Mostrando postagens com marcador Teatro. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Teatro. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 1 de maio de 2025

.: " Vitaminas" estreia nesta sexta-feira, dia 2, no auditório do Sesc Pinheiros


Com direção de Rodolfo Amorim e Clayton Mariano, a peça aborda a depressão e outros transtornos psíquicos que se tornaram epidêmicos a partir da década de 80. Na imagem, as atrizes Lígia Fonseca e Jessica Mancini. Foto: Jonatas Marques

Quatro trajetórias se cruzam em um panorama da sociedade americana da década de 80. São histórias privadas, em que a intimidade dos relacionamentos amorosos parece não se encaixar à promessa de sucesso pessoal. Com texto de Clayton Mariano, que também assina a direção ao lado de Rodolfo Amorim, o espetáculo adulto Vitaminas estreia nesta sexta-feira, dia 2 de maio, no Auditório do Sesc Pinheiros. No elenco estão Ericka Leal, Fani Feldman, Igor Mo, Jessica Mancini, Jonathan Moreira, Lígia Fonseca e Victor Bittow.

O espetáculo aborda a depressão e outros transtornos psíquicos que se tornaram epidêmicos a partir da década de oitenta, confrontando o Realismo da literatura norte-americana, ao atual conceito de Realismo Capitalista, defendido por Mark Fisher. A peça enxerga na “falta de alternativa” neo-liberal o crescimento da indústria cultural de Hollywood que coloniza o imaginário brasileiro pós-ditadura.

Uma paródia crítica do "American way of life" que, ao mesmo tempo em que vigora enquanto ideologia dominante em nossa sociedade, naufraga enquanto projeto estético e político. Uma peça que enxerga o fracasso como alternativa para uma sociedade onde só os vencedores têm vez.

A peça explora um realismo sujo e minimalista, que impõe um humor que não cai em um sarcasmo desalmado e com um calor que emana do próprio desfrute de narrar, estruturam essa dramaturgia baseada nos limites da intimidade e da vida privada. Investigando pequenos eventos do cotidiano, muitas vezes banais, mas que de tão íntimos parecem inacessíveis ao voyeurismo latente da sociedade atual.

“A intimidade que abordamos é em tudo oposta ao gesto da superexposição tão corrente em nossa sociedade atual. Está mais para o negativo dessa falsa felicidade que se propagandeia e se expõe através das redes com uma urgência inexplicável sem sentido. Olhamos para os recalques, para aquilo que não se vende. Nos debruçamos nesses pequenos e poderosos afetos que insistem em contrariar a ordem fetichista do capital: o luto, o trauma, a vergonha, a angústia, a inveja, entre tantos outros considerados impróprios ao sistema, para, basicamente, encarar tudo aquilo que em silêncio nos relembra que ainda somos humanos”, contam os diretores Clayton e Rodolfo.

“Trabalhamos com referências das centenas de 'filmes-da-sessão-da-tarde' e das 'séries-enlatadas' que povoam nosso imaginário, que continuam até hoje fazendo sucesso nas novas plataformas streamings. Podemos dizer que eles constituem uma espécie de passado comum, que nenhum de nós viveu. Um passado fabricado em Hollywood. Para nós é como se fosse possível escovar a contrapelo (lembrando a famosa imagem de W. Benjamin), esse imenso imaginário de melodramas familiares que tanto fizeram parte de nossas vidas e talvez arrancar deles aquilo que há ainda de potente, ou seja, aquilo que ele esconde, o seu fracasso e sobretudo tudo aquilo que nos torna, brasileiros, e ocidentais em geral, parte dessa mesma cultura colonizada”, completam.


Sinopse de "Vitaminas"
Em "Vitaminas", quatro trajetórias se cruzam em um panorama da sociedade americana da década de 80. São histórias privadas, em que a intimidade dos relacionamentos amorosos parece não se encaixar à promessa de sucesso pessoal. O fracasso como sintoma e resistência ao neo-liberalismo.


Sobre Núcleos de Pesquisa do Grupo XIX de Teatro
"Vitaminas" tem origem nos Núcleos de Pesquisa do Grupo XIX de Teatro, que passaram de uma ação paralela às suas atividades artísticas (com caráter de uma pedagogia livre) para o centro da criação do XIX, culminando na sua última edição, com a criação de 4 espetáculos, em que cada artista do grupo assina uma direção.

Os resultados desses Núcleos deixaram de ser apenas “aberturas de processo” para se transformarem em peças inéditas que ganham força e relevância para além d sede do grupo. Cada um dos trabalhos produzidos acabaram se tornando um referência aguda de questões urgentes da cena, tanto no conteúdo quanto na forma. Ganharam vida própria, ocupando festivais, sendo contemplados em importantes editais, estreando e cumprindo temporadas em instituições relevantes.

"Vitaminas" estreia agora no Sesc Pinheiros, inaugurando uma nova fase do Grupo XIX de Teatro, que passa a pensar formas de criar e ocupar a cidade, para além da Vila Maria Zélia, onde ficou sediado por cerca de vinte anos e, agora, se vê obrigado a desocupar seu armazém.


Ficha técnica
Espetáculo: "Vitaminas"
Direção: Rodolfo Amorim e Clayton Mariano
Elenco: Ericka Leal, Fani Feldman, Igor Mo, Jessica Mancini, Jonathan Moreira, Lígia Fonseca e Victor Bittow
Dramaturgia: Clayton Mariano
Cenário: Rodolfo Amorim
Objetos de cena: Jessica Mancini
Figurino: Lígia Fonseca
Iluminação: Daniel Gonzalez
Contrarregra: Roberto Oliveira
Produção: grupo XIX de teatro e Andréa Marques 

Serviço
Espetáculo "Vitaminas", de Clayton Mariano
Auditório do Sesc Pinheiros: R. Pais Leme, 195 - Pinheiros
De 2 a 23 de maio de 2025
Quinta a sábado, às 20h
85 minutos
14 anos
Ingressos: R$ 15,00 a R$ 50,00
Link: https://www.sescsp.org.br/programacao/vitaminas/

.: "Otto Lara Resende ou Bonitinha, Mas Ordinária" prorroga temporada


Com direção de Nelson Baskerville, peça "Otto Lara Resende ou Bonitinha, Mas Ordinária ou no Brasil Todo Mundo é Peixoto" prorroga temporada no Teatro de Contêiner após sucesso das primeiras apresentações. Espetáculo transforma tragédia de Nelson Rodrigues em uma distopia para discutir as hipocrisias brasileiras e o avanço da extrema direita. Foto: Jennifer Glass


O premiado diretor Nelson Baskerville parte de uma das famosas tragédias cariocas de Nelson Rodrigues (1912-1980) para criar um espelho cruel das hipocrisias brasileiras na distopia "Otto Lara Resende ou Bonitinha, Mas Ordinária ou no Brasil Todo Mundo é Peixoto". O espetáculo ganha uma nova temporada no Teatro de Contêiner, entre os dias 4 a 18 de maio.

No elenco, estão Alana Fagundes, Alessandra Rabelo, Camila Brandão, Davi Parizotti, Deborah Kövesi, Donato Caranassios, Filipe Barral, Gui De Rose, Isa Scoralick, João Rodriguez, Júlia Castanheiro, Lauro Fagundes, Leonardo Van der Neut, Lia Bennatti, Luciana Marcon, Marcio Araujo, Maria Estela Modena, Naiara de Castro, Nelson Fioque e Sabrina Larisse.

Em um cenário sufocante de pneus e borracha, a peça acompanha Edgard, um homem marcado pela miséria apesar de anos de dedicação ao patrão Werneck. Ele recebe do chefe uma proposta tentadora: casar-se com Maria Cecília, jovem rica e "bonitinha" , mas envolta em um passado controverso. O dilema entre dinheiro e moralidade o arrasta por um universo de desejos reprimidos, traições e valores distorcidos.

A encenação expõe as principais hipocrisias da sociedade brasileira, intensificadas pelo recente avanço da extrema direita no país, que ficou camuflada durante muitos anos. E, para representar essa sociedade corrompida pelo poder e pela aparência, aparecem em cena figuras mascaradas com sacolas plásticas de supermercado e vestidas com figurinos manchados por lama. A trilha sonora do espetáculo, executada ao vivo, mescla sucessos de Astor Piazzolla (Vuelvo al Sur e Adios Nonino) com uma variada lista de músicas brasileiras, que vão de Roberto Carlos a José Augusto. Elas embalam as desventuras de Edgard que, por uma situação de miserabilidade, vê-se na encruzilhada entre tornar-se um “próspero” milionário ou honrar a educação e ética transmitida por seu pai.

Sobre Nelson Baskerville
Ator, diretor e autor teatral, além de artista plástico, Nelson Baskerville nasceu em Santos em 1961. Ele recebeu importantes prêmios da cena teatral brasileira, como o Shell 2011 de melhor diretor por “Luis Antonio-Gabriela”, além do APCA de 2011 de melhores espetáculo, o júri popular do Prêmio Governador do Estado e o CPT de melhor diretor e melhor conjunto, pelo mesmo espetáculo. 

Também foi indicado ao Prêmio Shell 2017 pela direção de Eigengrau de Penelope Skinner; ao Prêmio Shell 2013, por seu trabalho de direção e iluminação em “As Estrelas Cadentes do Meu Céu são feitas de Bombas do Inimigo” com a cia Provisório-Definitivo; e o Prêmio Shell 2018 de melhor direção por “Os 3 Mundos” de Fabio Ba e Gabriel Moon no Teatro Popular do Sesi.

Diretor-fundador da AntiKatártiKa Teatral (AKK) dirigiu em 2005, “Camino Real” de Tennessee Williams e “17 X Nelson – o Inferno de todos nós”. Dirigiu em 2007 o grupo do Teatro Oficina de Portugal na peça “Dublin Carol” (Cântico de Natal), de Conor McPherson, na cidade de Guimarães. Formado pela EAD (Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo) em 1983 e graduado em Licenciatura em Teatro pela Uni-Ítalo, Nelson trabalhou como ator e assistente de direção de Fauzi Arap durante os anos de 1980, quando integrou a premiada montagem de "Uma lição longe demais" , de Zeno Wilde. Trabalhou no grupo TAPA entre 1989 e 1991 nos espetáculos "A Megera Domada" , "Solness, o Construtor" e "Senhor de Porqueiral ". 

Foi também integrante do "Núcleo dos Dez de Dramaturgia" , coordenado por Luis Alberto de Abreu. Foi professor do Teatro Escola Célia-Helena durante 20 anos. Em 2008, adaptou e dirigiu “Por que a Criança cozinha na Polenta” de Agaja Veteranyi, (20 prêmios em 12 festivais pelo Brasil incluindo melhor direção, adaptação e trilha sonora). Adaptou e dirigiu com sua companhia AntiKatártiKa Teatral (AKK), “A Vida”, “1Gaivota – É Impossível Viver sem Teatro” – de Tchekhov e “A Geladeira” de Copi. Na televisão atuou na minissérie “Maysa” e nas novelas “Viver a Vida” e “Em Família”, todas de Manoel Carlos com direção de Jayme Monjardim. Atuou também nas séries “O Negócio” da HBO, “Carcereiros” de Eduardo Belmonte, “Onde está meu coração” para a Rede Globo, “Coisa Mais Linda” e “Sintonia” da Netflix assim como nos longas-metragens “Doutor Gama” de Jefferson D, “Papai é Pop” de Caito Ortiz e “Madame Durocher” de Andradina Azevedo e Dida Andrade.


Sinopse de "Otto Lara Resende ou Bonitinha, Mas Ordinária ou no Brasil Todo Mundo é Peixoto"
A distopia criada por Nelson Baskerville a partir da tragédia carioca de Nelson Rodrigues ressurge como um espelho cruel das hipocrisias brasileiras, amplificadas pelo recente avanço da extrema direita. Edgard, um homem marcado pela miséria apesar de anos de dedicação ao patrão Werneck, recebe uma proposta tentadora: casar-se com Maria Cecília, jovem rica e "bonitinha" , mas envolta em um passado controverso. O dilema entre dinheiro e moralidade o arrasta por um universo de desejos reprimidos, traições e valores distorcidos.

Ficha técnica
Espetáculo "Otto Lara Resende ou Bonitinha, Mas Ordinária ou no Brasil Todo Mundo é Peixoto".
Texto: Nelson Rodrigues.
Direção e encenação: Nelson Baskerville
Assistência de direção: Brunna Martins
Elenco: Alana Fagundes, Alessandra Rabelo, Camila Brandão, Davi Parizotti, Deborah Kövesi, Donato Caranassios, Filipe Barral, Gui De Rose, Isa Scoralick, João Rodriguez, Júlia Castanheiro, Lauro Fagundes, Leonardo Van der Neut, Lia Bennatti, Luciana Marcon, Marcio Araujo, Maria Estela Modena, Naiara de Castro, Nelson Fioque e Sabrina Larisse.
Desenho da coreografia: Fernando Fecchio
Cenografia: Nelson Baskerville
Figurino: Davi Parizotti
Assistentes de figurino: Patrícia de Simone e Alex Andrade
Costureira: Claudia Moreno
Iluminação: Alê Passos
Sonoplastia/música ao vivo: Filipe Barral
Operador de som: Alê Passos
Mídias sociais: Déborah Kovezi
Fotos: Jennifer Glass
Produção: Ocanga Produções e Inbox Cultural


Serviço
Espetáculo "Otto Lara Resende ou Bonitinha, Mas Ordinária ou no Brasil Todo Mundo é Peixoto", com texto e direção de Nelson Baskerville
@bonitinhamasordinariasp
Temporada: 4 a 18 de maio, às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h
Teatro de Contêiner Mungunzá - Rua dos Gusmões, 43, Santa Ifigênia
Ingressos: R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia-entrada)
Venda on-line neste link.
Gênero: Drama
Classificação indicativa: 18 anos
Duração: 110 minutos



.: Leonardo Miggiorin em cartaz em São Paulo com a peça "Não Se Mate"


Leonardo Miggiorin mescla humor, Carlos Drummond de Andrade e ficção científica em espetáculo inédito de Giovani Tozi. Inspirada no poema homônimo de Carlos Drummond de Andrade, "Não Se Mate" está em cartaz no Teatro Itália com participação especial de Luiz Damasceno e Caio Paduan. Foto: Priscila Prade


Carlos Drummond de Andrade é um dos mais importantes autores brasileiros e um grande colaborador para a vanguarda modernista que revolucionou a literatura no Brasil. Equilibrar a fluência entre o erudito e o popular é o primeiro desafio de Leonardo Miggiorin em "Não Se Mate",  em cartaz no Teatro Itália, com sessões de sábado a terça-feira, às 20h00. No espetáculo, que marca a estreia do ator, diretor e produtor Giovani Tozi como dramaturgo, Miggiorin busca alinhar a frequência dos poemas de Drummond à dramaturgia humorada e futurista de Tozi.

A montagem teve sua estreia nacional com apresentações esgotadas no CCBB Rio de Janeiro, fez temporada no CCBB Belo Horizonte e foi convidada para a abertura da Semana Drummondiana em Itabira, Minas Gerais, cidade natal do poeta. O título é inspirado no poema homônimo de Carlos Drummond de Andrade, lançado em 1962 como parte da "Antologia Poética" organizada pelo próprio autor. A narrativa também incorpora outros poemas icônicos de Drummond, como "Poema das Sete Faces", "E agora José" e "Uma Pedra", entrelaçando-os com a história.

O autor conta que os poemas foram sendo incorporados ao texto de forma muito natural. "Tentei fazer com que minha vontade pessoal não se sobressaísse ao que a obra me pedia. Dessa forma, procurei escutar o personagem e, mesmo sendo muito fã dos poemas de Drummond, me contive ao que era indispensável na condução da história”Outros dois elementos norteiam o texto escrito por Tozi: a noção de causalidade, levantando questões sobre livre-arbítrio, determinismo e a natureza da realidade; e as viagens no tempo, trazendo a hipótese de mudar passado e futuro mutuamente, criando uma rede intrincada de causalidade circular onde tudo está conectado.


Psicologia e teatro
Na história, Leonardo Miggiorin interpreta Carlos, um artista plástico que atravessa um momento complexo de perdas que afetam diretamente seu equilíbrio emocional. Apesar do tom humorado, em que o personagem ainda consegue rir de si mesmo, o texto propõe um mergulho psicológico e traz à tona o drama dos jovens que, por não enxergarem razões para viver, decidem tirar a própria vida. 

A abordagem psicológica do texto ganha força graças ao entendimento e à intimidade de Miggiorin com o tema, já que ele é formado em psicologia. Atualmente, Miggiorin concilia a carreira de ator com atendimentos clínicos e, durante a pandemia, realizou uma pós-graduação em psicodrama.

Sobre esse interesse, o ator comenta: "Sempre quis estudar psicologia antes mesmo de pensar em ser ator. Mas a carreira na atuação surgiu de surpresa e deu certo, então aproveitei ao máximo, pois é algo que amo e me realiza muito. Neste momento da minha vida, a psicologia está a serviço da arte”. "Não Se Mate" tem suas origens nos tempos de pandemia, quando foi lançada uma primeira versão. Leonardo Miggiorin divide a cena, de forma virtual, com o veterano Luiz Damasceno, que completou 80 anos em 2021. Consagrado nos palcos, Damasceno interpreta José, um homem misterioso que começa a enviar mensagens para o celular de Carlos.


Parceria com Damasceno
Damasceno e Tozi já são parceiros de trabalho há tempos. Em 2009, estrearam como pai e filho em "O Colecionador de Crepúsculos", de Vladimir Capella; interpretaram o mesmo homem em diferentes idades em "Pergunte ao Tempo", de Otavio Martins; foram dirigidos por Jô Soares, lutando em lados opostos em "Tróilo e Créssida", de William Shakespeare; e participaram juntos de várias outras produções.

Sobre a parceria, Tozi comenta: "Os trabalhos de teatro que mais me fizeram feliz sempre têm a participação do Damasceno. Eu brinco que ele é meu pai teatral, porque aprendo tudo com ele. Nunca pensei que um dia eu fosse dirigi-lo, e agora que aconteceu, percebo que os grandes atores, além dos recursos técnicos e do talento nato, possuem uma generosidade imensa e um respeito absoluto em transmitir o essencial deste ofício". Tozi, que além de uma sólida carreira como ator, neste trabalho idealiza, produz, dirige e agora assina a dramaturgia: não vê fronteira entre um ofício e outro. “Sei que sou um homem de teatro e que no teatro e do teatro quero viver. Enquanto os deuses me permitirem fazer tantas coisas, me oferecendo oportunidades e saúde, vou aproveitar. Como bem disse Drummond: 'Hoje beija, amanhã não beija, depois de amanhã é domingo e segunda-feira ninguém sabe o que será’".


Sinopse  curta
Uma pedra no meio do caminho pode ser um problema que imobiliza ou apenas um motivo de desvio por uma rota surpreendente. Carlos enfrenta um momento complicado de perdas e não consegue se livrar da sensação e imobilidade. Não se sente motivado pra nada. A partida da mãe, o término com a namorada e a dispensa do trabalho foram gatilhos para um quadro depressivo que quase o fez desistir de tudo. As mensagens inesperadas de um homem misterioso acendem uma nova luz nas perspectivas do jovem e mudam o rumo da história. 

Repercussão da versão digital
"Não Se Mate" teve uma primeira versão virtual que estreou em 2021, atraindo a atenção da imprensa e sendo destaque no caderno de cultura dos principais veículos do país, como O Estado de S.Paulo e O Estado de Minas. O espetáculo foi um sucesso de crítica, recebendo cinco estrelas no Uol com a afirmação: "'Não Se Mate' se destaca como uma das principais obras da temporada". José Cetra, da APCA, observou: "Leonardo Miggiorin interpreta com total entrega e muito talento, regido pelo diretor Giovani Tozi, também autor desse importante espetáculo"

Entre o público especializado, "Não Se Mate" recebeu elogios como: "Uma viagem estética, poética, humana e muito, muito emocionante. Tozi aponta um caminho com esta obra, já antológica”, Marco Antônio Pâmio, ator e diretor teatral. Juca de Oliveira, ator e dramaturgo: "Denso, terrível, engraçado, quase trágico. Adorei o espetáculo, ótimo!”. Jô Soares, ator, diretor, apresentador e humorista: "Excepcionalmente bem feito, uma loucura”.


Ficha técnica
Espetáculo "Não Se Mate". Texto e direção: Giovani Tozi. Com poemas de Carlos Drummond de Andrade. Com Leonardo Miggiorin. Participação especial: Luiz Damasceno e Caio Paduan. Cenário: Duda Arruk. Design de Luz: Rodrigo Pivetti e Cesar Pivetti. Operador de som: Barbara Frazao. Operador de luz: Cesar Pivetti. Diretor de palco: Douglas Fernandes Medrado. Figurino: Fábio Namatame. Trilha Sonora Original: DW Ribatski. Vídeo: Luz Audiovisual. Fotografia: Priscila Prade. Redes Sociais: Gatú Filmes. Assessoria de Imprensa: Fernanda Teixeira e Mauricio Barreira - ArtePlural. Produção Executiva: Thomas Marcondes. Assistente de Produção: Bruno Tozi. Produção e administração financeira: Carlos Gustavo Poggio. Contadora: Andressa Cherione. Produção: Tozi Produções.Idealização: Giovani Tozi.


Serviço
Espetáculo "Não Se Mate"
Estreia: dia 26 de abril,  sábado, às 20h. Temporada: de 26 de abril a 25 de maio. Sessões: de sábado a terça, 20h. Teatro Itália (292 lugares) - Av. Ipiranga, 344 – República/São Paulo. Ingressos: Inteira: R$ 80 |Meia: R$ 40. Vendas na Sympla. Classificação indicativa: 10 anos. Duração: 75 minutos.

domingo, 27 de abril de 2025

.: Inédito no Brasil, espetáculo "Veneno" estreia no Teatro Estúdio nesta segunda


Estrelado por Cléo De Páris e Alexandre Galindo, espetáculo propõe uma reflexão sobre o luto a partir da história de um casal que se reencontra dez anos depois da morte de seu filho. Foto: Leekyung Kim


Montada em 30 países, a premiada peça "Veneno" ("GIF", em holandês), da dramaturga, escritora e roteirista holandesa Lot Vekemans, acaba de ganhar uma versão inédita dirigida por Eric Lenate e protagonizada por Cléo De Páris e Alexandre Galindo. O espetáculo tem sua temporada de estreia no Teatro Estúdio, de  28 de abril a 28 de maio, com sessões de segunda a quarta, às 20h30.

Considerada uma das autoras mais consagradas da Holanda, Lot Vekemans escreve para o teatro desde 1995 e já recebeu diversos reconhecimentos por seus trabalhos, como os Prêmios Van Der Vies por "Truckstop" (2005) e "Schwester von" (2005); Taalunie Toneelschrijftprijs por "Veneno"  (2010); e Ludwig-Mühlheim por sua dramaturgia (2016). “Veneno” também ganhou, em 2024, uma adaptação para as telonas, em um filme homônimo dirigido pela alemã Désirée Nosbusch e estrelado por Tim Roth and Trine Dyrholm.

Na trama da peça, um casal separado volta a se encontrar em um cemitério, dez anos depois da morte de seu filho. Eles receberam uma carta que anuncia que será preciso remover seu ente querido, ali enterrado, devido a uma contaminação de veneno no solo. Passado e presente se embaraçam num diálogo entre os personagens na busca pela possibilidade de ressignificar uma dor dilacerante. 

O texto questiona: “Qual o tempo para se elaborar um luto?”. É possível perceber nessa trama que essa resposta não existe, os personagens evidenciam os caminhos traçados por cada um para transpor esse abismo onde não há certo ou errado. As singularidades de cada um se escancaram nos questionamentos, confissões, nas memórias das mais ternas as mais impiedosas. A peça é sobre a reconciliação de um homem e uma mulher após a morte de seu filho.

Vekemans despeja essa tragédia universal em um cenário compacto e cristalino: dois ex-amantes choram a morte de seu filho, mas cada um o faz de uma maneira diferente. Ela sente falta dele, ele pensa nele todos os dias. Ele aceitou, ela abraçou sua dor e sente que tem todo o direito de fazê-lo.

Segundo o diretor Eric Lenate, embora a autora enfatize firmemente essas diferenças mútuas, ela toma cuidado para não tornar seus personagens muito nítidos ou diretos. “Suas emoções são expressas de forma confusa e contraditória, ambos são tão simpáticos quanto cruéis. Dessa forma, a dramaturga também descasca todas as camadas que estão abaixo da superfície do luto: desilusão, reprovação, arrependimento. Ela cria pessoas complexas de carne e osso, pelas quais você sente alternadamente compreensão e aversão, e que são, portanto, um grande desafio para os atores retratarem”, revela.

“O apelo universal de 'Veneno' não está apenas no que Vekemans escreveu, mas também em tudo o que ela conscientemente omitiu. Assim se desenrola um estudo meticuloso sobre perda e luto, por meio de duas pessoas que, em seu luto mútuo, tentam se abraçar mais uma vez, só por um momento", acrescenta.

"Veneno" alterna com muita precisão grandes emoções com conversas sóbrias e relativizadoras, para que o drama nunca se torne muito pesado. Entre confissões de cortar a garganta e repreensões incisivas, os personagens também falam sobre o clima ou a qualidade do café. “Ao injetar conscientemente ar e humor no diálogo, ela habilmente evita o melodrama que, inevitavelmente, espreita neste tema pesado. O efeito é que os momentos emocionais só nos atingem com mais força”, explica o encenador.


Sinopse do espetáculo "Veneno"
Uma carta anuncia que o filho de um casal precisará ser removido do cemitério onde fora enterrado, pois há veneno naquele solo. Um encontro entre esse casal, dez anos depois, escancara as dores de um luto ainda presente. O maravilhoso diálogo entrelaça o sofrimento de duas pessoas que perderam um filho, a si mesmas e uma a outra. Além de tocante e pungente, o espetáculo proporciona que momentos cômicos brilhem até mesmo nas tragédias mais profundas.


Ficha técnica
Espetáculo "Veneno"
Texto: Lot Vekemans
Tradução: Mariângela Guimarães
Direção: Eric Lenate
Elenco: Cléo De Páris e Alexandre Galindo
Figurinos: Fabiano Menna
Cenário, som, iluminação e programação visual: Eric Lenate
Direção de Produção: Alexandre Galindo
Produção Executiva: Lucas Asseituno
Assessoria de Imprensa: Helô Cintra e Douglas Picchetti (Pombo Correio)
Fotos: Leekyung Kim
Realização: Teatro Estúdio


Serviço
Espetáculo "Veneno"
Temporada: 28 de abril a 28 de maio, de segunda a quarta, às 20h30
Teatro Estúdio - Rua Conselheiro Nébias, 891 – Campos Elíseos / São Paulo
Ingressos: R$ 80,00 (inteira), R$ 40,00 (meia-entrada) e R$ 30,00 (ingressos populares)
Vendas on-line em https://bileto.sympla.com.br/event/104665
Bilheteria: aberta em dias de espetáculos, 03 horas antes do início
Telefone: (21) 99690-9699
Duração: 90 minutos
Classificação: 14 anos
Gênero: drama
Lotação: 112 lugares

.: Camila Morgado estrela peça Nelson Rodrigues na CAIXA Cultural São Paulo


Obra “A Falecida” é considerada uma das mais importantes do escritor brasileiro e tem curta temporada na capital paulista. Foto: Victor Hugo Cecatto


A CAIXA Cultural São Paulo apresenta, entre os dias 6 a 11 maio, a peça "A Falecida", escrita  por Nelson Rodrigues. Protagonizada por Camila Morgado e idealizada pelo diretor Sérgio Módena, o clássico traz no elenco Thelmo Fernandes, Stela Freitas, Gustavo  Wabner, Alcemar Vieira, Claudio Gabriel, Thiago Marinho e Alan Ribeiro. As  apresentações acontecem de terça a domingo às 19h, têm entrada gratuita com  distribuição de ingressos uma hora antes do espetáculo.  

Escrita em 1953, A Falecida narra o plano de Zulmira, portadora de tuberculose e  moradora do subúrbio carioca, que sonha em ter um enterro cheio de luxo e pompa.  Dessa forma, ela causaria inveja em sua prima e vizinha Glorinha, com quem, apesar  de não falar mais, mantém uma relação inexplicável de competição, tornando-a o  centro das atenções e das intrigas familiares.  

Segundo o diretor, a encenação propõe uma estética atemporal. No cenário, um  grande mausoléu (signo da ostentação social em meio aos mortos) é o espaço por  onde os diversos planos de ação irão ocorrer. Os figurinos não buscam a reprodução  histórica da década de 50. Ao contrário, parecem apenas evocar um tempo passado, atravessando diversas épocas. A trilha sonora explora o conflito entre o sagrado e o  profano.  

"Eu e Camila somos apaixonados por esse texto e pelo legado de Nelson Rodrigues.  E ela é uma atriz “rodrigueana” por excelência, assim como o Thelmo Fernandes. Esta  montagem marca a minha primeira direção de uma obra do Nelson. Estamos criando  uma encenação atemporal para a peça, que, originalmente, foi escrita em 1953 e se  passa no subúrbio do Rio de Janeiro. Mas Nelson vai além da crônica carioca. Ele  radiografa a miséria da alma humana, presente nos mais diversos lugares e épocas”,  comenta Sérgio Módena sobre a idealização do projeto.  


Sobre Nelson Rodrigues 
Nelson Rodrigues foi jornalista, cronista, romancista e um dos maiores dramaturgos  brasileiros. Nascido em Recife (PE), mudou-se em 1916 para o Rio de Janeiro (RJ).  Trabalhou no jornal A Manhã, de propriedade de seu pai, Mário Rodrigues. Foi repórter  policial durante longos anos, de onde acumulou uma vasta experiência para escrever  suas peças a respeito da sociedade.  

Sua primeira peça foi “A Mulher Sem Pecado”, que lhe deu os primeiros sinais de  prestígio dentro do cenário teatral. O sucesso veio com “Vestido de Noiva” que trazia,  em matéria de teatro, uma renovação nunca vista nos palcos brasileiros. Com seus  três planos simultâneos (realidade, memória e alucinação), as inovações estéticas da  peça iniciaram o processo de modernização do teatro brasileiro. A consagração se  seguiria com vários outros sucessos, transformando-o no maior dramaturgo brasileiro  do século 20. Em 1962, começou a escrever crônicas esportivas, deixando  transparecer toda a sua paixão por futebol. Nelson morreu no Rio de Janeiro no ano  de 1980, deixando um legado literário reconhecido internacionalmente.  

Serviço
Espetáculo "A Falecida" 
Local: CAIXA Cultural São Paulo 
Endereço: Praça da Sé, 111, a 200m da Estação Sé do Metrô 
Datas: de 06 a 11 de maio de 2025 
Horários: de terça a domingo às 19h 
Sessão com Tradução em Libras: 09 de maio, sexta-feira, às 19h  Ingressos gratuitos: distribuídos 1h antes da peça, limitados a um ingresso por  pessoa, sujeito à lotação do espaço 
Classificação indicativa: 16 anos 
Informações: @caixaculturalsp | Site CAIXA Cultural SP 
Acesso para pessoas com deficiência 
Patrocínio: CAIXA e Governo Federal

terça-feira, 22 de abril de 2025

.: "Peça para Salvar o Mundo", sem atores, nova aposta da Cia. Os Satyros


Você já assistiu a uma peça de teatro sem atores? Caso a resposta seja negativa, acredite: tudo tem a primeira vez. Uma “peça ciborgue”: ao invés de atores no palco, um avatar. É ele quem vai interagir com o público em tempo real. Tomando várias formas - homem, mulher, criança - vai entrevistar a plateia porque precisa de ajuda: o seu sistema não entende as informações contraditórias que recebe dos humanos, que fazem guerras, destroem a natureza e ao mesmo tempo buscam um mundo melhor. 

Essa é a premissa da "Peça para Salvar o Mundo", sem atores, a mais nova aposta da Cia. Os Satyros, que estreia nesta quarta-feira, dia 23 de abril, às 20h30, no Espaço dos Satyros, em São Paulo. O espetáculo tem idealização e dramaturgia de Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez, que também dirige o espetáculo, designer de IA Generativa feita por Thiago Capella e uma atriz ciborgue: Mariana Leme. 

O espetáculo será apresentado às quartas e quintas-feiras, às 20h30. No Espaço dos Satyros, localizado na Praça Roosevelt, 214, no bairro Consolação / São Paulo. Ingressos: https://bileto.sympla.com.br/event/104708?share_id=1-copiarlink. Leia abaixo o Manifesto Tecnofágico.


🌿 Manifesto Tecnofágico por Uma Devoração Crítica da Tecnologia

1. Nosso ponto de partida é o Brasil - mas um Brasil em transe tecnológico. Aqui, nesse chão híbrido tropical, emergem contrafeitiços, gambiarras, melodias, formas de resistência que nos fazem dançar com as máquinas.

2. Somos criadores da máquina, mas como artistas nunca seremos suas criaturas. A técnica nasce de mãos humanas, de corpos sensíveis. Somos atravessados pelas máquinas, mas nunca vamos nos submeter a elas.

3. Devorar não é copiar: é transmutar. Antropofágicos, sim — comemos as energias e pulsões de seres humanos e máquinas, dos seres da natureza e das programações computacionais, e seguimos além — em direção a uma terra prometida e nunca alcançável.

4. Toda técnica é cosmológica. Não existe tecnologia neutra, universal, fora das relações de poder. O algoritmo é uma forma de poder. A arte entra no combate contra os algoritmos.

5. Nada é mais humano do que um robô tupiniquim. 
Toda inteligência artificial é fruto de um esforço coletivo da humanidade. Nossa tecnologia tupiniquim carrega o peso de toda a violência de nossa história. Reconhecer isso nos liberta para construir uma tecnoarte viva.

6. A estética do pensar é nossa arma secreta. Os artistas podem subverter a lógica dos algoritmos dominantes. Pensar como artista não é calcular: é criar formas e transgressões que escapam ao tecnocapitalismo.

7. Recusar o destino não é recusar o futuro. Enfrentamos o império do algoritmo e das programações não com isolamento, mas com desvio, glitch, dança e contraprogramação. Queremos futuros múltiplos, mestiços, indeterminados. 

8. Somos tecnoxamãs, tecnopoetas, tecnodesviantes. Comunicamos com o digital como quem canta para espíritos - não para dominá-los, mas para coexistir com suas forças.

9. A cosmotecnologia é parte da cosmopolítica. Somente através de uma arte cibernética podemos confrontar o Tecnocapitalismo, buscamos uma arte que pulsa com os circuitos, que tensiona o tempo, desprograma os protocolos, e inventa formas de existir em meio a tecnofeudalismo cada vez mais opressivo.

10. O teatro é nossa máquina de presença - e de desprogramação. O teatro é laboratório de futuros: lugar onde a técnica encontra o corpo, e o corpo, em sua fragilidade, reencena o mundo. Hackeamos os algoritmos não para destruí-los, mas para subvertê-los. Tecnofagia também é o teatro do futuro: ensaio de mundos ainda não nascidos, onde a humanidade pulsa mais forte do que o cálculo.

segunda-feira, 21 de abril de 2025

.: "O Retrato de Janete", a comédia que marca os 12 Anos da Cia Bendita


Com Jackie Obrigon e Bruno Garcia, comédia para todos os públicos comemora os 12 anos da Cia Bendita. Foto: Ronaldo Gutierrez

O Teatro Sérgio Cardoso recebe o espetáculo "O Retrato de Janete" no dia 27 de abril, domingo, às 11h00. Escrito e dirigido por Marcelo Romagnoli, a peça teatral conta a história de Maristela, uma atriz de mais de 200 anos que vive em um teatro abandonado. Sua única companhia é uma vespa de estimação que sonha em escapar. A narrativa aborda temas como a importância de laços familiares saudáveis, liberdade e memória como força vital. 

No palco, Jackie Obrigon interpreta Maristela, enquanto Bruno Garcia executa as músicas ao vivo. Esquecida em um camarim cheio de truques, sua única companhia é uma vespa de estimação que sonha em fugir. As músicas, efeitos sonoros e sonoplastia são executados ao vivo. A história exalta a importância de laços familiares e emocionais saudáveis, a liberdade e a memória como força de vida.


O Grupo
A Cia Bendita é um premiado grupo de São Paulo com sólida trajetória na produção teatral para a infância e juventude. Seu repertório inclui os espetáculos "Terremota" (2012), "Gagá" (2017), "Elagalinha" (2019) e "Fábula" (2021). Com "O Retrato de Janete", o grupo comemora também os 30 anos de carreira de sua cofundadora, Jackie Obrigon.


Ficha técnica
Espetáculo "O Retrato de Janete". Texto e direção: Marcelo Romagnoli | Com: Jackie Obrigon e Bruno Garcia | Assistente de direção: Fausto Franco | Desenho de luz: Marisa Bentivegna | Figurinos: Chris Aizner | Cenário: Marcelo Andrade | Músicas: Morris e Bruno Garcia | Adereços: Ivaldo de Melo | Estudo de texto: Cris Lozano | Operação e montagem: Nicolas Sadoyama | Diretor de palco: Mauro Felles | Costureira: Judite de Lima | Visagismo: Simone Batata | Fotos: Ronaldo Gutierrez | Identidade visual: Andrea Pedro | Produção: Corpo Rastreado/Nathália Christine | Direção de produção: Jackie Obrigon | Idealização: Cia Bendita


Serviço
Cia Bendita em “O Retrato de Janete”. Dia 27 de abril, domingo, às 11h00. Duração: 50 minutos. Teatro Sérgio Cardoso – Sala Paschoal Carlos Magno - Rua Rui Barbosa, 153, Bela Vista/São Paulo. Classificação: 12 anos. Ingressos: gratuito, com retirada de ingressos na bilheteria a partir de 1 hora antes da sessão. Capacidade da sala: 143 lugares + 6 espaços de cadeirantes.

.: Dos palcos do mundo para o Sesc Santos, "Transfiguration" desafia limites

Misturando argila, tinta e o próprio corpo como tela, o artista Olivier De Sagazan desconstrói e reconstrói sua identidade em cena, Foto: Didier Carluccio


Criada em 1998, a aclamada peça-performance "Transfiguration" já foi apresentada em mais de 25 países e, apresentada pelo renomado artista Olivier De Sagazan, chega ao Sesc Santos na quarta-feira, dia 30 de abril, às 20h00, no auditório. É um espetáculo que desafia os limites entre pintura, escultura e performance em uma impressionante transformação ao vivo.

Misturando argila, tinta e o próprio corpo como tela, o artista desconstrói e reconstrói sua identidade em cena, levando o público a uma jornada hipnótica entre o humano e o monstruoso, o efêmero e o eterno. Um trabalho único e imperdível, que já percorreu os principais palcos do mundo.

A performance representa o desejo não realizado do escultor de incutir vida na sua criação. Em um gesto desesperado, penetra no barro, esculpe no próprio corpo enterrando-se no material, erradicando a sua identidade e tornando-se uma obra de arte viva. Em um movimento incessante de busca, o corpo atuante se auto esculpe, enterrando-se no material primitivo, erradicando sua identidade e tornando-se a própria obra de arte viva. No entanto, esse material cega, esse corpo é forçado a ter contato com as profundezas de si mesmo. 

Em uma performance fascinante, Sagazan muda identidades no palco, de homem para animal e de animal para várias criaturas híbridas, ele perfura, oblitera e desvenda as camadas em seu rosto em uma busca frenética por nova essência e forma. Em "Transfiguration" Sagazan dá um novo significado à noção de vida, oferecendo um vislumbre cativante, perturbador e estimulante de uma individualidade alternativa totalmente livre de inibição.  A partir de 16 anos. Ingressos: R$ 12,00 (credencial plena) a R$ 40,00 (inteira).


Sobre o artista
"Indulgente, alienante e bastante hediondo às vezes, mas genuinamente surpreendente". Foi assim que o The Guardian tentou descrever Olivier De Sagazan. Nascido em 1959 no Congo, África, o cidadão francês busca em seus trabalhos, captar a essência existencial do homem combinando fotografia, pintura, escultura e performance em suas obras. A percepção artística de Sagazan se verticaliza após sua vivência na República dos Camarões, na África Central, para onde foi depois de estudar biologia e filosofia na universidade. 

A experiência e o tempo que passou lá, o lança em uma série de questionamentos em pontos filosóficos, religiosos, sociais e artísticos, e esse salto de consciência abre os horizontes de Sagazan para retornar e redescobrir suas próprias raízes. Da sua paixão por dar vida à matéria surgiu a ideia de cobrir o próprio corpo com barro para observar o “objeto” resultante. 

Esta experiência deu origem à criação do solo cênico "Transfiguration", em 1998, no qual é possível ver um homem a desfigurar-se gradualmente. Este meio homem, meio besta, procura por baixo de suas máscaras e de forma incessante a sua real identidade. Ele é autor dos livros "Le Fantôme dans la Machine", "Transfiguration", "Quand le Visage Perd sa Face", "La Violence en Art", "Carnet d'atelier d'Olivier de Sagazan" e "Propos sur la Violence de l'art"


Ficha técnica
Peça-performance "Transfiguration"
Diretor e intérprete: Olivier de Sagazan
Production Manager (FR): Gaelle Le Rouge
Produção Artística (BR): Alex Bartelli
Agenciamento e Produção Brasileira: Azayah


Serviço
Peça-performance "Transfiguration"
Sesc Santos - Auditório
Dia 30 de abril, quarta-feira, às 20h00
Duração: 50 minutos
Classificação indicativa: 16 anos


Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida - Santos / SP. Telefone: (13) 3278-9800. Site do Sesc SP.  Instagram. Facebook. @sescsantos. YouTube /sescemsantos.

domingo, 20 de abril de 2025

.: Mozart em montagem circense: ópera "Don Giovanni" chega a São Paulo


Com abordagem que retoma a origem cômica que a inspirou, "Don Giovanni" contará com elementos do circo e da palhaçaria, colocando o protagonista como uma espécie de ilusionista de seus interesses românticos. A ópera terá direção cênica de Hugo Possolo, conhecido por sua assinatura como mestre do picadeiro, e direção musical de Roberto Minczuk, maestro titular que fará a regência da Orquestra Sinfônica Municipal. Ela será apresentada em sete récitas de 2 a 10 de maio. Fotos: Stig de Lavor/ Larissa Paz


Conhecido como um drama jocoso, fruto da parceria profícua entre Wolfgang Amadeus Mozart e o libretista Lorenzo Da Ponte, a ópera "Don Giovanni" retorna ao palco do Theatro Municipal de São Paulo. Com direção cênica de Hugo Possolo, conhecido por sua assinatura como mestre do picadeiro, e direção musical de Roberto Minczuk, maestro titular que fará a regência da Orquestra Sinfônica Municipal, além da participação do Coro Lírico Municipal, que terá regência de Hernán Sánchez Arteaga. A obra será apresentada em sete récitas: dias 2, 3, 4, 6, 7, 9 e 10 de maio. A classificação é não recomendada para menores de 12 anos, duração aproximada de 190 minutos (com intervalo) e ingressos de R$ 33,00 a R$ 210,00 (inteira).

Em "Don Giovanni", o “libertino declarado que não oculta sua imoralidade”, como definiu o filósofo Mladen Dolar, temos um protagonista que vive em uma saga de seduções frustradas e acertos de contas com seu passado. Essa trama construída por Da Ponte remonta histórias anteriores de autores como Tirso de Molina, G. Bertati e Molière, o último responsável por Dom Juan, ou Le Festin de Pierre, de 1665.

O impacto do escritor de Don Juan será a inspiração mais direta para nova montagem do Theatro Municipal. “Molière fundamental para essa e todas as suas versões. Ele próprio já é crítico à postura do protagonista. Em Da Ponte e Mozart acaba sendo um pouco mais controverso. Mas uma abordagem com o humor do Molière foi o que mais me interessou. É um retorno à origem”, explica o diretor cênico Hugo Possolo.

 Quando estreou em Praga, em outubro de 1787, "Don Giovanni" foi aclamada pelo público e pela crítica. Além do texto afiado, a obra recebeu destaque pelo modo como Mozart cria camadas de expressão dramática com recursos musicais únicos. Entre os destaques, a célebre ária do catálogo de conquistas, entoada por Leporello, e a celebração hedonista de Don Giovanni em Fin ch’Han dal Vino, além das feitas pelas protagonistas femininas: Mi Tradì quell’Alma Ingrata, por Donna Elvira, Vedrai, Carino, cantada por Zerlina, e Or Sai Chi l’Onore, interpretada pela personagem da Donna Anna.

Nos dias 2, 4, 7 e 10, o elenco será composto por Hernán Iturralde (Don Giovanni), Camila Provenzale (Donna Anna), Anibal Mancini (Don Ottavio), Luisa Francesconi (Donna Elvira), Michel de Souza (Leporello), Carla Cottini (Zerlina), Savio Sperandio (Comendador) e Fellipe Oliveira (Masetto). Já nos dias 3, 6 e 9, os intérpretes serão Homero Velho (Don Giovanni), Ludmilla Bauerfeldt (Donna Anna), Jabez Lima (Don Ottavio), Monique Galvão (Donna Elvira), Saulo Javan (Leporello), Raquel Paulin (Zerlina), Sérgio Righini (Comendador) e Rogério Nunes (Masetto).

Nesta montagem, para além da amoralidade com que o protagonista trata a paixão, estarão centrais em cena as mulheres: Donna Anna, uma figura romântica que acredita em Don Giovanni, Donna Elvira, que promete vingança mas fica presa ao protagonista, e Zerlina, personagem de origem popular e é “enfrentativa”. Essas personagens revelarão uma força singular que tanto desafia quanto enquadra Don Giovanni.

“Há algo tragicamente patético na figura quase arquetípica do conquistador serial, seja ele o Casanova histórico (contemporâneo e amigo de Lorenzo Da Ponte, libretista da ópera) ou o Don Juan da ficção, criado pelo espanhol Tirso de Molina no início do século XVII. Pelas mãos de Hugo Possolo, Piero Schlochauer, Vera Hamburger, Elisa Faulhaber, Miló Martins e outros integrantes da equipe criativa, Don Giovanni escapa das chamas do inferno, mas não da punição terrena”, explica a Superintendente Geral do Complexo Theatro Municipal, Andrea Caruso Saturnino.

Para o diretor cênico Hugo Possolo, Don Giovanni tem um protagonista que permite um paralelo direto com os “poderosos machistas, que nos mostram que evoluímos muito pouco”. A ópera ressalta nuances cômicas contrasta com as tragédias reais, ganhando uma versão em parte em português, em parte no original italiano, que busca dialogar diretamente com o público e expor, com ironia e crítica, o fracasso do patriarcado.

“A palavra ópera quer dizer uma obra que reúne várias linguagens, como drama e música, além de abrir espaço para outras linguagens da arte cênica como circo”, explica o diretor Hugo Possolo. “Foi muito natural trazer esses elementos festivos e de espetacularidade que combinam com o espírito da criação de Mozart. A dupla Don Giovanni e Leporello tem a ver com as duplas cômicas, que permite uma linguagem popular mais acessível”, pontua.

 Além disso, a obra contará com trechos recitativos em português. O diretor explica que essa decisão foi tomada a partir de uma abordagem que já foi feita em ópera de diversas línguas e em várias montagens ao redor do mundo. “Optamos por um diálogo direto e teatral. Como venho do teatro popular, essa linguagem mais direta pode deixar a história mais evidente para o público. A ópera não é elitista, tem que ser para todos”, finaliza.

 
Uma obra incontornável na programação operística
Grande parte do repertório operístico em todo mundo, segundo dados do OperaBase, "Don Giovanni" está entre as dez mais apresentadas. Seu tema e personagens foram de grande impacto para a cultura, inspirando diversos escritores e filósofos. Ela teve sua primeira montagem em São Paulo em 1956 como parte das comemorações do bicentenário de Mozart.

Depois disso, "Don Giovanni" só voltou a ser apresentada no Theatro Municipal de São Paulo nos anos 1990. Nessa década aconteceram três montagens diferentes da ópera: em agosto de 1992 em montagem dirigida por Bia Lessa, cuja estreia aconteceu em Fortaleza em janeiro do mesmo ano; em 1995, com direção cênica da italiana Maria Francesca Siciliani, direção musical e regência do maestro Isaac Karabtchesvsky, cenografia de J.C. Serroni e figurinos alugados do Teatro Colón de Buenos Aires; por fim, em 1999, numa montagem que contou com a participação da Orquestra Experimental de Repertório, regida pelo maestro Jamil Maluf, e do Coro Lírico Municipal.

A montagem mais recente do drama jocoso mozartiano no palco do Theatro Municipal de São Paulo aconteceu em 2013. O espetáculo foi trazido do Teatro Municipal de Santiago do Chile e foi dirigido por Pier Francesco Maestrini. Contou com participação da Orquestra Municipal de São Paulo, sob regência do maestro Yoram David, e do Coral Paulistano, sob regência de Bruno Greco Facio.

 Nesta montagem, a proposta do diretor foi levar "Don Giovanni" e "Drácula" ao palco, traçando paralelos entre os dois personagens a partir do ensaio publicado pelo escritor e musicólogo Alessandro Baricco, intitulado "Drácula, Sósia de Don Giovanni". Os cenários de Juan Guillermo Nova e figurinos de Luca Dall’Alpi contribuem para criar o clima sombrio da montagem.

 
Serviço
Ópera "Don Giovanni"
Theatro Municipal - Sala de Espetáculos
Drama jocoso em dois atos de Wolfgang Amadeus Mozart e libreto de Lorenzo da Ponte
Coro Lírico Municipal
Orquestra Sinfônica Municipal
Sexta-feira, 2 de maio, 20h00
Sábado, 3 de maio, 17h00
Domingo, 4 de maio, 17h00
Terça-feira, 6 de maio, 20h00
Quarta-feira, 7 de maio, 20h00
Sexta-feira, 9 de maio, 20h00
Sábado, 10 de maio, 17h00


Ficha técnica
Roberto Minczuk, direção musical
Hugo Possolo, direção cênica
Hernán Sánchez Arteaga, regente do Coro Lírico Municipal
Vera Hamburger, cenografia
Fernando Passetti, cenógrafo assistente
Elisa Faulhaber, figurino
Miló Martins, design de luz
Jorge Garcia, coreografia
Westerley Dornellas, visagismo
Piero Schlochauer, assistente de direção cênica

 
Dias 2, 4, 7 e 10
Hernán Iturralde, Don Giovanni
Camila Provenzale, Donna Anna
Anibal Mancini, Don Ottavio
Luisa Francesconi, Donna Elvira
Michel de Souza, Leporello
Carla Cottini, Zerlina
Savio Sperandio, Comendador
Fellipe Oliveira, Masetto


Dias 3, 6 e 9
Homero Velho, Don Giovanni
Ludmilla Bauerfeldt, Donna Anna
Jabez Lima, Don Ottavio
Monique Galvão, Donna Elvira
Saulo Javan, Leporello
Raquel Paulin, Zerlina
Sérgio Righini, Comendador
Rogério Nunes, Masetto


Ingressos: R$ 33,00 a R$ 210,00 (inteira).
Classificação: Não recomendado para menores de 12 anos. Pode conter histórias de agressão física, insinuação de consumo de drogas e insinuação leve de sexo.
Duração aproximada: 190 minutos (com intervalo)
Patrocínio: a récita do dia 6 de maio tem patrocínio de IGC. A récita do dia 7 de maio tem patrocínio de Bradesco.

quinta-feira, 17 de abril de 2025

.: Em SP, "O Palhaço Tá Sem Graça", com Fafy Siqueira e Fernando Vieira, estreia


Com texto de Daniel Torrieri Baldi, direção de Hudson Glauber e letras, músicas e direção musical de Thiago Gimenes, espetáculo acompanha os palhaços Murmúrio e Risadinha, que embarcam em um jornada interna em busca da própria essência. Foto: Heloísa Bortz


Até que ponto nos deixamos ser moldados pelos nossos erros e pelas expectativas e opiniões dos outros? A comédia musical "O Palhaço Tá Sem Graça", com texto de Daniel Torrieri Baldi e direção de Hudson Glauber, discute justamente essa questão ao acompanhar a jornada de autoconhecimento de dois palhaços. O espetáculo, que ainda tem direção musical, letras e músicas originais de Thiago Gimenes, tem sua temporada de estreia no Teatro Nair Bello, no 3º piso do Shopping Frei Caneca, de 2 de maio a 6 de julho, com sessões às sextas e aos sábados, às 20h00, e aos domingos, às 18h00.

Quem dá vida aos dois protagonistas são Fafy Siqueira (Risadinha) e Fernando Vieira (Murmúrio). E no elenco ainda estão Danilo Moura, Marilice Cosenza, Marcos Lanza, Camila Coutinho, Lucas Rodrigues e Tete Prezoto. E o coro também traz Clarah Passos, Gabriella Piacentini, Giovanne Lima, Isabella Votta, Lucas Corrêa, Marjorie Veras, Pedro Lourenço e Rique Vieira. Com muita poesia e música, a peça conta a história dos amigos palhaços: a Risadinha, que encara a vida com óculos de sol mesmo nos dias mais nublados e é capaz de tirar gargalhadas de todos; e o Murmúrio, que acha que nasceu para o drama, mas é uma comédia e não consegue ter a percepção disso.

Murmúrio carrega uma questão que nunca superou: desde pequeno, sonhou em ser cantor. Mas lá nos anos 80, tentou entrar para um famoso grupo musical infantil e não foi apenas recusado, mas humilhado. Desde então, aprendeu a rir de si mesmo antes que os outros pudessem rir dele. Entre frustrações e risadas, os dois amigos se veem diante de algo inesperado: um balão que os transporta para um lugar onde medos, sonhos e segredos se misturam em um espetáculo imprevisível.

É um verdadeiro rito de passagem, no qual Murmúrio vai encarar de frente seu sonho de cantar. E a Risadinha está ali pra dar aquele empurrãozinho. No palco do Circo das Maravilhas, os dois vão ter que enfrentar medos, emoções, sonhos e, quem sabe, umas perucas coloridas voando pelo ar. E, no final das contas, eles descobrem que a maior mágica de todas é aceitar quem são e transformar cada tropeço, cada desafio e cada gargalhada em uma chance de brilhar como nunca.

O autor Daniel Torrieri Baldi conta que, no musical, o circo é usado como uma metáfora para algo maior. “Quantas vezes fomos chamados de fracos, desajeitados, insuficientes? E quantas dessas palavras acabaram nos moldando, nos afastando daquilo que verdadeiramente somos? Murmúrio sabe bem como é carregar um nome que não escolheu e até o silenciou, e ele vai aprender a transformar suas frustrações em novas formas de brilhar”, revela.

O diretor artístico Hudson Glauber acrescenta que “O Palhaço Tá Sem Graça" é uma peça para toda a família. "Crianças, jovens, adultos e avós encontrarão fragmentos de si mesmos, de suas memórias e de seus silêncios”, afirma. Para contar essa história, o espetáculo mescla letras e músicas inéditas e clássicos nostálgicos dos anos 80. “Construímos este musical com uma linguagem intimista, que valoriza o talento dos atores, sua entrega emocional e a potência de suas vozes”, conclui Glauber.  “O musical vai emocionar, arrancar gargalhadas e fazer o público sair cantando: ‘É tão lindo, não precisa mudar... é tão lindo, deixa assim como está…’”, deseja Baldi.


Sinopse de "O Palhaço Tá Se\m Graça"
O espetáculo conta a história de dois amigos palhaços. Enquanto Risadinha faz o público gargalhar sem esforço, Murmúrio vive uma fase de bloqueio criativo, achando mais que nasceu para o drama por conta da frustração de não ter seguido sua vontade de virar cantor nos anos 80 após uma experiência nada agradável. Eis que, durante um ensaio, um balão mágico aparece do nada para transportá-los para um mundo interno, onde eles precisam enfrentar desafios, medos e muita confusão.

Ficha técnica
Musical "O Palhaço Tá Sem Graça"
Texto: Daniel Torrieri Baldi
Direção artística: Hudson Glauber
Direção musical, letras, músicas originais e colaboração dramatúrgica: Thiago Gimenes
Direção de movimento: Inês Aranha
Codireção: André Luiz Odin
Cenário: Kleber Montanheiro
Figurinos: Chico Spinosa
Visagismo: Claudinei Hidalgo
Coreografias: Davi Tostes
Iluminação: Beto Martins
Design de som: Alessandro Ayoama (Japa)
Letras “Balão Mágico”: Edgard Poças
Elenco: Fafy Siqueira, Fernando Vieira, Danilo Moura, Marilice Cosenza, Marcos Lanza, Camila Coutinho, Lucas Rodrigues E Tete Prezoto
Coro: Clarah Passos, Gabriella Piacentini, Giovanne Lima, Isabella Votta, Lucas Corrêa, Marjorie Veras, Pedro Lourenço e Rique Vieira

Serviço
Musical "O Palhaço Tá Sem Graça"
Temporada: 2 de maio a 6 de julho*
Às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h
*Sessões com audiodescrição e intérprete de Libras: nos dias 9, 10 e 11/5
Teatro Nair Bello - 3º Piso do Shopping Frei Caneca
Rua Frei Caneca, 569, Consolação
Ingressos: R$ 120,00 (inteira) e R$ 60,00 (meia-entrada)**
**Nos dias 2, 9, 16, 23 e 30 de maio há ingressos promocionais vendidos por R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia-entrada)
** Nos dias 9, 10 e 11 de maio, sessões com audiodescrição e intérprete de libras
Vendas on-line no Sympla
Bilheteria: abre duas horas antes de cada apresentação
Classificação: Livre
Duração: 85 minutos
Capacidade: 201 lugares
Acessibilidade: teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida

segunda-feira, 14 de abril de 2025

.: "Nunca Desista de Seus Sonhos", com Nizo Neto, até dia 19, no Teatro Bor


Sucesso absoluto de público e crítica, comédia baseada no Best Seller de Augusto Cury, em turnê há quatro anos, retorna a São Paulo para curta nova temporada. Foto: Gilberto Rosa

“Vale a pena viver a vida, mesmo quando o mundo parece ruir aos nossos pés. Para isso, devemos usar nossos sonhos para temperar a existência, nossas dores para nos construir e não para nos destruir”. Esse pensamento de Augusto Cury, médico psiquiatra e considerado o autor mais lido da década, nos dá apenas um aperitivo do que o público pode esperar ao assistir à comédia reflexiva “Nunca Desista de Seus Sonhos”. A peça, baseada no livro homônimo de Cury, propõe ao público uma viagem de autoconhecimento, reflexão sobre a sua própria vida e sobre a necessidade de uma orientação psicológica diante de problemas auto sabotadores, além do entendimento de seus sonhos como objetivos a serem buscados em qualquer tempo.

No palco, os protagonistas Maximiliana Reis e Nizo Neto experimentam uma verdadeira salada de emoções, indo do riso à angústia, passeando por mensagens de resiliência, motivacionais e de muita esperança. Em busca da felicidade, mesmo quando tudo parece dar errado.  “Devemos gritar em silêncio que os melhores dias estão por vir, enfrentar os períodos mais tristes da vida não como pontos finais, mas como vírgulas para continuar a escrever nossa trajetória”, completa Cury, que adaptou o texto para a linguagem do teatro, ao lado de Ingrid Zavarezzi. A direção é assinada por Rogério Fabiano. No elenco, também estão Marília Machado e Murilo Cunha. A classificação é livre.

A trama conta a trajetória da psicóloga Carol, de 60 anos, que vive em pé de guerra com a filha, de 16, típica representante da Geração Z, mimada e viciada em redes sociais. Usando a metodologia do Dr. Cury, Carol tem um enorme sucesso nos tratamentos de seus pacientes, porém, ela não consegue aplicar esses ensinamentos para resolver a sua vida. Além de Carol, temos um leque de personagens: Breno, um empreendedor falido, que luta contra o estigma de ser um derrotado; uma senhora de mais de 80 anos que desistiu de viver; uma secretária, de 35, que sonha ser mãe, mas vive um casamento inter-racial e tem medo de colocar uma criança negra numa sociedade preconceituosa; um estudante de Medicina, de 32, que pensa em largar tudo por não concordar com a doutrina da faculdade; e um menino, de 12, que odeia estudar e começa a ter questionamentos sobre a vida e o futuro.

A história ainda mistura ficção com situações reais. Passagens de vida do próprio Cury, de Abraham Lincoln, Martin Luther King e Jesus Cristo ilustram a produção. Como, por exemplo, numa cena em que o Dr. Augusto Cury (vivido por Nizo Neto) conversa com o neto. “É uma obra que fala sobre a importância de sonhar com disciplina, tomar as rédeas da vida, entender que nosso universo pessoal não é uma ilha e que isso vale para todas as gerações. Grandes figuras da história da humanidade vivenciaram as mesmas dúvidas e problemas que nós, hoje, vivenciamos, e nossos personagens também”, detalha a autora e roteirista Ingrid, que, em 25 anos de carreira, coleciona trabalhos na TV, no teatro e na web. Entre os destaques: escreveu o seriado “Beijo me liga” para o Multishow (vencedor do prêmio Converge Mobile Marketing); foi autora de “Malhação conectados (Globo); e para a web, escreveu para o canal de humor teenager “Planeta das gêmeas”, com milhões de visualizações. Ela ainda recebeu o prêmio Profissão Entretenimento IATEC/ SENAC/ TV Globo na categoria Roteiro.


Sinopse de "Nunca Desista de Seus Sonhos"
A psicóloga Carol, de 60 anos, vive em pé de guerra com a filha adolescente, viciada em redes sociais. Seguidora da metodologia de Augusto Cury, tem sucesso no tratamento com seus pacientes, porém, ela mesma não consegue aplicar os ensinamentos para resolver a sua vida. Além de Carol, há outros personagens: um empreendedor falido, de 58, que luta contra o estigma de ser um derrotado; uma senhora, de 80, deprimida; uma secretária, de 35, que sonha ser mãe, mas vive um casamento inter-racial e tem medo de colocar uma criança negra numa sociedade preconceituosa; um estudante de Medicina, de 32, que quer largar tudo por não concordar com a doutrina da faculdade; e um menino, de 12, que odeia estudar e começa a ter questionamentos sobre a vida e o futuro.


Ficha técnica
Espetáculo “Nunca Desista de Seus Sonhos”
Adaptação: Augusto Cury e Ingrid Zavarezzi
Direção: Rogério Fabiano
Elenco: Maximiliana Reis, Nizo Neto, Marília Machado e Murilo Cunha
Direção geral de produção: Luciano Cardoso
Cenário e criação de luz: Rogério Fabiano
Técnico responsável: Nando
Direção musical e Trilha Sonora: Miguel Briamonte
Produção administrativa financeira: Rafael Sandoli
Assistente de produção: Magnus Nicollas
Tour manager: Maximiliana Reis
Design gráfico: Lucas Peixoto
Edição de vídeo: Agência Alwa
Gestão Tráfego Digital: ATMKT
Assessoria jurídica: SVM Advocacia
Assessoria registro de marcas: Ranzolin - Propriedade Intelectual
Realização: Applaus Arte Y Alma


Serviço

Espetáculo “Nunca Desista de Seus Sonhos”
Direção: Rogério Fabiano
Elenco: Maximiliana Reis, Nizo Neto, Marília Machado e Murilo Cunha
Duração:  70 min
Recomendação: Livre
Gênero: Comédia
Temporada: de 5 a 19 de abril. Sábado, às 20h e domingos, às18h
Ingressos: entre R$ 40 e R4 140
Ingressos online: https://bileto.sympla.com.br
Local: Teatro Bor | 470 lugares
R. Domingos de Morais, 2970 - Vila Mariana, São Paulo
Telefone: (11) 5589-5444 | (11) 96312-6722

.: "Bárbara", com Marisa Orth, retorna ao Teatro Bravos para curta temporada


Com direção de Bruno Guida e dramaturgia de Michelle Ferreira, espetáculo é livremente inspirado no livro ‘A Saideira’, de Barbara Gancia, que acaba de ganhar uma nova edição ampliada e comemorativa. Foto: Bob Wolfenson


As tragicômicas histórias dos mais de 30 anos de dependência do álcool contadas pela jornalista Barbara Gancia na autobiografia “A Saideira: uma Dose de Esperança Depois de Anos Lutando Contra a Dependência” ganharam os palcos no solo Bárbara, que rendeu à Marisa Orth o prêmio Bibi Ferreira de Melhor Atriz em 2024. E para comemorar o recente relançamento do livro em edição ampliada pela Matrix Editora, o espetáculo ganha uma nova temporada no Teatro Bravos, de 23 de maio a 29 de junho. 

"Bárbara", que tem texto de Michelle Ferreira e direção e idealização de Bruno Guida, estreou em 2021 e, desde então, já circulou por 15 cidades brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro, Uberlândia, Brasília, Porto Alegre, Fortaleza, Piracicaba, Salvador e Curitiba. Em sua celebrada autobiografia, Barbara Gancia expõe de peito aberto um tema de sua vida, que é tabu até hoje para muitos: a luta contra o alcoolismo. E a montagem ainda traz reflexões de Marisa em um texto emocionante e cheio de pitadas cômicas.

Dada a imensa repercussão que o livro causou desde seu lançamento, bem como as inúmeras e necessárias palestras que a autora tem feito sobre o tema nos últimos anos, o desafio da montagem sempre foi o de não realizar uma simples transposição para o palco. “Como encenar algo já definitivo e tão bem relatado em um livro? Ao mesmo tempo em que a gente pensava nisso, sempre houve a certeza de que ‘A Saideira’ possui uma força cênica e precisava ganhar o palco para tocar outros públicos”, revela a atriz.

A solução criada pelo diretor Bruno Guida apostou em recursos cênicos simples e no jogo com a plateia, elementos que somente o teatro pode oferecer. Com uma dramaturgia livremente inspirada no livro, Michelle Ferreira utiliza algumas situações extraídas da obra, bem como inventa outras histórias, para dar forma a essa "nova Barbara ficcional”. “Bárbara” ganhou, assim, uma encenação limpa, privilegiando o trabalho de atriz em um texto forte, cômico e ao mesmo tempo emocionante. 

Toda narrativa é de desconstrução e os elementos cênicos colaboram nesse sentido. O espetáculo ainda conta com direção de movimento e suporte cênico de Fabricio Licursi, direção de arte de Gringo Cardia, figurinos de Fause Haten, design de luz de Guilherme Bonfanti e trilha original de André Abujamra. A realização é da Palco 7 Produções, de Marco Griesi e Solo Entretenimento, de Daniella Griesi.

Uma das atrizes mais versáteis de sua geração, com imensa contribuição na TV, Teatro Musical, Cinema e Música, Marisa volta às suas origens para a encenação. "'Bárbara' é um exercício para mim de multitarefas, eu como atriz posso me exercitar, em tantas frequências: tem bastante humor, tem papo reto com a plateia, tem um trabalho de composição corporal, explorando coisas que eu sempre desejei fazer e mesmo assim é uma peça simples, é uma peça de 'contação' de uma história que a gente achou relevante, emocionante e que nos inspirou a criar uma outra história. Estou muito entusiasmada”, reflete.

Sinopse de "Bárbara"
Em sua celebrada autobiografia “A Saideira: uma Dose de Esperança Depois de Anos Lutando Contra a Dependência”, a jornalista Barbara Gancia expõe de peito aberto um tema de sua vida, que é tabu até hoje para muitos: os 30 anos de luta contra o alcoolismo. A montagem, estrelada por Marisa Orth, ainda traz reflexões da atriz em um texto emocionante e cheio de pitadas cômicas.

Ficha técnica
Monólogo “Bárbara”
Livremente inspirado a partir de “A Saideira: uma Dose de Esperança Depois de Anos Lutando Contra a Dependência” de Barbara Gancia
Idealização e direção: Bruno Guida
Dramaturgia: Michelle Ferreira
Direção de arte: Gringo Cardia
Cenografia: Anna Turra
Designer de luz: Guilherme Bonfanti
Figurino: Fause Haten
Visagismo: Eliseu Cabral
Trilha original: André Abujamra
Direção de movimento e suporte cênico: Fabricio Licursi
Assistente de direção: Mayara Constantino
Fotos: Bob Wolfenson
Operador de som: Randal Juliano
Operador de luz: André Pierre
Camareira: Rosa Passe
Diretor de palco: Denis Nascimento
Audiovisual e redes sociais: Arthur Bronzato e ⁠Gabriel Metzner (Gatú Filmes)
Designer: Kelson Spalato
Estratégia digital: Matheus Rezende | Motisuki PR
Coordenador de comunicação: André Massa
Coordenação de produção: Bia Izar
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Direção de produção: Marco Griesi e Daniella Griesi
Produção: Palco 7 Produções e Solo Entretenimento
Redes Sociais Bárbara: @barbaranoteatro
Redes Sociais Produção: @palco7producoes @soloentretenimento


Serviço
Monólogo "Bárbara", com Marisa Orth
Temporada: 23 de maio a 29 de junho de 2025
Às sextas, às 21h; aos sábados, às 17h e às 21h; e domingos, às 18h
Teatro Bravos - Rua Coropé, 88 - Pinheiros
Ingressos: Plateia Premium - R$ 180,00 (inteira) e R$ 90,00 (meia-entrada) | Plateia Baixa - R$ 140,00 (inteira) e R$ 70,00 (meia-entrada) | Mezanino - R$ 120,00 (inteira) e R$ 60,00 (meia-entrada)
Vendas on-line em Sympla: https://bileto.sympla.com.br/event/104408/
Classificação etária: 14 anos
Duração: 60 minutos
Capacidade reduzida: 621 lugares.
Site: https://teatrobravos.com.br/
Bilheteria: de terça a domingo das 13h às 19h ou até o início do último espetáculo.
Formas de pagamento aceitas na bilheteria: todos os cartões de crédito, débito e dinheiro. Não aceita cheques.
Outras informações: (11) 99008-4859.
O Teatro Bravo possui acessibilidade e ar-condicionado.

.: CCBB SP recebe espetáculo "Nebulosa de Baco", inspirado em Luigi Pirandello


Montagem da Cia.Stavis-Damaceno revela o conturbado processo de duas atrizes ao interpretar pai e filha no teatro. No elenco, estão Rosana Stavis e Helena de Jorge Portela. Foto: Renato Mangolin

Depois de passar pelo Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte, "Nebulosa de Baco", o novo trabalho da premiada Cia.Stavis-Damaceno tem sua estreia paulistana no CCBB São Paulo, no dia 24 de abril, às 18h30. O espetáculo, com dramaturgia e direção de Marcos Damaceno e atuação de Rosana Stavis - atriz frequentemente apontada pela crítica como uma das melhores do teatro brasileiro - e Helena de Jorge Portela, segue em cartaz até 8 de junho, com sessões às quintas e sextas-feiras, às 19h00, e aos sábados e domingos, às 17h00.

Inspirada na obra do premiado autor italiano Luigi Pirandello, vencedor do Nobel de Literatura, e em relatos de “histórias reais”, a montagem, que se alterna entre o drama e a comédia, apresenta o difícil processo de duas atrizes ao interpretarem os papéis conturbados de uma filha e o seu pai. A encenação traz à cena uma atriz que não consegue chorar. Ajudada por outra artista mais experiente, ela se prepara para atuar em uma peça sobre a difícil relação entre uma filha e o seu pai. Trata-se de uma peça dentro de outra (uma dramática, a outra cômica) em que – como é próprio dos textos de Pirandello e muito atual para o tempo presente – são constantemente embaralhadas as noções entre o que é real e o que é inventado, entre o que é verdade e o que é mentira, entre o que é e o que parece, mas não é.

Essas duas mulheres, duas atrizes, estão em seu “habitat natural”, uma sala de ensaio, que é, nas palavras de Damaceno, “espaço fascinante de caos e criação, onde atrizes reconhecidamente fortes revelam suas fragilidades e inseguranças”. Nessa sala, elas tentam descobrir a melhor forma de interpretar em uma peça que se equilibra entre o riso e o choro e que, por vezes, levanta questões delicadas e difíceis de se lidar, como os traumas causados pela violência e o abuso sexual na infância. Uma peça que, como é comum nas montagens de Damaceno, chama a atenção para o contraste entre os momentos hilariantes e outros angustiantes e perturbadores.

A encenação reúne outras características que são próprias da companhia Stavis-Damaceno, como o ritmo vertiginoso de pensamentos aparentemente desordenados; o apreço pela dramaturgia contemporânea que nos apresenta novos olhares acerca das relações humanas em nossos dias; e a excelência do trabalho do elenco, trazendo ao público espetáculos contundentes que impactam quase que exclusivamente pela força dos atores e das palavras. “A Aforista” - que ganhou alguns dos principais prêmios do teatro brasileiro, entre eles o de Melhor Espetáculo, conferido pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) -, é um exemplo recente dessas características. 

O nome “Nebulosa de Baco” tem inspiração na astronomia e na mitologia. As nebulosas são onde nascem as estrelas; entre as mais conhecidas estão a Nebulosa de Orion e a Nebulosa Olho de Deus. Já Baco, na mitologia greco-romana, é não apenas o deus do vinho e do teatro: ele representa a fertilidade criativa e a dualidade humana entre controle e entrega. É ele quem inspira a transformação do caos interno em beleza e expressão.

“É para isso que nascem as atrizes, para mostrar, a cada noite, aos olhos do público, o mundo visto sob outra luz. Não a luz acachapante do sol, mas feito a delicadeza, a suavidade da luz da lua”, conclui Damaceno. A peça tem patrocínio do Banco do Brasil, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).

Sinopse de "Nebulosa de Baco"
Inspirado na obra do Nobel de Literatura Luigi Pirandello, e em relatos de “histórias reais”, o espetáculo traz à cena uma atriz que não consegue chorar. Ajudada por outra atriz mais experiente, ela se prepara para atuar em uma peça sobre a conflituosa relação entre uma filha e o seu pai. Uma peça dentro de outra (uma dramática, a outra cômica) em que, como em nossos dias, são constantemente embaralhadas as noções entre o que é real e o que é inventado, entre o que é verdade e o que é mentira, entre o que é e o que parece, mas não é.

Ficha técnica
Espetáculo "Nebulosa de Baco"
Texto e direção: Marcos Damaceno
Elenco: Rosana Stavis e Helena de Jorge Portela
Iluminação: Beto Bruel e Ana Luzia Molinari de Simoni
Figurino: Karen Brusttolin
Visagismo: Claudinei Hidalgo
Cenário: Marcos Damaceno
Produção executiva: Bárbara Montes Claros
Produção de cenários: Carla Berri
Criação e produção: Cia. Stavis-Damaceno
Assistente administrativo/Financeiro: Edilaine Maciel
Produção local (São Paulo): Augusto Vieira
Realização: Centro Cultural Banco do Brasil e Ministério da Cultura
Patrocínio: Banco do Brasil

Serviço
Espetáculo "Nebulosa de Baco", com Cia Stavis-Damaceno
Temporada: 24 de abril a 8 de junho de 2025*
Às quintas e sextas, às 19h00, e aos sábados e domingos, às 17h00
*Excepcionalmente na estreia, no dia 24/4, a apresentação acontece às 18h30
Local: Teatro CCBB SP (Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico – São Paulo/SP)
Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) disponível em bb.com.br/cultura e na bilheteria do CCBB | Meia-entrada: para estudantes, professores, profissionais da saúde, pessoa com deficiência - e acompanhante, quando indispensável para locomoção, adultos maiores de 60 anos e clientes Ourocard).
Classificação indicativa: 18 anos
Duração: 90 minutos


Informações CCBB SP
Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo  
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 - Centro Histórico | São Paulo/SP  
Funcionamento: Aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças    
Contato: (11) 4297-0600 | ccbbsp@bb.com.br 
Acessibilidade: espaço acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida
Estacionamento: o CCBB possui estacionamento conveniado na Rua da Consolação, 228 (R$ 14 pelo período de 6 horas - necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB). O traslado é gratuito para o trajeto de ida e volta ao estacionamento e funciona das 12h às 21h.    
Van: ida e volta gratuita, saindo da Rua da Consolação, 228. No trajeto de volta, há também uma parada no metrô República. Das 12h às 21h.    
Transporte público: o CCBB fica a 5 minutos da estação São Bento do Metrô. Pesquise linhas de ônibus com embarque e desembarque nas Ruas Líbero Badaró e Boa Vista.    
Táxi ou Aplicativo: desembarque na Praça do Patriarca e siga a pé pela Rua da Quitanda até o CCBB (200 m).

sábado, 12 de abril de 2025

.: Sucesso de público e crítica, premiada "Tebas Land" volta a São Paulo


Com direção de Victor Garcia Peralta, peça é uma autoficção que acompanha os encontros entre um jovem parricida e um dramaturgo interessado em escrever a história do crime. Foto: Rodrigo Lopes

Ao retratar a instigante relação entre um jovem parricida e um dramaturgo interessado em escrever a história de seu crime, o espetáculo "Tebas Land", escrita pelo conceituado dramaturgo uruguaio Sergio Blanco, conquistou o público brasileiro desde a sua estreia, em 2018, ganhando temporadas em diversos cantos no país até a chegada da pandemia de covid-19. Agora, o espetáculo, dirigido por Victor Garcia Peralta e estrelado por Otto Jr. e Robson Torinni, está de volta a São Paulo para mais uma temporada no Teatro Vivo, de 15 de abril a 28 de maio, com apresentações às terças e quartas-feiras, às  20h. A nova temporada é realizada com recursos da Lei Rouanet, do Ministério da Cultura, e conta com o patrocínio da Vivo.

Sucesso de crítica, a peça conquistou os prêmios Shell RJ de melhor ator (Otto Jr.) e Botequim Cultural de melhor espetáculo, direção e ator (Robson Torinni). Também foi indicado ao Botequim Cultural de Melhor Ator (Otto Jr.) e Cesgranrio de Melhor Direção e Melhor Ator (Robson Torinni). Além disso, participou do Festival de Avignon, na França, um dos eventos de teatro mais importantes do mundo. “Tivemos que parar o espetáculo, com plateias lotadas, no começo da pandemia. E é com muita alegria que voltamos com esse texto, que ganhou adaptações premiadas em uma série de países”, celebra Torinni, idealizador da peça ao lado de Peralta. 

Na trama, em um presídio de segurança máxima, um dramaturgo coleta o relato de um jovem condenado por assassinar o próprio pai com 21 golpes de garfo. O cenário reproduz a quadra de basquete de uma prisão, onde ocorrem os encontros quase documentais entre os dois personagens, duas pessoas de mundos completamente distintos. Assim, começa uma peça dentro da peça, com Robson Torinni na pele tanto do jovem assassino quanto do ator que o representa. Com esse jogo de metalinguagem e autoficção, características tão marcantes nas obras de Blanco, a montagem propõe uma reflexão sobre a construção da dramaturgia, o universo teatral e os limites entre ficção e realidade.

“O texto nos cativou pelos dois diferentes planos, razão e emoção, e pelo processo criativo imbuído neles, em que a dramaturgia é construída durante a ação da peça, oscilando, quase que paralelamente, entre a discussão do fato ocorrido e a construção do texto da peça que será baseada no crime”, conta o diretor. O espetáculo é inspirado no mito do Édipo e na vida de São Martinho de Tours, santo europeu do século IV e também revisita textos que abordam o tema da paternidade, como “Os Irmãos Karamazov”, de Dostoievski; “Um Parricida”, de Maupassant; e “Dostoievski e o Parricídio”, de Freud. 

Como de praxe nas dramaturgias do autor, a peça nos faz refletir sobre problemas sociais, sempre com sensibilidade e inteligência, como a importância da paternidade, a falta de afeto na contemporaneidade, a solidão, as famílias disfuncionais e a falência dos sistemas prisionais. “A peça aborda uma questão que muito nos toca: as ligações com os pais. Nem todos podemos ser pais, mas todos somos filhos e, portanto, todos temos a experiência da descendência. É também um trabalho sobre a dinâmica do que é a engenharia da construção de uma peça, como o texto pode ser escrito”, define o dramaturgo Sergio Blanco. 

Tebas Land também nos alerta sobre as consequências dos abusos (físicos, sexuais e psicológicos) sofridos na infância, que perduram durante a vida toda das vítimas. No Brasil, um estudo revelou que, apenas no primeiro semestre de 2022, 84% das violações contra crianças de até 6 anos foram cometidas por familiares. Essas agressões têm impacto negativo a curto, médio e longo prazo na saúde física e mental das vítimas e em suas práticas parentais futuras. 

O sucesso da peça, para Peralta, deve-se justamente às reflexões e diálogos sobre esses temas sociais e culturais tão relevantes, promovendo a conscientização e estimulando o pensamento crítico. "Além disso, a história conecta duas pessoas de diferentes origens, criando um espaço de empatia pelo público. Acho que o espetáculo reforça a importância da arte como veículo de transformação social, influenciando positivamente a percepção coletiva e a compreensão dos desafios atuais”, acrescenta. 


Ficha técnica
Espetáculo "Tebas Land"
Autor: Sergio Blanco
Tradutor: Esteban Campanela, Robson Torinni e Victor Garcia Peralta
Direção: Victor Garcia Peralta
Atores: Otto Jr. e Robson Torinni
Cenógrafo: José Baltazar 
Iluminador: Maneco Quinderé
Figurino: Criação coletiva
Trilha sonora: Marcello H
Operador de luz: Rodrigo Lopes
Operador de som: Rodrigo Pinho
Assessoria de imprensa: Pombo Correio 
Designer gráfico: Alexandre de Castro
Fotografia: Rodrigo Lopes e billnog.biz 
Direção de produção: Sérgio Saboya e Silvio Batistela 
Produção: Galharufa Produções Culturais
Produção executiva: João Eizô Y Saboya
Realização: REG'S Produções Artísticas
Idealização: Robson Torinni e Victor Garcia Peralta


Serviço
Espetáculo "Tebas Land", de Sergio Blanco
Temporada: 15 de abril a 28 de maio. Às terças e quartas, às 20h.
Teatro Vivo - Av. Dr. Chucri Zaidan, 2460 - Vila Cordeiro, São Paulo
Ingressos: Preço Popular - R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia-entrada) | Ingressos regulares: R$ 120,00 (inteira) e R$ 60,00 (meia-entrada*)
*meia-entrada é válida para participantes do programa Vivo Valoriza (resgatar o voucher pelo app), estudantes, professores, idosos, pessoas com deficiências, funcionários Vivo mediante à apresentação de comprovante
Bilheteria: funciona apenas nos dias de peça e abre 2h antes da apresentação
Telefone: (11) 3279-1520
Capacidade: 274 lugares
Duração: 1h40 minutos
Classificação: 16 anos
Acessibilidade: Teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.  Os ingressos dos assentos reservados para acessibilidade poderão ser adquiridos através de reserva pela bilheteria 11 3430-1524 - (Funcionamento somente nos dias de peça 2h antes da apresentação) ou pelo e-mail teatrovivo@trimitraco.com.br
*Obs. O ingresso Preçp Popular é válido para todos os clientes e segue o plano de democratização da Lei Rouanet, havendo uma cota deste valor promocional. O comprovante de meia entrada deverá ser apresentado na entrada do espetáculo.

domingo, 6 de abril de 2025

.: Marcelo Médici retorna aos palcos com “Cada Um Com Seus Pobrema”


O mês de abril contará com o retorno de Marcelo Médici ao teatro, na premiada comédia “Cada Um Com Seus Pobrema”. O espetáculo terá apresentações entre os dias 8 de abril a 27 de maio, no Teatro Frei Caneca, às terças-feiras, e os ingressos serão disponibilizados pela Bilheteria Express. No espetáculo, o ator dá vida a oito personagens marcantes.

Estão de volta o corintiano Sanderson (do "Vai que Cola"), a vidente Mãe Jatira (famosa no YouTube), a infantil Tia Penha e outros tipos hilários. Sucesso absoluto, a peça já fez mais de um milhão de pessoas rirem pelo Brasil, misturando improviso, crítica e muito carisma no palco.

Formado no Teatro Escola Célia Helena e no CPT (Centro de Pesquisas Teatrais), o artista é ator, autor e diretor. Já protagonizou grandes musicais e participou de novelas da Rede Globo, além da própria peça em cartaz ter ganhado muitos prêmios desde que estreou em 2004. Com um humor inteligente e dinâmico, a linguagem moderna do show contagia o público, que dá gargalhadas do início ao fim. Para adquirir os ingressos, basta acessar o link.


Serviço
Espetáculo “Cada Um Com Seus Pobrema”
De 8 de abril a 27 de maio, às terças-feiras, 20h00
Teatro Frei Caneca - R. Frei Caneca, 569 - Consolação
Inscrições: acessar o link.

quinta-feira, 3 de abril de 2025

.: Gregório Duvivier estreia "O Céu da Língua" no Teatro Sérgio Cardoso, em SP

Depois de passar por Lisboa, Porto, RJ, Curitiba, Porto Alegre e interior de SP, O Céu da Língua, com texto e interpretação de Gregório Duvivier estreia em São Paulo no dia 1º de maio  Dirigido por Luciana Paes, espetáculo é uma comédia sobre a presença quase invisível da poesia no nosso cotidiano

Gregório Duvivier. Foto: Demian Jacob


"Uma ode à língua portuguesa e ao poder da palavra. É comédia da boa, apesar de por vezes ser difícil rir, estando tão assoberbados com tudo o que acontece em palco", - crítica Suzana Verde, no jornal O Observador.


Quem tem medo de poesia? Gregorio Duvivier não faz parte deste grupo e usa seu discurso sedutor para mostrar que esse assunto pode ser prazeroso e divertido no solo "O Céu da Língua". O espetáculo, que estreou em Portugal e já passou pelo Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre, agora desembarca em São Paulo para uma temporada no Teatro Sérgio Cardoso, de 1º de maio a 1º de junho, com sessões de quinta a sábado, às 19h, e aos domingos, às 16h.

Essa comédia poética estreou em Lisboa no contexto das comemorações ao aniversário de 500 anos de Luis de Camões e roubou a cena por lá. Gregorio Duvivier, que não estreava uma peça nova há cinco anos, fez essa peça para homenagear sua língua-mãe. 

E, ao fazer isso, encontrou uma legião de pessoas que compartilham dessa paixão. “A poesia é uma fonte de humor involuntário, motivo de chacota”, reconhece o ator, que cursou a faculdade de Letras na PUC do Rio de Janeiro e publicou três livros sobre o gênero literário. “Escrevi uma peça que pode ajudar alguém a enxergar melhor o que os poetas querem dizer e, pra isso, a gente precisa trocar os óculos de leitura”.  

A direção é da atriz Luciana Paes, que já foi parceira de Duvivier no espetáculo de improvisação Portátil e nos vídeos do canal Porta dos Fundos. Se no seu solo anterior, Sísifo (2019), escrito junto com Vinicius Calderoni, Gregorio subia uma grande rampa dezenas de vezes, agora, o que se tem é uma encenação desprovida de qualquer cenário. 

No palco, totalmente limpo, o instrumentista Pedro Aune cria ambientação musical com o seu contrabaixo, e a designer Theodora Duvivier, irmã do comediante, manipula as projeções exibidas ao fundo da cena. O resto é só o comediante e sua devoção pelas palavras. “Acredito que ele tem ideias para jogar no mundo e, com essa crença, a coisa me move independentemente de qualquer rótulo”, diz Luciana, uma das fundadoras da celebrada Cia. Hiato, que estreia na função de diretora teatral.   

"O Céu da Língua" não é um recital, mas não deixa de ser poética. “O stand-up comedy aqui é uma pegadinha pra falar de literatura”, como descreve a diretora. "A peça fica na esquina do poema com a piada", arremata o ator.

O Gregorio comediante está no palco ao lado do Gregorio intelectual com seu fluxo de pensamento ininterrupto e, por isso, a plateia embarca na proposta”, explica a diretora, que compartilha com o ator a paixão pelo nome das coisas. “Graças aos seus recursos de ator, ele pega o público distraído. Ninguém resiste quando é surpreendido por alguém apaixonado.

O humorista, desde a infância, carrega uma obsessão pela palavra, pela comunicação verbal, pela língua portuguesa. Assim, o protagonista brinca com códigos, como aqueles que, em sua maioria, só são decifrados por pais e filhos ou casais enamorados. 

As reformas ortográficas que tiram letras de circulação e derrubam acentos capazes de alterar o sentido das palavras inspiram o artista em tiradas bem-humoradas. O mesmo acontece quando ele comenta a ressurreição de palavras esquecidas, como “irado”, “sinistro” e “brutal”, que voltaram ressignificadas ao vocabulário dos jovens. E aquelas que só de ouvi-las geram sensações estranhas, a exemplo de afta, íngua, seborreia, ou outras, inventadas, repetidas à exaustão, como “atravessamento”, “disruptivo” ou “briefings”? Até destas, extrai humor.

Para o artista, a língua é algo que nos une, nos move, mas raramente damos atenção a ela. É só pensar nas metáforas usadas no cotidiano – “batata da perna”, “céu da boca”, “pisando em ovos”. Nesta hora, usamos a poesia e nem percebemos. Para provar que a poesia é popular, Gregório chama atenção para os grandes letristas da música brasileira, como Orestes Barbosa e Caetano Veloso, citados através das canções “Chão de Estrelas” (1937) e “Livros” (1997). 

A massa ainda há de comer o biscoito fino que fabrico", disse Oswald de Andrade. Infelizmente a literatura no Brasil nunca encheu estádios. Mas a palavra cantada, essa sim, ganhou multidões. “Foi a nossa música popular quem conseguiu realizar o sonho oswaldiano de levar poesia para as massas”, festeja o ator. 

Nesta cumplicidade com a plateia, Duvivier mostra gradativamente que a poesia não tem nada de hermética e que a nossa língua não deve nada a nenhuma outra. Muito pelo contrário. Temos um manancial de poesia desperdiçada em cada conversa jogada fora. 

"Minha pátria é a língua portuguesa", diz Fernando Pessoa. Caetano continua: "e eu não tenho pátria, eu tenho mátria e quero frátria". Gregorio constrói o espetáculo em torno dessa fraternidade, e nos lembra que, apesar de todas as nossas diferenças, temos uma língua em comum que nos irmana. E também pode nos fazer gargalhar. 


Ficha Técnica

Interpretação e Texto: Gregorio Duvivier

Direção e Dramaturgia: Luciana Paes

Assistência de Direção e projeções: Theodora Duvivier

Direção Musical e Execução da Trilha: Pedro Aune

Cenografia: Dina Salem Levy

Assistente de Cenografia: Alice Cruz

Figurino: Elisa Faulhaber e Brunella Provvidente

Iluminação: Ana Luzia de Simoni

Diretor Técnico: Lelê Siqueira

Diretor de Palco: Feee Albuquerque

Visagismo: Vanessa Andrea

Fotos de Divulgação: Demian Jacob

Fotos de Cena: Joana Calejo Pires e Raquel Pellicano

Design Gráfico Publicação: Estúdio M-CAU – Maria Cau Levy e Ana David

Identidade Visual Divulgação: Laercio Lopo

Assessoria de Imprensa: Pombo Correio

Marketing Digital: Renato Passos

Redes Sociais: Lucas Lentini e Theodora Duvivier

Administração: Fernando Padilha e Lucas Lentini

Produção Executiva: Lucas Lentini

Direção de Produção: Clarissa Rockenbach e Fernando Padilha

Produção: Pad Rok 


Serviço

O Céu da Língua, de Gregorio Duvivier

Temporada: 1º a 25 de maio

De quinta a sábado, às 19h, e aos domingos, às 16h

Teatro Sérgio Cardoso - Rua Rui Barbosa, 153, Bela Vista

Sala Nydia Lícia (827 lugares)

Plateia: R$ 140,00

Balcão: R$ 100,00

Vendas online em Sympla

Bilheteria: vendas antecipadas, de terça a sábado, das 14h às 19h; e vendas para o espetáculo do dia, das 14h até o horário da atração.

Contato bilheteria: (11) 3288-0136

Duração: 85 minutos

Classificação: 12 anos

Acessibilidade: Teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida


Postagens mais antigas → Página inicial
Tecnologia do Blogger.