domingo, 6 de maio de 2018

.: O que é a religião?, por Marcio Costa em uma crítica contundente


Por Marcio Costa*, em maio de 2018.

Segundo Karl Marx, a religião é o ópio do povo. Será? Não Marx, a religião não é o ópio apenas, é a muleta que torna um ser humano comum em juiz, torturador, carrasco e executor. Torna o mais estúpido dos mortais que nunca estudou nada e nem se preocupou com os outros em um ser superior, que aponta o dedo para os outros para dizer o que cada um precisa fazer com a sua própria vida.

As civilizações mais antigas como os maias, hindus, egipcíos, gregos, astecas e tantos outros que possuíam uma crença politeísta, eram muito mais criativos que os atuais, víamos elefante com vários braços, uma deusa que nasceu do esperma do pai morto, um homem com cabeça de animal e tantas outras coisas que penso: olha quanta criatividade.

Chegamos então à era moderna e grande parte das religiões que temos hoje, as monoteístas, foram inspiradas por Platão, o papo do Demiurgo que criou tudo, o mundo das ideias e mundo real, não vou entrar em detalhes de Platão agora, mas fiquem à vontade para pesquisar.

Dito isso, a criatividade foi ficando para trás, existia apenas um Deus? Que pobreza, e... o cara ainda está em todos os lugares, sabe de tudo e controla todo mundo (nossa, esse cara é foda hein, quando crescer quero ser igual a ele). Aí esse cara que sabia de tudo, não sabia que iria ter uma “cobra falante” no Éden? Não sabia que a espécie humana tornaria tudo caos e precisou criar  um dilúvio? Não sabia que iria ocorrer a putaria que ocorreu em Sodoma e Gomorra?

Mas mesmo assim é onipotente, e também é onipresente, mas ele ajuda o médico a fazer uma cirurgia, ajuda o bombeiro que salva uma pessoa e ajuda o jogador de futebol milionário a fazer gol, mas não ajuda a vítima de pedofilia, não ajuda quem morre na fila do SUS esperando atendimento, não ajuda quem passa fome. O religioso me diria: "ah, mas tem o livre-arbítrio".

Esse livre-arbítrio só é para as coisas ruins e não para as boas, porque não invertemos as coisas e veremos se tudo melhora? Mas tudo bem, vamos deixar de lado esse deus egocêntrico do Antigo Testamento ou da torá e vejamos o livro sagrado dos cristãos, o Novo Testamento. Esse cara, o JC (se realmente existiu), era mais comunista que o Stalin, o Fidel e o Putin juntos, porque o povo que acredita nele, na grande maioria das vezes é neoliberal? 

Juro, não entendo, o cara dividiu o pão com todos, dividiu peixe com a galera, ficou do lado dos leprosos (o povo do SUS), fez vinho pra geral e trouxe até uma “puta” para estar ali sempre ao seu lado e com a galera.

Seria o cara que hoje em dia estaria envolvido em obras sociais, defendendo o Fies e o Prouni, o "Minha Casa, Minha Vida", o Bolsa Família, defendendo os direitos das prostitutas e talvez até faria parte de movimentos sociais LGBTs, ou MTST e tantos outros, mas na maioria, esse povo que curte esse cara, o seu “fã-clube”, é contra tudo isso, na maioria das vezes é a favor do rico, do patrão, do político que não faz nada e pior, do pastor ou padre que se utilizam da palavra desse cara só para ganhar dinheiro e ter vida boa.

Reflitam. Pensem e sempre questionem quem detém o poder, nunca sejam as ovelhas do rebanho, posicionem-se e, mais uma vez, questionem.

Observação: minha intenção, mesmo sendo ateu, não é fazer uma crítica fútil e vazia sobre religião. Na verdade, gostaria que todos os cristãos parassem um pouco e lessem mais as obras de Marx. Se o fizerem, irão ver tantas coisas parecidas que ficarão surpresos e talvez, mas apenas talvez, comecem a questionar mais e aceitar menos.


*Marcio Costa é pai de uma menina, defensor dos direitos das mulheres, ex-publicitário, dono de um canal de gastronomia no Youtube(AntiGourmet TV). Está cursando Licenciatura em Filosofia pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Apaixonado por Filosofia, Biologia, Sociologia, Política, Astrofísica e Gastronomia.

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