Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto: divulgação
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sexta-feira, 24 de outubro de 2025
.: Rush: nunca diga nunca, a volta da banda canadense
Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto: divulgação
sábado, 18 de outubro de 2025
.: Crítica musical: Kiko Horta estreia em disco com "Sanfona Carioca"
Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto: Celso Filho
sexta-feira, 10 de outubro de 2025
.: Crítica musical: Delirio Cabana é 100 por cento Amazonas
Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto: Laryssa Gaynett
O Delírio Cabana fez da paixão comum pela música popular brasileira um terreno fértil para germinar novas composições com ritmos tradicionais da Amazônia, como gambá, cumbia, carimbó, boi-bumbá, carimbó e beiradão. A mescla mostrou um resultado aurpreendente
“Tempero” marca a estreia da banda formada pelos amazonenses Bruno Mattos, Gabriella Dias, Luli Braga e Nando Montenegro, nascida em 2023, durante uma viagem de Manaus à vila de Alter do Chão, em Santarém no Pará. Foram duas semanas de convivência e criação à beira do Tapajós, uma experiência que selou a vontade de construir uma história coletiva a partir da paixão pela cultura amazônica.
Composição de Nando Montenegro, “Tempero” junta a musicalidade da Região Norte às demais influências da MPB contemporânea, do pop e da música latina. O arranjo é de Bruno Mattos e a produção musical é dividida entre ele e Lucas Cajuhy, que também assina engenharia de gravação, mixagem e masterização.
A canção conta com percussões de Tércio Macambira, mauesense que criou a pulsação que sustenta a canção marcada por células rítmicas de gambá, boi-bumbá, maracatu e carimbó. Os sopros ganham corpo com Marcelo Martins (trompete), Francirbone (trombone) e Crhistofer Santos (saxofone), enquanto Bruno Mattos gravou as linhas de baixo, violão e guitarra. O resultado é um single coletivo, com vozes muito bem divididas entre Nando, Luli, Bruno e Gabriella, que se complementam em timbres e texturas.
Os figurinos e acessórios utilizados pelos integrantes vêm da marca Yanciã Amazônia, curadora de peças confeccionadas por artesãos do Amazonas, que prioriza a matéria-prima natural oriunda do bioma da região e materiais de reaproveitamento. Além disso, a marca autoral amazonense Glitch confecciona alguns dos figurinos idealizados por Hendryl Nogueira, que também assina a maquiagem do quarteto. A produção traz uma ficha técnica 100% amazonense, reforçando o potencial criativo inesgotável da cena musical do Amazonas.
"Tempero"
sexta-feira, 3 de outubro de 2025
.: Crítica musical: Muñoz, a volta do psych rock
Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto: divulgação
Muñoz é um duo de heavy blues formado pelos irmãos Mauro e Samuel Fontoura. Naturais de Mineiros, município de Goiás, eles formaram a banda em Uberlândia, em Minas Gerais no ano de 2012. E se destacaram com o EP "Muñoz" em 2013 e o álbum "Nebula" em 2014, produzidos por Rafael Vaz no Caverna Estúdio. O seu mais recente lançamento é o CD "Twins", que reforça a sonoridade do duo no estilo psych rock.
A proposta de "Twins" foi produzir um trabalho que representasse com sinceridade a alma da banda: um duo barulhento, visceral e honesto. As letras, seguem uma linha surrealista, introspectiva e sarcástica, dentro do universo do psych rock, abordando temas como ego, solidão, tempo, sonho e loucura. No entanto, o foco do álbum não está nas palavras em si, mas na experiência sonora como um todo, onde voz, ruído e ambiência ocupam o mesmo espaço narrativo.
A capa do disco reforça o caráter íntimo e simbólico do projeto: uma fotografia dos irmãos ainda crianças, nos anos 90. A imagem remete à infância e à conexão fraterna que se traduz também na música - ora nostálgica, ora explosiva. Algumas faixas trazem uma pegada mais garageira, com espírito frenético, que remete à energia do garage rock como expressão juvenil. Se você curte ouvir bandas do segmento indie rock certamente irá se identificar com a sonoridade do Muñoz. Que está distante do som que você ouve nas rádios. E isso já serve como motivo para você conferir o trabalho desse interessante duo.
"Inner Voice"
.: Jair Oliveira e Luciana Mello revivem "Dois na Bossa"
Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto: divulgação.
A ideia partiu de Jair Oliveira (Jairzinho): resgatar a memória e celebrar os 60 anos de “Dois na Bossa”, primeiro álbum ao vivo de Jair Rodrigues, Elis Regina e o Jongo Trio, lançado em 1965 e que ultrapassou a marca de 500 mil cópias, um feito inédito na música brasileira até então. Para marcar a data simbólica, Jair subiu ao palco ao lado da irmã, Luciana Mello, em uma noite que reafirmou a vitalidade de um legado que atravessa gerações.
O espetáculo aconteceu no dia 13, no Amaturo Theater, parte do Broward Center for the Performing Arts, em Fort Lauderdale - um dos principais espaços culturais da Flórida, nos Estados Unidos. Os ingressos foram esgotados, evidenciando não apenas a potência de Jair e Elis, mas também o carisma e a solidez artística de Jairzinho e Luciana, que conquistam reconhecimento do público internacional como continuadores e inovadores da tradição musical brasileira.
O repertório inclui clássicos como "Disparada", "Como Nossos Pais", "Canto de Ossanha", "Arrastão", "Águas de Março" e "Upa, Neguinho", além de medleys que revisitam sambas e canções da bossa nova. O show teve ainda participações de Boca Melodia e da filha de Jair, Isabela Oliveira. “Fiquei ainda mais feliz por ter idealizado este show. ‘Dois na Bossa’ foi um marco na música brasileira e um grande momento na carreira do meu pai e de Elis Regina. Minha intenção sempre foi prestar essa homenagem e reviver toda a emoção que o álbum carrega. Estar fora do país, com ingressos esgotados em um teatro de tanta relevância, e dividir o palco com a minha irmã Luciana torna esse momento ainda mais especial”, afirma Jair Oliveira.
E completa: “De alguma forma, o Jairzão estará com a gente neste show, como se também dividisse o palco conosco - e isso nos emociona profundamente. Queremos que essa homenagem não se restrinja aos Estados Unidos: a ideia é levá-la ao Brasil em 2026, para que o público brasileiro também possa viver de perto essa celebração tão especial da nossa música”. A direção musical é de Jair Oliveira, acompanhado por Cássio Coutinho (teclados), Wesley Cosvosk (bateria) e Kai Sanchez (baixo).
"Medley Dois na Bossa"
sábado, 27 de setembro de 2025
.: Entrevista com Claudette Soares: "De Tanto Amor" na música
Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto: Murilo Alvesso.
Claudette Soares pertence a uma categoria rara de intérprete de nossa MPB. Capaz de reviver canções consagradas com sua interpretação suave e singular. Mesmo tendo surgido em um período fértil, com outras grandes cantoras, ela sempre conquistou o seu espaço com garra e perseverança. E continua na ativa: seu mais recente lançamento foi um disco com canções de Chico Buarque. Em entrevista para o Resenhando, ela conta como foi seu início na música e revela quem foram seus ídolos. “Sou muito grata a Deus pelo dom de cantar”.
Resenhando.com - Você surgiu em um período com outras grandes cantoras. Na sua opinião, o que havia no País para revelar tantas intérpretes talentosas ao mesmo tempo?
Claudette Soares - Era um momento de glamour, de grandes talentos e de estrelas maiores. Como dizia Elis Regina, cada cantora tinha um estilo e uma voz que você identificava na primeira frase musical. Era um momento muito lindo, muito grandioso e graças a Deus eu comecei nessa fase. E com as estrelas sempre respeitando as novas cantoras que surgiam . Eram realmente amigas mesmo.
Resenhando.com - No início quem eram os seus ídolos na música?
Claudette Soares - Bom, eu sempre gostei de música americana, jazz. Apesar de não ser uma cantora desse estilo. Eu adorava Judy Garland, Frank Sinatra. Nos Brasil, eu tinha como ídolo a grande musa da Bossa Nova, Sylvinha Telles, a primeira cantora moderna do Brasil. Ela foi uma das maiores amigas da minha vida. Eu também gostava muito da Dalva de Oliveira, maravilhosa e da Nora Ney, com aquela voz rouca e sensual. Eu queria ser igual a ela, ter aquela voz.
Resenhando.com - Você participou de festivais nos anos 60. Na sua opinião, hoje em dia esses festivais seriam positivos para revelar novos talentos?
Claudette Soares - Bom, eu acho que os festivais hoje não seriam como foram nos anos 60. A criatividade anda meio em baixa. Mas é claro que há exceções. Eu acho que a música brasileira moderna, criativa, não está tendo muito espaço. Musicalmente falando, os festivais hoje não teriam a grandiosidade e a musicalidade que tiveram nos anos 60.
Resenhando.com - Você gravou dois discos antológicos com o Dick Farney. Já pensou em realizar algo em parceria com outros nomes da música?
Claudette Soares - Olha, não pensei não em fazer uma parceria por enquanto. Minha parceria com o Dick Farney foi perfeita e me deu muito prestígio na música. O Dick Farney sabia, porque eu falava isso pra ele. Sou muito grata ao Dick por ele ter me escolhido para esse trabalho, que realmente se tornou antológico.
Resenhando.com - O seu maior sucesso foi o disco "De Tanto Amor", com a música de Roberto Carlos. Você chegou a gravar outras músicas dele?
Claudette Soares - Na verdade, eu já tinha gravado dele a "Como É Grande o Meu Amor por Você", com arranjo maravilhoso do Cesar Camargo Mariano.Foi em 1967, em pleno auge da Bossa-nova, eu ousei cantar algo que vinha da Jovem Guarda. O Roberto gostou tanto que falou que iria fazer uma música para mim. E acabou fazendo duas: "De Tanto Amor" e "Você", ambas lindas em parceria com o Erasmo Carlos.
Resenhando.com - Seu disco mais recente foi dedicado a obra de Chico Buarque. Foi difícil escolher o repertório?
Claudette Soares - Não foi difícil não escolher um repertório do Chico Buarque. Ele é incrível, um dos maiores desse mundo. Tenho verdadeira paixão por ele. A ideia era reviver canções dos anos 60 e 70 que não tinham sido regravadas, mescladas com outras da produção mais recente dele. E ele não só liberou as gravações como ainda participa cantando comigo em uma das faixas. Foi uma emoção enorme para mim.
Resenhando.com - Qual o segredo para manter essa sua extraordinária longevidade na música?
Claudette Soares - Sou muito grata a Deus pelo dom de cantar. Canto desde os dez anos de idade. Desde essa época eu só queria cantar. Graças a Deus eu sou muito disciplinada. Eu não grito, não tomo gelado. Conheço muitos cantores que tomam gelado e cantam acima de seu tom. Nada contra quem faz isso. Mas eu procuro me preservar.
"Carolina"
.: Oportunidade na música: curso de violão erudito em São Vicente
Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto: divulgação
Uma boa notícia para quem deseja obter conhecimentos sobre violão erudito. O Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente estabeleceu uma parceria com o maestro João Argollo para oferecer um curso introdutório sobre o violão, sob a perspectiva da música erudita
Segundo o maestro João Argolo, o curso tem uma duração de um mês com quatro aulas, nas quais os alunos terão informações sobre a evolução do instrumento. O custo da matrícula será de R$190,00 e visa atender tanto o aluno iniciante como os que já praticam o violão erudito.
Natural de Aracaju. Argolo iniciou seus estudos de violão com seu pai, João Pires Argolo. Teve como mestres Alvino Argolo (Brasil), Amilcar Rodrigues Inda (Uruguai) e Jodacil Damaceno (Rio de Janeiro). Estudou harmonia com Armando Quezada (México), Laura Maria Abrahão (São Paulo) e análise fraseológica com Marcelo de Camargo Fernandes (São Paulo). Graduou-se pela Faculdade Paulista de Arte (FAP-Arte), na classe do violonista e professor Pedro Cameron além de participar de cursos de aperfeiçoamento com mestres como Henrique Pìnto (SP) e Eduardo Castañera. Fez-se apresentar no III Festival Internacional de Granada Espanha, com Eliot Fisk e foi solista na abertura da masterclasse de Manuel Barrueco no Festival Internacional de Córdoba Espanha.
Em seu primeiro CD, João Argolo e Convidados , contou com a participação do Quarteto Origens, formado por seu irmão Alvino Argolo, José Ricardo e Eduardo Castañera. Lecionou na Universidade de Três Corações (UNINCOR). Atuou como dirigente do corpo docente do Conservatório Municipal de Artes de Guarulhos e coordenador musical do Grupo Origens. As inscrições para o curso são feitas na sede do Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente, que fica na Rua Frei Gaspar, no Centro de São Vicente. O telefone é (0xx13) 3469-3520.
sexta-feira, 19 de setembro de 2025
.: Música brasileira em luto: Hermeto Paschoal, a humildade do bruxo
Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto: divulgação
Impossível dimensionar o que representa a perda de um músico como Hermeto Paschoal, cujo falecimento se deu no último final de semana. Reconhecido em seu meio como um dos maiores instrumentistas do Brasil, ele tinha não só o reconhecimento da crítica especializada como conseguia sempre atrair um numer1oso público, onde quer que se apresentasse com sua competente banda de apoio.
Mas engana-se quem pensa que toda essa idolatria mexeu com a personalidade do bruxo (como era apelidado pelos amigos músicos). Eu mesmo testemunhei um episódio que demonstrou o caráter e a incrível humildade dele. O fato aconteceu na segunda metade dos anos 90, quando eu trabalhava em Itanhaém cobrindo a região do Litoral Sul. Um dia eu entrevistei o músico Itiberê Zwarg (cuja família morava na cidade), que faz parte da banda que acompanhou Hermeto até o final. Ele tinha sido destaque em uma publicação do exterior. Durante essa conversa, perguntei sobre como era a convivência com o Hermeto dentro e fora dos palcos. A resposta foi direta e objetiva: a mais normal possível.
Perguntei se ele achava difícil conseguir uma entrevista por telefone com o Hermeto. E para minha completa surpresa, ele me deu o telefone da casa do célebre músico, que morava no Rio de Janeiro. “Pode ligar e combinar uma data com ele”. No dia seguinte, fiz o que ele me pediu. Liguei para falar com ele e ver uma data para poder fazer a entrevista. O próprio Hermeto atendeu a ligação e disse o seguinte: “Pode perguntar, meu filho, que respondo agora”.
Claro que aproveitei a ocasião e perguntei coisas sobre seu lançamento na época e relembrei sua antológica passagem pelo Festival de Montreux, na Suíça em 1979, que rendeu uma jam session histórica com a Elis Regina. O Bruxo ao piano e a eterna Pimentinha no vocal.
“Ela (Elis) estava um pouco nervosa, porque subimos ao palco sem um ensaio. Foi tudo no improviso mesmo. Mas logo depois ela se sentiu segura e mostrou a grande intérprete que sempre foi”, disse Hermeto. Quando já tinha feito as perguntas, ouvi um piano no fundo da conversa e perguntei se ele estava ouvindo algo. Na verdade, era ele mesmo que estava tocando um piano elétrico e trabalhando em uma composição. Pedi desculpas pelo incômodo involuntário. E nunca esqueci da resposta dele: “Ih rapaz, deixa disso. A conversa foi muito boa. E deixa te mostrar o que fiz agora”. Ouvi o trecho de uma bela música instrumental, ao telefone. E depois pensei: quando é que eu imaginaria que isso seria possível?
A principal imagem que o Hermeto me passou naquele dia foi a de um homem extremamente humilde e simples. Exatamente como o Itiberê tinha descrito. Certamente a música brasileira sentirá a falta dos hermetismos pascoais, em que pese que sua obra permanecerá sempre como uma referência para as demais gerações de músicos.
"Amor Paz e Esperança"
"Asa Branca"
.: Crítica musical: Graziela Medori revela as canções de Valéria Velho
Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Fotos: divulgação
A cantora Graziela Medori está divulgando seu novo álbum: "Revela", dedicado inteiramente às músicas da compositora Valeria Velho, que agora ganha maior visibilidade em um projeto que traduz sua obra em linguagem acessível, contemporânea e cheia de identidade. As canções falam de amor, de encontros, dos afetos, das buscas e das escolhas, sempre com uma delicadeza que não abre mão da força e da personalidade.
Valeria Velho, nascida em Adamantina, interior de São Paulo, compõe desde os 13 anos de idade. Adquiriu seu primeiro violão com suas próprias economias e ainda muito jovem participou de festivais, ganhando alguns deles. Foi exercer sua profissão na área jurídica, dando uma pausa em seus sonhos. Há 12 anos, após se aposentar retornou as atividades junto a música e tem canções registradas por intérpretes como Renato Teixeira, Blubell, Marcio Lugó, e Hugo Rafael entre outros.
Na voz de Graziela Medori, esse repertório ganha vida com leveza, precisão e emoção. “Cantar Valeria é um privilégio. Suas músicas me tocam profundamente e acredito que vão tocar quem ouvir. São canções falam de nós, do nosso tempo, das nossas dores e alegrias, de forma sensível e sofisticada”, declarou a cantora.
Depois de seis álbuns lançados, Graziela ressurge dando espaço dentro da sua discografia, com uma linguagem mais pop e inédita. O álbum passeia por baladas, canções interessantes e faixas que flertam com o pop, sempre mantendo o DNA da MPB como fio condutor.
A produção musical é assinada por João Oliveira, multi-instrumentista, compositor, produtor e arranjador, que entrega uma sonoridade radiofônica e contemporânea, aproximando a obra tanto de ouvintes habituais da MPB quanto de quem busca novas vozes na música brasileira atual.
A faixa título - "Revela" - tem qualidade suficiente para entrar em qualquer trilha de novela da Rede Globo. E o arranjo da faixa "Dádivas" parece ter sido inspirado na clássica "Ilegal Imoral ou Engorda" de Roberto Carlos. Mas sem soar como cópia. Já escrevo há algum tempo sobre a Graziela, que por sinal é filha da cantora Claudya e do músico Chico Medori. É sempre um prazer enorme ouvi-la cada vez mais madura e ciente do que quer como artista na música.
O disco "Revela" chega às plataformas digitais pela produtora e gravadora Kuarup e marca não apenas um novo capítulo na trajetória de Graziela Medori, como também amplia o alcance da obra de Valeria Velho, apresentando-a a novos públicos, reforçando a importância de se dar vez e voz a talentos femininos, mostrando que nunca é tarde para viver os próprios sonhos.
"Revela"
sexta-feira, 12 de setembro de 2025
.: Rick Davies, da banda Supertramp: o sonho acabou
Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto: divulgação
"My Kind Of Lady"
.: Ricardo Vilas & Banda Maravilha chega nas plataformas digitais
Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto: divulgação
sexta-feira, 5 de setembro de 2025
.: Entrevista com Wilson Simoninha: ele respira música, por Luiz Gomes Otero
Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto: divulgação
A frase do título está correta, pois Wilson Simoninha, filho de um dos maiores cantores que o país produziu (Wilson Simonal), parece mesmo respirar música. Ele não só atua cantando e tocando suas composições, como ainda trabalha na produção musical de programas da TV, como o "Domingão com Huck" e "Viver Sertanejo" com o cantor Daniel, só pra citar dois exemplos.
Mas como a música não pode parar, Simoninha já está preparando um novo álbum de canções inéditas, que deve marcar um ponto de virada na sua carreira. E continua desenvolvendo vários projetos em paralelo com outros nomes conhecidos, como Xande de Pilares. Em entrevista para o portal Resenhando.com, ele conta como desenvolveu sua carreira em paralelo com a atividade de produtor. “Esse trânsito entre palco, estúdio e audiovisual mantém meu trabalho em movimento e me inspira a explorar diferentes formas de levar música ao público”.
Resenhando.com - Como foi seu início na música? Com quem você tocou antes da carreira solo?Wilson Simoninha - Meu início na música foi bastante natural. Autoditdata, ouvindo as coisas que aconteciam na minha casa. Mais tarde estudei na fanfarra da minha escola e depois estudei piano com vários maestros. Ainda adolescente formei várias bandas com o sobrinho do Jorge Benjor e com o João Marcelo Boscoli
Resenhando.com - Seu pai certamente foi uma fonte de inspiração sua como intérprete. Além dele, quais foram suas referências?
Wilson Simoninha - Sim, meu pai é considerado um dos maiores cantores da história da música brasileira, então não tem como ser diferente. Mas obviamente outros artistas me inspiraram também, como Jorge Benjor, Tim Maia, João Gilberto. Entre os brasileiros a lista é gigante. E entre os internacionais posso citar Stevie Wonder, Michael Jackson e principalmente Marvin Gaye. A soul music foi uma forte influência na minha caminhada na música.
Resenhando.com - Sua discografia tem ótimos momentos nas músicas autorais. Você gosta de compor sozinho ou também faz parcerias?
Wilson Simoninha - Eu não tenho preferência entre compor sozinho ou em parceria. Tenho ótimos parceiros, como Bernardo Vilhena, Carlos Rennó, Marcelo de Luca entre outros. Tem uma parceria nova com o Xande de Pilares. Mas também gosto de compor sozinho. O importante a colocar a sua inspiração para fora.
Resenhando.com - Você atua também como produtor. Você continua nessa atividade em paralelo com a música?
Wilson Simoninha - Sigo atuando como produtor e diretor musical em paralelo à minha carreira como músico. Essa é uma dimensão fundamental do meu trabalho. Desde 2001, estou à frente da S de Samba, produtora que fundei com Jair Oliveira, onde criamos trilhas publicitárias premiadas e desenvolvemos projetos musicais para marcas, cinema e televisão. Na TV Globo, assino a direção musical do Domingão desde 2016, passando pelas fases com Faustão e agora com Luciano Huck. E também, com a mesma intensidade e carinho, faço a direção musical do programa Viver Sertanejo, apresentado pelo cantor Daniel. Além disso, produzi as duas edições do especial Falas Negras e, mais recentemente, a inédita atração Pagode 90. Fui ainda responsável pela produção artística do documentário Chic Show (Globoplay). Esse trânsito entre palco, estúdio e audiovisual mantém meu trabalho em movimento e me inspira a explorar diferentes formas de levar música ao público
Resenhando.com - Fale sobre seus planos atuais na música. Você pretende gravar um novo álbum?
Wilson Simoninha - Sim, estou preparando um novo álbum de inéditas, que deve marcar mais um capítulo importante da minha trajetória. Depois de tantos projetos como diretor musical, produtor e intérprete, senti que era o momento de voltar ao estúdio para trazer novas canções e ideias. Tenho buscado arranjos que dialoguem com a minha história, mas também apontem para o futuro sempre guiado pela reinvenção, pelo talento das parcerias e pela alegria que a música me proporciona. É um trabalho que está sendo construído com muito carinho e que espero compartilhar em breve com o público.
"Sa Marina"
"Flor do Futuro"
"Mais Um Lamento"
.: Crítica literária: Luna Vitrolira, poetisa e performer, de Recife para o mundo
Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.
A poetisa e performer pernambucana Luna Vitrolira desembarca em São Paulo com uma agenda intensa de apresentações, mesas de conversa e oficinas que antecipam sua primeira tour literária na Europa, programada para setembro e outubro, com passagens por Portugal, França, Inglaterra, Alemanha e Espanha.
A programação em São Paulo destaca a força da poesia nordestina e feminina contemporânea. No dia 9 de setembro, Luna divide a mesa “Entrelinhas Pernambucanas” com as poetisas Cida Pedrosa e Dayane Rocha, no Sesc CPF, abordando as ancestralidades, resistências e a potência da poesia produzida no Nordeste. No dia 10 de setembro, no Sesc 24 de Maio, apresenta o espetáculo “Em Nome da Liberdade”, em que entrelaça poesia falada, música e performance corporal para revisitar memórias de resistência da população negra.
No Sesc Taubaté, em 11 de setembro, repete a mesa “Entrelinhas Pernambucanas”. Já no Sesc Vila Mariana, conduz no próximo dia 13, uma oficina de criação poética e performance, seguida de apresentação pública gratuita dia 14 de setembro, às 15h00, na Praça de Eventos da unidade.
Após os compromissos em São Paulo, Luna segue para Juazeiro do Norte (12 de setembro, Balada Literária do Cariri) e Niterói (17 a 20 de setembro, com o grupo Mulheres de Repente no edital Pulsar). Logo depois, embarca para Lisboa, onde lança o livro “Memória Tem Águas Espessas” (23 de setembro, Livraria Travessa – Galeria Verso) e abre o Festival de Poesia de Lisboa (25 de setembro). A turnê inclui ainda apresentações no Festival Middle Ground, em Berlim, e no Festival FÓLIO, em Óbidos.
Luna Vitrolira é uma multiartista de destaque, sendo poetisa, cantora, compositora, pesquisadora e palestrante. Com uma trajetória marcada pela oralidade e pela poética das vozes, ela já se apresentou em eventos como a Flip e a Bienal do Livro de Pernambuco. Além de sua carreira artística, Luna é uma voz ativa em projetos de inclusão social e equidade de gênero, e atua em programas voltados para as juventudes periféricas.
Natural de Recife, iniciou sua trajetória artística aos 15 anos na cena da poesia falada, no sertão do Pajeú. Para Luna, a poesia é uma forma de existir, conectando-a ao mundo e à espiritualidade. Sua obra reflete processos de autorreconhecimento e de cura, marcados por sua busca por suas raízes ancestrais. "Memória tem Águas Espessas", nasce dessa imersão na memória canavieira da Zona da Mata de Pernambuco, abordando temas como ancestralidade, perdão e identidade, influenciado por escritoras negras como Conceição Evaristo e Grada Kilomba.
Luna estreou na literatura com "Aquenda - O amor Às Vezes É Isso", finalista do Prêmio Jabuti em 2019, transformado em um projeto transmídia. Além da poesia, ela é idealizadora do projeto "Mulheres de Repente" e jurada de prêmios literários como o Jabuti e o Oceanos. Luna também se destaca como CMO da 99Jobs, atuando em projetos que promovem equidade de gênero e combate ao racismo, voltados para a juventude periférica e instituições educacionais.
"Eu Acredito no Amor"
sábado, 23 de agosto de 2025
.: Thomas Malherbe lança seu primeiro álbum autoral, “Garoto Tímido”
Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto:divulgação
O cantor e compositor Thomas Malherbe está lançando neste mês o seu primeiro álbum, “Garoto Tímido”, nas principais plataformas digitais. O trabalho reúne oito faixas autorais e inéditas, marcando o início oficial de sua trajetória na música. Nascido em Paris, filho de mãe francesa e pai brasileiro, Thomas cresceu em um ambiente musical intenso, influenciado pelo pai, o músico, compositor e arranjador Ricardo Vilas. Desde cedo, trocou o pátio da escola pelos livros e pelos instrumentos, desenvolvendo sua veia de compositor introspectivo e inspirado.
Longe dos pátios escolares e das partidas de futebol, o ‘garoto tímido’, mergulhava em livros e sons. As leituras da adolescência deixaram marcas profundas em suas composições, que revelam sensibilidade e maturidade artística. Desde cedo, também encontrou amigos com quem compartilhava acordes no violão, baixo e guitarra, cultivando a base de sua linguagem musical.
Thomas compôs um repertório autoral que deu um resultado na gravação de seu primeiro álbum. Em “Garoto Tímido”, o artista revela-se um cantor comunicativo e caloroso, ao mesmo tempo sensível e inspirado ao interpretar suas próprias canções. Entre suas referências, Thomas cita Renato Russo da Legião Urbana e rock internacional capitaneado pelos Beatles, principalmente. "Estou muito animado com este primeiro álbum da minha carreira. É um projeto no qual venho trabalhando há muito tempo e me sinto realizado de poder apresentá-lo. Espero que gostem!", diz Thomas.
Com produção musical e arranjos de Rodrigo Campello, que trabalhou com diversos artistas renomados como João Bosco, Moraes Moreira, Marisa Monte, Lenine, Caetano Veloso, Gilberto Gil e outros. Músicos de peso, como Lancaster Lopes, no baixo, que também tocou e gravou com diversos artistas e bandas, assim como Marcelo Vig, que toca bateria nesse álbum.
"Garoto Tímido" - Thomas Malherbe
sexta-feira, 15 de agosto de 2025
.: Crítica musical: "Help", há 60 anos, a perda da inocência dos Beatles
Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto:divulgação
sexta-feira, 8 de agosto de 2025
.:"Todas Elas": Vanessa da Mata lança versão deluxe do novo álbum
"Nada Mais"
sexta-feira, 1 de agosto de 2025
: Crítica musical: Vannick Belchior, um novo talento que surge
Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto:divulgação
sexta-feira, 25 de julho de 2025
.: "Madman" e "Príncipe das Trevas": Ozzy Osbourne, o legado permanece
Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto: divulgação




















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