sexta-feira, 8 de agosto de 2014

.: Mauricio de Sousa homenageia seu pai, que era poeta, com soneto


Consagrado cartunista brasileiro, famoso pelos quadrinhos da "Turma da Mônica" e tantos outros, Maurício de Souza, homenageou o pai, o poeta Antônio Mauricio de Sousa, divulgando um poema feito pelo próprio pai, para ele. O cartunista também é filho da poetisa Petronilha Araújo de Sousa. 

.: Crônica: A TPM da Lotação, por Juliana de Souza

Por Juliana de Souza


Dia desses, ao entrar no ônibus 17, na linha que sai de Canoa e vai até Remos, deparei-me com um casal que estava sentado próximo à porta de saída, junto ao cobrador, falavam alto, gesticulavam, interrompiam o discurso um do outro, um espetáculo circense que dava inveja a muito artista de rua. Sim, eles estavam discutindo a relação.

Tratei de olhar para os dois lados em busca de uma rota de fuga para escapar daquele momento íntimo, tão “celebrado” em público e que começava a ganhar olhares de reprovação da plateia, digo, dos passageiros. Mas, para minha infelicidade, não havia rota de fuga, e o pior, o único lugar disponível era no banco logo atrás do casal. O jeito foi sentar ali mesmo e tentar ficar invisível, ser mais uma espectadora involuntária daquela situação inevitável na vida de todo casal.

A discussão se prolonga e em certo momento todos os passageiros, além de partilharem da mesma angústia, já se tornaram conhecedores do motivo que leva a moça a querer, praticamente, esfolar o namorado em praça pública. A situação é esta, o rapaz está tentando convencer a namorada de que no dia em que bebeu demais na casa do Zé Araújo foi por conta do Palmeiras ter perdido, ele não sabia que naquela ocasião a Soraia, sua ex-namorada, iria aparecer por lá.

A moça, muito revoltada e sofrendo daquele gestual típico italiano, bate no ombro do rapaz ameaçando-o a todo o momento interrompendo a explicação do pobre coitado que já não sabia mais como se defender daquela paranoia toda e principalmente tentando encontrar a tacada final para aquele drama todo.  Eu não tinha dúvidas, o rapaz iria apanhar ali mesmo, na frente de todo mundo. Penso em intervir, mas àquela altura do conflito, corria o risco de a moça pensar que a Soraia era eu.

O rapaz tenta se explicar, diz que não aconteceu nada, que nem a tinha cumprimentado, Soraia estava lá porque é amiga da namorada de Zé Araújo, justifica. Já sem paciência por tanto sofrer com aquele achincalhamento, o rapaz - cheio de “sensibilidade”  - dispara uma pergunta , como quem tenta o último golpe numa luta em que está sendo surrado , "o que há com você, está menstruada?".


Se existe mesmo um silêncio antes da explosão, certamente é parecido com o que se ouviu naquele coletivo. Eu tinha certeza de que o homem havia, com aquela frase, assinado sua sentença de morte. O motorista reduz a velocidade para deixar um passageiro no próximo ponto de ônibus. A moça, cujo silêncio só não era maior que a fúria contida, aproveitou o sinal de parada e praticamente atropelou o pobre coitado que dava o passo para pisar no primeiro degrau da porta de saída. O rapaz, que mesmo sem ter feito nada demais na festa do Zé Araújo, levanta-se do banco e desce do ônibus gritando desesperadamente, “desculpa, desculpa, desculpa!”.

Sobre a autora
Juliana de Souza é um paradoxo. O olhar de ressaca, tal qual a personagem machadiana, às vezes inquisitivo, o tom de voz rouco e os cabelos cor de mel fazem com que ela passe uma imagem que talvez não seja condizente com quem ela é, mas ela é. É e não é ao mesmo tempo, porque quando você a lê, o paradigma Juliana demonstra ser completamente outro. É como se ela oferecesse várias de si enquanto é, como gente, e quando escreve. Quando você a lê, descobre uma mulher sensível, observadora e poética em sua feminilidade. Não se sabe se é mulher, ou é menina, embora toda mulher seja uma menina eterna, mesmo que não queira transparecer. É linda a vida ditada por uma mulher com vistas de uma menina, ou de uma menina vivida com os olhos da mulher que intui, que percebe e sabe que dita as regras, afinal, o mundo é de cada uma delas. Quem pensa ao contrário, não percebe. Mais sobre Juliana no blog:
http://reinodechulemeuzin.blogspot.com.br/

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

.: Meryl Streep e Johnny Depp no cinema para contar musical dos irmãos Grimm



Com previsão de estreia em janeiro de 2015, “Caminhos da Floresta” é uma visão moderna dos adorados contos de fadas assinados pelos irmãos Grimm, cruzando as tramas de algumas histórias e explorando as consequências dos desejos e das buscas dos personagens.

O musical, que se propõe a ser engraçado e emocionante ao mesmo tempo, segue os contos clássicos de “Cinderela” (Anna Kendrick), “Chapeuzinho Vermelho” (Lilla Crawford), “João e o Pé de Feijão” (Daniel Hittlestone) e “Rapunzel” (Mackenzie Mauzy) – todos reunidos em uma história original envolvendo um padeiro e sua esposa (James Corden e Emily Blunt), seu desejo de formar uma família e a interação com a bruxa (Meryl Streep) que os amaldiçoou.



“Caminhos da Floresta” estreou na Broadway em 5 de novembro de 1987, no Martin Beck Theatre. A produção, que fez 764 apresentações, ganhou o prêmio Tony de melhor trilha sonora, melhor livro e melhor atriz em musical. Entre outros prêmios, o musical ganhou cinco prêmios Drama Desk, incluindo o de melhor musical. Foi produzido pelo mundo todo, incluindo uma turnê nos EUA em 1988, uma produção do “West End” de 1990, remontagens na Broadway e em Londres, além de uma produção de TV, uma gravação em DVD e um concerto no 10º aniversário.

A adaptação cinematográfica traz músicas da peça teatral, incluindo “Children Will Listen”, “Giants in the Sky”, “On the Steps of the Palace”, “No One Is Alone” e “Agony”, entre outras.



Rob Marshall, o talentoso cineasta por trás do musical ganhador do prêmio da Academia, “Chicago”, e de “Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas”, da Disney, dirige o filme, que é baseado no musical original ganhador do prêmio Tony, de James Lapine, que também escreveu o roteiro, e do lendário compositor Stephen Sondheim, responsável pela música e pelas letras. O filme é produzido por Marshall, John DeLuca e pelos produtores de “A Bruxa” (“Wicked”), Marc Platt e Callum McDougall.

A premiada equipe de produção inclui Dion Beebe (de “Colateral”, “Chicago” e “Nove”), o diretor ganhador do Oscar pelo filme dirigido por Marshall, “Memórias de uma Gueixa”, como diretor de fotografia. Dennis Gassner (de “007 - Operação Skyfall” e “007 - Quantum of Solace”), ganhador do Oscar por “Bugsy”, é o desenhista de produção, e a três vezes ganhadora do Oscar Colleen Atwood (de “Memórias de Uma Gueixa”, “Chicago” e “Alice no País das Maravilhas”) é a figurinista.


terça-feira, 5 de agosto de 2014

.: Fernanda Takai abraça a campanha "Incluir Brincando"


Em agosto, o sexto mês da campanha "Incluir Brincando", a cantora Fernanda Takai é a convidada para falar sobre "Feira de Brinquedos", tema dessa última etapa do projeto. Ao lado da personagem Bel, do programa "Vila Sésamo", ela enfatiza a importância de aprender a dividir e compartilhar ainda na infância.

Para Fernanda, essa campanha remete as pessoas para seu lado criança. "Contracenar com a Bel e ainda convidar a todos a pensarem sobre como a troca de brinquedos pode ser algo divertido e simpático, foi como dar mais uma chance à minha criança interior. Não podemos nos esquecer de que em meio a tantas responsabilidades, brincar faz bem!".

Natural do Amapá, Fernanda integrou a banda mineira Pato Fu durante 22 anos, assumindo a posição de vocalista. Recentemente, lançou-se em carreira solo e, agora, traz 15 álbuns e seis DVDs em seu repertório. Além disto, o currículo da amapaense é extenso e conta com trabalhos ao lado de Andy Summers, vocalista da banda The Police, prêmios da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) e Grammy Latino, entre outros, e apresentações por diversos países, entre eles  Japão e Inglaterra.


A participação de Fernanda Takai na campanha Incluir Brincando é dividida em três vídeos. No primeiro, exibido entre as programações da TV Cultura e da TV Rá Tim Bum!, a cantora acompanha Bel até uma feira de troca de brinquedos, onde a personagem cor de rosa troca uma flauta por uma peteca. Ela ressalta que, além da importância para a formação da criança, dividir e compartilhar também são formas de fazer novos amigos e inventar novas brincadeiras.

Na segunda produção, a cantora conta sobre sua infância e de que forma costumava trocar e compartilhar brinquedos com seus amigos e irmãos. A série ainda é integrada por um terceiro e último episódio, exibido durante o Quintal da Cultura, que enfatiza o tema.

A campanha Incluir Brincando é uma parceria entre a TV Cultura, a Sesame Workshop, a UNICEF e Fundação Metlife realizada para promover o direito que todas as crianças têm de brincar de forma segura e inclusiva.
Parceiros institucionais: Associação Laramara, Instituto Rodrigo Mendes, Efeito Visual Serigrafia e Iguale Comunicação de Acessibilidade.

.: Homenagem ao Dia dos Pais, por Fábio Roesler

A importante relação entre pai e filho

Por Fábio Roesler, Psicólogo e Neuropsicólogo com especialização em Neurofeedback pela INBIO (Instituto Nacional de Biofeedback)


Não há dúvidas de que a presença do pai é muito importante no desenvolvimento do filho. No entanto, não existe uma fórmula capaz de definir como um pai precisa se comportar. O ideal é proporcionar ao filho a segurança de que ele sempre será protegido, tanto no lado emocional como financeiro, mas sem deixar esquecer que pai também é um ser humano e, como tal, está sujeito a erros e acertos. 

O pai passa a ser referência para os filhos a partir do período entre 04 a 06 meses de idade, no qual a criança consegue ver-se como separada e distinta da mãe. Neste momento, e até um ano de idade, o bebê passa a perceber, cada vez mais, que a atenção da mãe divide-se entre ele e o pai.

A maior referência paterna surge entre os 04 e 06 anos, período formador da personalidade. Tanto meninos como meninas passam a identificar-se com aspectos próprios do pai. Por outro lado, se houver uma relação conflitante entre ambos, o filho adquire comportamento e atitudes bem diferentes das do pai.

O período final da adolescência, entre os 16 e 18 anos, é uma fase em que a transgressão e a sensação de liberdade e de poder passam a imperar no pensamento do filho ou da filha. Winnicott, um psicanalista especializado em crianças, dizia que a adolescência normal é a adolescência com rebeldia.

Outro ponto é a mudança do estereótipo do pai que, antes, era o único ou maior responsável financeiro da casa, trabalhava a vida toda na mesma empresa e se casava apenas uma única vez. Nos dias atuais, não existe mais esse tipo de relação imperante. Hoje, muitos pais fazem o chamado home office, ou seja, trabalham em casa, ou possuem horários flexíveis na empresa. Há também os que se casam diversas vezes e multiplicam a família.

Enfim, não importa qual o estilo de vida ou as escolhas do pai, mas sim a importância de ele ser mais presente no dia-a-dia do seu filho, questionando-o sobre o significado de suas experiências cotidianas, mostrando-se mais aberto ao discurso do filho e participando, com frequência, do seu universo.

No caso de pais separados, não basta apenas ser um bom pai durante os dias em que está com a criança. É preciso ouvi-la diariamente e tentar participar o máximo possível de suas atividades, mesmo que não seja fisicamente, mas por telefone ou mensagens. O importante é demonstrar interesse e fazer com que o filho se sinta amado e admirado!

.: Banda Trela e "A Arte de Improvisar", por Marcão Britto



Formada em Piracicaba em 2013, a banda Trela conta com referências das bandas nacionais e internacionais, como "Charlie Brown Jr.", "O Rappa", "Rage Against The Machine", "Audioslave", "Red Hot Chilli Peppers", "Natiruts", "Planta e Raiz", "Sabotage", "Racionais MC's" e "Emicida".

Formada por Max (vocal), Carlinhos (bateria) Chaverinho (guitarra) e Thiago (baixo), a banda vem recebendo diversos elogios e conquistando cada vez mais público por onde se apresentam e, em 2013, abriu em 2013 os shows da banda "A Banca" na turnê "Chorão Eterno".


Recentemente, a banda lançou o EP de estreia "A Arte de Improvisar" com a produção do músico Marcão Britto (ex-Charlie Brown Jr e A Banca), promete agitar o público com muito rock'n'roll. Para quem não gosta de som pauleira, a melhor canção é "Será, de Sempre Assim".

Nos shows que serão apresentados, o repertório será mesclado com músicas do novo disco que estão disponíveis para download gratuito no SoundCloud, iTunes e Deezer, além do cover "Mantenha o Respeito, do Planet Hemp. Para conhecer um pouco mais sobre a banda, a página é: facebook.com/trelaoficial.

Agenda de Shows:

Agosto:15/8 - Santos - Capital Disco (AliadosBanda Strike, D'Naipes, Music Box e Trela)
16/8 - Holambra - Festival Chaparock
23/8 - São Paulo - Hangar 110 (Trela e Gloria)

Setembro:
6/9 - Jundiaí - Aldeia bar (Trela e No Ducky)
12/9 - Piracicaba - Estação Cultural (Trela e No Ducky)
13/9- Curitiba - PR
20/9 - Rio de Janeiro - Teatro Odisséia (Trela, Drops 96 e Arsenic)

Novembro:
22/11 – Bauru/SP

Link -  "O que eu não vejo" com part. especial de Zeider (Planta e Raiz) e Marcão (CBJ e A Banca)

Links  - EP "A Arte de Improvisar"

.: Série traz ação com David Arquette e Emily Osment totalmente grátis

Duas jovens e belas garotas, Roxie (Emily Osment) e Veronica (Emanuelle Chriquei), uma dupla de assassinas de aluguel altamente treinadas e letais, saem em uma missão para a sua chefe, Mother (Gina Gershon). O mais recente "trabalho" delas termina mal quando elas encontram um menino de oito anos sedado no porta-malas de seu carro e rapidamente tornam-se o alvo do cliente que havia contratado o "job", da sua própria chefe e até do FBI com o agente Frank Barnes (David Arquette) – todos interessados em obter de volta o garoto que é uma valiosa testemunha. Estrelado por Emmanuelle Chriqui ("Entourage", Emily Osment ("Hannah Montana"), Gina Gershon ("A Outra Face"), David Arquette ("Pânico", "Nunca Fui Beijada"), Missi Pyle ("Peixe Grande") entre outros.

Esta é a sinopse de "Cleaners", que pode ser assistida gratuitamente no site da Crackle, a rede multiplataforma de entretenimento da Sony Pictures Television, que apresenta sua nova produção original, já disponível no Brasil. A série exclusiva e original de Crackle, que conta a trama de duas atraentes assassinas de aluguel e é estrelada por  David Arquette ("Pânico", "Nunca fui Beijada"), Emily Osment ("Hannah Montana") e Emmanuelle Chriqui ("Entourage) já tem todos os episódios da primeira temporada, completamente gratuita para os espectadores em 

Com um elenco de protagonistas e coadjuvantes composto por nomes consagrados do cinema mainstream e filmes indie e cult como Gina Gershon e Missi Pyle, Cleaners é uma receita de sucesso. A série original de Crackle combina interpretações instigantes com uma trama empolgante e agitada que apresenta Roxie (Emily Osment) e Veronica (Emanuelle Chriqui) como duas jovens e belas garotas que também são assassinas de aluguel altamente treinadas e letais. Ao cumprirem uma missão para sua chefe, uma desagradável surpresa no porta-malas do carro delas vai fazer com que as duas se tornem um par de alvos caçado por perigosas pessoas.

A onipresença de Crackle em aplicativos gratuitos facilita ainda mais o accesso dos espectadores brasileiros através smartphones e tablets com sistemas iOS e Android, SmarTVs, e na web. Crackle também esta presente em plataformas como Google Chrome, Google TV, Sony Bravia TV, Samsung TV, LG TV, Apple TV, PS3, PS4, XBOX 360, XBOX One e Kindle Fire.

"Cleaners" – 1ª Temporada
Crime/Ação; 6 episódios de 30 minutos
Data: Todos os episódios disponíveis em www.crackle.com.br e nos aplicativos para iOS, Android, Chromecast, Google TV, Sony Bravia TV, TV Samsung, LG TV, Apple TV, PS3, PS4, XBOX 360, XBOX One, Windows 8, Blackberry e Kindle Fire. Gratuito para o espectador. 

.: CAIXA Cultural Rio: Jia Zhangke – A Cidade Em Quadro

CAIXA Cultural apresenta, de 12 a 24 agosto de 2014, a mostra “Jia Zhangke - A Cidade em Quadro”. A seleção de filmes do aclamado cineasta chinês será a primeira mostra patrocinada pelo banco a ser exibida no Cine Caixa Bela Artes, sala SP Cine Aleijadinho.

Pela primeira vez, o público brasileiro terá acesso a toda obra do diretor. Serão exibidos 18 filmes, sendo 12 longas-metragens e seis curtas. A mostra é produzida pela Fagulha Filmes, com coordenação e curadoria de Mariana Kaufman e Jo Serfaty. O evento também contará com uma Masterclass, a primeira em toda a América Latina, dada pelo próprio cineasta e com presença de Zhao Tao, esposa e atriz principal de seus filmes.

Jia Zhangke é um dos grandes nomes do cinema contemporâneo. Ganhador de prêmios como o "Leão de Ouro", por Still Life (2006), e de melhor roteiro em Cannes por “Um Toque de Pecado (2013)”. Desde os primeiros filmes, Zhangke tinha o desejo de filmar as mudanças no momento em que elas aconteciam. Queria filmar as transformações pelas quais a China estava passando, da Revolução Cultural aos dias de hoje, a partir das vivências de seus habitantes e da rica dinâmica de destruição e reconstrução de suas cidades.

“Ainda que estejamos enfrentando os resultados de mudanças na sociedade como um todo, as expressões emocionais vêm de indivíduos, e não da ideologia ou dos pensamentos do governo. É por isso que insisto em abordar os tópicos que escolho a partir de uma condição ‘personalizada’. Meus filmes seguem basicamente a jornada da vida natural”, analisa Jia Zhangke.

Para Mariana Kaufman, “a grande força do cinema de Jia foi ter conseguido - através da modulação dos elementos em quadro (personagens / diálogo / mise-en-cene / locação / câmera / luz, etc) – criar uma fissura temporal e espacial em cada imagem fazendo com que passado, presente e futuro se encontrem, gerando uma noção de presente que se atualiza a 24 quadros por segundo”.

Serfaty destaca que “Jia Zhangke nos desperta de certa apatia”. Em sua avaliação, o autor, mesmo depois de premiado internacionalmente, nunca deixou de afirmar sua linguagem experimental ao chamar atenção para o cinema como um ato amador, de reinvenção e risco, inclinando-se para os processos de transformação das grandes metrópoles nas duas últimas décadas. “É impossível assistir aos filmes de Jia e não traçar paralelo com as cidades brasileiras. Peking, Fenyngang e Xangai poderiam ser também Rio de Janeiro, São Paulo ou Recife. Cidades, quadros, ruínas partilhadas, todas submetidas ao processo de perda de identidade e transformação descontrolada”, conclui.

A mostra “Jia Zhangke – A Cidade Em Quadro” também estará em cartaz na CAIXA Cultural Rio de 5 a 17 de agosto de 2014.

Serviço:
Jia Zhangke – A Cidade Em Quadro
Data: 12 a 24 de agosto de 2014
Horário: consultar programação (anexa)
Local: Cine Caixa Belas Artes
Endereço: Rua da Consolação, 2423 – Consolação – São Paulo (SP)
Entrada: R$10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia)
Vantagens para clientes da CAIXA: 50% de desconto na compra do ingresso com cartão de débito da Caixa
Capacidade: 144 lugares
Classificação etária: consultar programação (anexa)
Patrocínio: Caixa Econômica Federal

Masterclass com Jia Zhangke
Data: 13 de agosto de 2014
Horário: 19h30 às 22h30
Local: b_arco – Centro Cultural Contemporâneo
Endereço: Rua Doutor Virgílio de Carvalho Pinto, 426 – Pinheiros – São Paulo (SP)
Valor: R$ 80,00
Inscrições no e-mail: masterclasssp@fagulhafilmes.com.br (As inscrições dão direito a um catálogo da mostra)

quinta-feira, 31 de julho de 2014

.: Oficina de Escultura em Areia


Para quem mora em São Vicente, a Praia do Itararé será o lugar escolhido para o workshop "Esculturas em Areia", gratuito e aberto a todos os interessados (independente da faixa etária), que será promovido no próximo fim de semana (dias 2 e 3), pela Secretaria da Cultura da cidade, com apoio da Associação dos Artistas.

A atividade será desenvolvida das 8 às 17h, na faixa de areia em frente o Posto de Informações Turísticas, na direção da Avenida Presidente Wilson. Não há necessidade de inscrição prévia. No workshop, orientado pelos artistas plásticos Gaspar Mariano e Rosângela Castro, vão estar presentes os formandos do primeiro módulo da Oficina de Escultura ministrada nas Oficinas Culturais Professor Oswaldo Névola Filho, mantidas pela Prefeitura, por meio da Secult.

.: Trabalhar com Di Cavalcante incendiou a imaginação de artista


Na semana em que celebra 14 anos de exibição, o "Provocações" desta terça-feira (5/8) entrevista o artista plástico Felipe Ehrenberg. Ele fala sobre seu primeiro contato com o Brasil, sua participação no movimento artístico Fluxus, de Nova Iorque, e é confrontado por Antônio Abujamra sobre o exercício burocrático de um adido cultural. O programa vai ao ar às 23h30, na TV Cultura.

Adido cultural do México no Brasil, Felipe Ehrenberg revela que sempre sonhou em vir ao país. O primeiro contato se deu a partir de seu mestre, José Chavez Morado, que o indicou como assistente do artista plástico Emiliano Di Cavalcanti. “Trabalhei com Di Cavalcanti por dois meses, mas foram mais do que suficientes para incendiar minha imaginação”.

Outra inspiração do artista é o movimento Fluxus, criado em Nova Iorque nos anos 1960. Sobre esse período, Felipe comenta que sempre foi acusado de ser um provocador, apesar de nunca ter tido a intenção de provocar alguém. “Isso tem a ver com o tipo de produção que eu tenho. Eu não sou artista no sentido do cubo branco, do museu e da relação com o mercado globalizado da arte, não pertenço a esse mundo. Estou mais perto de ser um tipo de clínica geral: desenho, gravo, pinto, faço escultura, performance, porque o princípio que rege tudo que produzo é tentar me comunicar com o próximo imediatamente”. Para ele, o sentido da arte tem se perdido, pois se trata de uma habilidade, da mesma forma que a estética é uma sensação e não um tipo de beleza.


Mas se o artista não gosta de provocar, não é o caso de Antônio Abujamra. Quando confronta o artista com o exercício burocrático de um adido cultural, o diplomata rebate: “Um bom artista tem que lidar com a burocracia”. Apontado como um neologista, Ehrenberg explica: “O neologista é aquela pessoa com interesse por qualquer fato, por isso que as pessoas assemelham seu trabalho ao de um médico que cura alguma coisa. Eu até gosto da ambiguidade que a palavra gera”. 

quarta-feira, 30 de julho de 2014

.: "Daily Míllor" e "Diário da Tarde", em memória à Millôr Fernandes e Paulo Mendes Campos


Homenageado na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que acontece até 3 de agosto, o desenhista e jornalista Millôr Fernandes (1923-2012) será inspiração para um jornal diário, intitulado "Daily Míllor", durante os dias do evento.

Este jornal, que irá abordar os mesmos temas debatidos no evento, terá textos e desenhos feitos por convidados da 12ª edição da Flip, como Ivan Fernandes, filho de Millôr, Antonio Prata, Chico Caruso, Reinaldo (ex-‘Casseta & Planeta’) e Luis Fernando Verissimo,Reinaldo (ex-‘Casseta & Planeta’). A iniciativa integra as ações da exposição “Millôr, 90 anos de nós mesmos", na Casa da Cultura de Paraty, sobre trajetória do escritor, reunindo também as colaborações nas revistas “A Cigarra" e "O Cruzeiro".


Jornais sempre fizeram parte da vida de grandes escritores. Recém-aposentado no início da década de 1980, Paulo Mendes Campos foi cultivar seu jardim em um sítio da serra fluminense. Ali, no sossego da vida rural, longe das pressões da vida diária no Rio de Janeiro, começou a compor um jornal imaginário, o Diário da Tarde, com artigos, crônicas, resenhas futebolísticas, poemas, traduções e aforismos - enfim, as diversas seções que costumam compor uma publicação diária.

Entre notas em seus quase intermináveis blocos e textos já publicados, o mineiro produziu vinte “edições” do seu jornal, que ganharia uma edição em livro em 1981. Este “Diário da Tarde” ganha nova edição, mostrando a incrível gama de talentos do autor para os mais diversos tipos de texto. Diretor de redação e único repórter do seu “jornal”, Paulo Mendes Campos faz, nesta obra relançada pela Companhia das Letras, desde o perfil literário - aqueles de Virginia Woolf, Walt Whitman e Pedro Nava estão entre as melhores apreciações desses autores em nossa língua - à crônica esportiva, passando pelo poema e pela tradução de alguns de seus poetas preferidos e indo à crônica leve e deliciosa sobre a vida na cidade. 

“Este livro pode ser folheado num lindo dia de chuva, à falta duma boa pilha de revistas antigas”, escreve o autor na abertura do volume. Eis um convite irresistível. Se quiser ler um trecho, disponibilizado pelo site da editora Companhia das Letras, clique aqui.


.: Programação Portátil da Flip 2014 (para imprimir e levar)

A programação principal da Flip 2014 conta com 47 autores de 15 nacionalidades, a maioria em participação inédita. A edição homenageia Millôr Fernandes, que esteve entre os convidados da primeira edição da Flip, em 2003, e traz duas novidades: o Show de Abertura, com a cantora Gal Costa, é gratuito, assim como a transmissão ao vivo da programação principal no telão. 

Entre os diversos recortes da programação estão humor, arquitetura, ciência, pensamento indígena e crítica ao poder,característica do homenageado. Há também as  programações da Flipinha, , eixo socioeducativo da festa voltado ao público infantil,  e a FlipMais, com encontros na Casa da Cultura
sobre políticas públicas, literatura, cinema e Millôr Fernandes; e os eventos paralelos Cozinhando com Palavras (de quarta a sábado), com realização do Senac e da Câmara Brasileira do Livro (CBL), que reúne gastronomia, literatura e cultura; e encontro com 25 escritores e mostra de teatro, música e cinema no Centro Cultural Sesc Paraty.

Em Paraty, a transmissão ao vivo da programação principal ocorre em dois locais, ambos de acesso livre e gratuito: na Praça do Telão, localizada na Praça da Santa Casa, e no Telão da Quadra, localizado ao lado da Igreja da Matriz. Mas se você não está em Paraty, ainda dá para acompanhar tudo ao vivo, pelo site http://www.flip.org.br/flip_aovivo_2014.php?idioma_new=P.
A programação está bem pequenininha para você, que está lá, imprimir e levar no bolso.

Quarta-feira, 30 de julho
19h – Conferência de abertura, com o crítico de arte Agnaldo Farias; “Millormaníacos”, com Hubert, Reinaldo e Jaguar
21h30 – Show de abertura na tenda da Flipinha, com Felipe Guaraná e Banda e Gal Costa

Quinta-feira, 31 de julho
9h30 – Mesa "Zé Kleber, Da Cidade à Cidadania", com Paula Miraglia, Jailson de Souza e Silva e Rene Uren - mediação: Guilherme Wisnik
12h – "Poesia & Prosa", com Charles Peixoto, Eliane Brum e Gregorio Duvivier - mediação: Miguel Conde
15h – "Os Possessos", com Elif Batuman e Vladímir Sorókin - mediação: Bruno Gomide
17h15 – "Fabulação e Mistério", com Joël Dicker e Eleanor Catton - mediação: José Luiz Passos
19h30 – "Paraty, Veneza do Atlântico Sul", com Francesco Del Co e Paulo Mendes da Rocha - mediação: Guilherme Wisnik
21h30 – "Porque Era Ele, Porque Era Eu", com Mathieu Lindon e Silviano Santiago - mediação: Paulo Roberto Pires

Sexta-feira, 1º de agosto
10h – "O Guru do Méier", com Cássio Loredano, Claudius e Sérgio Augusto - mediação: Hugo Sukman
12h – "À Mesa Com", com Michael Pollan - mediação: Lúcia Guimarães
15h – "Marcados, com Claudia Andujar e Davi Kopenawa" - mediação: Eliane Brum
17h15 – "Livre Como um Táxi", com Antonio Prata e Mohsin Hamid -  mediação: Teté Ribeiro
19h30 – "Encontro com Andrew Solomon" - mediação: Otávio Frias Filho
21h30 – "2x Brasil", com Cacá Diegues e Edu Lobo; mediação: João Gabriel de Lima

Sábado, 2 de agosto
10h – "Liberdade, Liberdade", com Charles Ferguson e Glenn Greenwald - mediação: Lúcia Guimarães
12h – "Memórias do Cárcere: 50 Anos do Golpe", com Bernardo Kucinski, Marcelo Rubens Paiva e Persio Arida - mediação: Lilia M. Schwarcz
15h – "A Verdadeira História do Paraíso", com Etgar Keret e Juan Villoro - mediação: Ángel Gurría-Quintana
17h15 – "Tristes Trópicos", com Beto Ricardo e Eduardo Viveiros de Castro - mediação: Eliane Brum
19h30 – "Encontro com Jhumpa Lahiri" - mediação: Ángel Gurría-Quintana
21h30 – "Narradores do Poder", com David Carr e Graciela Mochkofsky - mediação: João Gabriel de Lima

Domingo, 3 de agosto
10h – "Ouvir Estrelas", com Marcelo Gleiser e Paulo Varella - mediação: Bernardo Esteves
12h – "Romance em Dois Atos", com Daniel Alarcón e Fernanda Torres - mediação: Ángel Gurría-Quintana
14h – "Os Sentidos da Paixão", com Almeida Faria e Jorge Edwards - mediação: Paulo Roberto Pires
16h – "Livros de Cabeceira" – convidados da Flip leem e comentam trechos de seus autores favoritos. Com Andrew Solomon, Etgar Keret, Graciela Mochkofsky, Joël Dicker, Juan Villoro, Eduardo Viveiros de Castro, Fernanda Torres e Marcelo Rubens Paiva.

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