quarta-feira, 15 de abril de 2015

.: Café Cancún faz pré-lançamento do álbum "Exploda" neste sábado

Evento conta com com show extra da catarinense Tay Galega e apresentação acústica de Elektra (ex-Fake Number), além de mais sete atrações

A banda Café Cancún fará o pré-lançamento de “Exploda!”, primeiro álbum de estúdio do grupo, no próximo sábado, dia 18 de abril, no Feeling Music Bar. O trabalho foi gravado e produzido no Midas Studios, de Rick Bonadio. No show a Café Cancún vai apresentar algumas músicas do álbum, que será lançado oficialmente em maio.   

Além da Cancún, se apresenta no dia a cantora Tay Galega, que realizará um show extra em São Paulo para o lançamento de seu novo EP – ‘Respeito e União’. O lançamento oficial acontece no dia 19/04, mas devido ao sucesso e o esgotamento de ingressos, houve o agendamento de uma nova data, com ingressos limitados.

O evento, que acontece na Vila Mariana, zona sul de São Paulo, recebe também uma apresentação acústica de Elektra, que segue carreira solo após o fim da Fake Number, banda que participou ano passado do Superstar, da TV Globo. Além dela, se apresentam Fernanda Reche, Palheta Acústica, Nayara Konno, Josh, Test Drive, Host e Hoffmann Rock.


Serviço
Pré-lançamento de Exploda, da Café Cancún, no Feeling Music Bar
Data: 18 de abril, às 14h
Local: Feeling Music Bar (Rua Domingos de Morais, 1.739, Vila Mariana)
Ingressos: R$ 20 (antecipado), R$ 30 (porta), R$ 10 (quem tiver o ingresso do show do dia 19 e apresentá-lo na bilheteria)
Ponto de venda: Estúdio Manilha (F: 5581-3698)
Realização: Crossover Sound Professionals
Apoio: Geração Y Produções e Rádio Monster Pop

.: "Os Limites da Biografia" em encontro literário em SP

Desde setembro de 2013, a revista "Brasileiros" publica mensalmente o caderno "Literatura!Brasileiros". Editado por Daniel Benevides, o especial traz conteúdo diverso e obrigatório para os amantes da boa leitura. Depois de sediar uma série de debates na Livraria da Vila, sobre os mais relevantes temas do segmento e com a presença de importantes nomes da cena literária, Brasileiros firma agora parceria com a Livraria Cultura, reconhecida no mercado há 68 anos.

Em 2015, o Brasileiros na Livraria Cultura será composto de 5 encontros, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo. O primeiro deles, "Os Limites da Biografia", acontecerá nesta quarta-feira, dia 15 de abril, às 19h, e discutirá a relação do autor com o personagem, os limites para a exposição de dados biográficos e suas consequências. 

O escritor Lira Neto, autor de "Getúlio - Dos Anos de Formação à Conquista do Poder, 1882-1930" (Cia. das Letras, 664 páginas), livro sobre o ex-presidente Getúlio Vargas vencedor do Prêmio Jabuti de 2014, e o jornalista Julio Maria, autor do recém-lançado "Nada Será Como Antes" (Master Books, 424 páginas), sobre a vida e a obra de Elis Regina são os convidados. Como nos encontros anteriores, a mediação será de Daniel Benevides. A entrada é gratuita e está sujeita à lotação.

Serviço
Brasileiros na Livraria Cultura

Livraria Cultura – Avenida Paulista, 2.073, Bela Vista – São Paulo, SP
(11) 3030-4050
Quarta-feira, 15 de abril, às 19h

.: BuZum! estaciona em parques e praças de SP e apresenta peças

O BuZum!, projeto que leva o teatro de bonecos ás escolas públicas do Brasil, e completa cinco anos neste ano, chega aos parques e praças de São Paulo. Durante os finais de semana do mês de abril, por meio do Prêmio Zé Renato, a companhia realiza o BuZum! na Cidade!. Apresentando Darwin Br, eMundo Português, produções que tratam sobre a viagem de Charles Darwin ao Brasil, e sobre o caminho da língua portuguesa pelo mundo, respectivamente.

Relatos sobre a passagem do naturalista inglês Charles Darwin pelo país são contados de forma lúdica no espetáculo Darwin Br. O cientista deixou alguns escritos sobre o país em diversos registros de viagem, no qual revela o impacto que a diversidade biológica brasileira teve sobre ele. Dirigida por Wanderley Piras e escrita por Beto Andreeta, durante os vinte minutos de apresentação, são representadas as  impressões de Darwin sobre a religião e a sociedade brasileira da época, por meio da manipulação de bonecos e cenários criados pela companhia.

Em Mundo Português, o BuZum! leva ao público infantil a história da língua portuguesa ao redor do mundo, e como nosso idioma também sofreu influências de outras línguas – expressões indígenas e africanas, por exemplo – trazendo para a cultura brasileira uma globalização que começou muito antes do que imaginávamos. Mundo Português resgata nossas origens, e ressalta a importância de saber de onde viemos e como se deu nosso processo de colonização, aproximando-nos de nossa cultura por meio do teatro de bonecos. 

Em parceria com os Bosques de Leitura, iniciativa da Prefeitura de São Paulo, a companhia realiza apresentações na Biblioteca Monteiro Lobato, no Lions Clube Tucuruvi, Parque Anhanguera, e no Parque Rodrigo de Gásperi. Com incentivo do Prêmio Zé Renato, o BuZum! realiza 23 dias  de apresentações em diversos  parques e praças das quatro regiões da cidade, até o mês de julho.

BuZum! A companhia mantém e desenvolve a premissa de unir o teatro à educação, tendo se apresentado em 520 escolas, num total de mais de 150 mil quilômetros rodados. Nos quatro anos em que está na ativa, e 4.450 apresentações na bagagem, o projeto conta com um público de cerca de 180 mil crianças e professores em 200 cidades (entre São Paulo, Rio, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo e Bahia). Adaptado em um ônibus que se transforma em sala de teatro, o BuZum! é equipado com palco, iluminação, ar condicionado e espaço para a plateia com capacidade para receber até 45 espectadores por sessão.

Em 2014, o BuZum! conquistou com a peça Intolerância os prêmios de Melhor Produção e Melhor Autor de Texto Original, no 1º Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem (ex-Prêmio Femsa). Os espetáculos escolhidos para a premiação receberam a avaliação de um corpo de jurados formado por Beatriz Rosenberg, Dib Carneiro Neto, Gabriela Romeu e Mônica Rodrigues da Costa. Para concorrer ao Prêmio São Paulo de Teatro Infantil e Jovem é necessário que as peças tivessem estreado entre o primeiro e o segundo semestre de 2014, com no mínimo 14 apresentações.

Prêmio Zé Renato
Em sua primeira edição neste ano, o Prêmio Zé Renato, criado pela Prefeitura de São Paulo, visa incentivar projetos teatrais de produção ou de apresentação, desenvolvidos por núcleos artísticos de pequenos e médios produtores, por meio de aportes financeiros.

Serviço:
BuZum! apresenta BuZum! na Cidade! em parques e praças de São Paulo.
Dia 18/04 - Praça Cornélia
Rua Clélia - Altura do n. 76 Vila Romana
Espetáculo Mundo Português
Horários: 11h/13h/14h/15h/16h/17h

Dia 19/04 - Pq Anhanguera
Estrada de Perus, 1000- Perus
Espetáculo Mundo Português
Horários: 10h/11h/12h - 14h/15h/16h

Dia 25/04 - Pq Rodrigo de GásperiAv. Miguel de Castro, 321- Vila Zati
Espetáculo Mundo Português
Horários: 10h/11h/12h - 14h/15h/16h

.: Torture Squad convoca fãs para o Chaos Fest em SP

Banda lançou recentemente o álbum "Esquadrão de Tortura" – foto: divulgação


A banda Torture Squad é a atração principal do Chaos Fest. O evento que será realizado, neste domingo (19/04), no Cine Joia, em São Paulo, também contará com a apresentação das bandas John Wayne, Worst, Seven Calls e B.A.R.

O baixista Castor gravou um video convidando os fãs a prestigiarem o Chaos Fest. Confira em https://www.facebook.com/video.php?v=587996874669061.

Os ingressos continuam à venda no Cine Joia, Consulado do Rock (Galeria do Rock), Bateras Beat Pinheiros, M&G Estúdio Bar, Reference Music Center, no site da Live Pass (http://www.livepass.com.br/chaos-fest) e lojas autorizadas. Os ingressos custam apenas R$ 30,00 (1° lote – promo/estudante). Mais informações no serviço abaixo.

Reconhecido como um dos principais nomes do metal brasileiro, o Torture Squad lançou recentemente “Esquadrão de Tortura”. Este trabalho, produzido por Brendan Duffey e Adriano Daga no Norcal Studios, é o primeiro álbum conceitual de Amílcar Christófaro (bateria), Castor (baixo) e André Evaristo (vocal/guitarra), abordando em sua temática a Ditadura Militar no Brasil. O repertório desta exibição deve ser composto por clássicos como "Raise Your Horns", "The Unholy Spell", "Chaos Corporation" e "Hellbound", além das novas músicas.

O John Wayne é uma das atrações do palco Sunset no Rock in Rio 2015 e é considerado uma das grandes revelações do cenário nacional. Fabio Figueiredo (vocal), Rogerio Torres (guitarra), Junior Dias (guitarra), Denis Dallago (baixo) e Edu Garcia (bateria) vem colhendo os frutos de “Tempestade”, álbum que tem aberto várias portas e fazendo com que os músicos comecem a alçar voos ainda maiores, o quinteto já trabalha na produção de seu segundo álbum “Dois Lados – Parte I”, com o início das gravações para o segundo semestre de 2015.

O Worst é uma das maiores bandas de hardcore do Brasil. Apesar de ter apenas três anos de carreira, seus integrantes possuem experiência em outras bandas de referência nacional como Korzus, Dead Fish, Musica Diablo, Treta, Pavilhão 9, entre outras. Fernando Schaefer (bateria), Thiago Monstrinho (vocal), Tiago Hospede (guitarra) e Ricardo Brigas (baixo) recentemente lançaram o álbum "Cada Vez Pior". Bem aceito pela mídia especializada, o novo disco vem sendo considerado pesado e explosivo já que o grupo novamente apostou no vocal cantado em português e evoluiu na mescla de elementos musicais com uma mistura do hardcore nova-iorquino com o beatdown.

Quem também promete agitar o público é a banda Seven Calls, que executa sons que variam entre o pop rock e o heavy metal. Rafael Galozzi (vocal/guitarra), Ricardo Lemos (baixo), Guilherme Estrada (bateria) já começaram a gravar seu debut álbum “Where is the Law?”. A previsão de lançamento é ainda neste primeiro semestre.

Já a banda B.A.R. pode ter nascido da brincadeira de dois amigos “Bebuns Assumidos do Rock”, mas atualmente partem para a gravação do primeiro disco, com um peso e cadência do metal paulistano. 

O Chaos Fest reafirma a necessidade de se promover festivais dos mais amplos gêneros musicais, entre o rock’n roll e as diferentes vertentes do metal e do hardcore. O evento conta com o apoio do Batera Clube, Instituto de bateria Bateras Beat, M&G Estúdio e Bar, Murat Diril Cymbals Official e N.Zaganin Custom Guitars.

Links relacionados:
https://www.facebook.com/pages/Chaos-Fest/569161106552638?fref=ts
http://www.facebook.com/torturesquadmetal
https://www.facebook.com/BandaJohnWayne
https://www.facebook.com/worst.hcsp
https://www.facebook.com/sevencalls
https://www.youtube.com/BebunsAssumidosRock
https://www.facebook.com/cinejoia
https://www.facebook.com/UltimateMusicPR

Serviço São Paulo
Articula Produções orgulhosamente apresenta Chaos Fest
Bandas: Torture Squad, John Wayne, Worst, Seven Calls e B.A.R.
Data: 19 de abril de 2015
Local: Cine Joia – www.cinejoia.tv
End: Praça Carlos Gomes, 82 - Liberdade (ao lado do Metrô Liberdade)
Hora: 17h30 (open doors)
Telefone: 3101-1305
Capacidade: 992 pessoas
Cartões de crédito e débito: Visa, Mastercard, Diners, Elo e American Express
Possui área de fumantes e acesso a deficientes
Censura: 16 anos (acompanhado do responsável legal)
Chapelaria: R$ 5,00
Serviço de vallet: R$ 25,00
Valor: R$ 30,00 (1º lote estudante/promocional) | R$ 40,00 (2º lote estudante/promocional – na porta)
Ingresso online: http://www.livepass.com.br/chaos-fest

Pontos de venda:
- Cine Joia. Segunda a sexta, 10h às 18h
- LivePass: vendas online e em lojas autorizadas
- Consulado do Rock - Oficial: Galeria do Rock, Loja 234 - Av. São João, 439. Tel.: (11) 3221-7933. Segunda a sexta, 10h às 18h30, sábado 10h às 18h.
- Bateras Beat Pinheiros: Rua João Moura, 993/1003. Tel.: (11) 3564-6061. Segunda a sexta 10h às 22h, sábado 9h às 15h.
- M&G Estúdio Bar: Rua Carneiro da Silva, 300, Vila Leopoldina. Tel.: (11) 3641-4833. Segunda a domingo, 14h às 00h.
- Reference Music Center: Rua Teodoro Sampaio, 806, Pinheiros. Tel.: (11) 3883-6262, 4433-5252. Segunda a sexta 9h às 19h, sábado 9h às 18h.

Evento: https://www.facebook.com/events/1620169314867725/

terça-feira, 14 de abril de 2015

.: Novela “Rainha de Sucata” completa bodas de prata

Por Eduardo Caetano*
Em abril de 2015

“Sucateira! Ferro velho, fogão velho, peça de motor! Sucateeeeeeeeira!!!”. Como esquecer Regina Duarte, na pele de Maria do Carmo, aos berros, com sua caminhonete velha, tirando forças das entranhas para voltar a vender ferro-velho? Pois é, o sucesso “Rainha da Sucata” acaba de completar bodas de prata no último dia 2 de abril. E o momento é oportuno para relembrarmos esta trama, que trazia uma boneca de sucata dançando lambada na abertura e caiu no gosto popular.

Feita por encomenda pelo aniversário de 25 anos da Globo, em 1990, “Rainha da Sucata” marca a estreia de Sílvio de Abreu no horário nobre. A trama, que foi ao ar no início do Governo Collor, traz um Brasil retrato de São Paulo com pobres enriquecidos e ricos falidos. A novela conta a histórica de Maria do Carmo Pereira, a menina pobre, de família portuguesa do bairro Santana, filha de um sucateiro e de uma dona de casa, que estuda no colégio particular com crianças ricas (não é explicado se ela tinha bolsa ou não) e se apaixona pelo principal playboy da turma, Eduardo Albuquerque Figueiroa (Tony Ramos). Vítima de bullying em seu baile de formatura da oitava série, é humilhada pelo amor da sua vida e amigos com um banho de lama. Nas suas costas colaram um cartaz com a inscrição: “Rainha da Sucata”. Uma versão ingrata da noite de Cinderela.

Os anos se passam e a tradicional e quatrocentona família Figueiroa, dos Jardins, vai à falência e vive apenas de aparências. Maria do Carmo se torna a maior empresária do Brasil no ramo de venda de automóveis. Fiéis a suas raízes, ela e o pai foram comprando os terrenos ao lado e construindo praticamente um castelo no popular bairro do Santana, onde acontecem promovem churrascadas e feijoadas aos amigos.

Do Carmo é dona de um prédio na Avenida Paulista, no qual funciona sua empresa. Nossa protagonista resolve apostar numa casa de shows chamada “Sucata”, onde a lambada, ritmo em evidência à época, é a grande atração do estabelecimento, que fica no alto de seu edifício. O prédio, aliás, é praticamente um dos protagonistas da trama.

Ainda no primeiro capítulo, falido e sem perspectivas, Edu Figueiroa toma um porre e aposta com um mendigo bêbado que vai pular do alto do prédio da Sucata. E pula. Só que o “suicídio” do nosso mocinho não se completa porque ele está usando uma capa e, pela peça de roupa, fica preso no letreiro “Sucata”. Edu é resgatado e vira capa de jornal, expondo a derrocada dos Figueiroa. O artifício do pulo do alto do prédio e do letreiro “Sucata” é reutilizado no fim da novela, mas para revelar uma trama macabra.

Ela pode tudo!
Soberana, Do Carmo vem de dois casamentos e é noiva de Gerson (Gerson Brenner). Mas não está satisfeita. Dentro daquele mulherão, praticamente uma máquina, mora uma menina apaixonada, que nunca esqueceu o amor dos tempos de escola. E, como ela pode tudo, Maria do Carmo decide comprar o amor de sua vida.


Ela sabe que a madrasta de Edu, a terrível Laurinha Figueiroa (Glória Menezes) é perdidamente apaixonada por ele. O autor utilizou a mitologia grega como referência para criar a personagem, inspirando-se na história de Fedra, que se apaixona pelo enteado Hipólito. Mas Do Carmo compra essa briga. Nossa mocinha, não tão convencional, usa de todos os artifícios para conquistá-lo. Joga vinho do vestido de Paulinha (Claúdia Ohana), namorada de Edu, para tirá-la de uma festa e o agarra. Decide se tornar sócia de sua madrasta, patrocina sua corrida, patrocina seu projeto de lançar um novo automóvel no mercado... E ele casa com ela. E só. Edu, na condição de ter sido “comprado”, recusa-se a ter uma vida conjugal. É aí que começa a derrota da Rainha da Sucata.


O fim do Império
Dona do pedaço, Maria do Carmo vive como verdadeira rainha. Sua mesa em forma de carro na presidência da Do Carmo Veículos marcou época. No entanto, após gastar mundos e fundos com Edu, Maria do Carmo descobre que seu pai, Onofre foi amante de Salomé (Fernanda Montenegro) por mais de 40 anos, deixando metade da fortuna para ela e seus meio-irmãos, Caio (Antônio Fagundes) e Mariana (Renata Sorrah). Além disso, numa jogada absurda, Maria do Carmo aposta suas ações com os acionistas e perde, sem contar que descobre não ser a verdadeira proprietária do terreno onde tinha um edifício na Avenida Paulista, já que seu pai e o falecido marido de Dona Armênia (Aracy Balabanian) teriam enganado a viúva na compra do terreno.

As armações do vilão Renato (Daniel Filho) também contribuem para a falência da sucateira. Renato, inclusive, seduz e se casa com Mariana para se apropriar da fortuna de Onofre. Porém, pouco antes de falir definitivamente, Maria do Carmo é humilhada pelo marido e atira nele, indo para trás das grades. À medida que ela começa empobrecer, a trama vai perdendo o tom cômico e ganhando um ar sinistro, meio de suspense.

No fim das contas, sobra para nossa heroína a miséria e a vontade de vencer. É neste momento que ela volta a vender sucata e acaba despertando, inconscientemente, o amor de Edu.


Maria do Carmo X Laurinha Figueiroa: Universos que se confrontam
Extravagante, usando roupas com cores berrantes, falando alto, gargalhando e curtindo a vida, Maria do Carmo era um personagem solar. Já Laurinha, sempre discreta, de gestos comedidos, falando baixo e com roupas sóbrias, chegava a ser meio sombria. Mais do que duas personagens que se confrontavam, Maria do Carmo e Laurinha representavam dois universos em conflito. Assim como nas grandes novelas: Raquel X Maria de Fátima (Vale Tudo), Tieta X Perpétua (Tieta), Xica X Violante (Xica da Silva).

Laurinha faz de tudo para derrubar Maria do Carmo. Mas, após a mocinha ficar pobre e começar a se reerguer, a vilã se dá conta que Edu realmente ama Maria do Carmo. Neste momento, já sabemos que Laurinha é autora do assassinato do marido diabético Betinho (Paulo Gracindo), pois trocou injeções de insulina por glicose, teve um filho fora do casamento, Rafael (Maurício Mattar), jogou ácido numa ex-empregada e a colocou na cadeia por ela ser uma ameaça ao seu caso extraconjugal.

Na miséria, prestes a ser desmascarada pelo assassinato do marido e sem o grande amor da sua vida, Laurinha chegou ao fim da linha. Então astuta uma das mais cruéis, absurdas e geniais armadilhas que uma vilã pode armar para a mocinha: ela se suicida e deixa a culpa para a inimiga.

No ápice do ódio, a madame vai à casa de Maria do Carmo, aproveita que Neiva está sozinha e, com uma conversa esfarrapada, leva embora a máquina de escrever da adversária. Escreve cartas ameaçadoras e envia para si mesma. 

Uma semana antes do fim, durante o show de sua filha Adriana (Cláudia Raia) na “Sucata”, as arqui-inimigas protagonizam uma das mais eletrizantes cenas da teledramaturgia. Laurinha atrai Maria do Carmo para o alto do edifício na Paulista (novamente ele), finge que vai jogá-la lá de cima e diz “Seria muito pouco para você. Um dia eu te disse que queria te ver apodrecendo numa cadeia, junto com os ratos. E é para lá que você vai”. Parte para cima dela e lhe arranca um brinco. A mocinha berra de dor e medo, com a orelha sangrando. Segurando a joia com todas as forças, a vilã solta uma gargalhada macabra e diz: “Eu nunca vou ser feliz com o Edu, mas você TAMBÉM NÃO VAI! Sua sucateira ordinária!”. Laurinha vai se afastando até a beirada e Maria do Carmo clama para que ela não pule, mas antes de se jogar do prédio, a vilã grita: “Sua vida acaba agora!” e salta para a morte.

A única testemunha é o vilão Renato, que está disposto a prejudicar Maria do Carmo. Nossa heroína foge e, com a ajuda de Edu, fica escondida por um tempo onde a polícia jamais a encontraria, na mansão da suicida. Mas, como o texto de Sílvio de Abreu é genial e cíclico, o suicídio de Laurinha do alto do edifício remete ao pulo de Edu no primeiro capítulo. E, assim como ele ficou preso pela capa no letreiro, o sapato de Laurinha fica pendurado na “Sucata”. Além disso, a marca de sapato de Laurinha no cimento fresco no alto do prédio (que Renato tentou camuflar) faz a investigação concluir que ela pulou, ao contrário da versão de que ela foi empurrada.


O estilo cômico de Sílvio de Abreu no horário nobre
Ainda no início da trama, duas cenas antológicas, de comédia rasgada, marcam “Rainha da Sucata”. O português Onofre, pai de Maria do Carmo, morre nos primeiros capítulos, deixando a viúva Neiva (Nicette Bruno). Na hora do enterro, a vizinha, Salomé, tem um surto e, arrancando a blusa e levantando a saia, acaba revelando que foi amante do finado por mais de 40 anos e morrendo junto com ele. Fernanda Montenegro, mais uma vez, dá um show de interpretação e rouba a cena tragicômica.

Ainda na apresentação da novela, a estabanada Adriana destrói um show de Marília Pêra, interpretando a si mesma, com suas trapalhadas. A “bailarina da coxa grossa” forma um hilário triângulo amoroso com o gago e confuso professor Caio e “o purgante” Nicinha, que depois vira biscate.

A trambiqueira chique Isabelle (Cleide Yáconis), mãe da francesinha Ingrid (Andréa Beltrão), também levou o público aos risos.


Dona Armênia é uma novela á parte
O que falar de Dona Armênia e “suas três filhinhas” Gerson, Gino e Gerardinha? A primeira personagem a participar de duas novelas (fez tanto sucesso que dois anos depois o autor a trouxe de volta na trama de “Deus nos Acuda”), marcou época com seu bordão: “Vou botar essa prédio na chon!”. Aracy fazia o público rolar de rir, seja por suas artimanhas, por trocar o gênero com seu sotaque ou por seu romance com o quitandeiro Moreiras (Flávio Migliaccio).

Verdadeira dona do terreno na Paulista, ela ameaça implodir o edifício para pegar sua propriedade de volta. Passa a novela toda ameaçando: “Vou botar essa prédio na chon!”. No passado, o português Onofre e o falecido marido de Armênia, o italiano Giácomo, fizeram a amante turca de Giácomo, Samira, se passar por Armênia e falsificar sua assinatura para fazerem negócio no terreno.

Anos depois, Armênia consegue reaver seus direitos e se torna “o Rainha do Sucata”. A cena em que ela explica aos acionistas da empresa como “um mulher da bairro” consegue ser “dono de uma prédio no Avenida Paulista” é impagável.

Quem foi rainha nunca perde a Majestade
Uma mocinha sem papas na língua, Maria do Carmo era única, apesar de ter características de duas personagens marcantes de Regina Duarte: Viúvia Porcina (Roque Santeiro) e Raquel (Vale Tudo). Tomou banho de lama, deu banho de ouro nos seus inimigos e, tal qual como Dante, foi ao inferno e voltou - foi, inclusive, a mocinha que desceu mais ao fundo do poço nas novelas. Termina a novela novamente milionária, mas desta vez com o amor de sua vida. Porém, se for preciso, não duvido que arregaçaria as mangas novamente e se colocaria a berrar: “Sucateira! Ferro velho, fogão velho, peça de motor! Sucateeeeeeeeira!!!”.


***

Ler significa reler, interpretar. Cada um lê com os olhos que tem e interpreta a partir de onde os pés pisam". Essa frase, do teólogo Leonardo Boff, resume bem a personalidade do jornalista Eduardo Caetano*. Nascido em janeiro de 1982, ele é formado pela Universidade Católica de Santos e encontra nas observações, sempre muito coerentes a respeito da vida real e da teledramaturgia, respostas que distribui a quem está disposto a ouvir. Atua, também, como assessor de imprensa.


Maria do Carmo volta a vender Sucata


Salomé surta no enterro de Onofre


Dona Armênia em reunião com acionistas da empresa


Suicídio de Laurinha


Show da inauguração da Sucata

.: A ficção responde: o que querem as mulheres?

A ficção é um espaço para o imaginário construir e desconstruir estereótipos, criar heróis, viver aventuras insólitas e experimentar o prazer. Existe um lugar melhor para a mulher exercer a sua liberdade? Se muitas mulheres ainda encontram restrições para se expressarem na vida real, nos livros elas tentam se libertar de quaisquer amarras. Ao fazerem literatura, as escritoras não estariam dizendo o que querem?

Uma análise histórica revela que os homens ocuparam o maior espaço da literatura mundial, construindo inúmeros personagens sob a perspectiva masculina. Por outro lado, não se pode negar que algumas escritoras conseguiram louvável reconhecimento na literatura, como Virgínia Wolff na Inglaterra, Simone de Beauvoir na França e Clarice Lispector no Brasil. Mas o sucesso não foi fácil para estas mulheres, pois elas ousaram escrever sobre uma sociedade que marginalizava a mulher, criando personagens contestadoras.

É neste ponto que surge uma pergunta: o que se pode dizer sobre as personagens criadas pelas próprias mulheres? Podem ser consideradas um reflexo do desejo feminino ou da imagem feminina de seu tempo?

No livro “Mariposa – Asas Que Mudaram a Direção do Vento”, Patrícia Baikal traz uma heroína forte, independente e apaixonante. Mascarada como os heróis de HQ, ela conduz e protege Nicolas Vaz, um jovem senador que luta contra a corrupção. Se estávamos acostumados a ver heróis salvando mocinhas, neste livro o leitor verá justamente o contrário!

“Mariposa, a mulher amada, o princípio feminino protetor que cuida de Nicolas Vaz é também o símbolo da transmutação e da mudança”, explica a mestre em literatura Lélia Almeida. O título do livro não foi escolhido à toa. Mariposa é a metáfora da mulher do século XXI, a qual valoriza a liberdade, a sua identidade e também os seus valores. Não seria um retrato da figura feminina atual? Além disso, Patrícia Baikal toma a voz do personagem fictício Nicolas Vaz para narrar, em primeira pessoa, a sua história: uma perspectiva feminina da visão masculina.

O romance, que se passa num Brasil futurista de 2020, revela também a importância da presença feminina no universo político, ainda pouco conquistado pelas mulheres. Neste livro, os leitores não terão dúvida de que a ficção pode responder sim a esta pergunta: o que querem as mulheres?

Sobre a autora
Patrícia Baikal nasceu em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, e com um mês de idade mudou-se para Uberlândia, MG, onde passou a infância e o início da vida adulta. Bacharel em Direito, veio morar em Brasília depois de ser aprovada em um concurso público. Aos treze anos escreveu seu primeiro texto, a peça teatral Esperança Viva, encenada no teatro Rondon Pacheco, em Uberlândia.

Em 2014 criou o blog literário www.palavrasdebandeja.com.br, onde semanalmente apresenta contos inéditos. Alguns deles obtiveram prêmios em concursos literários. Atualmente, faz parte do Grupo de Literatura de Autoria Feminina e do Clube do Livro de Autores Brasilienses.


.: Parques de diversão abandonados pelo mundo

Por: Mary Ellen Farias dos Santos*
Em abril de 2015 


O dia dos parques de diversão é comemorado em 13 de abril. No entanto, nem tudo são flores e, às vezes, todo o investimento pode ser um tiro no pé e a falência acaba sendo inevitável. Alguns por conta de tantos acidentes com atrações e visitantes, outros por mudanças drásticas na economia ou até pela diminuição de frequentadores. Há três anos o Playcenter, parque com quase 40 anos de atividade na cidade de São Paulo, fechou as portas com a promessa de que no ano seguinte voltaria totalmente reformulado. No entanto, até agora... nada do que foi dito aconteceu, apenas a construção de prédios e até locação do terreno para um circo.

A verdade é que no Brasil, quando há um terreno vago, logo surge algum investidor para dar um novo fôlego ao que está prestes a fechar as portas ou 
erguer uma nova construção. Contudo, no exterior, nem todos os parques e seus respectivos terrenos conseguem mudar a história com rapidez e simplesmente ficam abandonados por longos e longos anos. O parque de Ohio, Chipewa Lake Park é um bom exemplo. Inaugurado em 1878, teve as atividades encerradas em 1978. No entanto, em agosto de 2008, foi cenário para o filme trash "Closed for the Season".

Um parque que faliu há três anos, por conta dos gastos não corresponderem as expectativas, foi o temático Camelot, na Inglaterra. Muitas atrações foram vendidas, mas algumas populares ainda permanecem por lá, como por exemplo, a montanha russa Whirlwind e Excalibur 2.

Outro parque abandonado de arrepiar é o 
Six Flags, também conhecido como Jazzland, em Nova Orleans, Estados Unidos. Fechado desde a passagem do furacão Katrina, em agosto de 2005, gerou muitas imagens incríveis -e muito tristes. Até no Japão, há o Nara Dreamland, inaugurado em 1º de julho de 1961, fechou as portas em 31 de agosto de 2006, por conta da baixa de visitantes. A entrada para o parque foi projetada para se parecer com a da Disneyland, com direito a um trem, além de ter uma Montanha (Matterhorn), que, por sorte, nós tivemos no extinto Playcenter, em São Paulo.

Divirta-se com as imagens selecionados dos parques de diversão que agora servem para assombrar e muito!



* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm 



Veja as imagens dos parques, todas foram retiradas da internet.

Camelot, Reino Unido, Inglaterra.





Six Flags, Nova Orleans, Estados Unidos





Nara Dreamland, Nara, Japão




Chipewa Lake Park, em Ohio





.: Apresentação gratuita: Sucessos musicais do cinema no teatro

Os aficionados por filmes já têm programa para a noite de sexta-feira, 17. A Banda Municipal de Laranjal Paulista apresentará no Teatro CIEE (R. Tabapuã, 445) um repertório repleto de trilhas sonoras do cinema.

Não faltarão temas de filmes como Cinema Paradiso, com a clássica composição de Ennio e Andrea Morricone, para a velha guarda, ou de sucessos recentes, como Capitão América, com música de Alan Silvestri.

O show terá ainda outras surpresas. Inscrições obrigatórias e gratuitas: www.ciee.org.br/portal/eventos.

  
GRATUITO
Evento: Apresentação musical Sucessos do Cinema, com a Banda Municipal de Laranjal Paulista
Data: 17 de abril – sexta-feira
Horário: 19h30
Local: Teatro CIEE (Rua Tabapuã, 445 – Itaim Bibi, São Paulo).
Inscrições obrigatórias: pelo site www.ciee.org.br/portal/eventos.
Estacionamento: Conveniado no local.

Sobre o CIEE: Desde sua fundação, há 51 anos, o CIEE já encaminhou 15 milhões de estudantes para estágio e aprendizagem em 250 mil empresas e órgãos públicos parceiros. Para se ter ideia, o contingente de estagiários é maior do que a população da cidade de São Paulo. A marca confirma o crescente reconhecimento da eficácia do estágio e da aprendizagem em duas importantes frentes: como capacitação prática dos jovens para o mercado de trabalho e como fonte de recrutamento de novos talentos. O CIEE também desenvolve uma série de ações de assistência social, com total gratuidade aos beneficiados e destinadas, em especial, a segmentos em situação de vulnerabilidade social como: Programa de Educação à Distância, Inclusão de Pessoas com Deficiência, Alfabetização para Adultos, Desenvolvimento Estudantil e Profissional, Orientação e Informação Profissional, Orientação Jurídica Gratuita à População Carente (Projur), Cursos Gratuitos de Informática, além de Ciclos de Palestras, Concursos Literários – que estimulam a escrita e a leitura -, Feira do Estudante - Expo CIEE, entre outros.

.: Dominique Magalhães visita Feira do Livro de Londres

Escritora divulga livro em versão francesa e com capa inédita


Dominique Magalhães, autora de “O que falta para você ser feliz?”, lançado pela Editora Gente, será uma das brasileiras convidadas a participar da Feira do Livro de Londres, que ocorrerá entre os dias 14 e 16 de abril (terça à quinta), no Centro de Convenções Olympia.  O evento reunirá profissionais de várias nacionalidades para difundir as principais inovações relacionadas ao universo editorial.

A escritora, que também esteve no Salão do Livro de Paris, divulgará a versão em francês de sua obra, que conta com uma capa inédita desenvolvida por ela própria. O livro, que já vendeu 16 mil exemplares no Brasil, também possui versões em português (Portugal), inglês e espanhol.

A publicação está sendo comercializada na Europa pela editora portuguesa Castor de Papel e o e-book da versão brasileira já foi disponibilizado para o mercado internacional.

Em “O que falta para você ser feliz?”, Dominique convida seus leitores a uma jornada de autoconhecimento, ao questionar seus hábitos mais imperceptíveis e suas crenças.

“Em momentos cruciais, um livro pode ser o primeiro passo na busca por uma solução. Entendo que a missão de qualquer autor é encorajar o leitor para a mudança que ele sente que precisa fazer, mas que às vezes não sabe como ou por onde começar. Poder traduzir o livro em outras línguas e participar dos eventos internacionais está sendo uma experiência única, principalmente devido à troca com pessoas de outras culturas, vivências e experiências pessoais. Tudo isso acaba ilustrando o livro e serve como inspiração para a descoberta de novos caminhos”, explica a escritora.

Narrando casos reais, Dominique aborda situações que podem ter relação com a vida da maioria das pessoas. Além disso, a autora apresenta o método “DOM”, o qual mostra que, ao compreender seu dom e realizá-lo, é possível aumentar as chances de uma vida feliz e plena.

Sobre a Dominique Magalhães:
De origem simples, Dominique Magalhães, empresária com forte foco no social, nasceu no Rio de Janeiro, mas viveu dos oito aos vinte e seis anos em Carangola, município localizado em Minas Gerais. Saiu do interior com objetivo de trabalhar seu talento e vocação. Em busca da profissão dos sonhos, desempenhou várias funções que foram de cabeleireira à vendedora. Em 2005, movida pela paixão de escrever diálogos e roteiros, montou a Dom Produções Criativas, uma produtora audiovisual independente. Atualmente, é autora do método “Dom” e “Projeto Social Dom – Qual é o seu dom?” – cujo objetivo é levar as pessoas a compreenderem, capacitarem e compartilharem seus dons, para obterem uma vida plena e feliz. Escreveu também o livro “O que falta para você ser feliz?” e é idealizadora do projeto audiovisual & plataformas SEM MALAS.

.: Bruno Facchia no workshop "Aprendizagens com o Odin Teatro"

Criador do conceito Antropologia Teatral, o pesquisador e diretor do Odin Teatro, o italiano Eugênio Barba é um dos principais nomes das artes cênicas no Ocidente. 

A partir do workshop "Aprendizagens com o Odin Teatro" realizado por um de seus recentes alunos, Bruno Fracchia, os artistas poderão conhecer mais a sua imersão. 

O evento gratuito tem apoio da Secretaria da Cultura e será realizado nesta quinta-feira, 16 de abril, das 19h30 às 22h, nas Oficinas Culturais de São Vicente, à rua Tenente Durval do Amaral, 72, Catiapoã.

A atividade consiste na realização de exercícios de aquecimento e trabalho corporal e vocal específicos da companhia, posteriormente aplicados no trabalho com o texto de poesias e letras de músicas. Assim, sendo realizada a montagem de uma cena inspirada em procedimentos de direção de Eugênio Barba.

Fracchia participou no ano passado na 7ª residência artística "A Arte Secreta do Ator", ministrada por Eugênio. "Ele é um vulcão artístico em contínua erupção criativa, com uma memória fotográfica incrível e sem pudor em tentar compartilhar tudo o que lhe vem à cabeça. A generosidade típica dos
grandes", revela Bruno.

Eugênio tem 78 anos e cresceu em escola militar após o falecimento de seu pai na 2ª Guerra Mundial. Devido a seu comportamento quieto e avesso a seguir ordens, era tido como um aluno rebelde. Formado, viaja para Noruega, Índia e Polônia, onde estuda artes cênicas e trabalha em parceria com o diretor teatral Jerzy Grotowski. Em 1964, funda o "Odin Teatro" e se torna um dos principais nomes do segmento no mundo.

Bruno Fracchia - Bruno Fracchia iniciou na carreira de ator em 1998, profissionalizando-se em 2003. É bacharel em Teoria de Teatro na USP e tem formação da MasterClass de telenovelas (de Aguinaldo Silva). Já estudou com Jean-Pièrre Sarrazac, Cacá Carvalho, Luís Alberto de Abreu e Cleyde Yáconis. Tem na sua trajetória mais de dez peças, quatro curtas-metragens e duas novelas.

.: "Alívio Imediato", uma crônica de João Tavares Neto sobre corrupção

Por João Tavares Neto
Em abril de 2015


Nunca se falou tanto de Brasília como nos últimos meses. Sobre a Petrobras, ou melhor, sobre o desvio de verbas de contratos para partidos, virou uma constante. Todo dia surge um novo escândalo. E a mídia, tanto impressa quanto a TV, adora ver os milhões de cidadãos nas ruas reclamando e exigindo que os políticos cumpram seus deveres e votem pautas de interesse da nação.

Há muitas questões que exige regulamentação, como a reforma política, a maioridade penal, legalização do casamento gay, descriminalização do aborto, por exemplo, mas o Congresso e o Senado, ao invés de cumprir o que lhes compete, devolvem a batata quente para o povo.

Foi assim há uma década. Para não legislar sobre a proibição do comércio de armas de fogo e munições, em 2005, eles inventaram o referendo.

Em pleno domingo, iludidos com a promessa de que estavam decidindo algo de bom para o País, milhões de brasileiros foram às urnas para dizer sim ou não. Entrou em vigor o Estatuto do Desarmamento. Infelizmente, a maioria não sabia que, desde 1964, não era permitido o uso de armas, exceto para aqueles que tinham o porte.

Mesmo que a violência não tenha diminuído, conforme mostra inúmeras estatísticas, foi feita a vontade do povo. Isso justifica o gasto de milhões e milhões além de lavar as mãos de quem é pago para fazer e não faz.

Felizmente, a moda não pegou. Senão, teríamos eleições extraordinárias para quase tudo. E, na pior das hipóteses, descobriríamos o que deputados e senadores fazem em Brasília:

- Nada. Nada além de legislar em causa própria e se lambuzar num mar de lama e escândalos. Esconder os desvios de verbas públicas não é prioridade. Eles desfilam por aí em carros importados expondo suas riquezas, pois têm a certeza da impunidade.

Porém, a velhice chega para todos. Por isso, os homens de gravata de Brasília não têm tempo a perder e procuram alívio imediato em festas patrocinadas com o dinheiro do contribuinte. 

.: 16º Congresso Estadual de Espiritismo terá palestras abertas

O Movimento Espírita do estado de São Paulo realiza no próximo dia 18 de abril, em Santos, o  16º. Congresso Estadual de Espiritismo , na Arena Santos, à rua Rangel Pestana, 184 – Vila Matias. É um evento que ocorre a cada três anos em cidades previamente inscritas e aprovadas pelo Conselho Deliberativo Estadual da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo, coordenadora do movimento espírita do estado de São Paulo.

Dentro da programação de estudos com o tema central “Para Onde Caminha a Humanidade – Amor, Éducação e Ética” serão expostos e debatidos por renomados expositores até o dia 21, data de encerramento. Para a abertura dia 18, às 20 horas, está convidado Antonio Cesar Perri de Carvalho, de Brasilia, ex-presidente da Federação Espírita Brasileira que falará sobre o tema “educação para a nova era” com entrada franqueada ao público.

Da abertura consta ainda além de apresentação musical com a presença do tecladista Zago,  a homenagem ao professor Altivo Ferreira. O homenageado, além de professor, tem sido um ativo militante do movimento espírita não somente em nossa cidade, como também foi durante muitos anos vice presidente da Federação Espírita Brasileira onde exercia o cargo de editor da revista Reformador.

A programação tem sequência no dia 19, domingo, com a abertura musical a cargo da dupla “Chaves da Luz”  e a tarde, “Ricardo & Eduardo” e o mesmo Antonio Cesar Perri falando sobre “os desafios da educação para uma nova era”, tendo a educadora, Sandra Borba, do Rio Grande do Norte na sequencia falando sobre o “instruir os homens, educando as almas”. E seguem  diversos oradores falando sempre dentro do tema central, sendo que nesse dia, as 20 horas, Anete Guimarães, do Rio de Janeiro falará sobre “a justiça divina segundo o espiritismo”, em homenagem aos 150 anos de publicação do livro “O Céu e o Inferno” com entrada franqueada ao público.

A sequência de palestras seguem no dia 20, segunda feira, com abertura musical a cargo de Célia Tomboly, e o módulo “os caminhos da Lei do Amor”, com Alberto Almeida. Na parte da tarde serão oficinas nas dependencias da UNIP e no final da tarde a reunião do CDE

Este 16º. Congresso Estadual de Espiritismo deixou alguns momentos aberto ao público não congressista, e estes terão a oportunidade de participarem além da abertura, no dia 18, a partir das 19 horas, no domingo dia 19 às 20 horas  e no encerramento, dia 21 de abril a partir das 10 horas da manhã.     

Outro momento importante será o encerramento no dia 21com abertura musical a cargo de Ondamar & Eliana e a partir das 10 horas da manhã o congresso estará sendo  aberto ao público interessado. A partir desse horário, Alberto Almeida, do estado do Pará, estará falando sobre “uma nova era para a humanidade” e, em seguida haverá além da participação musical com Moacir Camargo acompanhado de um coral infantil, o fechamento deste 16º. Congresso Estadual de Espiritismo terá a participação de um coral com mais de 100 vozes.

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