sábado, 26 de junho de 2021

.: O que é cringe? Professora de inglês explica os significados do termo


"Eu sou, tu és, nós somos cringe". Professora explica os significados do termo que não sai da boca dos jovens.

Na semana passada, um tuíte da publicitária e podcaster Carol Rocha fez a expressão viralizar. Na publicação, ela pedia que a geração Z listasse hábitos dos millenials que eles consideram "cringe". Desde então, as buscas pelo termo subiram e ele foi o sexto mais buscado no Google pelos internautas brasileiros no dia 21 de junho.

Mas não é de hoje que os mais jovens utilizam-no para categorizar conteúdos da internet, comportamentos e gostos alheios. Os nascidos depois do ano de 1995 são mais de 40% dos usuários do TikTok, a rede social em que a palavra cringe se popularizou e até ganhou novos significados e aplicações.

A professora de inglês do colégio Marista Anjo da Guarda, Gabriela Tadano, explica: Cringe é um verbo que significa você se afastar de algo porque você tem medo. Mas, informalmente, ele começou a ser usado também como uma coisa que te faz sentir vergonha alheia”.

Para a coordenadora de Internacionalização do Colégio Marista Anjo da Guarda, Tatiana Salomão, a brincadeira é válida, pois o conflito entre gerações é algo natural e saudável, mas deve prevalecer o equilíbrio e o respeito. “Não é possível se encaixar em todas as tendências, modas e novidades. Classificações à parte, é importante fazer o que faz bem para você e sempre respeitar o outro, seja tomando café ou não”, relata.

Cringe sim, gramaticalmente correto também
O uso informal internet afora mudou até mesmo a classe gramatical da palavra. Do jeito que é aplicado pelos jovens, o verbo virou adjetivo. “Gramaticalmente, está errado. O adjetivo existe, é cringey. O certo seria, então, dizer ‘ah, aquele vídeo é cringey’”, pontua a professora Gabriela.

O uso correto do verbo também existe no TikTok. São comuns conteúdos de pessoas caindo ou dançando acompanhados de legendas como “Try not to cringe ou “I’m cringing so hard right now”. Algo como “tente não morrer de vergonha disso” ou “isso é constrangedor demais”.

Mas, como é comum com as gírias e memes, é compreensível que o seu uso aqui no Brasil tenha sido adaptado, com os falantes capturando o seu significado geral referindo-se a diversas coisas diretamente como cringe.


Será que eu sou cringe?
A geração Z fez uma listinha de hábitos e gostos dos mais velhos que a fazem se contorcer de vergonha alheia. Dividir o cabelo de lado; adorar "Harry Potter" ou filmes da Disney; usar calça skinny ou sapatilha de bico redondo; referir-se às contas como boletos ou chamar cerveja de litrão e até gostar de tomar café da manhã são considerados comportamentos cafonas demais. 

Gabriela, que tem 35 anos e está em contato diário com adolescentes, afirma que não há muita escapatória. “Agora, tudo para eles é cringe. Mas é tranquilo, eu nunca me sentiria ofendida. A minha geração é muito diferente da dos meus alunos mais novos. No ano passado eu fiz um TikTok, então sei do que eles estão falando, conheço as músicas e as dancinhas e é um jeito de me conectar mais com eles. Talvez eu seja menos cringe por causa disso”, ri.



sexta-feira, 25 de junho de 2021

.: Crítica musical: Fernando Falks aposta na energia do rock nacional


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico musical.

Um dos nomes novos que vem despontando no meio musical, o paulista Fernando Falks investe agora em seu lado autoral. Ele está divulgando quatro canções que deverão compor um futuro EP a ser lançado. O trabalho tem o rock nacional dos anos 80 como uma das fontes de inspiração e apresenta momentos interessantes.

Fernando Falks é natural de São Paulo e começou a aprender musica cedo. Participou de várias bandas de rock e tocou em diversas casas noturnas na capital. A partir de 2014, com a experiência acumulada, passou a elaborar e produzir um material próprio, visando conquistar um espaço no cenário musical atual.

O resultado disso são essas quatro canções que podem ser ouvidas no site oficial do músico (www.fernandofalks.com.br). "Brancos Pelos" e "Depois de Ontem" foram os dois primeiros singles divulgados, que agora se juntam com "Florescer" e "Isso É o que Importa".

Em todas as canções o tempo parece servir como fonte de inspiração para as letras. E no single mais recente ("Isso é o que Importa") isso fica ainda mais evidente, sobretudo a experiência proporcionada nesse período de pandemia, que nos mantém ainda isolados dentro de casa.

O toque mais rock fica evidente em "Depois de Ontem" e "Brancos Pelos". Ambas têm uma pegada pop anos 80, muito embora possam ser notadas também outras influências de bandas internacionais dos anos 70 e 80, que devem ter sido determinantes para a sua formação.

O trabalho autoral de Fernando Falks mostra que ainda há espaço para canções com mensagens diretas e objetivas, sem se preocupar com modismos ou tendências da mídia. O mais importante é procurar manter a sua personalidade e acreditar em si. E isso ele mostra com essas canções. Vale a pena conferir.


"Isso É o que importa"

"Depois de Ontem"

"Brancos Pelos"


.: "Nós e as Estrelas": um passeio ilustrado pelo céu e seus segredos


Você já parou para pensar o quanto do ritmo de nossas vidas é conduzido e determinado, dia após dia, por estrelas, planetas, cometas e constelações? Já se deu conta da sorte de nossa existência e de quão ínfimos somos diante de um universo aparentemente infinito e repleto de mistérios, muitos deles que mal começamos a entender? Uma viagem pelo céu, que procura investigar corpos celestes, mitos e histórias que criamos para tentar compreendê-los, esta é a proposta da artista Kelsey Oseid em seu deslumbrante livro "Nós e as Estrelas", publicado no Brasil pela Darkside Books.

Combinando arte, mitologia e ciência, "Nós e as Estrelas" proporciona um passeio de encher os olhos pelo céu em suas mais de cem ilustrações originais, pintadas à mão, acompanhadas de uma prosa informativa e lúdica que entrelaça lendas e mitos relacionando-os com fatos científicos. “Nossas antigas teorias sobre como o Universo funcionava eram imperfeitas, mas observar as estrelas foi a chave para algumas das conquistas mais importantes da humanidade”, escreve a autora na introdução da obra.

O que disseram sobre o livro
"Uma bela maneira de aprender sobre a ciência e a história do céu. As belas pinturas de Kelsey Oseid parecem salpicadas com a luz das estrelas e apresentam fatos sobre astronomia, astrologia e mitologia, desde a mecânica das chuvas de meteoros até as ferramentas usadas para mapear e nomear constelações antigas. Nós e as Estrelas é uma fonte incrível para quem olha para o céu com admiração." - Rachel Ignotofsky, autora de "As Cientistas: 50 Mulheres que Mudaram o Mundo".


.: Bela Fernandes será protagonista de "Fazendo Meu Filme"


Longa-metragem é baseado no best-seller de Paula Pimenta.

A atriz Bela Fernandes será Fani, personagem principal de "Fazendo Meu Filme", coprodução da Galeria Distribuidora com a Panorâmica e o Grupo Telefilms. O anúncio foi realizado por Paula Pimenta, autora do livro homônimo que baseia o longa, em uma live nas redes sociais que contou com a participação especial da Bela. 

Com roteiro de Pedro Antônio, Paula Pimenta e Bruna Horta, "Fazendo Meu Filme" conta a história de Fani, uma adolescente igual a tantas outras, que adora as amigas, estuda para passar nas provas da escola, vive apaixonada e é louca por cinema. Durante o ano letivo, sua mãe insiste que ela participe de uma seleção para fazer intercâmbio no exterior. E quando Fani passa em primeiro lugar, tem de lidar com seus sentimentos e conflitos internos ao se descobrir apaixonada por alguém inesperado.

Gabriel Gurman, CEO da Galeria Distribuidora e codiretor geral da Diamond Films Brasil, comenta: “A Fani será a primeira protagonista da Bela Fernandes nos cinemas, e estamos muito felizes em participar desse marco na carreira da atriz com uma personagem icônica para os milhares de admiradores da Paula Pimenta. Esse é o segundo livro da autora que transformamos em filme, e esperamos conquistar cada vez mais fãs desse imenso público infantojuvenil que temos no Brasil”.

Antes de ser escolhida para o papel, Bela Fernandes ficou conhecida por interpretar a Zu em “O Zoo da Zu”, do Discovery Kids, e Filipa Pessoa na novela “As Aventuras de Poliana”, do SBT, e a Carol no filme “O Melhor Verão das Nossas Vidas”, outra coprodução da Galeria Distribuidora. Atualmente, Bela Fernandes apresenta o programa “Lambe Lambe”, do canal TV ZYN, do SBT. Outras informações de "Fazendo Meu Filme" serão divulgadas em breve.

.: Claudio Lins apresenta "ChicoTeatro" pela plataforma #CulturaEmCasa


Cantor e ator interpreta canções de Chico Buarque em live neste sábado, dia 26 de junho, na plataforma #CulturaEmCasa. Programação de fim de semana também tem show da cantora Ju Moraes e a apresentação do espetáculo "Fala Comigo" com as atrizes com Bianca Di Priolo e Fernanda Degolin.

A plataforma #CulturaEmCasa, a primeira plataforma de streaming de conteúdo cultural das mais diferentes linguagens artísticas, totalmente gratuita, traz nesta sexta-feira, dia 25, a live da cantora Ju Moreira; homenagem a Chico Buarque com o ator e cantor Claudio Lins; e o espetáculo "Fala Comigo", com as atrizes com Bianca Di Priolo e Fernanda Degolin e direção de Carolina Guimarães, sempre às 21h30. 

A programação integra o Festival #CulturaEmCasa, veiculado pela plataforma #CulturaEmCasa. Criada em abril do ano passado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e com gestão da Organização Social Amigos da Arte, a plataforma já registrou 5,6 milhões de visualizações. 

Na sexta-feira, dia 25, às 21h30, a cantora Ju Moraes apresenta show inédito, junto com a violonista Marília Sodré e a percussionista Alana Gabriela. O trio vai trazer no repertório músicas da artista, além de canções do samba, pop e MPB e também clássicos do forró, executados em um formato especial, para homenagear o São João. A cantora lançou em 2020 o álbum "Ju Ao Vivo", com 20 faixas, sendo dez autorais, entre inéditas e releituras, gravado ao vivo, em um show gravado na Sala do Coro do Teatro Castro Alves com uma sonoridade mais pop e MPB.

"ChicoTeatro" é a live do sábado, dia 26. O cantor e ator Claudio Lins canta Chico Buarque. Nessa homenagem ao escritor e músico Chico Buarque e à sua obra composta para os palcos, o ator e cantor Claudio Lins traz um minucioso trabalho de pesquisa para montar um dos repertórios mais ricos do nosso cancioneiro, em canções inesquecíveis compostas especialmente para peças musicais ou balés, onde cada música carrega sua própria história e histórias de seu tempo e de seus intérpretes. Assim, vamos conhecer mais sobre o espetáculo "Gota D'Água" e sobre sua protagonista Bibi Ferreira, antes de entrar em contato com letras e melodias tão intensas.

No palco, além de cantar, Claudio imprime toda a sua vivência de ator de teatro, cinema e televisão para, sutilmente, encarnar personagens masculinos e femininos sem nenhum pudor. E ao cantar "Viver de amor", da "Ópera do Malandro", aproveita para homenagear sua mãe Lucinha Lins, que encarnou a personagem Vitória Régia numa grande montagem em 2003.

E, no domingo, dia 27, é a vez da livre encenação "Fala Comigo". Um e-Teatro verticalizado na obra de Tennessee Williams, com direção de Carolina Guimarães. O elenco é composto pelas atrizes Bianca Di Priolo e Fernanda Degolin. "Fala Comigo" é a história de encontro de uma única pessoa. Decretado o isolamento social, uma mulher se vê isolada e perdida não só nas paredes de sua casa, mas internamente. Para evitar o silêncio, ela resolve conversar consigo mesma, conhecendo sua própria solidão e percebendo que o distanciamento era muito maior do que o social.

"A plataforma #CulturaEmCasa tem como objetivo ampliar o acesso da população a conteúdos culturais de qualidade e contribuindo para estimular a difusão cultural para todo país, disponibilizando conteúdos da mais diferentes linguagens artísticas", afirma Danielle Nigromonte.


Sobre #CulturaEmCasa
Lançada em 21 de abril de 2020, a plataforma tem a missão de ampliar o acesso da população a conteúdos culturais de qualidade, 100% gratuitos e difundir a intensa produção cultural do Estado de São Paulo, seus equipamentos e municípios. Até o momento, a plataforma registrou 5,6 milhões de visualizações em 3 mil conteúdos disponibilizados, atingindo 3.500 cidades e 157 países. E envolvendo 15.483 profissionais do setor. Este ano, em comemoração ao aniversário de um ano, o #CulturaEmCasa, transmitiu lives de artistas como Tom Zé, Angela Ro Ro, Oswaldo Montenegro e Camila Pitanga.

A ferramenta reúne também conteúdos do Teatro Sérgio Cardoso, do Museu da Diversidade Sexual e das instituições da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, entre as quais a OSESP, a Jazz Sinfônica, a Pinacoteca, a São Paulo Companhia de Dança, o Conservatório de Tatuí, o Projeto Guri, Fábricas de Cultura, TV Cultura, Poiesis, Bibliotecas, e os Museus da Imagem e do Som, do Futebol, Índia Vanuíre, Casa de Portinari Felícia Leirner/ Auditório Claudio Santoro.

A ideia de difundir o conteúdo produzido por São Paulo se expandiu e a plataforma #CulturaEmCasa firmou parcerias com outras Secretarias Estaduais de Cultura, dentro do projeto Ponte Aérea. Atualmente a plataforma detém e transmite conteúdos do Rio Grande do Sul, como por exemplo, o "Festival de Cinema Negro em Ação" e os concertos da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre; o projeto "Música Conecta" com o Espírito Santo Este mês também foi lançada parceria com o estado do Ceará, em que são transmitidos eventos artísticos de grande porte do cenário cearense como o "Cineteatro São Luiz", "Porto Dragão Sessions" e "Zona de Criação".


Sobre a Amigos da Arte
A Amigos da Arte, Organização Social de Cultura responsável pela gestão dos teatros Sérgio Cardoso e de Araras e do Museu de Diversidade Sexual (MDS), trabalha em parceria com o Governo do Estado de São Paulo e iniciativa privada desde 2004. Música, literatura, dança, teatro, circo e atividades de artes integradas fazem parte da atuação da Amigos da Arte, que tem como objetivo difundir a produção cultural por meio de festivais, programas continuados e da gestão de equipamentos culturais públicos. Em seus mais de 15 anos, a entidade desenvolveu 58 mil ações que atingem mais de 25 milhões de pessoas.

Programação:
Sexta-feira, dia 25
21h30 Ju Moraes

Sábado, dia 26
21h30 Festival #CC Claudio Lins canta Chico Buarque

Domingo, dia 27
21h30 Festival #CC "Fala Comigo" com Bianca Di Priolo e Fernanda Degolin
Direção: Carolina Guimarães
Plataforma #CulturaEmCasa
www.culturaemcasa.com.br

.: "Preta Rainha" é a atração do Teatro Vivo em Casa para este sábado

O solo com Aysha Nascimento será apresentado neste sábado. Foto: André Murrer

A atriz Aysha Nascimento protagoniza o monólogo "Preta Rainha", atração do Teatro Vivo em Casa para este sábado, dia 26, às 21h. A direção é de Flávio Rodrigues, com texto de Jé Oliveira. 

O espetáculo conta a história da personagem "Preta Rainha" que é rainha de bateria de uma escola de samba. O solo propõe uma reflexão sobre políticas de embranquecimento, invisibilidade e a objetificação do corpo da mulher negra. 

A apresentação acontece online, e os ingressos são gratuitos e limitados. Os resgates podem ser realizados na plataforma @vivo.cultura no Instagram. Classificação: 14 anos.

Vivo Cultura
Em 2021, a Vivo completa 17 anos de incentivo permanente à cultura, com investimentos no âmbito das artes cênicas e plásticas, música e cinema em território nacional. Por meio de seus patrocínios e do Teatro Vivo, a marca busca ampliar e democratizar o acesso dos brasileiros à cultura.

Os 19 espetáculos virtuais do Teatro Vivo em Casa apresentados em 2020 foram vistos por mais de 10 mil pessoas, de todas as regiões do país; e a Plataforma @vivo.cultura, também lançada durante a pandemia, teve mais de 1,5 milhão de visualizações. Nesta segunda temporada do Teatro Vivo em Casa de 2021, a Vivo traz espetáculos com temática integralmente voltada à diversidade e cultura negra.


quinta-feira, 24 de junho de 2021

.: "Colônia", do Canal Brasil, é a voz de antepassados que ainda tentam calar

Por: Mary Ellen Farias dos Santos


"Colônia", nova série em 10 episódios, do Canal Brasil, é uma produção brasileira impressionante, principalmente pela forma precisa que apresenta o tipo de história que a sociedade sempre fez questão de esconder bem debaixo do tapete ou esquecer completamente. O seriado que estreia dia 25 de junho, é protagonizado por uma mocinha linda e de família chamada Elisa (Fernanda Marques), quem leva o público para 1971 e para dentro da verdadeira história do hospital que dá o nome do seriado.

Filha do fazendeiro Júlio (Henrique Schafer), Elisa, de rosto angelical, tal qual princesa Disney, engravida do namoradinho e se recusa a seguir com um casamento arranjado pelo pai. Qual a única solução perfeita para o patriarca? Interná-la no hospício como esquizofrênica. Sem defesa de Antonieta, a mãe (Rafaela Mandelli), segue para Barbacena no "Trem de Doido", quando conhece Gilberto (Arlindo Lopes). Por que os dois estão lá? É exatamente esse o ponto que fortalece a trama. 

O lugar que fica em Minas Gerais, reúne os excluídos, ou seja, é um depósito dos que não se enquadravam na sociedade. Tal qual a essência da criação do Brasil quando Portugal largava aqui seus degredados. No Colônia, há jovem grávida antes do casamento ou do patrão, alcólatra, homossexual, deficiente, prostituta, guerrilheiros entre outros. 

Consciente de estar ali devido a gravidez e o não aceite do casamento com um idoso, Elisa, não é o tipo de protagonista boba, permanece no sonho de liberdade e luta para fazer acontecer. No compasso que a história do mocinha se desenrola a cada novos 20 e poucos minutos de episódio, as reviravoltas fazem o público roer as unhas, vibrar com o desfecho de determinada situação ou até mesmo chorar. 

Vale alertar que o episódio 8 e 9 mexem com a emoção, segurar as lágrimas, principalmente aos que se deixam embarcar na trama, é uma missão impossível. Também pudera, no elenco estão Fernanda Marques, Andréia Horta, Augusto Madeira, Naruna Costa, Bukassa Kabengele, Arlindo Lopes, Rejane Faria, Ana Kutner, Henrique Schafer, Rafaela Mandelli, Marat Descartes, Eduardo Moscovis. A reunião de talentos diante das câmeras facilita tamanho envolvimento de quem está do outro lado. É impossível não torcer pela felicidade de algum ou alguns personagens! 

"Colônia", criação de André Ristum, também tem roteiro assinado por ele ao lado de Marco Dutra e Rita Gloria Curvo. A produção, livremente inspirada no livro “Holocausto Brasileiro”, de Daniela Arbex, usa de perfis distintos que se encontram presos. Enquanto que Elisa, a protagonista interpretada por Fernanda Marques apresenta a delicadeza e a busca pela realização do sonho de liberdade, a atriz Rejane Faria, com Wanda, oferta a amizade, experiência de vida dentro daquele ambiente tenebroso. Como não se encantar com a cena emocionante de Wanda com o ratinho? Momento poético tal qual no conto de fadas clássico da "Cinderella"!

No entanto, o laço da amizade entre os personagens não se restringe à dupla citada, mas é belamente amarrado com outros internados: o homossexual Gilberto (Arlindo Lopes), a prostituta Valeska (Andreia Horta), o alcoólatra Arlindo (Bukassa Kabengele), assim como Soraia com mudez. Diferentes, mas juntos e unidos, até a enfermeira Laura de Naruna Costa mostra como vale a pena arriscar-se pelo bem do outro. Em meio a tanto dedo na ferida, "Colônia" encena momentos marcantes, como por exemplo, quando três guerrilheiros, Christian Malheiros (Eduardo), Stephanie de Jongh (Natália), Marat Descartes (Ivan), dão um abraço, há a aproximação de Soraia seguida de outros internados.

Rodada em preto e branco, enquanto constrói um ambiente de suspense que flerta com o terror -as cenas fortes com sangue ficam mais provocantes, justamente por não serem coloridas. Ao retratar de modo nu e cru o oprimido pela sociedade, "Colônia" consegue transbordar delicadeza na tela, mesmo sendo forte o suficiente para retratar gestos extremos que levam à morte de alguns personagens. Com um toque de produção cinematográfica, a rica narrativa de folhetim, brinca ao dar entender, por vezes, que não há melhor rumo para a trama e, então, tira da cartola revivoltas de fazer o queixo cair. 

As mudanças acontecem concomitantemente com o fim da esperança de um personagem ou outro, ali, preso. Nesse processo, convence o público a embarcar nessa ideia, e cria uma situação surpresa que deixa muitos acontecimentos de pernas para o ar. Tais surpresas que fazem o expetador vibrar e dão até arrepios. Sim! É difícil segurar a emoção! Como se não fosse o bastante, ao término de cada episódio são lançados ganchos que provocam total curiosidade a respeito da sequência. Não há como negar, "Colônia" é uma montanha-russa de emoções. 

Envolvente, mas chocante, a série sobre o lugar em que mais de 60 mil pessoas perderam a vida vítimas de maus tratos, eletrochoque, tortura e abandono, apresenta um produto final de dar orgulho a nós, de terras tupiniquins e revela que o Brasil tem muito o que mostrar e sabe como o fazer, basta ter o apoio necessário para a realização. A série é o produto de qualidade final suficiente para caminhar lado a lado, de superproduções gringas, inclusive a série antológica e já consolidada, "American Horror Story".

Torcendo pela punição de Juraci (Augusto Madeira) e Ramires (Marco Bravo), sem perceber, os dez episódios são devorados e até revistos, pois a série, fatalmente, deixa um gostinho de quero mais. E tem tudo para uma segunda temporada, sim! Os assinantes de streaming dos Canais Globo e Globoplay poderão maratonar a série "Colônia", sendo que o primeiro episódio estará disponível para não assinantes por sete dias. Também será possível acompanhar semanalmente no Canal Brasil, às sextas-feiras, às 21h30. Imperdível!

“Colônia” é uma produção de Sombumbo e Tc Filmes, em coprodução com a Gullane, produzida por André Ristum e Rodrigo Castellar, e financiada através do Fundo Setorial do Audiovisual.

Sinopse: A produção apresenta a história de Elisa (Fernanda Marques), uma jovem de vinte anos que chega ao Hospício Colônia no começo dos anos setenta. Ela está grávida de quatro meses de sua grande paixão juvenil e foi enviada para o local pelo pai, Júlio (Henrique Schafer), que fica enfurecido ao descobrir que a filha arruinara seus projetos de casá-la com um rico vizinho de fazendas. Elisa logo se depara com a verdadeira loucura ali presente, mas rapidamente consegue descobrir que, assim como ela, muitas outras pessoas sem nenhum tipo de diagnostico de doença mental estão internadas: o alcoólatra Raimundo (Bukassa Kabengele), a prostituta Valeska (Andréia Horta), o homossexual Gilberto (Arlindo Lopes) e dona Wanda (Rejane Faria), todos para lá enviados por serem considerados incômodos para a sociedade. Elisa se aproxima destas pessoas e cria laços de amizade fundamentais para sobreviver, da maneira mais sã possível, a uma vida de abusos e violência diária.


Colônia (2021)

Classificação: 16 anos

Criação e direção: André Ristum

Roteiro: André Ristum, Marco Dutra e Rita Gloria Curvo

Elenco: Fernanda Marques (Elisa), Augusto Madeira (Juraci), Andréia Horta (Valeska), Rejane Faria (Wanda), Naruna Costa (Laura), Bukassa Kabengele (Raimundo), Arlindo Lopes (Gilberto), Rafaela Mandelli (Antonieta), Aury Porto (Dr. Carlos), Marco Bravo (Ramires), Paulo Américo (Antônio),  Marcelo Laham (Freitas), Teka Romualdo (Amélia), Viviane Monteiro (Soraya), Lulu Pavarin (Germinda), Maria do Carmo (Aparecida), Lilian de Lima (Romilda), Eduardo Moscovis (Major Carvalho), Nicola Siri (Padre João), Vanderlei Bernardino (Prefeito), Christian Malheiros (Eduardo), Stephanie de Jongh (Natália), Marat Descartes (Ivan), Ana Kutner (Rosana), Samuel de Assis (Ricardo) e Henrique Schafer (Julio)

Estreia: sexta, dia 25/06, às 21h30.

Horário: sexta, às 21h30

Alternativos: madrugada de sábado/domingo, 1h55, e madrugada de segunda/terça, 0h55.

*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura, licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos e formada em Pedagogia pela Universidade Cruzeiro do Sul. Twitter: @maryellenfsm


.: Companhia das Letras promove 2ª edição do festival "Na Janela Reflexos"


Evento contará com a parceria de livrarias de rua e independentes.

De 25 a 27 de junho, a Companhia das Letras promove a segunda edição do festival "Na Janela Reflexos - Diálogos Literários". Na programação, dezesseis escritores falam sobre livros, leituras, carreira e personagens, em oito encontros em que autor entrevista autor, sem mediações.

Entre as principais atrações estão autores de lançamentos recentes, como Daniel Galera (“O Deus das Avencas”), Aline Bei (“Pequena Coreografia do Adeus”), Bernardo Carvalho (“O Último Gozo do Mundo”) e Natércia Pontes (“Os Tais Caquinhos”). A apresentação fica a cargo do jornalista Schneider Carpeggiani e da influenciadora Camilla Dias.

Além disso, o festival é parceiro de uma série de livrarias de rua e independentes, que vão vender os livros dos autores da programação. São elas: Livraria da Vila, Livraria da Travessa, Livraria Martins Fontes, Blooks Livraria, Janela Livraria, Livraria LDM, Livraria Baleia, Livraria Mandarina e Livraria da Tarde. As conversas serão transmitidas ao vivo no canal da Companhia das Letras no YouTube - https://www.youtube.com/user/CompanhiaDasLetras - e replicada também nas outras redes sociais da editora.

Veja abaixo a programação completa:

Sexta-feira, dia 25 de junho
Às 18h - Mesa 1 - 
Tati Bernardi e Sérgio Rodrigues
Às 20h - Mesa 2 - Aline Bei e Natércia Pontes


Sábado, dia 26 de junho
Às 15h - Mesa 3 - Santiago Nazarian
e Michel Laub
Às 17h - Mesa 4 - Fabiane Guimarães e Simone Campos
Ás 19h - Mesa 5 – Lourenço Mutarelli e Carol Bensimon

Domingo, dia 27 de junho
Às 15h - Mesa 6 - João Anzanello Carrascoza
e José Trajano
Às 17h - Mesa 7 - Paulo Henriques BrittoDaniel Galera
Às 19h - Mesa 8 - Bernardo Carvalho e Jeferson Tenório

.: Loja do Resenhando anuncia livro de Lady Di e Cristóvão Rilke. Confira!


O mês de junho é marcado pelas festas juninas e para a loja virtual do Resenhando.com, shopee.com.br/resenhando, não ficar de fora das comemorações, os Resenhanders Helder e Mary Ellen Miranda incluíram novos livros e brinquedos para venda. Já são mais de 100 itens cadastrados e disponibilizados nas prateleiras da lojinha. 

Entre os títulos em destaques está o volume "Uma Questão de Honra - O Mordomo de Lady Di conta toda a verdade". No livro "o mordomo da personagem mais comentada da história da civilização moderna. Paul Burrell, conta como foram os seus dias de trabalho para a rainha Elizabeth, e posteriormente, para a família do príncipe Charles e a querida (ou nem tanto) princesa Diana Spencer, Lady Di. Tom de fofoca? Sim o livro tem um pouco disso. Paul quis 'limpar' a própria a barra perante a imprensa e todo o mundo? Com certeza. Contudo, a história que ele conta pode e deve ter 'invenções', mas é certo que também há muita veracidade". Você pode comprar o livro aqui: "Uma Questão de Honra - O Mordomo de Lady Di conta toda a verdade"!

Além de livros, há também algumas antiguidades, como por exemplo, um exemplar do boneco Jaspion e do carro dele, de fricção, o Spielvan, lançado pela Glasslite, em 1992. Outros atrativos são um kit com três canetas em formato de pizza, pelúcia de um elefante fofo na cor lilás, a dupla Smurfette e Papai Smurf do McDonald´s, o CD + DVD, B´Day Deluxe, da cantora Beyoncé e também os livros de Chico Buarque: "Budapeste" e "Benjamin".

No entanto, ao visitar a loja, você verá que há muitas outras novidades para venda. Está com dúvida sobre como fazer a compra? No Shopee é super fácil, seja via cartão de crédito ou boleto bancário. Antes, caso não tenha, basta preencher um cadastro e usar cupons para frete grátis. 

Acesse os produtos clicando em shopee.com.br/resenhando e confira tudo o que está disponível na nossa loja virtual. Quer saber mais sobre algum item? É só perguntar no chat da lojinha do Resenhando. 

Boas compras em shopee.com.br/resenhando!


Confira os novos livros incluídos na lojinha:

"Aprendiz de inventor", de João Anzanello Carrascosa

"A Teus Pés", de Ana Cristina Cesar

"Benjamim", de Chico Buarque

"Budapeste", de Chico Buarque

"Cartas a um jovem poeta: canção amor morte porta-estandarte Cristóvão Rilke", de Rainer Maria Rilke

"Doença Mental e Psicologia", de Michael Foucault

"História da Bíblia para Jovens", de Regina Drummond

Kit de livros Ferreira Gullar, "Muitas vozes" e "Poema sujo", Editora José Olímpio, livros de poesia

"Monsieur d'eon é Mulher: um caso de intriga política", de Gary Kates

"O Árabe do Futuro 4: uma juventude no Oriente Médio (1987-1992), Riad Sattouf

"O Guia Geek de Cinema: a história por trás de 30 filmes de ficção científica que revolucionaram o gênero"

"O Planeta do Sr. Summer", de Saul Bellow

"O Repouso do Guerreiro", C. Rochefort

"O Salário do Medo", de Georges Arnoud

"Psicologia na Educação", de Cláudia Davis e Zilma de Oliveira

"Quando Me Amei de verdade", de Kim McMillen e Alison McMillen

"Rádio: 24 horas de jornalismo", de Marcelo Parada

"Shackleton: uma lição de coragem", de Margot Morrell e Stephanie Carpparell

"Sonhe Mais", de Jai Push

"Sou louco por você" de Federica Bosco

"Um amor de Cinema", de Victoria Van Tiem

"Walter Benjamin: tradução e melancolia, de Susana Kampff Lages

.: Fenômeno: “Sour”, álbum de estreia de Olivia Rodrigo, coleciona recordes


Com dez das 11 faixas já certificadas no Brasil, o disco permanece sendo o mais ouvido no Spotify desde o lançamento. 

“Sour”, o aguardado primeiro álbum completo de Olivia Rodrigo, lançado no dia 21 de maio, não para de surpreender e fazer história. Além de ter estreado em primeiro lugar na parada semanal de álbuns do Spotify Global, onde segue invicto por quatro semanas consecutivas, “Sour” repetiu o feito no Brasil e deu a Olivia Rodrigo o status de artista internacional que por mais tempo ocupou o primeiro lugar desde que a plataforma passou a divulgar as atualizações semanais do chart de álbuns no país.

No Brasil, “Sour” já atingiu a Certificação Platina Dupla e dez das 11 faixas foram certificadas em apenas um mês de lançamento do álbum. Lançado em 8 de janeiro, o single de estreia, “drivers license” já é Diamante Duplo no país. O segundo e o terceiro singles, “deja vu”, lançado em 1º de abril, e “good 4 u”, lançado uma semana antes do álbum, em 14 de maio, alcançaram o status de Platina Tripla. As faixas “traitor” e “favorite crime”, mesmo não sendo singles, já têm certificação Platina e as faixas “happier”, “brutal”, “jealousy, jealousy”, “enough for you” e “1 step forward, 3 steps back”, já são Ouro no Brasil. A certificação Ouro da faixa “hope ur ok” deve ser confirmada nos próximos dias.

Tendo iniciado sua carreira musical como artista solo em 2021, a estreante Olivia Rodrigo já é de longe a artista internacional mais ouvida do ano no Spotify Brasil, entre homens e mulheres. Olivia também se tornou a artista internacional feminina com o maior número de músicas no Top 200 em um mesmo dia – todas as 11 faixas de “Sour”.

Esses recordes se somam a tantos outros que a artista tem quebrado no mundo inteiro.  O disco debutou em primeiro lugar na Billboard 200 e já obteve o Certificado de Ouro da RIAA em sua primeira semana. Em sua estreia, o álbum ainda conquistou o topo das paradas no Reino Unido, Canadá, Chile, Dinamarca, Irlanda, Noruega, Holanda, Suécia Austrália, Nova Zelândia, Portugal, Espanha, México e no Brasil. 

Apresentado em maio, “Sour” também obteve o maior número de streams de áudio nos EUA para um álbum de estreia feminino de todos os tempos e quebrou o recorde do álbum mais transmitido em uma semana por uma artista feminina na história do Spotify, além de ser o mais rápido a ultrapassar um bilhão de streams.  O disco também estabeleceu um novo recorde de streaming de todos os tempos no Official Chart U.K.

Inteiramente coescrito por Olivia, “Sour” também fez história como o primeiro álbum de estreia a ter duas músicas que entraram no Billboard Hot 100 em Nº 1 - a primeira foi o monumental single de estreia de Rodrigo, “drivers license” (https://umusicbrazil.lnk.to/DriversLicensePR) e a segunda foi o hit “good 4 u”.

Em janeiro de 2021, a chegada do single de estreia recordista de Rodrigo, “drivers license”, revelou o tremendo poder de sua autoafirmação - e finalmente consolidou seu status como a jovem artista mais promissora a surgir neste ano. A canção estreou em primeiro lugar na Billboard Hot 100, mantendo o primeiro lugar por oito semanas consecutivas e se tornando a primeira em 2021 a atingir um bilhão de streams globais totais e a conquistar os Certificados de Ouro, Platina, Platina Dupla e Platina Tripla pela RIAA.

Em abril de 2021, Olivia Rodrigo voltou a fazer história na indústria musical com o lançamento de seu single seguinte, “deja vu”, tornando-se a primeira artista a estrear seus dois primeiros singles no Top 10 da Billboard Hot 100. Uma semana antes de lançar o álbum completo, em maio, Olivia apresentou ao público o single “good 4 u”, com uma sonoridade pop punk, bem diferente das baladas anteriores.

A faixa acumulou mais de 7 milhões de streams em apenas uma semana e chegou ao primeiro lugar do chart global do Spotify, onde se encontra hoje isolada, com uma diferença de mais de 2.9 milhões de reproduções diárias para o segundo lugar. O clipe oficial teve mais de 35 milhões de views na semana de estreia e já superou a marca de 127 milhões de visualizações. 

O que disseram sobre o álbum

'Sour' confirma que este é apenas o começo de sua história, onde ela habilmente passeia pela onda de turbulência adolescente e caos emocional por qualquer caminho que ela escolher” – Rolling Stone

'Sour' é o primeiro passo para insistir que o olhar que mais importa é aquele no espelho, não importa quem mais esteja olhando” – The New York Times

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