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sábado, 15 de abril de 2023

.: Entrevista com Cezar Black do "BBB 23": "Não consigo ver uma justificativa"


"Eu me vejo ainda como uma pessoa que conseguiu mostrar mais dentro do jogo do que elas. Eu não consigo ver uma justificativa para a permanência delas e não a minha se não fosse por uma questão de engajamento aqui fora das equipes delas", afirma o baiano. Foto: Globo/João Cotta

Foram 88 dias na casa mais vigiada do Brasil, muitos altos e baixos, choros, dancinhas, risadas, brigas e reconciliações e “aquela agonia”! Registrado como Cezar Black (o Black não é apelido como muitos pensam), ele já foi Raimundo Cezar, em homenagem ao pai. O baiano deixou a casa do "BBB 23" em um paredão apertado contra Aline Wirley e Amanda Meirelles, no qual recebeu 48,79% dos votos do público.

Eliminado na última quinta-feira, dia 13 de abril, e fora da disputa pelo grande prêmio da temporada, Cezar reconhece o que pode ter lhe atrapalhado no reality. “Como Pipoca, eu nunca tinha tido nenhuma experiência parecida com câmeras e holofotes. Eu achei que ia me sair muito bem, mas quando eu vi tantas pessoas grandes lá, que falam e se posicionam muito, e pelo fato de ter entrado em dupla, eu sinto que travei. A trava que eu dei na primeira semana foi um divisor de águas, mudou completamente a minha trajetória lá dentro. Quando eu entrei em dupla, eu entrei também no quarto que não era realmente o que eu queria. E depois não tive coragem de sair para tentar uma nova possibilidade no outro quarto”, avalia. 

Apesar das dificuldades que encontrou no caminho, Cezar também teve vitórias importantes no jogo: ganhou líder, conquistou um anjo autoimune em um momento decisivo e realizou o sonho de conhecer Ivete Sangalo em seus últimos dias no "BBB". Na entrevista a seguir, Cezar conta mais sobre a emoção que sentiu no show da cantora, analisa seus altos e baixos no jogo e fala sobre os memes que protagonizou na casa do "Big Brother Brasil".


Como foi a experiência de participar do "Big Brother Brasil"?
Cezar Black - Fiquei muito surpreso quando entrei. O fato de entrar em dupla influenciou muito na minha vida dentro da casa. Acho que poderia ter tomado um rumo diferente caso eu tivesse entrado sozinho. Eu me arrependo de algumas atitudes minhas, mas de um modo geral eu tentei sempre manter a minha coerência, meus valores, meus princípios. Fiquei preocupado por muito tempo com algumas acusações que fizeram contra mim, então me travei. Acho que, dos meus 100% para o que eu entreguei lá, fiquei muito aquém do que eu realmente sou. Acho que eu poderia ter dado muito mais se eu tivesse me sentido numa posição mais confortável, mais à vontade para conseguir me soltar realmente. Eu até falei no meu último Raio-X que eu queria muito que as pessoas conhecessem o Cezar Black em sua totalidade. Mas eu estou feliz de ter participado dessa experiência, acho que foi bem válida, foi única na minha vida e vou guardar para sempre.


Era como você imaginava?
Cezar Black - Era como eu imaginava, mas eu não tinha ideia da intensidade que era participar do "Big Brother". Eu tinha uma visão genérica de que era o reality mais importante do Brasil e que você se expõe bastante. Eu só não imaginava que cada trecho, cada palavra que você fala é televisionada, é passada nas redes. Eu realmente não sabia da dimensão do programa. 


Você entrou no programa entrelaçado a uma pessoa com quem disse não ter se identificado, a Domitila, e com quem teve muitos episódios de discordância ao longo da temporada. Como foi esse período? E o que mudou nessa relação do início do programa até a reta final?
Cezar Black - 
Foi um período bem difícil, porque como entramos em dupla, eu sentia que, pela personalidade dela ser tão diferente da minha, eu poderia ser emparedado na primeira semana, mais por causa dela, até. Algumas pessoas na casa vieram até mim para dizer que gostavam do meu jeito, mas não curtiam muito a Domitila. Eu fiquei preocupado, foi realmente uma luta contra o tempo para tentar não sair no primeiro paredão até o momento em que a gente soltaria as amarras. Foi uma coisa da qual eu reclamei bastante nas primeiras semanas e eu não sabia que foi o público quem tinha escolhido - pregaram uma peça em mim (risos). Mas foi produtivo. A nossa relação ao longo das semanas foi crescendo, a gente construiu uma amizade bacana com muitos altos e baixos, mas no fim das contas eu torço muito para que ela consiga sair de lá campeã. 
 

Você chegou a mencionar que não conseguia se conectar muito com o grupo do quarto Fundo do Mar. Por que optou por permanecer ali por tanto tempo? Chegou a cogitar alguma mudança para o Deserto? 
Cezar Black - Cheguei a cogitar uma mudança para o quarto Deserto, tentei algumas vezes uma aproximação às pessoas de lá, só que eu nunca tive uma abertura que me fizesse sentir seguro e confortável para mudar. Acho que pela dinâmica de entrar em dupla, por uma vontade dela (Domitila), por ela ter se identificado muito com o pessoal do quarto Fundo do Mar, (principalmente com o Fred Nicácio, com a Marvvila e com a Sarah) eu acabei optando por permanecer. Inicialmente acabei ficando no Fundo do Mar também porque eu tinha muito medo de ser visto pelas pessoas de fora do programa como traidor: “Entrou junto com as pessoas, formou alianças ali dentro e agora está desertando e indo para o outro quarto”. Os meus maiores receios ali eram ser visto como traidor e também não ter uma abertura no quarto Deserto que me deixasse confortável a ponto de fazer essa mudança.
 

Você foi algumas vezes ao paredão. Por que acredita ter sido eliminado neste, especificamente? 
Cezar Black - Sabendo por alto, pelas informações que me foram trazidas até pelo Fred Nicácio quando ele retornou, tem um shipp aqui fora de um suposto casal entre Amanda e Sapato, que impulsionou muito a Amanda dentro do jogo, através das redes sociais e do engajamento a nível de votos. Houve uma disputa acirrada entre mim e a Aline e eu acredito que as quatro integrantes do antigo quarto Deserto - Larissa, Aline, Amanda e Bruna - têm uma relação tão íntima, que se apoiam até em votação. Acredito que, por ter sido um paredão de duas pessoas do quarto Deserto comigo apenas, houve uma união entre as equipes para votar para me tirar. Eu creio que foi muito por isso, porque a nível de jogo, estratégia e ação, em todo esse período, pela minha visão parcial, eu não conseguia ver algo que justificasse a permanência delas e a minha saída, mesmo havendo, às vezes, um jogo confuso da minha parte. Eu me vejo ainda como uma pessoa que conseguiu mostrar mais dentro do jogo do que elas. Eu não consigo ver uma justificativa para a permanência delas e não a minha se não fosse por uma questão de engajamento aqui fora das equipes delas.
 

Em determinado momento, você afirmou estar se sentindo “uma planta” dentro da casa. Enxerga sua participação dessa forma ou essa percepção foi temporária? 
Cezar Black - Eu acho que foi uma percepção temporária, foi até em uma discussão entre mim, a Sarah e o Fred Nicácio que falei isso. Eu sinto que, depois do retorno do Fred, eu acabei perdendo muito a voz, o poder de fala e de decisão dentro do nosso grupo. Chegou um momento ali em que eu sentia que as pessoas não me ouviam mais, não queriam saber da minha posição. Sempre foi uma queixa minha a questão de conseguir me expressar dentro da casa, de forma que as pessoas realmente quisessem ouvir o que eu estava falando. No começo eu senti isso e pesou muito para mim, porém, ao longo da minha trajetória, eu ganhei um destaque muito grande dentro do grupo. As pessoas do quarto Deserto até me indicaram com o discurso do general. O Guimê falou: “O Black é o general do grupo hoje porque ele influencia muito as pessoas”. Então, teve uma hora em que eu me senti muito forte no grupo. No nosso quarto tinha esse problema de momento de fala. Quando eu estava falando alguma coisa e me posicionando, alguém ia lá, me interrompia e fazia um contraponto e não deixava eu falar. Isso foi acontecendo com uma certa recorrência, acho que ao longo do programa inteiro eu senti isso. Mas, chegou um momento, até com a volta do próprio Fred, que eu me perdi no jogo, me deixei abater. Foi um momento em que eu achava que estava até numa crescente boa. Foi nesse ponto que eu comecei a pesar se valia a pena continuar no Fundo do Mar e começaram a surgir várias dúvidas na minha cabeça se aquele era o momento de largar o quarto e tomar as minhas próprias iniciativas. Eu senti que, com esse retorno do Fred, ele acabou ganhando um destaque maior no grupo, porque as pessoas gostavam muito dele, e eu acabei perdendo a força que eu tinha ali dentro e fiquei numa posição mais secundária.
 

Quais foram os seus melhores momentos no "BBB"? 
Cezar Black - O momento da Tina (Calamba) com a peruca foi um momento muito legal, a galera da casa se amarrou. A minha liderança foi um divisor de águas e me deixou muito feliz, mas a indicação do Alface ao me colocar no monstro foi um momento de muita tristeza. Ainda assim eu acho que foi um ponto importante, tinha que ser como foi, até para, ao longo da minha trajetória, conseguir chegar onde cheguei hoje; fui até o Top 8. O momento em que, mesmo com os contrapontos de eu ter ido com um pouco mais de peso com a Marvvila naquela nossa discussão, quando houve o paredão em que a Key (Alves) saiu, foi importante também porque eu defendi o grupo, a permanência da (Kassia) Marvvila e da Domitila (Barros). Foi um momento em que eu me posicionei muito, a nível de jogo eu bati muito de frente com a estratégia do Fred Bruno de ter um grupo paralelo. Eu acho que pode ter influenciado de uma certa forma a saída dele do programa. Além disso, a minha discussão com o Alface (Ricardo Camargo) no jogo da discórdia, quando a gente acabou brigando e ele ficou apontando o dedo, tentando me intimidar e eu reagi. Acho que foi a primeira vez que eu mais mostrei o meu outro lado, de ser mais incisivo, mais bravo até na reação com ele. A saída do quarto Fundo do Mar e toda aquela sequência de eu estar brigando para ser prioridade das pessoas e acabar ganhando o anjo autoimune também foi uma semana em que os holofotes podem ter se voltado para mim. 
 

E quais foram os mais difíceis? 
Cezar Black - Eu passei por muitos momentos difíceis. Nas três primeiras semanas, eu tive dificuldade de me encontrar. Como Pipoca, eu nunca tinha tido nenhuma experiência parecida com câmeras e holofotes. Eu achei que ia me sair muito bem, mas quando eu vi tantas pessoas grandes lá, que falam e se posicionam muito, e pelo fato de ter entrado em dupla, eu sinto que travei. A  trava que eu dei na primeira semana foi um divisor de águas, mudou completamente a minha trajetória lá dentro. Quando eu entrei em dupla, eu entrei também no quarto que não era realmente o que eu queria. E depois não tive coragem de sair para tentar uma nova possibilidade no outro quarto. Então, eu acabei me mantendo preso naquela permanência em um grupo que eu não me encaixava a nível de personalidade, de pessoas. Eu sinto que, se tivesse entrado sozinho e encontrado pessoas de maneira individual com quem eu tivesse me identificado mais, eu poderia ter soltado mais a minha personalidade e me mostrado mais no programa, e também não teria tantas travas. Uma coisa que também me bloqueou muito lá foi o medo do que as pessoas aqui fora poderiam achar de mim pelo julgamento das pessoas dentro da casa em vários episódios diferentes. Um deles foi com o Alface, quando eu disse que ele era “desorientado” no jogo da discórdia. Teve o episódio com a Marvvila, em que me julgaram muito lá dentro. E esse último com a Larissa, pelo qual também me julgaram. Quando eu chorava, me desesperava - até no vídeo que virou meme (o que toca o hip hop) - eu estava botando para fora aquele sentimento ruim. Foi uma semana em que eu estava muito pressionado por conta do julgamento do Sapato e da Amanda em cima desse episódio do Alface. Lá dentro a sensação que a gente tem quando toca uma música nossa é que as pessoas estão tendo um carinho com a gente, e sempre emociona. Acho que esses momentos foram cruciais na casa.
 

O episódio em que você utilizou o argumento da peruca para dar bomba para a Tina gerou muitos memes. Imaginava que isso iria viralizar aqui fora? 
Cezar Black - Não imaginava. No momento eu até ri, achei engraçado porque para mim usar peruca para fazer zoeira era uma coisa comum no meu cotidiano. Eu ia até tentar continuar com as coisas que eu iria falar para a Tina naquele momento, mas a galera riu, ela respondeu, e parou na peruca. Eu não imaginava que teria essa repercussão aqui fora.
 

Seu lado emotivo também ficou bastante evidente. Você chegou a questionar se estaria sendo malvisto pelo público por conta disso. Essa é uma característica sua mesmo fora do jogo ou algo lá dentro despertou esse seu lado? 
Cezar Black - Não é uma característica minha, eu não lembro a última vez que eu chorei copiosamente aqui fora. Na verdade, a última vez que eu chorei mesmo foi assistindo àquele filme “Sempre ao Seu Lado”, que tem o cachorro. Eu sou pisciano, então sou mais sensível, mas não sou de chorar. Eu acho que o meu maior medo ali dentro era o das pessoas de fora, porque eu tinha um julgamento de várias pessoas sempre, que viam os meus erros. Eu sempre falava a questão de existirem “dois pesos e duas medidas”. As pessoas sempre viam meus erros, falavam sobre eles de uma forma muito mais firme do que sobre os erros de outras pessoas, que eram iguais ou parecidos. Eu sempre me senti muito julgado e, a partir desse julgamento que era sobre questões que extrapolavam o jogo, eu senti que poderia haver um julgamento igual das pessoas de fora, e que isso me levaria a envergonhar minha família e as pessoas que eu amo. Isso realmente me deixava num ponto de desespero por muitas vezes.
 

Durante o show da Ivete Sangalo, na festa da última quarta-feira, você também se emocionou. O que sentiu naquele momento? 
Cezar Black - Eu sou baiano, soteropolitano. A minha raiz baiana aflorou muito dentro do programa. Acho que todo mundo percebeu o quanto eu amo o axé, o tanto que eu sou carnaval, respiro aquele clima de folia, aquela agonia. Eu tenho isso muito enraizado em mim, então sempre que tocava axé nas festas eu ficava feliz, dava risada, dançava, curtia. Ver um show de Ivete para apenas oito pessoas na casa, ela cantando as músicas que eu amo, que fazem parte da minha vida e da minha história, foi muito emocionante. Na casa a gente estava achando muito que poderia ser ela, porque algumas vezes tocou músicas de Ivete na hora do despertador, então eu até brincava: “Cadê você, Ivetinha? Venha aqui logo!”. Então, para mim foi muito emocionante. Na hora do show, quando ela começou a cantar, eu achei muito especial, foi a realização de um sonho: estar no "Big Brother" com a referência do axé. Não sei se perceberam, mas acabou que virou uma bandeira minha sair em defesa do axé, porque hoje as pessoas veem como “cult”. Eu sou muito “axezeiro”, defendo e amo muito o axé. Fiquei muito emocionado por isso, foi um dos dias mais especiais.
 

Como você classifica a sua relação com o Ricardo, com quem discutiu e fez as pazes diversas vezes? Por que ele virou um alvo seu? 
Cezar Black - O Ricardo virou alvo no início por conta da reação dele comigo no jogo da discórdia. Eu o levei algumas vezes como “dono da casa”, por exemplo, porque ele queria comer o arroz todo da Xepa. Teve também um outro jogo da discórdia em que eu o levei novamente e, a partir disso, ele encarou que eu o tinha como alvo mais fácil para não me indispor com outras pessoas - o que não era verdade. A partir daquilo, ele me encarou como um inimigo no jogo e, quando ele veio para mim no jogo da discórdia com aquele jeito mais intimidador, eu reagi da forma como reagi, e logo na sequência ganhei líder. Ele, por sua vez, ganhou o anjo e me tirou. Ali nossa rivalidade ficou escancarada e se estendeu por algumas semanas até o momento em que a gente conversou. Em outro jogo da discórdia, eu falei: “E aí, Alface, vai ficar me trazendo aqui pelo mesmo motivo para sempre?”. Ali ele entendeu e buscou novos alvos. Ficamos numa boa até por algumas semanas e a gente até ameaçou jogar juntos quando ele foi para o quarto Fundo do Mar. Mas no momento em que a Amanda levou ele no jogo da discórdia e a resposta dele foi envolvendo uma jogada minha, a gente brigou novamente. E essa briga ia com certeza até o final.
 

Analisando agora, a troca de quarto foi uma escolha acertada? 
Cezar Black - Não foi uma escolha acertada porque eu fui muito impulsivo ali, fiquei muito chateado com a situação ocorrida no quarto Fundo do Mar, quando ninguém se dispôs a me imunizar e, por conta da emoção, eu acabei saindo de lá e indo para o quarto das pessoas em quem eu votava. Eu acabei indo dormir com o inimigo e, a partir do momento em que você vai dormir com o inimigo, você está disposto a tomar bomba a todo tempo. Pensei em voltar logo depois que eu ganhei o anjo e indiquei as duas, só que eu pensei também que não iria arregar, abaixar a cabeça e voltar atrás. Então, eu realmente banquei minha permanência ali até o dia em que fui forçado pelo fechamento do quarto. Eu acho que eu potencializei muito o alvo nas minhas costas e acredito que foi um dos motivos pelos quais eu posso ter saído agora, porque eu fiquei perseguido pelas meninas depois daquele episódio.
 

A Bruna Griphao te criticou muitas vezes durante o confinamento. E você, como avalia o desempenho de Bruna no "BBB"? 
Cezar Black - A Bruna é muito boa em provas, então acho que ele merece um reconhecimento e teve o mérito por isso. Só que eu não consigo vê-la como uma boa estrategista, eu acho ela muito impulsiva; no momento da raiva, ela fala coisas sem pensar que machucam, que magoam, que ofendem. Quando a Larissa saiu, a Bruna se perdeu completamente, ficou sozinha, porque ela não tinha uma relação tão estreita com a Amanda e com a Aline, e foi procurar uma aliança com o Gabriel, chegando a pensar em colocá-lo no Top 3 dela. Eu não consigo imaginar que ela iria tão longe sem uma aliança forte como a Larissa, que a impulsiona em muitos momentos.
 

Quem é o participante mais forte do "BBB" e por quê? 
Cezar Black - Amanda. Pelas informações externas que já tive, eu acho que a Amanda é uma pessoa que está realmente muito forte por conta da torcida dela, que é muito engajada a levá-la a uma vitória. Se eu ainda tivesse uma visão de dentro da casa, eu apostaria muito na Domitila, porque ela voltou de seis paredões e retornou com muita propriedade. Foram paredões de respeito, principalmente o que ela foi com o Fred Bruno, que foi muito apertado e o Fred também tinha uma torcida muito forte. Então, eu apostaria muito na Domitila para ser campeã. 
 

É para ela que você torce? 
Cezar Black - Eu torço para a Domi. Mesmo com as nossas idas e vindas, altos e baixos, acho que é uma pessoa que merece muito levar esse prêmio.
 

Quais são seus planos daqui para frente? 
Cezar Black - Ainda não consegui pensar sobre isso. 

Pretende seguir atuando na enfermagem ou quer se dedicar a outras áreas? 
Cezar Black - A enfermagem é o que eu amo e sei fazer, é o que eu dediquei a minha vida e minha carreira inteira. Sou muito grato por tudo o que a Enfermagem fez por mim. Mas eu penso muito em ter outras oportunidades, em fazer carreira de alguma outra forma – não faço ideia ainda do que. Penso em ampliar meu leque de opções para viver outras coisas. Estou aberto e esperando propostas (risos). Vou ouvir com carinho e desejo que seja algo bom para a minha vida.

.: Entrevista: Larissa Luz, a abelha rainha do "The Masked Singer"


A baiana já viveu Elza Soares no teatro e também fez parte do time do "Saia Justa" no GNT. Foto: Globo/Maurício Fidalgo


A grande final do "The Masked Singer Brasil" aconteceu no último domingo, dia 9 de abril, e consagrou a DJ Vitória-Régia como campeã da temporada. Por trás da máscara estava a ex-"BBB" e cantora Flay. Em segundo lugar ficou a Abelha-Rainha, que ganhou vida com a cantora e atriz Larissa Luz. A baiana já viveu Elza Soares no teatro e também fez parte do time do "Saia Justa" no GNT. Na final do "The Masked Singer Brasil", cantou "Natural Woman" de Aretha Franklin e "Mulher do Fim do Mundo" de Elza Soares. 

"Eu me diverti muito, realmente entrei na brincadeira. É um universo lúdico, me remeteu a minha infância, tudo meu era de abelha (risos). Eu fui muito bem recebida e acolhida. E achei bem diferente de tudo que eu já fiz na música, mas, ao mesmo tempo, achei que o processo foi muito engrandecedor quanto artista. Lembrei do processo de criar um personagem. De criar um corpo. E de estar na fantasia... Então, ao mesmo tempo em que era uma brincadeira ,eu me deparei com questões bem profundas. Quando fui ver, eu estava em um processo imersivo. Foi um grande processo de transformação pessoal". Confira a entrevista com Larissa Luz.

Como foi a experiência de participar do programa?
Larissa Luz - 
Eu me diverti muito, realmente entrei na brincadeira. É um universo lúdico, me remeteu a minha infância, tudo meu era de abelha (risos). Eu fui muito bem recebida e acolhida. E achei bem diferente de tudo que já fiz na música, mas, ao mesmo tempo, eu achei que o processo foi muito engrandecedor quanto artista. Lembrei do processo de criar um personagem. De criar um corpo. E de estar na fantasia... Então, ao mesmo tempo em que era uma brincadeira ,eu me deparei com questões bem profundas. Quando fui ver, eu estava em processo imersivo. Foi um grande processo de transformação pessoal.


Como foi ser desmascarada e ver a reação dos jurados?
Larissa Luz - 
Aquele momento foi doido (risos). Eu achei que alguns já sabiam. Mas ver a reação de cada um, vê-los sem a máscara, e ver o cenário sem a máscara parecia um filme, uma outra realidade, um metaverso. Eu passei a temporada inteira os vendo pelo filtro da fantasia, e a gente estava há um tempão sem se ver. Então, foi bem como uma brincadeira de criança em que a gente tira a venda e fala: "achou!". É essa a sensação daquele momento, de euforia como uma brincadeira de criança.
 

Como foi receber o convite para participar do programa?
Larissa Luz - 
Eu fiquei muito feliz quando soube, porque acho muito massa o programa. Em todas as edições, eu vi que foram pessoas incríveis, artistas grandes, então me senti honrada por estar no elenco. Eu fiquei muito feliz por estar perto de Veveta, e dos artistas que admiro tanto pessoalmente. Pensei que ia ser massa participar depois de cantar, dançar e usar coisas dos teatros. Fiquei motivada.
 

Você esperava ir tão longe na competição?
Larissa Luz - 
Não esperava. Principalmente no primeiro dia eu fiquei muito assustada com o quanto era difícil fazer. Primeiro, achei que não ia dar conta, que os concorrentes eram muito bons, e que eu não ia chegar. Mas eu estava levando de forma tão leve e para curtir o momento, que não dei muito foco para a coisa de ser uma competição. É claro que eu queria ficar mais tempo, mas para mim não teve o peso da competição, então eu não esperava. Curti cada dia, sempre pensando que eu poderia sair. Não é pra ser pesado, a gente está ali pra curtir o momento.

sexta-feira, 14 de abril de 2023

.: Entrevista: Fred Nicácio entra para a história do "Big Brother Brasil"


"Faltava eu colocar alguns pingos nos 'is'”, afirma o médico. Foto: Globo/João Cotta

Esta é a segunda vez que Fred Nicácio é eliminado do "BBB 23". Depois de ganhar uma chance de voltar ao jogo na dinâmica de repescagem, o médico usou as informações externas que levava consigo de uma maneira diferente da que optou quando voltou do quarto secreto para o confinamento, no início da temporada. Desta vez, preferiu potencializar aliados no lugar de desestabilizar adversários, e esta foi uma decisão de que se orgulha.

Apesar de ter perdido novamente a corrida pelo prêmio milionário, ele acredita que finalmente cumpriu com seu propósito no programa. “Faltava eu colocar alguns pingos nos ‘is’, falar algumas coisas para algumas pessoas, inclusive na Casa do Reencontro, por mais desconfortável que tenha sido para mim. Saio com a sensação de que fechei com chave de ouro aquilo que me propus a fazer. Talvez eu não tenha sido o melhor jogador, diante das expectativas que criaram sobre mim, mas com certeza fui o melhor missionário, cumpri a minha missão”, descreve em uma análise da própria trajetória. 

Fred também fala, na entrevista a seguir, sobre o jogo de Ricardo, detalha a construção de afeto com a adversária Larissa e comenta a acusação de ter feito um jogo confortável em sua segunda passagem pelo reality show.  


Você foi o único participante que teve duas chances de retornar ao jogo na mesma edição do ‘Big Brother Brasil’. Acha que fez o melhor uso das informações externas que tinha quando voltou mais recentemente à casa ou teria feito algo diferente?
Fred Nicácio -
Eu usei as informações para o meu conforto. Eu preferi esse lugar mais zeloso, sobretudo comigo mesmo. Usei as informações para motivar, incentivar e potencializar pessoas, alertar outras, e não para criar novos embates ou alfinetar ninguém; não era esse o meu objetivo. Então, acho que fiz um uso excelente diante daquilo que eu havia proposto para mim mesmo. 


Você contou aos brothers que foi um protagonista da temporada até a sua eliminação. Acha que isso mudou na sua segunda fase no "BBB 23"?
Fred Nicácio - 
Acho que é como o Tadeu falou ontem no meu discurso de eliminação: “O Fred é como o sol: mesmo sem fazer nada, tudo gira em torno dele”. Isso já diz muita coisa. Mesmo eu não buscando treta, ela chega até mim (risos). Acho que eu fiz o que eu tinha que fazer, que era continuar em um lugar de protagonista. Só que tudo tem que ter um começo, um meio e um final.

 
O que te impediu de chegar à final desta vez?
Fred Nicácio - 
O que me impediu foi que as pessoas criaram uma expectativa em cima de mim que frustrou a elas mesmas. Foram expectativas frustradas, não a minha verdade, a minha realidade. Como quem vota é quem está aqui fora, essas expectativas frustradas podem ter me feito sair do jogo.

 
Ricardo e Bruna Griphao mencionaram que, depois do seu retorno, você passou a fazer um jogo confortável no "BBB" e até te chamaram de “planta”. Como enxerga esse apontamento?
Fred Nicácio - 
Acho que eles estão certos porque se eles estavam esperando um Fred como o da minha segunda temporada, eles realmente não encontraram. Isso porque é uma outra casa, outras pessoas e também um outro Fred. Então, é um outro jogo. Eu não sou caça-treta. Não tenho como ter embates com pessoas com quem eu não tenho embates. É um jogo de relacionamentos, estava lá para me relacionar. Se dentro dessas relações acontecem algumas situações de estresse, que a gente precisa brigar, ok. Agora, se elas não acontecem naturalmente, forçar isso não é, para mim, uma boa estratégia, não. 


A indicação do Ricardo ao paredão te pegou de surpresa? Como foi lidar com a berlinda depois de já ter sido eliminado uma vez?
Fred Nicácio - 
Não me surpreendeu porque é uma pessoa que eu já não confiava no jogo. Mas eu decidi baixar a guarda porque a Domitila me pedia muito; ela solicitou que eu desse uma chance para a aproximação dele. Mesmo sentindo que não era para eu fazer isso, eu decidi ceder esse lugar, baixar a guarda e permitir que o Ricardo se aproximasse de mim. Mas, como eu sempre falo, informação é poder. Nesse momento em que eu baixo a guarda, ele começa a conseguir informações sobre mim que, antes, ele não conseguia. É como ele falava: “Eu tenho medo de você, Fred. Você aqui faz com que eu me veja cada vez mais longe do Top 3”. Então eu sei que a minha presença e a minha existência naquele lugar, por mais que eu fosse “planta”, incomodava ele e muito. Imagina se eu não fosse, né? (risos). E quanto a encarar o paredão, no dia da eliminação eu estava tranquilo. Mas, no dia anterior, eu me permiti ter medo, eu quis ter medo. Tem uma frase de uma música da Liniker que fala em “descascar o medo para caber coragem”. Eu sempre fiz isso, nesse jogo e na vida também. Mas, na segunda-feira, eu decidi não descascar o medo; decidi ter medo, ter a coragem de sentir medo, de acolher esse medo. Foi gostoso poder sentir medo dentro do BBB, uma coisa que eu não havia sentido lá dentro antes porque eu sempre fui o “Fredão, grandão e sem medo” (risos). Na segunda-feira vivi o lugar de acolher esse medo, chorar com medo, e depois eu fiz as pazes com outros sentimentos, como a gratidão e a tranquilidade de ter feito uma trajetória de que eu me orgulho e, não, que fosse bonita para os olhos dos outros.
 

Quando a berlinda se formou, você prometeu que as coisas iriam esquentar caso permanecesse na casa. O que teria feito, se tivesse a chance?
Fred Nicácio - 
Ia começar o cão caçando o gato: eu tentando botar o Ricardo no paredão e ele tentando me colocar. Ele tinha acabado de ganhar um novo embate direto, então ia ser assim, e a Sarah no meio desse tiroteio (risos). As coisas iriam esquentar muito porque eu iria colocar esse cara para fora da casa; se ele não me colocasse, o próximo seria ele. Depois que saí, pelo que conversei com as pessoas, isso pegou supermal para ele. Eu sabia que essa indicação minha, caso eu não saísse, seria a queda dele. Ele tinha que ter dado um tiro certeiro, e que bom para ele que ele deu (risos).
 

Você criou uma conexão com a Larissa na Casa do Reencontro e evitou votar nela quando voltaram à disputa. Qual foi a importância da Larissa naquele momento para você e como enxerga o jogo dela nesta segunda etapa do game?
Fred Nicácio - 
Larissa e eu tivemos um encontro muito legal na Casa do Reencontro. Depois da primeira discussão, em que eu falei tantas coisas para o Brasil e para pessoas que estavam lá, a Lari aproveitou o bonde e falou algumas coisas que ela tinha entaladas. Logo depois, ela olhou para mim e disse: “Vou embora”. Como lá não tinha muito lugar para ir, catei ela, levei para o banheiro, e falei para ela: “Não desiste. Se você não entrar na casa, não vai ser por isso e, sim, porque o Brasil não quer. Você não precisa fazer isso. Você lutou para estar aqui e, agora, é mais uma chance”. Então, ela saiu daquele buraco, ficou bem e, na quinta-feira, quem queria ir embora era eu (risos). E foi ela que fez esse mesmo gesto por mim. Ela falou: “Aquilo que você me disse ontem era a mais pura verdade, olha como estou hoje, mais forte. Já me reergui. Agora é a sua vez de se levantar também”. Então, teve essa troca, esse afeto. Até comentamos juntos que essa coisa de quarto era ruim porque eu super andaria com ela e ela comigo. A gente se entendeu nesse lugar e, depois, já na casa, ela me disse que conheceu um Fred amigo, acolhedor, que não havia conhecido na primeira vez. A gente se respeitou e se protegeu nesse lugar. A gente sabia que não ia jogar junto, mas também sabia que nossa conexão tinha sido real e verdadeira. Quanto ao jogo dela, a Lari entrou na pegada de botar fogo no parquinho, fazer e acontecer. Mas, acho que é muito sobre a expectativa das pessoas em cima da gente, que voltou. Acham que a gente voltou com superpoderes e isso não é uma verdade. Dentro do jogo, toda informação acaba se diluindo e a gente vai virando mais um participante como qualquer outro. Essa expectativa de que a gente volte, faça e aconteça, é uma expectativa externa, não é a nossa, pelo menos não era a minha. E ela pode acabar metendo os pés pelas mãos por estar nesse lugar. Mas, espero que ela encontre um jogo em que ela se sinta ela mesma e, não, o que esperam que ela seja.


Depois que vocês voltaram ao "BBB", houve uma nova rixa entre os dois quartos. Por que acha que isso aconteceu? 
Fred Nicácio - 
Porque voltaram duas pessoas de grupos opostos. Se voltassem duas do mesmo grupo, acho que isso também iria acontecer, mas seria menos visível porque só um grupo teria informações realmente valiosas. Como entrou uma de cada lado, cada grupo tinha informações que o outro não sabia. Acho que pegou mais fogo por causa disso. 


Em contrapartida, o Ricardo permaneceu dizendo que jogava sozinho e, mesmo estando no quarto Fundo do Mar, votou em você. Como avalia o jogo dele?
Fred Nicácio - 
Eu vejo o jogo do Ricardo como um jogo duplo. Ele diz que joga sozinho, mas se beneficia dos grupos e vai para o lado da canoa que não está afundando. Se afunda o Deserto, ele está no Fundo do Mar. Se afunda o Fundo do Mar, ele está no Deserto. Assim ele cria uma camada de proteção onde ele não é alvo de ninguém. E acho que isso é mérito dele. Não é um jogo que eu consigo jogar nem que acho bonito, mas é uma forma de jogar. Se ele se sente confortável e tem sucesso nesse lugar, que bom, né?
 

Nos últimos dias, você afirmou que não tinha como proteger mais o Cezar no jogo. De que forma definiu suas prioridades naquele momento? 
Fred Nicácio - O Cezar vinha demonstrando atitudes de não fechar com o grupo. Eu havia falado para ele algumas vezes que isso acabaria colocando-o em situações que a gente não conseguiria mais alcançar, que as pessoas deixariam de vê-lo como prioridade. Mas eu jamais iria soltar a mão dele, de maneira nenhuma, em questão de afeto, de estar ali para ele no que eu pudesse oferecer, como sempre ofereci. Agora, em questão de prioridade, todo mundo da casa sempre soube que a Domi (Domitila Barros) era meu pódio. Isso não era novidade para ninguém, não foi algo que eu defini depois. Foi uma história de amor que começou na minha primeira temporada; essa já era a terceira temporada do Doutor Fred no "BBB" (risos). Então, nada de novo em Paris. 

Que balanço faz desses 20 dias em que permaneceu no programa após a repescagem?
Fred Nicácio - 
Meu balanço é de missão cumprida. Faltava eu colocar alguns pingos nos “is”, falar algumas coisas para algumas pessoas, inclusive na Casa do Reencontro. São pautas pouco faladas e que precisam ser escrachadas. Então, quando eu volto, eu volto com esse gás de finalizar a missão que eu havia começado na minha primeira temporada. Saio com a sensação de missão cumprida, de que fechei com chave de ouro aquilo que me propus a fazer. Talvez eu não tenha sido o melhor jogador, diante das expectativas que criaram sobre mim, mas com certeza fui o melhor missionário, cumpri a minha missão.
 

Quem você acha que tem mais chances de vencer o "BBB 23"?
Fred Nicácio - 
A Domitila porque ela é símbolo de coragem, resiliência, inteligência e jogo estratégico. E a Sarah Aline também. Acho que as duas são grandes potenciais para estar nesse Top 3 e eu estou torcendo por isso.


E quem você quer que ganhe a temporada?
Fred Nicácio - 
Torço pela Domi, primeiramente, e depois pela Sarah. Mas as duas estando na final, eu já fico extremamente feliz. Ah, e o Black (Cezar)! Ele é incrível. E seria incrível ver um pódio preto, sim, porque isso é reparação histórica e quem não entendeu, que vá estudar. Se pudesse, gostaria, sim, de Domi, Sarah e Black na final. Seria uma realização pessoal ver um pódio desse.

.: Entrevista: Xamã, o galo malvadão do "The Masked Singer Brasil"


O cantor do hit "Malvadão 3" se apresentou na final com as músicas "Paparico" e "Samba Diferente" do grupo Molejo.Foto: Globo/Maurício Fidalgo

A grande final do "The Masked Singer Brasil" aconteceu no último domingo, dia 9 de abril, e consagrou a DJ Vitória-Régia como campeã da temporada. Por trás da máscara estava a ex-"BBB" e cantora Flay. O Galo ficou em terceiro lugar e surpreendeu ao revelar a identidade do rapper carioca Xamã. O cantor do hit "Malvadão 3" se apresentou na final com as músicas "Paparico" e "Samba Diferente" do grupo Molejo"Foi um prazer participar do 'The Masked Singer'. Foi uma experiência maravilhosa. Eu pude cantar outras músicas que não eram do meu repertório. E pude fazer amizades nos bastidores, o clima era muito bacana. Eu estou muito feliz com o que o Galo me proporcionou". Confira a entrevista com Xamã.


Como foi a experiência de participar do programa?
Xamã - Foi um prazer participar do "The Masked Singer". Foi uma experiência maravilhosa. Eu pude cantar outras músicas que não eram do meu repertório. E pude fazer amizades nos bastidores, o clima era muito bacana. Eu estou muito feliz com o que o Galo me proporcionou.
 

Como foi receber o convite para participar do programa?
Xamã - Quando recebi o convite, eu estava em um show, e de cara já aceitei porque era uma coisa nova. Eu venho tentando trabalhar com dança, com balé... Eu achei que seria uma coisa nova para a minha carreira e gosto de sair um pouco da minha zona de conforto. 
 

Como foi feita a escolha das músicas?
Xamã - A ideia foi descaracterizar completamente o sotaque carioca. Nós escolhemos músicas que eu curto e que fizeram parte da minha vida. Eu queria tirar ao máximo o foco do rapper carioca.
 

Qual a parte mais difícil deste desafio?
Xamã - O mais difícil pra mim foi guardar o segredo. Durante as gravações das músicas, às vezes eu queria falar algo, ou dar uma ideia, e não podia (risos).

 
Você esperava ir tão longe na competição?
Xamã - Eu sou muito competitivo, tudo que eu faço é pra ganhar e ser o melhor. Eu tento contagiar as pessoas ao meu redor para acreditarem e torcerem junto. Então, não sou só eu que estou ganhando, é a "Tropa do Galo" (risos).

segunda-feira, 10 de abril de 2023

.: DJ Vitória Regia na TV, Flay é a grande campeã do "The Masked Singer Brasil"


A atual temporada do "The Masked Singer Brasil" é da DJ Vitória Regia, ou melhor, da Flay! A cantora paraibana encantou o público e os jurados com diversas performances impecáveis de grandes sucessos do pop internacional e nacional, e levou o troféu da disputa para casa no último domingo, dia 9 de abril. Reconhecida por sua potência vocal, Flay transformou o palco da competição musical em um verdadeiro espetáculo. A cada domingo, seu nome escalava posições nos Trending Topics do Twitter, com o público associando sua imagem a da personagem.

“Eu me preparei pra cantar músicas de alta performance, coisa que eu não teria a oportunidade de cantar se não fosse em um programa como o 'The Masked', é o tipo de música que eu amo porque me desafia e me exige muita disciplina, dedicação, a dose certa de emoção e interpretação para faze-lo e eu me alimento disso, desafios e evolução”, revela. As interpretações de alto nível e únicas chamaram atenção do público desde o início, que reconheceram a sua voz, conhecida pela participação na vigésima edição do "Big Brother Brasil". Algumas delas, foram cantando as faixas “Sobrevivi”, “My Heart Will Goes”, “Ex-Mai Love” e “Rise Up”.

“Meu canto é uma marca da minha existência, não tenho como agradecer à TV Globo, ao 'Big Brother' e ao 'The Masked Singer' por ter revelado a minha arte pro país inteiro”, afirma. Desde os nove anos se dedicando a música, Flay construiu seu caminho com muita resiliência. Mulher jovem e nordestina, ela descreve sua representatividade como sua missão.

“A minha vida e arte tem a missão de inspirar pessoas como eu, a alcançar lugar de destaque. É sobre uma menina pobre, preta, nordestina, mãe solo, subestimada, que passou a vida passando por cima de todos os nãos que a vida deu em busca do sim e finalmente ele chegou. É uma recompensa de Deus, do universo a uma vida inteira dedicada à algo que faço com tanto amor”, completa. Recentemente, a artista lançou o seu primeiro álbum musical da carreira solo. “IMPERFEITA” chegou reforçando a seu talento e versatilidade. Dando continuidade ao ano que marca uma virada importante na sua trajetória como cantora, Flay lança a sua nova turnê na festa “Antes de Meia Noite”, dia 02 de julho na casa de show Audio em São Paulo.

terça-feira, 4 de abril de 2023

.: Entrevista com a desmascarada: Nanda Costa é a Vovó Tartaruga


"Quando eu recebi o primeiro convite eu estava grávida, mas ainda não tinha contado para todo mundo", afirma a atriz Nanda Costa, a Vovó Tartaruga do reality show. Foto: Globo/Maurício Fidalgo

De jurada a mascarada. No último domingo, dia 2 de abril, o "The Masked Singer Brasil" revelou a personalidade escondida atrás da fantasia da querida e animada Vovó Tartaruga. A atriz Nanda Costa, que também foi jurada convidada nesta temporada, deu vida à mascarada. Na competição, ela cantou músicas como "Ne Me Quitte Pas" e "Malandragem", de Cássia Eller. Para esconder sua identidade, Nanda diz criou uma voz para a personagem e conta que foi muito impressionante assumir o lugar de jurada durante a competição. 

"Foi muito ousado o convite para eu estar ali de jurada. Estava tirando a fantasia quando o diretor veio me fazer o convite para estar no outro programa como jurada. E foi interessante estar ali sem face shield, sem a cabeça da Vovó, porque era tudo muito mais claro e diferente do que eu via pela fantasia. E também fiquei muito impressionada com as apresentações dos outros mascarados; eu ainda não tinha escutado os competidores do segundo grupo. Mas eu adorei estar do outro lado assistindo." A grande final da terceira temporada do reality acontece no próximo domingo, dia 9. Ainda estão na competição a Abelha-Rainha, a DJ Vitória-Régia e o Galo.

"The Masked Singer Brasil" é uma coprodução TV Globo e Endemol Shine Brasil, baseado no formato sul-coreano criado pela Mun Hwa Broadcasting Corp, tem supervisão artística de Adriano Ricco (TV Globo) e direção de Marcelo Amiky (Endemol Shine Brasil). O reality vai ao ar nas tardes de domingo. Confira a entrevista com Nanda Costa. 


Como foi a experiência de participar do programa?
Nanda Costa - Foi uma experiência incrível! Foi divertido, foi desafiador e difícil. Quando eu recebi o primeiro convite eu estava grávida, mas ainda não tinha contado para todo mundo. Na terceira temporada me chamaram novamente, mas eu fiquei com receio porque eu sou atriz e cantei poucas vezes. Eu adoro música, ela sempre esteve presente na minha vida. Mas me explicaram que não era um programa sobre o canto, mas, sim, sobre a performance e forma como se usa a fantasia. É muito bom ouvir as pessoas falando com carinho da Vovó. Eu trabalhei muito o meu ouvido e a minha voz. Hoje tenho mais segurança de cantar e sou muito grata ao programa. Eu achei que fosse sair rapidinho, confesso. Mas conforme eu fui passando, fui me empolgando e já estava até querendo ganhar. Mas quando saí fiquei muito agradecida e os três merecem muito estar na final. 
 

Conte um pouco sobre a criação da voz da Vovó Tartaruga.
Nanda Costa - Eu sempre amei dublar e brincar com vozes. Então, eu criei uma vozinha para falar e depois eu fiz o exercício de cantar e aí fomos brincando e gravamos a primeira música com a voz. Eu tinha muito medo de cantar com a minha voz e descobrirem que era eu, então eu quis brincar. Na primeira vez que eu entrei na fantasia, vi que ia ser difícil e, então, eu comecei a dar uma fortalecida a mais na perna e a brincar com essa coisa da Vovó dar uma "sarrada" no ar, porque o meu forte não era a voz. Os jurados, então, começaram a falar que deveria ser uma comediante já que tinha uma voz bem disfarçada. Depois eu fui vendo que na internet as pessoas estavam achando que era um programa que estava modificando a minha voz, mas era eu mesma fazendo. No sexto programa, eu cantei "Ne Me Quitte Pas" com a minha voz, sem efeito nenhum, mas o fato de estar em francês ajudou a dificultar. A gente ficava brincando com isso. 


Nesta temporada você foi uma das primeiras juradas convidadas. Como foi estar do outro lado? Ficou com receio de dar alguma pista de que também era uma mascarada?
Nanda Costa - Foi muito ousado o convite para eu estar ali de jurada. Estava tirando a fantasia quando o diretor veio me fazer o convite para estar no outro programa como jurada. E foi interessante estar ali sem face shield, sem a cabeça da Vovó, porque era tudo muito mais claro e diferente do que eu via pela fantasia. E também fiquei muito impressionada com as apresentações dos outros mascarados; eu ainda não tinha escutado os competidores do segundo grupo. Mas eu adorei estar do outro lado assistindo. 


Qual a parte mais difícil deste desafio?
Nanda Costa - Foram vários desafios: o cantar, o criar a voz, a fantasia, o cantar em francês, espanhol e inglês. No programa em que eu fui desmascarada, eu escolhi Cássia Eller, o que foi bem ousado da minha parte porque ela é uma das maiores vozes - para mim ela e Maria Bethânia são as musas máximas da voz. E a Cássia tinha um jeito muito particular na voz, um grave e uma potência absurda. Era uma forma também de homenageá-la, já que completaria 60 anos ano passado. Eu gostei de ter sido desmascarada com essa música e de poder cantá-la sem máscara, acho que tinha muito a ver.  


Suas filhas acompanham o programa?
Nanda Costa - As minhas filhas amam o programa. A Lan sempre coloca para elas assistirem e a gente não fazia nenhum link para elas saberem que eu era a Vovó Tartaruga. Elas imitavam as dancinhas e tudo.

sábado, 1 de abril de 2023

.: Entrevista: Mano Walter, o Dinossauro desmascarado do reality show


Entrevista com o desmascarado: Mano Walter é o Dinossauro. Foto: Globo/Maurício Fidalgo

No último domingo, dia 26 de março, o "The Masked Singer Brasil" revelou o décimo mascarado: o Dinossauro é o Mano Walter. O cantor sertanejo, que já foi indicado ao Grammy Latino de melhor álbum de sertanejo, mostrou desenvoltura dançando e cantando ritmos como samba, pagode, forró e pop. Ele conta que precisou disfarçar o sotaque para que os jurados não desconfiassem da sua identidade. "Foi uma experiência incrível! Foram meses de preparação, dedicação, entrega e diversão para apresentar pra vocês o Dino mais querido do Brasil", ressalta Mano. Agora seguem na semifinal a Abelha Rainha, a DJ Vitória Régia, o Galo e a Vovó Tartaruga.

"The Masked Singer Brasil" é uma coprodução TV Globo e Endemol Shine Brasil, baseado no formato sul-coreano criado pela Mun Hwa Broadcasting Corp, tem supervisão artística de Adriano Ricco (TV Globo) e direção de Marcelo Amiky (Endemol Shine Brasil). O reality vai ao ar nas tardes de domingo após "Minha Mãe Cozinha Melhor que a Sua". Na entrevista abaixo, Mano Walter conta como foi a participação no programa.


Como foi a experiência de participar do programa?
Mano Walter - Foi uma experiência incrível! Foram meses de preparação, dedicação, entrega e diversão para apresentar pra vocês o Dino mais querido do Brasil.


Qual a parte mais difícil deste desafio?
Mano Walter - A parte mais difícil foi controlar o meu sotaque e pegar as coreografias em pouco tempo, já que eu chegava depois dos shows.


Como foi ver todo mundo e não ser visto?
Mano Walter - Foi demais, brinquei muito com todos e ninguém imaginava que era eu.


Como foi ser desmascarado e ver a reação dos jurados?
Mano Walter - Foi muito divertido, e a cara dos jurados de espanto em saber que era o Mano Walter e não todos os outros palpites, foi demais!


quarta-feira, 29 de março de 2023

.: #BBB23: entrevista com Gabriel Santana, o eliminado cheio de afeto

Gabriel Santana. Foto: Globo/João Cotta


A passagem de Gabriel Santana pelo "BBB 23" foi marcada pelo afeto, palavra utilizada inúmeras vezes pelo público e pelos confinados em associação ao seu nome e ao desempenho no game. O ator, que aceitou o convite por ser muito fã do programa, conta que teve a oportunidade de descobrir mais sobre si mesmo dentro do confinamento. Também nele, ficou marcado pela maneira como conduziu as situações positivas e embaraçosas que enfrentou junto aos companheiros e adversários, ora taxada como falta de comprometimento, ora como características de um jogador equilibrado. Ele prefere ver de outra forma: “Lá dentro eu fui como aqui fora: esse cara que fica martelando na cabeça dos amigos, dando conselhos, sendo fofo, aproveitando muito as festas, beijando muito na boca, se divertindo da maneira que ele encontra. Tento fazer a vida ser leve. O mundo já é pesado demais; que eu seja um alívio”.

No papo a seguir, Gabriel revisita as decisões que tomou em relação a Larissa e Fred Nicácio – de volta ao game pela dinâmica de repescagem –, fala sobre a importância de Sarah Aline e Bruna Griphao na sua vivência do reality, arrisca dizer quais são os jogadores mais fortes e mais fracos atualmente e declara sua torcida pelo primeiro lugar. 

 

Você contou que sempre foi muito fã do BBB. Participar do programa foi como imaginava? O que mais te surpreendeu? 

Gabriel Santana: É impossível conseguir imaginar como é um BBB, até porque todo ano é muito diferente. Eu sempre assisti ao BBB em família, temos essa tradição. Sempre achei o programa muito interessante mesmo antes de existirem os grupos Camarote e Pipoca, e eu ter margem para entrar de alguma forma. Quando começou a ter a dinâmica dos Camarotes, comecei a pensar como seria o Gabriel ali. Eu e meus amigos sempre brincávamos sobre isso imaginando diferentes cenários. E foi muito bom participar do programa! A coisa que mais me surpreendeu, por mais que eu assistisse pela TV e pensasse “nossa, deve ser muito intenso viver isso tudo”, de fato foi ser a experiência mais intensa que eu já vivi na minha vida. Tanto pelas sensações como pelas emoções, altos e baixos, dúvidas e certezas... Parece que é um minilaboratório do que a sociedade é aqui fora, só que dentro de uma casa. E é muito louco que, ao mesmo tempo em que o que mais me incomodava era a intensidade, o que eu mais gostava também era da intensidade, mesmo com seus altos incríveis e baixos muito ruins. A maior magia do BBB é também a maior dificuldade dentro dele. 

 

O público escolheu a Sarah Aline como sua dupla e vocês tiveram uma conexão muito grande durante o confinamento. Como você vê essa amizade? 

Gabriel Santana: A Sarah foi um encontro na vida. Ela é uma menina muito doce, muito alegre e muito inteligente, que consegue comunicar exatamente o que quer falar. Eu me identifico com ela em muitos aspectos, e acho que muito da minha força dentro do BBB veio dela porque, nos meus momentos de fraqueza, ela estava ali para me aconselhar, me dar apoio, e vice-versa. Fomos um encontro um para o outro de suporte emocional e racional. A minha relação com ela foi muito boa, independentemente de beijos ou qualquer outra coisa (risos). O mais importante que eu levo da minha trajetória com ela é esse carinho que ficou entre nós dois.

 

Seu jeito afetivo no convívio levou os outros participantes a dizerem que você se comprometia pouco no jogo. Acredita que poderia ter adotado uma outra postura para equilibrar a balança “jogo x convivência”? 

Gabriel Santana: O ‘Big Brother Brasil’ é um jogo que, em 99% das vezes, você não sabe jogar e só tem uma chance de jogar. Acho que se eu fosse revisitar o BBB como um todo, eu não mudaria nada porque seria a minha primeira experiência. Em uma segunda experiência, quem sabe – nem sei se aceitaria (risos) – eu acho que as coisas seriam bem diferentes porque eu já teria familiaridade com o programa. É um pouco da mesma sensação que eu tive quando fiz testes para ‘Malhação’. Na primeira vez, eu estava supernervoso, com altos e baixos, dificuldades. Na segunda vez que eu fiz o teste, foi tão intenso quanto, tão difícil quanto, mas eu fiquei muito mais tranquilo. Eu já sabia lidar com os sentimentos que eu estava sentindo ali. Em uma possível segunda participação minha no BBB acredito que seria algo parecido. Tão intenso quanto, com outras experiências e novidades, mas com um Gabriel ainda mais equilibrado e conseguindo decidir melhor suas atitudes ali dentro, de acordo, talvez, com o que o público mais quisesse ver. 

 

Qual era sua principal estratégia para chegar ao primeiro lugar?

Gabriel Santana: Olha, eu entrei sem estratégia nenhuma em mente, fui construindo e readaptando a cada semana. Mas o meu plano foi sempre ser o Gabriel (risos). Eu acho que não conseguiria ser alguém que eu não sou. Lá dentro eu fui como aqui fora: esse cara que fica martelando na cabeça dos amigos, dando conselhos, sendo fofo, aproveitando muito as festas, beijando muito na boca, se divertindo da maneira que ele encontra. Tento fazer a vida ser leve. O mundo já é pesado demais; que eu seja um alívio. É um pouco do que eu penso para a minha vida e foi o que eu tentei ser lá dentro. E também tem muito do que eu falei nas primeiras semanas e repeti algumas vezes: eu sou responsável pelo que eu falo e faço, não pelo que você entende. Sou responsável pelas minhas atitudes, não pelo que você interpreta a partir delas. Acho que por isso a galera teve uma visão sobre eu ser “sonso”, “gato sorrateiro” e, no final das coisas, eu acho que tem muitos outros gatos sorrateiros ali dentro e eu nem sou o maior deles (risos). Foi uma experiência incrível, de verdade, e eu sou muito grato ao BBB.

 

Quem são esses outros “gatos sorrateiros”?

Gabriel Santana: Falei lá no jogo e na cara dele: o Alface [Ricardo] é o maior gato sorrateiro da edição. Está no Fundo do Mar, mas está conversando com o Deserto; aí troca ideia com o Deserto, dá dicas de jogo, mas quer imunizar a Domitila, que foi a pessoa que ele falou para as meninas não votarem na semana... O Alface é complicado (risos). 

 

Se não fosse a aliança com o quarto Fundo do Mar, quem você elegeria como participantes com quem gostaria de jogar junto ou que mais pensavam parecido com você? 

Gabriel Santana: É muito difícil falar isso a partir do momento em que, desde a primeira semana, eu já estava com a galera do Fundo do Mar. E, diferente de muitas pessoas, eu de fato consegui criar relações muito verdadeiras com todo mundo ali. Mas, existem algumas pessoas que eu achava muito interessantes pela forma que jogavam e se posicionavam, não necessariamente por essa forma ser parecida com a minha. O MC Guimê foi uma pessoa cujo jogo eu julgava um pouco no começo, mas ao longo do confinamento a gente foi conversando, se conectando e vendo que o game um do outro era muito interessante. O Fredinho [Fred] também é um cara muito incrível. Estou sabendo de algumas falas dele sobre mim durante o jogo, mas também estou sabendo que, depois que foi eliminado, ele falou que eu sou uma das pessoas que ele quer levar para a vida e que ele gosta de mim; é recíproco, eu também gosto muito dele. A Sarah Aline, com certeza seria uma pessoa que eu, estando ou não estando no Fundo do Mar, gostaria de ter junto no game. E a Marvvila, pessoa mais coração da casa. Se eu sou afetivo, ela é mil vezes mais, só que ela tem um jeito inocentezinho e muito birrento de demonstrar esse afeto (risos). Mas acho que é, de longe, a pessoa que tem mais carinho e afeto para dar na casa.

 

Quais foram os momentos que mais te marcaram, de tudo que você viveu?

Gabriel Santana: Acho que é inegável que os paredões marcam muito, né? A formação dos meus paredões, vivendo a espera do resultado de domingo a terça, foi muito intensa. Eu sempre ficava bem no domingo e na segunda, mesmo estando no paredão, e na terça ficava meio instável. Então, acho que foram esses os momentos em que eu me senti mais vulnerável, que eu senti as maiores dificuldades no game, que eu senti a pressão, de fato, de estar no BBB.

  

O que acha que faltou para você ir mais longe na disputa? 

Gabriel Santana: Acho que o que faltou foi não ser o Gabriel (risos).

 

Mais recentemente, você revelou estar gostando da Bruna. O que ela representava para você no confinamento? 

Gabriel Santana: Acho a Bruna uma pessoa apaixonante mesmo. Ela é muito gente boa, se posiciona da maneira como ela tem que se posicionar, mas sabe reconhecer os erros dela. A gente foi se aproximando e criando uma relação aos poucos. E digo relação como a que eu tive com a Sarah, com a Marvvila, com o Fredinho, com a Larissa, com todo mundo. Relação entre duas pessoas. Em um dado momento ela foi muito importante porque a presença dela me fazia muito bem, conseguia me deixar menos instável. Eu conseguia ficar mais estável durante o game porque a gente trocava muito afeto.

 

Você criticou o retorno de dois participantes ao jogo e disse que a Larissa seria seu alvo. No entanto, quando teve a oportunidade de puxá-la para o paredão, escolheu a Amanda. Analisando hoje, teria feito diferente nesse contragolpe? 

Gabriel Santana: No game – e foi uma coisa que conversei com a Amanda depois do último jogo da discórdia –, jogar todo mundo joga. Se são as melhores jogadas, não sabemos. O pessoal fala “fulano não movimenta game, a pessoa é planta, é isso, é aquilo”, mas eu não acho. São movimentações de game que, na nossa cabeça, muitas vezes fazem sentido, mas quem está assistindo e conseguindo acompanhar uma linha cronológica muito melhor do que a gente, que está caminhando intensamente, acha que que está sendo incoerente. Eu acho que pelo o que eu tinha de informação no momento do meu contragolpe e pela surpresa, também, de ter tido um contragolpe naquele momento, eu fui coerente com o que eu estava pensando e sentindo. Hoje, analisando um pouco melhor e ouvindo a percepção das pessoas que estavam aqui fora, talvez o melhor teria sido seguir a minha intuição e não o meu racional. Mas, acho que o ‘Big Brother Brasil’ é essa maluquice de entender que momento é para ouvir o racional e que momento é para ouvir o emocional. E, pelo que eu estou entendendo, quando era para ouvir o racional eu ouvia o emocional, e vice-versa. Foi uma loucura (risos).

 

No último jogo da discórdia, você elegeu o Fred Nicácio como a pessoa mais importante para você na casa e, antes, também chegou a cogitá-lo como opção de voto. De que forma essa relação com ele mudou desde que ele retornou para a casa? 

Gabriel Santana: Na minha cabeça, isso foi uma construção quase óbvia. Desde que ele chegou, eu sentei com ele para conversar sobre a presença das duas pessoas que estavam na repescagem ativarem gatilhos em mim de insegurança, de medo, de me sentir mais distanciado do game. O tempo inteiro a gente segue uma linha de raciocínio e, do nada, o game vira em 360 graus e você pensa: “Eu estou aqui feito um maluco tentando entender o jogo e tudo muda de novo”. E, fato, para mim, assim como para muitas pessoas da casa, eu tive essa sensação e declaração sobre a entrada dos dois, que independentemente de serem aliados ou não, mexe com a nossa cabeça de game. Essa minha insegurança me fez rever minhas prioridades e entender que, talvez, ele não fosse uma delas no momento. Mas, quando ele volta, eu vejo que ele dá um suporte emocional muito grande para a Domitila e para o Cezar e que ele tem um afeto muito grande com as pessoas do Fundo do Mar e com as nossas dores. Quando eu vou ao paredão e, antes do bate e volta, ele olha nos meus olhos e me dá o mesmo suporte que o vi dando para as outras pessoas. Ali é como se ele tivesse me dado uma rasteira do tipo “caramba, eu estou querendo fazer game com ele, colocá-lo no paredão, e ele está aqui só para desejar o meu bem nesse momento”. Então, o Fredão [Fred Nicácio] foi de fato a pessoa mais importante para mim nesta semana porque ele me deu um apoio emocional muito forte. Além disso, para o meu jogo, quanto melhor as pessoas do Fundo do Mar estivessem, melhor eu ficava, indiretamente. Então, para mim, ele foi importante direta e indiretamente.

 

Quem você acredita que são os jogadores mais fortes neste momento? 

Gabriel Santana: Na percepção do Gabriel que viveu lá dentro, acho que o jogador mais forte é o Alface [Ricardo], por mais que eu saiba que ele tem muita chance de “morder o próprio rabo”. Acho que esse é o problema dele desde o começo do BBB. Vejo que ele vem em uma melhora constante nisso, mas, às vezes, ele cai, se derruba sozinho. Mas, é um forte candidato. E, pelo que eu entendi aqui fora, talvez o Black [Cezar] também seja. Acho ele uma pessoa incrível também. Das pessoas que me disseram que talvez tenham mais chances de vencer, essas são as duas que eu mais gostaria que vencessem.

 

E quais são os mais fracos, na sua visão? 

Gabriel Santana: Aí o público vai me matar (risos), mas, se eu fui julgado por ser planta, a Aline e a Amanda com certeza são também. Movimentação de game não existe por elas. Podem ser pessoas autênticas, podem ser pessoas maravilhosas, como eu sei que são, convivi e cansei de falar, mas movimentação de jogo nem quem estava jogando com elas nem quem estava no Fundo do Mar nunca conseguiu ver.

 

Você falou quem queria que ganhasse com base na suposição dos mais fortes do jogo. Mas, quem você quer que saia vencedor do ‘BBB 23’ e tem sua torcida, de fato? 

Gabriel Santana: Minha torcida real oficial fica para Sarah e Marvvila, que são meu pódio. São as pessoas que eu mais conheço e mais sei do coração. Tenho certeza de que, se elas se ligarem no jogo, têm grandes possibilidades porque são duas pessoas muito capazes.

 

Quem é o Gabriel que sai do BBB em comparação ao que chegou ao reality?

Gabriel Santana: Um Gabriel com muito menos cabelo, em primeiro lugar (risos). Com muito menos medo de ser quem é, em questões identitárias e em todas as outras também. Falei em todas as entrevistas e é verdade: viver o BBB me adiantou em uns três ou cinco anos de terapia, pelo menos (risos). É muito intenso. Eu estava o tempo inteiro me observando e observando meus comportamentos, o que eu sentia. Eu reagi ao game de uma maneira muito madura para comigo mesmo. Encarei isso como um lugar de muito acolhimento comigo mesmo. Tentei me acolher o tempo inteiro e acho que isso me fez evoluir muito como pessoa. 

 

Para o pós-BBB, você já tem algo planejado? 

Gabriel Santana: Antes do BBB, eu estava organizando algumas produções teatrais autorais junto com dois amigos meus; vamos fazer coprodução. O BBB foi uma plataforma incrível para que eu conseguisse visibilidade para esses projetos. Quero muito fazer teatro, quero muito escrever uma série que vai falar de coisas que eu já vivi. Vou colocar em uma história fictícia muito sobre o Gabriel e, a partir disso, vou inventar coisas, vou modificar outras, vou incluir coisas como de fato foram... É um projeto que eu quero fazer com a minha produtora cultural e tem tudo para ser muito lindo. Além de receber convites externos! São sempre bem-vindos. Um ‘BBB 24’? Brincadeira! (risos). Mas, quem sabe, uma novela, filmes, séries. Eu estou completamente disponível para isso também.

 

E no gshow tem mais Gabriel Santana. O ex-brother estará no "Mesacast BBB". Patrícia Ramos e Jeska Grecco conduzem o papo para saber como foram os primeiros dias do eliminado da semana fora do jogo. A transmissão acontece nesta sexta, às 12h, ao vivo no gshow e no Globoplay. E a versão on demand desse episódio do "BBB Tá On" vai ficar disponível no gshow e nas plataformas de áudio para o público rever e ouvir quando quiser. 

O "BBB 23" tem apresentação de Tadeu Schmidt, produção de Mariana Mónaco, direção artística de Rodrigo Dourado e direção de gênero de Boninho. O programa vai ao ar de segunda a sábado, após "Travessia", e domingos, após o "Fantástico".

Além da exibição diária na TV Globo, o "BBB 23" pode ser visto 24 horas por dia no Globoplay, que conta com 11 câmeras ao vivo, um mosaico com sinais simultâneos, dispõe do programa na íntegra, edições do "Click BBB" e o "Bate-papo BBB". Todos os dias, após a transmissão na TV Globo, o Multishow exibe uma hora de conteúdo ao vivo da casa, flashes ao longo do dia e o "BBB – A Eliminação", exibido às quartas, às 20h. No gshow, além de votar e decidir quem sai do jogo, o público pode acompanhar conteúdos exclusivos, como o "Bate-Papo BBB", a "Live do Líder" e resumos do que de melhor acontece na casa.

sábado, 25 de março de 2023

.: Entrevista: Fred Desimpedidos abre o jogo do "BBB 23" pela primeira vez


Um dos jogadores mais marcantes desta temporada, Fred falou sobre o jogo e declarou torcida. Foto: Globo/João Cotta

Bruno Carneiro Nunes, mais conhecido como Fred, apresentador no canal Desimpedidos, foi eliminado em uma disputa acirrada contra sua maior rival no jogo - Domitila Barros. Youtuber, apresentador de televisão, jornalista, influenciador digital e ex-jogador de futsal brasileiro, ele deixou o "Big Brother Brasil 23" na última terça-feira, dia 21, com 50,23% dos votos do público. 

Também na berlinda, Gabriel Santana teve participação mínima no embate que definiu a saída do jornalista e influenciador. Fora do game, Fred faz uma avaliação positiva de sua trajetória no reality e afirma ter cumprido seu propósito ao entrar no "BBB". “Como eu disse na casa, todo projeto que eu resolvo abraçar eu me entrego, dou a minha vida e, realmente, lá dentro eu consegui fazer isso. Construí elos que vou levar para a vida toda, fiz amizades, joguei, me posicionei, me apaixonei, briguei, dancei, ri, chorei... Acho que tudo o que eu faço na minha vida, seja positivo ou negativo, acabei conseguindo transferir para o 'BBB'. Acertei bastante, errei bastante também”, analisa. 

Após deixar a casa por decisão popular, Fred se deparou com participantes já eliminados na Casa do Reencontro, mas optou por não permanecer na dinâmica que fez Fred Nicácio e Larissa Santos retornarem à disputa. “A minha trajetória já estava muito completa no 'BBB', então eu desejei sair. Honestamente, estou muito feliz por ter tomado essa decisão”, conta. Na entrevista a seguir, Fred revela o que mais lhe surpreendeu no "Big Brother Brasil", avalia sua participação nos jogos da discórdia e movimentos que teve na competição, e fala sobre seu futuro pessoal e profissional após o programa. 


Como avalia sua trajetória no "BBB 23"?
Fred Desimpedidos -
De forma geral, mesmo vendo aqui de fora tudo o que eu passei, continuo com o mesmo discurso de lá de dentro sobre achar que foi cumprido o meu papel. O "Big Brother Brasil" foi muito bem vivido por mim. Como eu disse na casa, todo projeto que eu resolvo abraçar eu me entrego, dou a minha vida e, realmente, lá dentro eu consegui fazer isso. Construí elos que vou levar para a vida toda, fiz amizades, joguei, me posicionei, me apaixonei, briguei, dancei, ri, chorei... Acho que tudo o que eu faço na minha vida, seja positivo ou negativo, acabei conseguindo transferir para o "BBB". Acertei bastante, errei bastante também. Eu sempre falo, brincando, que ou a gente sai de lá com o caráter duvidoso ou a gente sai de lá uma pessoa muito melhor. E eu acho que saí de lá uma pessoa muito melhor, sem dúvidas.


O que mais te surpreendeu no programa?
Fred Desimpedidos - 
Várias coisas, mas uma que me assustou de início foi o Raio-X. Eu achava que super ia conseguir planejar e falar a minha estratégia de jogo, mas você acorda totalmente atordoado com o despertador. Mas o que mais me impactou de fato foi­ o quanto a gente não tem a menor noção das coisas que estão acontecendo aqui fora. Eu, como espectador, pensava: "Não é possível que essa pessoa não entendeu isso ou aquilo...". E lá a gente não tem o menor contato com o mundo aqui de fora; o Tadeu consegue ser imparcial. A gente tem que ir de acordo com os nossos sentimentos e com as nossas intuições, que às vezes acertam e às vezes falham lá dentro. Acho que essa foi a minha maior surpresa, porque eu me considero um jogador estratégico e lá dentro a gente tem que fazer estratégia com as peças que temos, com as poucas informações e com os nossos achismos. Fiz movimentos em alguns momentos acertados e, em outros, equivocados. Mas eu acho que cumpri aquilo a que eu me propus, que era jogar e viver de fato o "Big Brother".


Como foi viver um reencontro com outros brothers já eliminados logo após a sua saída da casa? Por que tomou a decisão de não participar da dinâmica e ter uma chance de voltar ao jogo?
Fred Desimpedidos - 
Eu tenho uma mania de tentar me preparar para tudo o que pode acontecer na minha vida. Então, eu falei: "Já pensou se eu saio, é um paredão falso e eu volto?’. Então, eu já tinha escolhido, a partir do momento em que eu assumi que já tinha chegado ao meu limite, que precisava cuidar de mim e principalmente matar a saudade do meu filho - que foi o que me pegou de fato. É óbvio que as porradas eu tomei lá por conta de erros meus acabaram adiantando esse processo. Mas eu acho que realmente acabei chegando ao meu limite e já tinha decidido que, se eu fosse para um paredão falso, eu iria desistir. Quando eu cheguei lá [na Casa do Reencontro] e vi tudo acontecendo de novo, parecia que eu estava andando para trás, sendo que eu já tinha feito uma trajetória em que havia conseguido mostrar o meu melhor, a essência de uma pessoa que se comunica, que cria laços, que é divertida, que faz piadas, imitações e brincadeiras e que tinha marcado a edição do "Big Brother". Queria, sim, fazer parte da história do programa. E eu acho que consegui. Quando eu entrei ali e vi todo mundo – fiquei muito feliz por ver a Larissa –, senti algo rolando. E eu falei: ‘Cara, não é para mim’.  Estava feliz de ver a Larissa, mas até falei brincando: ‘Gente, cadê o botão para eu desistir?’. Aí o Tadeu falou que naquele jogo não tinha botão e que se alguém quisesse desistir teria que sair naquele momento. Na minha cabeça, eu demorei uns três ou quatro segundos para reagir – me falaram até que eu reagi mais rápido. A minha trajetória já estava muito completa no" BBB", então eu desejei sair. Honestamente, estou muito feliz por ter tomado essa decisão. É óbvio que abri mão do prêmio, que era uma vontade que eu tinha, algo que ia muito dentro da minha competitividade e da minha determinação, mas eu acho que ali eu me priorizei acima disso.
 

Quem você acha que o público manda de volta para o jogo e que impactos acredita que essas pessoas podem ter na disputa?
Fred Desimpedidos - 
Eu já tive contato com algumas informações aqui fora, vi que a Key tem uma certa relevância. E obviamente a minha torcida é pela Larissa. Ela é uma pessoa extremamente inteligente, amiga, uma pessoa que ouve as outras, que tem uma visão de jogo, que é corajosa e dá a cara a tapa mesmo, para jogar e se jogar. Eu acho que ela voltando, tem uma grande chance de ir para as cabeças. Honestamente, como espectador, eu gostaria que voltasse um de cada lado, já que os grupos foram a grande tônica desse "Big Brother". Voltarem duas pessoas com visões de jogo diferentes, mas com o mesmo objetivo e com vantagens distintas. Para mim, foi a combinação perfeita: eu vivi o "Big Brother" e agora vou assistir ao reality. São duas coisas que eu amo muito. Eu realizei meu sonho e agora vou só me divertir com o restante do programa. Eu acho que seria muito interessante a volta delas duas. 

Do que mais sentiu falta em mais de dois meses de confinamento?
Fred Desimpedidos - 
De centenas de coisas, mas a primeira foi do meu filho, sem sombra de dúvidas. Se eu não me engano, no primeiro supermercado, quando eu vi o biscoito que ele ama eu já não aguentei, foi uma porrada, no bom sentido. Eu não estava preparado ali, então quando vi, falei: "É o biscoito do meu neneco!". Até tentei chorar escondido, mas todo mundo começou a perguntar se estava tudo bem, o que estava acontecendo. Então, foi isso: lembrar do meu filho, da minha família, dos meus amigos e de ter o tempo ocupado. Por mais que existam intrigas, existam as provas, tem um tempo em que as coisas não acontecem lá. O tempo no "Big Brother Brasil 23" passa de uma forma muito diferente. Eu fiquei lá 74 dias, mas, para mim, parece que eu fiquei oito ou nove meses. Também senti falta do Palmeiras, do meu trabalho, de mascar chiclete, de comer o que eu quisesse quando estava na xepa. Senti saudades de me comunicar com os meus fãs. Mas foi muito bem aproveitado enquanto eu estava lá dentro e eu sabia que teria que abrir mão dessas coisas que eu amo e que fazem parte da minha vida. Acho que o resumo é que foi uma experiência muito válida e o saldo é totalmente positivo.
 

Você entrou em dupla com o Ricardo e construiu uma amizade com ele durante boa parte da sua permanência na casa. O que fez com que vocês se desentendessem em determinado momento?
Fred Desimpedidos - 
Eu estava brincando com a Bruna de fazer tipo um bate-bola de podcast e ela perguntou: “Ricardo Alface”. Eu o classifiquei como intenso, porque da mesma maneira que eu o amei de uma forma intensa, eu também tive atritos com ele de um jeito intenso. Eu acho que houve visões diferentes de jogo. Embora a gente tenha jogado grande parte do jogo juntos, ele tinha uma visão em relação ao fatídico acordo, fosse ele verbal ou em termos de afinidade. Ali foi quando criamos faíscas. Mas é até engraçado que, no auge do ódio que a gente acabou nutrindo um pelo outro no jogo da discórdia, houve um momento em que ele fez um sinal para mim e eu dei risada, assim como ele fez e deu risada para mim. Então, eu acho que foi muito do jogo: ele foi uma pessoa que entrou para jogar; eu também sou uma pessoa que fui para jogar. Ali houve um embate. Obviamente eu passei do ponto em algumas questões e ele também, mas classifico que a relação com o Alface é totalmente positiva. A forma que a gente se despediu diz muito sobre isso. A mesma forma que a gente se cumprimentou chegando e ao vencer a prova de resistência foi a forma como a gente se despediu, fazendo o cumprimento do Marcelo e do Cristiano Ronaldo e eu dando um beijinho na careca dele. Com certeza é uma pessoa que vai estar na minha vida.
 

O Ricardo apontou que você e outras pessoas do quarto Deserto ficaram muito tempo na zona de conforto, sem serem votadas e irem ao paredão. Você concorda?
Fred Desimpedidos - 
Não foi que eu entrei numa zona de conforto, foi uma estratégia que eu tive. Primeiramente, eu acho que não recebi votos por conta da afinidade que eu tive com as pessoas e isso aconteceu por questões totalmente naturais. É óbvio que no fundo eu entendia que, se a pessoa gosta de mim, ela não vai votar em mim. Mas nunca foi um acordo, nunca fiz uma aproximação, dancei ou puxei assunto com alguém buscando não ter um voto. Eu tive essa atitude porque eu sou assim na minha vida. Se um dia eu estiver num churrasco, eu vou puxar assunto com você; se tiver uma pessoa desconhecida, eu vou querer trocar ideia e fazer com que ela goste de mim logo de cara. Foi o que eu fiz dentro da casa. O grande lema do "BBB" é: ‘Fuja do paredão’. Eu entendo que com essa minha postura eu acabei fugindo, tanto é que acabei sendo marcado por conta do Big Fone.
 

Na casa e fora dela, você foi julgado por não ter atendido ao Big Fone quando teve oportunidade. Acredita ter sido uma postura omissa ou estratégia da sua parte?
Fred Desimpedidos - 
Muitas vezes o Big Fone tocava e colocava as pessoas no paredão. Eu pensei: ‘Se eu não sou alvo nem voto de ninguém, para que eu vou atender o Big Fone?’. Foi uma estratégia minha que soou como omissão aqui fora. Entendo as pessoas que têm essa visão, mas para a minha estratégia de jogo naquele momento, eu achei que foi interessante, tanto é que não fui ao paredão mesmo tocando o Big Fone e passando pelas semanas. 
 

Como surgiu a rivalidade com a Domitila no jogo?
Fred Desimpedidos - 
Ela era importante no jogo, tanto é que a nossa primeira aproximação não foi afetiva, foi muito mais estratégica. E a partir do momento em que eu vi que as nossas estratégias batiam, eu tive receio de formar um casal no "Big Brother Brasil 23", porque eu tinha medo de que aquilo interferisse no meu jogo. Mas como as coisas sempre foram muito claras entre a gente em relação a jogo e as visões estavam coincidindo naquele momento, eu cheguei à conclusão de que não iria me atrapalhar. E por que não? A gente até brincou que vinha sendo uma prova de resistência para ambos, porque nem ela nem eu queríamos ficar com alguém dentro da casa, mas a partir do momento em que a gente entendeu que as ideias convergiam, tanto estratégica, quanto afetivamente, a gente acabou dando esse passo. Ela acabou sendo a atacante e eu estava um pouco mais na defensiva, tentando manter o combinado que eu tinha comigo mesmo. Mas ainda bem que aconteceu. A Larissa foi a minha maior surpresa dentro do "Big Brother". Senti coisas muito importantes lá dentro, mas ter conhecido a Larissa, ter vivido com ela, ter tido essa troca afetiva nesses momentos em que eu estava fraco... Uma das coisas que eu acho que mais vai me marcar nessa edição é o Quarto Branco. Se não fosse a Larissa, eu não teria conseguido. Obviamente eu buscava forças da minha família, do meu filho, mas a maneira como ela se despediu de mim foi primordial. Ela falou: "Você é forte, é resistência e você já ganhou. Se perder a sua festa, não interessa, você ganha outro líder. Vamos para cima!". Quando eu fui para o Quarto Branco, eu já estava perdendo a força porque eu não iria conseguir ficar com a Domitila ali, por saber que ela iria se utilizar de diversos artifícios para tentar me eliminar. Eu, honestamente, estava muito focado na minha festa, mas a partir do momento em que eu vi que tinha um carro ali, que tinha um objetivo e uma prova para competir, eu falei: ‘Agora vai ser muito difícil me tirar desse carro’. É óbvio que a Larissa teve uma série de atitudes e outras conversas muito importantes para mim, mas eu acho que essa acaba classificando bem como ela era meu braço direito, esquerdo, meu coração e minha cabeça dentro do jogo.
 

O seu posicionamento como líder mudou muitas coisas na casa. Você se arrepende da forma como jogou naquele momento? Se pudesse, faria diferente?
Fred Desimpedidos - 
A partir do momento em que eu tive a minha liderança e um poder nas mãos, resolvi mexer um pouco no jogo e foi quando a casa "pegou fogo". Sou um gênio do "Big Brother" e sabia que iria acontecer tudo aquilo? É claro que não! Sabia que eu teria consequências? Sim. Sabia que seriam todas aquelas consequências, de entulho, lama e afins? Não sabia também. Mas eu sabia que eu iria arcar com elas e não me arrependo das movimentações que fiz. Tanto é que fui muito sincero no Raio-X e disse: "Se vocês quiserem que eu fique, eu não vou mudar as minhas movimentações de jogo, os meus elos, a forma como eu brinco e faço piada". Mas em termos de energia eu já tinha me esgotado ali. Saio muito feliz e contente com a minha trajetória lá dentro.
 

Você mencionou que apontar os erros dos outros era algo que não fazia parte da sua personalidade. Os jogos da discórdia foram momentos difíceis na casa?
Fred Desimpedidos - 
Sem dúvidas. Eu acho que até verbalizei, na semana em que fui parar no paredão, que eu preferia enfrentar a berlinda do que participar do jogo da discórdia. E ali peguei o pergaminho que me levou direto ao paredão (risos). Sendo muito sincero, eu sou do esporte, sou da competitividade, então todo jogo em que eu me comprometo, eu vou jogar com as regras que tenho ali. Por exemplo, se eu estou jogando uma partida de futebol de forma tranquila, com jogadas de ataque, defesa e estratégia, eu jogo dessa forma. Agora, se eu estou tomando porrada, eu também sei jogar o jogo dessa forma. Obviamente é um risco que a gente corre de tomar um cartão amarelo ou um cartão vermelho. Mas eu acho que tem muito dessa minha competitividade de tentar me adaptar e fazer com que as coisas funcionem. O jogo da discórdia acabou extraindo um lado que nem eu mesmo conhecia, tanto é que eu ainda não vi as imagens e estou curioso para ver, mas também estou com receio de assisti-las (risos). Parafraseando o Gabriel que, quando eu pedi mais posicionamento dele no jogo da discórdia, acabou respondendo que "o jogo da discórdia fala zero sobre mim", eu vou utilizar a frase de que ‘o jogo da discórdia fala zero sobre mim também’. Eu jamais sou essa pessoa que vejo alguém errando e aponto os erros dela, jogando objetos, fumaça, líquido ou o que for. Realmente era algo que fazia parte do jogo, algo que eu temia e que também ajudou a me tirar do game. Teve um jogo em que eu fui extremamente explosivo, passei do ponto; e outro em que eu consegui concentrar mais as informações e tentar dosar o ataque com a defesa; e no último, como eu estava com a sensação de final de festa, consegui me desculpar e pedir o perdão das pessoas em relação a forma como errei, seja de maneira arrogante, com alguma afirmação que tenha soado superior ou que tenha ofendido alguém. Mas está tudo certo, acho que o saldo é positivo.

 
Perder aliados como a Larissa, nas últimas semanas, influenciou nesse esgotamento interno que você mencionou?
Fred Desimpedidos - 
Fez total diferença. Como eu disse, o tempo lá passa muito devagar. Como sou uma pessoa muito agitada, que está sempre fazendo muitas coisas o tempo todo, isso estava começando a me pegar cada vez mais. Já era algo que me chamava atenção havia algum tempo, mas a Larissa, o Sapato, o Guimê e outras pessoas, que eram minhas aliadas no jogo, eu acabei perdendo. Realmente foi nesse momento em que eu acabei perdendo a força também, principalmente por conta da Larissa. A gente tinha uma troca muito interessante sobre jogo, mas também uma troca afetiva, que é algo que faz muita diferença para nós. Lá você não tem carinho nenhum, você tem o contrário. Então, quando existe uma pessoa que te entende e que te faz esquecer os problemas, ajuda muito. Quando perdi, grande parte da minha força se foi. Eu sempre vou buscar fazer as coisas para que elas aconteçam, mas também acho que algumas acontecem quando realmente têm que acontecer.  

 

Qual foi a importância de tê-la ao seu lado no reality?
Fred Desimpedidos - 
Ela era importante no jogo, tanto é que a nossa primeira aproximação não foi afetiva, foi muito mais estratégica. E a partir do momento em que eu vi que as nossas estratégias batiam, eu tive receio de formar um casal no ‘Big Brother’, porque eu tinha medo de que aquilo interferisse no meu jogo. Mas como as coisas sempre foram muito claras entre a gente em relação a jogo e as visões estavam coincidindo naquele momento, eu cheguei à conclusão de que não iria me atrapalhar. E por que não? A gente até brincou que vinha sendo uma prova de resistência para ambos, porque nem ela nem eu queríamos ficar com alguém dentro da casa, mas a partir do momento em que a gente entendeu que as ideias convergiam, tanto estratégica, quanto afetivamente, a gente acabou dando esse passo. Ela acabou sendo a atacante e eu estava um pouco mais na defensiva, tentando manter o combinado que eu tinha comigo mesmo. Mas ainda bem que aconteceu. A Larissa foi a minha maior surpresa dentro do ‘Big Brother’. Senti coisas muito importantes lá dentro, mas ter conhecido a Larissa, ter vivido com ela, ter tido essa troca afetiva nesses momentos em que eu estava fraco... Uma das coisas que eu acho que mais vai me marcar nessa edição é o Quarto Branco. Se não fosse a Larissa, eu não teria conseguido. Obviamente eu buscava forças da minha família, do meu filho, mas a maneira como ela se despediu de mim foi primordial. Ela falou: ‘Você é forte, é resistência e você já ganhou. Se perder a sua festa, não interessa, você ganha outro líder. Vamos para cima!’. Quando eu fui para o Quarto Branco, eu já estava perdendo a força porque eu não iria conseguir ficar com a Domitila ali, por saber que ela iria se utilizar de diversos artifícios para tentar me eliminar. Eu, honestamente, estava muito focado na minha festa, mas a partir do momento em que eu vi que tinha um carro ali, que tinha um objetivo e uma prova para competir, eu falei: ‘Agora vai ser muito difícil me tirar desse carro’. É óbvio que a Larissa teve uma série de atitudes e outras conversas muito importantes para mim, mas eu acho que essa acaba classificando bem como ela era meu braço direito, esquerdo, meu coração e minha cabeça dentro do jogo.
 

Você imagina um futuro com a Larissa após o programa?
Fred Desimpedidos - 
É curioso e eu vou ser 100% franco: a gente só se jogou e viveu algo intenso e muito gostoso. Mas a gente nunca conversou sobre como seria aqui fora, porque a gente não estava preparado para pensar. Teve uma frase muito fofa que ela disse: se nós estivéssemos errados, estaríamos errados juntos e, se estivéssemos certos, estaríamos certos juntos. Descobrimos que estávamos errados juntos (risos). A gente não conversou e eu fico muito feliz com o carinho que as pessoas têm aqui fora, mas obviamente eu tenho que esperar ela sair. Espero que seja daqui a 36 dias, que ela volte para o jogo, porque tem grandes chances de ganhar o prêmio por conta dessa visão estratégica dela, por ser corajosa dentro do game. E depois a gente conversa. Mas é óbvio que temos grandes esperanças (risos).

Que amigos pretende trazer do "BBB" para a vida aqui fora?
Fred Desimpedidos - 
Obviamente a Larissa, que é uma pessoa que já faz parte da minha vida. Eu até falei brincando, mas com um fundinho de verdade, lá no começo: ‘Já estou com saudades de tanta gente lá fora e agora tem mais a Larissa para sentir saudades’. A Bruna também, mesmo com esse jeito doido dela. Eu até brinco: será que o Brasil ama ou odeia? A gente consegue amá-la e odiá-la dentro da casa (risos). O quarto Deserto como um todo, na verdade. Em determinado momento, eu falei: ‘Não tem paredão que separe mais a gente’. Eu acho que esse é o espírito que a gente leva. Muito provavelmente, daqui a pouco já vai ter um grupo no WhatsApp do quarto Deserto. Aqui, com certeza a gente vai permanecer na vida um do outro.
 

Para quem está torcendo agora que está fora da disputa pelo prêmio?
Fred Desimpedidos - 
Com certeza é pela Larissa. Tenho carinho por muitas pessoas que estão dentro da casa, mas torço para a Larissa, principalmente pela questão afetiva, por torcer muito por ela, seja no BBB ou em qualquer coisa que ela for fazer na vida dela daqui para frente. Mas também por questões de jogo, como espectador, por saber que ela tem um potencial muito grande de voltar e movimentar a casa. Eu acho que a pessoa que mais movimenta a casa, hoje, é o Alface, e ele perdeu o seu grande antagonista ali. Eu acho que os embates estão um pouco enfraquecidos nesse momento e, com ela voltando, vai voltar a reforçar isso dentro do programa.

 
E tirando a Larissa, para quem fica sua torcida?
Fred Desimpedidos - Uma pessoa que eu não tinha como prioridade e acabou crescendo muito foi a Amandinha. Na forma como ela é simples, na forma como ela ouve as pessoas, que é algo raro lá dentro, porque todo mundo quer falar, todo mundo se interrompe. Ela é uma ótima ouvinte e uma excelente amiga, então torço muito para ela. Torço pela Mami (Aline) também, que tem um dos corações mais bondosos que eu já vi na minha vida. E tem a Bruna também que está nessa dicotomia. Estou muito com essas três.
 

O que muda na sua vida pessoal e profissional depois do "BBB"? 
Fred Desimpedidos - 
Vou passar a atender mais o telefone quando tocar em casa. Esse é o primeiro ponto. Fazia muito tempo que eu não via um telefone fixo, então eu acabei me assustando (risos).  Falando sério, eu saio uma pessoa melhor, sem dúvidas. Um ensinamento que eu levo é que a gente não pode julgar as pessoas e, sim, as atitudes das pessoas. Eu tive atitudes lá dentro que não condizem com a minha pessoa. Espero que julguem essas atitudes e não a pessoa que eu sou de fato. Aprendi muito em relação a isso. A gente acabou passando por situações muito extremas, que dificilmente eu vou passar na minha vida aqui fora. Dificilmente alguém vai apontar um erro meu e me jogar uma bomba de fumaça ou um balde de óleo na cabeça. Mas acho que essas situações extremas fizeram com que eu pudesse encontrar os meus erros e ter essa reflexão sobre o julgamento das atitudes e não das pessoas.



domingo, 19 de março de 2023

.: Entrevista: Larissa Santos, eliminada do "Big Brother Brasil 23"


Larissa Santos aposta em uma revisão de trajetória para o grupo que integrou e ainda permanece no programa. Foto: Globo/João Cotta

“Talvez devesse ter me posicionado mais no dia a dia e escutado mais as pessoas. De resto, eu fui líder, fui anjo, me joguei nas festas, fui leal às pessoas que estavam comigo desde o começo. Acho que isso é o mais importante”
. É assim que Larissa, última eliminada, avalia sua passagem pelo "Big Brother Brasil 23". A professora de Educação Física entrou no jogo para mostrar a que veio: teve uma forte amizade com Bruna Griphao, a quem defendeu e chamou a atenção quando achou que devia; se permitiu viver um relacionamento com Fred, do canal "Desempedidos", que acredita ter sido um importante aliado emocional no game.

Ganhou provas; se desentendeu com adversários, como Key Alves e Cristian Vanelli, e com aliados, como Paula Freitas e Ricardo Camargo; e também se divertiu muito. Entre a predileção do público e as críticas por posicionamentos na casa, caiu no paredão quando não estava em seu melhor momento na competição, e foi eleita com 66,5% para deixar a disputa em que enfrentou Cezar, Domitila e Ricardo. Hoje, Larissa Santos aposta em uma revisão de trajetória para o grupo que integrou e ainda permanece no programa. Na entrevista a seguir, ela também elege seus maiores rivais, monta o pódio que deseja ver na final do reality show.


Que balanço faz de sua trajetória no "BBB 23"?
Larissa Santos -
Acho que foi uma trajetória entre razão e emoção. Agi muito pela razão e, muitas vezes também, pela emoção. E é isso que eu sou, independentemente de qualquer coisa. Eu fiz tudo de coração mesmo e não me arrependo das coisas que vivi. Acho que foi uma trajetória bonita e da qual me orgulho, agora, assistindo. É claro que tem vários fatores que a gente vai corrigindo mas, no geral, foi muito bom.
 

Quais são os momentos mais marcantes da sua passagem pelo reality?
Larissa Santos - 
Primeiro, a entrada; foi muito emocionante. Entrar com a Bruna (Griphao), nossa parceria, nossa amizade e a nossa primeira liderança foi muito especial. A primeira prova de resistência, em que ficamos até o final, mesmo não tendo ganhado, também foi emocionante. Ter conhecido o Fred e a gente ter tido nosso relacionamento me fortaleceu muito jogo. Precisei dele em vários momentos, então ele foi muito importante para mim. Todas as festas também foram muito divertidas. E ainda tiveram as amizades que eu fiz e quero levar para a minha vida. Foram pessoas com quem me conectei muito lá dentro e, dependendo de tudo que aconteceu – não vi ainda – eu quero continuar essas amizades, se forem sinceras como a minha foi com elas.
 

Que amigos pretende trazer do "BBB" para a vida aqui fora?
Larissa Santos - 
Do que eu senti lá dentro, são as pessoas que estavam comigo: Bruninha, Fred, Amandinha, Mamy (Aline Wirley), MC Guimê e Sapato (Antonio “Cara de Sapato” Jr) São as pessoas que estavam comigo no quarto mais recentemente, que se despediram de mim.
 

Já conseguiu entender o que pode ter provocado a sua eliminação do programa?
Larissa Santos - 
Eu entendi que talvez tenha sido eu não me posicionar em outros momentos além dos jogos da discórdia. Precisava ter exposto mais as coisas que eu pensava, minha visão de jogo, algo que em certo momento talvez eu tenha deixado um pouco de lado. Mas é como eu falei no programa: eu não tenho o hábito, na minha vida, de ficar criticando as pessoas. No jogo da discórdia é o único momento em que a gente é obrigado a criticar as pessoas, então eu criticava, levantava pontos, ali. No jogo, em geral, eu fazia em alguns momentos, quando estava falando em grupo, mas não tinha essa coisa de chegar nas pessoas e falar.


A formação de dois grandes grupos foi uma característica desta temporada. Na sua opinião, você esteve do lado certo do jogo?
Larissa Santos - 
Eu acho que, na verdade, não tinha lado certo. Tinham dois lados e o público estava julgando individualmente cada pessoa, porque saía gente do Deserto e do Fundo do Mar. Mas eu fiquei muito feliz com as pessoas com quem estava. Não sei se o grupo foi bom ou ruim para todo mundo. Muitas vezes a gente pensava “meu Deus, tenho afetos no outro quarto, queria jogar com outras pessoas também ou pelo menos votar em quem quiser”, e acabava que não tinha isso. Mas eu sou feliz com as pessoas que encontrei e acho que não teve certo ou errado, foram julgamentos individuais, na minha visão.


Você e o Fred se tornaram grandes amigos e, depois, tiveram um relacionamento amoroso na casa. De que forma essa relação influenciou o seu desempenho na disputa pelo prêmio?
Larissa Santos - 
Para mim foi positivo, é o que eu consigo enxergar até agora e foi como eu me senti lá dentro. Muitas vezes eu fiquei ansiosa e era ele que me ajudava, me dava conselhos, estava do meu lado. Talvez, se eu não tivesse me relacionado com ele, emocionalmente não teria ficado tão bem como eu fiquei. Ele me fortaleceu. Do que eu sinto e vi até agora, foi muito bom para mim. Quanto ao que as pessoas acham, eu vou vendo aos poucos e refletindo, mas sinto que foi algo positivo para mim.
 

Desde a entrada na casa, sua amizade com a Bruna Griphao se manteve forte, apesar de alguns conflitos. Como avalia a relação de vocês duas?
Larissa Santos - 
A Bruna é doideira! Tanto que eu falei que se a gente não entrasse junto, não ia ser amiga. No começo a gente brigava para caramba porque eu tinha um sentimento de proteção. Via ela fazendo coisas erradas e queria ajudar, e pensava: “O povo deve estar me achando a amiga chata” (risos). Mas era mesmo pela proteção. E ao mesmo tempo que a gente batia de frente por coisas de convivência mesmo, eu sempre senti que era coisa de uma amizade muito sincera. Sabe aquela amiga que fala e briga mesmo? Mas, no fundo, a gente estava ali para se defender. Eu não deixava ninguém falar dela. Às vezes, via que a Key Alves vinha para o lado dela e falava: “Vou lá defender a minha amiga”. Enfim, entre altos e baixos, era uma amizade verdadeira. Tenho certeza de que ela também gosta muito de mim e de que vamos levar essa amizade para a vida.
 

Apesar de fazer parte do grupo do quarto Deserto, inicialmente, o Ricardo teve forte embate com os membros de lá nas últimas semanas. Por que acha que esses conflitos aconteceram entre vocês e ele?
Larissa Santos - 
Até um certo momento a gente defendia muito ele, mas o Alface (Ricardo Camargo) vai de zero a 100 muito rápido, é o jeito dele. Ele guarda muito as coisas e, do nada, explode. Só que a gente não está esperando! Às vezes ele está guardando há muito tempo, mas a gente não tem uma bola de cristal para saber. E ficamos: “Meu Deus, o que está acontecendo?”. Mas, desde o começo sempre falei, é porque ele é muito sentimento, muito coração. E aí acho que não é nem nossa culpa, porque a gente tomava um susto. E não foi nem só eu, o quarto todo e pessoas do outro quarto sentiam o mesmo. Acho que essa ida dele de zero a 100 muito rápido foi o que gerou muitos conflitos com a casa.

 
Parte do público aqui fora observou que o grupo do seu quarto tinha como alvo sempre as mesmas pessoas para indicar ao paredão. Acredita ter havido uma perseguição a determinados participantes do grupo adversário?
Larissa Santos - 
Não, zero. Os votos eram por afinidade e, pelo pouco que eu vi aqui fora, eu não estava errada sobre algumas coisas que eu sentia. Nunca foi perseguição, nem da minha parte nem da de ninguém.
 

Você teve algum grande rival na temporada? Quem e por quê?
Larissa Santos - No começo foi a Key. Até tentei vê-la com outros olhos até antes de ela ir embora, mas não deu. Vi alguns vídeos de ela falando muita coisa feia de mim que eu jamais imaginava. Então, acho que ela me considerava mais rival dela do que eu a ela. Para mim, ela era só uma pessoa com quem o santo não tinha batido. E agora, vendo de fora, ela me considerava uma rival. Então, foi ela no começo e, depois o Cristian e a Paula, com quem a conexão não batia mesmo sendo do meu grupo. Do Cristian, de certa forma, eu era uma adversária no jogo. E agora, por último, o Ricardo estava meio que indo nessa onda, mas não sei como seria se eu continuasse lá porque foi muito recente.
 

Como a sua saída vai impactar no jogo do seu grupo, na sua opinião? 
Larissa Santos - Acho que eles vão rever algumas coisas sobre os últimos acontecimentos, principalmente com relação ao Black (Cezar) e ao Alface. Ver que, talvez, as coisas não sejam bem assim. Acho que vai ser bom para eles rever as coisas. Mas, acredito que minha saída vai mexer bastante com eles porque eles não esperavam. Eu esperava mais do que eles, que estavam muito confiantes de que eu ia voltar. Eu estava com o sentimento de que ia sair, estava tranquila e sentindo que era a minha vez de ir embora.
 

Se tivesse a chance, mudaria algo no seu jogo?
Larissa Santos - 
Talvez devesse ter me posicionado mais no dia a dia e escutado mais as pessoas. Eu vejo que às vezes eu falo, mas não gosto de escutar tanto. Mas era uma coisa que eu já estava revendo no programa e corrigindo em mim mesma. De resto, eu fui líder, fui anjo, me joguei nas festas, fui leal às pessoas que estavam comigo desde o começo. Acho que isso é o mais importante.
 

Quem deseja ver na final desta edição?
Larissa Santos - 
Eu não dá mais, né? (risos). Mas, com tudo que eu estou sabendo, hoje eu montaria o pódio com Fred, Bruna e Amanda. 

 
E quem você vai torcer para que ganhe?
Ai, isso é muito difícil (risos)! Bruna e Fred, #Brued, pode ser? (risos)

Quais são seus planos para o período pós-"BBB"? Pretende seguir atuando na área de educação física?
Larissa Santos - 
Eu já trabalhava também com a internet, gosto bastante. Pretendo também abrir alguma coisa para mim na minha área, mas usando as redes sociais, que sempre gostei. Como eu já fui taxada de tiktoker, de gostar de bater foto, é isso mesmo (risos). Eu gosto, sempre fiz e pretendo continuar e fazer jus a isso. Tenho o maior orgulho de ser taxada assim.

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