sexta-feira, 16 de maio de 2025

.: Marina Baggio estreia na música com CD autoral, por Luiz Gomes Otero

Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. 


Marina Baggio é um ser inquieto - pensadora, artista plástica, filmaker, fotógrafa, designer, cantora e compositora. Suas produções artísticas evocam itinerários e movimentos sensíveis em uma investigação estética que batizou de “Bahia oriental”. E agora ela está estreando em disco com o álbum autoral intitulado Kissila.

Nascida em 1996, Marina passou a infância em Salvador, próxima ao mar, ouriços, coqueiros e bananeiras, que tanto marcam seu trabalho na pintura e fotografia, e se tornou cidadã do mundo muito cedo ao se mudar para China para trabalhar como modelo aos 16 anos.

Depois, atuando nas artes plásticas e imagens, rodou meio mundo com exposições, rabiscando paredes, instalações e telas até fazer sua primeira exposição individual em Lisboa, Portugal, em 2023. Na volta ao Brasil abriu seu próprio ateliê onde há uma geladeira azul dos anos 50, sem o motor, que é recheada de tudo que é tipo de papel, tintas e materiais que gosta de usar. E agora abraçou de vez também a música.

 “Kissila”, foi produzido por Dadi Carvalho (A Cor do Som). Com nove faixas, sendo oito autorais e um dueto com Roberto Mendes, o disco celebra a riqueza da música brasileira em uma sonoridade única e sofisticada. Para dar vida a esse trabalho, um verdadeiro time de músicos se reuniu: Cézar Mendes, Chico Brown, Marcelo Costa e Tomás Improta.

Marina Baggio por Nani Basso

O álbum funciona como uma colagem de linguagens e sonoridades que celebra a liberdade criativa e o poder dos encontros em suas diversas manifestações. É a materialização das inquietudes de Marina Baggio e tudo que inspira movimento.

“Kissila” traz  “Agora Só Penso em Você” (Marina Baggio, Cézar Mendes e Chico Brown), a bossa nova “Delícia Demais” (Marina Baggio e Cézar Mendes) que conta com o assobio de Cézar, o samba cadenciado “Chave de Cadeia” recheado de violões, baixo, bandolins, teclados e guitarras de Dadi e mais o blues “Sujeita à Cobrança” com arranjo e piano de Tomás Improta, “Não Aperte Minha Mente”, com as percussões de Marcelo Costa, e “Jailbreak”, versão em inglês de “Chave de Cadeia”.

A canção “Kissila”, que dá título ao álbum, nasceu em Salvador há anos atrás, conta Marina. “Eu devia estar com a adrenalina muito alta ainda de um assalto na noite anterior para ter a ousadia e o impulso de convidar Caetano Veloso a escutar uma composição minha. Cantei pra ele, que foi super generoso em me ouvir, comentar e perguntou se eu tocava violão”.

O álbum vem acompanhado de um filme que faz junção dos clipes feitos para cada uma das músicas. Conforme explica Marina, o universo da música é uma novidade, mas também é a integração dos mundos, o poder de experimentar as múltiplas facetas de expressão.


Não Aperte Minha Mente


Gestos


Delícia Demais



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