sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

.: Resenha crítica do filme "A Dama Dourada", por Verena Bouere Nery


Por Verena Bouere Nery
Em janeiro de 2016


O filme é de 2015, mas a história começa quando a Áustria é ocupada pelos nazistas no anos 30. Uma família judia tem seus bens confiscados e vive o terror de serem perseguidos. Uma das filhas (Helen Mirren) foge para os Estados Unidos. Nos anos 90, com a morte da irmã, Maria Altman descobre cartas de família que comprovam o saque nazista aos bens familiares. Com a ajuda do jovem e inseguro advogado Randol Schoenberg (Ryan Reynolds) eles vão tentar recuperar tudo o que lhes foi roubado.

Durante o filme, em flashbacks, sabemos como se deu a pilhagem e como a família rica e culta perdeu tudo. Porém, mais importante do que a história tanto do filme, quanto real, é a consequência disso. Como a ocupação nazista mudou a vida das pessoas, como era viver naquela época, sendo ou não judeu, e o que podemos aprender com isso. Ter a casa invadida e os bens roubados por pessoas que nem entendem o valor daqueles objetos, que o fazem apenas para humilhar e controlar, é uma situação impensável para a maioria de nós.

História, a matéria escolar, é vista como entediante e sem sentido. Culpa de professores que não sabem contextualizar o assunto e de uma sociedade cada vez mais desinteressada. Infelizmente, o tema continua real. 

A cada guerra, a cada invasão, todos os conflitos deixam cicatrizes que ficam por gerações. A mágoa que se torna herança e entra em um caminho sem volta e sem fim. Famílias destroçadas e o eterno sentimento de injustiça e abandono. A quem recorrer?


Um filme lindo que emociona e instrui. E você não pode perder. Em tempo: o quadro que conduz a história é "O Retrato de Adele Bloch-Bauer", uma pintura de Gustav Klimt completada em 1905, e pode ser visto no Neue Galerie New York. 

Trailer de "A Dama Dourada"


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