Cartunistas de todo o Brasil dedicam artes exclusivas para a cantora que morreu no dia 23 de julho de 2011.
A cantora Amy Winehouse faleceu com apenas 27 anos de idade, na residência que vivia em Londres, na Inglaterra, no dia 23 de julho de 2011. O sucesso dela era tão grandioso, que chegou a todas as partes do planeta. E assim que o anúncio da morte da artista chegou à imprensa, diversos cartunistas, que adoravam desenhar escutando as músicas de Amy Winehouse, encheram as redes sociais de desenhos e caricaturas da artista.
Naquele momento, o cartunista JAL (José Alberto Lovetro), que também é o presidente da Associação dos Cartunistas do Brasil, pensou em uma maneira de homenageá-la e reuniu alguns trabalhos em uma exposição no Shopping SP Market, em São Paulo, um mês após a morte da cantora. O evento foi chamado de flashexpo "Amy a Mil Traços" e sua repercussão foi mundial, levando a mesma para países como Espanha, Estados Unidos e Colômbia.
O termo "flashexpo" remete a "flash mob", que se caracteriza por um evento organizado por meio das redes sociais. Desde então foram produzidas mais de 50 flashexpo nesses 10 anos de existência do projeto. Várias foram para fora do Brasil, como a "Sorrindo com Monalisa", montada na Itália, Estados Unidos, Argentina e Colômbia, além do Brasil.
"Quando iniciamos essa maratona de exposições de cartunistas brasileiros e estrangeiros, era para mostrar a agilidade desses profissionais sobre os acontecimentos do dia a dia na mídia, e que mobilizam a arte e imaginação dos artistas em tempo recorde. Lembro que quando participávamos do evento 'Risadaria' (2012), com uma exposição sobre as Olimpíadas, Chico Anysio faleceu no segundo dia do evento. E antes do seu sepultamento, conseguimos organizar uma exposição de cartuns e caricaturas sobre ele neste evento. Essa força dos desenhistas é algo que se deve valorizar nesses tempos em que o visual é a linguagem da hora e da vez", enfatiza JAL.
São mais de 50 cartuns de desenhistas como Mauricio de Sousa, Dálcio Machado, Fernandes, J.Bosco, Paffaro, Gilmar, Amorim, William Medeiros, Paulo Cavalcante, Mônica Fuchshuber, Flávio Luiz, Cris Carnelós, Tiago Guilherme, Ray Costa, Manga, Claudio Duarte, entre outros. A exposição “Amy a Mil Traços” é virtual e está aberta a todos, sem data de término.
Popeye, Scooby-Doo, Vingador (Caverna do Dragão) e o inesquecível Seu Peru. Esse foram alguns dos personagens que alegraram gerações através do trabalho do ator, dublador, humorista e radialista Orlando Drummond Cardoso. Foto: TV Globo / Frederico Rozario
Nesta terça-feira, dia 27, em decorrência de falência múltipla dos órgãos, Orlando Drummond morreu aos 101 anos, em sua casa na cidade do Rio de Janeiro. Amigos, familiares e todos os fãs que conquistou pela voz e a atuação emblemáticas ao longo de quase 80 anos de carreira se despedem de um grande talento da TV brasileira. Consagrado pelo extravagante Seu Peru, da "Escolinha do Professor Raimundo", começou a interpretá-lo na TV em 1957, já o tendo feito na rádio, e conquistou o público com bordões como “Peru com mel, de Vila Isabel”, “Dou o maiorrr apoio!” e “Estou porrr aqui”.
Orlando Drummond teve uma vida ativa até depois de seu centenário. No Carnaval de 2019, foi homenageado por um bloco de rua do Rio de Janeiro, que teve como tema "Dublando Drummond 100 Anos". A presença ilustre do humorista no evento levou o público à loucura e foi celebrada na internet. Ao chegar ao local, Orlando mandou um recado nas redes sociais fazendo menção ao icônico Seu Peru: “Tô chegando aí pessoal, qualquer dúvida…Use-me e abuse-me!”.
Drummond nasceu no bairro de Todos os Santos, zona norte do Rio de Janeiro, em 18 de outubro de 1919. Criado numa família de nove irmãos, iniciou sua carreira em 1942 como contrarregra na rádio Tupi, onde conheceu amigos como Bibi Ferreira, Carlos Machado, Olavo de Barros e Paulo Gracindo, que, como diretor de teatro, ajudou a torná-lo um radioator. A partir daí, não parou mais.
Imortalizou a voz de diversos personagens desde que iniciou no mundo da dublagem, na década de 60. Durante a carreira, atuou como dublador em mais de 70 produções. Consagrou-se graças a interpretações em desenhos animados e séries com os personagens Popeye, Scooby-Doo, Vingador ("Caverna do Dragão"), "Alf - O ETeimoso", o Gato Guerreiro ("He-Man’"), Sargento Garcia ("Zorro"), entre outros muitos trabalhos. A interpretação do cão "Scooby-Doo" lhe rendeu a entrada no Guiness Book, o livro dos recordes, com a dublagem de desenho animado a ficar no ar por mais tempo, cerca de 40 anos.
No 21 de maio de 2019, Orlando Drummond teve a chance de reviver um de seus principais personagens, quando fez uma participação surpresa como Seu Peru num episódio da quinta temporada da nova geração da "Escolinha". Sua aparição na sala de aula encantou a todos os presentes no set dos Estúdios Globo. Em cena, interagiu com Marcos Caruso, intérprete do papel na versão recente do humorístico, e arrancou as gargalhadas da plateia com os trejeitos e bordões que despertaram a memória afetiva do público.
A alegria foi tanta que Orlando Drummond permaneceu até o fim da gravação, mostrando que Seu Peru seguia firme e forte em sua memória. Acompanhado da família, ao deixar o set, ele celebrou a oportunidade: “Não tem preço. Enquanto eu estiver vivo, estarei presente com muito amor e carinho. Obrigado, obrigado, obrigado”.
Na Globo, além da interpretação como Seu Peru, Orlando participou do "Chico Anysio Show" (1988), do humorístico "Zorra Total" (1999), da telenovela "Caça Talentos". No cinema, atuou nos filmes "Rei do Movimento" (1954), "Angu de Caroço" (1955), O "Doce Esporte do Sexo" (1971), "Bonga, o Vagabundo" (1971) e "Amazônia Misteriosa" (2005).
A vitalidade de Orlando Drummond, com mais de cem anos, era de surpreender. “Eu fiz tudo que tinha direito. Estou aí com coragem para fazer muitas coisas ainda. De vez em quando, aparecem umas brincadeiras e eu vou”, disse, meses antes de completar o centenário. O amor pela família que construiu e o vínculo com o bairro de Vila Isabel, onde viveu os últimos 67 anos ao lado da esposa, eram algumas das relações que o mantinham cheio de alegria e gratidão. “Somos eternamente apaixonados”, comentou sobre a união com a companheira, Glória Drummond, ou “Glorinha”, como a chamava carinhosamente. O casal completaria 70 anos de casamento em outubro deste ano.
Além da esposa, Orlando Drummond deixa os filhos Orlando e Lenita, cinco netos e quatro bisnetos. E um legado que, além de seguir despertando boas memórias nos fãs, vai ser perpetuado em família: entre os netos, três seguem a carreira de dublador como o avô.
O reencontro de Orlando Drummond com Seu Peru em 2019:
Após integrar o elenco de “A Megera Domada – O Musical”, a atriz Akemy Cristina se prepara para mais uma estreia, desta vez como Katie no musical “School of Rock”.
Baseado no filme de 2003, escrito por Mike White, "School of Rock" conta a história de Dewey Finn, um roqueiro amador e fracassado. Cheio de dívidas para pagar ele finge ser seu melhor amigo Ned Schneebly, e trabalha como professor substituto em uma conservadora escola, lá o roqueiro descobre um talento musical incomum em seus alunos. Então Dewey forma um grupo escolar na tentativa de provar que todos estavam errados e vencer a “Batalha das Bandas”.
Akemy Cristina dará vida a Katie, revezando o papel com outras amigas de elenco em algumas apresentações. Katie é uma garota quieta e séria, que mantém a maior parte do tempo para si mesma. Ela toca violoncelo na escola, mas é rápida em pegar o baixo com o incentivo de Dewey. Ela fica impassível quando toca e leva seu instrumento e a banda muito a sério.
Trazendo mais um blockbuster diretamente da Inglaterra, o Estúdio Broadway Morumbi apresenta "School of Rock - O Musical". Em parceria com a consolidada The Musical Company, o espetáculo tem direção geral de Fernanda Chamma, músicas do premiado Andrew Lloyd Webber e texto de Julian Fellowes. A versão brasileira é assinada por Mariana Elisabetsky e Victor Mühlethaler. Na direção e coreografia da Next Generation respectivamente estão Arthur Berges e Fabrício Negri, ambos integrantes do elenco na versão oficial brasileira. O maestro Renan Achar, também integrante da montagem oficial no país, assina a direção musical da obra que promete surpreender amantes do clássico ao rock n’roll.
Akemy Cristina é atriz e cantora. Com apenas 13 anos de idade, já possui um currículo extenso. Participou dos espetáculos musicais “Banquete de Natal”, “Marias do Brasil” e de montagens de “A Megera Domada – O Musical”, todos com direção de Fernanda Chamma. Integrou o elenco do espetáculo “O Rei e a Coroa Enfeitiçada”, com direção de Cininha de Paula e Cynthia Falabella. Participou da websérie “A Fuga”, com direção de Cininha de Paula e Charles Daves. Integrou o elenco do espetáculo de natal “A Christmas Carol”, que ficou em cartaz no Teatro Renault, em 2019, com direção de Fernanda Chamma. Recentemente integrou o elenco da adaptação musical do clássico “João e Maria - O Musical”, que esteve em cartaz no Teatro D, em São Paulo. A temporada de "School of Rock - O Musical", licenciada para o Brasil, terá todos os protocolos de segurança exigidos pela OMS.
Serviço: "School of Rock - O Musical" Estreia dia 24 de julho. Sábados e domingos, às 15h e às 18h. Curta Temporada. Espaço Cultural Cassio Gabus Mendes – S.P. Futebol Clube – Estádio do Morumbi, Av. Jules Rimet, Portão 07. Ingresso: R$ 50 (meia) e R$ 100 (inteira). Vendas pelo site: https://www.eventbrite.com/o/estudio-broadway-33894954373 Duração: 110 minutos. Gênero: musical. Classificação: livre.
Ficha técnica: "School of Rock - O Musical" Músicas: Andrew Lloyd Webber. Letras: Glenn Slater. Texto: Jullian Fellowes. Versão Brasileira: Mariana Elisabetsky e Victor Mühlethaler. Direção Geral: Fernanda Chamma. Direção: Arthur Berges. Direção musical: Renan Achar. Coreografia e direção residente: Fabrício Negri. Produção executiva: Claudia Lima. Direção de produção: Renata Alvim. Realização: Estúdio Broadway Morumbi.
Enquanto
esperavam Ellen para uma carona, Mary e a amiga analisavam a pedra, com carinho
e adoração, igualzinho ao Gollum.
- Amiga, onde
exatamente você pegou isso?, perguntou Tarissa.
- Ah, Tatá!
Estava no lixo da Agência das minhas irmãs. Eu até perguntei se era de alguém,
mas a Lolita riu e disse que era só um pedaço de plástico brilhante. Mas... Como
plástico iria brilhar assim, né?! Claro que eu guardei na minha bolsa!
Foi quando
Tarissa brincou:
- Bom... Só
não vai começar a repetir “My Precious”!!
***
- Mary, venha
aqui!, grita Ellen chamando a filha que voltou da escola com a amiga.
Com a mesma
agilidade de uma lesma abandonada numa renovadora preguiça. Sem qualquer pressa,
em movimentos arrastados, Mary chegou pertinho da mãe e antes que soltasse um
resmungo indefinido, Ellen disse:
- Menina, olha
isso! Fui seguindo o carreiro e pá! Encontrei um formigueiro que estava se
criando dentro desse DVD da Mariah Carey! Em busca de aventuras, talvez.
Ao juntar a
informação devastadora e ver o estado do papelão, Mary foi capaz de promover
uma resposta física e vocal muito rápida, mas sem a ideia da possível resposta que
viria da mãe.
- Meu Deus! O
que a senhora fez no meu DVD?!, reclamou Mary pousando as mãos nas laterais do
rosto, numa imitação involuntária do célebre quadro “O Grito”, de Edvard Munch.
Ellen, como
toda mãe dramática de plantão, respirou fundo e devolveu:
- Eu? Não fiz
nada nas suas coisas. Sabe o que é isso que você faz? É por não me amar. Sou
sua mãe. E você só sabe me agredir com respostinhas grosseiras. Está pensando
que é quem? Vive debaixo do meu teto! Come da minha comida! Da próxima vez eu
jogo é tudo fora. Não duvide! Estou farta da sua ingratidão!
Para fechar a
cena com chave de ouro, Ellen saiu andando bem cabisbaixa e até simulando um
choro, enquanto que Mary ficou parada, no quarto, sem entender toda aquela
reação da mãe. Um tanto exagerada mesmo, por sinal.
Sem o intuito
de piorar o clima em casa, Mary pensou no quão estressante havia sido aquela
manhã após sete aulas seguidas dadas no Colégio Santa Helena. Fora que naquele
dia ela tinha aula dupla com o último ano do Ensino Médio, a classe do
Adilsinho, menino irritante que fazia perguntas aleatórias para tumultuar as
aulas e desestabilizar os professores. E, geralmente, ele conseguia.
Sem saber bem
como confortar a mãe, Mary preferiu deixa-la um pouco sozinha e chamou Tarissa
para ver as formigas que ainda estavam seguindo o trajeto: tomada e encarte do
DVD de “The Adventures of Mimi”.
De repente, a
imagem do DVD foi apagada para Mary. Ela só lembrava do rosto do homem que a abordou
na saída da escola, enquanto Tarissa foi ao banheiro. Na verdade, a conversa
rápida, com o homem misterioso, foi marcante, a ponto de precisar contar sobre
o ocorrido.
- Amiga, um
cara lindo veio falar comigo e até me xavecou.
- Quando isso?,
retrucou Tarissa muito animada. E completou:
- Conte-me
mais sobre isso... Aliás, conte-me tudo!
***
Na agência de
roteiros, o clima era de alegria, pois Apollo havia iluminado o final do túnel
de Samantha e Lolita. O trio já tinha a data de um encontro com o roteirista e
empresário Helder Lee para estabelecerem os critérios da futura sociedade.
Enquanto Sam,
com um fone de ouvido ao som das canções dos “Backstreet Boys”, em volume
baixinho, escrevia o roteiro para um vídeo encomendado pelo canal “Histórias do
Passado”, Lolla e Apollo pesquisavam sobre a morte da socialite Ângela Diniz, o
próximo roteiro a ser escrito por eles.
- Esse
documentário tem tudo para ficar redondinho. História terrível, mas cheia de
conteúdo. Parece que ela foi inspiração do escritor e jornalista Roberto
Drummond, para Hilda Furacão. Roberto Drummond cria toda uma narrativa para brincar
de 1º de abril!, comentou Lolla.
- Lembro de
ver o kit de imprensa do seriado Hilda Furacão na casa de vocês. Fica até ao
lado dos livros e DVDs de “O Senhor dos Anéis” e “Harry Potter”, né?!, falou
Apollo.
- Sim! Mas
saiba que os livros de Roberto Drummond e os DVDs do seriado Hilda, meu primo,
são de mamãe. Então, se precisarmos, para mexer só com autorização escrita e
assinada por Dona Ellen. Já deixo você avisado, avisadíssimo.
Os dois
sorriem da brincadeira, mas focam no trabalho. Após alguns minutos de
silêncio... O aparelho de som fez o barulho estridente mais uma vez.
- Encontrei um
podcast sobre a Ângela, prima!
- Legal,
Apollo! Pode ouvir?
- Sim! É pra
já! Siga na pesquisa. Depois ouvimos todos juntos, nós três. O que acha?,
questionou Apollo.
- Tá certo!,
falou Lolla enquanto ergueu o polegar com um joinha.
***
Após dar fim ao
ninho de formigas que estava em fase de emancipação na capa do DVD, Mary e
Tarissa finalmente relaxaram. Tarissa, direta como sempre foi logo perguntando:
- Qual era o
nome do xavecador?
Foi quando
Mary esboçou um sorriso nos lábios e um brilho brotou nos olhos da jovem
Winsherburg que falou de modo meloso:
- Ah! Ele nem
disse, mas aviso que estou apaixonada. Acho que encontrei o amor da minha vida,
Tatá! Ele foi tão gentil, tinha uma voz de arrepiar e estava tão, tão
perfumado. Fora que parecia ator de filme de Hollywood de agora. Talvez um
misto de Robert Downey Jr. e Christopher Hemsworth.
- Mas você
percebeu tudo isso enquanto eu fui rapidinho ao banheiro da escola... Como ele
se aproximou?, perguntou Tarrisa.
- Foi dentro
da escola. Bem onde nós sempre ficamos sentadas esperando a minha mãe,
respondeu Mary. Enquanto isso, Tarissa não conseguia entender tudo o que aconteceu
em um intervalo tão curto de tempo. Foi quando ela, assombrada, perguntou:
- Você foi
iludida pelo pai de alguém?
Mary gargalhou
e rebateu rapidamente:
- Tarissa,
Tarissa... Ele não é um velho! Pode ser no máximo o tio de alguém, mas aposto
que é irmão de um algum aluno. E como eu estava dizendo... O meu gato falou
comigo só para confirmar. Já sabia quem eu era, inclusive. Depois sumiu.
- Hein?! Como
é que alguém some, amiga?, quis saber Tarissa, enquanto no grupo das meninas no
WhatsApp, Juliette compartilhou o novo vídeo do TikTok e fez os aparelhos das
amigas sacudirem.
Após um
silêncio devastador, sem ter uma resposta plausível, Mary suspirou e
determinou:
*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura, licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos e formada em Pedagogia pela Universidade Cruzeiro do Sul. Twitter: @maryellenfsm
Nave-mãe do rock tem impacto cultural e social discutido em episódios com participações de figuras como Tom Zé, Nelson Motta, Gloria Groove, Marisa Monte, Beto e João Lee, Xuxa e o duo Anavitória. Presenças luxuosas, Rita e Roberto de Carvalho também deram seus depoimentos. Foto: Guilherme Samora/ divulgação
Por Guilherme Samora, jornalista e editor, é estudioso do legado cultural de Rita Lee.
Se “Rita Lee” fosse um verbete no dicionário, sua definição seria: deusa, mestra, fenômeno, guru, atual, extraterrestre, nave-mãe, corajosa, ousada, livre. Esses são apenas alguns dos adjetivos que aparecem no depoimento de artistas, admiradores e profissionais da arte e da mídia em série de podcasts sobre Rita. Produzida pela Universal Music, “Identidade Musical - Rita Lee” terá quatro episódios, que chegam às plataformas a partir de terça-feira, dia 27.
Cada episódio tem um tema: o primeiro fala do início da carreira; o segundo, do sucesso, quando foi coroada pelo público; o terceiro nos traz a influência de Rita na vida das pessoas e, por fim, o quarto fala sobre a parceria com Roberto de Carvalho, um caso de amor que elevou o pop/ rock a outros patamares.
Tom Zé, parceiro de Rita na Tropicália, escancara logo no começo: "O que seria do pobre do tropicalismo se não fosse Rita Lee? Ela é uma pessoa tão acesa, tão ligada (...) é a mais fiel figura tropicalista". Beto Lee, o filho mais velho, músico, e que tocou com os pais durante anos, também chama a atenção para as experimentações da mãe: "Rock sempre esteve presente na vida dela. Assim como Carmen Miranda”.
Com depoimentos cheios de paixão e de admiração, Roberto de Carvalho aponta para o frescor que Rita trouxe à cultura. “(Era um) discurso ousado. Criativo, genial e novo”. Roqueiro da época em que Rita dava seus primeiros passos – e o primeiro a realmente dar um espaço importante aos Mutantes na TV, ajudando inclusive a escolher o nome do grupo – Ronnie Von fala de uma das grandes características de Rita como compositora: “Ela sempre brincou muito com situações históricas, sempre brincou muito com palavras e com as relações humanas”.
Letrux cita “Mamãe Matureza” (1974, “Atrás do Porto Tem Uma Cidade”), que Rita aponta como sua primeira canção solo, já acompanhada do Tutti Frutti: “Tanto a música quanto a letra me abraçam de maneira muito reveladora”.
Roberto situa essa época do início ao dizer que "rock no começo era gueto, não era um fenômeno de mainstream". EPaula Toller arremata, sobre as músicas de Rita: "Era uma coisa com uma cara brasileira. Aquilo determinou tudo o que foi feito depois".
"Modestamente, eu acho que abri bastante avenidas. Comecei a fazer um rock ‘brasilês’", diz a própria Rita, em luxuosa participação no podcast. Em um divertido depoimento, Nelson Motta admite que a primeira coisa que lhe chamou a atenção, quando viu “aquela garota loirinha” pela primeira vez no fim dos anos 60, foi sua beleza. "Fiquei louco. Eu e todo mundo”. Mas, poucos minutos em ação, provaram outro ponto: “Ela é um fenômeno. Ela é a verdadeira mulher maravilha".
Os episódios são recheados de histórias deliciosas, como quando João Gilberto quis cantar com Rita; quando Roberto fala do início do namoro e até de quando Rita conta do disco voador que viram juntos, da janela do apartamento do casal, nos anos 70.
Vulcão Rita Lee, além de comentar que tudo em sua carreira foi muito orgânico – sem a preocupação de estar fazendo um hit ou não – relembra como nasceram os grandes clássicos ao lado de Roberto: "Tinha filho mamando no peito, Roberto tocando piano, eu escrevendo, cachorro e gato passando (....) A gente era um vulcão! A gente não parava (de compor)".
Xuxa Meneghel - que confessa que só canta Rita Lee no karaokê - aponta um fator raro para artistas com muito tempo de carreira: a renovação constante do público de Rita. “Acho tão lindo eu sempre ter sido apaixonada por ela e agora a minha filha, Sasha, ser apaixonada também. As décadas passam e ela continua sendo esse ícone. Rita Lee, para mim, é uma grande mestra. Uma baita de uma guru".
Da nova geração, temos depoimentos de artistas como Gloria Groove e das meninas do duo Anavitória. “O discurso da Rita é muito real. Sem contar que ela está sempre à frente, tudo o que ela já soltou é muito atual. Rita abriu as portas para a coragem. Na época (em que ela estourou), era um discurso muito novo para uma mulher”, diz Ana Caetano. E Gloria concorda: “A importância de uma mulher, com esse espaço na música brasileira, quebrando tabus! A liberdade da Rita me inspira demais”.
Inspiração que arrebatou Mel Lisboa, quando ela interpretou Rita, com total entrega, em um musical de sucesso. E que ficou mais de dois anos em cartaz com casa cheia. "A gente fica tão encantada, que chega um momento em que falei: eu queria ser a Rita!". Marisa Monte engrossa o coro, ao admitir que Rita “arrombou a festa” de sua vida quando ouviu suas músicas pela primeira vez. “Falando sobre emancipação, liberdade da mulher - dentro de um meio extremamente masculino que é a música”.
João Lee, filho do meio de Rita e Roberto, DJ e produtor, foi um observador privilegiado ao testemunhar clássicos nascendo: "O que eles querem é contar um pouco de si para o mundo”. Engenheiro de som de diversas obras-primas do casal, Moogie Canazio resume: "A impressão que tenho até hoje é a de que ela quer ser muito fiel ao que está passando dentro dela”.
E, como explica o produtor Guto Graça Mello, tudo com total liberdade. “Eu era da Som Livre e nunca teve uma palavra do João (Araújo, diretor e fundador da gravadora) de ter que vender, de como ia ser o disco... Rita e Roberto tinham a liberdade total de entrar no estúdio e fazer seus discos. Lá dentro (na gravadora), a gente tinha a certeza de que sairia algo genial".
Mas chega de dar spoiler do conteúdo e vamos citar aqui mais participações especialíssimas da série: Branco Mello, Fernanda Abreu, Fernanda Takai, Marina Lima, Sarah Oliveira, Silvia Venna... A apresentação é de Adriana Penna. Não dá para perder. Autocitação é meio cafona, eu sei. Mas, eu mesmo disse isso no podcast e quero deixar aqui, bem claro, para quem quiser ouvir – ou ler: não existe artista nesse universo que seja mais completo e importante do que Rita Lee. Sorte a nossa que ela veio parar aqui na Terra.
Mais Rita Lee No dia 6 de agosto, também chega na UMusic Store uma reedição em vinil roxo de uma das obras-primas do casal, o álbum “Rita e Roberto” (1985), que traz em seu repertório sucessos como “Vírus do amor”, “Vítima” e “Gloria F”. Na mesma data, também estará à venda a camiseta de “Vírus do Amor”. Juntamente com o lançamento do podcast, no dia 27 de julho, ficam disponíveis a camiseta “Classix Remix” e um quadro edição limitada com a capa do álbum “Classix Remix”. Confira todos os produtos disponíveis em: https://www.umusicstore.com/RitaLee.
Uma conversa íntima e necessária entre dois amigos, sobre vida, música e o amor pelos Estados Unidos, com todos os seus desafios e as suas contradições. Livro é uma edição ampliada do podcast "Renegades", produzido pela Higher Ground, com mais de 350 fotografias e amplo material inédito.
"Renegados: Born in the USA" é um diálogo íntimo, franco e descontraído entre ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama e o lendário músico Bruce Springsteen, que abrange desde suas origens e pontos principais da carreira até reflexões sobre a polarização nos Estados Unidos e a distância cada vez maior entre o sonho americano e a realidade. Repleto de fotografias coloridas e materiais raros do acervo pessoal dos autores, o livro é um retrato de dois outsiders - um negro e um branco - em uma busca nada convencional de significado, identidade e comunidade em meio à história americana.
Em um estúdio de gravação abastecido com dezenas de guitarras e durante pelo menos um passeio de Corvette, Obama e Springsteen discutem casamento e paternidade, raça e masculinidade, os fascínios da vida na estrada e o chamado de volta para casa. Eles ainda discutem sobre suas músicas de protesto preferidas, alguns dos heróis americanos mais inspiradores de todos os tempos, e muito mais. Nesse processo, eles revelam a paixão ― e o preço ― de querer contar uma história mais abrangente e verdadeira sobre os Estados Unidos ao longo da carreira, além de refletir sobre como o país pode superar suas divisões internas e começar a restabelecer a unidade e a liderança global.
Uma amizade como pano de fundo aos acontecimentos que fizeram história O ex-presidente e o músico compartilham suas histórias no livro, que tem lançamento mundial simultâneo em oito idiomas em 26 de outubro de 2021, a edição repleta de fotos do acervo pessoal dos autores e farto material inédito já está em pré-venda. Em parceria com a Higher Ground, a Penguin Random House anunciou a publicação global de "Renegados: Born in the USA", uma série de conversas íntimas, francas e descontraídas entre o presidente Barack Obama e o lendário músico Bruce Springsteen.
A notícia foi anunciada por Markus Dohle, CEO da Penguin Random House, que adquiriu os direitos mundiais de Deneen Howell da Williams & Connolly LLP. No Brasil, o livro sairá pela Companhia das Letras. A edição terá 320 páginas, com mais de 350 fotografias e ilustrações coloridas, e entrou em pré-venda. "Renegados: Born in the USA" é uma expansão do diálogo que Obama e Springsteen começaram no podcast Renegades - produzido em parceria com o Spotify e é um dos programas mais ouvidos mundialmente na plataforma.
Durante essas conversas, eles compartilham histórias exclusivas e reflexões sobre a vida, a música e a relação de cada um com os Estados Unidos, sem deixar de lado os desafios e as contradições que o país abriga. Publicado em edição especial e fartamente ilustrado, "Renegados: Born in the USA" também apresenta fotografias raras e exclusivas do acervo pessoal dos autores, além de material inédito, incluindo letras manuscritas de Springsteen e discursos anotados de Obama, oferecendo um retrato de dois outsiders que ajudaram a moldar a história da América.
Ao longo de vários dias, Obama e Springsteen se encontraram para conversar. De origens e experiências distintas, eles parecem ter pouco em comum à primeira vista. Mas, como ressalta o presidente Obama na introdução do livro: “Ao longo dos anos, o que descobrimos é que temos uma sensibilidade em comum. Sobre trabalho, família e os Estados Unidos. À nossa maneira, Bruce e eu temos trilhado caminhos paralelos tentando entender este país que tanto nos deu, tentando narrar as histórias de sua gente e procurando uma forma de conectar nossa própria busca de sentido, significado, verdade e comunidade com a história mais ampla do país”.
Em "Renegados: Born in the USA", os leitores são convidados a sentar ao lado desses dois amigos de longa data em um estúdio de gravação abastecido com dezenas de guitarras e durante um Corvette, enquanto discutem casamento e paternidade, raça e masculinidade, os fascínios da vida na estrada e o chamado de volta para casa, alguns dos heróis americanos mais inspiradores de todos os tempos — e, principalmente, música. Eles revelam a paixão - e o preço que pagaram - por querer contar uma história mais abrangente e verdadeira dos Estados Unidos ao longo da carreira, além de refletir sobre como o país pode superar suas divisões internas e começar a restabelecer a unidade.
Nas palavras de Springsteen: “Tivemos conversas sérias sobre o destino do país, o destino dos cidadãos e as forças destrutivas, horríveis e corruptas que gostariam de acabar com tudo. Vivemos um momento de alerta em que nossa identidade está sendo seriamente posta à prova. Conversas difíceis sobre quem somos e quem queremos nos tornar podem, talvez, servir como um pequeno guia para alguns de nossos compatriotas. […] Este é um momento para refletir com atenção sobre quem queremos ser e que tipo de país deixaremos para nossos filhos. Vamos deixar escapar o melhor de nós ou nos voltaremos unidos para enfrentar a situação? Neste livro, o leitor não vai encontrar respostas para essas perguntas, mas encontrará duas pessoas dando o máximo de si para que façamos perguntas melhores.”
Nas palavras de Obama: “As conversas que Bruce e eu tivemos em 2020 parecem tão necessárias hoje quanto naquela época. Elas representam nosso esforço contínuo para descobrir como chegamos aqui e como podemos contar uma história mais unificadora que começa a transpor o abismo que há entre os ideais americanos e sua concretização.”
Nos Estados Unidos e no Canadá, a edição sairá pelo selo Crown e também estará disponível em espanhol nesses territórios. O livro será publicado no Reino Unido pela Viking, um selo da Penguin General Books da Penguin Random House UK, e internacionalmente nos seguintes idiomas: espanhol (Debate/ Penguin Random House Grupo Editorial), alemão (Penguin Verlag/ Penguin Random House Verlagsgruppe), português do Brasil (Companhia das Letras), português de Portugal (Objectiva/ Penguin Random House Grupo Editorial), francês (Fayard), italiano (Garzanti) e holandês (Hollands Diep).
Sobre os autores Barack Obama foi o 44º presidente dos Estados Unidos, eleito em novembro de 2008 e reeleito para um segundo mandato. É autor de três livros que entraram para a lista de best-sellers do jornal The New York Times - "Sonhos do Meu Pai", "A Audácia da Esperança" e "Uma Terra Prometida" - e vencedor do prêmio Nobel da paz de 2009. Mora em Washington, D.C., com a mulher, Michelle Obama. Tem duas filhas, Malia e Sasha.
Bruce Springsteen integra o Rock and Roll Hall of Fame e o Songwriters Hall of Fame. Recebeu vinte prêmios Grammy, um Oscar e um Tony, e foi homenageado pelo Kennedy Center. É autor do best-seller do New York Times Born to Run e foi agraciado com a Medalha Presidencial da Liberdade em 2016. Mora em Nova Jersey com a família.
Discursos anotados inéditos de Obama, incluindo suas “Observações no 50º aniversário das marchas de Selma a Montgomery”.
Letras manuscritas de Springsteen que abrangem seus 50 anos de carreira.
Fotografias raras e exclusivas dos arquivos pessoais dos autores.
Conversas e histórias não incluídas no podcast.
Fotografias e documentos históricos que fornecem contexto para as conversas.
Institucional Crown é um selo do Random House Publishing Group, uma divisão da Penguin Random House, a maior editora de livros comerciais do mundo, dedicada à missão de nutrir uma paixão universal pela leitura, conectando autores com leitores ao redor do mundo. A empresa, que emprega mais de 10 mil pessoas, foi formada em 1º de julho de 2013 pela Bertelsmann e pela Pearson. A partir de 1º de abril de 2020, a Bertelsmann passou a ser proprietária integral da empresa.
Com mais de trezentos selos e marcas em seis continentes, a Penguin Random House publica livros para todas as faixas etárias de ficção e não-ficção em inglês e espanhol em mais de vinte países. Com mais de 15 mil novos títulos e mais de 600 milhões de livros físicos, audiobooks e e-books vendidos anualmente, o catálogo da Penguin Random House inclui mais de oitenta ganhadores do prêmio Nobel e centenas dos autores mais lidos do mundo.
A Higher Ground, fundada pelo presidente Barack Obamae por Michelle Obama, conta histórias poderosas que divertem, informam e inspiram, ao mesmo tempo que dá protagonismo a vozes autênticas e diversas na indústria do entretenimento. A Higher Ground produz filmes e televisão exclusivamente com o Netflix e podcasts exclusivamente com o Spotify. O primeiro lançamento de filme da empresa, American Factory, ganhou o Oscar 2019 de Melhor Documentário, e seu primeiro podcast, "The Michelle Obama Podcast", é o mais ouvido na categoria Spotify Original até então.
Os lançamentos de filmes de Higher Ground incluem Becoming, dirigido por Nadia Hallgren, e o documentário indicado ao Oscar Crip Camp. Waffles + Mochi, a primeira série de televisão da empresa, estreou em março de 2021, aclamada pela crítica. A empresa produziu o podcast Renegades: Born in the USA, uma série de conversas entre o presidente Barack Obama e Bruce Springsteen, e lançou recentemente o "Tell Them, I Am", uma coleção de podcast de histórias de vozes muçulmanas.
Com 19 selos voltados para leitores de variadas idades, perfis e formações, a Companhia das Letras foi fundada em 1986 como uma com foco em literatura e ciências humanas. Ao longo de mais de três décadas, publicou cerca de 5 mil títulos e mais de 30 autores vencedores do prêmio Nobel, expandindo-se até se tornar Grupo Companhia das Letras, parte da Penguin Random House. A editora é líder do mercado brasileiro e soma mais 2 milhões de seguidores via redes sociais, com alcance mensal de 10 milhões de usuários pelas diversas plataformas digitais em que atua.
A editora 36Linhas lança "Mulher na Lua", terceira graphic novel da Graphic Films, coleção criada para homenagear os grandes filmes clássicos, que hoje estão em domínio público. Muitos desconhecem, ou ouviram falar ou ainda viram em algum momento e marcou.
Esta coleção de graphic novels privilegia a narrativa de cada filme, garantindo a maior fidelidade às imagens (cenários e personagens) e aos roteiros originais. A maioria dos títulos escolhidos são de filmes mudos, porém com temas/roteiros/obras que até hoje são referências, ao mesmo tempo, que são refeitos em versões modernas, sem a pureza das originais.
Graphic novel em 3 volumes com mais de 270 páginas. "Mulher na Lua" é um filme de ficção científica alemão de 1929 dirigido por Fritz Lang. Escrito por Thea von Harbou (sua esposa na época) em colaboração com Lang. O cientista visionário Professor Mannfeldt, escreveu um tratado alegando que provavelmente haveria muito ouro na Lua, pelo qual foi ridicularizado por seus colegas. Seu amigo Helius reconhece o valor do trabalho do professor. No entanto, um empresário inescrupuloso chamado Turner, também tem interesse na teoria do professor.
Enquanto isso, o assistente de Helius, Windegger anuncia seu noivado com a assistente de Helius, Friede, por quem ele Helius, secretamente, ama. Depois do encontro com o Professor Mannfeldt, Helius é assaltado por capangas da quadrilha. Eles roubam a pesquisa que o Professor Mannfeldt tinha confiado a Helius e também assaltam a casa de Helius, tomando outro material valioso. Turner, em seguida, apresenta a Helius um ultimato: sabem que ele planeja uma viagem à Lua; ou ele inclui ele, ou ele sabotará seu foguete.
Explosões... Reviravoltas... Muita ação... Várias curiosidades envolvem esta obra, uma delas é que se acreditava na época que a Lua possuía atmosfera respirável (de acordo com as teorias do astrônomo dinamarquês Peter Andreas Hansen, mencionado no início do filme). Também foi a primeira vez que se mostrou um foguete com estágios. Foi o último filme mudo dirigido por Fritz Lang e decididamente uma referência para os cineastas que viriam depois. Onde ler ou comprar: https://www.36linhas.com/graphic-novels-filmes-classicos.html.
Estreia nesta quinta-feira, dia 29 de julho, no Cinema Virtual, o filme "O Poder da Voz" ("Baumbacher Syndrome"). O longa-metragem é uma comédia alemã que traz a história de um apresentador de talk-show que é surpreendido por uma mudança na sua voz que o impede de dar continuidade à sua carreira.
Famoso, prestigiado e rico, Max Baumbacher é o apresentador do talk show noturno de maior sucesso da Alemanha. Até que um dia, de repente, ele acorda com uma voz extraordinariamente profunda, quase mágica. Quando a notícia de seu caso peculiar ganha fama no mundo inteiro, ele decide se esconder na casa de veraneio de seu empresário, onde conhece a jovem e louca Fida. Mas quando o filho deprimido de Max e sua ex-mulher fazem uma visita inesperada, o apresentador é obrigado a enfrentar o seu passado.
Direção e roteiro: Gregory Kirchhoff ("Dusky Paradise"). Elenco: Tobias Moretti ("O Vale Sombrio"), Elit Iscan ("Sibel"), Lenz Moretti, László Branko Breiding ("Viva a França!"), Ingvild Deila ("Rogue One: Uma História Star Wars"). O longa ganhou o prêmio de Melhor Filme no Snowdance Film Festival e no Evolution! Mallorca International Film Festival.
Para assistir, o público pode acessar a plataforma pelo NOW ou escolher a sala de exibição preferida em cinemavirtual.com.br e realizar a compra do ingresso. O filme fica disponível durante 72 horas para até três dispositivos.
"O futuro distante chegou. E com ele vieram também os primeiros sintomas. A perda da beleza deixou de ser apenas um leve incômodo, e os cuidados inadiáveis com a saúde indicaram o início de uma nova era fisiológica. A vida teria, sim, sua finitude. E eu senti o fim, se não próximo, acenando para mim." | Adriana Pimenta
Para algumas mulheres chegar aos 40 anos significa o encontro com questionamentos que até então não existiam no cotidiano. Mas, onde buscar respostas para novas dúvidas e novos desafios existenciais? Se a pessoa em questão for uma jornalista, é provável que essa crise se torne uma reportagem ou... um livro! Esse é o caso de Adriana Pimenta, que transformou a crise pessoal na obra "Quando o Futuro Chegou e Encontrei Um Pentelho Branco", lançado pela Primavera Editorial.
Em uma narrativa sensível e bem-humorada, Adriana Pimenta revela a trajetória honesta de uma mulher que enfrenta os próprios obstáculos rumo à maturidade. Em muitos momentos, a autora nos faz rir com os percalços de sua busca singular; em outros, faz chorar com as incertezas do processo. Mas, a principal reação despertada é chorar de rir com o mais humano dos relatos sobre o impacto do tempo em nossos corpos, em nossas mentes e em nossa vida.
Visita a terapeutas, busca por respostas na espiritualidade e nas entrevistas com antropólogos. Como entender a própria inquietação? O que se sente exatamente diante dessa vontade de ir e de ficar? Uma crise dos quarenta pode ser vivida de diferentes formas por mulheres distintas, mas, no caso de Adriana Pimenta, a fase é marcada por uma jornada de profundo autoconhecimento.
“Pesquisei literatura especializada, entrevistei estudiosos, falei com outras mulheres. Procurei entender onde elas estão posicionadas em uma sociedade machista que reforça a desvalia feminina ao passo que envelhecem. Questionei se a crise dos quarenta é moldada pela cabeça ou pela cultura. Foram muitas as descobertas e elas estão contidas no livro, no qual trato a minha crise pelo carinhoso apelido de MC”, detalha a escritora, acrescentando que são crônicas da vida de uma mulher privilegiada, de 45 anos, de classe média, branca, heterossexual, que vive em São Paulo e enfrenta uma baita tempestade pessoal. “É no meio deste caos que convido as leitoras a entrar”, revela. No livro, Adriana Pimenta traz, ainda, uma lista de leituras que acessou durante a busca por respostas e que se tornaram temas de muitas das entrevistas que conduziu.
Trechos do livro
Página 11 “[...]
– Pergunta tudo o que você quiser – disse meu amigo Carlos, com os olhos marejados e o lábio inferior tremendo.
Voltou emocionado desse jeito depois de se consultar com o preto-velho.
Eu seria a próxima.
Como assim, tudo o que eu quiser?, pensei aflita. Impossível perguntar tudo o que eu quisesse na roda de umbanda, com cinquenta pessoas em volta, ainda inebriadas pelos cânticos da gira, também esperando para ouvir alguma coisa lá do céu que daqui da terra não dava para escutar.”
Página 22 “[...] Buscar respostas em um centro de umbanda foi apenas uma das muitas investigações que fiz no esforço de compreender o que se passa comigo nesta transição entre os quarenta e os cinquenta, neste estágio híbrido entre duas gerações, neste momento em que eu sei que não sou velha, mas já deixei de ser garota. Em que eu me julgo mais sábia, porém, ainda imatura. Em que eu reúno toda a força que a experiência me garantiu, sem querer abandonar o furor da juventude.”
Página 34 “[...] Será que esse é o ponto principal da minha crise? Boa. MINHA CRISE. Porque esta crise parece ser só minha. A minha crise, a MC. A busca na Internet me conscientizou sobre a necessidade de ajuda profissional. De alguém que entenda, de verdade, o que é a MC. Marquei uma entrevista com Célia Romão, uma psicóloga junguiana que já atendia há mais de vinte anos. Fora indicada pela sobrinha de uma amiga que era psicóloga infantil. ‘Ela é muito boa’. Essa era a referência.”
Página 48 “[...] Meus seios analiso pela lateral, o pior ângulo que posso ter deles. Mesmo que a decadência ainda seja moderada, não refletem mais o que já foram um dia. Pouco interesse tenho em saber a respeito dos motivos, da flacidez dos tecidos, da redução de colágeno blá-blá-blá. Fodam-se essas explicações. Minhas tetas estão caindo e é triste ver.”
Página 88 “[...] Partimos Will e eu em direção à minha casa. Estava nervosa. Transar com um garoto era uma situação nova para mim, mas seus encantos me distraíram ao longo do caminho. Além de boa praça, Will era divertido.
Assim que chegamos, eu me questionei se estava fazendo a coisa certa. Já tinha bebido um pouco e até provado um baseado com ele. Comecei a me sentir ridícula ao ver a coroa-pega-pivete se materializar.
Coloquei Bob Marley na playlist (achei que ele não conheceria a banda Cidade Negra, sucesso nacional quando eu tinha sua idade) e ofereci água. Enquanto enchia os copos na cozinha pensei em desistir. Sei lá, poderia dar uma desculpa qualquer, dizer que estava cansada ou menstruada.
Sobre a autora Nascida em Santos, Adriana Pimenta desde criança já tinha a leitura e a escrita em sua rotina. Lia os livros que vinham de brinde no sabão em pó e, estimulada por essas histórias, começou a colocar as suas no papel, adquirindo o hábito de escrever em diários. Cursar jornalismo foi, então, um caminho natural. Trabalhou por mais de 25 anos com escrita e comunicação corporativa. Em 2019, concluiu a pós-graduação em Formação de Escritores de Não-Ficção, pelo Instituto Vera Cruz, e decidiu colocar histórias reais no papel.
Carregada de humor e traumas da vida, a vilã roubou a cena e conquistou o público. Foto: Globo/Estevam Avellar
"Pega Pega" está de volta e a edição especial da comédia romântica policial de Claudia Souto tem um gostinho ainda mais especial para Mariana Santos, que pode rever sua estreia em novelas como Maria Pia. Carregada de humor e traumas da vida, a vilã roubou a cena e conquistou o público. Mariana acredita que seja por conta de sua humanização: “É um trabalho muito especial na minha vida, muito feliz. E revisitar a Maria Pia é uma emoção para mim, é uma personagem que tem uma importância gigantesca, me fez mudar minha visão de carreira. Foi um presentão, fico emocionada de lembrar do convite”, comenta a atriz ao relembrar a reunião com o diretor artístico da trama Luiz Henrique Rios.
Outra lembrança de Mariana é a parceria com Marcelo Serrado, o Malagueta, com quem ela forma o casal Malapia, que ganhou fãs e hashtag na primeira exibição da novela. “De cara, tivemos uma afinidade nos nossos personagens, nos entendíamos no olhar, foi rolando naturalmente. Deu certo, o público nos comprou como um casal na novela, então foi muito gratificante”, diz a atriz.
No início de "Pega Pega", Maria Pia sustenta uma paixão antiga por Eric (Mateus Solano), de quem é amiga e assessora pessoal, mas o empresário só lhe enxerga como amiga. Depois de flagrar a fuga de Malagueta e seus cúmplices no roubo do Carioca Palace pelos fundos do hotel, Maria Pia começa a chantagear o concierge. Os dois viram cúmplices nos trambiques e nem imaginam que desta vilania vai surgir um amor.
Em entrevista, Mariana fala com carinho de Maria Pia, dos bastidores, da amizade do elenco e dos principais desafios para interpretar a personagem. "Pega Pega" é escrita por Claudia Souto, com direção artística de Luiz Henrique Rios, direção de Ana Paula Guimarães, Dayse Amaral Dias, Luis Felipe Sá, Noa Bressane, e direção geral de Marcus Figueiredo.
Qual a importância da Maria Pia na sua carreira? Mariana Santos - É um trabalho muito especial na minha vida, muito feliz. E revisitar a Maria Pia é uma emoção para mim, é uma personagem que tem uma importância gigantesca me fez mudar minha visão de carreira. Foi um presentão, fico emocionada de lembrar do convite, da reunião com Luiz Henrique Rios.
Como você descreve a personagem e sua transformação durante a novela? Mariana Santos - Maria Pia tem várias nuances, é muito rica de composição, foi algo que mudou um pouco a minha carreira. E me colocou na teledramaturgia, me deu a chance de experimentar algo novo, então ela realmente representa muito para mim. Ela é uma mulher com emoções diversas, uma vilã muito humanizada, que sofria de compulsão, tinha um amor platônico, se apaixona por um bandido, vai embora para a Suíça e volta repaginada. A transformação de Maria Pia não foi só para o Eric. Não foi só estética. Ela veio se transformando, nem percebeu, veio transformada para o Malagueta. Vai sendo guiada pelo amor também.
O que mais te marcou na época das gravações da novela? Mariana Santos - Muita coisa me marcou nessa novela. Foi a primeira que eu fiz, então tudo nos marca. Foi um trabalho muito feliz porque todos os colegas de cena se falam até hoje, somos muito felizes nos falando, foi um grupo que se deu muito bem.
Qual a principal lembrança que ficou do trabalho? Mariana Santos - A preparação para a novela foi uma novidade para mim, a composição do corpo, a mudança de visual, as mudanças que a personagem teve durante a novela.
Guarda alguma recordação do personagem, como peça de roupa ou objeto? Mariana Santos - Devia ter pego algo mais simbólico da personagem, uma fotografia de cena, algo do quarto dela. Mas estávamos no final das gravações, eu tinha usado um vestido cinza, uma das últimas cenas que eu gravei, eu pedi esse vestido. Sempre pedimos para guardar uma lembrancinha, mas eu sinto não ter pedido algo mais simbólico da Maria Pia.
Lembra de alguma situação que marcou você nos bastidores da novela? Mariana Santos - A última cena que gravei com a Bebeth, interpretada pela Valentina Herszage, que a Maria Pia revela que foi barriga de aluguel dela. Para não gastarmos emoção, não ensaiamos. O diretor marcou a cena e foi uma emoção tão verdadeira na hora que começou a cena, que foi difícil segurar. Fizemos de primeira, foi uma cena muito bonita, como várias que gostei de fazer, com emoção ou cômicas. Mas essa cena me marcou porque a emoção veio muito forte.
Como foi trabalhar com Luiz Henrique Rios? Mariana Santos - Foi uma sorte, um encontro muito bonito porque ele acreditou em mim, me chamou. Ele é um diretor que dirige muito bem, tem uma energia de direção muito forte, de muita liderança. Ele tira o nosso melhor, ele confia. Isso do diretor confiar no que o ator está fazendo é uma dádiva, uma troca que acontece ali muito grande. E espero poder trabalhar com ele novamente porque ele está guardado aqui no meu coração.
E com Mateus Solano? Mariana Santos - Trabalhar com Mateus Solano foi incrível, uma pessoa com uma energia muito positiva no set, um cara muito generoso. A troca com bons atores é muito boa, nessa novela só tinha bom ator, então fica mais fácil você trocar olho no olho.
E a parceria com Marcelo Serrado? Mariana Santos - Com o Serrado também, nossa parceria deu muito certo. De cara, tivemos uma afinidade nos nossos personagens, nos entendíamos no olhar, foi rolando naturalmente. Deu certo, o público nos comprou como um casal na novela, então foi muito gratificante. Ficamos amigos, todos.