domingo, 22 de dezembro de 2024

.: Paula Cohen e Jiddu Pinheiro estreiam "Finlândia" no Teatro Vivo


Sucesso em diversos países, premiado texto Finlândia, do francês Pascal Rambert, ganha montagem brasileira, que estreia dia 22 de janeiro no Teatro Vivo. Protagonizada pelo casal Paula Cohen (APCA de Melhor Atriz de Televisão) e Jiddu Pinheiro, a peça discute as relações familiares contemporâneas. A direção é de Pedro Granato. Foto: José de Holanda


Vista por mais de 10 mil pessoas, a premiada "Finlândia", do francês Pascal Rambert, retrata o drama de um casal contemporâneo em processo de separação. Ainda inédito no Brasil, o texto ganha uma montagem dirigida por Pedro Granato, que faz temporada estreia no Teatro Vivo, de 22 de janeiro a 20 de março de 2025. O trabalho é protagonido pelo casal Paula Cohen e Jiddu Pinheiro, que também compartilham a tradução. A peça estreou em 2022 em Madri, na Espanha, e, desde então, ganhou montagens de sucesso em Paris (França), Montevidéu (Uruguai), Cidade do México (México) e Santo Domingo (República Dominicana).

"Finlândia" coloca o público em um quarto de hotel em Helsinque, junto com o casal de atores Paula e Jiddu, que está em processo de separação e tenta estabelecer um diálogo sobre o futuro de seu relacionamento. A peça emerge das complexidades e desafios emocionais enfrentados por esse casal em crise, que ainda precisa encontrar um consenso sobre a criação e guarda da sua filha pequena.

E, nesse duelo de linguagem entre dois mundos aparentemente inconciliáveis, um espelho reflete o momento que vivemos, uma estrutura de padrões opressivos que está por ruir, um mundo em desconstrução que aponta novos caminhos. E, por consequência, junto com a mudança vem os conflitos, as quebras e as resistências. “O texto traz muito essa nova onda feminista para dentro das relações em que os pais estão mais presentes, compartilham as tarefas do lar e cuidados com os filhos e não terceirizam os cuidados. E aqui há também uma certa inversão de papéis em alguns momentos, uma desconstrução, uma visão mais crítica dessas estruturas de poder dos homens, do que é violência e do que é respeito. O texto traz muito a filha para o centro da questão”, comenta o diretor Pedro Granato.

Já para a atriz Paula Cohen, a obra explora bastante a dicotomia entre o modo como as pessoas foram criadas para reproduzir os velhos padrões de se relacionar e a tentativa de romper com essas formas antigas a partir da mudança de tempos, olhares e valores. “A peça explora essas contradições colocando em perspectiva esses questionamentos, de maneira muito humana na boca dessas personagens. Esse casal passa por muitos assuntos que estão em pauta na sociedade e, por isso, encontra ressonância em muitas casas, em muitos lares, em outros países”, comenta.

E, sobre essa impressionante atualização na forma de olhar para os relacionamentos, Jiddu Pinheiro diz: “O debate sobre opressores e oprimidos no ambiente público e privado, o embate político-ideológico nos mais diversos fóruns, as lutas por igualdade de direitos de gêneros e representatividade feminina, a forma como a estrutura patriarcal moldou e molda subjetividades de homens e mulheres são pautas de primeira ordem neste momento. O texto de Rambert traz de forma brilhante esse imaginário e esse debate nas subjacências dos dizeres desses personagens fazendo com que tudo pareça orgânico e cotidiano".

A encenação explora o aspecto claustrofóbico do quarto de hotel em que a história se passa. “Deixamos a encenação diagonal, o que diminui o espaço do quarto e permite essa relação mais cinematográfica como se o espectador visse quase que um plano contraplano. E, assim, rompe-se um pouco com aquela ação mais frontal ou da quarta parede. Temos um caminho de usar elementos de forma mais minimalista para que se sobressaiam os atores e o texto”, revela Granato.

O diretor ainda conta que, para criar essa encenação, buscou diversas inspirações no cinema, como a série “Cenas de um Casamento” (2021, HBO), e o original de Ingmar Bergman, “Closer” peça adaptada ao cinema de Patrick Marber e o filme “História de um Casamento” (2019), de Noah Baumbach. “Esses filmes têm um olhar bem intimista sobre casais em momentos cruciais. Eles nos inspiraram a pensar em como podemos trazer as questões das relações contemporâneas e, ao mesmo tempo, dialogar com um histórico de retratos de relacionamentos. Acho que Finlândia traz um olhar muito mais aguçado e renovado do que obras clássicas sobre o tema. E era isso o que buscamos até encontrarmos o texto. Então, isso vai ser ótimo de ver no palco, porque os casais vão se envolver muito com a história”, acrescenta.

Sobre Pascal Rambert 
Nasceu em Nice, França, em 1962. É autor de teatro, diretor e coreógrafo. Atualmente, é considerado um dos mais aclamados dramaturgos do continente europeu e sua obra foi traduzida para vários idiomas (inglês, russo, italiano, alemão, japonês, chinês, holandês e outros). 

Foi contemplado com inúmeros prêmios importantes, entre eles o Prêmio Émile Augier de Literatura y Filosofía, por sua obra "Ensayo", em 2015, e o Prêmio de Teatro da Academia Francesa, pelo conjunto de sua obra, em 2016. Recentemente estreou "Une Vie" na Comédie-Française. Além disso, dirigiu uma série de curtas-metragens, alguns deles premiados nos festivais de Pantin, Locarno e Paris.

Em 2007, transformou o Théâtre de Gennevilliers «T2G» em um centro nacional de criação contemporânea. Desde janeiro de 2017 é artista residente do Théâtre des Bouffes du Nord em Paris, fundado por Peter Brook. Sua peça "Clôture de l'Amour", que estreou no Festival d'Avignon, em 2011, se tornou um sucesso mundial.


Ficha técnica
Espetáculo "Finlândia"
Texto: Pascal Rambert
Direção: Pedro Granato
Tradução e elenco: Paula Cohen e Jiddu Pinheiro
Luz e cenário: Marisa Bentivegna
Figurino: Iara Wisnik


Serviço
Espetáculo "Finlândia"
Temporada: 22 de janeiro a 20 de março de 2025
Às quartas e quintas-feiras, às 20h
Teatro Vivo - Av. Dr. Chucri Zaidan, 2460 - Vila Cordeiro, São Paulo
Ingressos: R$80 (inteira) e R$40 (meia-entrada e preço popular)
Vendas on-line em https://bileto.sympla.com.br/event/100832/d/289381/s/1970880
Bilheteria: somente nos dias de atração, abre 2 horas antes de cada apresentação
Telefone: (11) 3430-1524
Duração:  90 minutos
Classificação: 16 anos
Capacidade: 274 lugares
Acessibilidade: Teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida

.: Fabiana Karla e Tania Bondezan protagonizam a comédia "Radojka"


Fabiana Karla e Tania Bondezan protagonizam Radojka – Uma Comédia Friamente Calculada, que volta em cartaz dia 17 de janeiro no Teatro Sérgio Cardoso. O espetáculo dirigido por Odilon Wagner é uma comédia ágil, de humor insólito e cheio de surpresas. A peça foi escrita pelos uruguaios Fernando Schmidt e Christian Ibarzabal e encenada em 15 países.Foto: João Caldas divulgação  

A insegurança laboral no serviço doméstico e a questão da idade no mundo do trabalho são os grandes temas abordados pela peça "Radojka - Uma Comédia Friamente Calculada", dos autores uruguaios Fernando Schmidt e Christian Ibarzabal. A versão brasileira da peça, dirigida por Odilon Wagner, ganha uma nova temporada de 17 de janeiro a 23 de fevereiro de 2025 no Teatro Sérgio Cardoso. Em cena, brilham as atrizes Fabiana Karla e Tania Bondezan, que ainda dividem a cena com Tadeu Tosta e Rafael Alvim.

A comédia estreou em 2016 em Montevidéu e, desde então, teve montagens bem-sucedidas no Uruguai, Chile, Argentina, Espanha, Colômbia, Peru, México, Costa Rica, República Dominicana, Porto Rico, EUA e Panamá. Além disso, conquistou os prêmios Estrella de Mar (2022), Carlos (2023) e ACE Awards (2023), na Argentina, e Bravo (2023), no México. E, em 2024, ainda deve estrear na Bélgica e no Paraguai. A primeira temporada de "Radojka" no Brasil estreou em março de 2024, com Marisa Orth e Tania Bondezan no elenco.

“O convite para montar essa obra veio do próprio autor Fernando Schmidt”, conta a atriz Tania Bondezan, que também assina a produção ao lado de Odilon Wagner. “Fernando me perguntou se eu tinha interesse em ler a peça e eventualmente montá-la. Eu morri de rir já na primeira leitura, encantei-me com a inteligência e com o humor do texto e já fui traduzindo. Então, mostrei a peça para o Odilon que também se encantou com o trabalho e se propôs a dirigi-lo”, explica a atriz.

Com humor cáustico, a peça acompanha duas cuidadoras, Glória e Lúcia, que trabalham em diferentes turnos para cuidar de Radojka, uma senhora sérvia que vive longe de sua família. Tudo funciona maravilhosamente bem até que, certa manhã, Glória descobre que Radojka faleceu, após um fatídico acidente doméstico. A comédia é baseada nos planos delirantes que as cuidadoras tramam para não perder o emprego, o que acaba resultando em situações bizarras. O desespero de perder o emprego em uma certa idade, o duplo padrão, a ganância e a impunidade que certas situações dão como desculpa para quebrar nosso sistema de crenças e valores são temas apresentados pela obra. 

E sobre a montagem, o autor Fernando Schmidt reflete: “É a nossa primeira experiência teatral no Brasil e esperamos que proporcione as mesmas gargalhadas que ouvimos em todas as montagens anteriores. Cada versão da peça integrou referências locais, mas sempre refletiu como é difícil conseguir um emprego depois dos 50 anos. Rir dos nossos problemas é uma forma de começar a superá-los. E se não, quem pode tirar o nosso riso?”.

Odilon Wagner, o diretor comenta: “'Radojka' é um dos textos mais divertidos que li nos últimos anos, era impossível não gargalhar com o humor ácido desse texto ágil e cheio de surpresas do começo ao fim. As duas cuidadoras se envolvem numa trama inusitada e que ao decorrer da peça parece não ter solução, mas as reviravoltas aparecem, como em toda boa comédia de situação, mudando o rumo da história”


Ficha técnica
Espetáculo "Radojka - Uma Comédia Friamente Calculada"
Texto: Fernando Schmidt e Christian Ibarzabal
Tradução: Tania Bondezan
Elenco: Fabiana Karla, Tania Bondezan, Tadeu Tosta e Rafael Alvim
Direção: Odilon Wagner
Assistente de direção, música e trilha sonora: Raphael Gama
Arranjos: Jonatan Harold
Cenário: Chris Aizner
Figurinos: Marichilene Artisevskis
Visagista: Eliseu Cabral de Jesus
Desenho de luz: Ney Bonfante
Iluminação: Daniel Gonzales
Desenho de Som: André Omote
Sonoplastia: Nayara Konno
Arte gráfica: Lais Leiros
Fotografia: João Caldas
Mídias sociais: Felipe Pirillo
Direção de palco: Tadeu Tosta
Camareira: Consuelo de Cássia
Contrarregra: Jonathan Alves
Produção executiva: Maristela marino
Produtores associados: Tania Bondezan e Odilon Wagner


Serviço
Espetáculo "Radojka - Uma Comédia Friamente Calculada"
Temporada: 17 de janeiro a 23 de fevereiro de 2025
Às sextas e aos sábados, às 20h; aos domingos, às 17h
Teatro Sérgio Cardoso (Sala Nydia Lícia) - R. Rui Barbosa, 153 - Bela Vista,
Ingressos: de R$40 a R$120
Vendas online em www.sympla.com.br e www.radojka.art.br
Classificação: 12 anos
Duração: 70 minutos
Capacidade: 827 lugares
Acessibilidade: teatro acessível para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.
Descontos pré-venda: até dia 31 de dezembro de 2024 - Quantidade limitada por sessão.
Valor promocional pré-venda. Não haverá descontos acumulativos em cima do valor promocional.

.: Musical “Makeda - A Rainha da Arábia Feliz” segue em cartaz no CCBB SP


Após temporadas de sucesso em Brasília, Rio e BH, o espetáculo, com direção e dramaturgia de Allex Miranda, chega a São Paulo e destaca a representatividade negra infantil feminina como símbolo de avivamento da autoestima. Foto: Amestia Audiovisual


Com a missão de mostrar para crianças negras que elas podem ser protagonistas da própria história, o musical infantojuvenil "Makeda - A Rainha da Arábia Feliz", com direção e dramaturgia de Allex Miranda, segue em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo para uma temporada até dia 26 de janeiro de 2025 - com recesso de 23 de dezembro a 2 de janeiro. As apresentações acontecem às sextas, 15h00; aos sábados, 11h00 e 15h00; e aos domingos, 11h00. No elenco, estão Ella Fernandes, Graciana Valladares, Jefferson Melo e Thiago Justino.  Já a direção musical é assinada por Maíra Freitas e a direção de produção é de Bruno Mariozz. 

"É com muito orgulho que recebemos Makeda no CCBB, um espetáculo que sensibiliza o público para questões fundamentais como o respeito à diversidade e a importância da inclusão, reafirmando nosso compromisso com uma arte que inspira mudanças e nos provoca a contribuir para uma sociedade mais justa e plural", afirma Cláudio Mattos, gerente geral do CCBB SP. O espetáculo é apresentado pelo Ministério da Cultura, Banco do Brasil e BB Asset, com patrocínio do Banco do Brasil e BB Asset, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura - Lei Rouanet. E, para tornar o trabalho acessível para todos, as sessões contarão com intérprete de Libras e recurso de audiodescrição.

Denísio Liberato, CEO da BB Asset, enfatiza o compromisso da gestora com a cultura, visando uma sociedade mais inclusiva. “Apoiar 'Makeda – A Rainha da Arábia Feliz' vai além de um patrocínio; é um ato de celebração e reconhecimento da riqueza cultural que a diversidade traz. Nossa missão é impulsionar iniciativas que refletem e engrandecem nossa comunidade, mostrando que o valor vai além do financeiro. É assim que a BB Asset, maior gestora de recursos do Brasil, contribui para um legado de inclusão, respeito e apreciação pela arte e pela cultura em suas mais variadas formas”.

"Makeda - A Rainha da Arábia Feliz" conta a história de uma pequena princesa africana predestinada a se tornar a grande Rainha de Sabá. Ela foi educada por seu trisavô, um sábio ancestral que transmite à pequena importantes lições, sobretudo como usar o poder da imaginação para viajar por universos imaginários, visitar seu passado e, assim, superar os seus medos. 

Os contos narrados pelo ancião, transcritos em um antigo pergaminho, chamado "A Trilogia das Arábias", têm como personagens centrais grandes Rainhas do passado. Histórias essas que conduzem a princesa criança através de aventuras por terras desconhecidas. E é nessa envolvente apresentação de realezas ancestrais que são transmitidos valores fundamentais para reinar com sabedoria toda a Arábia Feliz.

Com dramaturgia inspirada nas raízes das culturas africanas ancestrais, o espetáculo traz como protagonista uma menina preta em formação de sua personalidade, possibilitando a criação de novos arquétipos positivos no imaginário coletivo. Mais que levar ao público uma construção cênica bem elaborada, com texto e trilha sonora originais, a peça espelha um reflexo semelhante aos traços étnicos/raciais/ancestrais do povo preto.  “De forma poética e sensível, salientamos a representatividade negra infantil feminina como símbolo de avivamento da autoestima. No espetáculo, as crianças têm a oportunidade de se enxergarem como protagonistas de suas próprias representações históricas”, conta Allex Miranda, autor, diretor e idealizador do projeto. 

“Isso faz com que que crianças negras desenvolvam uma identificação do seu ‘Eu’ enquanto indivíduo, uma aceitação das suas próprias características, desenvolvendo nelas um sentimento de pertencimento do lugar de ‘belo’ e consequentemente na valorização da sua própria estética. Afinal, somos fruto e reflexo das nossas referências”, justifica Allex, que é pai de uma menina. “A arte é uma ferramenta de auxílio na educação. Proporciona bons exemplos de como contribuir para um mundo melhor, sem preconceitos ou limitações, guiando a subjetividade, com dedicação, honestidade e amor, neste grande palco que chamamos de vida”, completa.

Ao realizar este projeto, o Centro Cultural Banco do Brasil reafirma o compromisso de ampliar a conexão dos brasileiros com a cultura, com a diversidade, inclusão, valorização da ancestralidade negra e da produção teatral nacional. Compre o livro "Makeda - A Rainha da Arábia Feliz", de Allex Miranda, neste link.


Ficha técnica
Musical infantojuvenil "Makeda - A Rainha da Arábia Feliz" | Texto e direção: Allex Miranda | Elenco: Ella Fernandes, Graciana Valladares, Jefferson Melo e Thiago Justino | Direção musical: Ifátókí Maíra Freitas | Direção de produção: Bruno Mariozz | Direção de movimento: Tainara Cerqueira | Assistente de direção: Fernanda Dias | Cenário: Anderson Dias| Figurino: Wanderley Gomes | Iluminação: Daniela Sanchez | Preparação vocal: Pedro Lima | Identidade visual: Levi Cintra | Produção executiva: Emanuele Sanuto | Assistente de produção: Marilene Ribeiro | Produção local: Denise Kafka | Técnico de palco: Sandro Carvalho | Comunicação e marketing: Rafael Prevot e Natasha Arsenio | Assessoria de imprensa: Pombo Correio | Idealização: Allex Miranda | Produção: Palavra Z Produções Culturais | Patrocínio: Banco do Brasil e BB Asset | Realização: Ministério da Cultura


Serviço
"
Makeda – A Rainha da Arábia Feliz"
Temporada: 13 de dezembro de 2024 a 26 de janeiro de 2025 (não haverá sessões entre os dias 23/12/24 e 02/01/25)
Horário: Sextas-feiras, às 15h | Sábados, às 11h e 15h | Domingos, às 11h
Local: Teatro CCBB SP | Centro Cultural Banco do Brasil
Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico – SP
Ingressos: R$30 (inteira) | R$15 (meia-entrada) em bb.com.br/cultura e na bilheteria do CCBB (Estudantes, maiores de 65 anos e Clientes Ourocard pagam meia-entrada). 
Duração: 60 min 
Classificação: livre 
Capacidade: 120 lugares
Acessibilidade: teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. Todas as sessões têm interpretação em Libras e Audiodescrição.
Entrada acessível CCBB SP: Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e outras pessoas que necessitem da rampa de acesso podem utilizar a porta lateral localizada à esquerda da entrada principal.  


Informações CCBB SP: 
Funcionamento: aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças 
Telefone: (11) 4297-0600 
Estacionamento: O CCBB possui estacionamento conveniado na Rua da Consolação, 228 (R$ 14 pelo período de 6 horas - necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB). O traslado é gratuito para o trajeto de ida e volta ao estacionamento e funciona das 12h às 21h. 
Van: ida e volta gratuita, saindo da Rua da Consolação, 228. No trajeto de volta, há também uma parada no metrô República. Das 12h às 21h. 
Transporte público: o CCBB fica a 5 minutos da estação São Bento do Metrô. Pesquise linhas de ônibus com embarque e desembarque nas Ruas Líbero Badaró e Boa Vista. 
Táxi ou Aplicativo: desembarque na Praça do Patriarca e siga a pé pela Rua da Quitanda até o CCBB (200 m).

.: Audições “Harry Potter e a Criança Amaldiçoada” seguem até dia 28


As audições para o elenco do fenômeno internacional "Harry Potter e a Criança Amaldiçoada", produzido pela recém-criada VME, idealizada por Vinícius Munhoz, estão abertas até o dia 28 de dezembro por meio do site www.harrypotteraovivo.com.br. Para se inscrever, é preciso ser maior de 18 anos e possuir sólida experiência em atuação e boa movimentação cênica. 

É hora de acreditar em magia  novamente. Quando Albus, o teimoso filho de Harry Potter, faz amizade com o filho de seu maior rival, Draco Malfoy, uma jornada incrível começa para todos eles – com o poder de mudar o passado e o futuro para sempre. Prepare-se para uma corrida alucinante através do tempo, feitiços espetaculares e uma batalha épica, tudo trazido à vida com a magia teatral mais impressionante já vista no palco.

Com um histórico impressionante de mais de 11 milhões de ingressos vendidos globalmente e prêmios como nove Laurence Olivier Awards e seis Tony Awards, incluindo o de Melhor Peça, "Harry Potter e a Criança Amaldiçoada" se consagrou como um fenômeno internacional. Escrita por Jack Thorne, a peça é uma extensão mágica da história que cativou gerações. O roteiro explora os desafios de uma nova geração de bruxos e um épico confronto que mistura o passado e o futuro, com efeitos ilusionistas e mágicos  inovadores que vão surpreender o público.

“Trazer Harry Potter e a Criança Amaldiçoada para o Brasil é um marco não apenas para o teatro, mas para o entretenimento como um todo no país. O Brasil é o terceiro maior mercado global da franquia, e os fãs daqui construíram uma conexão única com esse universo mágico que transcende gerações. De livros a jogos e filmes, Harry Potter é um verdadeiro fenômeno cultural ”, afirma Vinícius Munhoz, CEO da VME. Fundada com a missão de elevar o entretenimento ao vivo no país, a VME busca proporcionar experiências inesquecíveis para fãs, marcas e clientes, transformando cada projeto em um marco cultural. 

Dados recentes ressaltam o impacto da franquia Harry Potter no Brasil. Entre janeiro e outubro de 2024, os vídeos relacionados à saga alcançaram impressionantes 1,7 bilhão de visualizações. No mesmo período, foram registradas 1,4 milhão de menções públicas online em português. A reexibição dos filmes no Brasil arrecadou R$ 9,2 milhões em bilheteria. O impacto cultural da saga é tão marcante que, no Brasil, há 92 pessoas registradas com o nome Hermione, segundo levantamento de 2018 do IBGE. O jogo Hogwarts Legacy foi o mais buscado no país em 2023 e o livro Cursed Child vendeu 1,5 milhão de cópias por aqui, com 10,9 mil avaliações na Amazon. “Nosso objetivo é proporcionar uma experiência que vá além do palco, conectando o público com a magia que conhecia antes das telas do cinema, dos jogos e dos livros”, finaliza Vinícius. 


Histórico da peça
"Harry Potter e a Criança Amaldiçoada", a primeira história de Harry Potter a ser apresentada nos palcos e a oitava história da saga, teve sua estreia mundial em 2016, em Londres, e rapidamente se tornou um fenômeno global. Desde então, produções foram criadas em diversas partes do mundo e atualmente estão em cartaz em Londres, Nova York, Hamburgo, Tóquio e uma turnê norte-americana lançada em 2024 que está em Chicago. Reconhecida como a peça nova mais premiada da história do teatro, o espetáculo conquistou 24 prêmios no Reino Unido e 25 nos Estados Unidos, incluindo seis Tony Awards, entre eles o de Melhor Peça.

O impacto histórico inclui recordes no Guinness World Records, como a maior bilheteria semanal de todos os tempos para uma peça na Broadway e o maior sucesso de uma peça no Laurence Olivier Awards, vencendo 9 das 11 categorias. O texto publicado da peça já vendeu cerca de 4 milhões de cópias, tornando-se o roteiro mais vendido desde o início dos registros. Atualmente, as produções em cartaz atraem cerca de 13 mil espectadores semanalmente.

"Harry Potter e a Criança Amaldiçoada" é produzida mundialmente por Sonia Friedman Productions, Colin Callender e Harry Potter Theatrical Productions. Na América Latina será produzida exclusivamente pela VME, com o objetivo de impulsionar o turismo na cidade de São Paulo. 

Sinopse de "Harry Potter e a Criança Amaldiçoada"
É hora de acreditar em magia  novamente. Quando Albus, o teimoso filho de Harry Potter, faz amizade com o filho de seu maior rival, Draco Malfoy, uma jornada incrível começa para todos eles – com o poder de mudar o passado e o futuro para sempre. Prepare-se para uma corrida alucinante através do tempo, feitiços espetaculares e uma batalha épica, tudo trazido à vida com a magia teatral mais impressionante já vista no palco. “Você ficará se perguntando ‘como eles fizeram isso?’ por dias.” (People Magazine)


Sobre a VME  
Idealizada por Vinícius Munhoz, a recém-criada VME nasce da vontade de elevar o entretenimento no Brasil, com conteúdos e projetos que promovam experiências memoráveis para clientes, marcas e fãs. “Nosso propósito é transformar a vida das pessoas por meio da magia do entretenimento ao vivo, criando experiências únicas, de emoção e conexão que enriquecem a experiência humana”, comenta Munhoz – CEO da VME.

Vinicius Munhoz sempre foi apaixonado pelas artes. Produziu sua primeira peça ainda adolescente e, a partir daí, construiu uma carreira meteórica. Responsável pela direção de produção e captação de projetos como "Wicked" (2023 – Teatro Santander), "Evita Open Air" (2022 – Parque Villa-Lobos), "Matilda" (2023/24 – Teatro Claro SP), "Escola do Rock" (2019 – Teatro Santander), entre outros. "Harry Potter e a Criança Amaldiçoada" (2025) coroa a VME com sua primeira produção no Brasil.

A VME reuniu um time de peso com profissionais do entretenimento e do corporativo, caso da produtora Deborah Penafiel (ex-Artium/ Atelier de Cultura), a executiva c-level Thais Naufal (CMO VME / ex-Brasilprev e ex-Mercado Bitcoin), a administradora Daniela Alves (Gerente Financeira VME / ex-T4F), a publicitária Marilia Di Dio (Gerente de Conteúdo VME / ex-T4F/Atelier de Cultura) e o publicitário Renan Bonfim (Gerente de Branding & Growth VME / ex-Weber Shandwick e ex-Mercado Bitcoin).

sábado, 21 de dezembro de 2024

.: Crítica musical: Juliane Gamboa, quando o jazz encontra a MPB


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto: Isabela Espindola.

Já está nas plataformas de streaming o álbum  "Jazzwoman"  (Biscoito Fino), que marca a estreia da cantora e compositora Juliane Gamboa. Fortemente influenciada por grandes intérpretes e compositores do samba, da MPB e do jazz, Juliane mistura e atualiza referências, reverberando um pouco de tudo que lhe interessa com um toque jazzístico irresistível.

Em 2022, a cantora e compositora integrou a residência artística MARES, no Oi Futuro. Em 2023, estreou o projeto "Jazzwoman": no ano seguinte, em 2024, foi selecionada para o programa internacional OneBeat (EUA). Seu trabalho vem ganhando o reconhecimento de artistas como Chico César, Angela Ro Ro e Teresa Cristina, além da cantora de blues norte-americana JJ Thames, e segue reverberando nas redes sociais.

Juliane já participou do projeto "Um Café Lá em Casa", do músico Nelson Faria, e foi selecionada para participar da residência "Stop Over 3", em Berlim, em janeiro de 2025, ao lado de grandes artistas da cena do jazz internacional, como Natalie Greffel, Tonina Saputo, Tara Sarter e Kayla Briët.

Por ser filha de pai percussionista, o samba e o pagode foram a trilha sonora da sua primeira infância. Com o passar dos anos, novas informações musicais foram chegando do universo pop e, mais tarde, do jazz. O resultado dessa mescla de influências pode ser conferido nesse álbum Jazzwoman

A narrativa musical reflete sobre a ancestralidade em “Banzo” (Marcos Valle e Odilon Olynto),  com citação de “All Africa”, e “Herança”, de Rômulo Fróes e Alice Coutinho; esbarra na melancolia de “20 anos blues”, clássico de Vitor Martins e Sueli Costa; reafirma a sensualidade em “Eu sou mulher” (Filó Machado e Judith de Souza) e “Paracaê” (Thati Dias); inspira liberdade em “Vozes-mulheres” (Conceição Evaristo) e “Transeunte”, e louva o poder da imaginação radical das mulheres negras em “Sonho Juvenil” (Almir Sant’anna e Guará) e “Solitude (Reimaginada)”(Duke Ellington, Eddie Delange, Irving Mills), homenageando Jovelina Pérola Negra e Billie Holliday,  duas fortes referências para Juliane Gamboa. "Jazzwoman" é um disco para ser ouvido com atenção, pois Juliane Gamboa demonstra um talento raro de interpretação, que expande os horizontes da nossa MPB. 

 "20 Anos Blue"

"Sonho Juvenil"

"Herança"


.: "Uma Ideia Genial" estreia dia 24 de janeiro no Teatro Procópio Ferreira


Espetáculo marca a volta do ator Cássio Gabus Mendes ao teatro, depois de 30 anos, respaldado pelo talento de um elenco de peso - Ary França, Suzy Rego e Zezeh Barbosa. Foto: Bruno Lemos

Vencedora de dois prêmios Molière em 2003, incluindo o de Melhor Comédia, e fenômeno de público em Paris, "Uma Ideia Genial", escrita por Sébastien Castro, marca a volta do ator Cássio Gabus Mendes ao teatro, depois de 30 anos, respaldado pelo talento de um elenco de peso - Ary França, Suzy Rego e Zezeh Barbosa. A direção é de Alexandre Reinecke. Trata-se de uma comédia delirante que explora coincidências absurdas e o poder do ciúme.

Um vaudeville contemporâneo com todos os ingredientes dos grandes clássicos desse gênero, nas palavras do diretor. Foram 400 apresentações em Paris, 100 datas de turnê por vários países e vista por 300 mil espectadores. "Uma Ideia Genial" ("Une Idée Géniale") estreia em São Paulo dia 24 de janeiro, sexta-feira, no Teatro Procópio Ferreira. Temporada até 27 de abril. Sessões: sexta-feira, às 21h00, sábados, às 21h30, e domingos, às 18h30. Ingressos: de R$ 60,00 a R$ 140,00. Duração: 1h30. Classificação indicativa: 14 anos.

.: Entrevista com Délio Galvão: escritor analisa costumes em romance policial


Na entrevista abaixo, o escritor Délio Galvão comenta sobre a importância de refletir acerca das transformações sociais através da literatura. Foto: divulgação

Autor do romance "Selva de Pedra", o escritor Délio Galvão cresceu em um país bem diferente do que é hoje: na década de 1980, os brasileiros ainda viviam na ditadura militar, e muitos jovens tinham uma liberdade restrita. Assuntos sobre sexualidade eram tabus no lar, e as desigualdades raciais e de gênero eram naturalizadas no dia a dia. Esses contextos mudaram em vários sentidos, mas o autor decidiu utilizar a literatura para analisar as transformações ocorridas na sociedade e para refletir sobre tudo aquilo que permanece o mesmo.

Além de narrar as investigações sobre um crime que atravessa 20 anos no tempo, a obra endossada por Raphael Montes faz um retrato fidedigno do Leblon. As três décadas em que viveu no bairro foram cenários importantes na vida do autor, que comenta: “Saí do Leblon, mas o Leblon nunca saiu de mim. Praia, ruas, bares e restaurantes formam o cenário do livro, não por acaso. Eu conheço cores, cheiros e sabores do bairro com muita propriedade. Sei que consegui passar um pouco de tudo isso para este caldeirão, que é o 'Selva de Pedra'”. Compre o livro "Selva de Pedra", escrito por Délio Galvão, neste link.


Você já tem contos, crônicas e obras infantojuvenis publicadas e “Selva de Pedra” é o primeiro romance policial da sua carreira literária. O que o motivou a explorar esse novo gênero? Quais foram as diferenças que você sentiu durante o processo de escrita?
Délio Galvão - Suspense e mistério sempre estiveram presentes em todas as minhas obras. Adoro criar clima de suspense e tensão em tudo que escrevo. Por exemplo, a coleção infantojuvenil "O Diário das Fantásticas Viagens de Giovana" contém um mistério por trás da localização de cinco cristais mágicos que estavam desparecidos em algum lugar do Brasil. Além disso, criei um personagem com a habilidade de viajar no tempo, que só tem a identidade revelada ao final do quarto volume. Sempre adorei os romances policiais. Li diversos livros de Raymond Chandler, George Simenon, Leonardo Padura, Rubem Fonseca e Luis Alfredo Garcia-Roza. Este último eternizou o detetive Espinosa, que investigava crimes em Copacabana, e me motivou a criar o detetive Pessanha, que investiga crimes no Leblon. As diferenças entre os dois segmentos, juvenil e de adultos, são enormes. A adaptação do meu processo de escrita envolveu muito estudo, leitura e cursos com grandes escritores e profissionais da área. Dentre os quais eu destaco o curso que fiz com o Raphael Montes (“Escreva o seu Romance”). Cabe destacar que o Raphael Montes endossou o "Selva de Pedra", ao enviar uma frase que está publicada na contracapa do livro. O outro curso que destaco foi com o do diretor Jorge Furtado (“Roteiro: do Início ao Fim, Passando pelo Meio”). Foi um curso que me ajudou a montar narrativas rápidas e diretas, com cenas de ação e diálogos curtos.


A obra é ambientada no Leblon, um dos cartões postais do Rio de Janeiro. Qual sua relação com o bairro?
Délio Galvão - Eu nasci em Copacabana e me mudei para o Leblon quando tinha quatro anos. Vivi intensamente o bairro até os 24 anos. Ali nasceram meus três irmãos. Eu morava em um apartamento na Ataulfo de Paiva e estudava em Botafogo. Pegava um ônibus circular todos os dias para chegar à escola. Nesse mesmo apartamento, assisti à separação de meus pais. Dez anos depois, eu me formei em engenharia e me casei. Foi então que eu tive que me mudar. Saí do Leblon, mas o Leblon nunca saiu de mim. Praia, ruas, bares e restaurantes formam o cenário do livro, não por acaso. Eu conheço cores, cheiros e sabores do bairro com muita propriedade. Sei que consegui passar um pouco de tudo isso para este caldeirão que é o "Selva de Pedra".


Além de ter uma investigação sobre uma morte, o enredo também atravessa algumas complexidades das diferenças sociais do Brasil. De que maneira você inseriu esses temas na obra e as utilizou para dar mais profundidade à trama?
Délio Galvão - O romance é contado em dois tempos em um bairro de classe média alta, o Leblon. A primeira parte se passa no início da década de 1980, quando ainda vivíamos a ditadura militar. Acredito que a grande maioria dos jovens da época, assim como eu, foi criada com rígidos padrões de respeito e de restrita liberdade. O machismo, o racismo e o sexismo, entre outras desigualdades vindas de uma sociedade patriarcal, eram muito presentes dentro de casa e no dia a dia. Além de assuntos como sexo, drogas, orientação sexual serem vistos como tabus e pouco falados. Apesar disso, os jovens se mantinham em uma busca incessante por novidades e pelo desconhecido. A ambientação do livro retrata este momento, bem como a forma como estes assuntos são tratados nos dias de hoje.


O livro tem linhas do tempo distintas, com 20 anos de diferença. Que características os leitores notam entre o RJ de 1980 e o de 2000 a partir da obra? E como você pensou nas diferenças entre os próprios personagens?
Délio Galvão - As diferenças na geografia do bairro e na criação dos filhos, de 1980 para hoje, são muito grandes. Aliás, me assusta lembrar a forma como fomos criados. A sandália virada de bruços, em cima do colo da mãe, para aprendermos a tabuada ou para comermos as verduras do prato e tomarmos o remédio amargo. Azul para o quarto dos meninos e rosa para o das meninas. A forma como criamos nossos filhos hoje em dia é muito diferente. Principalmente as filhas, que venceram tabus e cada vez mais se apresentam em igualdade de condições com os homens. Deixaram para trás aquela mulher submissa que se apresentava como “do lar” ao ser perguntada sobre sua profissão para censo do IBGE. Estes aspectos são bem caracterizados na mudança de tempo por qual o livro passa, antes de ser desvendado o mistério por trás da morte de um jovem.


O que os leitores podem esperar durante a leitura do livro? E quais lições espera que eles extraiam?
Délio Galvão - Ganância, ciúmes, traição, crime e castigo, está tudo junto e misturado em Selva de Pedra. O leitor vai passear com os investigadores por ruas, bares e restaurantes do Leblon enquanto investigam a morte de um jovem. Responder as perguntas “quem morreu, quem matou e por que matou?” formam a linha condutora deste romance que irá surpreender o leitor com inúmeras reviravoltas, algumas mortes e muitas traições. Espero que gostem, que observem as diferenças de cultura e hábitos pelos quais passamos, o quanto melhoramos e de quanto ainda precisamos evoluir.

Sobre o autor
Délio Galvão
 começou a carreira literária aos 56 anos com a publicação da coleção de livros infantojuvenis "O Diário das Fantásticas Viagens de Giovana", publicada pela Editora Bambolê. Recebeu o prêmio Ases da Literatura de 2023 por "Crônicas para Casais Quase Modernos", sua primeira obra para público adulto. Possui diversas crônicas e contos publicados em antologias de diferentes editoras. Já havia publicado narrativas curtas de suspense e tramas policiais, mas "Selva de Pedra" é o primeiro romance do gênero do autor. Instagram do autor: @deliogalvao.escritor. Garanta o seu exemplar de “Selva de Pedra”, escrito pot Délio Galvão, neste link.

.: Entrevista com Israel Pinheiro: "O bom humor sempre amplifica o alcance"


Israel Pinheiro escreveu "3 Natais Recifenses" para focar em personagens que enfrentam momentos de grande dor e solidão durante um dos períodos de maior comemoração do ano. Com um debate sobre a desigualdade brasileira e a valorização da identidade cultural do país, ele comenta abaixo sobre os motivos que o levaram a lançar o livro. Foto: Marcio Amorim


O escritor Israel Pinheiro publicou "3 Natais Recifenses" para explorar, a partir de vivências tipicamente brasileiras, os sentimentos intensos que a época desperta: esperança e a satisfação dos reencontros, mas também a saudade e o luto. Por meio de uma linguagem bem-humorada, com desfechos leves e otimistas, os três contos que compõem o livro homenageiam a capacidade do povo brasileiro em ser resiliente mesmo diante das adversidades. Em entrevista, o premiado autor comentou sobre a importância de resgatar o espírito solidário nesta época de festas de fim de ano e destacou ainda o papel da literatura como catalizadora de pautas sociais, com debates sobre a desigualdade de classe e a valorização da identidade cultural do país.


O que o inspirou a explorar o tema do Natal em Recife e suas complexidades sociais? Existe alguma experiência pessoal ou memória que influenciou a escrita dessas histórias?
Israel Pinheiro - O Natal muitas vezes nos provoca sensações ambíguas. E Recife é uma cidade de muitas assimetrias e contradições sociais. A indiferença dos que estão à mesa das ceias opulentas com a sorte dos que estão à mesa frugal me incomoda bastante, e é por aí que eu começo.


A obra "3 Natais Recifenses" surgiu em meio à pandemia de Covid-19. Como esta experiência influenciou o seu processo criativo e os temas abordados na narrativa? Como questões sobre isolamento, medo e resiliência foram traduzidas nas tramas?
Israel Pinheiro - A minha perplexidade com o estado de coisas durante a pandemia de Covid-19 influenciou bastante. Então eu tentei refletir um pouco sobre que tipo de sociedade somos a partir das escolhas absurdas que fazíamos em meio a uma crise sanitárias de proporções impensáveis. Poder falar a um leitor isolado, compulsoriamente fora de sua grei, e de uma forma afetiva, me provou que o diálogo estético é sempre possível e, quase sempre, bem-vindo.


O livro apresenta um retrato da classe média e das contradições sociais e estruturais da região. Como você enxerga o papel da literatura em provocar reflexões sobre desigualdades sociais?
Israel Pinheiro - O livro transita por diferentes estratos da classe média. Acho que Recife é uma das poucas cidades do mundo onde existem classe média trabalhadora e classe média aristocrática. São realidades muitos distintas para caber numa mesma nomenclatura oficial. A classe média trabalhadora recifense vive no fio da navalha e tem consciência de que a total pauperização é sempre um risco. A literatura tem o dever marcar essas distinções de algum modo.


O humor e a crítica social são elementos marcantes em “3 Natais Recifenses”. Como você equilibra esses dois aspectos para transmitir mensagens mais profundas de forma leve?
Israel Pinheiro - Eu acho que o bom humor sempre amplifica o alcance de uma reflexão. Tudo que eu faço, procuro fazer com leveza e com alguma elegância. Gosto de pensar que meus contos são uma espécie de conversa amistosa com o leitor, ainda que coisas duras possam ser ditas numa conversa amistosa, o tom faz toda a diferença.


A cultura pernambucana permeia o livro, seja nos diálogos ou nas referências musicais e locais. Dentre os elementos culturais regionais quais você considera essenciais para capturar a essência da cidade durante o período natalino?
Israel Pinheiro - Esses elementos fluem naturalmente de mim, eu sou um pernambucano típico. É tudo muito orgânico. Não acho que a cidade tenha um símbolo natalino incontornável. Talvez o mais peculiar seja essa ausência de símbolos próprios.


O resgate do espírito solidário é um ponto chave da obra. Como você acredita que as tradições natalinas podem ajudar a reforçar conexões humanas e combater a sensação de isolamento?
Israel Pinheiro - Há algo no Natal que nos compele a amar. É o que eu sinto. É de longe a minha época preferida do ano.


Sobre o autor
Pernambucano, Israel Pinheiro estudou Letras na Universidade Federal de Pernambuco e é graduado em Gestão de Marketing. Sempre foi apaixonado por literatura e tem contos premiados em diversos concursos literários nacionais, entre eles Concurso Nacional de Contos da Universidade do Vale do Paraíba (SP), em 2002; Concurso Literário Sesc Santo Amaro (SP) em 2003; Concurso de Contos Luís Jardim – Prefeitura do Recife (PE), 2007; e Concurso Literário Associação Nacional de Escritores (ANE) - "50 Anos, Contos" (DF), em 2013. Na literatura, "3 Natais Recifenses" é a sua terceira publicação, que conta também com uma edição em língua espanhola. Instagram do autor: @pinheiroisrael.silva.

.: Entrevista com Sérgio Coelho, escritor: "Cheguei a me assustar com tal 'insight'"


Sérgio Coelho, escritor do livro de poesia "A Garota e o Armagedon", fala sobre suas referências e motivações por trás da obra


O que levou Sérgio Coelho a escrever o livro "A Garota e o Armagedom" foi um momento de bloqueio criativo. Insatisfeito com os rumos de um romance em que trabalhava, voltou-se para a poesia, que permitiu um processo criativo mais livre e imaginativo. Entre as várias possibilidades e referências que o guiaram, o movimento Surrealista, uma das vanguardas artísticas do início do século XX, acabou cruzando seu caminho.

Combinando mitologia, folclore, música e cinema, os poemas da obra exploram imaginação e fantasia em uma jornada literária insólita. Para fazer companhia, o leitor encontra personagens como bailarinas, soldados, feras, divindades e uma heroína envolvida por acaso em uma aventura apocalíptica. Compre o livro "A Garota e o Armagedom", de Sérgio Coelho, neste link. 


Uma das principais referências do livro é o movimento surrealista. Por que você escolheu essa corrente artística como fonte de inspiração?
Sérgio Coelho - Sei que vai parecer estranho, mas não escolhi. Procurava um tema que conectasse os poemas a ponto de conseguir um livro. Fiquei alguns dias pensando, e, de repente, veio à cabeça a palavra “surrealismo” como uma ideia. O que me veio como inspiração foi o estilo, não um tema.... ou melhor, o estilo virou o tema do livro! Cheguei a me assustar com tal “insight”, não sabia nada sobre o movimento Surrealista. Mas a ideia, estranhíssima, pareceu tão boa que fui estudar. Assim começou a aventura: fugi do mundo comum, tornei-me um “criativo herói surrealista”.


Além do surrealismo, é possível ver nos poemas elementos de mitologia e fantasia. Que outros artistas e obras te inspiraram a escrever os poemas do livro?
Sérgio Coelho - Livros, documentários, música pop, movimentos artísticos, mitologia, folclore brasileiro e até o "Apocalipse de João". Usei parte da cultura que consegui acumular ao longo do tempo para trabalhar nos textos. Na hora de escrever, chamava uma ideia que se tornasse um verso e que conseguisse puxar outro. A única regra era que o texto precisava parecer um sonho. Tive que abrir mão da autocrítica, num ato de coragem, para não emperrar a criatividade. Se precisasse de inspiração, eu ia ao YouTube e pesquisava até me sentir encorajado, pronto para escrever.


"A garota e o Armagedon" foi realizado em um momento de bloqueio criativo. Quais técnicas você usa para estimular a criatividade?
Sérgio Coelho - Queria escrever um livro em prosa, uma história com três atos. Mas abandonei os escritos e senti insatisfação e frustração com o resultado. Resolvi voltar aos versos, com os quais tive uma recompensadora experiência anterior. Não estou certo de qual técnica utilizei, mas usei a criatividade para voltar a ficar satisfeito e cumprir a promessa, feita a mim mesmo, de conseguir um livro. Com isso, mudei do verso para a prosa. O processo foi bem particular: criar sem autocensura.


Você já tem projetos literários planejados para o futuro?
Sérgio Coelho - Adoraria voltar a escrever. Tenho dois livros “na gaveta”, e um deles chegou a ganhar uma edição limitada, distribuída a título de curiosidade. O feedback foi bom, pois tratava-se de uma série de poemas com uma personagem feminina: vilã e heroína. Dependendo do que acontecer com a “Garota”, a “Vilã” entra em cena.

Sobre o autor
Formado em Ciências Sociais, Sérgio Coelho é bancário e morador de Belo Horizonte. Curioso por movimentos artísticos, há anos é instigado por questionamentos sobre o sentido da vida e a ordem das coisas. Ainda sem respostas, segue transformando dúvidas em versos e imagens sobre a alma. Mesmo sendo muitas as profundezas que experimenta ao longo da vida, a cada mergulho, a volta à superfície é mais recompensadora. Garanta o seu exemplar de "A Garota e o Armagedom", escrito por Sérgio Coelho, neste link.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

.: Dez motivos que tornam "Chupim", de Itamar Vieira Jr, uma leitura essencial


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. 

Itamar Vieira Junior, consagrado autor de "Torto Arado", "Doramar ou A Odisseia" e "Salvar o Fogo", surpreende novamente com sua estreia na literatura infantil. Em "Chupim", ele nos apresenta uma narrativa poética e emocionante que mistura realidade e sonho, abordando a vida no campo e as questões sociais de maneira sensível e reflexiva. Com ilustrações incríveis da artista Manuela Navas, o livro não é apenas uma leitura encantadora, mas também um convite a refletir sobre a infância, o trabalho e a resistência.

Se você é fã de literatura que toca o coração e provoca pensamento, "Chupim" é a obra certa para você. Descubra os dez motivos pelos quais você não pode deixar de ler essa história única, repleta de lirismo, crítica social e uma estética de impressionar. Uma leitura essencial para quem ama boas histórias, críticas sociais profundas e ilustrações de impacto. Compre o livro "Chupim", de Itamar Vieira Junior, neste link.

1. Itamar Vieira Junior: o mestre da literatura brasileira agora para crianças
Após o sucesso estrondoso de "Torto Arado""Doramar ou A Odisseia" e "Salvar o Fogo", o escritor Itamar Vieira Junior faz sua estreia na literatura infantil com "Chupim". O autor, reconhecido por sua habilidade em tecer narrativas profundas e envolventes, agora mergulha no universo das infâncias, com uma história que promete encantar e emocionar crianças e adultos. Se você é fã da escrita única e sensível desse autor, não pode perder esse novo capítulo de sua carreira literária.


2. Prosa poética que encanta e surpreende
A escrita de "Chupim" é um convite ao encantamento. Com uma prosa repleta de lirismo e poesia, o autor consegue criar um ambiente onde a beleza da natureza e a realidade do campo se misturam. Através de uma narrativa delicada, Itamar Vieira Junior transporta os leitores para um mundo de sonhos e sentimentos profundos. O livro é uma verdadeira obra de arte literária, que cativa pelo ritmo suave e pelas imagens poéticas que surgem em cada página.


3. O desafio da vida no campo: realidade ou sonho?
Em "Chupim", o autor apresenta a realidade do campo de uma forma única e cativante. A história aborda as dificuldades enfrentadas pelas famílias que dependem da terra para sobreviver, com foco nas questões do trabalho no campo, da luta pela sobrevivência e da convivência com a sazonalidade das colheitas. Ao mesmo tempo, Itamar Vieira Junior mistura elementos de sonho e fantasia, criando um contraste entre a dura realidade e a beleza da imaginação infantil. É uma reflexão profunda sobre as desigualdades e as esperanças daqueles que vivem à margem da sociedade.


4. Crítica social inteligente envolvendo o mundo infantil
Como em suas obras anteriores, Itamar Vieira Junior não perde a oportunidade de fazer uma crítica social inteligente e sensível. Em "Chupim", ele aborda de maneira sutil a presença das crianças nos campos de arroz, que, muitas vezes, são forçadas a trabalhar desde muito cedo. O livro toca em temas como a exploração do trabalho infantil, a desigualdade social e a luta dos trabalhadores rurais, sempre com uma abordagem que respeita a visão infantil do mundo, mas que também faz o leitor adulto refletir sobre questões sérias e atuais.

5. Julim: um menino que vai tocar seu coração
Julim, o protagonista da história, é um personagem que vai conquistar seu coração. Com sua curiosidade, suas dúvidas e sua inocência, ele vive a descoberta de um mundo que mistura trabalho e sonho. A visão de infância do personagem, contrastando com as responsabilidades que lhe são impostas, revela a dureza do campo e ao mesmo tempo a pureza do olhar infantil sobre o mundo. Em "Chupim", romance de Itamar Vieira Junior, Julim representa as crianças que, em muitas partes do Brasil, crescem rápido demais, absorvendo o peso da vida adulta antes do tempo.


6. Do universo de "Torto Arado" para as infâncias
Se você já leu Torto Arado, com certeza vai adorar "Chupim". O livro expande o universo que consagrou o autor, trazendo uma visão mais suave e acessível do mundo rural, mas sem perder o foco nas questões sociais e na dureza da vida no campo. Com "Chupim", Itamar Vieira Junior conecta os dois mundos, o da infância e o do trabalho no campo, de maneira poética e reflexiva, criando um elo entre essas duas dimensões da realidade brasileira.


7. Ilustrações que falam ao coração e à alma
A parceria de Itamar Vieira Junior com a artista plástica Manuela Navas transforma "Chupim" em uma obra visualmente deslumbrante. Com ilustrações que misturam pintura, fotografia e xilogravura, Manuela traz um olhar decolonial e afetivo para a obra. Suas imagens potentes e poéticas acompanham e ampliam a narrativa, criando uma experiência sensorial que vai muito além das palavras. As ilustrações são uma extensão do texto, dialogando com ele e intensificando o impacto emocional da história.


8. Prepare-se para uma viagem emocional e inesquecível
"Chupim" é uma obra que promete tocar fundo no coração do leitor. Através da história de Julim e dos trabalhadores do campo, o livro conduz o leitor por uma jornada emocional repleta de desafios, descobertas e reflexões sobre a vida, o trabalho e a infância. A sensibilidade da escrita e a beleza da narrativa, a partir da ótica de Itamar Vieira Junior, vão fazer você rir, chorar e refletir, em uma experiência literária inesquecível. Prepare-se para uma leitura que vai te emocionar de maneiras inesperadas!


9. Diversidade e cultura brasileira com uma nova perspectiva
Manuela Navas, com sua visão artística única, traz à obra uma reflexão sobre a identidade e a cultura brasileira, com ênfase no corpo negro e nas questões de gênero. Suas ilustrações, além de esteticamente poderosas, são um tributo às diversas realidades do Brasil, especialmente às experiências das populações marginalizadas. O livro assinado por Itamar Vieira Junior, portanto, não é apenas uma história sobre o campo, mas também um convite à reflexão sobre a diversidade cultural e a história de resistência do povo brasileiro.


10. Uma obra de qualidade premiada e reconhecida
Com uma carreira literária de enorme sucesso e reconhecimento, Itamar Vieira Junior entrega mais uma obra de excelência com "Chupim". O autor é vencedor de prêmios prestigiados como o Jabuti, Leya e Oceanos, e sua habilidade como narrador é inegável. Ao ler "Chupim", você estará em contato com uma obra literária que não só entretém, mas também provoca reflexão e leva o leitor a uma jornada de descoberta sobre o Brasil, a cultura e as desigualdades sociais que permeiam o cotidiano.

.: "A Última Floresta", filme de Luiz Bolognesi, será exibido na TV Cultura


Co-escrito e protagonizado pelo xamã, escritor e ativista, Davi Kopenawa Yanomami, o filme "A Última Floresta", de Luiz Bolognesi, será exibido na TV Cultura neste domingo, dia 22 de dezembro, às 22h45, com libras, audiodescrição e closed caption. O filme foi produzido pela Gullane e Buriti Filmes, e a exibição é fruto da parceria entre o canal de TV e a Gullane+ e a Buriti Filmes. O licenciamento dos filmes conta com o apoio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativa do Estado de São Paulo e do Ministério da Cultura e Governo Federal, através da Lei Paulo Gustavo.

Combinando documentário e encenação, o longa traz em si a mitologia e os costumes Yanomami a fim de denunciar os efeitos negativos da ação de garimpeiros ilegais. O filme foi feito em colaboração com os indígenas da comunidade Watoriki, na Terra Indígena Yanomami, no estado de Roraima.

Em entrevista, Davi Kopenawa Yanomami disse que aceitou fazer o filme para mostrar ao povo da cidade quem são os indígenas brasileiros. “O nosso povo Yanomami não é bicho, não é selvagem. Então eu queria mostrar a imagem do meu pessoal e também a floresta, já que a floresta é a nossa casa, onde a gente vive, onde a gente come, onde a gente faz o estudos dos xapiri, os seres sagrados da floresta, aprende interagindo com a natureza. Por isso foi bom encontrar o Luiz Bolognesi. Eu acho que é um jeito dos não-indígenas sentirem que é importante deixar o povo Yanomami protegido, e de garantir que possa viver em suas terras”.

Bolognesi, por sua vez, explica como foi fundamental ter Davi como roteirista do longa, ao seu lado. “Em alguns momentos eu defendia algumas ideias e o Davi dizia ‘não, não é assim que nós contamos, não é assim que as coisas são, não é assim que nós sonhamos’. Eu estava ali com a minha experiência como roteirista tanto dos meus filmes quanto nos de outras pessoas, mas me deixando conduzir por esses modos diferentes  de construir uma narrativa cinematográfica. E os Yanomami têm em si uma força e um senso estético muito evidenciados. Eles sabem que são bonitos, não se intimidam diante das câmeras. É um tipo de noção de si que é muito difícil de alcançar para um não-indígena e que também transparece quando filmada”.

A exibição na TV Cultural também tem a proposta de que as ações de divulgação e debate sejam acessíveis ao público portador de deficiência. O filme será exibido com libras, audiodescrição e closed caption. O bate papo também contará com intérprete de libras. "A Última Floresta" é uma produção da Gullane e da Buriti Filmes.


Ficha técnica
Filme "A Última Floresta"
Diretor: Luiz Bolognesi
Roteiristas: Davi Kopenawa Yanomami, Luiz Bolognesi
Elenco: Davi Kopenawa Yanomami, Ehuana Yaira Yanomami, Pedrinho Yanomami, Joselino Yanomami, Nilson Wakari Yanomami, Júnior Wakari Yanomami, Roseane Yanomami, Daucirene Yanomami
Direção de fotografia: Pedro J. Márquez
Produtores: Caio Gullane, Fabiano Gullane, Lais Bodanzky e Luiz Bolognesi
Produtoras: Gullane e Buriti Filmes
Distribuidora: Gullane
Ano: 2021
Duração: 74 minutos

.: Quadrinista da Marvel e da DC anuncia fantasia biográfica de Elis Regina


O quadrinista Gustavo Duarte está de volta ao mercado editorial brasileiro comum projeto autoral. Ele fechou, nesta semana, uma parceria para levar às principais livrarias do Brasil seu novo projeto em quadrinhos: “Elis!” será lançado pelo Grupo Editorial Record em 2025, ano que será comemorado os 80 anos de nascimento da cantora Elis Regina. O anúncio da parceria entre Gustavo e a Record ocorreu durante o painel realizado durante a CCXP.

João Marcello Bôscolli, produtor musical e filho da cantora, participou do anúncio e do bate-papo sobre o projeto. Gustavo explicou à plateia que a graphic novel mistura ficção e biografia, tendo como personagem central a cantora Elis Regina. “É uma fantasia biográfica que conta histórias da vida da cantora, em uma viagem para um mundo de fantasia, em que uma pequena Elis será levada por um novo amigo”, adianta o autor que trabalha no projeto desde 2020. Ainda no painel, Gustavo e João Marcello anunciaram que o livro terá uma edição especial com um vinil de Elis Regina em parceria com a Gravadora Trama.


Sobre o autor
O cartunista e quadrinista Gustavo Duarte trabalha, desde 2009, com histórias em quadrinhos – ele é responsável por toda a concepção, do roteiro, passando pelo design gráfico até chegar ao desenho final. Seus livros e histórias como “Có!”, “Taxi”, “Birds”, “Monstros!”, entre outras, são encontrados no Brasil, Estados Unidos, Alemanha, França, Bélgica, Suíça, Reino Unido, Argentina, Uruguai e Chile.

Seus trabalhos autorais já renderam nove Troféus HQ Mix. Além dos seus próprios livros, no mercado americano, escreve e desenha para revistas e livros de editoras como DC Comics, Marvel e Dark Horse. Lá, já trabalhou em títulos como “Bizarro”, “Dear Justice League”, “Dear DC Super-Villains”, “DC Silent Tales” (DC Comics), “Guardiões da Galáxia”, “Moon Girland Devil Dinosaur”, “Lockjaw”, Homem-Aranha (Marvel), entre outros.

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