segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

.: Cícero apresenta "A Praia" pela última vez em São Paulo

Após viajar pelo Brasil e exterior com o show de seu último disco lançado “A Praia”, Cícero se apresenta no Cine Joia, dia 12 de janeiro, em São Paulo, para fechar a turnê. A abertura do show fica por conta da banda Ventre, o power trio com seu rock experimental. 

Cícero vem produzindo discos e reunindo um público fiel em torno de suas criações nos últimos anos. Algumas vezes premiado, como duas vezes no Prêmio Multishow 2012, e muitas vezes aclamado em palco, hoje firma-se como um criador contemporâneo intimamente conectado com as questões de seu tempo e de sua geração. 

E com um já considerável apanhado de composições conhecidas do público jovem, como “Vagalumes Cegos”, que foi tema do filme “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”, e “Tempo de Pipa”, que bateu a marca de 5 milhões de visualizações no Youtube.

No show, hits do primeiro disco, como “Açúcar ou Adoçante?”, “Tempo de Pipa” e “Vagalumes cegos”, músicas queridas do segundo álbum como “Ela e a Lata” e “Capim-Limão” e, é claro, canções que marcaram o disco que fecha essa turnê, "A Praia", como "De Passagem", "O Bobo" e "Terminal Alvorada". 

Sobre o show, Cícero afirma: "Será uma das últimas apresentações da turnê, mas já com a banda que vai excursionar comigo no próximo disco. É uma banda maior e os arranjos ficaram muito mais bonitos. São os últimos shows dessa turnê, mas já com cara dos primeiros da próxima."

Serviço:
Cícero apresenta “A Praia” no Cine Joia.
Show de abertura: banda Ventre.
Endereço: Praça Carlos Gomes, 82 – Centro – São Paulo/SP
Data: quinta-feira, 12 de janeiro
Horário: 20h (abertura da casa) | 22h (início do show)
Capacidade: 1400 pessoas
Classificação etária: evento para maiores de 18 anos. Entrada de pessoas com 16 ou 17 anos apenas será permitida se acompanhados de um responsável legal ou acompanhado de um maior de idade portando autorização registrada em cartório.
Ingressos: R$ 80 (inteira) | R$ 40 (meia-entrada)
Vendas online: http://www.livepass.com.br/event/cicero/

.: Cine Roxy realiza avant-première de "Eu Fico Loko", em Santos e SV

O Cine Roxy, em parceria com a Paris Filmes, realiza nesta quinta, dia 5, avant-première dupla do filme brasileiro "Eu Fico Loko". As sessões são para convidados e ocorrerão às 19h no Roxy 6, no Shopping Brisamar, em São Vicente, e às 21h30, no Roxy 5 de Santos.  

As duas sessões terão presenças de membros do elenco. Já está confirmada a participação do youtuber Christian Figueiredo, cuja vida inspirou a trama do longa e que também participa da obra.  
Alguns ingressos serão sorteados nas redes sociais do Roxy.  

Sobre o filme: A comédia retrata a vida do youtuber Christian Figueiredo. Christian (Filipe Bragança) é um adolescente pouco popular na escola, que também não tem vida fácil em casa. Enquanto sofre bullying dos colegas e busca a sua própria identidade, ele se preocupa com o primeiro beijo, a primeira noite com uma garota... Christian também é um cinéfilo que grava paródias de filmes para colocar na Internet. Aos poucos, ele decide usar as redes sociais para contar as suas histórias de vida. 

Dirigido por Bruno Garotti e produzido por Julio Uchôa (Ananã Produções), a produção mostra a trajetória de Christian a partir da adolescência, quando sonhava ser popular, conquistar uma garota e descobrir sua vocação. Mas a cada tentativa ele se dá mal, acumulando experiências que viraram matéria prima para os vídeos do seu canal do YouTube, que finalmente o levou ao sucesso.

A trilha tem como destaque a música tema, “Hear Me Now”, dos brasileiros Alok, Bruno Martini e Marcos Zeeba, que já é um fenômeno e está no Top 10 na Europa. O clipe do hit já teve mais de 12 milhões de visualizações no YouTube. O filme tem a participação de um dos integrantes da banda, Marcos Zeeba, que interpreta um músico.  
Também estão no elenco Alessandra Negrini, como a mãe de Christian, Marcello Aeroldi, no papel do pai, entre outros.  

Trailer de "Eu Fico Loko"

Sobre Christian Figueiredo  Conhecido por seu canal “Eu Fico Loko”, o youtuber de 22 anos tem 6,5 milhões de seguidores só em um dos seus canais, escreveu três livros e acaba de lançar uma coleção de roupas com a Riachuelo. “Eu Fico Loko” é seu primeiro longa-metragem. Christian é uma das personalidades mais assistidas da Internet brasileira chegando à média de 40 milhões de visualizações mensais. Ele vendeu mais de 500 mil livros só em 2015. Seu 1º livro ficou 56 semanas consecutivas na lista dos mais vendidos.  A Assembleia Legislativa de SP reconheceu Christian como o maior fomentador da leitura no público jovem do país. 

Serviço:
Avant-première do filme "Eu Fico Loko" 
Quinta-feira, 5 de novembro
19h – Cine Roxy 6 Brisamar – Rua Frei Gaspar, 365, Centro, São Vicente
21h30 – Roxy 5 – Av. Ana Costa, 443, Gonzaga, Santos
Sessões para convidados.

.: 2017, que tal abandonar o abandono?

O Projeto Anjinhos da Rua, a maior iniciativa particular do mundo que cuida e ampara animais abandonados e maltratados resolveu lançar uma campanha para 2017: abandonar a palavra abandono! Abandonar: ato ou efeito de largar, de sair sem a intenção de voltar; afastamento falta de amparo ou de assistência; desarrimo.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) são mais e 30 milhões de animais abandonados por todo o Brasil. Um número assustador e que nos faz pensar e repensar o que podemos fazer para mudar essa situação. Para um bom começo, que tal abandonar o abandono? Se cada um fizer a sua parte, com certeza teremos ainda chances de mudar a história e essas estatísticas.

Atualmente, o Projeto Anjinhos da Rua está com um programa de rádio com intuito de conscientizar as pessoas sobre abandono e maus tratos. A partir das 15h pela Rádio Trianon AM 740 ou através do site www.radiotrianon.com.br, toda terça e quinta-feira com apresentação de Henrique Machado.

Vale lembrar que o Projeto Anjinhos da Rua é sediado em Peruíbe, Litoral Sul de SP, possui mais de 600mil metros quadrados, abriga mais de 1300 animais de todas as espécies, se prepara ainda para, num futuro próximo, abrigar idosos e crianças carentes, abandonadas ou maltratadas.

O projeto também atende a população de forma gratuita. O objetivo do programa é conscientizar as pessoas sobre as causas do abandono, pois, o efeito, nós já sabemos: abandono e maus tratos!

domingo, 1 de janeiro de 2017

.: A entrevista perdida de Heródoto Barbeiro


“Troquei os verbos no passado, pelo presente. Troquei a rotina pela mudança contínua”,
Heródoto Barbeiro.

Por Helder Moraes Miranda
Em janeiro de 2017

Nesses 13 anos do Resenhando.com, entrevistar Heródoto Barbeiro sempre foi uma espécie de meta, que consegui realizar em agosto do ano que vem. Por uma série de motivos, em meio ao auge da crise política que o país atravessava, considerei ser mais sensato esperar a “poeira baixar” um pouco para que a entrevista tivesse a visibilidade e o brilho necessário, não ficando perdida entre as reviravoltas dos noticiários. No Resenhando.com, Heródoto Barbeiro merece, também, um lugar de destaque. É por isso que foi escolhido para ser a primeira entrevista, quiçá a primeira reportagem do ano. 


Ancora do “Jornal da Record News” - principal telejornal do canal de notícias do grupo da TV Record, Heródoto Barbeiro foi finalista da 14ª edição do Prêmio Comunique-se 2016, na categoria “Nacional”, prêmio conhecido como o Oscar do jornalismo brasileiro. Muito objetivo, ele, que também é advogado, fala sobre tudo, desde o motivo de trocar 25 anos lecionando história para a rotina atribulada do jornalismo, budismo, das épocas em que esteve entre os fundadores do PDT (Partido Democrático Trabalhista) e PT (Partido dos Trabalhadores), além de livro e filme favoritos e a notícia que gostaria de dar ao público que o acompanha. É uma entrevista atípica, com um ícone do jornalismo.

RESENHANDO.COM - Aos 70 anos, quais são os seus sonhos - como homem e como profissional?
HERÓDOTO BARBEIRO - Tenho 70 anos e o meu sonho é viver cada dia, cada momento e fazer o que gosto, ler escrever e conviver com meus colegas de redação.


RESENHANDO.COM - Antes de ser jornalista, você foi professor durante 25 anos de história contemporânea. Mudar foi uma necessidade? 
H.B. - Foi uma opção. Descobri o jornalismo e me apaixonei por ele. Troquei os verbos no passado, pelo presente. Troquei a rotina pela mudança contínua.

RESENHANDO.COM - Como o historiador se transformou em um dos grandes nomes do jornalismo na atualidade?
H.B. - Procuro aprender sempre e percebo que não sei muita coisa. Tenho curiosidade, respeito as opiniões divergentes da minha e busco, como todo jornalista, a isenção e a ética.

RESENHANDO.COM - De que maneira, as profissões que você se formou - jornalista, historiador e advogado - se complementam? 
H.B. - Todas fazem parte do cotidiano do ser humano. Elas são essenciais para a cultura e o desenvolvimento da democracia.


RESENHANDO.COM - Você é budista. Como concilia os preceitos zens da religião com a rotina agitada do jornalismo?
H.B. -
O budismo não atrapalha, ajuda. Proporciona equilíbrio, ajuda a conter o ego e a entender as fraquezas humanas.


RESENHANDO.COM - A religião interfere em algo de sua personalidade?
H.B. - Sim, meditar todo dia ajuda a encontrar o caminho do meio, não importa onde estejam.

RESENHANDO.COM - A política sempre esteve presente em sua vida. Hoje, qual é o grau de importância que você dá a ela?
H.B. - Fundamental, não se tem democracia sem política e políticos. Aprimorar esse mundo é um ato de cidadania.

RESENHANDO.COM - Em 1980, você foi um dos fundadores do PDT e, em 1986, foi filiado ao PT. O que mudou, e o que é muito semelhante nesses partidos, comparando entre passado e presente? 
H.B. - Eram partidos que apresentavam uma utopia, uma esperança de uma sociedade mais justa e humana. Creio que se perderam no meio do caminho, viraram farinha do mesmo saco, como se dizia antigamente.


RESENHANDO.COM - Por falar em política, o que pensa a respeito da situação que o Brasil está atravessando?
H.B. - Vivemos um amadurecimento da democracia brasileira, e os solavancos atuais fazem parte desse processo.

RESENHANDO.COM - Está otimista com os rumos que o país irá tomar?
H.B. - Sim, somos um povo em constante renovação, aberto às mudanças, o que nos faz tão importante quanto qualquer outro.

RESENHANDO.COM - O que há de autobiográfico nos livros que escreve? 
H.B. - Pouca coisa. No “Meu Velho Centro”, conto um pouco da origem da minha família na região central de São Paulo. Na coleção “O Que a Vida Me Ensinou”, algumas lições que marcaram minha vida. No “Buda Mito e Realidade”, como, aos 22 anos, passei a praticar o budismo.


RESENHANDO.COM - Qual o momento mais marcante de toda a sua carreira jornalística?
H.B. - Creio que foram os dois períodos que passei no programa “Roda Viva”, da TV Cultura, pela oportunidade de participar de entrevistas com uma gama extraordinária de convidados.

RESENHANDO.COM – Qual é o seu livro favorito?
H.B. - O último que estou lendo, “A Lógica do Cisne Negro”, de Nassim Nicholas Taieb. Aprendi muito com o autor.

RESENHANDO.COM – E o filme favorito?
H.B. – “O Carteiro e o Poeta”, tem a ver com minha viva na juventude.

RESENHANDO.COM - E, para finalizar, qual a notícia que você gostaria muito de dar ao seu público?
H.B. - Finalmente conseguimos brecar a destruição do planeta. Estamos salvos!




Sobre o entrevistador
Helder Miranda é editor do portal Resenhando há 12 anos. É formado em Comunicação Social - Jornalismo e licenciado em Letras pela UniSantos -Universidade Católica de Santos, e pós-graduado em Mídia, Informação e Cultura pela USP. Atuou como repórter em vários veículos de comunicação. Lançou, aos 17 anos, o livro independente de poemas "Fuga", que teve duas tiragens esgotadas.

sábado, 31 de dezembro de 2016

.: Mylena Jardim: o que vai acontecer com a vencedora do "The Voice"


A quinta temporada do talent-show "The Voice Brasil" consagrou essa semana a jovem cantora Mylena Jardim como a campeã.  Com apenas 17 anos, ela é natural de Belo Horizonte e entrou no reality musical no time de Claudia Leitte, mas a participante foi roubada por Michel Teló na fase Remix. Em sua trajetória no programa, Mylena se apresentou com sucessos da música brasileira e hits internacionais.

Na final, Mylena cantou ao lado de Danilo Franco, a canção “Say Say Say”, sucesso nas vozes de Michael Jackson e Paul McCartney. Ao lado de Anna Akisue também interpretou “Freedom! '90'”, uma homenagem a George Michael. Encantou com “Carnavália”, música composta por Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown. Totalmente emocionada, fechou o programa, com a música das Audições às Cegas “Olhos Coloridos”, de Sandra de Sá.

Em janeiro, Mylena Jardim começa a trabalhar em cima do novo projeto que será lançado pela Universal Music Brasil. “Mylena jovem talentosa, de uma voz incrível e se sagra campeã merecidamente do 'The Voice', onde faz jus a todo seu potencial. A Universal Music deseja boas-vindas. Vamos juntos criar uma linda carreira de sucesso!”, comentou Paulo Lima, presidente da gravadora.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

.: Sting volta para o rock´n roll, por Luiz Gomes Otero


Por Luiz Gomes Otero
Em dezembro de 2016

Sting integrou a banda The Police nos anos 70 e 80. E o rock sempre esteve presente em todas as fases da banda. Em sua carreira solo, ele chegou a se afastar um pouco desse estilo para buscar novas vertentes musicais, inspiradas no jazz contemporâneo. Agora, em seu mais recente lançamento, o álbum "57th & 9th", cuja turnê passará pelo Brasil em 2017, ele retoma o estilo com força total.


O disco abre coma energética "I Can’t Stop Thinking About You", uma canção de rumo certo para as rádios. Na sequência vem "50,000", "Down, Down, Down" e "One Fine Day", todas canções que mostram a força e a competência do músico britânico.

E as canções seguintes, como  "If You Can’t Love Me", "Petrol Head" e "Heading South On The Great North Road", mostram consistência nas mensagens, como é de hábito em sua discografia. Dificilmente Sting produz e lança algo que não vá ser satisfatório para o ouvinte. E de quebra, há uma ótima versão ao vivo de "Next To You", do primeiro disco do The Police.


Em "57th & 9th, Sting não só retoma o rock em sua música como também mostra para o público que está na área, mais vivo do que nunca. E com o rock´n roll ao lado, firme e forte.





"I Can’t Stop Thinking About You"


"50.000"


"One Fine Day"



"Petrol Head"


Sobre o autor
Luiz Gomes Otero é jornalista formado em 1987 pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Trabalhou no jornal A Tribuna de 1996 a 2011 e atualmente é assessor de imprensa e colaborador dos sites Juicy Santos, Lérias e Lixos e Resenhando.com. Recentemente, criou a página "Musicalidades", que agrega os textos escritos por ele.



quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

.: TNT abre 2017 com o glamour do Golden Globe Awards


Comece o ano com todo o glamour e descontração do tapete vermelho do Golden Globe Awards 2017. O comediante Jimmy Fallon, apresentador do The Tonight Show Starring Jimmy Fallon, comandará a divertida cerimônia que reconhecerá os melhores da TV e do cinema ao vivo, direto de Los Angeles. Para mostrar cada detalhe da premiação, a TNT escala a apresentadora Domingas Person, acompanhada do crítico de cinema Rubens Ewald Filho.

Golden Globe Awards 2017– domingo, 8 de janeiro, ao vivo, a partir das 22h*
Com tradução simultânea e transmissão pela TNT Go
Reapresentação na segunda-feira, 9 de janeiro, às 16h

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

.: OutroEu assina com slap e lança álbum em 2017

A banda OutroEu, uma das finalistas da terceira temporada do programa "SuperStar" (Globo), assinou contrato com o slap, selo da Som Livre, e lança um novo trabalho em 2017. Formado por Mike (vocal), Guto (guitarra), Renan (bateria) e Fil (baixo), o grupo foi criado com o objetivo de participar da competição musical e conquistou o público e jurados com a autoral “Coisa de Casa”, obtendo uma das maiores pontuações da história do programa.

O vocalista Mike seguia uma carreira solo e já tinha planos de formar uma banda quando surgiu a oportunidade de participar do "SuperStar". Ele se juntou ao guitarrista Guto, seu amigo de infância, com quem já havia tocado nas ruas de Londres, e também ao baterista Renan e o baixista Fil. Nas referências musicais, estão nomes como Maria Gadú – um dos grandes nomes do cast do slap -, Los Hermanos e Ed Sheeran.

.: SBT coloca jornalismo ao vivo durante toda a madrugada


A assessoria de Comunicação do SBT informa que a emissora inicia uma nova estratégia com a grade de programação a partir de janeiro de 2017. Com isso, nesta segunda-feira, dia 2 de janeiro, o SBT amplia o horário do “SBT Notícias” por toda a madrugada e início da manhã para que o telespectador tenha informações ao vivo, de forma ininterrupta, sempre após o “The Noite com Danilo Gentili”, até às 8h. 

Desta forma, a emissora consolida o modelo que começou a ser testado no segundo semestre de 2016 e que, desde então, vem crescendo paulatinamente por todas as madrugadas, inclusive de sábado para domingo, quando não há oferta de informação jornalística na TV aberta. Com o novo modelo, o "Jornal do SBT" e  o "Primeiro Impacto" deixarão de ser exibidos. Dudu Camargo continuará no horário  das 6h às 7h15, porém no "SBT Notícias". No início das tardes de segunda a sexta, às 13h45 e em horário local, o SBT traz de volta o “Clube do Chaves”.

Também a partir de segunda-feira, o programa “Fofocando” passa a ser exibido nas manhãs, de segunda a sexta-feira, das 8h às 8h30, sob comando de Leão Lobo,  Homem do Saco, Mara Maravilha e  Mamma Bruschetta. No Início das tardes também de segunda a sexta-feira,  às 13h45 e em horário local, o SBT traz de volta o “Clube do Chaves”, com os personagens mais marcantes de Roberto Bolaños.

.: Ana Hickmann desabafa sobre atentado que sofreu há sete meses


O último "Programa Gugu" desta temporada, que vai ao ar na noite desta quarta-feira, dia 28 de dezembro, exibe uma entrevista emocionante com Ana Hickmann. 

A apresentadora do “Hoje em Dia” recebe Gugu em sua casa e revela como está tentando superar o trauma do atentado que sofreu há sete meses, quando um suposto fã invadiu o hotel em que estava hospedada em Belo Horizonte e tentou matá-la. "2016 foi o ano em que eu descobri que Deus realmente gosta de mim, em que ele me deu uma segunda chance pra ficar aqui", abre o jogo. Considerado o ano mais difícil da sua vida, ela confessa: "Eu tive que passar pela maior provação da minha vida, maior medo, maior sufoco, maior terror, mas ao mesmo tempo foi o ano em que eu descobri que eu tenho a coisa mais linda do mundo que é a minha família".

Ana admite que ainda sente o efeito do medo daquele dia e desabafa: "Medo é uma das coisas que ainda de vez em quando bate, porque quando voltam certos flashes na cabeça, situações, palavras, fisionomias de pessoas... isso mexe, me faz tremer um pouco, mas eu paro, respiro, concentro e sigo". Durante a entrevista, ela se emociona com um vídeo gravado pelo filho, Alexandre Jr., de apenas três anos. Ao ser questionada por Gugu se deseja aumentar a família e ter um outro bebê, ela responde: "Vontade é o que não falta. A gente até tinha, tempos atrás, comentado: ‘Será que 2017 seria um bom ano?’".

Mas o bate-papo também tem momentos divertidos. Ana participa da brincadeira do “Eu Já/Eu Nunca” e ainda da tradicional caça aos objetos em sua casa. O programa “Gugu” é exibido às quartas-feiras, logo após o Jornal da Record, com direção geral de Virgílio Abranches e direção de Rafael Boucinha.

.: Entrevista com Leyla Bouzid, de "Assim que Abro Meus Olhos"

"...esquecer não é necessariamente uma coisa ruim. [...] Mas a amnésia e o esquecimento devem ser combatidos".
Leyla Bouzid 

Por Maha Ben Abdeladhim, jornalista e escritora

Leyla Bouzid (Túnis, 1984) se mudou para Paris em 2003 para estudar literatura francesa na Sorbonne e, em seguida, foi para La F émis estudar direção. Ela dirigiu  "Soubresauts", seu filme de tese, na Tunísia, poucos meses antes da Revolução. Depois ela dirigiu  "Zakaria" no sul da França com atores não profissionais. Estes dois curtas-metragens receberam uma calorosa recepção em festivais na França e em outros países. "Assim que Abro Meus Olhos" ("A Peine J 'Ouvre Les Yeux", 2015) é  seu primeiro longa-metragem. Também dirigiu os curta-metragens "Un Ange Passe" (2010) e "Gamine" (2013).

"Assim que Abro Meus Olhos" se passa  em Túnis, no verão de 2010, poucos meses antes da revolução. Farah tem 18 anos e está recém-formada, mas sua família já a vê como uma futura médica. Ela, no entanto, não pensa da mesma forma e tem como atividade preferida cantar em uma banda de rock engajada, com músicas que abordam temas políticos. Seu  único plano no momento  é aproveitar a vida intensamente, beber, descobrir amores e sua própria cidade durante a noite. Tudo isso contra a vontade de sua mãe Hayet, uma mulher que conhece muito bem a Tunísia e os seus perigos. Prêmio do Público no Venice Days, Festival de Veneza e exibição em mais de 40 festivais.

O filme se passa quando Ben Ali era Presidente, mas foi escrito e filmado muito tempo depois dele fugir do país. Como seu trabalho mudou em relação aos eventos chaves e históricos que recentemente ocorreram na Tunísia?
Quando a revolução aconteceu, o desejo era muito forte para filmar e representar isto. Muitos documentários foram filmados então, todos cheio de esperança, todos focados no futuro. Eu também queria filmar. Não a revolução, mas o que todos viveram e sofreram: o cotidiano sufocante, o poder total de polícia, a vigilância, o medo e paranoia do povo tunisiano nos últimos 23 anos. A revolução (ou revoltas, pontos de vista são divergentes) surpreendeu o mundo inteiro, mas não veio de lugar nenhum. Não poderíamos de repente varrer décadas de ditadura e voltar para o futuro sem examinar o passado. Para mim, era óbvio que tínhamos de rever rapidamente o passado enquanto a maré da liberdade continuava a fluir. Como a maioria dos tunisianos, minha euforia era forte no início, seguida por sucessivas fases de encanto e desencanto. Para o filme, eu não queria que a gama de emoções conectadas a eventos em curso me influenciasse. Meu único guia era tentar consistentemente seguir a jornada emocional vivida pelos personagens durante o período histórico que é contado. O objetivo era ser o mais preciso possível em uma obra de ficção leal a um contexto histórico específico.

Você estava ciente das renovadas restrições sobre a liberdade durante a filmagem? Você teve receio de ver a era Ben Ali voltar à vida no olho de sua câmera?
Eu estava ciente de que eu tinha que filmar rapidamente, enquanto ainda havia tempo, e que era importante filmar o medo que os tunisianos sentiram quando Ben Ali estava no poder. Para memorizar as dificuldades daqueles anos que nunca queremos ver de novo, para conjurar o risco de os ver voltando novamente. Durante a filmagem, notei que muitos já tinham esquecido o que era viver sob o regime de Ben Ali. Quando eu disse aos figurantes: "aqui há um silêncio pesado", porque sob o regime do Ben Ali não se podia ouvir tais coisas sem ficar com medo, alguns deles tiveram dificuldade em recompor o sentimento. As pessoas perderam os reflexos que tiveram durante esse período, juntamente com a memória do medo e da paranoia. De um certo ponto de vista, esquecer não é necessariamente uma coisa ruim. Como se esse período estivesse realmente atrás de nós. Mas a amnésia e o esquecimento devem ser combatidos. Esse é um dos papeis do cinema.

Você fala dos medos em relação ao sistema policial, mas existe também uma verdadeira ameaça terrorista pairando sobre a Tunísia. E, no entanto, a religião está completamente ausente do filme.
Estamos com os jovens que transbordam de energia, que fazem coisas, que querem fazer música, organizar concertos, viver sua arte. A religião não está no centro de suas vidas. É essa juventude enérgica e criativa que eu queria filmar. Juventude que luta todos os dias por sua existência, e que raramente ouvimos alguma coisa sobre. Os únicos jovens que têm voz na mídia são aqueles que se voltam para o extremismo e a violência. Pareceu importante dizer que também existem jovens que são impulsionados pela vida, para lhes dar uma voz através da Farah, mostrar que ela  é amordaçada por um terror que se origina do sistema. O terrorismo não é a única forma de terror. Farah está tentando existir como um indivíduo, para ter sua voz escutada. Conhecemos " O povo Tunisiano", o "Nós", e a "Nação"... 

Mas qual lugar é dado ao "Eu"? A que preço este existe como um indivíduo livre na Tunísia? Você teve que pagar este preço? O que existe de você em Farah?
O filme faz esta pergunta: como uma pessoa pode, na Tunísia, libertar-se da família, da sociedade, do sistema? - a energia que isso requer, a resistência que ela provoca e a violência que ela pode gerar são tremendas. Seguimos a trajetória de Farah, que quer viver a vida ao máximo, que está plenamente viva, contra todos e todas as probabilidades, e por isso ela é punida, esmagada. Penso que na Tunísia, todos nós pagamos um preço, quer se trate de um artista ou não, em um momento ou outro na vida, a um nível íntimo, familiar, social ou educacional. Na sociedade tunisiana, qualquer um faz concessões, ou é confrontado com inúmeros obstáculos. A história do filme não é autobiográfica, mesmo que exista algumas situações que eu própria vivi: a de descobrir que um amigo próximo, que pertencia ao mesmo cineclube que eu, era um informante da polícia. Alguém que estava lá para nos vigiar, para nos infiltrar. Foi um choque terrível. Então, percebi que estávamos cercados e que não podíamos confiar em nada ou em ninguém. Mas Farah é muito diferente de mim. Ela é mais impulsiva e espontânea do que eu, nunca teria sido capaz de ir tão longe quanto ela. Ela é agraciada por uma espécie de inocência e coragem, ela não assimilou os limites que bloqueiam qualquer iniciativa. Ela é como um elétron livre.

Você escolheu a cantora Ghalia Benali para interpretar o papel da mãe, e deu a Baya Medhaffer seu primeiro papel, que é o da protagonista. Como as duas atrizes reagiram a esta escolha?
Ghalia ficou muito surpresa por eu ter contatado ela para interpretar o papel da mãe de uma cantora. A princípio, ela ficou quase ofendida. Mas finalmente, quando ela leu o roteiro, ela estava muito entusiasmada. Na personagem de Hayet, ela viu coisas que lembrou a sua própria mãe, e estava animada para desempenhar o papel. A presença de Ghalia trouxe muito para o filme: ela foi uma grande ajuda para Baya. Elas se uniram maravilhosamente e desenvolveram um ritmo próprio delas. A última cena do filme é de fato inspirada no primeiro encontro das duas atrizes. Ghalia cantou para encorajar Baya a cantar em sua presença. Pouco a pouco, Baya começou a cantar com ela. Isso mexeu com Ghalia de modo que lá grimas começaram a correr por suas bochechas enquanto ela sorria. Foi muito intenso e de repente, era óbvio que este era o final do filme. Para desempenhar o papel de Farah, precisava de uma jovem de 18 anos, muito livre, pronta e capaz de encarnar o papel, que exigia tanto o canto como a atuação. É uma parte difícil para um novato. O casting durou mais de um ano, eu me encontrei com muitas, muitas jovens, algumas delas várias vezes. Baya fez o teste de tela no início, mas eu não tinha certeza, eu estava cheia de dúvidas. A escolha foi difícil e Baya realmente lutou para obter o papel. Ela absolutamente queria. Ela amava o personagem e não tinha medo de ser censurada ou de fazer algo proibido. Ela é, de fato, mais livre do que Farah, mais explosiva. Ela é excepcionalmente livre. Isso foi muito precioso para encarnar o papel e foi o que me convenceu.

Você filma duros locais de Túnis, sua vida noturna, os bares, trens, lugares muito masculinos, nos quais você entra com os olhos de uma mulher... Então você vai para o interior, principalmente para a área de mineração, onde o árido quebra a decoração do turbulento cenário urbano.
Existe uma barreira que separa esses dois cenários que eu sinto que deve ser quebrada, e que é possível eu fazer isso. Concretamente, durante a filmagem, é a cena em que Hayet entra no bar, que era a mais delicada. Os figurantes eram verdadeiros clientes de um bar decadente. Cada vez que nós refazíamos a cena, a atriz teve que entrar no bar novamente e em cada vez isso foi uma provação. Os homens, figurantes, olhavam com insistência, quase de forma obscena, sem nossa permissão. Todas as mulheres que participaram da filmagem sentiram a pressão do olhar deles. Eu estava determinada a filmar lugares da Tunísia com suas verdadeiras atmosferas, as pessoas reais que trabalham ou passam por lá, para ser fiel à sua realidade. O trem suburbano, os bares, a estação de ônibus são filmados de forma documental. A ideia era injetar a ficção do filme nesses lugares da cidade terrivelmente vivos... até as poeiras das minas de fosfato, o viveiro de resistência quando Ben Ali estava no poder. Os trabalhadores desempenham o próprio papel deles. Esta cena cria uma ruptura no filme, permitindo dar um passo atrás em relação à história, uma espécie de zoom para trás que tenta desenhar um mapa do país. Para lembrar que as palavras das canções vêm de longe, que a impressão de sufocar é profunda, enterrada sob várias camadas sociais. A cena é um tributo a estes trabalhadores (ainda em conflito com as autoridades de hoje), antes de tudo evocar sua resistência, que preparou o país para se levantar contra o governo. A resistência começou cedo, em 2008, muito antes da famosa tentativa de Bouazizi de se imolar. 

A música no filme é o vetor para um tipo de resistência. Khyam Allami, um iraquiano, a compôs... 
Música e dança sempre existiram na cultura popular tunisiana. A música tradicional, "Mezwed", as danças, as festividades durante os casamentos são verdadeiramente ocasiões intensas, permitindo libertação emocional para as pessoas. Hoje, o rap tunisiano está emergindo dos distritos pobres. É um verdadeiro refúgio para alguns, e manifesta um forte movimento de resistência que atinge um grande número de pessoas. O Estado está visivelmente com medo desses rappers que protestam pelo o que eles  gritam em suas canções. A música foi o maior desafio do filme. Eu não só tinha que encontrar uma atriz que canta, mas eu precisava criar uma banda, compor a música, escrever as canções. Às vezes eu achava que seria impossível. Conheci inúmeros músicos, mas nunca conseguimos nos dar bem. E então, um dia, por acaso, eu estava em um concerto em Paris e descobri uma banda cuja música simplesmente me chamou a atenção: o Alif Ensemble. Khyam é um dos cinco músicos de vários países  árabes (Líbano, Egito, Palestina, Iraque). Sua energia, seu treinamento está muito próximo do que eu queria (seu primeiro álbum foi lançado em 4 de setembro de 2015). E também descobri que o fabricante de instrumentos de cordas da banda é iraquiano e que ele morou na Tunísia nos últimos três anos. Ele falava tunisiano, conhecia os lugares onde eu queria filmar o filme, a vida underground da juventude lá, Baya... Tudo aconteceu muito rápido e foi realmente simples depois disso. Khyam e eu estávamos completamente em sintonia. Eu o consultei quando fiz o elenco, criamos a banda juntos. Ele compôs as músicas para a voz de Baya e ensaiou a banda por semanas antes do início da filmagem. Isso os uniu. Eles se tornaram uma banda de verdade. Todos nós amamos a música. Filmar as cenas musicais com a performance ao vivo da banda foram verdadeiros momentos de exaltação para toda a equipe de filmagem. Para as letras, eu trabalhei com um velho amigo meu, Ghassen Amami, que também trabalha no cinema. Cada canção tinha que ter um sentimento específico em relação ao momento em que era cantada no filme. Cada uma participa da dramaturgia. Algumas das canções foram escritas de uma só vez, outras exigiram várias adaptações. As letras estão profundamente enraizadas na Tunísia de hoje.

"Assim que Abro Meus Olhos" (A peine j ' ouvre les yeux), de Leyla Bouzid, estreia dia 12 de janeiro.
Direção - Leyla Bouzid  
Roteiro - Leyla Bouzid e Marie-Sophie Chambon  
Produtores - Sandra da Fonseca e Imed Marzouk  
Elenco - Baya Medhaffer, Ghalia Benali, Montassar Ayari, Aymen Omrani, Lassaad Jamoussi, Deena Abdelwahed, Youssef Soltana, Marwen Soltana, Najoua Mathlouthi, Youness Ferhi, Fathi Akkeri e Saloua Mohammed  
Música Original - Khyam Allami  
Direçã o de Fotografia - Sé bastien Goepfert 
Montagem - Lilian Corbeille 
Som - Ludovic Van Pachterbeke 
Mixagem de Som - Ré  mi Gérard  
Coprodutor - Anthony Rey  
Produtores Associados - Nathalie Mesuret e Bertrand Gore  
Coprodução - Hélicotronc  
Produção - Blue Monday Productions e Propaganda Production 
Distribuição Nacional - Supo Mungam Films
Título Original: "A Peine J' Ouvre Les Yeux"  | Tunísia/França/Bélgica | 2015 | 102 min | Janela 1.85:1 | Classificação Indicativa: em breve

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

.: Antes de morrer, Carrie Fisher contou tudo em livro

O mundo foi surpreendido com a morte de Carrie Fisher, escritora e atriz, mais conhecida pela princesa Leia de “Star Wars”, aos 60 anos, quatro dias após ser internada por sofrer um ataque cardíaco durante um voo que ia de Londres a Los Angeles.

Ela atuou ainda em outros filmes como “Shampoo” e “Harry e Sally – Feitos Um Para o Outro”. É autora de quatro romances best-seller nos EUA: “Surrender The Pink”, Delusions of Grandma”, “The Best Awful” e “Postcards from the Edge”.

Em “Memórias da Princesa”, ela contou sobre sua relação de altos e baixos com a franquia e com a fama, sempre com muito humor e ironia. Ela tinha apenas 19 anos quando foi escalada para viver o papel que definiria para sempre não apenas sua carreira, mas sua vida. “Star Wars” é um dos maiores fenômenos da história na cultura pop, e a Princesa Leia é até hoje vividamente lembrada por sua personalidade voluntariosa, seus coques laterais e seu biquíni dourado. 

No livro, recém-lançado pela editora BestSeller, a intérprete da famosa personagem narra com humor e ironia os bastidores desta experiência, conta histórias de sua vida e fala ainda sobre a volta à franquia, nos novos filmes produzidos por J.J. Abrams. A fama não era algo estranho a Carrie, filha da atriz Debbie Reynolds e do músico Eddie Fisher. A experiência familiar, inclusive, a ensinou desde cedo o lado ruim da popularidade: o pai ficou conhecido como o homem que deixou a mulher e a família para ficar com Elizabeth Taylor; a mãe acabou seus dias encenando musicais em clubes noturnos – nos quais Carrie começou a carreira artística, atuando como backing vocal.

No livro, ela detalha essas experiências com a família e conta da decisão de se matricular na Royal Central School of Speech and Drama, na Inglaterra, aos 17 anos. Ela acabou abandonando o curso para gravar “Star Wars”, dois anos depois, também em Londres. Carrie conta ainda como foi o processo de seleção para o filme: ela fez o teste diante de George Lucas e de Brian De Palma, que na época escalava o elenco de “Carrie, a Estranha”.

Uma seção inteira de “Memórias da Princesa” é dedicada a revelar o romance que a atriz viveu com Harrison Ford, seu companheiro de cena e par romântico no filme. A dupla nunca havia confirmado os boatos deste relacionamento – ele era casado na época. O texto narra os acontecimentos desde a primeira vez que os dois se beijaram, num carro, depois de uma festa surpresa de aniversário para George Lucas. Carrie, que tinha 19 anos e era 14 mais jovem que Harrison, mostra ainda trechos do diário que manteve durante as gravações, com direito a poesias, reflexões, sentimentos conturbados e declarações de amor.

Sua relação de altos e baixos com “Star Wars” é um dos destaques do livro. Ela fala sobre a fama repentina, a obsessão dos fãs, e os efeitos do fenômeno na personalidade de uma menina insegura de 19 anos. Em uma passagem engraçada, ela se lembra de passar de carro em frente a um cinema que exibia o filme, com filas que davam a volta no quarteirão, e gritar, da janela: “Ei, eu tô nesse filme! Eu sou a princesa!”.

Os problemas de autoestima da atriz e os detalhes da escolha do icônico penteado de Leia – que ela acha horroroso, por sinal – também são destrinchados no texto. Carrie não tem problemas em falar abertamente sobre a humilhação de “se vender” e “dar autógrafos por dinheiro”, e faz uma reflexão sincera sobre a fama e o modus operandi de Hollywood.

O livro traz ainda um encarte com fotos do set e dos bastidores do filme. O spin-off “Rogue One – Uma História de Star Wars” estreia nos cinemas em 15 de dezembro. Já o episódio XVIII da série, que contará com a presença de Carrie, chega às telas no fim de 2017. A tradução é de Patrícia Azeredo e Thaíssa Tavares.

Trechos:
“Pat McDermott foi designada para cuidar do meu cabelo no filme. Tendo usado apenas um penteado em Shampoo, eu não entendia como isso podia não ser uma tarefa simples. Coloque uma peruca, escove um pouco, fixe uns grampos e, voilá, cabelo pronto. O que poderia ser mais simples? Bom, essa tarefa simples acaba se complicando quando você pensa que o visual de Leia acabaria sendo copiado por crianças, travestir e casais envolvidos no que poderia ser considerado um ato sexual celebrado em Friends. Havia muito mais responsabilidade envolvida do que parecia à primeira vista. Claro que não tínhamos como saber isso no início. Então, Pat tentou providenciar o que lhe tinha sido pedido: um penteado incomum, para ser usado por uma garota de 19 anos que interpretava uma princesa.”

“Então, é com reserva e escrúpulos atípicos que vou suprimir todos os detalhes. Não sou tola a ponto de contar qualquer detalhe além das informações e descrições mais genéricas a respeito do que aconteceu entre o Sr. Ford e eu naquela fatídica noite de sexta-feira em maio de 1976. Isso se aplica também a tudo o que ocorreu entre mim e Harrison nas sextas-feiras subseqüentes em horários profanos, pois era assim que passávamos nosso tempo juntos, quando dormíamos agarradinhos, como os bons jovens fazem. Ah, passávamos tempo próximos durante o dia após o nosso tempo juntos à noite, como deveria ser. Acho que me lembro dele lendo o jornal enquanto eu... fingia fazer outra coisa.”

“Não consigo me lembrar bem de quando comecei a me referir a dar autógrafos por dinheiro como uma dança sensual das celebridades, mas tenho certeza de que não demorei muito para inventar isso. É dança erótica sem a parte de enfiar dinheiro na calcinha e sem os malabarismo no pole – ou o pole seria representado pela caneta?
Certamente é a forma mais elaborada de prostituição: a troca de uma assinatura por dinheiro, em lugar de uma dança ou esfregação. Em vez de tirar a roupa, as celebridades tiram a distância criada por filmes ou pelo palco. Ambos trafegam na área da intimidade.”

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