domingo, 2 de janeiro de 2011

.: Dossiê Nelson Rodrigues

Um guia de A a Z para você aproveitar melhor a obra do autor

Por: Helder Miranda

Em janeiro de 2011


Dossiê Nelson Rodrigues: No baú dos textos perdidos, um especial sobre o escritor e dramaturgo com tudo o que você precisa, ou não, saber sobre ele.


Caso você ainda não tenha lido O Anjo Pornográfico, de Ruy Castro, mas quer saber os fatos mais curiosos e interessantes de sua biografia, o Resenhando preparou um resumão para você. Da cultura inútil, aos dramas familiares e à vida como ela é. Delicie-se com este enredo rocambolesco, que não passa de vida real!

• É o quinto filho dos catorze que do casal Maria Esther Falcão e Mário Rodrigues. 

• Quando tinha quatro anos, uma vizinha, Dona Caridade, invade a casa dele e diz para sua mãe: "Todos os seus filhos podem freqüentar a minha casa, menos o Nelson." Como ninguém entendesse a razão, ela afirmou que vira o menino aos beijos com sua filha Odélia, de três anos. 

• Aos 14, perdeu a virgindade com uma prostituta da rua Benedito Hipólito, as que ficavam em melhor ambiente, eram as mais bonitas e cobravam mais caro. 

• Mais tarde, criou um tabloide de quatro páginas intitulado Alma Infantil, que surgiu da correspondência com seu primo Augusto Rodrigues Filho, que não conhecia pessoalmente e morava em Recife. Depois de cinco números e muitos ataques a políticos pernambucanos e cariocas, desistiu do jornal.

• Teve uma irmã, Dorinha, que morreu aos nove meses, em setembro de 1927, de gastrenterite. Abandonou, neste ano, a terceira série do ginásio no Curso Normal de Preparatórios e nunca mais voltou à escola.

• Publica artigos a partir de fevereiro de 1928, todos com grande sensibilidade poética. O lado fúnebre só apareceu na crônica de 16 de março, "O rato..." em que conta como viu o bicho morto, achatado por um carro, em frente à Biblioteca Nacional.

• Sob a alegação de que um dos Rodrigues era o mandante do assassinato do argentino Carlos Pinto, repórter de A Democracia, o tenente-coronel Carlos Reis manda a polícia prendê-los. Foram todos presos, menos Nelson, que escapou por não estar no Rio, em viagem para o Recife, única forma encontrada pela família para tentar livrá-lo da depressão em que se encontrava. 

• Em 26 de dezembro de 1929 o jornal estampa matéria, na primeira página, sobre o desquite de Sylvia e José Thibau Jr. Foi a fórmula encontrada para o diário não sair sem assunto, após o natal. No dia seguinte, pela manhã, Sylvia entra na redação da Crítica procurando por Mário Rodrigues. Como não o encontrou, pede para falar com seu filho Roberto e lhe dá um tiro no estômago. Nelson testemunhou a cena, aos 17 anos. 

• Roberto faleceu no dia 29. Milton, o mais velho, ia para o porão do palacete, antigo território de Roberto, apagava as luzes e ficava horas no escuro. Nelson, chorava. Joffre, de catorze anos, ganhou do pai um revólver e passou a andar armado pela cidade à noite. Se encontrasse Sylvia, a mataria.

• Dois meses depois da morte de Roberto, Mário Rodrigues falece de encefalite aguda e hemorragia. A família se muda para outra casa em Copacabana. No mesmo dia em que Nelson completava 18 anos, Sylvia era absolvida.

• Com 21 anos, já havia arrancado todos os dentes e posto dentadura. 

• Vai para Campos do Jordão cuidar da tuberculose. Passou lá de abril de 1934 a junho de 1935. Durante esse período, só os irmãos Milton e Augustinho foram visitá-lo, uma só vez. 

• Em abril de 1936, Joffre, com 21 anos, foi levado para o Sanatório em Correias, no Rio de Janeiro, com tuberculose. Nelson ficou ao lado do irmão durante sete meses, até ele falecer.

• Em 1937, após muita conversa, Roberto Marinho concordou em contratar Elza Bretanha como secretária de Henrique Tavares, gerente de O Globo Juvenil. Na época, a redação só tinha homens. Nelson se aproxima de Elza, expõe sua má situação financeira e de saúde, e propõe casamento. 

• Volta a ser internado por tuberculose e, nos quatro meses em que fica isolado, demonstra seu lado ciumento. Vivia atormentado e, na volta, terminou o noivado. O coração, no entanto, falou mais forte do que o infundado ciúme e voltaram a marcar a data do casamento, contrariando a mãe da noiva e o patrão de ambos.

• Dia 29 de abril de 1940, sem externar qualquer anormalidade, Elza saiu para trabalhar, mas foi para a casa de uma amiga, onde trocou de roupa e se casou no civil, diante do juiz. Depois, foram comemorar tomando uma média com torrada na leiteria "Palmira". Voltaram para O Globo Juvenil e trabalharam normalmente. Haviam acertado, por vontade de ambos, que a noite de núpcias só aconteceria após o casamento religioso.

• Os irmãos de Elza ficaram sabendo e falaram até em matá-lo. Nelson alugou uma casinha no Engenho Novo, comprou móveis de segunda mão. Mário, o irmão, deu ao casal a cama e a penteadeira. Finalmente a sogra permite e o casamento religioso acontece em 17 de maio. Para se casar, com quase 28 anos, ele precisou ser batizado, fazer a primeira comunhão e estudar catecismo.

• Após seis meses de casamento, certa manhã Nelson acorda e comunica a Elza que estava cego. Não enxergava nada. Descobriu, indo ao médico, que se tratava de uma seqüela da tuberculose. Tomou muito anti-inflamatório, melhorou, mas 30 por cento de sua visão estava perdida para sempre, nos dois olhos. Apesar do estado de penúria em que se encontravam, o focalizado pediu a Elza que deixasse o emprego quando se casassem. Logo que pode comprou um telefone e ligava para ela de hora em hora. Saudades ou ciúme? 

• No meio do ano de 1941 escreveu sua primeira peça, A mulher sem pecado. Nessa época as peças ficavam, no máximo, duas semanas em cartaz. Nelson oferece sua peça para dois grandes artistas de então: Dulcina e Jaime Costa, mas eles a recusam. O autor, necessitando de dinheiro, começou a se mexer: submeteu a peça a Henrique Pongetti, Carlos Drummond de Andrade e ao crítico Álvaro Lins. Mas não conseguiu encená-la.

• Nasce Joffre, seu primeiro filho. O autor, por ordens médicas, não podia ficar perto do filho. Descobre que foi premiado com uma úlcera do duodeno. O médico lhe prescreve regime alimentar e manda que ele pare de tomar café e de fumar, coisa que nunca fez. 

• Em 9 de dezembro de 1942, A mulher sem pecado foi levada à cena pela "Comédia Brasileira", com direção de Rodolfo Mayer, no Teatro Carlos Gomes, no Rio de Janeiro. Lá ficou por duas semanas e não teve repercussão nenhuma perante o público. Alguns críticos e amigos elogiaram, e isso bastava ao autor.

• Em janeiro de 1943 Nelson escreve sua segunda peça teatral: Vestido de Noiva. Elza, sua mulher, fez mais de vinte cópias datilografadas para serem entregues a jornalistas, críticos e amigos. O primeiro a receber foi Manuel Bandeira. Ele gostou. Como outros, escreveu sobre ela e elogiou. Os jornais e suplementos falavam sobre Vestido de Noiva mas o autor não conseguia encená-la. Todos diziam que era uma peça que exigia cenário complexo e teria custo muito alto. Só Thomaz Santa Rosa, um pernambucano ex-funcionário do Banco do Brasil, cantor lírico, desenhista, músico e poeta, achou que era possível. Falou então com um polonês recém-chegado ao Brasil: Zbigniew Ziembinski.

• De agosto de 1959 a fevereiro de 1960, milhares de leitores acompanharam a história de Engraçadinha e sua família em "Asfalto Selvagem". Foram publicados dois livros, intitulados "Engraçadinha — seus amores e seus pecados dos doze aos dezoito" e "Engraçadinha — depois dos trinta".

• Apresentado por sua irmã Helena, Nelson conhece Lúcia Cruz Lima, que logo passa a ser sua namorada. Só que desta vez a coisa era séria. Casada e bem casada, mãe de três filhos, ela logo se apaixona, deixa o marido e volta a viver com os pais. Ele demora dois anos para se separar de Elza. Seus amigos Otto Lara Resende, Fernando Sabino e Cláudio Mello e Souza ficam chocados. Nos primeiros meses de 1963 nada impedia a separação do autor. Já havia alugado um pequeno apartamento e Lúcia estava grávida. Após um almoço de despedida, após o qual Elza tentou suicidar-se, ele partiu de malas e bagagens para o apartamento de sua mãe. Ia ficar lá uns tempos até acertar tudo.

• Nelson escreveu para Walter Clark a primeira novela brasileira de todos os tempos: "A morte sem espelho". Apesar do grande elenco — Fernanda Montenegro, Fernando Tôrres, Sérgio Brito (que também respondida pela direção), Ítalo Rossi, Paulo Gracindo (que estreava na TV), música de Vinícius de Moraes — não foi autorizada a sua apresentação às oito e meia da noite. Foi empurrada para o horário das vinte e três e trinta. Walter Clark apelou, sem sucesso, até para D. Helder Câmara. Conseguiu, finalmente, autorização para o horário das dez horas, que não compensava financeiramente. Nelson foi convidado a encerrá-la rapidamente.

• Ficou claro nesse episódio que o problema era o nome do autor. Na sua novela seguinte, "Sonho de Amor", em 1964, seu nome apareceu mas ela foi anunciada como 'uma adaptação de "O Tronco do Ipê"', de José de Alencar". Sua última novela para a TV foi "O Desconhecido", com direção de Fernando Tôrres e Jece Valadão, Nathalia Timberg, Carlos Alberto, Joana Fomm e outros mais, que só foi liberada graças ao poder de convencimento de Walter Clark.

• Nessa época é chamado por Carlos Lacerda, ocasião em que é informado da criação da Editora Nova Fronteira. Lacerda, que o malhou por tanto tempo, pediu-lhe um romance e deu-lhe um cheque de dois milhões de cruzeiros. Era algo em torno de novecentos dólares, mas para quem estava pendurado, foi ótimo. Ele escreveu "O Casamento". Quando Lacerda leu o livro, ficou assustadíssimo Era um carnaval de incestos e perversões às vésperas de um casamento. Vendeu-o para Alfredo Machado, da Editora Eldorado. O livro vendeu 8.000 exemplares nas primeiras duas semanas de setembro de 1966, empatando com as vendas do novo romance de Jorge Amado, "Dona Flor e seus dois maridos". A morte de seu irmão, Mário Filho, impediu por algum tempo que ele fizesse a divulgação da obra. Quando reanimou, o livro teve sua venda proibida pelo ministro da Justiça, Carlos Medeiros Silva. Sua venda foi liberada novamente em fevereiro de 1967.

• Indignado com o apoio dado pelo jornal "O Globo" à proibição da venda de seu romance, Nelson começa a estudar sua mudança para o "Correio da Manhã". Avisa que não pode deixar a TV Globo e, para sua alegria, é informado que não precisaria deixar nem o jornal "O Globo". O que o "Correio" queria dele eram as suas "Memórias". A estréia ocorreu em 18 de fevereiro de 1967 em grande estilo. Fez um sucesso enorme.

• 1970 marca o início dos anos duros da ditadura militar no Brasil. Nelson, conhecido e admirado pelos militares, luta para tirar da prisão Hélio Pellegrino e Zuenir Ventura. Com mais de 57 anos, ele se sentia desgastado, sem espaço — seu apartamento vivia lotado de enfermeiras por causa de sua filha, enfim, era chegada a hora de se separar de Lúcia, o que ocorreu sem traumas.

• Logo em seguida vai morar com Helena Maria, que era 35 anos mais nova que ele, e que trabalhava com ele no jornal. Em 1972 começa nova luta: seu filho, Nelsinho é um dos terroristas mais procurados pelas forças armadas. "Prancha" (seu codinome) foi apanhado em 30 de março de 1972. Dois anos antes, quando seu filho já vivia na clandestinidade, Nelson consegue com o presidente da República, Gal. Medici, que ele saísse do país. Nelsinho não aceita o privilégio. O drama de Nelsinho se desenrolava longe dos olhos do autor. Apesar disso, face a seu prestígio e contatos com os militares, era muito procurado para ajudar pessoas em apuros com o regime militar. De 1969 a 1973 ele teve participação ativa na localização, libertação ou fuga de diversos suspeitos de crimes políticos. Após a prisão de Nelsinho, começa a luta para localizá-lo e procurar mantê-lo vivo, pois a tortura corria solta.

• Nelson Rodrigues faleceu na manhã do dia 21 de dezembro de 1980, um domingo. No fim da tarde daquele dia ele faria treze pontos na loteria esportiva, num "bolo" com seu irmão Augusto e alguns amigos de "O Globo". Dois meses depois, Elza cumpriu o seu pedido — de, ainda em vida, gravar o seu nome ao lado do dele na lápide, sob a inscrição: "Unidos para além da vida e da morte. É só".

Baú: Livros curiosos de Nelson Rodrigues que todo leitor deveria conhecer 

A cabra vadia (Companhia das Letras) – A seleção de artigos escritos para o jornal "O Globo" em 1968 dá continuidade ao "Óbvio Ululante". Com seu humor habitual, o jornalista pernambucano comenta a agitada vida política e cultural do ano de 1968. 

A menina sem estrela (Companhia das Letras) – Em oitenta capítulos, o escritor e dramaturgo conta sua vida em detalhes. A "menina sem estrela" que dá título à publicação é Daniela, sua filha cega. A série de lembranças foi publicada entre 18 de fevereiro e 31 de maio de 1967 no "Correio da Manhã", ao mesmo tempo em que Nelson mantinha a coluna "À Sombra das Chuteiras Imortais" em "O Globo" e participava de programas de TV na Rede Globo. 

A mentira (Companhia das Letras) – Na trama, Doutor Maciel é obcecado pela filha Lúcia, caçula de quatro irmãs. Ao revelar que está grávida, a adolescente Lúcia causa um "terremoto" familiar. Este foi o primeiro folhetim assinado sem pseudônimo por Nelson Rodrigues e, também, seu primeiro romance. Foi escrito em 1953, mesmo ano em que escreveu a peça "A falecida". Em diálogos rápidos, as reviravoltas se sucedem no melhor tom folhetinesco. 

Não se pode amar e ser feliz ao mesmo tempo (Companhia das Letras) – Durante seis meses no "Diário da Noite", Nelson Rodrigues escreveu uma coluna feminina intitulada "Myrna escreve". Escondido pelo pseudônimo, respondia às cartas das leitoras que pediam conselhos amorosos. Como era de se esperar, dava conselhos típicos da irônica filosofia "nelson-rodrigueana", exagerava na submissão feminina e baseava-se no bordão "amar é sofrer".

Nelson Rodrigues: Teatro Completo: Volume Único, Sabato Magaldi (Nova Aguilar) – Os prefácios dos quatro tomos, por Sábato Magaldi, constituem uma obra à parte. Amigo de Nelson Rodrigues, o estudioso fez novas divisões não puramente cronológicas - peças psicológicas, míticas e tragédias cariocas, que têm orientado praticamente toda a pesquisa feita sobre a obra do dramaturgo.

Baú de Nelson Rodrigues (Companhia das Letras) – Fruto de uma pesquisa de sete anos feita pelo diretor teatral Caco Coelho, o livro compila os melhores textos do início da atividade do então repórter e crítico, que já trazem seu estilo inconfundível e antecipam personagens e procedimentos de obras posteriores de ficção e teatro. 

Profeta Tricolor: Cem anos de Fluminense (Companhia das Letras) – Coletânea com mais de setenta crônicas organizadas por Nelson Rodrigues Filho, sobre a paixão do pai pelo Fluminense.

Remador de Ben-Hur: Confissões Culturais (Companhia das Letras) – Trata-se das crônicas inéditas publicadas originalmente em jornais e revistas entre 1957 e 1979. São textos sobre cultura, música, literatura e comportamento. 

Peças teatrais: A Mulher Sem Pecado (1941), Vestido de Noiva (1943), Álbum de Família (1946), Anjo Negro (1947), Senhora dos Afogados (1947), Dorotéia (1949), Valsa nº.6 (1951), A Falecida (1953), Perdoa-me Por Me Traíres (1957), Viúva, Porém Honesta (1957), Os Sete Gatinhos (1958), Boca de Ouro (1959), Beijo no Asfalto (1960), Otto Lara Resende ou Bonitinha, Mas Ordinária (1962), Toda Nudez Será Castigada (1965), Anti-Nelson Rodrigues (1973) e A Serpente (1978).

Telenovelas: A Morta no Espelho (TV Rio, 1963), Sonho de Amor (TV Rio, 1964) e O Desconhecido (TV Rio, 1964).

 Filmes: Somos Dois (1950), Meu Destino é Pecar (1952), Mulheres e Milhões (1961), Boca de Ouro (1962), Meu Nome é Pelé (1963), Bonitinha, Mas Ordinária (1963), Asfalto Selvagem (1964), A Falecida (1965), O Beijo (1966), Engraçadinha Depois dos Trinta (1966), Toda Nudez será Castigada (1973), O Casamento (1975), A Dama Do Lotação (1978), Os Sete Gatinhos (1980), O Beijo no Asfalto (1980), Bonitinha, mas ordinária (1980), Álbum de Família (1981), Engraçadinha (1981), Perdoa-me por Me Traíres ( 1983) e Boca de Ouro (1990).

Sobre o Autor: Amor em segredo - As histórias infiéis que vivi com meu pai, Nelson Rodrigues, Sônia Rodrigues, Editora Agir, Rio de Janeiro, 2005.
Flor de obsessão: as 1000 melhores frases de Nelson Rodrigues, "Companhia das Letras", São Paulo, 1997, seleção e organização: Ruy Castro.
Nelson Rodrigues - Dramaturgia e Encenações, Sabato Magaldi, Editora Perspectiva/USP, São Paulo, 1987
Nelson Rodrigues - Expressionista, Eudinir Fraga, Ed. Atelier, S.Paulo.
Nelson Rodrigues, meu irmão, Stella Rodrigues, José Olympio Editora, Rio, 1986.
Nelson Rodrigues: Flor de Obsessão, Carlos Vogt e Berta Waldman, Editora Brasiliense, São Paulo, 1985.
Teatro brasileiro moderno, Décio de Almeida Prado, Editora Perspectiva/USP, São Paulo, 1988
Teatro de Nelson Rodrigues: uma realidade em agonia, Ronaldo Lima Lins, Editora Francisco Alves/MEC, Rio, 1979

Top 5 das Frases de Nelson Rodrigues

“Há na aeromoça a nostalgia de quem vai morrer cedo. Reparem como vê as coisas com a doçura de um último olhar”.
“Acho a velocidade um prazer de cretinos. Ainda conservo o deleite dos bondes que não chegam nunca”.
"Sou um menino que vê o amor pelo buraco da fechadura. Nunca fui outra coisa. Nasci menino, hei de morrer menino. E o buraco da fechadura é, realmente, a minha ótica de ficcionista. Sou (e sempre fui) um anjo pornográfico."
“O amor bem-sucedido não interessa a ninguém”.
“Ou a mulher é fria ou morde. Sem dentada não há amor possível”.
“Tudo passa, menos a adúltera. Nos botecos e nos velórios, na esquina e nas farmácias, há sempre alguém falando nas senhoras que traem”.
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