“Borda Infinita”, de Tássia Nascimento
“Febre Inocente”, de J. Oliver Jr.
“Olhos Rubros de Sal”, de Márcia Moura
“Via Pública”, de Tiago Costa
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O novo e aguardado romance de Itamar Vieira Junior, um dos maiores autores brasileiros, já tem data de lançamento: "Coração Sem Medo" chegará às livrarias no dia 13 de outubro e já está em pré-venda. O terceiro e final volume da Trilogia da Terra é uma obra potente que enfeixa, com engenho narrativo e extrema sensibilidade, os principais temas desfiados em "Torto Arado" e "Salvar o Fogo". A capa é de Elisa v. Randow sobre a imagem de Aline Bispo
Enquanto o romance não chega às livrarias, a editora Todavia criou a Comunidade Coração sem Medo, grupo de whatsapp e newsletter por onde os leitores de Itamar recebem conteúdo exclusivo e benefícios, como desconto na pré-venda, acesso a clubes de leitura, entre outras ações. Para fazer parte da comunidade, basta se inscrever neste link. Para comprar o livro "Coração Sem Medo", de Itamar Vieira Junior, basta clicar neste link.
Sobre a Trilogia da Terra
Quando "Torto Arado" foi publicado, em 2019, Itamar Vieira Junior já anunciava que aquele romance daria o pontapé inicial naquilo que seria uma Trilogia da Terra: livros profundamente calcados na realidade e nas injustiças sociais brasileiras, em que seus personagens (descendentes de indígenas e escravizados) estariam às voltas com a luta pela dignidade assegurada por um quinhão de terra. Uma batalha que tem a ver com território - mas também com herança cultural, religiosidade afro-indígena e emancipação feminina.
Sobre "Coração Sem Medo"
Rita Preta, uma operadora de caixa de supermercado e mãe de três filhos, vê sua vida ser transformada quando um deles - o adolescente Cid - some sem deixar rastro na comunidade onde reside, em Salvador. Na sua jornada em busca de respostas, ela enfrenta as possibilidades de perder seu emprego, seu relacionamento amoroso, e até mesmo a própria vida, ameaçada pela atmosfera de violência que envolve o desaparecimento do primogênito.
Ao ter seu presente interrompido por esse evento inesperado, Rita se vê imersa nas memórias de seu passado: a saída precoce da casa da família no campo para trabalhar como empregada doméstica na cidade; a difícil relação com a avó Carmelita, a filha desaparecida de Donana; além da culpa que carrega por um trágico acidente envolvendo seus irmãos.
Se, por um lado, ela tenta reunir os fragmentos de sua história para se manter íntegra no presente, por outro, procura a chave para um recomeço. Forte e obstinada, Rita Preta é descendente direta de alguns personagens daquela Água Negra de "Torto Arado". Sua história, no entanto, parece espelhar a dor de muitas mães das periferias brasileiras, assoladas pela violência. Uma narrativa que, por isso mesmo, precisa ser contada, como percebe seu filho Cainho, espécie de alter ego do próprio autor: um jovem que passa a enxergar nas histórias do seu povo o alimento para a criação literária.
"Coração Sem Medo" é uma narrativa sobre o poder da imaginação contra o esquecimento: o novo romance de Itamar Vieira Junior é o testemunho literário sobre a força das histórias que precisam ser contadas, revelando o vigor inquebrantável do espírito humano. É, acima de tudo, uma história da gente brasileira.
Três discursos sobre eros parte do diálogo Fedro, de Platão, para investigar como a paixão amorosa pode ser, simultaneamente, uma forma de loucura e uma experiência do divino em busca da verdade. Para desenvolver essa investigação, Constâncio se vale da poesia, da literatura e da filosofia, desde a Antiguidade até os dias contemporâneos. Assim, o autor conecta as imagens poéticas de Platão aos versos de Safo e às Confissões de Santo Agostinho, e demonstra como pensadores e escritores vieram interpretando eros ao longo dos séculos, como Hegel, Nietzsche, Heidegger, Marcel Proust no Em busca do tempo perdido, Thomas Mann em A morte em Veneza e Anne Carson em Eros: o doce-amargo.
O resultado é uma obra híbrida que une rigor filosófico e fluidez literária, explorando temas universais como ciúme, temporalidade do amor, ilusão e autocontrole - questões ainda centrais na experiência humana contemporânea. “O leitor tem em mãos um precioso tesouro, que pode frequentar com deleite, cuja leitura é capaz de produzir arrebatamento, isto é, aquela loucura ou mania extática, que é condição tanto da filosofia como da poesia, e que pode nos conduzir para o que verdadeiramente somos”, afirma Oswaldo Giacoia Junior, que assina a orelha do livro. Compre o livro de "Três Discursos sobre Eros: meditação sobre o Fedro de Platão", de João Constâncio, neste link.
Sobre o autor
João Constâncio é professor catedrático do Departamento de Filosofia da Universidade Nova de Lisboa (Nova FCSH), onde se doutorou, em 2005, com uma dissertação sobre imagens e concepções da vida humana em Platão, e onde exerce os cargos de diretor do Instituto de Filosofia da Nova (IFILNOVA) e coordenador do Doutoramento em Filosofia. É autor do livro "Arte e Niilismo: Nietzsche e o Enigma do Mundo" (Tinta-da-china, 2013), bem como coorganizador de cinco livros sobre Nietzsche — incluindo, com Maria João Mayer Branco e Bartholomew Ryan, "Nietzsche and the Problem of Subjectivity" (Walter de Gruyter, 2015). Tem escrito e lecionado igualmente sobre questões fundamentais da estética, da antropologia filosófica e da filosofia da história nas obras de Platão, Kant, Hegel, Schopenhauer e Heidegger. Os seus projetos mais recentes incluem a publicação de um opúsculo sobre "As Tentações de Sant’Antão", de Hieronymus Bosch ("Sobre o Absurdo, Documenta", 2024); a tradução e comentário - com uma introdução escrita em colaboração com Luisa Buarque - da peça Lisístrata, de Aristófanes (em curso de publicação); e a coorganização, com Simon May, de um volume de ensaios intitulado "Who Is Heidegger’s Nietzsche?" (Cambridge University Press, previsto para 2026).
"Três Discursos sobre Eros" é o quinto título da coleção Ensaio Aberto. Coordenada por Tatiana Salem Levy e Pedro Duarte, a coleção é resultado de uma parceria originada no âmbito do Programa de Internacionalização da Capes (Capes‑PrInt) entre a Universidade Nova de Lisboa e a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Os livros são publicados pela Tinta-da-china, em Lisboa, e pela Tinta-da-China Brasil, em São Paulo, com apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT – Portugal).
“Na tradição ocidental, deu‑se por certa a separação entre Filosofia e Literatura, tendo‑se como consequência um entendimento histórico que cindia, de um lado, a mente, a reflexão ou a razão, e, de outro lado, o corpo, a criação ou a emoção. Perdia‑se, assim, a possibilidade de um conhecimento que, em vez de separar, aproximasse Filosofia e Literatura, perguntando‑se: mas escritores não filosofam, e filósofos não escrevem? Os Ensaios Abertos desta coleção surgiram da vontade de explorar como, apesar da conhecida crítica metafísica que a Filosofia dirigiu à Literatura, elas não cessaram de se aproximar”, explicam os coordenadores. Compre os livros da coleção Ensaio Aberto neste link.
A nova adaptação chega às telas do cinema em 28 de agosto, com direção de Jay Roach, responsável por "Austin Powers - Um Agente Nada Discreto", Trumbo e O Escândalo. Indisponível há anos, "A Guerra dos Roses", livro que inspirou os filmes, chega às livrarias pela Intrínseca em outubro, com tradução de André Czarnobai, e já está em pré-venda nas lojas on-line.
Casados há 18 anos, os Roses parecem levar a vida dos sonhos. Pais amorosos de dois adolescentes, Jonathan é um advogado bem-sucedido e Barbara, uma mulher que dedicou a vida à família. O casal mora num lindo casarão com os filhos e animais de estimação, uma valiosa coleção de antiguidades e ainda tem uma bela Ferrari. Mas uma inesperada disputa se inicia logo após Jonathan ter um repentino e suposto ataque cardíaco, que desperta em Bárbara profundas reflexões sobre seu casamento.
Ao perceber que não se importa mais com o marido e deseja uma vida livre dele, ela inicia os trâmites do divórcio. Só que há um desafio para a separação: decidir quem fica com a casa, que representa a paixão de uma vida inteira para ambos. A propriedade se transforma, então, numa completa zona de guerra, já que o casal se recusa a deixar o imóvel e tenta expulsar um ao outro, custe o que custar.
Compre "A Guerra dos Roses", de Warren Adler, aqui: amzn.to/47lwJcq
Sobre o autor
Warren Adler foi um aclamado autor, dramaturgo e poeta norte-americano, conhecido principalmente por A guerra dos Roses, publicado pela primeira vez em 1981, livro que inspirou o icônico filme estrelado por Michael Douglas, Kathleen Turner e Danny DeVito. A produtora de Adler, Adler Entertainment Trust - administrada por seus filhos -, está adaptando sua extensa obra, que inclui cinquenta romances, inúmeras peças e centenas de contos, para a televisão, o cinema e o teatro. Em 2025, seu grande sucesso ganhou um remake, "Os Roses", com Olivia Colman e Benedict Cumberbatch. Adler faleceu aos 91 anos em 2019. Foto: David Adler.
As diferenças entre o clássico e a nova versão de “Os Roses”
Uma das principais diferenças entre as duas versões está no ponto de vista e na construção dos personagens. Enquanto o longa de 1989 abraçava o exagero e a caricatura para amplificar o absurdo da guerra conjugal, a nova adaptação aposta em um tom mais realista, ainda que temperado pelo humor ácido.
A rivalidade entre os protagonistas surge menos da teatralidade e mais de pressões sociais contemporâneas, como a busca por sucesso profissional, a desigualdade de reconhecimento e o impacto da vida pública nas relações íntimas. Outro diferencial é que o roteiro de McNamara aprofunda a humanidade dos protagonistas, revelando momentos de fragilidade e conexão que tornam o embate ainda mais doloroso.
Uma curiosidade é que McNamara e Roach decidiram preservar a essência ácida e desconfortável que tornou o filme de 1989 inesquecível, mas substituíram os grandes gestos destrutivos por conflitos mais sutis, verbais e psicológicos, que espelham as formas modernas de desgaste conjugal. A estética também mudou: se o original usava uma casa luxuosa como palco para a guerra, aqui os ambientes refletem as conquistas profissionais e o estilo de vida atual, funcionando como extensão da disputa entre Theo e Ivy.
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Quarenta anos após emocionar e divertir plateias no Brasil e no exterior, a comédia "A Marvada Carne", de André Klotzel, volta aos cinemas em uma versão remasterizada que resgata o frescor visual, a sonoridade e a riqueza estética dessa fábula caipira que conquistou público e crítica. A partir desta quinta-feira, dia 28 de agosto, o longa será exibido em salas de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Vitória, Florianópolis e Alagoas, permitindo que novas e antigas gerações vivam a experiência de assisti-lo na tela grande.
Para o diretor, o relançamento de "A Marvada Carne" não é apenas a celebração de um filme que se tornou clássico, mas também uma oportunidade para discutir a importância de preservar um tipo de produção que, segundo ele, está cada vez mais raro no Brasil: o cinema que nasce do produtor independente e dialoga com o grande público.
“Naquela época, havia um pouco mais de espaço para se fazer filmes originais, criativos e que ao mesmo tempo tinham a ambição de serem populares. Hoje, criou-se uma separação artificial entre o que é cinema cultural /autoral e o que é comercial. Todo cinema é as duas coisas. Mas infelizmente, vemos cada vez mais estímulo a filmes concebidos a partir da lógica do distribuidor, pensados para atender a um modelo de mercado já estabelecido, e poucas obras mais ousadas, com origem no realizador, que mirem também em um público amplo", comenta Klotz.
O diretor lembra que nos anos 1980, mesmo com problemas e desafios, havia uma estrutura que permitia mais alternativas: “A Embrafilme era a distribuidora do cinema brasileiro quase exclusiva, um modelo semelhante às grandes empresas americanas, que surgiram justamente da iniciativa de produtores para comercializar seus produtos. Isso acabou abruptamente no governo Collor, junto com o Concine”, diz.
A visão de Cláudio Kahns: memória, tecnologia e preservação da alma brasileira
O relançamento também concretiza um projeto acalentado por anos pelo produtor Cláudio Kahns, que sempre defendeu a necessidade de restaurar o filme com a melhor tecnologia disponível. “Tínhamos cópias em vídeo muito ruins, e a última matriz datava de 1999. Era absolutamente necessária esta refação. Graças ao apoio do Canal Brasil e de outros parceiros, conseguimos chegar a uma master muito boa. É a memória do país que está em jogo. Preservar 100, 200, 500 filmes é preservar a alma do Brasil”.
Para Kahns, a iniciativa não é apenas uma questão de qualidade técnica, mas de compromisso cultural. “Há muitos filmes excelentes feitos nas últimas décadas que precisam ser remasterizados. A Ancine deveria ter um programa específico para isso. É um tesouro que precisa ser preservado”. O produtor lembra que A Marvada Carne foi realizado com orçamento apertado, mas com uma somatória de talentos raramente reunida em uma mesma obra.
“O elenco é excepcional: o saudoso Adilson Barros, Fernanda Torres em seu primeiro papel premiado aos 19 anos, Regina Casé, Dionísio Azevedo, Lucélia Machiavelli, Geni Prado, a lendária dupla Tonico & Tinoco. A direção de arte de Adrian Cooper e a cenografia de Beto Mainieri, unidas à fotografia poética de Pedro Farkas, criaram um universo visual que continua belo e atual”.
Entre o mito e o real: a força atemporal da fábula caipira
"A Marvada Carne" conta a história de Nhô Quim, um homem que vive sozinho no mato e decide buscar dois grandes desejos: carne de boi e uma esposa que cuide dele. Carula, por sua vez, sonha com um marido e desafia “Santo Antoninho” a tornar o sonho realidade. Entre santos de olhar zombeteiro, diabos sedutores e figuras do folclore, o filme costura com humor e poesia as carências e desejos universais do ser humano.
Claudio Kanhs ressalta que a atemporalidade do filme está em sua capacidade de combinar ingenuidade e ironia. “O humor naif, o olhar afetuoso para o sertão e a inteligência do matuto continuam funcionando. É um humor que não se esgota porque fala de gente, de desejo, de identidade. E complementa: “Se você quiser ver o Brasil sob uma ótica caipira inteligente e lúdica, vai curtir tanto quanto o público de 40 anos atrás. É um filme que alimenta a alma e te faz sair do cinema mais leve e feliz”.
Bastidores e curiosidades
O papel de Carula foi inicialmente pensado para outra atriz conhecida, mas acabou com Fernanda Torres após indicação de Pedro Farkas. “A Fernanda já mostrava, aos 18 anos, a potência da atriz que se tornaria. E trazia também um espírito irreverente: às vezes, depois das filmagens em Juquitiba, pegava carona na BR-116 para voltar ao Rio. Era outro tempo”, recorda Kahns.
Outra história curiosa envolve a participação de Tonico & Tinoco, viabilizada pelo empresário Beto Carrero. Em troca, foi incluído no filme um discreto merchandising de um remédio da Vitasay, quase imperceptível, mas suficiente para custear a presença da dupla.
Legado e relevância para as novas gerações
Mais de um milhão de pessoas assistiram "A Marvada Carne" nos cinemas na época do lançamento, e o filme esteve por anos entre os VHS mais vendidos. No exterior, foi exibido em países como Canadá, Japão, Alemanha, França, Espanha, Portugal e Cuba, sendo lançado em Paris com o título Sacré Barbaque. Até hoje, versões piratas circulam na internet, algumas com mais de 500 mil downloads, prova da permanência do interesse.
Locais de exibição:
São Paulo
Belas Artes São Paulo
Cinesystem Belas Artes Frei Caneca
Cinesystem Pompeia
Cinesystem Morumbi
Rio de Janeiro
Cinesystem Belas Artes Botafogo
Cinesystem Américas
Florianópolis
Cinesystem Floripa
Brasília
Cinesystem BSB
Maceió
Cinesystem Maceió
Vitória
Cine Jardins Vitória
Ficha técnica
"A Marvada Carne" - Versão remasterizada
Direção: André Klotzel
Produção: Cláudio Kahns
Roteiro: André Klotzel e Carlos Alberto Soffredini
Fotografia: Pedro Farkas
Direção de arte: Adrian Cooper
Distribuição: Tatu Filmes
Coordenação de lançamento: Chrys Rochat e Cláudio Kahns
Elenco: Adilson Barros, Fernanda Torres, Regina Casé, Dionísio Azevedo, Lucélia Machiavelli, Geni Prado, Tonico & Tinoco
Prêmios
Festival de Gramado 1985
· Melhor Filme (júri oficial e júri popular)
· Melhor Direção – André Klotzel
· Melhor Atriz – Fernanda Torres
· Melhor Roteiro – André Klotzel e Carlos Alberto Soffredini
· Melhor Fotografia – Pedro Farkas
· Melhor Montagem – Alain Fresnot
· Melhor Cenografia – Adrian Cooper e Beto Mainieri
· Melhor Música – Rogério Duprat, Passoca e Hélio Ziskind
· Prêmio da Crítica – André Klotzel
· Menção Honrosa de Coadjuvante – Dionísio Azevedo
· Prêmio Kodak de Fotografia – Pedro Farkas
· Prêmio Vasp (Direção) – André Klotzel
· Prêmio Vasp (Atriz) – Fernanda Torres
"Um Natal Perfeito", "O Seguro", "O Homem da Vaca e o Poder da Fortuna", "A Caseira e a Catarina" são quatro das peças curtas de Ariano Suassuna ganham leitura dramática nesta terça-feira, dia 26 de agosto, às 19h00, no Teatro do Sesc Bom Retiro. A programação é a quarta data do Ciclo 7 Leituras deste ano. Com direção de Marco Antônio Pâmio, o elenco conta com Agnes Zuliani, Ana Cecília Costa, Bete Dorgam, Fábio Espósito, Joaz Campos, Josemir Kowalick, Rafael Losso, Walter Breda.
Desde 2024 as leituras acontecem no Teatro do Sesc Bom Retiro. Nesta edição, o 7 Leituras completa 19 anos de existência em ciclo todo dedicado à obra de Ariano Suassuna, apresentando alguns de seus textos mais populares. A concepção geral do projeto é da diretora Eugenia Thereza de Andrade. Ao longo desses anos, o projeto traz em seu histórico mais de 120 peças, dirigidas por 54 diretores, contando com a participação de 540 atores e atrizes, num projeto contínuo e longevo que já é tradição no calendário cultural da cidade.
Sobre o autor
Ariano Suassuna (1927-2014) foi um profícuo dramaturgo, romancista e poeta brasileiro, nascido em João Pessoa, Paraíba. Figura central do Movimento Armorial, dedicou-se a valorizar a cultura popular do Nordeste. A obra mais aclamada do autor, "Auto da Compadecida" (1955), é uma peça teatral que mistura elementos da tradição popular, do barroco e da literatura de cordel, tornando-se um clássico do teatro brasileiro.
Além de "Auto da Compadecida", Suassuna escreveu outras peças importantes como "O Santo e a Porca" (1957) e "A Pena e a Lei" (1959). No campo da literatura, destacam-se os romances "A Pedra do Reino" (1971) e "O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta" (1971). Suas obras são marcadas pelo humor, pela crítica social e pela exaltação da cultura nordestina. Ariano Suassuna faleceu no Recife, Pernambuco, deixando um legado cultural imensurável para o Brasil.
Ficha técnica
Ciclo 7 Leituras - 19º Ano - Homenagem a Ariano Suassuna
Concepção e direção geral: Eugênia Thereza de Andrade
Pesquisa e seleção de textos: Eugênia de Andrade e Marco Antônio Pâmio
“Entremeios” de Ariano Suassuna
Direção: Marco Antônio Pâmio
Elenco: Agner Zuliani, Ana Cecília Costa, Bete Dorgam, Fàbio Espósito, Joaz Campos, Josemir Kowalick, Rafael Losso, Walter Breda
Ambientação cenográfica e figurino: Equipe Jogo Estúdio
Iluminação: Luana Della Crist
Sonoplasta: Deivison Nunes
Fotos: Edson Kumasaka
Assistente de palco: Taci Glasberg
Produção: Messias Lima / Jogo Estúdio
Serviço
Projeto “7 Leituras – Homenagem a Ariano Suassuna – 19º Ano”
Datas: 26 de agosto, 30 de setembro, 28 de outubro e 25 de novembro, terças, às 19h00.
Local: teatro (297 lugares). 12 anos.
Grátis, retirada de ingresso 1h antes.
Estacionamento do Sesc Bom Retiro (Vagas limitadas)
O estacionamento do Sesc oferece espaço para pessoas com necessidades especiais e bicicletário. A capacidade do estacionamento é limitada. Os valores são cobrados igualmente para carros e motos. Entrada: Alameda Cleveland, 529. Valores: R$8 a primeira hora e R$3 por hora adicional (Credencial Plena). R$17 a primeira hora e R$4 por hora adicional (Outros). Valores para o público de espetáculos: R$ 11 (Credencial Plena). R$ 21 (Outros). Horários: Terça a sexta: 9h às 20h. Sábado: 10h às 20h. Domingo: 10h às 18h. Importante: em dias de evento à noite no teatro, o estacionamento funciona até o término da apresentação.
Transporte gratuito
O Sesc Bom Retiro oferece transporte gratuito circular partindo da Estação da Luz. O embarque e desembarque ocorre na saída CPTM/José Paulino/Praça da Luz.
Consulte os horários disponíveis de acordo com a programação.
Fique atento se for utilizar aplicativos de transporte particular para vir ao Sesc Bom Retiro! É preciso escrever o endereço completo no destino, Alameda Nothmann, 185, caso contrário o aplicativo informará outra rota/destino.
Sobre os debatedores
Eliana Yunes é graduada em Filosofia, mestre em Letras, doutora em Linguística e Literatura, escritora e professora. Tem experiência na área de educação, políticas públicas, administração cultural e teologia, atuando principalmente na linha de formação de leitores em perspectiva interdisciplinar. Atuou como orientadora na UFRJ, na UERJ, na PUC-Rio (1975/2017); foi organizadora do Proler/Fundação Biblioteca Nacional; co-criadora da Cátedra Unesco de Leitura no Brasil e da RELER - Rede de Estudos avançados em Leitura. Dirigiu o Instituto Interdisciplinar de Leitura da PUC-Rio e participou como conselheira da Política Nacional de Leitura.
O escritor, jornalista e editor José Eduardo Agualusa nasceu em 1960, em Huambo - na então África Ocidental Portuguesa. Desde seu livro de estreia, o romance “A conjura” (1989), já lançou mais de 30 obras, entre romances, contos e novelas. Ao longo de sua carreira, já recebeu diversos prêmios, como o Grande Prêmio Gulbenkian de Literatura para Crianças e Jovens (2002), com o livro “Estranhões e Bizarrocos”. Em 2006 lançou, juntamente com Conceição Lopes e Fátima Otero, a editora brasileira Língua Geral, dedicada apenas a autores de língua portuguesa.
Sobre o programa “Leitura em Debate”
Realizado anteriormente por quatro anos consecutivos (2008/2011), o programa trouxe diversos convidados do Brasil e do exterior para debater temas ligados à literatura e à mediação de leitura, além de ter realizado algumas edições em Feiras do Livro. Ao longo desses anos, escritores, ilustradores, professores, editores, contadores de histórias, teóricos, psicólogos infantis e produtores culturais, com seus diversos olhares, colaboraram na busca por uma literatura de qualidade para crianças e jovens e pela formação de novos leitores.
Em 2015, os encontros mensais converteram-se no livro “Leitura em debate: a literatura infantil e juvenil na Biblioteca Nacional”. O programa tem como público-alvo mediadores de leitura, educadores de um modo geral, bibliotecários, escritores, ilustradores e interessados no universo da literatura.
Serviço: Leitura em Debate “Qual a Relação entre os Autores, os Mediadores de Leitura e os Leitores?”
Quinta-feira, dia 27 de agostp.
Horário: 14h00 às 16h30.
Local: Auditório Machado de Assis.
Endereço: Rua México, s/n.º (entrada pelo jardim).
Transmissão ao vivo: https://www.youtube.com/watch?v=uXXxG80PrVg
*Evento gratuito
Os fãs de terror já podem garantir seu lugar para testemunhar a conclusão de uma das franquias mais icônicas de terror nos cinemas. A rede Cineflix iniciou a pré-venda de ingressos para "Invocação do Mal 4: o Último Ritual". O aguardado longa estreia nos cinemas em 4 de setembro, encerrando de forma arrepiante a trajetória dos renomados investigadores paranormais Ed (Patrick Wilson) e Lorraine Warren (Vera Farmiga).
Inspirado em eventos reais, "Invocação do Mal 4: o Último Ritual" acompanha o caso mais perturbador e enigmático da carreira do casal, em um desfecho que promete trazer grandes sustos e mexer até com os espectadores mais corajosos.
Sobre o filme
A New Line Cinema apresenta o nono filme do universo cinematográfico Invocação do Mal, que já arrecadou mais de 2 bilhões de dólares nos cinemas, Invocação do Mal 4: O Último Ritual, dirigido pelo veterano cineasta da franquia, Michael Chaves, e produzido pelos arquitetos do universo Invocação do Mal, James Wan e Peter Safran.
"Invocação do Mal 4: o Último Ritual" é o mais novo eletrizante capítulo do icônico universo cinematográfico Invocação do Mal, baseado em eventos reais. Vera Farmiga e Patrick Wilson se reencontram, para trabalhar em um último caso, como os renomados investigadores paranormais da vida real Ed e Lorraine Warren, uma considerável e arrepiante adição à franquia sucesso mundial de bilheteria.
Vera Farmiga e Patrick Wilson estrelam ao lado de Mia Tomlinson e Ben Hardy, nos papéis de Judy Warren, filha de Ed e Lorraine, e seu namorado Tony Spera. O elenco também conta com Steve Coulter, que retorna como Padre Gordon, além de Rebecca Calder, Elliot Cowan, Kíla Lord Cassidy, Beau Gadsdon, John Brotherton e Shannon Kook.
Michael Chaves dirige "Invocação do Mal 4: o Último Ritual" a partir do roteiro de Ian Goldberg & Richard Naing e David Leslie Johnson-McGoldrick, com argumento de David Leslie Johnson-McGoldrick & James Wan, baseado nos personagens criados por Chad Hayes & Carey W. Hayes. Os produtores executivos são Michael Clear, Judson Scott, Natalia Safran, John Rickard, Hans Ritter e David Leslie Johnson-McGoldrick.
Na equipe criativa atrás das câmeras, Chaves conta com o diretor de fotografia Eli Born; o designer de produção John Frankish; os editores Elliot Greenberg e Gregory Plotkin; o supervisor de efeitos visuais Scott Edelstein; o produtor de efeitos visuais Eric Bruneau; o figurinista Graham Churchyard; Rose Wicksteed e Sophie Kingston-Smith, responsáveis pelo elenco; e o supervisor musical Ian Broucek. A trilha sonora foi composta por Benjamin Wallfisch.
A New Line Cinema apresenta uma produção da Safran Company/Atomic Monster, "Invocação do Mal 4: o Último Ritual", que será lançado e distribuído mundialmente pela Warner Bros. Pictures nos cinemas e salas IMAX de todo mundo.
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Em cartaz até dia 28 de setembro no Teatro Renaissance, o espetáculo “Memórias do Vinho” reúne diversas discussões em uma mesma taça. Com texto inédito de Jandira Martini - escrito em parceria com Maurício Guilherme e finalizado pouco antes da partida dela em 2024 - e direção precisa e sensível de Elias Andreato, a peça segue com as últimas apresentações com Herson Capri e Caio Blat em um verdadeiro duelo de talentos.
O enredo parece simples: pai e filho, distantes há anos, em um reencontro por necessidade. No entanto, a adega do patriarca, repleta de garrafas raras e um diário secreto de vinhos, abre espaço para revelações, mágoas não-verbalizadas e lembranças engarrafadas pelo tempo. No espetáculo, o vinho não é apenas bebida, mas metáfora da memória, do envelhecimento e do que se guarda, às vezes com zelo, às vezes por egoísmo. É justamente nessa simbologia que o espetáculo cresce.
A narrativa, que poderia descambar para o ressentimento, é transformada em uma crônica delicada sobre a passagem do tempo, a carência afetiva e a mágica de celebrar a vida em família, mesmo quando nunca se fala o que se tem a dizer. Herson Capri imprime a maturidade de quem coleciona experiências como quem coleciona rótulos raros; Blat, por sua vez, entrega a intensidade da juventude frustrada, mas ainda capaz de sonhar. O jogo de cena é bonito de se ver: não há vaidade, há partilha. Os dois passam a bola, provocam-se e se escutam - como se o palco fosse também uma mesa de jantar em que o brinde só faz sentido se for coletivo.
Elias Andreato conduz com a sobriedade de quem sabe que menos é mais. O cenário de Rebeca Oliveira é elegante sem exageros, deixando que os atores e o texto sejam a principal safra da noite. A iluminação de Cleber Eli contribui para a atmosfera intimista, quase etílica, em que o público se vê cúmplice daquele acerto de contas. “Memórias do Vinho” é um espetáculo agradável como um bom gole: provoca sorrisos, aquece a alma e convida à reflexão. Mais do que a história de um pai e um filho, é um brinde ao que fica - o amor, os gestos, os vínculos. No final, a peça deixa no ar uma pergunta saborosa: o que guardamos em nossas próprias adegas de lembranças? Nesse caso, cabe levantar a taça e brindar: à vida, ao vinho e ao teatro.
Ficha técnica
Espetáculo "Memórias do Vinho"
Autores: Jandira Martini e Maurício Guilherme
Direção: Elias Andreato
Assistente de direção: Rodrigo Frampton
Cenário: Rebeca Oliveira
Contrarregra: Tico (Agilson dos Santos)
Figurino: Mari Chileni
Camareira: Gisele Pereira
Iluminação: Cleber Eli
Operação de luz: Ian Bessa
Operação de som: Eder Soares
Trilha: Elias Andreato
Fotos: Nana Moraes
Design e identidade visual: Rodolfo Rezende / Estúdio Tostex
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Produção Executiva: Elisangela Monteiro
Direção de produção: Fernando Cardoso e Roberto Monteiro
Realização: Mesa2 Produções
Serviço
Espetáculo "Memórias do Vinho", de Jandira Martini e Maurício Guilherme
Temporada: de 5 a 27 de julho - sábados, às 21h00, e domingos, às 19h00
Teatro Renaissance - Alameda Santos, 2233 - Jardim Paulista / São Paulo
Ingressos: R$ 150,00 (inteira), R$ 75,00 (meia-entrada)
Lotação: 432 lugares
Venda on-line pelo Sampa Ingressos: www.sampaingressos.com.br
Bilheteria (sem taxa de conveniência): aberta 2 horas antes das sessões.
Classificação: 12 anos
Duração: 70 minutos
Capacidade: 432 lugares
Acessibilidade: Teatro é acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida
Bilheteria (sem taxa de conveniência): aberta de sexta a domingo a partir das 14h até o início do espetáculo.
Acessibilidade: o teatro comporta 432 pessoas, sendo 412 poltronas numeradas e oito espaços para cadeirantes. Dentre os 412 lugares fixos, há oito poltronas “Assentos Obeso” e outras oito poltronas para deficientes visuais com espaço reservado para o cão guia.
* O comprovante de meia-entrada deverá ser apresentado na entrada do espetáculo.
Longe dos pátios escolares e das partidas de futebol, o ‘garoto tímido’, mergulhava em livros e sons. As leituras da adolescência deixaram marcas profundas em suas composições, que revelam sensibilidade e maturidade artística. Desde cedo, também encontrou amigos com quem compartilhava acordes no violão, baixo e guitarra, cultivando a base de sua linguagem musical.
Thomas compôs um repertório autoral que deu um resultado na gravação de seu primeiro álbum. Em “Garoto Tímido”, o artista revela-se um cantor comunicativo e caloroso, ao mesmo tempo sensível e inspirado ao interpretar suas próprias canções. Entre suas referências, Thomas cita Renato Russo da Legião Urbana e rock internacional capitaneado pelos Beatles, principalmente. "Estou muito animado com este primeiro álbum da minha carreira. É um projeto no qual venho trabalhando há muito tempo e me sinto realizado de poder apresentá-lo. Espero que gostem!", diz Thomas.
Com produção musical e arranjos de Rodrigo Campello, que trabalhou com diversos artistas renomados como João Bosco, Moraes Moreira, Marisa Monte, Lenine, Caetano Veloso, Gilberto Gil e outros. Músicos de peso, como Lancaster Lopes, no baixo, que também tocou e gravou com diversos artistas e bandas, assim como Marcelo Vig, que toca bateria nesse álbum.
"Garoto Tímido" - Thomas Malherbe
A narrativa baseada no premiado filme homônimo de Ettore Scola traz a tocante história de vidas opostas que se encontram por acaso onde discutem o amor, a vida e as forças que unem e afastam as pessoas. Esta é a segunda vez que essa história será adaptada para o teatro no Brasil. Uma montagem dirigida por José Possi Neto e estrelada por Glória Menezes e Tarcísio Meira fez temporada por aqui em 1986.
"Um Dia Muito Especial" é uma história de amor entre duas pessoas muito diferentes - ele, recém-demitido por ser homossexual; ela, uma dona de casa solitária, mãe de seis filhos, presa a um casamento marcado pelo machismo e traição. A peça aborda temas como aceitação, amor, transformação, preconceitos e o papel da mulher na sociedade, convidando o público a refletir sobre o que nos conecta e nos afasta em um cenário de diferenças e limitações pessoais.
Sinopse de "Um Dia Muito Especial"
Roma, 6 de maio de 1938. Enquanto Benito Mussolini e Adolf Hitler firmam sua aliança política - em uma parada com massiva presença da população - Antonietta, dona de casa e mãe de seis filhos, é impedida de ir para ficar em casa cuidando dos afazeres domésticos. Em meio ao caos, seu pássaro de estimação voa até a janela do vizinho Gabriele. Ele, demitido da rádio por ser gay e na iminência de ser preso, não iria a um desfile com essa temática. Entre conversas sobre sonhos, frustrações e desejos, nasce uma amizade extraordinária e um amor platônico que, naquele dia, mudará suas vidas para sempre.
Ficha técnica
Espetáculo "Um Dia Muito Especial"
Autores: Ettore Scola, Ruggero Maccari e Gigliola Fantoni
Tradução: Celia Tolentino
Adaptação: Alexandre Reinecke
Direção geral: Alexandre Reinecke
Elenco: Reynaldo Gianecchini, Maria Casadevall e Carolina Stofella
Direção de produção: Marcella Guttmann
Produção executiva: Tatiana Zeitunlian
Assistência de produção: Erica Paloma
Assistência de direção: Carol Stofella
Design gráfico: Julia Reinecke
Coordenação de mídia social: Rodrigo Ferraz e Kyra Piscitelli
Iluminação: Caetano Vilela
Cenários: Marco Lima
Fotografia: Priscila Prade
Trilha sonora: Dan Maia
Maquiagem e visagismo: Robson Souza
Figurino masculino: Ricardo Almeida
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Produtores associados: Reynaldo Gianecchini e Alexandre Reinecke
Realização: Reinecke Produções Culturais Ltda.