domingo, 10 de março de 2024

.: Clássico de Rachel de Queiroz de volta às livrarias depois de quase 15 anos


Livro adotado pelo vestibular da Fuvest para 2026 e 2027, "Caminho de Pedras" retorna às livrarias. É o romance mais engajado de Rachel de Queiroz, primeira mulher a integrar a Academia Brasileira de Letras e a primeira a receber o Prêmio Camões.

Na Fortaleza dos anos 1930, durante a Era Vargas, Roberto tem a missão de recrutar operários para uma nova célula de esquerda. Uma das pessoas que se interessam é Noemi: mãe de Guri e casada com um homem que não ama mais, ela está em busca de algo que a faça se sentir viva. Nas reuniões do partido, Noemi e Roberto desenvolvem uma conexão intelectual intensa, que os leva a um caso amoroso. Ela se vê, então, testando novos limites morais e éticos, tanto no campo do amor quanto no da política.

Expressão de um socialismo libertário que poucas vezes voltaria a aparecer nos textos de Rachel de Queiroz, "Caminho de Pedras" é considerado seu romance mais engajado. Neste livro, aparecem as primeiras demonstrações de um estilo mais introspectivo e de análises psicológicas que alicerçam cenas de forte intensidade emocional. Um arranjo arguto para contar a história de uma paixão proibida inflamada pela luta.

Em "Caminho de Pedras", Rachel de Queiroz nos revela a força de uma mulher que decide seguir seus desejos, mesmo que isso implicasse um divórcio. Numa sociedade em que a mulher deveria desempenhar exclusivamente os papéis de mãe, esposa e dona de casa, Noemi é tanto infratora quanto heroína da própria história, pois a punição que sabia que enfrentaria não foi o suficiente para convencê-la a continuar num casamento sem amor. Compre o livro "Caminho de Pedras", de Rachel de Queiroz, neste link.


O que disseram sobre o livro
“'Caminho de Pedras' é uma história de gente magra, uma história onde há fome, trabalho excessivo, perseguições, cadeia, injustiças de toda a espécie, coisas que os cidadãos bem instalados na vida não toleram.” — Graciliano Ramos

“A mesquinhez pulha dos indivíduos, a amargura sofrente de todos, a incapacidade como que por fatalidade, a dedicação por um ideal mais sonhado que entendido, o ambiente parado das cidades nordestinas (com exceção do Recife), a quantidade inflexível de sol que está no livro, a pureza da linguagem natural, sem a menor pesquisa: é a Rachel de Queiroz grande romancista.” — Mário de Andrade

“A trilogia 'O Quinze', 'João Miguel' e 'Caminho de Pedras' marca claramente um momento da obra de Rachel. A afirmação de seu compromisso com a linguagem clara, de dicção moderna, a preocupação com o social, seus conflitos políticos, sua raiz nordestina. Marca ainda sua habilidade no desenho de personagens femininas cujo desempenho desafia invariavelmente a lógica patriarcal desta primeira metade do século XX.” — Heloisa Teixeira


Sobre a autora
Rachel de Queiroz nasceu no dia 17 de novembro de 1910 em Fortaleza, Ceará. Ainda não havia completado 20 anos quando publicou uma modesta tiragem de "O Quinze", seu primeiro romance. Mas tal era a força de seu talento que o livro despertou imediata atenção da crítica de todo o Brasil. Em 1931 mudou-se para o Rio de Janeiro, mas nunca deixou de passar parte do tempo em sua fazenda no sertão cearense. Ela se dedicou ao jornalismo, atividade que exerceu paralelamente à sua produção editorial. Primeira mulher a integrar a Academia Brasileira de Letras (1977) e a primeira a receber o Prêmio Camões (1993), a maior honraria em língua portuguesa, faleceu no Rio de Janeiro, aos 92 anos, em 4 de novembro de 2003. Cronista e romancista primorosa, Rachel de Queiroz escreveu peças teatrais e livros infantis. A José Olympio publica sua obra completa, que inclui livros que já se tornaram clássicos, como 'O Quinze' e 'Memorial de Maria Moura'". Garanta o seu exemplar de "Caminho de Pedras", escrito por Rachel de Queiroz, neste link.

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