sexta-feira, 9 de julho de 2021

.: Sem Reação": Mad Monkees divulga novo single com nova formação


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico musical.

A banda cearense Mad Monkees está lançando nas plataformas digitais a música "Sem Reação". A letra foi composta pelo grupo em parceria com a cantora e compositora Maria Sabina, buscando retratar os efeitos causados pelos desastres ambientais ocorridos especialmente em Minas Gerais, como o rompimento das barragens em Brumadinho e Mariana.

O single foi gravado em Fortaleza, no Estúdio Magnólia pelo Lucas Guterres e em São Paulo pelo baixista e produtor musical do Mad Monkees, Klaus Sena, no seu estúdio Índigo Azul. A banda está com nova formação: Felipe Cazaux (guitarra e voz), Klaus Senna (baixo), Netto de Sousa (bateria) e Capoo Polacco (guitarra). 

“A nossa inspiração vem da defesa da causa ambiental, negligenciada pelo governo federal há anos e agora mais ainda com as queimadas no Pantanal e na Amazônia, além da exploração ilegal de madeira, invasão a terras indígenas pelos grileiros e garimpeiros, causando morte e destruição da floresta, dos animais e dos povos indígenas”, afirma o cantor e guitarrista, Felipe Cazaux. 

Um novo álbum com dez músicas está sendo preparado. Quatro faixas já estão prontas.  A previsão de lançamento será na metade de 2022. Além das músicas novas, o quarteto cearense participará de duas coletâneas tocando covers de clássicos do Rock. Se manter a pegada do single “Sem Reação”, as demais faixas devem mostrar o peso habitual do rock com riffs matadores e muita critica social nas letras. Vamos aguardar para conferir.

Mad Monkees - "Sem Reação" (lyric video)


.: Em "Expiração", Ted Chiang levou em média um ano para escrever cada conto

Após livro de contos com história que deu origem ao filme "A Chegada", autor de ficção científica retorna com coletânea sobre questões da humanidade.

Ted Chiang, um dos mais aclamados autores de ficção científica da atualidade, é o que podemos chamar de avis rara. Nos últimos vinte anos, lançou apenas duas coleções de contos, sendo que a mais recente, "Expiração", chega às livrarias brasileiras agora em julho pela Intrínseca. Sua publicação anterior, "História da Sua Vida e Outros Contos", ganhou notoriedade pelo texto que deu origem ao filme "A Chegada", de Denis Villeneuve.

O longa com Amy Adams recebeu oito indicações ao Oscar de 2017, incluindo a de Melhor Filme. O ritmo próprio de escrever de Chiang, que produz, em média, um conto por ano, tem justificativa: suas histórias são irretocáveis e, não à toa, ele já foi premiado múltiplas vezes com os principais prêmios dedicados à literatura sci-fi — são quatro Nebulas, quatro Hugos e quatro Locus.

"Expiração" reúne nove contos, sendo dois inéditos e sete deles publicados em diferentes mídias entre 2005 e 2015 — incluindo a história que dá título ao livro, vencedora do prêmio Hugo em 2009. O texto traz a alarmante mensagem de uma civilização mais avançada que nós e já extinta, cujos habitantes usam cilindros de ar no lugar de pulmões. Eles acreditavam que, dessa forma, viveriam para sempre, até que um cientista resolveu investigar a si mesmo e fez uma descoberta fascinante.

Os dois contos inéditos - "Ônfalo" e "A Ânsia é a Vertigem da Liberdade" - estão nas últimas páginas. O primeiro relata a história contada em forma de prece por uma arqueóloga em um mundo onde a ciência e a religião se complementam. Já o texto final do livro apresenta um gadget que permite contato com versões diferentes de nós mesmos, que fizeram outras escolhas durante a vida e estão, agora, vivendo as consequências desses caminhos em uma linha do tempo diferente.

A nova coletânea mescla contos curtos, como "O que se Espera de Nós", de apenas quatro páginas - que descreve uma tranca de carro que prevê o movimento humano levantando questões sobre o livre-arbítrio -, e histórias mais longas, como "O Ciclo de Vida dos Objetos de Software", com mais de 100 páginas - que traça um paralelo do abandono animal e da ética aos seres sencientes com avançados mascotes digitais chamados “digientes”.

Em "Expiração", a assinatura de Ted Chiang é latente: as histórias construídas em torno não apenas de bases científicas, mas também de ideias filosóficas, éticas e religiosas, dão à ficção científica um aspecto profundamente humano.


O que disseram sobre o livro

“Em 'Expiração'Chiang volta a apresentar experimentos mentais elaborados em narrativas que parecem familiares no começo. Assuntos contemporâneos envolvendo bioética, realidade virtual, livre-arbítrio e determinismo, viagem no tempo e usos de inteligência artificial em robôs orientam uma prosa simples e direta.” — The New Yorker


“Os contos de Chiang são notáveis pela fusão de puro intelecto e emoção. No cerne de cada um, há um conceito profundo e rico, um fascínio metafísico ou mistério científico, entremeado por uma narrativa de refinada sensibilidade humana e alma.”The Washington Post


Sobre o autor
Ted Chiang nasceu em Port Jefferson, Nova York, em 1967. Formou-se em ciência da computação e frequentou, em 1989, o Clarion Workshop, curso de escrita de ficção científica e fantasia na Michigan State University. Já foi agraciado com diversos prêmios de destaque, entre eles, Nebula, Hugo e Locus. História da sua vida e outros contos foi publicado em mais de dez idiomas e inspirou o roteiro do filme "A Chegada", estrelado por Amy Adams. Foto: Alan Berner


Ficha técnica
"Expiração"

Autor: Ted Chiang 
Tradução:
Braulio Tavares
Editora: Intrínseca
Páginas: 416
Link na Amazon: https://amzn.to/3dZwCH1

.: "O gordo não beija, não trepa, não transa", diz Paulo Vieira no "#Provoca"


Edição com o humorista vai ao ar na próxima terça-feira, a partir das 22h, na TV Cultura. Foto: Julia Rugai

O "#Provoca" desta terça-feira, dia 13,traz o ator e humorista Paulo Vieira. Na conversa com Marcelo Tas, ele fala, entre outros assuntos, sobre as dificuldades da pobreza e resistência da família, sobre sua vontade de ser artista desde criança, a síndrome do pânico e ansiedade da mãe e como é ser preto e gordo. A edição inédita vai ao ar a partir das 22h, na TV Cultura.

Tas pergunta ao humorista da dificuldade do pobre em entrar na vida artística, da resistência da família. "Eu acho que escolher é um privilégio (...) que, às vezes, o pobre não pode se dar. Principalmente quando você vem de uma realidade onde precisa sobreviver, garantir a sua e dos seus, resolver ser artista é uma decisão quase egoísta. Imagina que meu pai estava contando comigo para o futuro da família. Como é que eu falo que eu vou ser artista? É como... jogou todas as fichas dele no lixo", explica.

Paulo Vieira fala também que lembra que desde os cinco anos chorava porque não estava na televisão. "Eu me lembro de ver um show que tinha a Angélica ou Tony Garrido com algumas crianças e chorar, sofrer e pensar: mais um ano que eu não estou na televisão. Todo programa 'Criança Esperança' para mim era um sofrimento (...) então eu sempre soube que queria ser artista", diz.

O humorista conta também no "#Provoca" sobre o "show da ansiedade" com a sua mãe. "Eu queria ser ator sério porque eu pensava que a comédia era inferior. E quando a gente se mudou para o Tocantins, minha mãe tinha síndrome do pânico e a gente não tinha condições de pagar os remédios". Segundo Paulo, a médica disse para a mãe que ela precisava tomar os remédios, mas a única coisa que ela podia aconselhar (o pânico vem antes da ansiedade), era que quando a mãe começasse a ficar ansiosa, para tentar pensar em outra coisa, se distrair. "E eu peguei essa missão para mim, de distrair a minha mãe. Quando ela começava a ficar ansiosa, eu imediatamente colocava um pano na cabeça, imitava minha vizinha, propunha brincadeiras (...) esse episódio com a minha mãe fez com que eu olhasse para a comédia com outros olhos, porque minha mãe foi parando de ter as crises de pânico e nunca mais teve. A comédia cura", comenta.

Sobre ser preto e gordo, ele explica. "Eu tô na Globo, mas, por exemplo, não tô fazendo a novela das 9. Estou em num lugar que eu posso estar, né. Quando a pessoa escreve assim: Claudio entra e beija a sua esposa, automaticamente o Claudio não é gordo porque ele tem uma esposa. A gente passou por um processo que o gordo é assexualizado imediatamente. O gordo não beija, não trepa, não transa, sobretudo o preto gordo", desabafa.


.: "O Urso", de Tchekhov, será atração no Festival de Inverno do Grupo Tapa


Com apresentações neste sábado e domingo, a primeira montagem de Anton Tchekhov no festival conta com Brian Penido Ross, Camila Czerkes e Dalton Vigh no elenco. Foto: Ronaldo Gutierrez


O Festival de Inverno do Grupo Tapa chega em seu último mês no Teatro Aliança Francesa com uma peça online diferente toda semana, sempre aos sábados e domingos, às 19h, até 1º de agosto. O próximo espetáculo é "O Urso", de Anton Tchekhov, que será apresentado neste sábado e domingo, às 19h.

O espetáculo, com Brian Penido Ross, Camila Czerkes e Dalton Vigh, é uma comédia curta que traz uma jovem viúva recolhida em sua propriedade. Durante o luto, ela recebe a inesperada e intempestiva visita de um proprietário de terras vizinho que veio cobrar dívidas contraídas pelo falecido marido. A tensão entre os dois, intermediada por um velho criado, adquire alta voltagem na medida que as máscaras caem.

Depois de "O Urso", de Anton Tchekhov, os espetáculos que encerram a mostra são: "O Pedido de Casamento", dias 17 e 18 de julho, de Anton Tchekhov, com Brian Penido Ross, Daniel Volpi e Natália Moço. "A Mais Forte", dias 24 e 25 de julho, de August Strindberg com Clara Carvalho e Sandra Corveloni. "Despedida de Solteiro", dias 31 de julho e 1º de agosto, de Arthur Schnitzler, com Adriano Bedin, Antoniela Canto, Ariel Cannal e Bruno Barchesi.

“Em tempos de polarização, a metáfora da vida privada como reflexo da dinâmica pública. Os fatos ficam em segundo plano, o que prevalece é a opinião. Entramos em mais uma incursão no humor das obras curtas deste autor clássico, que parecem feitas sob medida para essa plataforma digital, com sua curta duração e poucos personagens. É um desafio para o Tapa transitar do universo das grandes peças de Tchekhov no palco para essas pequenas joias de observação que são o esboço do que estaria por vir em sua carreira”, ressalta o diretor, Eduardo Tolentino de Araujo. 

Tchekhov é um dos autores mais bem quistos pelo Grupo Tapa, que celebrou 40 anos de trajetória com "O Jardim das Cerejeiras". Tolentino reforçou um outro lado na obra do autor russo. “Um mestre das narrativas curtas, ele já era famoso por seus contos quando começou a afiar suas ferramentas na dramaturgia através de pequenos vaudevilles que já trazem em si o aspecto patético das relações humanas”, conclui o diretor. 

As montagens têm direção de Eduardo Tolentino de Araujo e a transmissão acontece pela plataforma Zoom. Os ingressos têm preços populares de R$ 20 e o público pode contribuir com outros valores para a campanha SOS Tapa. A venda é feito Sympla. Todos os espetáculos foram gravados no palco do Teatro Aliança Francesa.


Ficha técnica
Texto: Anton Tchekhov. Direção: Eduardo Tolentino de Araujo. Elenco: Brian Penido Ross, Camila Czerkes e Dalton Vigh. Fotos: Ronaldo Gutierrez. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Captação de vídeo e fotografia da transmissão: Gito Fernandez. Captação e edição de áudio: Lucas Bulhões. Design gráfico: Mau Machado. Assistência de produção: Felipe Souza, Nando Barbosa, Nando Medeiros e Suzana Muniz. Produção geral: Ariel Cannal. Duração: 30 minutos. Classificação etária: livre. 


Serviço
Festival de Inverno do Grupo Tapa

https://www.sympla.com.br/produtor/teatroaliancafrancesaonline
Ingressos: R$20 (ingresso único), R$ 35 (SOS Tapa), R$ 50 (SOS Tapa), R$ 75 (SOS Tapa), e R$ 100 (SOS Tapa).

quinta-feira, 8 de julho de 2021

.: Entrevista: Kaysar Dadour, o rei injustiçado do "No Limite"


Após receber cinco votos, ator sírio deixou o reality na noite da última terç-feira. Foto: Globo/João Cotta

Um dos favoritos nas redes sociais e admirado pela sua força e resistência nas provas, Kaysar Dadour foi o escolhido pela tribo Jandaia para deixar o "No Limite" na noite da última terça-feira, dia 6. Logo no primeiro Portal após a junção das tribos, o ator sírio foi alvo de uma combinação de votos e deixou o reality show recebendo cinco deles, inclusive o de Jéssica, sua ex-parceira na tribo Calango. "Fiquei decepcionado quando fui votado pela minha própria tribo. A gente tinha combinado de não se votar. Quando a gente se juntou, não imaginei que sairia primeiro", conta.

 A convivência com Kaysar no acampamento fazia sucesso entre os competidores. Ele foi o responsável por apresentar o cacto como uma possibilidade de alimento para a sua tribo, além de fazer a diversão das manhãs com a leitura da borra de café. "Eu comia uns cinco cactos por dia, no mínimo. Já tinha lido na internet que dava para comer os cactos cozidos ou crus. O gosto parece chuchu, não é nada demais, mas era bom para encher a barriga", revela. Na entrevista abaixo, ele conta tudo. Mas, antes, uma informação importante.

Prova da Comida
O que é uma das primeiras coisas que vêm à mente quando o assunto é "No Limite"? Sim, é ela: a Prova da Comida. O desafio mais aguardado pelos fãs do reality está confirmado para a próxima terça-feira, dia 13. Os participantes precisarão de muita coragem e estômago para encarar as famosas comidas – tão temidas pelo público – se quiserem chegar à grande final, que acontece no dia 20 de julho.

"Mas e o cardápio?" seria a próxima pergunta. A lista completa das iguarias - sim, no plural - será confirmada em breve, mas podemos dizer que, entre os itens, haverá um "pequeno" inseto que fará parte do menu especial. Na entrevista abaixo, Kaysar, o eliminado da última noite, conta detalhes da sua experiência e revela que ainda não chegou ao seu limite. "No Limite" vai ao ar às terças, após "Império", com apresentação de Andre Marques, direção artística de LP Simonetti e direção geral de Angélica Campos. O reality é mais uma parceria da Globo com a Endemol Shine Brasil, com base no "Survivor", um formato original de sucesso.


Entrevista com Kaysar Dadour:

Por que você topou participar do "No Limite" e como avalia a experiência?
Kaysar Dadour - 
Eu topei participar porque queria descobrir o meu limite, aonde eu conseguiria chegar. Mas não cheguei nele. Foi muito importante participar para abrir mais a minha cabeça e o meu coração para descobrir quem o Kaysar é e quais são os meus limites.


O que era pior: o frio ou a fome?
Kaysar Dadour - 
Aquela chuva que pegamos... Jesus amado. Foram seis horas de chuva, todo mundo molhado. Eu, Angélica e Gleici não tínhamos saco de dormir, só uma lona. A gente se abraçou e se agarrou para tentar se aquecer. Foi muito difícil. Mas a fome também não era fácil. Eu comia uns cinco cactos por dia, no mínimo. Já tinha lido na internet que dava para comer os cactos cozidos ou crus. O gosto parece chuchu, não é nada demais, mas era bom para encher a barriga. E eu sentia muita vontade de comer doce.


Qual foi o momento que mais te fez vibrar?
Kaysar Dadour - 
O que mais me fez vibrar foi quando ganhamos as provas do Privilégio e Imunidade depois de ter perdido cinco vezes seguida.


E o que mais te decepcionou?
Kaysar Dadour - F
oi quando fui votado pela minha própria tribo. A gente tinha combinado de não se votar. Quando a gente se juntou, não imaginei que sairia primeiro.


Para quem fica a sua torcida?
Kaysar Dadour - 
Fica para o André, que é da minha tribo. Ele é paciente, raciocina muito bem. Ele é muito bom de prova, muito mesmo. Torço para ele!

.: Inédito no Brasil, livro "A Porta", de Magda Szabó, aborda amizade feminina


Fonte de muitos debates e elogiado pela crítica, o premiado romance, inédito no Brasil, foi traduzido para mais de 30 idiomas.

Descoberta tardiamente fora de seu país, a escritora húngara Magda Szabó é uma das mais importantes vozes da literatura europeia do século XX. "A Porta", sua obra-prima que chega às livrarias em julho pela Intrínseca, com tradução direta do original por Edith Elek, entrou na lista dos dez melhores livros do ano da The New York Times Book Review quando foi lançado, em 2015, nos Estados Unidos. Publicado originalmente em 1987, o impactante romance tem como foco a relação tensa e misteriosa entre duas mulheres no pós-Segunda Guerra Mundial.

A narrativa conduzida pela protagonista, que retoma a sua carreira de escritora após a repressão cultural imposta pelo regime comunista húngaro, revela importantes traços autobiográficos. Vencedor como melhor romance estrangeiro, em 2003, do Femina - prêmio francês criado em 1903 em protesto ao júri do prêmio Goncourt formado exclusivamente por homens -, "A Porta" oferece uma visão generosa sobre táticas de sobrevivência, sobre tudo o que pode ser dito no silêncio e o papel da autenticidade na arte e na vida.

A trama tem início quando uma escritora culta contrata Emerenc - camponesa, analfabeta, impassível, bruta e de idade indefinida - como sua governanta. Emerenc mora sozinha em uma casa onde ninguém pode passar da porta de entrada, nem mesmo seus parentes mais próximos. Ao assumir o controle do lar da patroa, torna-se indispensável e experimenta um tipo de amor - pelo menos até o tão desejado sucesso da escritora trazer à tona uma revelação devastadora. Na relação de dependência desenvolvida entre as protagonistas se encerram dúvidas e mistérios sobre a personalidade daquela que personifica um país que já não existe mais. A cada nova informação sobre a excêntrica governanta, emerge o cenário de uma Hungria ocupada e dividida.

A força sobre-humana de Emerenc, sua disposição para ajudar os outros e fragmentos de sua biografia dolorosa constroem o mosaico do que parece uma existência repleta de segredos. Em certo ponto da trama, até a relação de Emerenc com seus pertences é questionada. Teria roubado dos judeus ou ganhado os bens de uma família judia que ela havia ajudado a fugir? Quem é essa mulher e por que ela está fechada a qualquer intimidade com seus patrões? Todas as possibilidades são plausíveis até que as portas, metafóricas e literais, sejam, por fim, abertas.


O que disseram sobre o livro
 
"Um romance húngaro com a força elementar de um mito — a história de uma escritora de classe média e a ajudante que assume o controle de sua casa e de sua vida. Dinâmica de classe, amizade feminina, o poder da vontade — Szabó escreve sobre tudo isso com um fascínio sombrio.” - The New York Times Book Review


Sobre a autora
Magda Szabó (1917 – 2007) nasceu em uma família protestante, na Hungria. Durante o período de ocupação alemã e soviética do país, estudou latim e húngaro na universidade da sua cidade natal, trabalhou como professora, publicou dois livros de poesia e foi agraciada com o prêmio Baumgarten, em 1949. Atingiu merecida projeção internacional com a publicação do romance "A Porta" (1987). A sua obra está traduzida em mais de 30 idiomas e foi distinguida com inúmeros prêmios internacionais.


Ficha técnica
Livro: 
"A Porta"
Autora: Magda Szabó
Tradução: Edith Elek
Páginas: 256
Link na Amazon: https://amzn.to/3hoz5wF

.: Canção inédita de Cazuza, "Mina", de 1987, será lançada nesta sexta-feira



"Mina" de 1987 sai às ruas em 2021

Registro inédito de Cazuza de canção feita em parceria com George Israel e Nilo Romero é lançado nesta sexta-feira, dia 9, com clipe de animação feito por Humberto Barros.

Por Leonardo Lichote, repórter e crítico musical.

“Mina, como vai? Como você cresceu!”

Só uma fala banal, dessas que voam aos montes por aí. Nas mãos de Cazuza, porém, a fala vira verso inicial, estopim para o retrato de uma jovem independente, de olhos famintos (“dois aquários de morfina”), que “se vira na rua sozinha, com coragem e comprimidos”. Um retrato ainda mais fascinante por sair da voz de um narrador perplexo, que tenta aceitar que sua garotinha não é mais uma garotinha (agora, intranquilo, ele diz à menina que ela é “íntima de uns caras que eu te escondia”). Uma personagem do Rio da década de 1980 que circula com desenvoltura em 2021.

“Mina” sai do baú de Cazuza e ganha as ruas mais de 30 anos depois de o compositor registrá-la em estúdio - um registro de sua voz que ouvimos agora, pela primeira vez, no single lançado pela Universal Music, com clipe animado por Humberto Barros. Parceria do letrista com George Israel e Nilo Romero (trio que assina clássicos como “Brasil” e “Solidão, que Nada”), a canção entraria no disco “Só se For a Dois”, de 1987, mas acabou ficando fora.

"Eu e George tínhamos uma mesinha de quatro canais, que gravava em fita cassete, e vivíamos fazendo músicas, gravando ali e dando as fitas pro Cazuza", lembra Nilo. “Ele era uma usina de fazer letra. Quando ele ouvia já cantava alguma coisa na hora, levava a fita e no dia seguinte trazia a letra pronta. Podia mexer depois, mas nunca sofria pra fazer, era muito solto”.

Observador agudo, olhar de cronista, Cazuza sempre se inspirava no que via e vivia. “Mina” condensa meninas que circulavam pelo Baixo Leblon e, Nilo conta, bebe de uma situação específica que eles vivenciaram depois de um show em Araxá:

"Saímos pra comer uma pizza e a determinada altura apareceu um cara querendo mandar numa das meninas que estava ali. ‘Esse aí me viu crescer e acha que é meu dono’, ela disse. Lá pelas tantas, o cara pegou uma faca, Cazuza defendeu todo mundo, jogou uma mesa nele, o segurança chegou… Um tempo depois, veio ‘Mina’".

George vê em “Mina” a marca de originalidade que Cazuza (e sua geração do Rock Brasil) trouxe para a música brasileira, de crônicas da noite “ácidas, viscerais”"Tem algo da crônica do Jagger, do Dylan, do Lou Reed… Ele ia mais nessa de desnudar as pessoas, na linha ‘Honky Tonk Women’, essas coisas da night. Mesmo em canções lindas como ‘Codinome Beija-flor’ tem um tracinho disso. O mais legal é que ele conseguiu fazer isso de uma maneira muito popular. Dentro do hit tem toda a profundidade social da observação das pessoas. No caso de “Mina”, as pessoas observadas são a personagem-título, que exerce sua liberdade sem amarras, e o narrador que se esforça pra “não ser aquele cara chato” - mas não consegue evitar julgá-la (“esses caras do teu lado não ‘tão com nada”). 

É curioso que, numa leitura da época, a canção poderia soar machista, por trazer o olhar dele sobre ela — olhar que, com indisfarçável moralismo, a descreve como inconsequente, louca demais. Porém, para o ouvinte (e a ouvinte) do século XXI, é difícil não perceber o sujeito como um pai, tio ou amigo careta, e se identificar com a menina, hoje diríamos, empoderada (“na barra pesada, como uma rainha”). Cazuza já dava as chaves para a leitura quando, logo depois de o narrador dizer que não quer “ser aquele cara chato”, o coro responde com um “E é” - que soa espertamente como “yeah”.

O clipe de animação (dirigido por Humberto Barros e Nilo Romero) traça em linhas mais fortes essa perspectiva atual, mostrando o narrador como um coroa de bengala que acaba sozinho na noite do Rio, enquanto ela aparece se relacionando com homens e com mulheres, cercada de amigos, o tempo todo alegre e dona de si.

“Mina” chegou a ser lançada por Leo Jaime, em 1990, e o próprio George Israel a gravou em 2007. Mas o registro de Cazuza se mantinha inédito até agora, quando chega às ruas com um arranjo refeito por Nilo. Ele chamou Rogério Meanda (guitarra) e João Rebouças (teclados) - músicos que, como ele, participaram da gravação original. Lourenço Monteiro (bateria) e Marcos Suzano (percussão) reforçam o time. O coro de Solange Rosa, Eveline Hecker e Paulinho Soledade é o mesmo de 1987 - assim como o frescor dos versos de Cazuza. "Esses personagens continuam existindo", nota George. "Talvez apenas com outras roupas".


Live de lançamento de “Mina”
No dia 9 de julho, às 16 horas, será realizada uma live no YouTube, que contará com a participação do músico, compositor e produtor musical Nilo Romero, do músico e compositor George Israel e do repórter e crítico musical Leonardo Lichote, com a mediação do artista e apresentador Gominho. Assista aqui: https://youtu.be/10r0i2Gk5HM.



.: "O Casamento dos Trapalhões", filme de 1988, será exibido no SBT


Sexta-feira, dia 16 de julho, às 23h15, o SBT exibe a comédia "O Casamento dos Trapalhões", clássico nacional de 1988, inédito na emissora. No filme, os irmãos caipiras Didi, Dedé, Mussum e Zacarias moram no interior de São Paulo, em uma casa de fazenda bagunçada e suja.

Cansado dessa situação, Didi decide visitar a cidade próxima em busca de uma noiva. Lá ele conhece Luana, e para surpresa de todos, eles se casam. Animados, todos irmãos solteiros vão para a cidade em busca de casamento. Durante uma confusão em um bar, provocada pelo encrenqueiro Expedito (vivido por José de Abreu), Didi se apaixona pela garçonete Joana (Nádia Lippi). 

Eles se casam e quando chegam à fazenda, ela fica apavorada com a sujeira na casa e a falta de modo dos irmãos de Didi, mas mesmo assim, resolve ficar. A irmã dos trapalhões lhes escreveu uma carta pedindo para que deixem seus sobrinhos, os integrantes do Grupo Dominó, passarem um período na fazenda, pois os garotos iriam se apresentar no show de rodeio da cidade. 

Dedé, Mussum e Zacarias, acompanhados de Didi e Joana vão então para a cidade para assistirem ao show e acolher os sobrinhos. Todos acabam conhecendo namoradas, e fogem com elas para a fazenda após uma nova confusão. Expedito, querendo se vingar de Didi, convence os pais das moças de que os Trapalhões as raptaram e os convencem a realizar uma expedição a fazenda, com o auxílio do delegado. Ao final, tudo é esclarecido e após se livrarem de Expedito, Dedé, Mussum, Zacarias e seus sobrinhos se casam com seus respectivos cônjuges, enquanto Joana engravida e Didi ganha uma filha.

"O Casamento dos Trapalhões" é um filme brasileiro baseado no badaladíssmo musical "Sete Noivas para Sete Irmãos", de 1954. A abertura do filme conta com uma animação dos Trapalhões, com duração de 20 minutos e 34 segundos, feito por César Sandoval, do Sketch Filmes. Os mesmos desenhos foram vistos na abertura do filme anterior, "Os Fantasmas Trapalhões", porém não se moviam. No elenco, Renato Aragão, Dedé Santana, Mussum, Zacarias, Gugu Liberato e Nádia Lippi, José de Abreu, Grupo Dominó, Terezinha Elisa, Luciana Vendramini, Patrícia Lucchesi e Zezé Macedo. A direção é de José Alvarenga Jr.    

.: Entrevista: Gil do Vigor fala sobre o "Tá Lascado", que estreia no "Mais Você"


Gil do Vigor fala sobre o "Tá Lascado", quadro que estreia nesta quinta no "Mais Você". Foto: Mauricio Fidalgo/Globo

Nesta quinta-feira, dia 8, o "Mais Você" estreia o novo quadro "Tá Lascado", no qual o economista e ex-"BBB" Gilberto Nogueira, o Gil do Vigor, vai tirar as dúvidas do público a respeito de assuntos que afetam o bolso dos brasileiros. Com conselhos e dicas vigorosas, muito regozijo, bom humor e linguagem divertida e acessível, Gilberto vai falar sobre um assunto pelo qual ele é apaixonado: a economia.  

Para o lançamento do quadro, Gil participa ao vivo do "Mais Você" ao lado de Talitha Morete e Fabricio Battaglini, que comandam a atração enquanto Ana Maria Braga se recupera da Covid-19. Mas a apresentadora não ficará de fora da estreia de Gil no "Mais Você", já que o primeiro episódio da parceria entre ela e o ex-"BBB" foi gravado com antecedência.

“Como o Gil é economista, poderá falar desses temas do jeito dele, leve e divertido, mas levando informação importante para as famílias. Vai ser um 'regozijo' tê-lo no programa”, celebra a apresentadora, que garante ao público a oportunidade de ver um lado diferente do Gil que todo mundo conhece. “Tenho certeza que ele não vai deixar de soltar a 'cachorrada' quando for preciso diante de tanta gente 'lascada' nesse nosso país”, acrescenta Ana Maria. 

Temas do atual cenário econômico do país também serão pauta do quadro, que será exibido semanalmente no programa. O "Mais Você" tem direção geral de Vivi De Marco e Frederico de Oliveira. O programa vai ao ar de segunda a sexta, após o "Bom Dia Brasil". Nesta entrevista, Gil do Vigor fala sobre a estreia no "Mais Você".


Qual é o sentimento de estrear um quadro seu no "Mais Você"?
Gil do Vigor -
Primeiramente eu sou muito fã da Ana (Maria Braga), me sinto extremamente lisonjeado de ter essa oportunidade, de ser escolhido, de estar perto de uma pessoa que é tão especial para mim e que eu acompanhei a vida inteira. A Ana é uma pessoa que tem tanta sabedoria, que vai poder me ensinar tanto. Eu estou querendo aprender e usar um pouquinho do meu conhecimento para ajudar as pessoas.


Como surgiu sua paixão pela economia?
Gil do Vigor - A paixão pela economia surgiu quando eu assisti ao filme "Em Busca da Felicidade", com o Will Smith. Ele sonhou e batalhou muito para realizar o sonho. Para o filho dele não perceber a realidade, ele criava toda uma história. A minha vida também era assim: eu criava um enredo, uma novela na minha cabeça para que eu conseguisse continuar acreditando e vivendo um sonho, mesmo numa realidade tão difícil. E acabou se tornando real na minha vida, igual no filme.


Você é uma pessoa muito querida pelo público e, após o "BBB",  tem conseguido conquistar grandes sonhos. A que você atribui todo esse sucesso?
Gil do Vigor - Eu acho que o sucesso se deu porque as pessoas são iguais a mim. Isso me deixa muito honrado e feliz. As pessoas viram que dá para você ser normal, ser sincero, errar, acertar, ser doido da cabeça e ainda assim ter um coração bom. O brasileiro se sente representado pelo que ele é: pobre de marré-de-si, lá do Janga, sofrido... É gente como a gente... eu acho que o sucesso veio disso. Eu sou gente como todo mundo. E quando você vê na televisão a pessoa que passou o mesmo perrengue que você passa, você se identifica. Sou muito grato a todo mundo que de alguma forma é igual a mim, que luta, batalha. Essas pessoas me fizeram ter tanto sucesso, tanta alegria de viver tudo o que eu estou vivendo hoje em dia. É só regozijo, só alegria.


Como você pretende conciliar o quadro com os estudos do PhD nos Estados Unidos?
Gil do Vigor - Eu vou separar um dia na semana para fazer o quadro. Meu foco vai ser 24 horas no PhD, mas eu vou tirar um dia para produzir e trabalhar no quadro para poder vigorar.


O que poderia adiantar sobre a parceria com a Ana Maria Braga?
Gil do Vigor - Vai ser uma parceria muito leve, num quadro super legal. Estou confiante de que ela vai me dar essa força, essa ajuda. Eu amo demais essa mulher e estou muito feliz.

De que forma você acredita que suas dicas vão ajudar as pessoas?
Gil do Vigor - Eu acho que as pessoas querem ouvir e aprender. A maioria pensa que economia e finanças é algo impossível de entender, de ter na prática, mas não é. Como economista, eu vou dar algumas dicas básicas e de um jeitinho simples.

 
O que o público pode esperar do "Tá Lascado"?
Gil do Vigor - O público pode esperar muito sorriso, alegria e descontração. E também aprendizado de coisas simples que as pessoas sabem, mas não sabem que sabem (risos).

quarta-feira, 7 de julho de 2021

.: Entrevista: Danton Mello fala sobre primeira temporada de "Malhação"


Danton Mello fala sobre Héricles Barreto, primeiro protagonista de "Malhação", que o lançou para o estrelato. Foto atual: Globo/Fábio Rocha. Fotos antigas: Divulgação/Globo

Foi numa conversa entre os escritores Andréa Maltarolli e Emanuel Jacobina, na oficina de roteiristas da Globo, que surgiu a ideia de ambientar uma trama jovem em torno de uma academia de ginástica. Com a temática, nasceu também um novo formato: um seriado leve e bem-humorado que retratasse questões delicadas e relevantes do dia a dia desses jovens. A precursora da trama que virou febre e é sucesso até os dias de hoje, "Malhação", lançada em 1995, estreou no Globoplay nesta segunda-feira, dia 5, como parte do projeto de resgate dos clássicos da dramaturgia.
 
O folhetim surgiu com a premissa de incentivar a troca de experiências entre veteranos e jovens atores e revelou diversos talentos da televisão brasileira ao longo dos anos. Na primeira temporada, nomes como Danton Mello, Fernanda Rodrigues, Carolina Dieckmann, Andre Marques, Luigi Baricelli e Claudio Heinrich foram alguns dos escolhidos para integrar o elenco, que contou também com participações especiais de Danielle Winits, Evandro Mesquita, Guilherme Piva, Murilo Rosa, Otávio Müller e Totia Meirelles, entre outros.  
 
Na trama, Danton Mello interpreta Héricles Barreto, jovem ingênuo e de bom caráter que chega do interior para estudar no Rio de Janeiro e consegue um emprego na academia Malhação. Ele se se encanta por Isabella (Juliana Martins), mas tem que lidar com os ciúmes Romão (Luigi Baricelli), o arrogante campeão de jiu-jítsu e namorado da moça. Preconceitos, separação de casais, ciúmes dos filhos, intrigas e relacionamentos amorosos são alguns dos temas abordados pelos personagens na obra.
 
O sucesso em 1995 foi tão grande, que Danton Mello é lembrado até hoje pelo seu personagem, e dele guarda grandes recordações. "Héricles foi um personagem muito importante pra mim e na minha carreira, foi meu primeiro grande papel na televisão, em um horário especial na emissora. Até hoje só tenho lembranças boas, as melhores possíveis. Foi um projeto que deu muito certo e certeza de que todo elenco tem muito orgulho de ter feito parte". Nesta entrevista, o ator fala sobre o personagem e as lembranças de "Malhação".
  


A primeira temporada de "Malhação" marcou um novo formato de folhetins da Globo e foi um grande sucesso da época...
Danton Mello - É verdade! Foi um grande sucesso, uma novidade na época. Aliás, continua até hoje sendo esse grande sucesso na grade da emissora. 


Na sua opinião, a que se deve essa boa aderência do público?
Danton Mello - Acredito que boa parte desse sucesso na minha época foi interação dos personagens e a forma de como os assuntos eram abordados e até onde se passava a trama – dentro de uma academia. Éramos um grupo muito unido, uma turma de jovens, alguns com a experiência de televisão, assim como eu, Fernandinha Rodrigues e Ju Martins, que estávamos ali envolvidos e com a vontade de que o projeto desse certo. A gente tinha ideia que aquela obra seria muito importante na nossa carreira, mas a gente não tinha essa dimensão do que se tornaria realmente a "Malhação".

 
Conte um pouco sobre o seu personagem e a trama que ele vivia.
Danton Mello - Ele era um cara do interior, um rapaz ingênuo, romântico, e que chega na cidade grande  como o Rio de Janeiro e se depara com adolescentes que estavam em outras fases da vida, da curtição, da paquera e até das confusões (risos). O foco do Héricles era o estudo, conseguir uma oportunidade de trabalho. Criou amigos e foi um cara querido por todos na academia, aliás, quase todos (risos). E o ponto principal na trama, acredito eu, foi o seu envolvimento com a personagem da Ju Martins. E que até hoje é relembrado por todos.
 

As pessoas ainda lembram do Héricles, falam sobre o personagem com você quando o encontram?
Danton Mello - Sim, até hoje (risos). 


Foi um personagem que marcou a memória do público?
Danton Mello - Foi um personagem muito especial pra mim e que marcou uma geração.
 

E na sua carreira, marcou você de alguma forma?
Danton Mello - Sim, Héricles foi um personagem muito importante pra mim e na minha carreira, foi meu primeiro grande papel na televisão, em um horário especial na emissora. Até hoje só tenho lembranças boas, as melhores possíveis. Foi um projeto que deu muito certo e certeza de que todo elenco tem muito orgulho de ter feito parte.
 

Na época, o que você lembra da repercussão?
Danton Mello - Lembro do sucesso que "Malhação" causou na época. A gente chegava para gravar e passava por uma multidão na porta. Lembro de achar isso bem divertido, inusitado. Era foto, autógrafo, pessoas querendo entrar para ver gravações e por aí vai. 
 

Desde a primeira temporada, "Malhação" tem a proposta de uma linguagem jovem e que conversa com o seu público. Para os adolescentes e jovens de hoje que não acompanharam a trama de 95 e que poderão agora assistir pelo Globoplay, qual recado você deixaria?
Danton Mello - Verdade, a "Malhação" sempre abordou temas relevantes para o público jovem a cada temporada. Acho isso muito importante, principalmente nos momentos atuais. O meu recado para os adolescentes que vão poder rever a minha temporada agora no Globoplay é que espero que eles se divirtam e que gostem desse trabalho que foi feito com bastante carinho. Aliás, não só os adolescentes, mas os jovens daquela época também (risos).




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