quinta-feira, 14 de setembro de 2017

.: Rock In Rio: Geração Z busca experiências entre amigos e atrações

A hiperconectividade da geração Z (nascidos entre o final de 1992 até 2010) mudou o comportamento de consumo dos grandes festivais de música, a exemplo do Rock In Rio. Enquanto as gerações X (1960 a 1980) e Y (1970 a 1990) curtiam por si só os shows de cantores e bandas favoritas, os fãs da geração Z buscam experiências, ou seja, momentos de entretenimento entre amigos além das atrações artísticas destes eventos.

Esse é o entendimento do idealizador do Festival de Verão de Salvador Mauricio Magalhães, que também é presidente da agência de comunicação Tudo e criador da Banda EVA, responsável por revelar grandes nomes da música brasileira, como Ivete Sangalo, Daniela Mercury e Carlinhos Brown.

Magalhães explica que para uma geração ‘on demand’, que já nasce com oferta abundante de conteúdo acessado a qualquer momento e lugar, a música já é onipresente no cotidiano dessas pessoas, cujo símbolo é o fone de ouvido. Serviços de streamings como YouTube e Spotify possibilitam que os fãs da geração Z assistam shows personalizados e exclusivos de/em qualquer lugar do mundo e em tempo real ou ‘ao vivo’. A oferta de festivais é generosa e em muitos casos, as atrações artísticas se repetem nestes eventos.

Já para as gerações anteriores, a relação com a música é de escassez. Esperava-se mais tempo por lançamentos, comprava-se CD/DVD físicos e shows dos artistas favoritos demoram mais tempo para acontecer, principalmente, em cidades longe dos grandes centros culturais.

Os festivais de música se tornaram grandes parques de diversões e é isso que tem gerado interesse das novas gerações de fãs. Os shows são apenas uma parte desses eventos. Rodas gigantes, tirolesas, games, entre outras atividades, viram atrações à parte. O que se busca é promover experiências únicas que as pessoas podem viver só nestes festivais junto aos seus amigos.

Magalhães também observa que a característica forte da geração Z é compartilhar os momentos vividos no mundo offline nas redes sociais. Por isso, as estruturas desses festivais de músicas são desenvolvidas para que a geração atual possa disseminar conteúdos (fotos e vídeos) criados por eles. As técnicas de cenografia e roteiro do cinema ajudam a definir as atrações ‘instagramáveis’ (referência ao Instagram) destes festivais. Não basta só viver a experiência, os creators, como são chamados, querem registrar e compartilhar os momentos vividos por eles.
   
Sobre o porta-voz – Mauricio Magalhães, especialista em grandes eventos de rua. É um dos executivos da indústria do entretenimento pioneiros no Brasil a trabalhar a economia em torno dos eventos que acontecem no país. Criou o Festival de Verão de Salvador, a Banda EVA, participou da reordenação comercial do Carnaval de Salvador e também atua no Carnaval de Rua de São Paulo. Como presidente da agência de comunicação Tudo, cria e produz ativações de marcas em eventos de grande porte no país, entre eles Carnaval e Rock In Rio.

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