quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

.: "O Exercício da Incerteza": memórias de Drauzio Varella em retrato honesto


Relato franco da experiência de mais de 50 anos de carreira de Drauzio Varella, o livro "O Exercício da Incerteza: Memórias", é o retrato honesto de uma trajetória dedicada a um exercício de constante aprendizado.

O autor afirma que a medicina não é uma ciência exata. Seu exercício está sujeito a fatores imprevisíveis que variam de paciente a paciente – tendo sempre a finitude humana no horizonte. Essa parcela do imponderável é matéria para o relato de Drauzio Varella, oncologista que se tornou nacionalmente conhecido como um dos primeiros médicos a fazer uso dos canais de comunicação de massa para propagar informações sobre saúde e conscientizar sobre bons hábitos.

O autor narra com sensibilidade e franqueza episódios de sua vida a partir do fio da medicina. Por sua prosa fluida, acompanhamos momentos críticos, como a pandemia do HIV e a epidemia de tuberculose nos presídios em que atendia voluntariamente, e outros celebrados, como a bem-sucedida campanha de combate ao uso de drogas injetáveis no Carandiru, que capitaneou.

Estas memórias ultrapassam o registro biográfico ao fazer uma reflexão sobre a prática médica, que figura nestas páginas como arte que exige humildade, estudo, empatia e habilidade para atravessar os reveses do acaso. Compre o livro "O Exercício da Incerteza: Memórias" neste link.


Sobre o autor 
Drauzio Varella nasceu em São Paulo, em 1943. Formado em medicina pela USP, trabalhou por vinte anos no Hospital do Câncer. Foi voluntário na Casa de Detenção de São Paulo (Carandiru) por treze anos e hoje atende na Penitenciária Feminina da Capital. Seu livro "Estação Carandiru" (1999) ganhou os prêmios Jabuti de Não-Ficção e Livro do Ano. "Nas Ruas do Brás" recebeu o Prêmio Novos Horizontes, da Bienal de Bolonha, e Revelação Infantil, da Bienal do Rio de Janeiro. Garanta o seu exemplar de "O Exercício da Incerteza: Memórias" neste link.


.: "Cura pelas Palavras", novo livro de Rupi Kaur explora traumas pela escrita


Uma das mais celebradas artistas da palavra em todo o mundo e o maior fenômeno da poesia dos últimos tempos, Rupi Kaur já vendeu mais de 11 milhões de exemplares em todo o mundo com as obras "Outros Jeitos de Usar a Boca", "O que o Sol Faz com as Flores" e "Meu Corpo Minha Casa", sendo que quase 700 mil foram no Brasil. Agora a editora Planeta publica "Cura pelas Palavras", quarto livro da escritora, lançado em ocasião da vinda de Rupi para São Paulo durante turnê mundial.

A poeta traz em "Cura pelas Palavras" exercícios guiados de escrita criados por ela a fim de inspirar a criatividade e a cura. Ela conta na introdução que a ideia do livro surgiu quando estava dando oficinas de escrita em lives no Instagram durante a pandemia de covid-19. “Era um momento de muita ansiedade e incerteza, e eu ansiava por me conectar com outras pessoas porque, no fim das contas, nós só temos uns aos outros. Dar essas oficinas me mostrou quantas de nós precisavam de permissão para tirar dez minutos do dia para escrever por nós mesmas”, ela escreve.

Na abertura de cada um dos capítulos ("feridas", "amores", "rupturas", "cura"), Rupi compartilha detalhes de sua trajetória pessoal, abordando temas como o abuso sexual e físico que sofreu - e que foi a elaboração do que tinha se transformado em um trauma e a silenciava o chamariz para começar a escrever -, a busca pela cura, amor e sexualidade. Os exercícios elaborados por Rupi no livro, também ilustrado por ela, são de escrita livre, que seguem o fluxo da consciência, e buscam inspirar a criatividade e a cura por meio do acesso ao mundo interior. Para Rupi, escrever é acalmar a mente, é conseguir colocar para fora tudo o que se tem a dizer - e é isso que ela propõe na publicação.

“Sempre digo que precisei de vinte e um anos para escrever meu primeiro livro, outros jeitos de usar a boca. O primeiro projeto artístico que você dá à luz é assim. É uma soma de todos os anos que você viveu antes dele. outros jeitos de usar a boca não foi algo que escrevi; foi algo que aconteceu comigo. Uma experiência sensorial completa. Até hoje, a escrita desse livro permanece como uma das experiências mais catárticas da minha vida. Às vezes, fecho meus olhos e penso nesses anos. 2010. 2011. 2012. 2013. 2014. Como eu era vulnerável a receber. A dar. A sentir. Como era despedaçada. Como era crua. Como sangrava“. Compre o livro "Cura pelas Palavras" neste link.


Sobre a autora
Rupi Kaur é poeta, ilustradora, performer e artista. Quando tinha 21 anos e era estudante universitária, escreveu, ilustrou e autopublicou sua primeira coletânea de poemas, "Outros Jeitos de Usar a Boca". Em seguida, veio sua obra-irmã, "O que o Sol Faz com as Flores". Essas coletâneas venderam mais de dez milhões de exemplares e foram traduzidas para mais de quarenta idiomas. Seu último livro, meu corpo minha casa, conquistou o primeiro lugar em listas de mais vendidos em todo o mundo. 

Assim como sempre fez em todas as suas obras, desde o começo, Rupi autoproduziu "Rupi Kaur Live", o primeiro especial de poesia do gênero, que estreou no Amazon Prime Video em 2021. Os trabalhos de Rupi falam de amor, perda, trauma, cura, feminilidade e migração. Ela se sente mais à vontade quando cria arte, declama sua poesia no palco e passa tempo com familiares e amigos. Garanta o seu exemplar de "Cura pelas Palavras" neste link.

.: "Coringa 2 - Folie à Deux": entenda a síndrome que dá nome ao novo filme


Já confirmada, a sequência do sucesso Coringa” promete abordar ainda mais os transtornos psiquiátricos do personagem principal, dessa vez em sua relação com a Arlequina, o título da sequência "Folie à Deux”, estrelada por Joaquin Phoenix e Lady Gaga, faz referência a uma síndrome psiquiátrica onde alucinações e delírios são compartilhados entre dois ou mais indivíduos.

Segundo o pós PhD em neurociências Fabiano de Abreu Agrela, a síndrome é rara, mas pode afetar principalmente mulheres. “Folie à Deux, ou transtorno psicótico induzido, é uma síndrome bastante rara, por isso, também é bem pouco conhecida, ela ocorre quando um sujeito psicótico, chamado de indutor primário, afeta terceiros, considerados sujeitos secundários, com seus delírios e alucinações”.

“Normalmente, o transtorno afeta mulheres e entre mães e filhos, mas também pode ocorrer com quaisquer indivíduos que tenham uma relação próxima, muitas vezes, mas não exclusivamente, causada por um confinamento, ou ambientes com pouca influência do exterior. O diagnóstico é feito por um psiquiatra através da observação dos sintomas apresentados pelos dois indivíduos e da análise da sua convivência, já o tratamento consiste basicamente em separar as duas pessoas e realizar tratamentos relativos ao transtorno, geralmente mais intensamente no indutor primário”, explica.

Os críticos de cinema do portal Resenhando.com assistem as estreias dos filmes no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, Gonzaga, em Santos, no litoral de São Paulo. Confira os dias, horários e sinopses dos filmes para você ficar por dentro de tudo o que acontece no mundo do cinema. Programação do Cineflix em outras localidades neste link ou no app Cineflix.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

.: "A Vida Futura": Machado de Assis e José de Alencar no mundo de hoje


Como reagiriam os cânones da literatura brasileira Machado de Assis e José de Alencar se pudessem viver entre as pessoas de hoje, na época do politicamente correto, das reparações históricas e, também, da hipocrisia? Na pena inigualável de Sérgio Rodrigues, os romancistas voltam à vida em pleno século XXI em um romance único, erudito, inventivo e repleto de humor ácido. 

No livro "A Vida Futura", lançado pela Companhia das Letras, ao saber que seus livros seriam reescritos para alcançar mais leitores, os autores abandonam o Olimpo e desembarcam no Rio de Janeiro de 2020 para impedir que intelectuais do século XXI reescrevam suas obras com palavras mais acessíveis ao grande público.

Ao chegarem ao Rio de 2020, em plena pandemia, encontraram um cenário completamente diferente daquele que haviam deixado há mais de século. Não-binários, traficantes, influenciadores digitais, youtubers, coaches, milicianos... Perfis capazes de deixar o narrador do livro - Machado de Assis, o Bruxo do Cosme Velho - completamente perplexo.

Nesse mundo do futuro para eles e presente para os leitores, ambos conhecem uma jovem estudante tão enigmática quanto apaixonante e se veem às voltas com os debates identitários contemporâneos. Os renomados escritores atuam como uma dupla cômica de dar inveja a Stan Laurel e Oliver Hardy ("O Gordo e o Magro", no Brasil) neste livro curto, poderoso e sarcástico.

Aproveitando-se da metalinguagem, o autor reproduz o tom Machadiano em um jeito clássico de escrever. Com capítulos curtos e de rápida leitura, é uma comédia em prosa protagonizada e narrada por Joaquim Maria Machado de Assis, contando com a honrosa colaboração de ninguém menos do que José de Alencar. Quando, em pleno no século XXI, na nuvem onde residem, os dois finados escritores descobrem que suas obras serão reescritas para torná-las mais acessíveis para quem tropeça no vocabulário oitocentista, ou sente-se constrangido com as opiniões retrógradas e até preconceituosas da dupla, eles resolvem descer ao Rio de Janeiro a fim de puxar o pé da professora universitária Stella McGuffin Vieira, responsável pelo tal projeto subsidiado por verbas públicas.

Ambos encontram dificuldade com a linguagem neutra e o jargão identitário. O Bruxo do Cosme Velho, inclusive, começa a refletir sobre a própria negritude e até se encanta por Mar, uma personagem não binária e negra. O novo romance de Sergio Rodrigues soa, a cada página, como um convite para a contradição, para o questionamento, para a reflexão sobre o quanto a realidade em que estamos inseridos é provisória. Compre o livro"A Vida Futura" neste link.

O que disseram sobre o livro
"Muito doudo o livro do Sérgio. Devorei, gostei demais." — Chico Buarque

"Saio deliciada da leitura de 'A Vida Futura', transportada pela linguagem a algum lugar muito especial — que é nosso de direito mas poucas vezes temos a oportunidade de visitar. Uma jogada de craque. Na torcida, autores e leitores de nossa língua agradecem." — Ana Maria Machado

"Um romance único, divorciado de tudo quanto se anda produzindo e, ao mesmo tempo, engajadíssimo no embate e na interpretação desse Brasil 'dos vivos, dos moribundos, dos mortos-vivos, dos vivíssimos'. […] Uma pérola maior que o nosso tempo.". — Caetano Galindo


Sobre o Autor
Sérgio Rodrigues
nasceu em 1962. Mineiro que adotou o Rio de Janeiro, lançou, entre outros, os romances "O Drible" (livro do ano de 2013 no prêmio Portugal Telecom, atual Oceanos) e "Elza, a Garota", além dos livros de contos "O Homem que Matou o Escritor" e "A Visita de João Gilberto aos Novos Baianos", do almanaque "Viva a Língua Brasileira!" e, como organizador, da antologia "Cartas Brasileiras" ― todos publicados pela Companhia das Letras. Tem livros editados na França, em Portugal, na Espanha e nos Estados Unidos. Mantém uma coluna sobre língua e linguagem na Folha de S.Paulo. Garanta o seu exemplar de "A Vida Futura" neste link.


.: Teatro Eva Herz: Martha Nowill volta com "Pagú - Até Onde Chega a Sonda"


Com direção de Elias Andreato, a dramaturgia, assinada por Martha, foi escrita a partir de um manuscrito inédito que Pagú produziu enquanto estava presa. Duas mulheres, uma em 1939 na Casa de detenção, outra mãe de gêmeos em plena pandemia, contam suas histórias. A reestreia é dia 08 de março, Dia Internacional da Mulher. Foto: Rodrigo Chueri

Um manuscrito, ainda inédito, deixado pela escritora, poeta, feminista, desenhista, jornalista e militante Patrícia Rehder Galvão (1910-1962) é o ponto de partida para "Pagú - Até Onde Chega a Sonda". O espetáculo tem direção de Elias Andreato e atuação de Martha Nowill - que também assina o texto.  A peça estreou no final de 2022 no Sesc Pompeia e agora retorna para uma nova temporada entre os dias 8 de março e 27 de abril, no Teatro Eva Herz, com apresentações às quartas e quintas, às 20h.


A história desta história
Em maio de 2018, a atriz e escritora Martha Nowill conheceu Rafael Moraes, um colecionador de arte, que lhe apresentou um manuscrito inédito de Patricia Rehder Galvão, a Pagú, escrito na casa de detenção em 1939, durante a ditadura de Getúlio Vargas. Rafael havia comprado o manuscrito e outros objetos pertencentes à artista, de um leiloeiro, 20 anos antes.

Martha Nowill viu ali potencial para a realização de um espetáculo, mas havia dificuldade em transformar o texto de Pagú, tão denso, poético e pouco narrativo, em teatro. Ela se associou à produtora Dani Angelotti e juntas, o projeto começou a ganhar forma. Martha então desenvolveu uma escrita biográfica, na qual ela, mãe de gêmeos nascidos na pandemia, se mistura com Pagú e seu manuscrito. Desse processo surgiu a dramaturgia, que traz trechos do manuscrito original de Pagú, entrecortados por relatos pessoais, resultando em um encontro improvável e cheio de pontos de diálogo entre mundos separados por mais de 60 anos. 

Elias Andreato chegou ao processo para que com sua cuidadosa direção, e extensa experiência com solos, conduzisse a encenação.  Em cena, os dois femininos dividem e se misturam no espaço, o da atriz e o de Pagú. As personagens compartilham temas como o machismo, a maternidade, o feminismo, angústias, alegrias e processos criativos. Dentro destes temas, Martha desenha com humor em seus relatos pessoais e com um olhar sarcástico uma “lente de aumento” para os fatos cotidianos que ainda carregam heranças do patriarcado.


Alguns trechos do espetáculo:

"É muito ruim, depois que eu fui mãe, eu esqueço. Eu leio as coisas e esqueço. Eu leio, eu entendo. Falo: nossa, que legal isso, que coisa importante que eu acabei de ler. Depois eu esqueço. Eu queria que minha vida tivesse aquele previously das séries, que algumas têm, sabe? Que toda vez que você vai começar um novo capítulo, ele te dá um mini resumo de tudo o que aconteceu antes? Eu estou precisando de um previously porque, nossa, eu não lembro de nada." Trecho da dramaturgia escrito por Martha.


“Como subtrair desta avalanche que é o meu mundo, algo coerente, direitinho, com sequência. As ideias me escapam, escorrem dos meus dedos, elas ultrapassam a própria capacidade. Tudo é tão rápido que deve haver coincidência no tempo ou não deve haver tempo. No mesmo instante penso de diversas formas e sinto de diversos modos.”
Trecho do manuscrito original de Pagú.


Um pouquinho sobre Pagú
Jornalista, feminista, artista, escritora e desenhista, Patrícia Rehder Galvão (1910-1962) nasceu em uma família burguesa paulista, mas depois, seguindo as orientações do Partido Comunista se proletarizou e foi viver em Santos e no Rio de Janeiro. Dedicou boa parte de sua vida à militância política em Santos, São Paulo, Rio de Janeiro, além de ter viajado o mundo. Desde bem cedo, ela questionava os padrões patriarcais. 

Pagú, apelido dado pelo poeta Raul Bopp, começou a escrever críticas contra o governo ainda na adolescência, aos 15 anos, quando se tornou colaboradora do Brás Jornal e assinava uma coluna sob o pseudônimo de Patsy. Sua estreia artística aconteceu em 1929, ao publicar seus desenhos politizados nas páginas da “Revista da Antropofagia”.

Apesar de Pagú só possuir 12 anos quando aconteceu a Semana de Arte Moderna, ela é considerada uma das grandes forças do Movimento Antropofágico – seu envolvimento começou sob a influência de Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral. Junto com Oswald, ela entrou para o Partido Comunista Brasileiro em 1931, quando foi presa pela primeira vez (ela foi presa mais de 20 vezes ao longo de sua vida). Ela e Oswald tiveram um filho, Rudá. 

A autora fez importantes contribuições para o movimento feminista. No tabloide “O Homem do Povo”, por exemplo, questionava o papel da mulher na sociedade por meio de suas ilustrações. E no livro “Parque Industrial” (1933), denuncia mulheres exploradas por sua condição de gênero. 

Publicou ainda o livro “A Famosa Revista” (1945), em colaboração com Geraldo Ferraz (com quem também teve um filho), e sua autobiografia “Paixão Pagu: A Autobiografia Precoce de Patrícia Galvão”, lançada em 2005 a partir de um texto até então inédito escrito em 1940. E “Safra Macabra”, uma coletânea de seus contos policiais escritos para a revista “Detective” em 1944, sob o pseudônimo de King Shelter, foi publicada em 1998.


Ficha técnica
"Pagú - Até Onde Chega a Sonda"
Dramaturgia:
Martha Nowill a partir do manuscrito de Patricia Galvão
Direção: Elias Andreato
Com: Martha Nowill
Cenografia: Marina Quintanilha
Trilha sonora: Ed Côrtes
Iluminação:
Elias Andreato e Junior Docini
Preparador corporal: Roberto Alencar
Figurino: Marichilene Artisevskis
Colaboração dramaturgia - escrita na cena: Isabel Teixeira
Assistente de direção e fotografia: Rodrigo Chueri
Coordenação técnica e operação: Junior Docini
Preparação vocal: Lucia Gayotto
Visagismo: Louise Helene
Designer: Luciano Angelotti
Produção executiva: Taynã Marquezone
Assessoria de imprensa: Pombo Correio – Helô Cintra e Douglas Picchetti
Operação: Henrique Sanchez
Direção de produção: Dani Angelotti
Idealização: Martha Nowill
Realização: Mil Folhas e Cubo Produções


Serviço
"Pagú - Até Onde Chega a Sonda"
Temporada:
8 de março a 27 de abril, às quartas e quintas-feiras, às 20h
Teatro Eva Herz - Livraria Cultura do Conjunto Nacional - Avenida Paulista, 2073 - Bela Vista
Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia-entrada)
Vendas on-line em https://bileto.sympla.com.br/event/80277
Classificação: 14 anos
Duração:
70 minutos
Acessibilidade: Local acessível para cadeirantes. 
@a_sonda_da_pagu

.: Livro de poemas da editora Global mostra Rubem Braga além das crônicas


Rubem Braga se consagrou como cronista, mas teve uma vida repleta de poesia. Na nova edição do "Livro de Versos", lançamento da Global Editora, o leitor irá conhecer o lado poeta desse grande autor da literatura brasileira. Para celebrar os 110 anos do escritor brasileiro, a obra ganha nova edição.


Considerado o maior cronista brasileiro, Rubem Braga também tem história na arte de versejar. A poética do autor está expressa no "Livro de Versos", que foi publicado pela primeira vez em 1980 e ganha reedição pela Global Editora. A obra é um convite ao leitor para desfrutar a poesia deste escritor que marcou a literatura brasileira.

Segundo Affonso Romano de Sant´Anna, que assina o prefácio também desta edição, o livro é para aqueles que já conhecem o “o velho Braga”, como ele mesmo o chama, mas também para pessoas que querem conhecer um pouco mais sobre o seu estilo e visão.

Por meio de poemas repletos de lirismo e “singela epifania”, os versos mostram uma compreensão profunda sobre o ser humano, sempre com uma postura que é, claramente, extraída da essência de Rubem Braga.

 A nova edição da Global conta com um projeto gráfico que completa a experiência dos versos, dando vida às palavras de Rubem Braga. Além disso, o livro celebra e dá voz a todos aqueles mestres que um dia se dedicaram à poesia. Afinal, o autor conviveu com nomes como Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Mário Quintana, Vinicius de Moraes, entre outros. Compre o livro "Livro de Versos" neste link.


Sobre o autor
Rubem Braga
nasceu em Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo, em 1913. Morou em diversas capitais brasileiras e viajou a vários países por conta de seu ofício, cobrindo eventos de guerra, ou simplesmente pelo gosto de viajar. Começou no jornalismo aos 15 anos, escrevendo reportagens e crônicas para o jornal dos irmãos, e aos 18, já assinava páginas de dois jornais de Minas Gerais. Com 19 anos, cobriu a Revolução de 32.

Mais desempenhando funções oficiais do governo brasileiro, em Santiago do Chile e no Marrocos. As andanças, porém, eram também um pretexto para voltar ao Rio de Janeiro, cidade de sua eleição, e à sua casa, aberta sempre aos amigos e espaço para suas lembranças e plantas. Faleceu em 19 de dezembro de 1990 e suas cinzas foram jogadas no rio Itapemirim. Garanta o seu exemplar de "Livro de Versos" neste link.

.: Cia. Dos à Deux estreia "Enquanto Você Voava, Eu Criava Raízes"


Em 2023, a companhia nascida na França, hoje com sede no Rio de Janeiro, celebra 25 anos de trajetória. Neste espetáculo, indicado em diversas categorias ao Prêmio Shell e ao Prêmio Cesgranrio de Teatro, a partitura de corpos traça uma jornada interna de conhecimento e dor. 
Em cena, André Curti e Artur Luanda Ribeiro criam narrativas visuais e ilusões por meio da fisicalidade e da virtuosidade. Foto: Renato Mangolin

A Cia Dos à Deux, de teatro gestual, já arrebatou plateias em mais de 50 países, com apresentações pela Europa, África Central, Ásia, Polinésia Francesa, Emirados Árabes e América do Sul. O repertório é formado por 11 espetáculos. André Curti e Artur Luanda Ribeiro iniciaram há 25 anos, em um encontro na França, um percurso particular entre as artes cênicas brasileiras. 

Em 1998, o primeiro espetáculo criado em parceria, inspirado na obra "Esperando Godot", de Samuel Beckett, Dos à Deux, que mais tarde deu nome à companhia, apontou um modo de pesquisa teatral e coreográfica característica até hoje dos dois artistas: precisão dos gestos em diálogo afinado com os recursos visuais e grande imaginação cênica. 

O mais recente espetáculo da dupla, "Enquanto Você Voava, Eu Criava Raízes", traz esse arranjo para tratar o medo como um propulsor, um sentimento, uma sensação que nos paralisa, mas também nos lança para outros caminhos. Com realização do Sesc SP, pela primeira vez na cidade, o trabalho faz temporada no Sesc Santo Amaro, de 3 de março a 2 de abril de 2023, de sexta a domingo. 

O espetáculo estreou no Rio de Janeiro em 2022 e cumpriu três temporadas de sucesso na cidade (Teatro Oi Futuro, Teatro Firjan SESI Centro e no Centro Cultural Sérgio Porto), com todas as sessões esgotadas. Em 2023, a peça foi indicada aos prêmios Shell e Cesgranrio: no primeiro, nas categorias melhor iluminação, cenário e figurino; neste último, além de iluminação e cenário, somou as indicações de melhor espetáculo, direção e música. 

Sem uma dramaturgia linear, "Enquanto Você Voava, Eu Criava Raízes" tem diversas cenas, que se completam e transitam entre o onírico e a realidade. O corpo é o guia da partitura e a fonte de leitura do trabalho. Por ele, mergulhamos nessa pesquisa da dupla de artistas sobre esse tema que acompanha o ser humano ao longo de sua vida, o medo e sua transformação.

Como nos outros trabalhos, a linguagem gestual é criada a partir do tema abordado pelos dois. “Para mim, nesse espetáculo, ficamos na beira do abismo desde o início”, diz André. “São os abismos que temos dentro de nós, essa sensação de vazio permanente, de que há algo dentro se abrindo e um outro eu está caindo dentro da gente”, completa Artur.

A narrativa visual acontece na relação precisa entre imagens, fisicalidade e virtuosidade. Na cena, dois corpos que se fundem e se perdem. Nos estranhamos tanto a ponto de nos perdermos no próprio reconhecimento? As imagens dos corpos são marcados pela dor e pesar, mas ainda assim há um caminhar, seguir em frente. Uma tela se interpõe entre plateia e artistas e cria o ilusionismo: corpos se fundem, se prolongam, ficam em partes ou menores; equilibram-se no ar ou entre si. 

É um espetáculo sensorial e nos toca ao tratar de múltiplos medos “espaços íntimos de sensações”, como disseram os criadores. Na sequência de cenas, alguém parte e outro fica. Dois pontos que se completam como processo de conhecimento. Um corpo que se levanta e é cuidado para prosseguir. As imagens projetadas, criadas pelo diretor de fotografia Miguel Vassy e pela artista plástica Laura Fragoso, dialogam com a dramaturgia, assim como a música original criada por Federico Puppi, que ajuda a criar diversos climas ao longo do espetáculo.

Os dois artistas André Curti e Artur Luanda Ribeiro são responsáveis pela dramaturgia, cenografia, coreografia, direção e performance. Nos 25 anos de trajetória e parceria, com grande reconhecimento e trânsito internacional e nacional, os dois costumam dizer que, para além do teatro gestual, como a companhia é caracterizada, são bougeurs de théâtre (algo como "movedores do teatro"). Essa dança gestual em cena, elaborada a partir de temas de seus espetáculos, lança o público na magia do teatro.

Cia. Dos À Deux
Há 25 anos, André Curti e Artur Luanda Ribeiro se conheceram durante um festival em Paris e decidiram começar uma pesquisa teatral e coreográfica, tendo como inspiração a obra "Esperando Godot", de Samuel Beckett. Em 1998, nasceu o primeiro trabalho, Dos à Deux, peça que deu nome à companhia. No Festival de Avignon, com esse primeiro trabalho, os dois então jovens criadores tiveram um imediato reconhecimento da crítica e dos curadores, lhes impulsionando pelas estradas de todos os países da Europa, além da África, América do Sul, Coreia do Sul e na Índia. 

A premiada companhia franco-brasileira de teatro gestual arrebatou plateias em mais de 50 países, com mais de 3 mil apresentações por toda a Europa, África Central, Ásia, Polinésia Francesa, Emirados Árabes e América do Sul. O repertório é formado por 11 espetáculos: "Dos à Deux" (1998), "Je Suis Bien Moi" (2000), "Fulyo" (2000), "Aux Pieds de la Lettre" (2002), "Saudade em Terras D’Água" (2005), "Fragmentos do Desejo" (2009), "Ausência" (solo com Luís Melo, de 2012), "Dos à Deux - 2º Ato" (2013), "Irmãos de Sangue" (2013), "Gritos" (2016) e "Enquanto Você Voava, Eu Criava Raízes" (2022). Em 2021, sete espetáculos da companhia foram exibidos na mostra on-line “Dos à Deux - A Singularidade de Uma Trajetória”.


Espaço Cultural
Depois de mais de duas décadas instalada na França, em 2015, a Cia. Dos à Deux retornou ao Brasil para criar seu espaço cultural. Artur e André reformaram um antigo cortiço construído em 1846, no bairro da Glória, no Rio de Janeiro. Além de abrigar a companhia, o espaço vem se estabelecendo como um local para oficinas e residências artísticas para outros grupos nacionais e internacionais.


Ficha técnica
"Enquanto Você Voava, Eu Criava Raízes"
Direção, dramaturgia, coreografia, cenografia e performance:
André Curti e Artur Luanda Ribeiro.
Música original: Federico Puppi.
Iluminação: Artur Luanda Ribeiro.
Cenotecnia: Jessé Natan.
Assistentes de cenotecnia: Bruno Oliveira, Eduardo Martins e Rafael do Nascimento.
Criação de objetos: Diirr.
Criação videográfica: Laura Fragoso.
Imagens: Miguel Vassy e Laura Fragoso.
Figurino: Ticiana Passos.
Operação de som e vídeo: Gabriel Reis.
Operação de luz: PH.
Contrarregragem: Iuri Wander.
Preparação/criação percussiva: Chico Santana.
Costura da caixa preta: Cris Benigni e Riso.
Costura dos figurinos: Atelier das Meninas.
Assessoria de imprensa: Canal Aberto.
Mídias sociais: Mariã Braga.
Designer gráfico: Bruno Dante.
Fotos: Nana Moraes e Renato Mangolin.
Coordenação administrativo-financeira: Alex Nunes e Patrícia Basílio.
Direção de produção: Sérgio Saboya e Silvio Batistela - Galharufa Produções.
Realização: Cia Dos à Deux.


Serviço
"Enquanto Você Voava, Eu Criava Raízes"
De 3 de março a 2 de abril de 2023
Sextas, às 21h; sábados, às 20h e domingos, às 18h.
Local:
Sesc Santo Amaro  (Rua Amador Bueno, 505 - Santo Amaro, SP)
Telefone: (11) 5541-4000
Ingressos: R$ 40/ R$ 20/ R$ 12
Capacidade: 279 lugares - *Unidade acessível
Duração: 55 min.
Classificação indicativa: 18 anos.

.: "A Baleia", filme que pode dar o Oscar a Brendan Fraser, estreia nos cinemas


Protagonizado por Brendan Fraser, longa estreia nos cinemas dia 23 de fevereiro com distribuição da Califórnia Filmes

Dirigido por Darren Aronofsky ("Mãe!", "Réquiem Para Um Sonho"), o drama "A Baleia" chega à rede Cineflix cinemas brasileiros na próxima quinta-feira, dia 23 de fevereiro, com distribuição da Califórnia Filmes. No filme, Brendan Fraser interpreta Charlie, um professor de 270 quilos, que não consegue sair do sofá, e repleto de problemas emocionais. No Festival de Veneza, em setembro passado, ele também recebeu quase 10 minutos de aplausos na sessão de gala do longa, e o ator é um dos mais cotados para o Oscar.

Fraser se transformou fisicamente para viver o personagem: um homem com obesidade severa que não consegue sair do sofá. Professor de literatura, ele precisa se confrontar com seu passado, que envolve uma filha adolescente (Sadie Sink) e sua ex-mulher (Samantha Morton). O roteiro é escrito por Samuel D. Hunter, baseado em sua peça homônima.

“O que eu gosto sobre 'A Baleia' é como nos convida a ver a humanidade dos personagens, que não são totalmente bons ou maus, eles têm nuances como qualquer pessoa, e vivem vidas muito ricas”, conta Aronofsky, que se interessou em adaptar a peça desde que a viu, mais de dez anos atrás. Fraser, por sua vez, conta que teve uma entrega total ao personagem, como nunca fizera antes, para mostrar toda a força e vulnerabilidade de Charlie. “Ele tem uma melancolia que o paralisa que vem do fato de nunca poder ter sido a pessoa que queria ser. Ele carrega muitos sentimentos de culpa”, explica o ator.

Fraser também defende o personagem, que, para ele, não é mesquinho ou calculista, mas vítima de suas próprias escolhas. “Charlie feriu as pessoas por não ser direto, não ser autêntico, e agora vive uma batalha consigo mesmo. Ele deixou de lado de acertar as contas com as pessoas que amava, e agora pode ser tarde demais para fazer isso. Quando diz aos seus alunos que precisam encontrar uma maneira de dizer a verdade, no fundo, ele está falando isso para si mesmo”.

Aronofsky confessa que sempre esteve próximo de Fraser durante todo o processo, a fim do proteger, pois sabia que, ao entrar no personagem, o ator também ficaria muito fragilizado emocionalmente. “Há uma espécie de casamento entre o poder das palavras do roteiro e a coragem da interpretação de Brendan. Conversamos muito sobre como queríamos aproximar, mas também afastar o público do personagem”.

“Preconceito contra obesidade é uma das últimas fronteiras das maneiras de uma pessoa menosprezar a outra. Muitas vezes, as pessoas do tamanho de Charlie são invisíveis, vistas apenas por suas famílias e cuidadores. É uma forma de silenciamento. Conversando com essas pessoas, percebi que, como qualquer um, elas querem ter suas histórias contadas, e serem tratadas de maneira justa e honesta. Isso tudo foi um impulso para me levar à autenticidade do personagem”, conclui Fraser.

A equipe artística de "A Baleia" inclui também o diretor de fotografia Matthew Libatique ("Cisne Negro", "Homem de Ferro 2"); o compositor Rob Simonsen ("Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo"); o montador Andrew Weisblum ("A Crônica Francesa"); a diretora de arte Jurasama Arunchai ("Amor Sublime Amor"); e o figurinista Danny Glicker ("Milk: A Voz da Igualdade").

Os críticos de cinema do portal Resenhando.com assistem as estreias dos filmes no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, Gonzaga, em Santos, no litoral de São Paulo. Confira os dias, horários e sinopses dos filmes para você ficar por dentro de tudo o que acontece no mundo do cinema. Programação do Cineflix em outras localidades neste link ou no app Cineflix.

"A Baleia" - Trailer legendado

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

.: Gramado: Parque Mini Mundo é entretenimento para toda a família

"Mini Mundo" é um parque cheio de atrações para todas as idades. Foto: Mary Ellen Farias dos Santos 


Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em fevereiro de 2023


A protagonista de "Alice no País das Maravilhas" toma chá na varanda da casa de alguém, quando a turma de "Stranger Things" testemunha Max levitando em Hawkins ou ainda Jack e Rose de "Titanic" estão na proa de um navio na pose eternizada no clássico filme de James Cameron que completou 25 anos. Essas são somente algumas das cenas que podem ser encontradas pelos visitantes no Parque Mini Mundo, em Gramado.

Personagens do seriado "Stranger Things". Foto: Mary Ellen Farias dos Santos 

O vasto local habitado por moradores com o tamanho 24 vezes menor que o real, somando 3.268 mini personagens, é extremamente instigante para quem tem veia de detetive e gosta de enigmas inusitados. Não somente por, de repente, se deparar com "The Beatles" atravessando a rua, o "Homem-Aranha" atuando em três versões, a rainha Elizabeth com seus Corgis no Jardim Botânico de Curitiba e "Dumbledore" com a Fênix esperando por "Harry Potter", mas por ainda descobrir que está acontecendo um incêndio na pensão da Dona Aparecida Boló deixando para os bombeiros a responsabilidade de salvar o total de vinte gatinhos de estimação. São muitas e muitas situações criadas para construções detalhadas ao extremo.

O multiverso reúne três "Homem-Aranha" para o público do "Mini Mundo"Foto: Mary Ellen Farias dos Santos 

O parque brasileiro que enche os olhos dos visitantes, convida a ser desbravado, seja pelas indicações das "mãozinhas numeradas que apontam" ou por trazer no "Jornal do Mini Mundo" as notícias do local nos mínimos detalhes. Logo, a agitação da mini população vira um desafio para encontrar a resposta corretíssima de uma sequência de cenas e ainda garantir um mimo especial do "Mini Mundo" para levar para casa. 

As linhas férreas funcionam, assim como os bondinhos sobem e descem. Foto: Mary Ellen Farias dos Santos 

Caso queira mais comodidade e aquela ajudinha, há visitas guiadas em horários determinados, o que facilita muito a conhecer tantas miudezas expostas em cenários impecáveis e fieis a escala de 1/24, com ferrovias que funcionam e um bondinho que sobe e desce. Vale muito assistir com moradores um pouquinho de televisão dentro de uma casinha, conferir a mulher sendo levada por cachorros, o cavalo que caiu na piscina de um clube e está sendo resgatado ou ainda ver os amados personagens do "Chaves" numa pracinha.

A turma do "Chaves" reunida na pracinha. Isso! Isso! Foto: Mary Ellen Farias dos Santos 

Totalizando 5.370m², pelos corredores do parque de 40 anos, ainda transitam personagens como os ursinhos, Ana e Gui, a princesa Rafa, a bruxinha Ju e o Limpador de chaminés, espalhando alegria e encantando os visitantes de todas as idades. Dentro do parque Mini Mundo há ainda um parquinho com atrações para os pequenos, incluindo a primeira casinha de bonecas criada pelo alemão Otto Höppner, além de  uma casinha num bule ou uma moderna lanchonete com diversas opções em comidas e bebidas, além de uma loja de lembrancinhas, com chaveiros lindos dos personagens da parque, por exemplo. 

Ursinha Ana encantando visitantes no "Mini Mundo". Foto: Mary Ellen Farias dos Santos 

Localizado perto do centro de Gramado, o Parque Mini Mundo é uma visita indispensável e inesquecível. Planeje a sua ida, pois o parque é ao ar livre, logo funciona normalmente em dias de muito Sol, portanto use protetor solar. E nos dias de chuva também, portanto, leve o guarda-chuva. Divirta-se muito com a família!

O "Mini Mundo" é gigante de tantos detalhes mínimos. Foto: Mary Ellen Farias dos Santos 


Parque Mini Mundo

Endereço: Rua Horácio Cardoso, 291 - Planalto, Gramado.

Horário: 9h às 17h

Bule por fora, casinha por dentro e parquinho para pequenos. Foto: Mary Ellen Farias dos Santos 


*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura, licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos e formada em Pedagogia pela Universidade Cruzeiro do Sul. Twitter: @maryellenfsm

.: "Happycracia", um livro em prol direito ao mau humor e à antipatia no trabalho


Na França, a Suprema Corte decidiu que as pessoas têm  o direito de não ser engraçadas no trabalho. No fim de 2022, a Suprema Corte francesa finalmente julgou o caso de um homem que havia sido demitido em 2015 por "incompetência profissional". Seu pecado foi não participar das atividades de recreação da empresa. Segundo o funcionário, as atividades propostas não tinham relação com o trabalho. 

Segundo os empregadores, as dinâmicas de grupo e festas promovidas pela empresa visavam fortalecer os laços da equipe, afinal, "aqui somos uma família". Como demonstram Eva Illouz e Edgar Cabanas em "Happycracia - Fabricando Cidadãos Felizes", a cultura da felicidade e da positividade a qualquer preço tem relação direta com a exploração neoliberal.

O homem que foi demitido se recusava a participar por razões pessoais. Ele argumentou que essas atividades envolviam "práticas intrusivas e humilhantes", como piadas de cunho sexual, apelidos inconvenientes e a obrigação de dividir sua cama com um colega durante viagens de trabalho. 

No livro, que propõe uma análise provocativa, o psicólogo Edgar Cabanas e a socióloga Eva Illouz traçam a gênese e o desenvolvimento do campo da "psicologia positiva", responsável pela ideia de que a felicidade é o maior objetivo da vida e que basta força de vontade para alcançá-lo. Os autores revelam a ideologia por trás do sucesso financeiro e midiático dessa tendência pseudocientífica. Compre o livro "Happycracia - Fabricando Cidadãos Felizes" neste link.


.: Streaming gratuito: filmes “O Último País” e “Piaf - Um Hino ao Amor”

Lançada pelo CineSesc em junho de 2020, a série Cinema #EmCasaComSesc já exibiu gratuitamente mais de mil títulos, entre longas e curtas-metragens, nacionais e estrangeiros, recebeu mostras e festivais e já levou 12 milhões de visitas à plataforma Sesc Digital. Nesta quinta-feira, 23 de fevereiro, estreia três novos filmes na plataforma Sesc Digital: “78/52: A Cena do Chuveiro de Hitchock”, “Alice Guy-Blaché: A História Não Contada da Primeira Cineasta do Mundo” e “O Último País”.

No dia 24 de fevereiro, estreia Especial Festival de Berlim, com quatro novas estreias: “Em Trânsito”, que estreou no Festival em 2018; “Verão 1993”, em 2017;” O Desejo da Minha Alma” em 2014 e “Piaf – Um Hino ao Amor”, em 2007. Segue a programação da Semana no Cinema #EmCasaComSesc. Os filmes ficam disponíveis por 30 dias e podem ser vistos pelo site www.sescsp.org.br/cinemaemcasa. Gratuito

Programação de  23 de fevereiro a 1° de março


"78/52: A Cena do Chuveiro de Hitchcock"
Direção: Alexandre O. Philippe | EUA | 2017 | 91 min | Documentário | 12 anos
Um olhar sem precedentes sobre a icônica cena de assassinato no banheiro, no clássico Psicose (1960) de Alfred Hitchcock. Uma cena que mudou o curso da história do cinema moderno. Nesse documentário o diretor Alexandre O. Philippe (o mesmo do recém lançado LYNCH/OZ, exibido no Festival do Rio), investiga minuciosamente como Hitchcock criou esse momento marcante do cinema. O título do filme refere-se aos 78 planos de câmera e aos 52 cortes da cena, que dura três minutos. Disponível até 23/8/2023.

"Alice Guy-Blaché: A História Não Contada da Primeira Cineasta do Mundo"
Direção: Pamela B. Green | EUA | 2018 | 103 min | Documentário | 10 anos
Quando Alice Guy-Blaché terminou seu primeiro filme em 1896, em Paris, ela não era apenas a primeira cineasta mulher, mas também um dos primeiros diretores de cinema a fazer um filme narrado. Be Natural segue sua trajetória, desde secretária na Gaumont até sua indicação como Diretora de Produção em 1897, e sua subsequente carreira de sucesso de 20 anos na França e nos Estados Unidos, como fundadora de seu próprio estúdio, além de roteirista, diretora e/ou produtora de mil filmes - e depois completamente apagada da história. Até agora. Disponível até 23/4/2023.

"O Último País"
Direção: Gretel Marín | Brasil, Cuba, Angola | 2018 | 70 min | Documentário | 10 anos
O que parecia ser uma viagem de regresso ao seu país de origem, num momento de muitas mudanças, acaba sendo uma viagem interior da diretora, cheia de contradições e questionamentos sobre sua identidade cubana. O Último País é um filme-catarse. Disponível até 23/4/2023.


Estreias em 24 de fevereiro - Especial Festival de Berlim


"Em Trânsito"
Direção: Christian Petzold | Alemanha, França | 2018 | 101 min | Ficção | 12 anos
Quando Georg tenta fugir da França após a invasão nazista, ele assume a identidade de um autor falecido cujos documentos ele possui. Preso em Marselha, Georg conhece Marie, uma jovem que está desesperada para encontrar seu marido desaparecido, o mesmo homem que ele assumiu a identidade, e acaba se apaixonando por ela. Baseado no romance de Anna Seghers. Disponível até 24/4/2023.

"Verão 1993" 
Direção: Carla Simón | Espanha | 2017 | 98 min | Ficção | 12 anos 
Espanha, verão de 1993. Após a morte de sua mãe, Frida, de seis anos de idade, se muda de Barcelona para o interior da Catalunha para viver com seus tios, que agora são seus responsáveis legais. Antes do verão acabar, a garota terá que aprender a lidar com suas emoções e se adaptar a sua nova vida com sua nova família. Disponível até 24/4/2023. 

"O Desejo da Minha Alma"
Direção: Masakazu Sugita | Japão | 2014 | 85 min | Ficção | 12 anos
Um forte terremoto atingiu o Japão, destruindo mais do que apenas casas. Os mortos são enterrados e os sobreviventes são deixados entre as ruínas. Após o desastre, Haruna e seu irmão mais novo vão morar com seus tios. Apesar deles serem amorosos e cuidarem bem das crianças, Haruna e seu irmão estão longe da felicidade. Disponível até 24/4/2023. 


"Piaf - Um Hino ao Amor" 

Direção: Olivier Dahan | França, Reino Unido, República Tcheca | 2007 | 140 min | Ficção | 14 anos
Biografia da icônica cantora francesa Édith Piaf (1915-1963). Criada por sua avó em um bordel, ela foi descoberta cantando em uma esquina quando jovem. Apesar de seu sucesso, a vida de Piaf foi repleta de tragédias. Disponível até 24/4/2023. 

Cinesesc
O CineSesc iniciou seu funcionamento em 21 de setembro de 1979, no número 2075 da rua Augusta, em São Paulo, e se dedica à missão de fomentar a difusão do cinema de qualidade, exibindo obras que muitas vezes ficam fora do circuito comercial nas salas de cinema e plataformas online. Sua programação inclui grandes e pequenas produções do mundo todo. Além de realizar e integrar a curadoria de mostras e festivais, o CineSesc também recebe importantes eventos do calendário cinematográfico paulistano, como a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Festival Mix Brasil e o Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo, entre outros. O cuidado com a programação tem reconhecimento do público e da crítica, que o elegeu, por diversas vezes, a melhor sala especial de cinema de São Paulo. 


+ Sesc Digital
A presença digital do Sesc São Paulo vem sendo construída desde 1996, sempre pautada pela distribuição diária de informações sobre seus programas, projetos e atividades e marcada pela experimentação. O propósito de expandir o alcance de suas ações socioculturais vem do interesse institucional pela crescente universalização de seu atendimento, incluindo públicos que não têm contato com as ações presenciais oferecidas nas 40 unidades operacionais espalhadas pelo estado. No ar desde 2020, a plataforma Sesc Digital apresenta gratuitamente ao público conteúdos de diversas linguagens artísticas, como teatro, música, literatura, dança, artes visuais, entre outras. Com curadoria do CineSesc, a programação de cinema oferece ao público, filmes premiados, clássicos e contemporâneos, ficções e documentários, produções brasileiras e de várias partes do mundo. Saiba mais em www.sescsp.org.br/sescdigital

.: “The Show”, terceiro álbum solo album de Niall Horan após três anos

Depois da participação no “Late Late Show With James Corden”, Horan vai aparecer no “Kelly Clarkson Show” em 22 de fevereiro. Ele assume como técnico do programa “The Voice” em 6 de março


 “The Show”, terceiro álbum solo album de Niall Horan, o primeiro desde o campeão de vendas “Heartbreak Weather”, de 2020, vai ser lançado em 9 de junho pela Capitol Records. Com a abertura das pré-vendas do álbum, Horan lançou o single principal, “Heaven” (umusicbrazil.lnk.to/NHHeaven). Ele escreveu a cintilante e arrebatadora canção com John Ryan e Joel Little (também produtores da faixa) e Tobias Jesso Jr. (Adele, Sia) durante uma viagem idílica pelo deserto de Mojave, no sul da Califórnia. Com seu contraste entre sintetizadores e lindas harmonias, “Heaven” é uma desafiadora recusa a se conformar com as regras arbitrárias que a sociedade impõe. 

“Há tanta pressão para que as pessoas atinjam certos marcos na vida até uma certa idade — você se casa em tal idade, compra uma casa até tal idade, tem filhos em outra idade...”, diz Horan. “Mas eu nunca me conformei com essas idéias, por isso queria escrever sobre como todos nós devemos apenas nos concentrar em aproveitar nossas vidas e fazer o que é certo, em vez de nos preocuparmos com o que pode ser esperado de nós.”

Os fãs que fizerem a pré-encomenda de “The Show” em formato digital  –  disponível nas DSPs e na loja de Horan  –  receberão instantaneamente “Heaven”. O CD e LP já estão disponíveis para pré-encomenda.

Horan fará uma visita ao “The Kelly Clarkson Show” na quarta-feira, 22 de fevereiro, e se juntará ao programa “The Voice” como novo treinador na 23ª temporada, que estreia no dia 6 de março na NBC. Ele apareceu na noite passada no “The Late Late Show with James Corden”. Veja a entrevista AQUI. Em 26 de maio, Horan fará sua estreia em festivais, tocando no Boston Calling. Na sequência, ele vai se apresentar em inúmeros outros eventos do gênero mundo afora, incluindo o Pinkpop e o tradicional Isle of Wight.

Ao longo de todo o álbum “The Show”, Horan combina a pura emoção de seu trabalho passado com um novo e poderoso elemento de reflexão e busca da alma. Construído em formato exuberante e radiante de alt-pop, o álbum extrai muito de seu poder hipnotizante do uso de harmonias vocais — um elemento inspirado em Crosby, Stills & Nash, Jackson Browne e outros membros da cena musical dos anos 60/70 no Laurel Canyon da Califórnia. 

Horan já vendeu mais de 80 milhões de discos e rodou o mundo várias vezes como parte do icônico grupo One Direction. Sua estreia solo, “Flicker”, entrou em primeiro lugar parada Billboard 200 em outubro de 2017, puxado pelos singles “Slow Hands” (tripla platina, segundo certificado da RIAA) e “This Town” (dupla platina). O álbum alcançou o top 10 em 20 países. Com streams globais totalizando mais de oito bilhões, “Flicker” foi disco de platina em cinco países (incluindo os EUA) e disco de ouro em mais sete países.

Em 2020, veio o segundo álbum, “Heartbreak Weather”, que alcançou o topo da parada oficial de álbuns do Reino Unido e também a parada de álbuns da Billboard. “Rolling Stone”, NPR e o site da revista “American Songwriter” publicaram críticas entusiasmadas sobre o disco.

Agora, ele entra em uma nova era em sua carreira com “The Show”, um conjunto de composições inspirado por sua missão de consolar e conectar uma comunidade global de fãs fervorosos.

Niall Horan Crédito da foto: Zackery Michael

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