domingo, 27 de agosto de 2023

.: "Eu de Você" volta a SP em temporada até 1° de outubro no Teatro TUCA


"Eu de Você" volta a São Paulo para uma nova temporada de 18 de agosto a 1° de outubro no Teatro TUCA. No espetáculo, o humor cotidiano leva o público a rir das situações corriqueiras. A gargalhada costuma ser uma arma poderosa que consegue ampliar a consciência, a sabedoria e trazer uma reflexão. 

Embora seja um solo, a atriz estará acompanhada de personagens inspirados em histórias reais: Fátima, Bruno, Clarice, Wagner, além de diversos artistas de grande reconhecimento, tecendo um bordado de vida e arte. “Costumo dizer que a arte ajuda a gente a viver, que quem lê Dostoievski Fernando Pessoa, no mínimo, vai sofrer mais bonito. Porque sofrerá com companhia, sofrerá com a cumplicidade dos poetas. Entenderá que fazemos parte de algo maior, que pertencemos à roda da humanidade, seus dilemas eternos e sua fatídica imperfeição”, comenta Denise Fraga sobre a obra.

"Não há melhor espelho do que o outro. Sabemos quem somos a partir do que reverberamos. É urgente ver o outro, olhar pelo olhar do outro, ser eu de você. O que seria de nós se pudéssemos ser eu de você e você de mim, deixando-nos ambos atravessar por nossas experiências?". Esta é a temática do novo espetáculo de Denise Fraga, "Eu de Você", que estreou em setembro de 2019 no Theatro São Pedro, em Porto Alegre, cumpriu temporada em São Paulo, Belo Horizonte e Campinas e teve a turnê interrompida pela pandemia da covid-19. Em 2022 o espetáculo retomou sua turnê e foi realizado em 14 cidades do país, entre elas Brasília, Curitiba e Rio de Janeiro.

"Eu de Você" conta com o cineasta, roteirista, criador e diretor Luiz Villaça. A diretora de arte Simone Mina, multiartista, professora, figurinista, artista plástica, cenógrafa, premiada por importantes parcerias na cena teatral também faz parte deste time que tem ainda Rafael Gomes, criador, roteirista, dramaturgo, diretor de teatro e de cinema, responsável por montagens teatrais de reconhecimento nacional e a pesquisadora, encenadora e pedagoga no campo da dança e do teatro Kenia Dias que desenvolve trabalhos com a corporalidade, teatralidade e composição como diretrizes, com o foco nas dinâmicas do movimento e suas relações com a improvisação. Para completar o quadro de profissionais das artes, Fernanda Maia, musicista, diretora musical, extraordinária na composição de vozes para diversos espetáculos.

A empresa Nia Teatro, de Denise Fraga, há mais de dez anos apresenta espetáculos em periferias até em grandes centros urbanos. Neste período, foram mais de 700 mil espectadores, o que revela a força do teatro no país.

“O desafio deste espetáculo é o de ressignificar nossa obra nesses tempos de pandemia, voltar a promover os encontros, com afeto e segurança. Contando histórias reais, rompendo a fronteira entre palco e plateia, fato e ficção, pedaços de vida embalados pela arte, pretendendo ampliar o nosso Teatro para uma real experiência de empatia”, conclui Denise, que canta mais de dez canções do espetáculo, entre elas: "O Cordão" (Chico Buarque), "Suspicious Minds" (Elvis Presley) e "Yolanda" (Chico Buarque e Pablo Milanez).


Denise Fraga, sobre "Eu de Você
Idealizado e criado pela atriz Denise Fraga, o produtor José Maria e o diretor Luiz Villaça, "Eu de Você" mostra histórias reais, costuradas com pérolas da literatura, música, imagens e poesia. “Que seria de nós sem os poetas? E o que seria deles sem a vida comum? É dessa mistura que surge a ideia de nosso 'Eu de Você'. O que tem em comum a Cris, o Paulo Leminski e o Zezé di Camargo? Tchekhov, eu e Francisco? Pelo que a avó do Felipe estava chorando enquanto os Beatles compunham mais uma canção? O que fará o Wagner quando ouvir o que Chico Buarque fez com o seu também coração partido? Costumo dizer que a arte ajuda a gente a viver, que quem lê Dostoievski e Fernando Pessoa, no mínimo, vai sofrer mais bonito. Porque sofrerá com companhia, sofrerá com a cumplicidade dos poetas. Entenderá que fazemos parte de algo maior, que pertencemos à roda da humanidade, seus dilemas eternos e sua fatídica imperfeição”, ressalta Denise Fraga.

O espetáculo é livremente inspirado nas narrativas de Akio Alex Missaka, Anas Obaid, Barbara Heckler, Bruno Favaro Martins, Clarice F. Vasconcelos, Cristiane Aparecida dos Santos Ferreira, Deise de Assis, Denise Miranda , Eliana Cristina dos Santos, Enzo Rodrigues, Érico Medeiros Jacobina Aires, Fátima Jinnyat, Felipe Aquino, Fernanda Pittelkow, Francisco Thiago Cavalcanti, Gláucia Faria, José Luiz Tavares, Julio Hernandes, Karina Cárdenas, Liliana Patrícia Pataquiva Barriga, Luis Gustavo Rocha, Maira Paola de Salvo, Marcia Angela Faga, Marcia Yukie Ikemoto, Marlene Simões de Paula, Nanci Bonani, Nathália da Silva de Oliveira, Raquel Nogueira Paulino, Ruth Maria Ferreiro Botelho, Sonia Manski, Sylvie Mutiene Ngkang, Thereza Brown, Vinicius Gabriel Araújo Portela e Wagner Júnior.


Ficha técnica
Monólogo: "Eu de Você". Idealização e criação: Denise Fraga, José Maria e Luiz Villaça. Com: Denise Fraga. Direção: Luiz Villaça. Produção: José Maria. Texto final: Rafael Gomes, Denise Fraga e Luiz Villaça. Dramaturgia: Cassia Conti, André Dib, Denise Fraga, Fernanda Maia, Luiz Villaça e Rafael Gomes. Colaboração dramatúrgica: Geraldo Carneiro, Kenia Dias, José Maria Colaboração artística (residência no RJ): Artur Luanda e André Curti. Direção musical: Fernanda Maia. Musicistas: Ana Rodrigues, Clara Bastos e Priscila Brigante. Direção de imagens em vídeo: André Dib. Direção de movimento: Kenia Dias. Direção de arte: Simone Mina. Iluminação: Wagner Antônio. Programação de Vídeo Mapping: Bruna Lessa. Design e operador de som: Carlos Henrique. Assistente e operador de luz e vídeo mapping: Ricardo Barbosa. Assistente de produção: Leonardo Shammah. Técnico de Palco: Alexander Peixoto. Contrarregra e camareira: Cristiane Ferreira. Costureira: Judite de Lima. Produção das imagens em vídeo: Café Royal. Produtora executiva: Adriana Tavares. Fotógrafo: Thiago “Beck” de Vicentis. Primeiro assistente de câmera: Diego José Marinho. Som direto: Fernando Akira. Eletricista: Alberto Ferreira. Logger: Hugo Dourado. Administração financeira: Evandro Fernandes. Fotos para arte: Willy Biondani. Fotos de cena: Cacá Bernardes. Programação visual: Guime Davidson, Phillipe Marks. Assessoria de imprensa SP: Morente Forte Comunicações. Redes sociais: @DeniseFragaOficial. Roteiro de audiodescrição: Letícia Schwartz. Consultoria: Luís D. Medeiros. Coprodução: Café Royal. Produção: NIA Teatro. Apoio institucional: Teatro Sérgio Cardoso, Amigos da Arte, Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo. Este espetáculo foi realizado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, Secretaria Especial da Cultura e Governo Federal.

Serviço
Monólogo "Eu de Você".  Até 1° de outubro| Sextas, às 21h; sábados, às 20h; domingos, às 17h. Teatro TUCA. Rua Monte Alegre, 1024 - Perdizes/São Paulo. Capacidade: 672 lugares. Duração: 90 minutos Classificação: 12 anos Ingressos: sexta-feira - R$ 60,00 (inteira) R$ 30,00 (meia-entrada). Sábado e domingo - R$ 100,00 (inteira) R$ 50,00 (meia-entrada). Vendas: https://bileto.sympla.com.br/event/81175/d/185546/s/1255695.



.: "Sou encantado por ser sóbrio": Igor Guimarães, comediante, no "Provoca"


Em entrevista, Igor Guimarães conta sobre as diferentes formas de falar com as pessoas, da sua marca como humorista, de solidão, sobriedade e muito mais. Foto: Gelse Montesso

Nesta terça-feira, dia 29 de agosto, no "Provoca", Marcelo Tas conversa com o comediante Igor Guimarães. No bate-papo, ele conta sobre as diferentes formas de falar com as pessoas, da sua marca como humorista, de solidão, sobriedade e muito mais. Vai ao ar na TV Cultura, a partir das 22h.

Guimarães menciona que não conversa do mesmo jeito com todas as pessoas. “Eu lembro muito do meu pai, eu falava baixo com meu pai, não sei se eu tinha medo dele, mas eu falava baixinho (...) então eu acho que com cada pessoa a gente fala em uma tonalidade, de um jeito (...) e com o público eu falo muito estridentemente”, diz.

Em outro momento da entrevista, Tas diz para Igor que ele tem uma identidade que é rara em um humorista, uma marca muito forte. “Não foi uma coisa que eu falei, nossa, preciso ter uma marca, usar um boné, pôr uma peruca, um bigode, é uma coisa que foi meio que natural”, explica.

O comediante comenta ainda que é fã da sobriedade. “Eu não bebo, não fumo, não uso drogas, porque eu sou encantado por ser sóbrio. Isso da gente saber que o amarelo e o vermelho dá laranja, eu acho fantástico, porque ninguém mais no planeta sabe isso, uma foca não sabe isso (...) então eu valorizo muito e encontro nisso o motivo de fazer as coisas”, revela. E Tas pergunta: “não é muito doido eu te anunciar como o cara mais doido e agora você está falando que é o mais lúcido?”. E Igor responde: “eu acho que é por isso (...)”.

Por fim, o entrevistado fala sobre ser uma pessoa solitária. “Na minha vida, eu sou sozinho, eu sou um lobo solitário (...) não gosto que as pessoas pisem no meu tapete, aí as pessoas vão lá e pisam (...) eu sou meio rabugento com essas coisas, sou meio velho”. E Tas indaga: "será que você está querendo dar uma dica que seu coração está disponível?". “Tá disponível para o Brasil, venham me amar, pelo amor de Deus, é o que todo artista quer, amor”, brinca Igor.

sábado, 26 de agosto de 2023

.: Entrevista: Aline Calixto resgata a obra de Clara Nunes em disco


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. 

Carioca de nascimento e radicada em Minas Gerais desde os seis anos, a cantora Aline Calixto vem desenvolvendo uma carreira consistente, baseada principalmente no samba. Desde o seu primeiro disco, lançado em 2009, ela realizou diversos projetos, incluindo o DVD “10 Anos de Aline Calixto – Ao Vivo em BH”, com arranjos e produção musical de Thiago Delegado, e participações especiais de Monarco e Velha Guarda da Portela, Mauricio Tizumba e Tambor Mineiro; dos cantores mineiros Tavinho Leoni, Isadora Ferreira, Marina Gomes e Cinara Ribeiro e de Beth Carvalho, sendo esse o último registro audiovisual da madrinha do samba.

O seu mais recente lançamento é o disco "Clara Viva", no qual revive a rica obra da cantora Clara Nunes, que faleceu há 40 anos. Em entrevista para o Resenhando.com, Aline conta como se deu o processo de elaboração desse trabalho mais recente e sobre outros projetos, como o CD "Pontinhos de Amor", dedicado ao segmento infantil sobre o universo mitológico dos Orixás, além de sua relação afetiva com o estado mineiro. “Minas Gerais tem uma força musical que me encanta sempre”

Resenhando - Sua carreira traz a marca do samba em vários momentos. De onde veio essa identificação com esse estilo?
Aline Calixto - É muito difícil responder. Lembro na infância ter visto alguém cantando Clara Nunes na TV. Aquilo me despertou a atenção para a obra dela pela primeira vez. Mais tarde passei a conhecer a fundo a sua obra, bem como as de outros nomes do samba, como Martinho da Vila, só pra citar um exemplo. E morando em Minas Gerais, percebi que esse estado tem uma força musical que sempre me encanta e continua me encantando. Tem grupos musicais de samba maravilhosos aqui.


Resenhando - E como foi reviver a obra de Clara Nunes?
Aline Calixto - Foi uma felicidade imensa. Ela tinha um poder de interpretação sem igual. Cantava qualquer estilo musical com uma desenvoltura convincente. Seu timbre vocal me arrepia até hoje. Buscamos mostrar nesse trabalho uma pequena amostra da sua riqueza musical. Fiz questão de manter a essência das canções, muito embora eu tenha um estilo próprio de cantar. Pude fazer uma releitura respeitosa dessa obra e o melhor foi perceber que as pessoas ainda conseguem admirar essas canções. Tem até "Feira de Mangaio", um xote do Sivuca, que foi um sucesso dela naquela época.

Resenhando -  Como estão os planos para shows?
Aline Calixto - Temos uma banda definida. O repertório é basicamente o disco "Clara Viva", com algumas inserções de canções que não entraram no disco mas que funcionam bem ao vivo. Estou muito contente com o que estamos ensaiando. Começamos em Belo Horizonte e depois levamos para outros estados.

Resenhando - Por que você optou por permanecer em Minas Gerais ao invés de explorar o eixo Rio-São Paulo?
Aline Calixto - Foi uma opção pessoal. Desde que fiquei aqui, passei a ter público cativo e também encontrei músicos incrivelmente talentosos aqui. Se houver possibilidade de levar o show para o eixo Rio-São Paulo ou até para outros estados, eu levarei, com certeza. Mas não encaro isso como uma obrigação. Eu já tenho um público cativo em Minas Gerais.

Resenhando - Clara Nunes era ligada a Umbanda, assim como você. Fale sobre essa relação.
Aline Calixto - Ela tinha canções belíssimas que exploravam temas da Umbanda e do Candomblé. Foi mais uma identificação que tive com sua obra. Eu cheguei a lançar um disco autoral voltado para o segmento infantil, apresentando o universo dos orixás para as crianças. O trabalho chamou-se "Pontinhos de Amor" e teve uma boa repercussão na mídia.

Resenhando - Você pensa em gravar um disco autoral de samba no futuro?
Aline Calixto - Tenho essa meta no futuro. Mas nesse momento estou focada no papel de intérprete. "Reviver" a obra da Clara Nunes me abriu um horizonte incrível. Nós temos um material riquíssimo na nossa MPB, sobretudo na área do samba, que merece ser redescoberto pelas novas gerações.

"Nação"

"Conto de Areia"

"O Mar Serenou/Coroa de Areia"

.: "Raio", o novo livro de poemas de Eucannã Ferraz, é luminoso


Após uma espécie de trilogia constituída por "Sentimental" (2012), "Escuta" (2015) e "Retratos com Erro" (2019), em que a violência e o horror predominam, Eucanaã Ferraz reencontra a leveza que marca sua trajetória desde o início, há mais de três décadas. Em "Rio", novo livro de poemas, o autor reafirma sua poética e, mais uma vez, surpreende leitores. A mais flagrante originalidade é a presença de poemas em prosa. De uma página para outra, deslizamos, sem sobressalto, dos versos para as linhas contínuas e de volta a eles.

A luminosidade sugerida pelo título é presença constante — no entanto, desenha-se sempre em contraste com a escuridão. É exemplar a maneira como a aventura de alguém à procura da palavra surge em termos perturbadores: “Atirou seus cabelos aos cães. Queimou aviões. Desmontou os esqueletos da sagrada família. Comeu o coração de sua mãe. E nada”

O modo como a paisagem carioca é apresentada dá a medida do quanto o livro agita-se entre visões conflitantes: “A tarde/ sobrevém numa revoada verde/ nervosa de maritacas. Na noite/ voam sirenes e tiros”. Todo o volume parece movido por uma cadeia sem fim de perplexidades. O clarão abre caminho na sombra, a palavra vibra, os sentidos se acendem. A escuridão retorna, mas já não somos os mesmos. Compre o livro "Rio", de Eucanaã Ferraz, neste link.

Sobre o autor
Eucanaã Ferraz nasceu no Rio de Janeiro, em 1961. É autor, entre diversos livros, de Sentimental (2012), vencedor do antigo prêmio Portugal Telecom — hoje prêmio Oceanos —, "Escuta" (2015) e "Retratos com Erro" (2019), todos publicados pela Companhia das Letras. Garanta o seu exemplar de "Rio", escrito por Eucanaã Ferraz, neste link.

.: Peça teatral “Substituição”, com a Cia. Contumaz de Teatro, estreia na Lapa


Cia. Contumaz de Teatro estreia “Substituição - hoje tem aula diferente”, de Katia Klassen e Elton Helio, no Espaço Provocação Cultural, na Lapa, de 2 a 30 de setembro. Parte do valor arrecadado dos ingressos será destinado à compra de absorventes para a instituição EMEF Fernando Gracioso, que fica no bairro de Perus. Foto: Carlos Freitas


A Cia. Contumaz de Teatro estreia no próximo sábado, dia 2 de setembro, às 20h, o espetáculo “Substituição - Hoje Tem Aula Diferente”, escrito a quatro mãos pela dupla Katia Klassen e Elton Helio, que ficará em cartaz aos sábados de setembro, no EPCultural, no bairro da Lapa, às 20h08. Klassen é professora e educadora atuante e Elton escritor, diretor e publicitário. Com o propósito de registrar a contemporaneidade e revelar os absurdos da humanidade, este novo trabalho da Contumaz evidencia um dos conflitos mais recorrentes no terreno da educação do nosso tempo histórico: os embates ocorridos nos centros educacionais entrepais, professores e alunos.

No espetáculo, após um caso de invasão de privacidade em uma escola pública, a professora substituta é chamada para assumir algumas aulas e, antes de qualquer lição, ela combina 6 regras para uma boa convivência com a sala. Os territórios do público e do privado, suas adjacências, impasses, as regras e combinados de convivência concomitantemente à necessidade de rompimento de paradigmas relacionados a preconceito, à discriminação e à exclusão.

A autora e a atriz que interpreta a professora substituta são professoras do ensino público e o diretor estudou em ensino público durante toda a sua vida escolar. A plateia estará disposta como numa sala de aula e irá acompanhar de muito perto a reunião entre a coordenadora pedagógica e o pai de uma adolescente e também a apresentação visceral da professora substituta.

“ A Contumaz tem como mote trabalhar os absurdos de nossa existência. Nesse trabalho o absurdo está na privação da vida como consequência da precariedade; um verdadeiro absurdo pessoas que menstruam, por exemplo, serem obrigadas a faltar na escola por não terem acesso a absorventes”, diz Elton.

Além de assistir ao espetáculo, o público irá ajudar a EMEF Fernando Gracioso, que fica no bairro de Perus. Ao adquirir a Entrada Solidária, parte do valor será destinado à compra de absorventes para a instituição. A Cia Contumaz de Teatro valoriza, sem julgamentos, todas e quaisquer formas de existência e não abre mão do seu direito de ter acesso à cultura e arte, sem complicar ou rebuscar o discurso, para assim, atrair cada vez mais, muito mais, novos espectadores para o teatro.


Ficha técnica
Espetáculo “Substituição - Hoje Tem Aula Diferente”. Direção: Elton Helio.
Texto: Katia Klassen e Elton Helio. Elenco Camila Piva Leal Duarte e Gabrielle Felippe. Uma realização Cia. Contumaz de Teatro. Luz: Eloah Mendes. Foto: Carlos Freitas. Conceito visual: Fábio Adriano da Silva. Assessoria de imprensa: Adriana Monteiro.


Serviço
Espetáculo “Substituição - Hoje Tem Aula Diferente”. No Teatro Espaço de Provocação Cultural. Rua Bento de Abreu,151 - Lapa/São Paulo. De 2 a 30 de setembro de 2023. Sessões aos sábados, dias  2, 9, 16, 23 e 30 de setembro. Horário: 20h00. 60 minutos de duração. 40 lugares. Classificação: 12 anos. Ingressos à venda pela Plataforma Sympla. Meia-entrada: R$ 25,00. Inteira: R$ 50,00. Entrada solidária: R$ 40,00 (parte do valor será destinado para o combate à pobreza menstrual em uma escola pública).

.: Espetáculo "Exausta, Em Cena " discute a ansiedade do jovem adulto


Idealizado por Carolina Romano, monólogo dramático estreia no Teatro Pequeno Ato em 24 de agosto. A peça discute a influência das redes sociais sobre a vida real com a falsa sensação de aceitação com os números de likes e a na busca por pertencimento. Foto: Per Vaux Produtora


Com discussão sobre ansiedade e aceitação, o espetáculo "Exausta, Em Cena" leva as redes sociais e seus fantasmas para o teatro por meio de um monólogo idealizado por Carolina Romano. A peça estreia dia 24 de agosto e segue em cartaz até 12 de outubro, sempre às quintas-feiras, às 20h, no Teatro Pequeno Ato.

A montagem tem coordenação dramatúrgica de Maria Giulia Pinheiro, direção e concepção de Victoria Ariante e assistência de direção e produção executiva de Julia Terron. A história apresenta a personagem Exausta. Depois de viralizar nas redes sociais com um filtro do Instagram, ela se vê motivada a largar seu emprego tradicional em busca do reconhecimento como artista visual. Tudo parece funcionar a seu favor, até que a ansiedade volta para acabar com seus sonhos e ela se vê em uma guerra interna que a obriga a encarar suas partes mais feias.

Por meio do drama, a peça trata da existência exaustiva do jovem adulto moderno e das aflições de uma artista ao buscar pertencimento e reconhecimento por seu trabalho. Ela também discute a influência das redes sobre a vida e os sentimentos desse jovem, e a personagem vive um grande dilema com os números, likes e interações, que dão a ela uma falsa sensação de aceitação.

Além dessas discussões, o grande tema do espetáculo é a ansiedade. Ele aborda o processo de adoecimento mental de uma artista visual, bem como dos caminhos possíveis para que ela consiga se curar e reerguer. A história é baseada na própria trajetória de Carolina, que viu sua personagem viralizar com um filtro do Instagram no final de 2021. O projeto “exausta” teve início quando ela conheceu a obra 'Untitled #137', na qual a fotógrafa Cindy Sherman retrata uma mulher com aparência cansada. Então, Carolina começou a refletir sobre a própria exaustão e todo o efeito que o caos político e social do período pré-pandemia teve sobre ela e seus amigos.

A partir dessa reflexão, ela lançou, no fim de 2021, o filtro no Instagram que simula o cartaz de um filme, com o título Exausta e a foto do usuário. Ele viralizou de forma inesperada e alcançou mais de 100 mil usuários apenas em sua primeira versão. Motivada pela identificação gerada em milhares de pessoas, a artista passou a inserir a personagem em diferentes cenários. A transição para o palco foi inspirada em grandes atrizes e dramaturgas contemporâneas: Phoebe Waller-Bridge, Micaela Coel, Leandra Leal e Clarice Falcão, além de Gregório Duvivier

A interação entre as diversas expressões de arte é uma marca do trabalho de Romano. Formada em 2017 pelo extinto Instituto Stanislavski, em São Paulo, atuou em peças premiadas, performances híbridas e digitais, curtas-metragens e web séries. 


Ficha técnica
Monólogo "Exausta, Em Cena". Idealização, concepção, dramaturgia e elenco: Carolina Romano. Direção e concepção: Victoria Ariante. Assistência de direção e produção executiva: Julia Terron. Direção de produção: Carolina Henriques. Assistência de produção: Camila Johann e Brunna Laurino. Iluminação: Rafa Bernardino. Cenografia: João Bio e Diego Dac. Música Original: “Despertar” Gui Leal. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Identidade visual e redes sociais: Carolina Romano. Co-Realização: Pequeno Ato. Nas redes sociais: @exaustaemcena / @_carolinaromano


Serviço
Monólogo "Exausta, Em Cena". Estreia dia 24 de agosto, quinta-feira, às 20h, no Teatro Pequeno Ato. Temporada: De 24 de a gosto a 12 de outubro – Quintas às 20h. Duração: 60 minutos. Classificação etária: 12 anos. Ingressos: R$ 50,00 e R$ 25,00. Link para vendas https://www.sympla.com.br/produtor/exaustaemcena. Pequeno Ato – Rua Doutor Teodoro Baima, 78 – Vila Buarque. Telefone: (11) 99642-8350. Bilheteria aberta com uma hora de antecedência. Aceita cartões. Não tem acessibilidade. Estacionamento vizinho. Capacidade: 30 lugares.

.: Últimas apresentações de “Maria dos Céus”, da Cia Fios de Sombra


"Maria dos" Céus é um espetáculo que fala dos tempos das coisas e de nós, das relações que cultivamos, das transformações e porque não dos sonhos. Maria sonha um dia voltar a ver sua árvore frondosa e colorida, e para isso, não se deixa perder as esperanças nem mesmo na última gota de água. Foto: Ricardo Lima

As últimas apresentações do espetáculo "Maria dos Céus", com a Cia. Flor de Sombra, será neste domingo, às 15h e às 17h, no Sesc Pinheiros. Um palco montado especialmente para contar a história da "Maria dos Céus", uma senhora que vive distante da cidade grande e cuida de uma árvore que viu nascer e crescer a partir da pequena semente plantada por ela. 

A falta de água preocupa Maria, e esta passa seus dias cuidando de sua companheira com os poucos recursos que lhe restam. Nas noites frias, ela pede aos céus que mande a chuva necessária para manter a árvore viva. Começa então uma transformação que mudará sua vida e a de sua companheira para sempre.

“'Maria dos Céus' é um espetáculo que fala dos tempos das coisas e de nós, das relações que cultivamos, das transformações e porque não dos sonhos. Maria sonha um dia voltar a ver sua árvore frondosa e colorida, e para isso não perde as esperanças, nem mesmo na ultima gota de água”, afirma Lucas Rodrigues, diretor da Cia. Fios de Sombra, de Campinas, idealizador do projeto que teve seu início em 2015 e que agora traz aos palcos de São Paulo toda a poesia que a pequena boneca pode trazer com seu olhar doce. 

“Dizer que ´Maria dos Céus´ é para a infância é assertivo quando entendemos que a infância está dentro de todos nós”, completa Rodrigues ao afirmar alcançar adultos e crianças com a poesia de movimentos sensíveis e precisos do títere que ganha vida nas mãos da atriz bonequeira Paloma Barreto. “O grande destaque desse trabalho é a estrutura que criamos para que seja um espetáculo totalmente independente. Além de levarmos todo o aparato de luz, temos um efeito fantástico que é fazer chover no palco”, completa a solista Paloma Barreto. Com duração de 40 minutos, o público é conduzido pela iluminação, criada por Lucas Rodrigues, além da belíssima trilha sonora composta exclusivamente para esse trabalho por Fernando Godoy.

Cia. Fios de Sombra
A Fios de Sombra é uma companhia teatral especialista em teatro de animação, com ênfase no teatro de sombras, que promove e realiza regularmente atividades de investigação, pesquisa, produção e circulação de espetáculos, performances, projetos audiovisuais, oficinas artísticas e iniciativas de difusão cultural.

Se destaca principalmente pela delicadeza, pela precisão dos movimentos e pelo cuidado estético presente em cada uma de suas obras, convidando o espectador a uma imersão na atmosfera lúdica do boneco que não parece boneco, que respira, expressa ter sentimentos, ações físicas e vontades próprias.

Suas criações buscam resgatar o diálogo genuíno e verdadeiro com o público a partir daquele momento único vivenciado em cada uma das apresentações. Os espetáculos retratam sensível e poeticamente a natureza, as relações humanas e estimulam a participação ativa na construção narrativa a partir da imaginação, uma experiência que atrai e encanta a infância que existe em cada um de nós.

Com mais de dez anos de trajetória - aclamada pelo público e sempre elogiada pela crítica - é reconhecida como uma das principais expoentes do teatro de formas animadas no Brasil. Seus espetáculos já estiveram presentes em centenas de cidades por todo país nos mais importantes festivais, mostras e projetos culturais, além de inúmeras premiações.

Distante de tudo e de todos, vive uma mulher que desde pequena semeou e colheu o tipo de amizade mais pura e verdadeira que pode existir. Sempre compartilhando seus momentos mágicos e, recebia as cores mais vivas e vibrantes que seus olhos podiam alcançar. Foto: Ricardo Lima

Ficha técnica
Espetáculo "Maria dos Céus". Dramaturgia e direção: Lucas Rodrigues. Atriz bonequeira: Paloma Barreto. Operação técnica: Lucas Rodrigues. Assistente técnico: Douglas Chaves. Assistente de montagem: Matheus Rodrigues. Escultura e figurino do títere: Juliana Bonatte. Cenografia, mecanismos e adereços: Lucas Rodrigues. Finalização, acabamento estético e pintura: Lu Antunes. Trilha sonora original: Fernando Godoy. Iluminação: Lucas Rodrigues. Costureira: Helcy Santos. Fotos: Ricardo Lima. Assessoria de imprensa: Paloma Faria Quintas. Produção executiva: Lucas Rodrigues. Assistente de produção: Daiane Baumgartner. Produção: Fios de Sombra. Realização: Sesc Pinheiros.


Serviço
Espetáculo "Maria dos Céus" no Sesc Pinheiros. Rua Pais Leme, 195 - Pinheiros/São Paulo. Últimas apresentações neste domingo, dia 27 de agosto, às 15h e às 17h. Credencial plena: R$ 8,00  | Meia-entrada R$ 12,50  | Inteira: R$ 25,00  | Criança 12 anos grátis. Local: Auditório 3º andar.

.: Teatro Sérgio Cardoso recebe espetáculo infantil "A Pinta do Menino"


Com personagens carismáticos e uma história envolvente, o espetáculo é realizado para todas as crianças

O Teatro Sérgio Cardoso recebe o espetáculo baseado no livro infantil "A Pinta do Menino", escrito por Jéssica Milato, neste domingo, dia 27 de agosto, às 11h00. Com adaptação de Daniel Pereira, a peça oferece uma experiência única para as crianças, despertando sua imaginação e estimulando a aceitação das diferenças desde cedo.

Com uma estética visual cativante, os personagens ganham vida com cores vibrantes, enquanto os cenários e adereços são apresentados em preto e branco, em um estilo 2D inspirado nos adorados livros de colorir. O tema central da peça é a representatividade, reconhecendo que todos nós temos nossas peculiaridades, pintas ou marquinhas que por vezes nos incomodam, e abraçando a importância da aceitação de si mesmo e das diferenças. Essa mensagem ressoa especialmente com as crianças de seis a oito anos, que enfrentam desafios sociais e escolares, como o bullying, em seu dia a dia.

Além disso, a história aborda temas secundários igualmente relevantes, como amizade, medo de errar e ser julgado, as dinâmicas escolares, empatia e resolução de problemas. Esses elementos adicionam camadas de significado à trama, tornando-a envolvente e instigante também para crianças acima de 8 anos. Nessa fase do desenvolvimento infantil, as crianças estão se tornando mais críticas e podem se sentir pressionadas a buscar a perfeição. A peça explora essa temática de forma sensível, incentivando a autoestima e o amor-próprio, promovendo uma reflexão saudável sobre a importância de ser autêntico e valorizar quem somos.


Sinopse do espetáculo
Roberval é um garotinho adorado por todos, e sua vida é repleta de alegria e diversão. Mas sua rotina vira de cabeça para baixo quando um novo aluno surge na escola. Janjão é daqueles moleques que adoram pregar peças e zoar com as pessoas, e a pinta no rosto de Roberval se torna um alvo perfeito para suas brincadeiras.

Agora, Roberval está determinado a se livrar daquela marca que nunca o incomodou antes, e vai enfrentar todas as aventuras possíveis para se livrar dela. Baseada no livro escrito por Jéssica Milato, esta peça traz todo o encanto dos desenhos animados e dos livros de colorir para o palco, proporcionando uma experiência única e empolgante para as crianças.


Ficha técnica
Espetáculo "A Pinta do Menino". Cia. de Teatro Cenário Cultural. Autora: Jéssica Milato. Adaptação: Daniel Pereira. Direção: Daniel Pereira. Assistente de direção: Suzan Feitor. Elenco: Alan Otaviane, Bruno Oliveira, Gisele Santos, Larissa Hencklein, Patricia Machado, Priscila Pereira e Veridiana Vigatto. Cenário/Vídeo mapeado: Daniel Pereira. Adereços de cena: Daniel Pereira e Larissa Hencklein. Concepção de cenário e figurinos: Daniel Pereira. Confecção de Figurinos: Daniel Pereira, Larissa. Hencklein e Priscila Pereira. Sonoplastia/Iluminação: Daniel Pereira e Suzan Feitor. Produção: Suzan Feitor. Realização: Núcleo de Artes Cenário Cultural.

 

Serviço
Espetáculo "A Pinta do Menino". Cia. de Teatro Cenário Cultural. Local: Teatro Sérgio Cardoso - Sala Paschoal Carlos Magno. Data: Neste domingo, Dia 27 de agosto, às 11h. Ingressos: Gratuito | Uma hora antes na bilheteria do teatro. Duração: 60 minutos. Capacidade: 146 lugares + 6 espaços para cadeirantes. Classificação: livre.

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

.: Teatro: "Um Teto Todo Seu", de Virginia Woolf, pode ser assistido em São Paulo


Adaptação do ensaio homônimo de Virginia Woolf, Um Teto Todo Seu estreia no dia 24 de agosto na Oficina Cultural Oswald de Andrade. Espetáculo tem direção de Marcia Abujamra e é protagonizado por Noemi Marinho e Luciana Carnieli. Projeto ainda conta com um ciclo de palestras sobre alguns dos principais temas discutidos na obra. Foto: João Caldas F.º

Considerado um dos textos fundadores da crítica feminista, o ensaio "Um Teto Todo Seu", da inglesa Virginia Woolf (1882-1941), serve como ponto de partida para o espetáculo homônimo dirigido por Marcia Abujamra e estrelado por Noemi Marinho e Luciana Carnieli. A adaptação está em cartaz até dia 9 de setembro, estreia no dia 24 de agosto na Oficina Cultural Oswald de Andrade, com apresentações às quintas e sextas, às 19h30, e aos sábados, às 15h e às 18h.

Escrito em 1928, o ensaio é fruto de duas palestras que a autora foi convidada a dar em duas universidades para mulheres sobre o tema “Mulheres e Ficção”. Seu principal argumento é que a mulher deveria ter recursos materiais e um espaço com tranca na porta para poder se dedicar a escrever ficção, pois essas são condições capazes de afetar os aspectos psicológicos da escritora e o próprio processo criativo.

Em cena, estão duas personagens: a própria Virginia Woolf, interpretada por Luciana Carnieli, e uma artista de teatro dos nossos dias, vivida por Noemi Marinho. Cabe a essa artista mediar o encontro com a palestrante, conversar com ela, atualizar e problematizar algumas das questões apresentadas. “Em seu ensaio, a autora alia fatos e ficções, realidade e histórias que inventa. Assim é o fictício encontro que propomos entre Virginia Woolf e uma artista de teatro do nosso tempo para que possamos questionar e apresentar um pouco da realidade da mulher hoje”, comenta a diretora Marcia Abujamra sobre o trabalho. A primeira adaptação da obra foi feita por Veronica Stigger e o dramaturgismo do espetáculo foi desenvolvido em processo colaborativo entre elenco e direção. Compre o livro "Um Teto Todo Seu", escrito por Virginia Woolf, neste link.


Ciclo de palestras e encontros
Diante dos questionamentos levantados por Woolf que mostram a imensa desigualdade – que ainda permanece – entre homens e mulheres na sociedade, tornou-se importante ouvir e discutir com importantes pesquisadoras e ativistas qual a realidade da mulher brasileira hoje. 

Para isso, o grupo promove um ciclo de palestras e encontros no qual serão debatidos temas como a condição político-social da mulher e seus impactos sobre a criação, a participação da mulher na história das artes e na literatura e feminismo e educação. Serão quatro mesas com Margareth Rago, Rosane Borges, Cidinha da Silva, Maria de Lourdes Eleutério, Elizandra Souza, Fábia Mirassos e Sandra Guardini Vasconcelos. Além disso, a diretora e as atrizes do espetáculo participam de uma conversa sobre o processo de criação do trabalho.


Programação das palestras, encontros e debates

3º. Encontro – Mesa - Mulheres nas Artes e na Literatura: Processos de criação, com Cidinha da Silva e Maria de Lourdes Eleutério
28 de agosto de 2023 às 19h00

4º. Encontro – Conversa com Elizandra Souza | Mediação: Fabia Mirassos
Tema: Processos de criação, diversidade e a literatura negra periférica
5 de setembro de 2023 às 19h00

5º. Encontro – Conversa com Marcia Abujamra, Noemi Marinho e Luciana Carnieli
Tema: Processo de criação do espetáculo
9 de setembro de 2023 às 16h30


Ficha técnica
Espetáculo "Um Teto Todo Seu", de Virginia Woolf. Com Noemi Marinho e Luciana Carnieli. Direção: Marcia Abujamra. Primeira adaptação: Veronica Stigger. A partir da tradução de Bia Nunes de Sousa. Dramaturgismo: Marcia Abujamra, Noemi Marinho e Luciana Carnieli. Cenário: Marisa Bentivegna. Figurinos: Marichilene Artisevskis. Iluminação: Marisa Bentivegna. Sonoplastia: Aline Meyer. Operação de luz: Claudio Gutierres. Operação de som: Julia Mauro - Lab Som. Curadoria e organização das palestras: Antonio Duran. Projeto gráfico: Heron Medeiros. Assessoria de imprensa: Pombo Correio. Produção executiva e administração: Maurício Inafre. Fotos: João Caldas. Assist. de fotografia: Andréia Machado. Uma produção da Dispositivo Produções Artísticas.

Serviço
Espetáculo "Um Teto Todo Seu", de Virginia Woolf. Temporada: até dia 9 de setembro de 2023.  Quintas e sextas, às 19h30, e sábados, às 15h e 18h. Oficina Cultural Oswald de Andrade - Sala 11 - Rua Três Rios, 363, Bom Retiro. Ingressos: gratuitos, distribuídos 1 hora antes do início do espetáculo. Duração: 60 minutos. Classificação: 14 anos.  Capacidade: 30 lugares. Acessibilidade: sala acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. Libras nos dias 1° e 8 de setembro.

.: Novas quatro sessões de "O Ovo de Ouro" homenageiam Sérgio Mamberti


Último espetáculo em que o ator esteve em cartaz nos palcos trata sobre o conflito vivido por judeus que eram obrigados a auxiliar na aniquilação de seu próprio povo e, ao mesmo tempo, ter que conviver com o medo da morte. Duda Mamberti substitui o pai em cena ao lado de Leonardo Miggiorin, Rita Batata, Ando Camargo e Luccas Papp. A direção é de Ricardo Grasson. Foto: Leekyung Kim


"O Ovo de Ouro", com texto de Luccas Papp e direção de Ricardo Grasson volta para quatro sessões especiais no Teatro Itália Bandeirantes, de 2 a 10 de setembro, com sessões aos sábados às 21h e domingos às 19h. Com direção de Ricardo Grasson, peça traz no elenco Duda Mamberti, Leonardo Miggiorin, Rita Batata, Ando Camargo, além do autor. O espetáculo estreou em 2019 celebrando os 80 anos de Sérgio Mamberti. As novas apresentações são uma forma de homenagear o ator morto em 3 setembro de 2021, aos 82 anos, e manter sua memória com o último espetáculo em que esteve em cartaz com público presencial. 

A peça traz à tona a função do Sonderkommando ou comandos especiais, unidades de trabalho formadas por prisioneiros selecionados para trabalhar nas câmaras de gás e nos crematórios dos campos de concentração nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Obrigados a tomar as atitudes mais atrozes para acelerar a máquina da morte nazista, esses prisioneiros conduziam outros judeus à câmara de gás, queimavam os corpos e ocultavam as provas do Holocausto. Quem se recusava a desempenhar esse papel era morto, quem não conseguia mais desempenhar a função, era exterminado com os demais.

Contada em diferentes momentos, a trama revela a vida de Dasco Nagy, que foi Sonderkommando e sobreviveu ao campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, interpretado agora por Duda Mamberti. Em cena, dois planos são apresentados – a realidade e a alucinação – para retratar a relação do protagonista Dasco Nagy quando jovem (Luccas Papp) com seu melhor amigo Sándor (Leonardo Miggiorin), com a prisioneira Judit (Rita Batata) e com o comandante alemão Weber (Ando Camargo). No presente, Dasco é entrevistado, já em idade avançada, por uma jornalista, narrando os acontecimentos mais horrorosos que viveu no campo de concentração e descrevendo a partir do seu ponto de vista os horrores e tristezas da Segunda Guerra Mundial.

“O texto surgiu da minha necessidade de não deixar morrer esse pedaço tão importante da História que é a Segunda Guerra Mundial, o nazismo e o Holocausto. A ideia de escrever a peça começou em 2014, quando eu fui apresentado ao universo do Sonderkommando por meio de um pequeno artigo em uma revista. Essa figura do judeu que tem que auxiliar com o extermínio do próprio povo mexeu muito comigo e minha noção de humanidade, e me incentivou a tentar entender por que eles faziam isso, por que eles não se recusavam”, explica Luccas Papp.  

Para Duda Mamberti, o espetáculo é especial, pois foi o último trabalho do seu pai em cena nos palcos. “Estudamos juntos a peça, pois durante o processo de montagem eu batia texto com ele. Já fiz alguns personagens que ele viveu no teatro ou no cinema, mas esse trabalho é mais uma homenagem que eu presto a ele. Eu estou muito feliz por isso. Além da importância do texto do Luccas, que serve para alertar as pessoas que o que vale é o amor e não o ódio e que a gente tem que seguir o caminho do amor”.

A dualidade interna entre ser obrigado a auxiliar na aniquilação de seu próprio povo e o medo da morte transforma o Sonderkommando em um complexo personagem a ser debatido. Nesse contexto são muitas as questões discutidas, desde o significado real de humanidade, o medo da morte, os limites da mente e da alma humana e a perda da própria identidade. A peça, que cumpriu temporada no Sesc Santo Amaro e no Teatro Porto Seguro, venceu o Prêmio Bibi Ferreira na categoria Melhor Ator para Sérgio Mamberti e foi indicado Melhor Texto para Luccas Papp e Ator Coadjuvante para Leonardo Miggiorin. Compre o livro "Senhor do Seu Tempo", a biografia de Sérgio Mamberti, neste link.

A encenação
A montagem tem como inspiração e referência, a sétima arte, em todos os seus desdobramentos, nuances e dezenas de relatos deixados pelos sobreviventes dos campos de extermínio.“Apontamos no tempo presente, o encontro entre a jornalista e o sobrevivente, de forma fantasmagórica, alucinógena, imprimindo uma atmosfera vibratória, de vida pulsante às cenas e aos personagens. Quando nos transportamos, ilusoriamente, ao campo de concentração, ao passado concreto, vivido pelos personagens apontamos uma atmosfera fria, enclausurada, suspensa e sem vida, que nos conduz imageticamente àquelas sensações de crueldade”, explica o diretor Ricardo Grasson.

A dramaturgia foi inspirada em uma pesquisa sobre obras que discutiam os temas do Holocausto e da Segunda Guerra Mundial. Entre elas, destacam-se os livros Sonderkomamando: No Inferno das Câmaras de Gás, de Shlomo Venezia, e Depois de Auschwitz, de Eva Schloss; e o filme O Filho de Saul, de László Nemes, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro de 2016.


Ficha técnica
Espetáculo "O Ovo de Ouro". Texto: Luccas Papp. Direção: Ricardo Grasson. Elenco: Duda Mamberti, Leonardo Miggiorin, Rita Batata, Ando Camargo e Luccas Papp. Voz em off: Eric Lenate. Cenografia e visagismo: Kleber Montanheiro e Edgar Cardoso Desenho de Som e Trilha sonora original: L.P. Daniel. Desenho de luz: Wagner Freire e João Delle Piagge. Videomapping: André Grynwask e Pri Argoud (Um Cafofo).  Figurinos e adereços: Rosângela Ribeiro. Assistente de Direção: Heitor Garcia. Operação de Som: Karine Spuri Operação de Luz: João Delle Piagge. Camareira: Elizabeth Chagas. Posticeria Facial: Feliciano San Roman. Assistência de Palco: Pedro Didiano e Hel Prudencio. Cenotécnico: Alicio Silva. Aderecista: Ronaldo Dimer. Costureiras: Vera Luz e Noeme Costa (In memoriam) Alfaiataria: JC. Assistente de iluminação: Alessandra Marques. Assistente de Figurino: Eduardo Dourado. Supervisão de Conteúdo: Vinicius Britto. Conteúdo Histórico: Lucia Chermont, Marcio Pitliuk Franthiesco Ballerini e Priscila Perazzo.Assessoria Linguística e Fonética de Liturgia Judaica: Beto Barzilay. Idealização: Luccas Papp e Ricardo Grasson. Produção: NOSSO cultural e LPB Produções Direção de produção: Ricardo Grasson e Luccas Papp. Produção Executiva: Heitor Garcia e Guilherme Bernardino Gestão de Projeto: Lumus Entretenimento. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Fotos: Leekyung Kim.


Serviço
Espetáculo "O Ovo de Ouro". Teatro Itália Bandeirantes. De 2 a 10 de setembro. Sábados, às 21h, e domingos, às 19h. Classificação: 12 anos. Duração: 95 minutos. Ingressos: R$ 80,00 (inteira) e R$ 40,00 (meia entrada). Link de vendas: https://bileto.sympla.com.br/event/85956/d/211900/s/1430554. Avenida Ipiranga, 344 – Edifício Itália – Subsolo – São Paulo. Capacidade: 292 lugares.

.: Últimas apresentações da versão brasileira do espetáculo "O Incidente"


Racismo e relações sociais são temas do espetáculo que, depois do sucesso na Broadway, segue em cartaz no Teatro Vivo
 


Em uma delegacia, uma mãe procura notícias do filho de 18 anos, negro, que foi identificado em uma ação policial. A cena, que poderia acontecer em qualquer departamento de polícia no Brasil, foi escrita pelo americano Christopher Demos-Brown e ganha agora tradução e direção de Tadeu Aguiar na inédita peça "O Incidente - American Son", em cartaz até este domingo, dia 27, no Teatro Vivo. 

"A montagem é brasileira. Como somos latinos temos um tom mais apaixonado do que o dos americanos, que são mais racionais. O espetáculo não é uma cópia do americano. É uma montagem original e inédita e com certeza sua história cabe em qualquer parte do mundo. A questão racial é universal. No Brasil, se tornou mais evidente mais recentemente. Nas artes, por exemplo, embora se fale há muito tempo sobre o racismo estrutural, tanto produtores quanto artistas tinham pouco espaço para levar à cena falas pretas", avalia Tadeu Aguiar. 

O drama ultrapassa fronteiras para jogar luz sobre questões raciais, conjugais e sociais. Com elenco formado por Flavia Santana, Leonardo Franco, Daniel Villas e Marcelo Dog, "O Incidente" é uma jogada oportuna, embora também tivesse sido oportuna há cinco, dez, 15 anos e, talvez, ainda não haja uma data prevista para esgotar sua validade desde a estreia em 2016 na Broadway, passando pela adaptação para a Netflix e agora sua chegada aos palcos nacionais. 

O texto forte entrelaça um casal em busca de seu filho, um oficial de serviço e um tenente calejado pela vida. O resultado é um espetáculo denso, atual e altamente provocador. Com incontestável força emocional, "O Incidente - American Son" é um microcosmo da devastação das relações raciais que perpassa por uma tensão implacável em todos os níveis, com um final que faz com que o público, simplesmente, não consiga respirar.
 

Ficha técnica
Espetáculo "O Incidente". Texto de Christopjer Demos-Brown. Direção e tradução de Tadeu Aguiar. Elenco: Flavia Santana, Leonardo Franco, Daniel Villas e Marcelo Dog. Cenário de Natalia Lana. Figurinos de Ney Madeira e Dani Vidal. Desenho de luz de Daniela Sanchez. Música original de João Callado. Coord. produção de Norma Thiré. Produção geral de Eduardo Bakr. Realização: Estamos Aqui Produções Artísticas. Assessoria de imprensa: Morente Forte. 


Serviço
Espetáculo "O Incidente". Teatro Vivo. Av. Chucri Zaidan, 2460 - Vila Cordeiro/São Paulo. Até dia 27 de agosto de 2023. Sexta e sábado, às 20h, e domingo, às 18h. Telefone da bilheteria: (11) 3430-1524. Ingressos: R$ 120,00 (inteira). Classificação indicativa: 12 anos. Duração: aproximadamente 100 minutos.

.: Últimas sessões do espetáculo "Veraneio" no Teatro Bravos, em SP

O aniversário da mãe é o mote para o reencontro familiar com três filhos amargurados. No elenco, Clarisse Abujamra, Glaucia Libertini, Maurício de Barros, Sílvio Restiffe, Leonardo Cortez e Tatiana Thomé (na imagem). Foto: Nadja Kouchi

Montagem de sucesso, Veraneio se despede do público com últimas sessões no Teatro Bravos, dentro do Instituto Tomie Ohtake, em Pinheiros, nos dias 26 e 27 de agosto, sábado, às 21h e domingo, às 19h. Espetáculo dirigido por Pedro Granato, com texto de Leonardo Cortez, que está em cena ao lado de Clarisse Abujamra, Glaucia Libertini, Maurício de Barros, Sílvio Restiffe e Tatiana Thomé, revela os desdobramentos tragicômicos de um encontro familiar em uma casa de praia. Confira a crítica do espetáculo neste link: "Veraneio" é uma alegoria sobre amor e ódio nas famílias.

 A casa à beira-mar recém-comprada por uma das filhas, decadente apresentadora de televisão e incomodada com a presença da mãe no seu refúgio. Ela e os irmãos estão ansiosos para conhecer o novo e misterioso namorado da mãe, um animado professor de ginástica. A expectativa por esse encontro e as novidades que ele traz afetam a relação familiar.

O texto coloca o espectador e a sociedade no espelho, pois sua construção e suas referências estão muito ligadas às angústias vividas pelos brasileiros nos últimos anos, atravessando não só uma crise sanitária, mas turbulências políticas e econômicas. Tudo é retratado por meio de diálogos ágeis e afiados, com humor que marcam o estilo do dramaturgo, com a sensação de desestabilização das personagens.

O aniversário da mãe é o mote para o reencontro familiar com três filhos amargurados. Todos estão ansiosos por conhecer o novo namorado que a mãe conheceu na praia durante a pandemia. Os dilemas e agonias do mundo pós pandêmico se misturam com a descoberta do amor na melhor idade.


Ficha técnica
Espetáculo "Veraneio". Idealização: Leonardo Cortez e Pedro Granato. Texto: Leonardo Cortez. Direção: Pedro Granato. Elenco: Clarisse Abujamra, Glaucia Libertini, Leonardo Cortez, Maurício de Barros, Sílvio Restiffe e Tatiana Thomé. Cenário e Adereços: Diego Dac. Iluminação: Beto de Faria. Figurino: Anne Cerutti. Cenotécnico: Roberto Tomasim. Costureira: Binidita Apelina. Assistente de Direção: Jade Mascarenhas. Assistente de Figurino: Luiza Spolti. Assistente de costura: Lis Regina. Produção Executiva: Carolina Henriques. Direção de Palco: Diego Dac. Técnicos de Palco: Victor Moretti e Roberto Tomasim. Técnico de Luz: Ariel Rodrigues e Beto de Faria. Técnica de Som: Julia Terron. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli. Video e Edição de Conteúdo: Carolina Romano. Fotos de cena: Nadja Kouchi. Fotos Material Gráfico: Roberto Brilhante. Design Gráfico: Lucas Sancho.  Direção de produção: Jessica Rodrigues. Realização: Jessica Rodrigues e Pequeno Ato.


Serviço:
Espetáculo "Veraneio" no Teatro Bravos. Temporada: sábado, às 21h, e domingo, às 19h. Até este domingo, dia 27 de agosto. Ingressos: R$ 80,00 e R$ 40,00. Vendas on-line - https://www.sympla.com.br/. Duração: 110 minutos. Classificação: 14 anos. Teatro Bravos - Rua Coropé, 88 - Pinheiros/São Paulo. Bilheteria física: de terça à domingo, das 13h às 19h, ou até o início do último espetáculo. Capacidade: 611 lugares. Acessibilidade.

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