A atriz e bailarina Larissa Cavalante integra o elenco da nova montagem do musical “A Megera Domada” com direção geral de Fernanda Chamma
Larissa Cavalante dará vida a personagem Gaby, a fitness. O musical é mais uma realização do Estúdio Broadway e conta a participação de jovens talentos do teatro musical nacional, a adaptação do clássico de William Shakespeare e está em cartaz no Teatro Cassiano Gabus Mendes, em São Paulo.
Seguindo todos os protocolos de segurança exigidos pela OMS, o texto de Leonardo Robbi se passa numa escola com momentos de romance e comicidade, onde Catarina, com sua forte personalidade, assusta os garotos que a evitam por considerá-la muito durona, uma verdadeira megera. Com a chegada de Petrúquio, um jovem estudante que acabou de se mudar para a cidade, tudo pode acontecer…
Com idealização de Cininha de Paula e Fernanda Chamma, direção geral de Fernanda Chamma, encenação de Daniela Stirbulov, direção musical de Willian Sancar e coreografias de Thiago Garça, A Megera Domada - O Musical é uma forma de mostrar ao grande público que Shakespeare pode ser atual, moderno, e musical, proporcionando um programa cultural e divertido para toda família.
Sinopse: Catarina é uma garota bonita que possui uma personalidade forte. Já Bianca, sua irmã, é o oposto, meiga e sensível ela é a garota mais desejada da escola. O pai das meninas, já viúvo, orientou Batista, o irmão mais velho, a não permitir que Bianca tivesse um encontro amoroso antes de Catarina. Com a chegada de Petrúquio, um garoto do interior que acabou de chegar na cidade, ele aceita o desafio de conquistar a megera. Será que ela é tão indomável assim?
Sobre a atriz: Larissa Cavalante é bailarina, atriz e cantora. Estuda ballet desde 2 anos de idade e está em formação na Royal Academy of Dance, através do Núcleo Arte e Saúde. Já fez parte de espetáculos de ballet, "Família Adams", pelo TeenBroadway, e integrou o elenco de "Matilda in Concert" e "Christmas Show", dirigidos por Fernanda Chamma.
"O Projeto Decamerão" é uma coletânea de contos originais encomendados pelo jornal The New York Times e publicados online durante o período de isolamento mundial. Conforme o coronavírus avançava pelo mundo, vinte e nove autores, incluindo grande nomes como Margaret Atwood, Tommy Orange, Mia Couto, Julian Fuks, Colm Tóibín e o vencedor do National Book Award 2020 Charles Yu, entre outros, escreveram sobre nova realidade que nos foi imposta, cada um deles analisando a pandemia por um prisma.
Se em 1353, Giovanni Boccaccio escreveu"O Decamerão", composto por cem histórias contadas por um grupo de jovens que saem de Florença para quarentenar em seus arredores enquanto aguardavam o fim da peste bubônica, doença que matou mais de 25 milhões de pessoas, em março de 2020, os editores do jornal The New York Times criaram "O Projeto Decamerão", uma antologia com um objetivo simples e determinado: reunir uma coletânea de histórias escritas enquanto a pandemia da covid-19 atingia os quatro continentes.
Um trabalho que será lembrado como uma homenagem histórica a um tempo e lugar diferente de qualquer outro em nossas vidas, e oferecerá perspectiva e consolo ao leitor até que o covid-19 seja, felizmente, apenas uma memória.
O empresário gaúcho Gustavo Miotti é um viajante nato, e também um idealista. Percorreu mais de 70 países a trabalho, estudo ou passeio. Já viveu na Itália, Reino Unido, estudou na China e Índia. Há cinco anos, mora nos Estados Unidos, onde pesquisa atitudes relativas à globalização em seu doutorado no Rollins College.
Agora, o cientista econômico reúne essas vivências sobre diferentes culturas e modelos socioeconômicos em um livro. "Crônicas de Uma Pandemia" apresenta as reflexões e percepções intimistas sobre países com regimes ditatoriais e democráticos. Informação, história e descontração se misturam.
Conexões imperceptíveis a olhares menos sensíveis são afloradas na visão intimista de Gustavo Miottiem "Crônicas de Uma Pandemia - Reflexões de Um Idealista". Viajante nato, o autor uniu experiências pelo mundo a reflexões sobre a condição humana nos dois principais sistemas socioeconômicos. Destinos complexos como Coreia do Norte, Etiópia e Cuba são abordados na primeira parte da obra. Em “Sob a Sombra do Comunismo”, Gustavo compartilha histórias, descobertas e a impressão de um brasileiro acerca das imposições da doutrina econômica no cotidiano de homens e mulheres. Pequenos detalhes ascendem observações analíticas sobre temas que vão da política à ciência.
O autor também narrou uma viagem à antiga Tchecoslováquia, pois “queria conhecer a vida do outro lado do muro e como estavam se adaptando à democracia”. O país, que em 1992 fazia transição entre o comunismo e o capitalismo, chamava a atenção do então jovem viajante por conta da beleza da cidade de Praga e de um personagem em especial: o presidente Vaclav Havel.
Ele assumiu a presidência logo após a queda do regime comunista e conduziu o processo de separação amigável do país entre tchecos e eslovacos de forma brilhante. Em apenas seis meses, os tchecos e os eslovacos voltaram a ter países independentes, sem uma gota de sangue, algo raro na europa oriental da época.
Após discorrer sobre a experiência coreana, o autor atravessa o oceano para dissecar os Estados Unidos. Intitulada “A Fragilidade da Democracia”, a segunda parte do livro mergulha naquele que talvez seja o principal paradoxo da mais antiga democracia do mundo: a luta pela igualdade racial. Da escravidão à guerra civil, as crônicas adentram no período pandêmico para revelar as investidas da Casa Branca em tentar abrandar as estatísticas desoladoras no país, onde o autor vive há cinco anos.
Quem se interessa por política, cultura e relações internacionais encontra em "Crônicas de Uma Pandemia - Reflexões de Um Idealista" um panorama sociocultural contemporâneo na perspectiva de um brasileiro que percorreu mais de 70 países. Além do Brasil e EUA, Gustavo Miotti morou também na Itália, Reino Unido e estudou na China e na Índia. Empresário e cientista econômico, atualmente pesquisa atitudes relativas à globalização em seu doutorado.
Aos 19 anos, cozinheiros tentam nova chance no talent show mais famoso e disputado do país. Daphne e Eduardo voltam ao MasterChef após seis anos. Fotos: Divulgação/Band
O "MasterChef Brasil" retoma o formato original na oitava edição com cozinheiros amadores, que estreia dia 6 de julho, às 22h30, na tela da Band. Além da chegada de Helena Rizzo, chef brasileira mais premiada no mundo, o talent show trará outras grandes novidades. Uma delas é a volta de Daphne e Eduardo, hoje com 19 anos, ex-participantes do "MasterChef Júnior", exibido em 2015. Seis anos após estrearem na cozinha mais disputada do país, eles retornam à competição para mostrar toda a evolução na gastronomia depois de atingirem a maioridade.
A participação de Daphne na temporada Júnior foi marcada pela vitória na prova de empanadas. Na época, a receita da adolescente de 13 anos acabou entrando no cardápio do La Guapa, da chef Paola Carosella. Nascida em São Paulo, ela mora atualmente na Praia Grande, litoral de São Paulo, é skatista profissional e pratica surfe, mas continua se aperfeiçoando diante do fogão. Entre suas maiores inspirações está o chefGrégoire Berger, que atua em Dubai.
Já Eduardo ficou em quarto lugar e prometeu voltar para ganhar o título. Mais maduro, ele acredita que conseguirá lidar melhor com as questões emocionais e com o espírito de competividade. Nascido e criado em São Paulo, o cozinheiro estuda Administração de Empresas na Fundação Getúlio Vargas e quer usar o curso para potencializar sua gastronomia, criando negócios a partir disso e aprendendo questões de gerenciamento para não falir. Ao longo dos últimos seis anos, aprimorou as técnicas, enxergou o que havia feito errado e aprendeu a fazer o básico bem-feito.
O "MasterChef Brasil" é um formato da Endemol Shine Group. O programa é uma produçãoEndemol Shine Brasil para a Bande para o Discovery Home & Health. O talent show estreia dia 6 de julho, às 22h30, na tela da Band, com transmissão simultânea no Portal da Band e no aplicativo BandPlay. A partir de 9 de julho, a atração também será exibida toda sexta-feira, às 19h40, no canal Discovery Home & Health.
Em homenagem aos cem anos da morte de João do Rio, site organizado pela jornalista Cristiane d'Avila disponibiliza, em acesso livre, textos inéditos do repórter e cronista. São arquivos digitais da coluna Bilhete do jornal A Pátria, fundado por ele meses antes de sua súbita morte, em 23 de junho de 1921. As 52 colunas estão transcritas, organizadas por data de publicação e podem ser consultadas por ano, mês e palavras-chave. Você pode conferir os textos no site: https://www.bilhetesdejoaodorio.com.br.
João do Rio, pseudônimo de João Paulo Emílio Cristóvão dos Santos Coelho Barreto (Rio de Janeiro, 5 de agosto de 1881 - 23 de junho de 1921) foi um jornalista, cronista, tradutor e teatrólogo brasileiro. Considerado um pioneiro da crônica-reportagem, ele era membro da Academia Brasileira de Letras.
Filho de Alfredo Coelho Barreto, professor de matemática e positivista, e da dona de casa Florência dos Santos Barreto, Paulo Barreto nasceu na rua do Hospício, 284 (atual rua Buenos Aires, no Centro do Rio de Janeiro). Estudou Português no Colégio São Bento, onde começou a exercer seus dotes literários, e aos 15 anos prestou concurso de admissão ao Ginásio Nacional (hoje, Colégio Pedro II).
Em 1º de junho de 1899, com 17 anos incompletos, teve seu primeiro texto publicado em O Tribunal, jornal de Alcindo Guanabara. Assinado com seu próprio nome, era uma crítica intitulada Lucília Simões sobre a peça "Casa de Bonecas" de Ibsen, então em cartaz no teatro Santana (atual Teatro Carlos Gomes).
Prolífico escritor, entre 1900 e 1903 colaborou sob diversos pseudônimos com vários órgãos da imprensa carioca, como O Paiz, O Dia, Correio Mercantil, O Tagarela e O Coió. Em 1903 foi indicado por Nilo Peçanha para a Gazeta de Notícias, onde permaneceu até 1913. Foi neste jornal que, em 26 de novembro de 1903, nasceu João do Rio, seu pseudônimo mais famoso, assinando o artigo "O Brasil Lê", uma enquete sobre as preferências literárias do leitor carioca. E, como indica Gomes (1996, p. 84), "daí por diante, o nome que fixa a identidade literária engole Paulo Barreto. Sob essa máscara publicará todos os seus livros e é como granjeia fama. Junto ao nome o nome da cidade".
E é como João do Rio que assina o texto do magnífico álbum sobre o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, lançado pela Photo Musso em 1913. Ali divergiu de seu amigo e colega teatrólogo Arthur Azevedo, ao elogiar o pano de boca do Theatro, pintado por Eliseu Visconti, obra cuja concepção havia sido ferozmente atacada por Arthur Azevedo antes de sua morte, em 1908.
Paulo Barreto, jornalista Segundo seus biógrafos, ao profissionalizar-se, Paulo Barreto representou o surgimento de um novo tipo de jornalista na imprensa brasileira do início do século XX. Até então, o exercício do jornalismo e da literatura por intelectuais era encarado como "bico", uma atividade menor para pessoas que possuíam muitas horas vagas à disposição (como funcionários públicos, por exemplo). Paulo Barreto move a criação literária para o segundo plano e passa a viver disso, empregando seus pseudônimos (mais de onze) para atrair diversos públicos e leitores. Foi diretor da revista Atlantida (1915-1920) e colaborou na revista Serões (1901-1911).
As Religiões no Rio Entre 22 de fevereiro e abril de 1904, realizou uma série de reportagens intituladas "As Religiões no Rio", que além de seu caráter de "jornalismo investigativo", constituem-se em importantes análises de cunho antropológico e sociológico, cedo reconhecidas como tal, particularmente no tocante as quatro matérias pioneiras sobre os cultos africanos na Pequena África, que antecedem em mais de um quarto de século as publicações de Nina Rodrigues sobre o tema (além de que, a obra de Rodrigues ficou praticamente restrita aos círculos acadêmicos baianos).
Estudiosos apontaram semelhanças entre "As Religiões do Rio" e o livro "Les Petites Réligions de Paris" (1898), do francês Jules Bois. Todavia, a semelhança parece estar muito mais na ideia geral (uma investigação sobre as manifestações religiosas minoritárias numa grande cidade) do que no plano da realização formal.
A série de reportagens despertou tamanha curiosidade que Paulo Barreto a publicou em livro, tendo vendido mais de oito mil exemplares em seis anos. A proeza é ainda mais impressionante levando-se em conta o restrito público leitor da época, num país com elevadas taxas de analfabetismo.
Alguns biógrafos criticam o cronista pelo fato de que, ao perceber o filão representado pela publicação de coletâneas (algo que se tornaria comum na segunda metade do século XX), Paulo Barreto tenha descoberto uma "fórmula" para inflacionar a própria bibliografia. Todavia, uma análise das coletâneas publicadas ao tempo de sua curta vida repele tal afirmação. Primeiro, ele fazia uma seleção dos textos que iriam ser publicados; e, segundo, os textos selecionados possuíam unidade entre si, concordante com o título geral da obra e previamente justificados por um parágrafo introdutório.
Paulo Barreto, imortal Eleito para a Academia Brasileira de Letras em sua terceira tentativa, em 1910, Paulo Barreto foi o primeiro a tomar posse usando o hoje famoso "fardão dos imortais". Anos depois, com a eleição de seu desafeto, o poeta Humberto de Campos, ele se afastou da instituição. Conta-se que, quando informada de sua morte, a mãe avisou expressamente que o velório não poderia ser feito lá, pois o filho não aprovaria a ideia.
Paulo Barreto, homossexual A orientação sexual de Paulo Barreto desde cedo constituiu-se em motivo de suspeita (e posteriormente, de troça) entre seus contemporâneos. Solteiro, sem namorada ou amante conhecidas, muitos de seus textos deixam transparecer uma inclinação homoerótica bastante explícita. As suspeitas praticamente se confirmaram quando ele se arvorou em divulgador na terra brasileira, da obra do "maldito" Oscar Wilde, de quem traduziu várias obras.
Figura ímpar, que se vestia e se comportava como um "dândi de salão" (Rodrigues, 1996, p. 239), Paulo Barreto jamais ousou desafiar os estereótipos com os quais a sociedade rotula os homossexuais. Todavia, ao se propôr a defender novas ideias nos campos político e social, sua figura "volumosa, beiçuda, muito moreno, lisa de pelo" (como registrou Gilberto Amado) tornou-se um alvo perfeito para toda sorte de ataques, dentre os quais se destaca Humberto de Campos.
É nesse contexto que se insere seu suposto "flirt" com Isadora Duncan, que se apresentou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro em 1916. Duncan e Barreto já haviam se conhecido anteriormente, em Portugal, mas foi somente durante a temporada no Rio que se tornaram íntimos. O grau dessa intimidade é um mistério. Especula-se que tudo poderia não ter passado de uma "jogada de marketing" para atrair a atenção da imprensa, embora outras fontes citem um suposto diálogo em que a bailarina teria interpelado Barreto sobre sua pederastia, ao que ele teria respondido: "Je suis très corrompu" ("Sou muito corrompido").
Paulo Barreto, paladino Em 1920, Paulo Barreto fundou o jornal A Pátria (chamado ironicamente de A Mátria por seus detratores), no qual buscou defender os interesses dos "poveiros", pescadores lusos oriundos em sua maioria de Póvoa de Varzim, e que abasteciam de pescado a cidade do Rio de Janeiro. Ameaçados por uma lei de nacionalização do governo brasileiro, que exigia que a pesca fosse exercida apenas por nacionais, e os obrigava a naturalizar-se para poder continuar na profissão, os "poveiros" entraram em greve.
A atividade de Barreto em prol da colônia portuguesa granjeou-lhe grande quantidade de inimigos, um sem-número de ofensas morais ("manta de banha com dois olhos" foi uma das mais leves) e até mesmo um covarde episódio de agressão física, quando, surpreendido enquanto almoçava sozinho num restaurante, foi surrado por um grupo de nacionalistas.
A morte de João do Rio Obeso, Paulo Barreto sentiu-se mal durante todo o dia 23 de junho de 1921. Ao pegar um táxi, o mal-estar aumentou e ele pediu ao motorista que parasse e lhe trouxesse um copo d'água. Antes que o socorro chegasse, no entanto, ele faleceu, vítima de um enfarte do miocárdio fulminante.
A notícia de que João do Rio havia morrido espalhou-se por toda a cidade rapidamente. Estima-se que cerca de 100 mil pessoas tenham comparecido para o último adeus ao escritor que certa feita, sob o pseudônimo de Godofredo de Alencar, havia registrado sua opção preferencial pela diversidade: "Nas sociedades organizadas interessam apenas: a gente de cima e a canalha. Porque são imprevistos e se parecem pela coragem dos recursos e a ausência de escrúpulos." (Gomes, 1996, p. 29).
Homenagens póstumas Os restos de João do Rioencontram-se sepultados em uma magnífica tumba de mármore italiano e bronze, erguida por ordem de sua mãe, no Cemitério de São João Batista, no bairro de Botafogo. Também por ordem de sua mãe, a biblioteca de João do Rio foi doada ao Real Gabinete Português de Leitura, onde ainda hoje pode ser vista uma placa comemorativa do ato. O túmulo deJoão do Rio é considerado um dos mais belos trabalhos de arte funerária no Rio de Janeiro e atrai muitos visitantes.
O nome Paulo Barreto batiza uma rua inexpressiva no mesmo bairro de Botafogo. Como apontou Graciliano Ramos, "a homenagem que lhe tributaram é modesta: ofereceram-lhe uma rua curta" (Gomes, 1996, p. 11). A Póvoa de Varzim, em Portugal, também deu o seu nome a uma pequena rua mesmo no centro da cidade, junto à Câmara Municipal. Em Lisboa, Portugal, o seu nome foi dado a uma praça onde se encontra um pequeno monumento em sua honra contendo as suas seguintes palavras: "Nada me devem os portugueses por amar e defender portugueses, porque assim amo, venero e quero duas vezes a minha pátria". João do Rio é patrono da cadeira número 34 da Academia Irajaense de Letras e Artes (AILA) ocupada pelo escritor e poeta acadêmico Agostinho Rodrigues, fundador da entidade, em 1993.
Um dos folhetins mais representativos das tradições e relações sociais do país estreia no Globoplay nesta segunda-feira, dia 21, como parte do projeto de resgate dos clássicos da dramaturgia. Trinta e cinco anos após o último capítulo exibido originalmente na TV Globo, "Roque Santeiro" fica disponível na plataforma. Em uma sátira atemporal à exploração política e comercial da fé popular, a obra entrou para a história das novelas com os acontecimentos da cidade fictícia de Asa Branca. Lá, os moradores vivem em função dos supostos milagres de Roque Santeiro (José Wilker), um coroinha e artesão de santos de barro que teria morrido como mártir ao defender a cidade do bandido Navalhada (Oswaldo Loureiro).
O falso santo, porém, reaparece em carne e osso alguns anos depois, ameaçando o poder e a riqueza das autoridades locais. Entre os que se sentem ameaçados com a volta de Roque estão o conservador padre Hipólito (Paulo Gracindo), o prefeito Florindo Abelha (Ary Fontoura), o comerciante Zé das Medalhas (Armando Bógus) e o temido fazendeiro Sinhozinho Malta (Lima Duarte), amante da pretensa viúva do santo, a fogosa Porcina (Regina Duarte).
Fazendeiro e chefe político local, Sinhozinho Malta é vaidoso e sua vida se resume a mulheres e dinheiro. Tem como uma de suas metas a construção do aeroporto da cidade, que vai lhe render muitos lucros. Tem avião próprio, limusine e uma grande coleção de perucas. Pretende se casar com Viúva Porcina por ser apaixonado por ela e para somar influência. Já Porcina é inteligente e intuitiva, especialmente para negócios vantajosos. Incentivada por Sinhozinho, ela, que sequer conhecia Roque, espalhou a mentira de que havia se casado com o milagreiro e acabou se transformando em patrimônio da cidade. Quando conhece Roque, apaixona-se de fato por ele, formando com Sinhozinho e o santo o principal triângulo amoroso da trama.
“A novela foi um sucesso e um divisor de águas. Ela era um microcosmos do nosso país, por isso o espectador se identifica. Eu gosto de me ver e pretendo assistir à novela toda”, Lima Duarte afirma. Ele ainda comenta como surgiu um dos gestos mais emblemáticos do personagem: o chacoalhar das pulseiras de ouro seguido do inesquecível bordão “tô certo ou tô errado?”. “Isso tudo precisava que estivesse bem fundamentado na psicologia do personagem. O Sinhozinho era vaidoso, vestia camisa de seda, estava sempre de peruca porque não suportava calvície e usava muito ouro. Ao gravar, eu gesticulava muito e numa cena que era quase um monólogo, eu acabei sacudindo a mão forte e interferiu na captação do áudio. Fez muito barulho das pulseiras e eu sugeri incorporar esse som. Assim, de forma despretensiosa, surgiu essa mania de sacudir as pulseiras e mostrar o ouro junto do jargão do personagem”, relembra.
O jornalismo profissional, sitiado por uma avalanche de fake news, minado pela perda de publicidade para plataformas digitais e fustigado pelos ataques do populismo redivivo, está em crise – uma crise histórica, de consequências existenciais, que coincide com a perda de eficácia e representatividade das democracias liberais. Os desafios e oportunidades da imprensa neste cenário conturbado são os temas de "Tempestade Perfeita".
A partir da própria experiência, Caio Túlio Costa, Cristina Tardáguila, Helena Celestino, Luciana Barreto, Marina Amaral, Merval Pereira e Pedro Bial se debruçam sobre os principais temas que definem a agenda do jornalismo hoje: que postura adotar diante de líderes legitimamente eleitos, mas que sistematicamente erodem as fundações da democracia? Como fazer face ao crescimento exponencial das mídias sociais e suas consequências, tal como o incentivo à polarização e a relativização do conceito de verdade?
Questões complexas, com esparsos precedentes. “Estamos redescobrindo”, aponta o editor Roberto Feith na apresentação à coletânea, “a importância de algo que, até há pouco, parecia tão óbvio que beirava a irrelevância: que sem um sentido compartilhado do que constitui um fato, não há futuro nem para a democracia, nem para a imprensa.”
Os autores de "Tempestade Perfeita: Sete Visões da Crise do Jornalismo Profissional" abordam também as limitações do jornalismo brasileiro. Helena Celestino, ex-editora executiva de O Globo, eMarina Amaral, uma das fundadoras da Agência Pública, convergem na análise de que a produção de notícias sempre foi e ainda segue pautada pelo olhar do homem branco de classe média. Luciana Barreto, âncora da CNN Brasil, sublinha as consequências da falta de diversidade nas redações: “Os anos em que convivo em redações embranquecidas me permitem dizer que há um impacto imediato da ausência de diversidade no conteúdo que produzimos: falta perspectiva do nosso olhar sobre a notícia”.
Caio Túlio Costa, ex-ombudsman da Folha de S.Paulo e um dos fundadores do UOL, desenvolve uma análise profunda e multifacetada sobre o futuro das empresas da imprensa tradicional. Ao final, Caio apresenta sete eixos para a construção de um modelo de negócios eficaz e inovador para o jornalismo em um mundo digital.
Neste momento em que fake news e “verdades alternativas” são instrumentalizadas como armas da disputa política, Cristina Tardáguila, fundadora da Agência Lupa e pioneira do fact-checking, relata a evolução da verificação de notícias no Brasil e lança um alerta: “Se o Brasil parece estar sofrendo o que ocorre nos Estados Unidos com dois anos de diferença, nossa próxima eleição presidencial será repleta de questionamentos relativos a fraudes. Melhor começar a atuar contra isso imediatamente”.
Com uso refinado da metalinguagem e sua consagrada verve literária, Pedro Bialune ficção e realidade em texto que discute o conceito da neutralidade jornalística e a recente ideia de “clareza moral” - “a proposição de que a imprensa tem a obrigação moral de ir além da simples publicação de um acontecimento. Ela precisa inserir esse fato no seu contexto histórico e social e transmitir aos leitores uma perspectiva informada por esse contexto”.
Membro da Academia Brasileira de Letras, Merval Pereira encerra a coletânea apontando o complexo desafio da imprensa nestes novos tempos: defender a liberdade de expressão enquanto se combate a desinformação. “No mundo atual”, escreve Merval, “em que governos autoritários querem impor sua vontade sobre as instituições democráticas, o jornalismo, mais do que nunca, tem a missão de defender as instituições”.
Sem adulação, com olhar crítico e, principalmente, com a clareza de quem escreve diretamente do front, a coletânea compõe um recorte plural, porém com uma convicção compartilhada: o jornalismo profissional enfrenta uma crise sem precedentes, mas corre atrás, busca novos modelos, tenta se renovar, ciente de que é uma das instituições fundamentais da sociedade democrática. Nesta era, na qual a informação de qualidade é o valor maior, os autores afirmam, a imprensa não vai perecer.
Sobre os autores
Caio Túlio Costa é jornalista e pioneiro em comunicação digital. Foi editor, secretário de redação, correspondente internacional, ombudsman e diretor da Folha de S. Paulo. Um dos fundadores do Uol, foi seu diretor-geral até 2002 e, depois, presidente do iG. Doutor em comunicação pela USP, foi pesquisador convidado da Universidade Columbia, em Nova York.
Cristina Tardáguila é fundadora da Agência Lupa, a primeira organização especializada em fact-checking do Brasil. Formada pela UFRJ, fez pós-graduação na Universidad Rey Juan Carlos, em Madri, e MBA em marketing digital na Fundação Getulio Vargas, no Rio de Janeiro. Trabalhou como repórter e editora na agência EFE, nos jornais O Globo e Folha de S.Paulo e na revista Piauí.
Luciana Barreto é âncora da CNN Brasil. Atualmente está à frente dos programas CNN Nosso Mundo, Realidade CNN e CNN Novo Dia e comanda o podcast “Entre vozes”. Formada pela PUC-Rio, já trabalhou nos canais Futura, GNT, BandNews, na TV Bandeirantes, TVE e TV Brasil. É mestre em relações étnico-raciais e palestrante e ativista de direitos humanos.
Helena Celestino é jornalista e colaboradora da revista do Valor Econômico. Foi editora executiva de O Globo por treze anos, manteve de Londres uma coluna sobre assuntos internacionais no jornal e foi correspondente em Paris e Nova York. Com mestrado em antropologia, etnologia e ciências da religião na Universidade Paris VII, é formada em comunicação pela UFRJ.
Marina Amaral começou no jornalismo em 1984 na Folha de S. Paulo. Depois de trabalhar dez anos na grande imprensa (Globo Rural, TV Cultura e Record), juntou-se à equipe da revista Caros Amigos, na qual foi repórter, editora e diretora até 2007. Em 2011 foi uma das fundadoras da Agência Pública, a primeira agência de jornalismo investigativo sem fins lucrativos do Brasil, onde atua como diretora e editora.
Merval Pereira participa do conselho editorial do Grupo Globo. É membro das Academias Brasileira de Letras, Brasileira de Filosofia e de Ciências de Lisboa. Recebeu os prêmios Esso de Jornalismo e Maria Moors Cabot da Universidade Columbia. É colunista de O Globo e comentarista da CBN e da GloboNews.
Pedro Bial atua em comunicação, na TV e no cinema, como diretor, roteirista e documentarista, e é escritor, com vários livros publicados. Formou-se em jornalismo na PUC, em 1980. Desde 1981 trabalha na TV Globo, onde começou como trainee, foi editor, repórter, correspondente e apresentador. Hoje comanda o talk show diário "Conversa com Bial".
Novo livro de Leandro Karnal reúne crônicas inéditas e os melhores textos publicados no jornal Estadão.
Historiador referência no Brasil, Leandro Karnal inspira milhares de pessoas todos os dias, seja na televisão, na internet ou pela escrita. Professor, membro da Academia Paulista de Letras e escritor best-seller com os livros "Crer ou Não Crer"e"O Dilema do Porco Espinho", Karnal lança agora uma coletânea de crônicas muito especial. "A Coragem da Esperança", lançamento pela editora Planeta, reúne os melhores textos publicados no jornal O Estado de S. Paulo, além de crônicas inéditas.
No Brasil, a sequência de crises faz parecer que não há uma saída. Uma pandemia de covid que parece não ter fim, crise política, crise na economia. Mas Karnal nos incentiva a persistir na esperança, em acreditar na "vontade imperiosa da vida em se manter e continuar", apesar de tudo. Nas crônicas reunidas em "A Coragem da Esperança", o historiador aborda temas atuais de grande relevância e reflete sobre a memória, a cultura, as relações sociais.
No prefácio da obra, o jornalista Ignácio Loyola de Brandão afirma que Karnal escreve um livro um livro que o leitor não vai querer que acabe. Em uma realidade de desesperança, o historiador mostra que é preciso ter coragem para voltar a enxergar sob a neblina. "Que cada crônica seja sua ilha ou, ao menos, uma pequena boia. Sempre estivemos à deriva. Agarre-se! Ler é flutuar a esmo na íris da eternidade, com esperança, de preferência", sugereLeandro Karnal.
O que disseram sobre o livro "O que é útil? Seria eu inútil? Farei falta? E se ninguém sentir minha falta? Entramos na roda e esse é o momento de olharmos para nós mesmos. Mas prossiga, a resposta pode estar lá na frente em outro texto deste "A coragem da esperança". Esta é uma das muitas manobras sutis deste cronista. Fala por meio de fábulas". - Ignácio Loyola de Brandão, escritor, jornalista, membro da Academia Brasileira de Letras, no prefácio do livro.
Sobre o autor: Leandro Karnal é historiador, professor, escritor, palestrante, youtuber e apresentador de TV. Doutor em História Cultural pela Universidade de São Paulo, autor best-seller dos livros "Crer ou Não Crer" e "O Dilema do Porco Espinho", ambos publicados pela editora Planeta. É apresentador do programa CNN Brasil Tonight, colunista no jornal O Estado de S. Paulo e Zero Hora (RS). Tornou-se um grande influenciador digital, com mais de 3,6 milhões de seguidores no Instagram e quase 1 milhão de inscritos no YouTube (Prazer, Karnal). É um dos mais requisitados palestrantes do país, além de recentemente ter sido eleito para a Academia Paulista de Letras.
Lady Gaga apresenta hoje a edição especial do álbum “Born This Way”, intitulada “Born This Way The Tenth Anniversary”, que é lançada via Universal Music (Interscope Records). O novo compilado conta com 14 músicas originais do disco de 2011, em uma nova embalagem, junto com seis versões reinventadas de canções do álbum criadas por artistas que representam e defendem a comunidade LGBTQIA+.
Antes do lançamento do álbum completo, a cantora apresentou na última terça-feira, dia 22, o cover da música “The Edge of Glory”, assinada pelo Years & Years. Também ficaram disponíveis três covers lançados nas últimas semanas: “Judas”, com Big Freedia; “Born This Way”, com Orville Peck; e “Marry The Night”, com Kylie Minogue. Somam-se a essa lista Ben Platt, com sua versão de “Yöu And I”, além de The Highwomen, Brittney Spencer e Madeline Edwards, que se uniram na versão reimaginada de “Highway Unicorn (Road to Love)”.
A nova edição vem comemorando os dez anos de lançamento do álbum original “Born This Way” e seu legado em West Hollywood (EUA). Recentemente, Lady Gaga recebeu as chaves da cidade e uma homenagem que nomeou 23 de maio como “Born This Way Day”. Além disso, a cantora disponibilizou uma coleção muito especial de produtos “Born This Way” com designs totalmente novos, que estão disponíveis em shop.ladygaga.com.
Em comemoração ao lançamento do álbum, a revista Paper, em parceria com o Club Quarantine, irá para promover um evento online. A festa vai acontecer pela plataforma Zoom neste sábado, dia 26, às 22h (horário de Brasília), e contará com a participação especial de Big Freedia, entre outros convidados. Mais informações em: https://www.papermag.com/btw10year.
Em maio do ano passado, Lady Gaga lançou seu tão esperado sexto álbum de estúdio,“Chromatica”, que estreou em 1º lugar nas paradas do iTunes em 58 países. Produzido por BloodPop® e Lady Gaga, o álbum apresenta as colaborações de Ariana Grande, Elton John e BLACKPINK.
Tracklist “Born This Way The Tenth Anniversary”:
1. “Marry the Night” 2. “Born This Way” 3. “Government Hooker” 4. “Judas” 5. “Americano” 6. “Hair” 7. “Scheiße” 8. “Bloody Mary” 9. “Bad Kids” 10. “Highway Unicorn (Road to Love)” 11. “Heavy Metal Lover” 12. “Electric Chapel” 13. “Yoü and I” 14. “The Edge of Glory”
Born This Way Reimagined Tracklist:
1. “Marry the Night” -Kylie Minogue 2. “Judas” -Big Freedia 3. “Highway Unicorn (Road to Love)” -The Highwomen Featuring Brittney Spencer & Madeline Edwards 4. “Yoü and I” - Ben Platt 5. “The Edge of Glory” - Years & Years 6. “Born This Way (The Country Road Version)" - Orville Peck
A série documental vai retratar o processo da família Gil para a criação de um show inédito que vai reunir os integrantes da família no palco em 2022. As filmagens da série, estrelada por Gilberto Gil, Preta, Bela, Flor, Flora, Bem, José, João, Francisco, Nara, Marília, Maria e família, começaram nesta semana. Criada por Andrucha Waddington e produzida pela Conspiração, a série estará disponível no Prime Video em 240 países e territórios em todo o mundo.
O Amazon Prime Video anuncia hoje uma nova série documental brasileira Original Amazon apresentando uma das famílias mais famosas da cena cultural brasileira: os Gil, liderada pelo premiado cantor e compositor Gilberto Gil. A produção estará disponível no Prime Video em mais de 240 países e territórios em todo o mundo.
A série vai retratar a família Gil reunida por duas semanas em sua casa de campo para criar um show inédito que contará apenas com os familiares no palco, e se tornará uma turnê mundial em 2022. Os episódios mostrarão mais sobre a intimidade dos Gil, trazendo a rotina, a interação e os conflitos entre eles.
A produção vai reunir Gilberto Gil, Preta Gil, Bela Gil, Flor, Flora, Bem, José, João, Francisco, Nara, Marília e Maria ao lado de outros familiares, vai mostrar o dia a dia e interações entre eles nunca vistas antes e que irão surpreender e emocionar o público. Idealizada por Andrucha Waddington ("Eu, Tu, Eles"; "Casa de Areia"e "Sob Pressão"), a série é produzida pela Conspiração.