ou degradantes de violência, prostituição e exposição banal do corpo. As personagens trans são tratadas com respeito e, sobretudo, como seres humanos que erram, acertam e podem frequentar os mesmos ambientes que você. O mérito é todo dos autores Josefina Trotta, Alice Marcone e Marcelo Montenegro.

Cassandra, a protagonista, tem vínculos afetivos fortes, o que é raro de se ver em personagens transexuais. No seriado, há o casal de homossexuais interpretado com muita sensibilidade por Paulo Miklos e Gero Camilo, este, por sua vez, ao longo da pandemia, vem representando um elo de resistência do teatro sem parar de se apresentar, mesmo que virtualmente. 

Destacam-se, também, o ator Thomas Aquino, que empresta todo o carisma a Ivaldo, namorado de Cassandra, em um trabalho que transborda afetividade ao representar um homem dividido entre a razão e a emoção. Gersinho, interpretado com muita inteligência emocional por Gustavo Coelho, ator de 12 anos que demonstrou sensibilidade e maturidade rara para segurar um personagem que mistura densidade e poesia.

Toda a versatilidade de Karine Teles também é contemplada. Chega a ser uma surpresa vê-la em um tipo tão despojado e sacaninha - o que é uma delícia. Leide, divide com Cassandra a essência do seriado. É ela quem traz o humor que, em algumas vezes, falta em Cassandra. Habituada a personagens ricas e até esnobes, Karine Teles encarna em "Manhãs de Setembro"  uma personagem leve, ensolarada e repleta de boas tiradas. 

Em uma personagem que não tem um caráter reto, Karine consegue atrair a empatia do público e fazer com que ele entenda as razões que a levraram até ali: uma mulher que precisou se virar para criar o filho sem a ajuda de ninguém. O alívio cômico também se dá pela participação esfuziante de Isabela Ordoñez e suas excelentes tiradas - ela leva graça e leveza à trama. A direção é de Luís Pinheiro e Dainara Toffoli. Produção da Amazon Prime e da O2 Filmes.

No fim das contas, não importa se Liniker leu, ou não, "Ninguém É Mulher Impunemente". A sua Cassandra, tão doce e sensível e visceral, é a personificação da própria Vanusa. Ela é tão Vanusa quanto a original. Aliás, é possível acreditar que se houver outra dimensão e Vanusa estivesse assistindo a "Manhãs de Setembro" e pudesse escolher, penso que ela voltaria na pele de alguém tão especial como a Cassandra de Liniker.

Trailer de "Manhãs de Setembro"


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