sábado, 17 de dezembro de 2022

.: Morre a escritora Nélida Piñon, primeira mulher a presidir a ABL

A escritora Nélida Piñon, ocupante da cadeira 30 da Academia Brasileira de Letras. Foto: Divulgação

A escritora Nélida Piñon, uma das mais brilhantes escritoras brasileiras e primeira mulher a presidir a Academia Brasileira de Letras, entre os anos de 1996 a 1997. Nélida foi vencedora do Prêmio Jabuti duas vezes, em 2005, com a obra “Vozes do Deserto”, que ganhou nas categorias “Melhor Romance” e “Livro do Ano - Ficção”. No livro, ela recria a história des “As Mil e Uma Noites” e nos mostra Scherezade no papel de mulher transgressora a romper as amarras de uma sociedade patriarcal. A Câmara Brasileira do Livro (CBL) foi uma das entidades a lamentar profundamente a morte da escritora.


Sobre a escritora
Nélida Cuíñas Piñón
(Rio de Janeiro, 3 de maio de 1937 – Lisboa, 17 de dezembro de 2022) foi uma escritora brasileira, integrante da Academia Brasileira de Letras (ABL), a qual já presidiu.Filha de Lino Piñón Muíños e Olivia Carmen Cuíñas Morgado, de origem galega do concelho de Cotobade. Seu nome é um anagrama do prenome de seu avô materno Daniel Cuiñas Cuiñas.

Formou-se em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e foi editora e membro do conselho editorial de várias revistas no Brasil e exterior. Também ocupou cargos no conselho consultivo de diversas entidades culturais em sua cidade natal. Estreou na literatura com o romance "Guia-mapa de Gabriel Arcanjo", publicado em 1961, que tem como temas o pecado, o perdão e a relação dos mortais com Deus.

No romance "A República dos Sonhos", baseado em uma família de imigrantes galegos no Brasil, ela faz reflexões sobre a Galícia, a Espanha e o Brasil. Nélida Piñon foi, também, académica correspondente da Academia das Ciências de Lisboa como também, em outubro de 2014, entrou na Real Academia Galega. Morreu em 17 de dezembro de 2022, aos 85 anos de idade, em Lisboa.

Academia Brasileira de Letras
Eleita em 27 de julho de 1989 para a cadeira que tem por patrono Pardal Mallet, da qual foi a quinta ocupante. Tomou posse em 3 de maio de 1990, recebida por Lêdo Ivo. Foi a primeira mulher a se tornar presidente da Academia Brasileira de Letras, entre 1996 e 1997.
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