quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

.: "A Vida Futura": Machado de Assis e José de Alencar no mundo de hoje


Como reagiriam os cânones da literatura brasileira Machado de Assis e José de Alencar se pudessem viver entre as pessoas de hoje, na época do politicamente correto, das reparações históricas e, também, da hipocrisia? Na pena inigualável de Sérgio Rodrigues, os romancistas voltam à vida em pleno século XXI em um romance único, erudito, inventivo e repleto de humor ácido. 

No livro "A Vida Futura", lançado pela Companhia das Letras, ao saber que seus livros seriam reescritos para alcançar mais leitores, os autores abandonam o Olimpo e desembarcam no Rio de Janeiro de 2020 para impedir que intelectuais do século XXI reescrevam suas obras com palavras mais acessíveis ao grande público.

Ao chegarem ao Rio de 2020, em plena pandemia, encontraram um cenário completamente diferente daquele que haviam deixado há mais de século. Não-binários, traficantes, influenciadores digitais, youtubers, coaches, milicianos... Perfis capazes de deixar o narrador do livro - Machado de Assis, o Bruxo do Cosme Velho - completamente perplexo.

Nesse mundo do futuro para eles e presente para os leitores, ambos conhecem uma jovem estudante tão enigmática quanto apaixonante e se veem às voltas com os debates identitários contemporâneos. Os renomados escritores atuam como uma dupla cômica de dar inveja a Stan Laurel e Oliver Hardy ("O Gordo e o Magro", no Brasil) neste livro curto, poderoso e sarcástico.

Aproveitando-se da metalinguagem, o autor reproduz o tom Machadiano em um jeito clássico de escrever. Com capítulos curtos e de rápida leitura, é uma comédia em prosa protagonizada e narrada por Joaquim Maria Machado de Assis, contando com a honrosa colaboração de ninguém menos do que José de Alencar. Quando, em pleno no século XXI, na nuvem onde residem, os dois finados escritores descobrem que suas obras serão reescritas para torná-las mais acessíveis para quem tropeça no vocabulário oitocentista, ou sente-se constrangido com as opiniões retrógradas e até preconceituosas da dupla, eles resolvem descer ao Rio de Janeiro a fim de puxar o pé da professora universitária Stella McGuffin Vieira, responsável pelo tal projeto subsidiado por verbas públicas.

Ambos encontram dificuldade com a linguagem neutra e o jargão identitário. O Bruxo do Cosme Velho, inclusive, começa a refletir sobre a própria negritude e até se encanta por Mar, uma personagem não binária e negra. O novo romance de Sergio Rodrigues soa, a cada página, como um convite para a contradição, para o questionamento, para a reflexão sobre o quanto a realidade em que estamos inseridos é provisória. Compre o livro"A Vida Futura" neste link.

O que disseram sobre o livro
"Muito doudo o livro do Sérgio. Devorei, gostei demais." — Chico Buarque

"Saio deliciada da leitura de 'A Vida Futura', transportada pela linguagem a algum lugar muito especial — que é nosso de direito mas poucas vezes temos a oportunidade de visitar. Uma jogada de craque. Na torcida, autores e leitores de nossa língua agradecem." — Ana Maria Machado

"Um romance único, divorciado de tudo quanto se anda produzindo e, ao mesmo tempo, engajadíssimo no embate e na interpretação desse Brasil 'dos vivos, dos moribundos, dos mortos-vivos, dos vivíssimos'. […] Uma pérola maior que o nosso tempo.". — Caetano Galindo


Sobre o Autor
Sérgio Rodrigues
nasceu em 1962. Mineiro que adotou o Rio de Janeiro, lançou, entre outros, os romances "O Drible" (livro do ano de 2013 no prêmio Portugal Telecom, atual Oceanos) e "Elza, a Garota", além dos livros de contos "O Homem que Matou o Escritor" e "A Visita de João Gilberto aos Novos Baianos", do almanaque "Viva a Língua Brasileira!" e, como organizador, da antologia "Cartas Brasileiras" ― todos publicados pela Companhia das Letras. Tem livros editados na França, em Portugal, na Espanha e nos Estados Unidos. Mantém uma coluna sobre língua e linguagem na Folha de S.Paulo. Garanta o seu exemplar de "A Vida Futura" neste link.


.: Teatro Eva Herz: Martha Nowill volta com "Pagú - Até Onde Chega a Sonda"


Com direção de Elias Andreato, a dramaturgia, assinada por Martha, foi escrita a partir de um manuscrito inédito que Pagú produziu enquanto estava presa. Duas mulheres, uma em 1939 na Casa de detenção, outra mãe de gêmeos em plena pandemia, contam suas histórias. A reestreia é dia 08 de março, Dia Internacional da Mulher. Foto: Rodrigo Chueri

Um manuscrito, ainda inédito, deixado pela escritora, poeta, feminista, desenhista, jornalista e militante Patrícia Rehder Galvão (1910-1962) é o ponto de partida para "Pagú - Até Onde Chega a Sonda". O espetáculo tem direção de Elias Andreato e atuação de Martha Nowill - que também assina o texto.  A peça estreou no final de 2022 no Sesc Pompeia e agora retorna para uma nova temporada entre os dias 8 de março e 27 de abril, no Teatro Eva Herz, com apresentações às quartas e quintas, às 20h.


A história desta história
Em maio de 2018, a atriz e escritora Martha Nowill conheceu Rafael Moraes, um colecionador de arte, que lhe apresentou um manuscrito inédito de Patricia Rehder Galvão, a Pagú, escrito na casa de detenção em 1939, durante a ditadura de Getúlio Vargas. Rafael havia comprado o manuscrito e outros objetos pertencentes à artista, de um leiloeiro, 20 anos antes.

Martha Nowill viu ali potencial para a realização de um espetáculo, mas havia dificuldade em transformar o texto de Pagú, tão denso, poético e pouco narrativo, em teatro. Ela se associou à produtora Dani Angelotti e juntas, o projeto começou a ganhar forma. Martha então desenvolveu uma escrita biográfica, na qual ela, mãe de gêmeos nascidos na pandemia, se mistura com Pagú e seu manuscrito. Desse processo surgiu a dramaturgia, que traz trechos do manuscrito original de Pagú, entrecortados por relatos pessoais, resultando em um encontro improvável e cheio de pontos de diálogo entre mundos separados por mais de 60 anos. 

Elias Andreato chegou ao processo para que com sua cuidadosa direção, e extensa experiência com solos, conduzisse a encenação.  Em cena, os dois femininos dividem e se misturam no espaço, o da atriz e o de Pagú. As personagens compartilham temas como o machismo, a maternidade, o feminismo, angústias, alegrias e processos criativos. Dentro destes temas, Martha desenha com humor em seus relatos pessoais e com um olhar sarcástico uma “lente de aumento” para os fatos cotidianos que ainda carregam heranças do patriarcado.


Alguns trechos do espetáculo:

"É muito ruim, depois que eu fui mãe, eu esqueço. Eu leio as coisas e esqueço. Eu leio, eu entendo. Falo: nossa, que legal isso, que coisa importante que eu acabei de ler. Depois eu esqueço. Eu queria que minha vida tivesse aquele previously das séries, que algumas têm, sabe? Que toda vez que você vai começar um novo capítulo, ele te dá um mini resumo de tudo o que aconteceu antes? Eu estou precisando de um previously porque, nossa, eu não lembro de nada." Trecho da dramaturgia escrito por Martha.


“Como subtrair desta avalanche que é o meu mundo, algo coerente, direitinho, com sequência. As ideias me escapam, escorrem dos meus dedos, elas ultrapassam a própria capacidade. Tudo é tão rápido que deve haver coincidência no tempo ou não deve haver tempo. No mesmo instante penso de diversas formas e sinto de diversos modos.”
Trecho do manuscrito original de Pagú.


Um pouquinho sobre Pagú
Jornalista, feminista, artista, escritora e desenhista, Patrícia Rehder Galvão (1910-1962) nasceu em uma família burguesa paulista, mas depois, seguindo as orientações do Partido Comunista se proletarizou e foi viver em Santos e no Rio de Janeiro. Dedicou boa parte de sua vida à militância política em Santos, São Paulo, Rio de Janeiro, além de ter viajado o mundo. Desde bem cedo, ela questionava os padrões patriarcais. 

Pagú, apelido dado pelo poeta Raul Bopp, começou a escrever críticas contra o governo ainda na adolescência, aos 15 anos, quando se tornou colaboradora do Brás Jornal e assinava uma coluna sob o pseudônimo de Patsy. Sua estreia artística aconteceu em 1929, ao publicar seus desenhos politizados nas páginas da “Revista da Antropofagia”.

Apesar de Pagú só possuir 12 anos quando aconteceu a Semana de Arte Moderna, ela é considerada uma das grandes forças do Movimento Antropofágico – seu envolvimento começou sob a influência de Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral. Junto com Oswald, ela entrou para o Partido Comunista Brasileiro em 1931, quando foi presa pela primeira vez (ela foi presa mais de 20 vezes ao longo de sua vida). Ela e Oswald tiveram um filho, Rudá. 

A autora fez importantes contribuições para o movimento feminista. No tabloide “O Homem do Povo”, por exemplo, questionava o papel da mulher na sociedade por meio de suas ilustrações. E no livro “Parque Industrial” (1933), denuncia mulheres exploradas por sua condição de gênero. 

Publicou ainda o livro “A Famosa Revista” (1945), em colaboração com Geraldo Ferraz (com quem também teve um filho), e sua autobiografia “Paixão Pagu: A Autobiografia Precoce de Patrícia Galvão”, lançada em 2005 a partir de um texto até então inédito escrito em 1940. E “Safra Macabra”, uma coletânea de seus contos policiais escritos para a revista “Detective” em 1944, sob o pseudônimo de King Shelter, foi publicada em 1998.


Ficha técnica
"Pagú - Até Onde Chega a Sonda"
Dramaturgia:
Martha Nowill a partir do manuscrito de Patricia Galvão
Direção: Elias Andreato
Com: Martha Nowill
Cenografia: Marina Quintanilha
Trilha sonora: Ed Côrtes
Iluminação:
Elias Andreato e Junior Docini
Preparador corporal: Roberto Alencar
Figurino: Marichilene Artisevskis
Colaboração dramaturgia - escrita na cena: Isabel Teixeira
Assistente de direção e fotografia: Rodrigo Chueri
Coordenação técnica e operação: Junior Docini
Preparação vocal: Lucia Gayotto
Visagismo: Louise Helene
Designer: Luciano Angelotti
Produção executiva: Taynã Marquezone
Assessoria de imprensa: Pombo Correio – Helô Cintra e Douglas Picchetti
Operação: Henrique Sanchez
Direção de produção: Dani Angelotti
Idealização: Martha Nowill
Realização: Mil Folhas e Cubo Produções


Serviço
"Pagú - Até Onde Chega a Sonda"
Temporada:
8 de março a 27 de abril, às quartas e quintas-feiras, às 20h
Teatro Eva Herz - Livraria Cultura do Conjunto Nacional - Avenida Paulista, 2073 - Bela Vista
Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia-entrada)
Vendas on-line em https://bileto.sympla.com.br/event/80277
Classificação: 14 anos
Duração:
70 minutos
Acessibilidade: Local acessível para cadeirantes. 
@a_sonda_da_pagu

.: Livro de poemas da editora Global mostra Rubem Braga além das crônicas


Rubem Braga se consagrou como cronista, mas teve uma vida repleta de poesia. Na nova edição do "Livro de Versos", lançamento da Global Editora, o leitor irá conhecer o lado poeta desse grande autor da literatura brasileira. Para celebrar os 110 anos do escritor brasileiro, a obra ganha nova edição.


Considerado o maior cronista brasileiro, Rubem Braga também tem história na arte de versejar. A poética do autor está expressa no "Livro de Versos", que foi publicado pela primeira vez em 1980 e ganha reedição pela Global Editora. A obra é um convite ao leitor para desfrutar a poesia deste escritor que marcou a literatura brasileira.

Segundo Affonso Romano de Sant´Anna, que assina o prefácio também desta edição, o livro é para aqueles que já conhecem o “o velho Braga”, como ele mesmo o chama, mas também para pessoas que querem conhecer um pouco mais sobre o seu estilo e visão.

Por meio de poemas repletos de lirismo e “singela epifania”, os versos mostram uma compreensão profunda sobre o ser humano, sempre com uma postura que é, claramente, extraída da essência de Rubem Braga.

 A nova edição da Global conta com um projeto gráfico que completa a experiência dos versos, dando vida às palavras de Rubem Braga. Além disso, o livro celebra e dá voz a todos aqueles mestres que um dia se dedicaram à poesia. Afinal, o autor conviveu com nomes como Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Mário Quintana, Vinicius de Moraes, entre outros. Compre o livro "Livro de Versos" neste link.


Sobre o autor
Rubem Braga
nasceu em Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo, em 1913. Morou em diversas capitais brasileiras e viajou a vários países por conta de seu ofício, cobrindo eventos de guerra, ou simplesmente pelo gosto de viajar. Começou no jornalismo aos 15 anos, escrevendo reportagens e crônicas para o jornal dos irmãos, e aos 18, já assinava páginas de dois jornais de Minas Gerais. Com 19 anos, cobriu a Revolução de 32.

Mais desempenhando funções oficiais do governo brasileiro, em Santiago do Chile e no Marrocos. As andanças, porém, eram também um pretexto para voltar ao Rio de Janeiro, cidade de sua eleição, e à sua casa, aberta sempre aos amigos e espaço para suas lembranças e plantas. Faleceu em 19 de dezembro de 1990 e suas cinzas foram jogadas no rio Itapemirim. Garanta o seu exemplar de "Livro de Versos" neste link.

.: Cia. Dos à Deux estreia "Enquanto Você Voava, Eu Criava Raízes"


Em 2023, a companhia nascida na França, hoje com sede no Rio de Janeiro, celebra 25 anos de trajetória. Neste espetáculo, indicado em diversas categorias ao Prêmio Shell e ao Prêmio Cesgranrio de Teatro, a partitura de corpos traça uma jornada interna de conhecimento e dor. 
Em cena, André Curti e Artur Luanda Ribeiro criam narrativas visuais e ilusões por meio da fisicalidade e da virtuosidade. Foto: Renato Mangolin

A Cia Dos à Deux, de teatro gestual, já arrebatou plateias em mais de 50 países, com apresentações pela Europa, África Central, Ásia, Polinésia Francesa, Emirados Árabes e América do Sul. O repertório é formado por 11 espetáculos. André Curti e Artur Luanda Ribeiro iniciaram há 25 anos, em um encontro na França, um percurso particular entre as artes cênicas brasileiras. 

Em 1998, o primeiro espetáculo criado em parceria, inspirado na obra "Esperando Godot", de Samuel Beckett, Dos à Deux, que mais tarde deu nome à companhia, apontou um modo de pesquisa teatral e coreográfica característica até hoje dos dois artistas: precisão dos gestos em diálogo afinado com os recursos visuais e grande imaginação cênica. 

O mais recente espetáculo da dupla, "Enquanto Você Voava, Eu Criava Raízes", traz esse arranjo para tratar o medo como um propulsor, um sentimento, uma sensação que nos paralisa, mas também nos lança para outros caminhos. Com realização do Sesc SP, pela primeira vez na cidade, o trabalho faz temporada no Sesc Santo Amaro, de 3 de março a 2 de abril de 2023, de sexta a domingo. 

O espetáculo estreou no Rio de Janeiro em 2022 e cumpriu três temporadas de sucesso na cidade (Teatro Oi Futuro, Teatro Firjan SESI Centro e no Centro Cultural Sérgio Porto), com todas as sessões esgotadas. Em 2023, a peça foi indicada aos prêmios Shell e Cesgranrio: no primeiro, nas categorias melhor iluminação, cenário e figurino; neste último, além de iluminação e cenário, somou as indicações de melhor espetáculo, direção e música. 

Sem uma dramaturgia linear, "Enquanto Você Voava, Eu Criava Raízes" tem diversas cenas, que se completam e transitam entre o onírico e a realidade. O corpo é o guia da partitura e a fonte de leitura do trabalho. Por ele, mergulhamos nessa pesquisa da dupla de artistas sobre esse tema que acompanha o ser humano ao longo de sua vida, o medo e sua transformação.

Como nos outros trabalhos, a linguagem gestual é criada a partir do tema abordado pelos dois. “Para mim, nesse espetáculo, ficamos na beira do abismo desde o início”, diz André. “São os abismos que temos dentro de nós, essa sensação de vazio permanente, de que há algo dentro se abrindo e um outro eu está caindo dentro da gente”, completa Artur.

A narrativa visual acontece na relação precisa entre imagens, fisicalidade e virtuosidade. Na cena, dois corpos que se fundem e se perdem. Nos estranhamos tanto a ponto de nos perdermos no próprio reconhecimento? As imagens dos corpos são marcados pela dor e pesar, mas ainda assim há um caminhar, seguir em frente. Uma tela se interpõe entre plateia e artistas e cria o ilusionismo: corpos se fundem, se prolongam, ficam em partes ou menores; equilibram-se no ar ou entre si. 

É um espetáculo sensorial e nos toca ao tratar de múltiplos medos “espaços íntimos de sensações”, como disseram os criadores. Na sequência de cenas, alguém parte e outro fica. Dois pontos que se completam como processo de conhecimento. Um corpo que se levanta e é cuidado para prosseguir. As imagens projetadas, criadas pelo diretor de fotografia Miguel Vassy e pela artista plástica Laura Fragoso, dialogam com a dramaturgia, assim como a música original criada por Federico Puppi, que ajuda a criar diversos climas ao longo do espetáculo.

Os dois artistas André Curti e Artur Luanda Ribeiro são responsáveis pela dramaturgia, cenografia, coreografia, direção e performance. Nos 25 anos de trajetória e parceria, com grande reconhecimento e trânsito internacional e nacional, os dois costumam dizer que, para além do teatro gestual, como a companhia é caracterizada, são bougeurs de théâtre (algo como "movedores do teatro"). Essa dança gestual em cena, elaborada a partir de temas de seus espetáculos, lança o público na magia do teatro.

Cia. Dos À Deux
Há 25 anos, André Curti e Artur Luanda Ribeiro se conheceram durante um festival em Paris e decidiram começar uma pesquisa teatral e coreográfica, tendo como inspiração a obra "Esperando Godot", de Samuel Beckett. Em 1998, nasceu o primeiro trabalho, Dos à Deux, peça que deu nome à companhia. No Festival de Avignon, com esse primeiro trabalho, os dois então jovens criadores tiveram um imediato reconhecimento da crítica e dos curadores, lhes impulsionando pelas estradas de todos os países da Europa, além da África, América do Sul, Coreia do Sul e na Índia. 

A premiada companhia franco-brasileira de teatro gestual arrebatou plateias em mais de 50 países, com mais de 3 mil apresentações por toda a Europa, África Central, Ásia, Polinésia Francesa, Emirados Árabes e América do Sul. O repertório é formado por 11 espetáculos: "Dos à Deux" (1998), "Je Suis Bien Moi" (2000), "Fulyo" (2000), "Aux Pieds de la Lettre" (2002), "Saudade em Terras D’Água" (2005), "Fragmentos do Desejo" (2009), "Ausência" (solo com Luís Melo, de 2012), "Dos à Deux - 2º Ato" (2013), "Irmãos de Sangue" (2013), "Gritos" (2016) e "Enquanto Você Voava, Eu Criava Raízes" (2022). Em 2021, sete espetáculos da companhia foram exibidos na mostra on-line “Dos à Deux - A Singularidade de Uma Trajetória”.


Espaço Cultural
Depois de mais de duas décadas instalada na França, em 2015, a Cia. Dos à Deux retornou ao Brasil para criar seu espaço cultural. Artur e André reformaram um antigo cortiço construído em 1846, no bairro da Glória, no Rio de Janeiro. Além de abrigar a companhia, o espaço vem se estabelecendo como um local para oficinas e residências artísticas para outros grupos nacionais e internacionais.


Ficha técnica
"Enquanto Você Voava, Eu Criava Raízes"
Direção, dramaturgia, coreografia, cenografia e performance:
André Curti e Artur Luanda Ribeiro.
Música original: Federico Puppi.
Iluminação: Artur Luanda Ribeiro.
Cenotecnia: Jessé Natan.
Assistentes de cenotecnia: Bruno Oliveira, Eduardo Martins e Rafael do Nascimento.
Criação de objetos: Diirr.
Criação videográfica: Laura Fragoso.
Imagens: Miguel Vassy e Laura Fragoso.
Figurino: Ticiana Passos.
Operação de som e vídeo: Gabriel Reis.
Operação de luz: PH.
Contrarregragem: Iuri Wander.
Preparação/criação percussiva: Chico Santana.
Costura da caixa preta: Cris Benigni e Riso.
Costura dos figurinos: Atelier das Meninas.
Assessoria de imprensa: Canal Aberto.
Mídias sociais: Mariã Braga.
Designer gráfico: Bruno Dante.
Fotos: Nana Moraes e Renato Mangolin.
Coordenação administrativo-financeira: Alex Nunes e Patrícia Basílio.
Direção de produção: Sérgio Saboya e Silvio Batistela - Galharufa Produções.
Realização: Cia Dos à Deux.


Serviço
"Enquanto Você Voava, Eu Criava Raízes"
De 3 de março a 2 de abril de 2023
Sextas, às 21h; sábados, às 20h e domingos, às 18h.
Local:
Sesc Santo Amaro  (Rua Amador Bueno, 505 - Santo Amaro, SP)
Telefone: (11) 5541-4000
Ingressos: R$ 40/ R$ 20/ R$ 12
Capacidade: 279 lugares - *Unidade acessível
Duração: 55 min.
Classificação indicativa: 18 anos.

.: "A Baleia", filme que pode dar o Oscar a Brendan Fraser, estreia nos cinemas


Protagonizado por Brendan Fraser, longa estreia nos cinemas dia 23 de fevereiro com distribuição da Califórnia Filmes

Dirigido por Darren Aronofsky ("Mãe!", "Réquiem Para Um Sonho"), o drama "A Baleia" chega à rede Cineflix cinemas brasileiros na próxima quinta-feira, dia 23 de fevereiro, com distribuição da Califórnia Filmes. No filme, Brendan Fraser interpreta Charlie, um professor de 270 quilos, que não consegue sair do sofá, e repleto de problemas emocionais. No Festival de Veneza, em setembro passado, ele também recebeu quase 10 minutos de aplausos na sessão de gala do longa, e o ator é um dos mais cotados para o Oscar.

Fraser se transformou fisicamente para viver o personagem: um homem com obesidade severa que não consegue sair do sofá. Professor de literatura, ele precisa se confrontar com seu passado, que envolve uma filha adolescente (Sadie Sink) e sua ex-mulher (Samantha Morton). O roteiro é escrito por Samuel D. Hunter, baseado em sua peça homônima.

“O que eu gosto sobre 'A Baleia' é como nos convida a ver a humanidade dos personagens, que não são totalmente bons ou maus, eles têm nuances como qualquer pessoa, e vivem vidas muito ricas”, conta Aronofsky, que se interessou em adaptar a peça desde que a viu, mais de dez anos atrás. Fraser, por sua vez, conta que teve uma entrega total ao personagem, como nunca fizera antes, para mostrar toda a força e vulnerabilidade de Charlie. “Ele tem uma melancolia que o paralisa que vem do fato de nunca poder ter sido a pessoa que queria ser. Ele carrega muitos sentimentos de culpa”, explica o ator.

Fraser também defende o personagem, que, para ele, não é mesquinho ou calculista, mas vítima de suas próprias escolhas. “Charlie feriu as pessoas por não ser direto, não ser autêntico, e agora vive uma batalha consigo mesmo. Ele deixou de lado de acertar as contas com as pessoas que amava, e agora pode ser tarde demais para fazer isso. Quando diz aos seus alunos que precisam encontrar uma maneira de dizer a verdade, no fundo, ele está falando isso para si mesmo”.

Aronofsky confessa que sempre esteve próximo de Fraser durante todo o processo, a fim do proteger, pois sabia que, ao entrar no personagem, o ator também ficaria muito fragilizado emocionalmente. “Há uma espécie de casamento entre o poder das palavras do roteiro e a coragem da interpretação de Brendan. Conversamos muito sobre como queríamos aproximar, mas também afastar o público do personagem”.

“Preconceito contra obesidade é uma das últimas fronteiras das maneiras de uma pessoa menosprezar a outra. Muitas vezes, as pessoas do tamanho de Charlie são invisíveis, vistas apenas por suas famílias e cuidadores. É uma forma de silenciamento. Conversando com essas pessoas, percebi que, como qualquer um, elas querem ter suas histórias contadas, e serem tratadas de maneira justa e honesta. Isso tudo foi um impulso para me levar à autenticidade do personagem”, conclui Fraser.

A equipe artística de "A Baleia" inclui também o diretor de fotografia Matthew Libatique ("Cisne Negro", "Homem de Ferro 2"); o compositor Rob Simonsen ("Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo"); o montador Andrew Weisblum ("A Crônica Francesa"); a diretora de arte Jurasama Arunchai ("Amor Sublime Amor"); e o figurinista Danny Glicker ("Milk: A Voz da Igualdade").

Os críticos de cinema do portal Resenhando.com assistem as estreias dos filmes no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, Gonzaga, em Santos, no litoral de São Paulo. Confira os dias, horários e sinopses dos filmes para você ficar por dentro de tudo o que acontece no mundo do cinema. Programação do Cineflix em outras localidades neste link ou no app Cineflix.

"A Baleia" - Trailer legendado

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

.: Gramado: Parque Mini Mundo é entretenimento para toda a família

"Mini Mundo" é um parque cheio de atrações para todas as idades. Foto: Mary Ellen Farias dos Santos 


Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em fevereiro de 2023


A protagonista de "Alice no País das Maravilhas" toma chá na varanda da casa de alguém, quando a turma de "Stranger Things" testemunha Max levitando em Hawkins ou ainda Jack e Rose de "Titanic" estão na proa de um navio na pose eternizada no clássico filme de James Cameron que completou 25 anos. Essas são somente algumas das cenas que podem ser encontradas pelos visitantes no Parque Mini Mundo, em Gramado.

Personagens do seriado "Stranger Things". Foto: Mary Ellen Farias dos Santos 

O vasto local habitado por moradores com o tamanho 24 vezes menor que o real, somando 3.268 mini personagens, é extremamente instigante para quem tem veia de detetive e gosta de enigmas inusitados. Não somente por, de repente, se deparar com "The Beatles" atravessando a rua, o "Homem-Aranha" atuando em três versões, a rainha Elizabeth com seus Corgis no Jardim Botânico de Curitiba e "Dumbledore" com a Fênix esperando por "Harry Potter", mas por ainda descobrir que está acontecendo um incêndio na pensão da Dona Aparecida Boló deixando para os bombeiros a responsabilidade de salvar o total de vinte gatinhos de estimação. São muitas e muitas situações criadas para construções detalhadas ao extremo.

O multiverso reúne três "Homem-Aranha" para o público do "Mini Mundo"Foto: Mary Ellen Farias dos Santos 

O parque brasileiro que enche os olhos dos visitantes, convida a ser desbravado, seja pelas indicações das "mãozinhas numeradas que apontam" ou por trazer no "Jornal do Mini Mundo" as notícias do local nos mínimos detalhes. Logo, a agitação da mini população vira um desafio para encontrar a resposta corretíssima de uma sequência de cenas e ainda garantir um mimo especial do "Mini Mundo" para levar para casa. 

As linhas férreas funcionam, assim como os bondinhos sobem e descem. Foto: Mary Ellen Farias dos Santos 

Caso queira mais comodidade e aquela ajudinha, há visitas guiadas em horários determinados, o que facilita muito a conhecer tantas miudezas expostas em cenários impecáveis e fieis a escala de 1/24, com ferrovias que funcionam e um bondinho que sobe e desce. Vale muito assistir com moradores um pouquinho de televisão dentro de uma casinha, conferir a mulher sendo levada por cachorros, o cavalo que caiu na piscina de um clube e está sendo resgatado ou ainda ver os amados personagens do "Chaves" numa pracinha.

A turma do "Chaves" reunida na pracinha. Isso! Isso! Foto: Mary Ellen Farias dos Santos 

Totalizando 5.370m², pelos corredores do parque de 40 anos, ainda transitam personagens como os ursinhos, Ana e Gui, a princesa Rafa, a bruxinha Ju e o Limpador de chaminés, espalhando alegria e encantando os visitantes de todas as idades. Dentro do parque Mini Mundo há ainda um parquinho com atrações para os pequenos, incluindo a primeira casinha de bonecas criada pelo alemão Otto Höppner, além de  uma casinha num bule ou uma moderna lanchonete com diversas opções em comidas e bebidas, além de uma loja de lembrancinhas, com chaveiros lindos dos personagens da parque, por exemplo. 

Ursinha Ana encantando visitantes no "Mini Mundo". Foto: Mary Ellen Farias dos Santos 

Localizado perto do centro de Gramado, o Parque Mini Mundo é uma visita indispensável e inesquecível. Planeje a sua ida, pois o parque é ao ar livre, logo funciona normalmente em dias de muito Sol, portanto use protetor solar. E nos dias de chuva também, portanto, leve o guarda-chuva. Divirta-se muito com a família!

O "Mini Mundo" é gigante de tantos detalhes mínimos. Foto: Mary Ellen Farias dos Santos 


Parque Mini Mundo

Endereço: Rua Horácio Cardoso, 291 - Planalto, Gramado.

Horário: 9h às 17h

Bule por fora, casinha por dentro e parquinho para pequenos. Foto: Mary Ellen Farias dos Santos 


*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura, licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos e formada em Pedagogia pela Universidade Cruzeiro do Sul. Twitter: @maryellenfsm

.: "Happycracia", um livro em prol direito ao mau humor e à antipatia no trabalho


Na França, a Suprema Corte decidiu que as pessoas têm  o direito de não ser engraçadas no trabalho. No fim de 2022, a Suprema Corte francesa finalmente julgou o caso de um homem que havia sido demitido em 2015 por "incompetência profissional". Seu pecado foi não participar das atividades de recreação da empresa. Segundo o funcionário, as atividades propostas não tinham relação com o trabalho. 

Segundo os empregadores, as dinâmicas de grupo e festas promovidas pela empresa visavam fortalecer os laços da equipe, afinal, "aqui somos uma família". Como demonstram Eva Illouz e Edgar Cabanas em "Happycracia - Fabricando Cidadãos Felizes", a cultura da felicidade e da positividade a qualquer preço tem relação direta com a exploração neoliberal.

O homem que foi demitido se recusava a participar por razões pessoais. Ele argumentou que essas atividades envolviam "práticas intrusivas e humilhantes", como piadas de cunho sexual, apelidos inconvenientes e a obrigação de dividir sua cama com um colega durante viagens de trabalho. 

No livro, que propõe uma análise provocativa, o psicólogo Edgar Cabanas e a socióloga Eva Illouz traçam a gênese e o desenvolvimento do campo da "psicologia positiva", responsável pela ideia de que a felicidade é o maior objetivo da vida e que basta força de vontade para alcançá-lo. Os autores revelam a ideologia por trás do sucesso financeiro e midiático dessa tendência pseudocientífica. Compre o livro "Happycracia - Fabricando Cidadãos Felizes" neste link.


.: Streaming gratuito: filmes “O Último País” e “Piaf - Um Hino ao Amor”

Lançada pelo CineSesc em junho de 2020, a série Cinema #EmCasaComSesc já exibiu gratuitamente mais de mil títulos, entre longas e curtas-metragens, nacionais e estrangeiros, recebeu mostras e festivais e já levou 12 milhões de visitas à plataforma Sesc Digital. Nesta quinta-feira, 23 de fevereiro, estreia três novos filmes na plataforma Sesc Digital: “78/52: A Cena do Chuveiro de Hitchock”, “Alice Guy-Blaché: A História Não Contada da Primeira Cineasta do Mundo” e “O Último País”.

No dia 24 de fevereiro, estreia Especial Festival de Berlim, com quatro novas estreias: “Em Trânsito”, que estreou no Festival em 2018; “Verão 1993”, em 2017;” O Desejo da Minha Alma” em 2014 e “Piaf – Um Hino ao Amor”, em 2007. Segue a programação da Semana no Cinema #EmCasaComSesc. Os filmes ficam disponíveis por 30 dias e podem ser vistos pelo site www.sescsp.org.br/cinemaemcasa. Gratuito

Programação de  23 de fevereiro a 1° de março


"78/52: A Cena do Chuveiro de Hitchcock"
Direção: Alexandre O. Philippe | EUA | 2017 | 91 min | Documentário | 12 anos
Um olhar sem precedentes sobre a icônica cena de assassinato no banheiro, no clássico Psicose (1960) de Alfred Hitchcock. Uma cena que mudou o curso da história do cinema moderno. Nesse documentário o diretor Alexandre O. Philippe (o mesmo do recém lançado LYNCH/OZ, exibido no Festival do Rio), investiga minuciosamente como Hitchcock criou esse momento marcante do cinema. O título do filme refere-se aos 78 planos de câmera e aos 52 cortes da cena, que dura três minutos. Disponível até 23/8/2023.

"Alice Guy-Blaché: A História Não Contada da Primeira Cineasta do Mundo"
Direção: Pamela B. Green | EUA | 2018 | 103 min | Documentário | 10 anos
Quando Alice Guy-Blaché terminou seu primeiro filme em 1896, em Paris, ela não era apenas a primeira cineasta mulher, mas também um dos primeiros diretores de cinema a fazer um filme narrado. Be Natural segue sua trajetória, desde secretária na Gaumont até sua indicação como Diretora de Produção em 1897, e sua subsequente carreira de sucesso de 20 anos na França e nos Estados Unidos, como fundadora de seu próprio estúdio, além de roteirista, diretora e/ou produtora de mil filmes - e depois completamente apagada da história. Até agora. Disponível até 23/4/2023.

"O Último País"
Direção: Gretel Marín | Brasil, Cuba, Angola | 2018 | 70 min | Documentário | 10 anos
O que parecia ser uma viagem de regresso ao seu país de origem, num momento de muitas mudanças, acaba sendo uma viagem interior da diretora, cheia de contradições e questionamentos sobre sua identidade cubana. O Último País é um filme-catarse. Disponível até 23/4/2023.


Estreias em 24 de fevereiro - Especial Festival de Berlim


"Em Trânsito"
Direção: Christian Petzold | Alemanha, França | 2018 | 101 min | Ficção | 12 anos
Quando Georg tenta fugir da França após a invasão nazista, ele assume a identidade de um autor falecido cujos documentos ele possui. Preso em Marselha, Georg conhece Marie, uma jovem que está desesperada para encontrar seu marido desaparecido, o mesmo homem que ele assumiu a identidade, e acaba se apaixonando por ela. Baseado no romance de Anna Seghers. Disponível até 24/4/2023.

"Verão 1993" 
Direção: Carla Simón | Espanha | 2017 | 98 min | Ficção | 12 anos 
Espanha, verão de 1993. Após a morte de sua mãe, Frida, de seis anos de idade, se muda de Barcelona para o interior da Catalunha para viver com seus tios, que agora são seus responsáveis legais. Antes do verão acabar, a garota terá que aprender a lidar com suas emoções e se adaptar a sua nova vida com sua nova família. Disponível até 24/4/2023. 

"O Desejo da Minha Alma"
Direção: Masakazu Sugita | Japão | 2014 | 85 min | Ficção | 12 anos
Um forte terremoto atingiu o Japão, destruindo mais do que apenas casas. Os mortos são enterrados e os sobreviventes são deixados entre as ruínas. Após o desastre, Haruna e seu irmão mais novo vão morar com seus tios. Apesar deles serem amorosos e cuidarem bem das crianças, Haruna e seu irmão estão longe da felicidade. Disponível até 24/4/2023. 


"Piaf - Um Hino ao Amor" 

Direção: Olivier Dahan | França, Reino Unido, República Tcheca | 2007 | 140 min | Ficção | 14 anos
Biografia da icônica cantora francesa Édith Piaf (1915-1963). Criada por sua avó em um bordel, ela foi descoberta cantando em uma esquina quando jovem. Apesar de seu sucesso, a vida de Piaf foi repleta de tragédias. Disponível até 24/4/2023. 

Cinesesc
O CineSesc iniciou seu funcionamento em 21 de setembro de 1979, no número 2075 da rua Augusta, em São Paulo, e se dedica à missão de fomentar a difusão do cinema de qualidade, exibindo obras que muitas vezes ficam fora do circuito comercial nas salas de cinema e plataformas online. Sua programação inclui grandes e pequenas produções do mundo todo. Além de realizar e integrar a curadoria de mostras e festivais, o CineSesc também recebe importantes eventos do calendário cinematográfico paulistano, como a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Festival Mix Brasil e o Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo, entre outros. O cuidado com a programação tem reconhecimento do público e da crítica, que o elegeu, por diversas vezes, a melhor sala especial de cinema de São Paulo. 


+ Sesc Digital
A presença digital do Sesc São Paulo vem sendo construída desde 1996, sempre pautada pela distribuição diária de informações sobre seus programas, projetos e atividades e marcada pela experimentação. O propósito de expandir o alcance de suas ações socioculturais vem do interesse institucional pela crescente universalização de seu atendimento, incluindo públicos que não têm contato com as ações presenciais oferecidas nas 40 unidades operacionais espalhadas pelo estado. No ar desde 2020, a plataforma Sesc Digital apresenta gratuitamente ao público conteúdos de diversas linguagens artísticas, como teatro, música, literatura, dança, artes visuais, entre outras. Com curadoria do CineSesc, a programação de cinema oferece ao público, filmes premiados, clássicos e contemporâneos, ficções e documentários, produções brasileiras e de várias partes do mundo. Saiba mais em www.sescsp.org.br/sescdigital

.: “The Show”, terceiro álbum solo album de Niall Horan após três anos

Depois da participação no “Late Late Show With James Corden”, Horan vai aparecer no “Kelly Clarkson Show” em 22 de fevereiro. Ele assume como técnico do programa “The Voice” em 6 de março


 “The Show”, terceiro álbum solo album de Niall Horan, o primeiro desde o campeão de vendas “Heartbreak Weather”, de 2020, vai ser lançado em 9 de junho pela Capitol Records. Com a abertura das pré-vendas do álbum, Horan lançou o single principal, “Heaven” (umusicbrazil.lnk.to/NHHeaven). Ele escreveu a cintilante e arrebatadora canção com John Ryan e Joel Little (também produtores da faixa) e Tobias Jesso Jr. (Adele, Sia) durante uma viagem idílica pelo deserto de Mojave, no sul da Califórnia. Com seu contraste entre sintetizadores e lindas harmonias, “Heaven” é uma desafiadora recusa a se conformar com as regras arbitrárias que a sociedade impõe. 

“Há tanta pressão para que as pessoas atinjam certos marcos na vida até uma certa idade — você se casa em tal idade, compra uma casa até tal idade, tem filhos em outra idade...”, diz Horan. “Mas eu nunca me conformei com essas idéias, por isso queria escrever sobre como todos nós devemos apenas nos concentrar em aproveitar nossas vidas e fazer o que é certo, em vez de nos preocuparmos com o que pode ser esperado de nós.”

Os fãs que fizerem a pré-encomenda de “The Show” em formato digital  –  disponível nas DSPs e na loja de Horan  –  receberão instantaneamente “Heaven”. O CD e LP já estão disponíveis para pré-encomenda.

Horan fará uma visita ao “The Kelly Clarkson Show” na quarta-feira, 22 de fevereiro, e se juntará ao programa “The Voice” como novo treinador na 23ª temporada, que estreia no dia 6 de março na NBC. Ele apareceu na noite passada no “The Late Late Show with James Corden”. Veja a entrevista AQUI. Em 26 de maio, Horan fará sua estreia em festivais, tocando no Boston Calling. Na sequência, ele vai se apresentar em inúmeros outros eventos do gênero mundo afora, incluindo o Pinkpop e o tradicional Isle of Wight.

Ao longo de todo o álbum “The Show”, Horan combina a pura emoção de seu trabalho passado com um novo e poderoso elemento de reflexão e busca da alma. Construído em formato exuberante e radiante de alt-pop, o álbum extrai muito de seu poder hipnotizante do uso de harmonias vocais — um elemento inspirado em Crosby, Stills & Nash, Jackson Browne e outros membros da cena musical dos anos 60/70 no Laurel Canyon da Califórnia. 

Horan já vendeu mais de 80 milhões de discos e rodou o mundo várias vezes como parte do icônico grupo One Direction. Sua estreia solo, “Flicker”, entrou em primeiro lugar parada Billboard 200 em outubro de 2017, puxado pelos singles “Slow Hands” (tripla platina, segundo certificado da RIAA) e “This Town” (dupla platina). O álbum alcançou o top 10 em 20 países. Com streams globais totalizando mais de oito bilhões, “Flicker” foi disco de platina em cinco países (incluindo os EUA) e disco de ouro em mais sete países.

Em 2020, veio o segundo álbum, “Heartbreak Weather”, que alcançou o topo da parada oficial de álbuns do Reino Unido e também a parada de álbuns da Billboard. “Rolling Stone”, NPR e o site da revista “American Songwriter” publicaram críticas entusiasmadas sobre o disco.

Agora, ele entra em uma nova era em sua carreira com “The Show”, um conjunto de composições inspirado por sua missão de consolar e conectar uma comunidade global de fãs fervorosos.

Niall Horan Crédito da foto: Zackery Michael

.: Mais de 70 poetas versam sobre ovo na revista Cabeça Ativa n.º 60


Ao ouvirmos, aos primeiros raios da manhã, o cântico pleno dos seres ovíparos e suas genéticas ovóides a eclodirem através dos ninhos ocultos pelos desvãos e artérias de nossa biblioteca, pudemos observar inúmeras estruturas oviformes com seus óvulos fecundados contendo suas reservas alimentares e os envoltórios protetores na formação ímpar de cada ovo.

Logo após, os ovipositores expeliram suas produções em cada ninho para que fossem recolhidas, embaladas e acondicionadas nesta pequena e poética ooteca de papel reciclado, de nome Cabeça Ativa n.º 60. com mais de 70 poetas, versando um verdadeiro ovo. A publicação é editada pelos poetas Cláudia Brino e Vieira Vivo. Adquira seu exemplar ou torne-se assinante, entre em contato pelo instagram @costelasfelinaseditora ou por e-mail livroscostelasfelinas@gmail.com

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

.: "O Deus de Spinoza" reestreia em São Paulo após temporada de sucesso

Montagem mostra a vida e a essência do pensamento do filósofo holandês que foi condenado em 1656 por não seguir os ensinamentos e contestar a doutrina religiosa judaica, ao propor uma nova visão de mundo, da natureza e de Deus. Foto: Luciano Alves


O espetáculo "O Deus de Spinoza" reestreia no dia 04 de Março,  no Teatro Itália Bandeirantes, com direção de Luiz Amorim, texto de Régis de Oliveira e direção musical de Marcus Veríssimo. Além de Amorim, estão no elenco Bruno Perillo, Juliano Dip (estreando nesta temporada), David Kullock e Roberto Borestein.

Vivemos num mundo conturbado e cheio de emoções. O momento pelo qual passamos necessita de reflexão, entendimento e clareza. A filosofia de Spinoza  nos traz uma luz nestes tempos. O jurista Régis de Oliveira, além de desembargador renomado, pessoa pública de notório saber, é também romancista e autor de vários livros. Dedicado ao estudo da Filosofia, ele agora se engendra pelo mundo da dramaturgia, trazendo-nos este texto sobre a vida de Spinoza. 

Valorizando o pensamento e a visão de mundo do filósofo, a peça busca resgatar a nossa relação com a natureza. Spinoza foi acusado, julgado e condenado pela instituição religiosa mais poderosa da Holanda do Século XVII. Objeto de discussão em muitos pilares da educação, Spinoza continuou renegado. Hoje seu pensamento foi resgatado e é motivo de muitos estudos no mundo inteiro.

Sua ampla e densa obra trata da relação do ser humano com Deus e com a Natureza. Trata dos afetos, do direito natural, da essência humana. O espetáculo mostra Baruch de Spinoza logo depois de expor o seu pensamento, considerado herético, e a sua relação com os Rabinos mais importantes da comunidade judaica. A peça mostra ainda os seus delírios e sua clareza de pensamento, que são muito importantes nos dias de hoje.

A ação se passa na Holanda em seu período mais rico, comercial e cultural: o Século de Ouro dos Países Baixos.  Ali estava Grócio, um dos pais do direito público. Descartes escolheu a Holanda como pátria espiritual. Rembrandt e Vermeer despontavam na pintura. O país fervilhava intelectual e economicamente. 

Aqui encontramos Baruch de Spinoza e vemos a sua relação de amizade com o editor de seus livros, Jan Rieuwertsz, que acompanhou o amigo até seus momentos finais. A dramaturgia de Régis de Oliveira nos traz muito da essência do pensamento de Spinoza. Régis há anos se dedica ao estudo de filosofia, e traz em sua primeira peça um recorte da vida de Spinoza, desde sua condenação - o herem, em 1656 - até a sua morte, em 1677.

“Através do pensamento de Spinoza, podemos reconhecer muitos comportamentos de nossa sociedade atual, com suas superstições, crenças ou mistérios. E podemos notar como os donos do poder sabem manipular as multidões através do medo e da imposição do sistema”, conta Régis.

“Eu sempre me dediquei ao pensamento e à reflexão. E já há anos tenho professores particulares ou consultores, especialmente para a Filosofia. Para escrever esta obra, contei muito com a assessoria do Professor Maurício Marsola, que me conduziu na interpretação de Spinoza”, diz nosso autor. 

E segue: “Também tive assessoria para o estudo da filosofia e da doutrina judaica, tão importantes para entender a condenação de Spinoza, contextualizá-la e também para contar essa história. Spinoza é um dos mais notáveis filósofos de todos os tempos. Essa peça não é um estudo biográfico nem de análise de sua obra. Trata-se de localizar o autor em seu tempo, imaginar os confrontos que teve por força de sua crença religiosa em face de outra”.

“Spinoza balançou o mundo e o pensamento moderno. A montagem trata os personagens com humanidade, com seus erros e acertos e principalmente com as suas convicções. Busca trazer o pensamento de Spinoza de forma acessível, para que, como diz Spinoza, afete, ou seja, toque de alguma maneira o público. São as afecções. Toda obra pode ser boa ou ruim, depende de como ela toca o público”

Sobre a equipe

“O objetivo foi trazer este texto, que é tão profundo e intenso, de forma real, com seus personagens de fato defendendo o que acreditam. Assim a peça é dinâmica, ágil e perspicaz. Contamos esta história cercados de grandes talentos. Temos no elenco o ator David Kullock, do setor artístico do Clube A Hebraica, que também é Hazam (aquele que conduz o serviço das orações de forma cantada na Sinagogas). Os figurinos são de João Pimenta, um dos maiores nomes da moda, porém dedicado ao estudo dos costumes históricos, e que tem em seu trabalho práticas como sustentabilidade e economia circular”, diz o diretor Luiz Amorim.

Para esta temporada juntou-se à equipe o jornalista Juliano Dip, ex CQC, que também é ator. Ele que é âncora do Jornal Manhã Band News e é repórter do Jornal da Band, tem outros programas jornalísticos, como o Podcast #todagente, e já esteve no teatro ao lado de Paulo Goulart Filho, Jairo Mattos, Maria Eugênia de Domênico, Kiko Jaess, entre outros.

“César Pivetti é um iluminador sensível ao teatro de palavra, e que busca sempre valorizar o pensamento nas encenações. A direção musical de Marcus Veríssimo pontua e ilustra o espetáculo, e transporta o público em uma viagem pelo pensamento spinoziano. Para a trilha, que é executada ao vivo, contamos também com a pesquisa, composições e arranjos dos talentosíssimos Gabriel Ferrara e Margot Lohn, ela que é especialista em música ladina e tradições sefarditas”.

“Evas Carretero tem se destacado como cenógrafo, além de multiartista que é. Seus mais recentes trabalhos são com a Cia da Revista e com o projeto Take Único”. E Luiz Amorim, além de ator, dublador e locutor, é gestor cultural, e traz ao projeto toda a sua experiência artística. A direção é dinâmica, arrojada e valoriza as intenções e a interpretação dos atores.

Diz o diretor Luiz Amorim: “Buscamos trazer o pensamento de Spinoza para nosso tempo de agora, o momento em que vivemos com tantas contradições. É como se Baruch Spinoza questionasse as pessoas que estão vendo o espetáculo naquele momento. Que somos todos nós que estamos na plateia. Somos testemunhas da elaboração de seus pensamentos. Presenciamos o filósofo nos momentos em que ele prepara o seu livro “Ética”. O espetáculo traz uma reflexão sobre a ética e nossos comportamentos.”

Segundo Maurício Marsola, Professor de Filosofia na Universidade Federal de São Paulo, “...o ser humano é um modo da substância que possui uma faculdade capaz de conhecimento do mundo, a razão e as paixões, forças em nós que devem ser conhecidas e diante das quais é preciso ter serenidade”. Diz ainda o professor da Unifesp: “É preciso, portanto, segundo uma famosa afirmação de Spinoza, ‘não rir ou chorar, alegrar-se ou entristecer-se, mas entender.”


Sobre a encenação, por Luiz Amorim

O texto parte de um estudo de filosofia. Traz à cena a história do filósofo, sua condenação, mas também a essência do seu pensamento. Buscando a agilidade para os diálogos, a movimentação dinâmica nas cenas e muita musicalidade. A valorização do texto traz à luz o brilhante pensamento deste que foi considerado profano, herege e traidor, e hoje considerado um dos mais importantes filósofos da história.

As cenas foram separadas de modo que a ação decorrente do fato (a condenação) trouxesse questionamentos para os próprios personagens.

A narração surgiu do processo da encenação, dividindo o personagem do amigo e editor de Spinoza (Jan Rieuwertsz) e trazendo-o como narrador. Ele também é o elo do tempo. Aquele que nos diz que Spinoza não morreu porque seu pensamento incomoda até os dias de hoje.

O corpo, o gesto, o olhar. Estes são os instrumentos usados cenicamente. Tudo nos atores conduz para o pensamento de Baruch, suas indagações, suas reflexões, sua indignação com o que que já está dito. A estes se juntam os instrumentos musicais (violão, guitarra, baixo, violino, sopro e vozes) que tratam o espetáculo como uma oração que tem uma partitura definida.

As Organizações Band, que nos anos 70 trouxe o icônico Teatro Bandeirantes, palco de tantos acontecimentos artísticos, retoma agora as suas atividades cênicas, presenteando a cidade com a recuperação do Teatro Itália, que passa a se chamar Teatro Itália Bandeirantes. 


Sinopse

Amsterdã, ano de 1677. O país fervilha culturalmente. Ali um livre pensador questiona as doutrinas e dogmas religiosos e políticos. Baruch de Spinoza é chamado a arrepender-se, mas não abre mão de seu pensamento. Assim passa pelo Herem, a condenação judaica, equivalente à excomunhão, e vai viver no exílio da sua comunidade. Tem o apoio de seu amigo Jan Rieuwertsz, com quem pode desabafar e contar de seus planos futuros. Um convite à reflexão e à liberdade de pensamento. O espetáculo é pontuado por músicas ladinas do século XVII.


Ficha Técnica

Texto: Régis de Oliveira

Direção e Adaptação: Luiz Amorim

Direção Musical: Marcus Veríssimo

Elenco: Bruno Perillo, Juliano Dip, David Kullock, Luiz Amorim, Roberto Borenstein

Musicistas: Marcus Veríssimo, Margot Lohn e Giovani Ganzá.

Desenho de Luz: César Pivetti

Figurinos: João Pimenta

Cenografia: Evas Carretero

Visagismo: Beto Franca 

Registro Imagens: V Filmes

Ilustração: Hidreley Dião

Designer Gráfico: Luciano Alves

Técnico e operador de luz: Rodrigo Pivetti

Camareira: Alana Carvalho

Contrarregragem: Magnus Odilon

Produção Executiva: MV Produções

Assessoria de imprensa: Pombo Correio

Mídia Social: Priscilla Dieminger 

Realização: Régis de Oliveira


Serviço:

"O Deus de Spinoza"

Estreia dia 04 de março de 2023,  21h. 

Temporada até 30 de abril. Sábados às 21h e domingos às 20h.

Local: Teatro Itália Bandeirantes

Endereço: Av. Ipiranga, 344 - Edifício Itália - República - São Paulo - SP

Duração: 80 minutos. 

Classificação: 12 anos. 

Capacidade: 290 lugares. 

Ingressos: R$80 (inteira); R$40 (meia-entrada – estudantes, idosos, PCD e seus acompanhantes).


Vendas pelo site: teatroitaliabandeirantes.com.br/detalhe/o-deus-de-spinoza

https://bileto.sympla.com.br/event/80187?utm_source=pwa-symplabileto-production&utm_medium=webapp_share&utm_campaign=webapp_share_event_80187


.: "O Segredo do Rei" é indicação aos fãs de Dan Brown, de "O Código da Vinci"

Um livro pode mudar o rumo das Grandes Navegações. "O segredo do rei", escrito pelo paranaense Douglas Portelinha, mistura ficção e história mundial em trama de aventura


Do Paraná à Bahia, o engenheiro civil Douglas Portelinha morou em diferentes estados brasileiros. Por conta da profissão, também viveu em outros seis países: República Dominicana, Nicarágua, Honduras, Panamá, Angola e Argentina. A experiência com tantas viagens serviram de inspiração para o enredo de "O Segredo do Rei".

A trama internacional é ambientada nas Grandes Navegações. No meio do processo de exploração do Oceano Atlântico e Pacifico, datado entre os séculos XV e XVI, uma peripécia envolve a chefe de uma agência de espiões, um cavaleiro templário e um rei ambicioso. Todos lutam pelo controle de dois livros importantes: “Mundus Novus”, com propagandas do Novo Mundo, e “Summa Oriental”, que contém registros de portos e regiões com especiarias.

Fatos históricos estão presentes durante a narrativa. Há, por exemplo, a introdução sobre o “Robô de Leonardo”, criado por Leonardo da Vinci. Em 1495, o pintor, arquiteto e engenheiro apresentou ao tribunal de Milão uma máquina robótica operada por roldanas e cabos. O objeto era funcional e podia replicar alguns movimentos.


Todos se inclinaram para a frente. Yohanna e Martina deram um passo ao mesmo tempo, encostando ombro a ombro para observar o peito de leão se abrir e aparecer a flor-de-lis dourada com o fundo azul. Um leve barulho de admiração no ar. O rei sorriu e disse: - Ciência! Algumas mentes são capazes de fazer coisas incríveis. Uma mente brilhante fez este autômato. Mas acumular conhecimento leva tempo e dedicação. (O Segredo do Rei, pg. 471) 


A trajetória de Fernão de Magalhães, navegador português conhecido por ter realizado a primeira viagem marítima ao redor do mundo, também aparece no romance. Um ano após entrar no navio, ele morreu em Mactan, nas Filipinas, depois de se envolver em um combate com os moradores da ilha e ser preso em uma emboscada.

Mas uma personagem-chave do enredo é a filha de Américo Vespúcio, explorador responsável por escrever sobre o então “Novo Mundo” para os reinos da Espanha e de Portugal. Na narrativa, a sucessora do navegador comanda uma agência de espiões que tem por objetivo proteger os livros “Mundus Novus” e “Summa Oriental” dos inimigos.

Medalha de prata na categoria “Ficção em Português” na 24ª edição do International Latino Book Awards com “Draco Cola – a cauda do dragão”, sua obra de estreia, Douglas Portelinha surpreende novamente. Com arcos narrativos e batalhas mortais, O Segredo do Rei oferece entretenimento da melhor qualidade para quem busca uma leitura inteligente e boa dose de aventura depois de um dia de trabalho.

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Livro: O Segredo do Rei

Autor: Douglas Portelinha

Editora: Grupo Editorial Atlântico

490 páginas

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