sábado, 28 de novembro de 2020

.: "O Orfanato", filme afegão, estreia em dezembro nas plataformas digitais


Dirigido por Shahrbanoo Sadat, a história gira em torno de Qodrat, jovem de 15 anos fã de Bollywood que mora nas ruas de Cabul


Exibido na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes, "O Orfanato", novo filme da diretora Shahrbanoo Sadat, uma das novas vozes do cinema afegão, estreia em todo território nacional, direto no streaming, no próximo dia 03 de dezembro. A história gira em torno de Qodrat, jovem de 15 anos fã de Bollywood que mora nas ruas de Cabul, no final dos anos 80. Ele vende ingressos de cinema ilegalmente e sonha acordado em algumas de suas cenas favoritas dos filmes indianos. Um dia é levado pela polícia para o orfanato soviético. Mas em Cabul a situação política está mudando e Qodrat e todas as crianças querem defender sua casa.

"O Orfanato", distribuído no Brasil pela Supo Mungam Films, é a segunda parte de uma pentalogia planejada pela diretora Shahrbanoo Sadat, iniciada com "Lobo e Ovelha", e inspirada no diário não-publicado de Anwar Hashimi, que interpreta o supervisor do orfanato. No longa a diretora evoca com sensibilidade o mundo interior do protagonista e o turbulento clima político do Afeganistão na época, criando uma experiência humanista única com uma pitada de fantasia.

Entre um realismo brilhantemente filmado e cenas surpreendentemente inspiradas no estilo musical de Bollywood, a diretora Sadat, a mais jovem selecionada para a residência da Cinéfondation do Festival de Cannes, com 20 anos na época, mesma idade em que ela entrou em um cinema pela primeira vez, apresenta em o "Orfanato" uma fábula sobre o amadurecimento, que também fala da história do Afeganistão.

"Sua história me levou a uma jornada pela historia do Afeganistão nos últimos quarenta anos, do ponto de vista inocente de um órfão. Ele era uma criança presa a uma guerra que não era sua. É exatamente o que sinto vivendo hoje no Afeganistão. O orfanato é um dos poucos lugares em todo o país onde todos vivem juntos, não importa a religião ou etnia", observa a diretora.

Além de Cannes, o longa também passou pelos festivais de Munique, Bruxelas, Sarajevo, Chicago, Londres, Busan e levou o Arau de Ouro de Melhor Filme no Festival de Reyjavik.


Filme: O Orfanato

Direção:  Shahrbanoo Sadat

Elenco:  Qodratollah Qadiri, Sediqa Rasuli, Masihullah Feraji, Hasibullah Rasooli, Ahmad Fayaz Osmani, AnwarHashimi

Título Original: Parwareshghah

Produção: Afeganistão/Dinamarca/Alemanha/França, 2019  |  90 minutos

Gênero: Drama/Fantasia/Musical

Classificação Indicativa: 14 anos

Distribuição: Supo Mungam Films

Lançamento:  03/12/2020 

Plataformas: NOW e VIVO PLAY

Nas redes sociais: facebook.com/SupoMungamFilms, instagram.com/supomungamfilms

Trailer: 



.: Camila Morgado e Murilo Benício: filme “Divórcio” estreia na Netflix

O longa "Divórcio", comédia romântica com direção de Pedro Amorim, que estreou no Brasil em setembro de 2017, acaba de entrar no catálogo da plataforma streaming Netflix.

O filme é protagonizado pela dupla Camila Morgado e Murilo Benício, com produção da Filmland Internacional e distribuição da Warner Bros. Pictures, que também é coprodutora. As filmagens do Divórcio foram realizadas em Ribeirão Preto, tanto em locações na parte urbana da cidade como em uma plantação de tomates e contou também com moradores da cidade na equipe, elenco e figuração. 

O roteiro, de Paulo Cursino, acompanha a história de Noeli (Camila Morgado), que é roubada do altar por Júlio (Murilo Benício). O casal leva uma vida humilde, mas enriquece quando o molho de tomate Juno, criado por eles, torna-se um sucesso. Com o passar dos anos, os dois abrem uma grande empresa e enriquecem, mas o dinheiro e a rotina os distanciam. Mas, um mal entendido é a gota d'água para a separação. Para defender o patrimônio, cada um tenta achar o melhor advogado, o que gera um processo de divórcio cheio de confusões e com cenas hilárias.

O elenco conta também com Thelmo Fernandes, Luciana Paes, André Mattos, Ângela Dippe, Cynthia Falabella, Bruna Tornarelli, Gustavo Vaz, Robson Nunes, Antônio Petrin, Lu Grimaldi, Jonathan Well, Carol Severian, Flávia Martins e as participações especiais de Sabrina Sato e Paulinho Serra. 

.: Para os cristãos: mais do que um texto para aqueles que creem em Jesus Cristo


"Cristo Abençoador", pintura de Jean-Auguste Dominique Ingres, feito em 1834. Foto:João Musa

Por Helder Bentes*, professor de Língua Portuguesa e Literatura.

Este texto é para VOCÊ QUE CRÊ EM JESUS CRISTO. Muitos cristãos estão acreditando que votar em candidatos “da esquerda” seja um perigo para a evangelização. Isto porque o marketing político da classe dominante, do Capitalismo cruel contra os pobres de Jesus Cristo, inventa que “a esquerda” seja a favor do aborto, do casamento gay, do divórcio, da liberação das drogas e de uma série de outras falsas notícias que vão na contramão da doutrina das igrejas cristãs. Mas como nós, cristãos, não somos burros e tapados, vamos pensar juntos aqui.

1. O evangelho está acima das religiões.

2. Jesus Cristo fez uma opção preferencial pelos pobres. Por ele, essa divisão entre ricos e pobres não existiria, porque Deus criou tudo para todos. 

3. Os modos de produção econômica, as ideologias e as posições políticas que daí derivam (vide meus artigos sobre direita e esquerda, modo de produção e ideologia política) não têm nada a ver com o Evangelho. Se tivessem, Jesus seria Comunista, e Marx e Lênin teriam sido seus discípulos.

4. Quando inquirido sobre pagar ou não os impostos ao Imperador de Roma, que governava a Palestina, Jesus disse: “Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”. Deixando claro que ele (Jesus) não desobedeceria ao Estado, porque não era, ao contrário do que muitos pensavam, um anarquista. Mas também não tomaria PARTIDO de questões POLÍTICAS, porque seu Reino não é deste mundo. Depois ele diria isto na cara de Pôncio Pilatos. Foi a declaração que chancelou sua condenação à morte. 

5. Será que nós, cristãos, teríamos coragem de fazer o mesmo? Dizer, na cara do padre ou do pastor que atribui pautas anti-doutrinárias “à esquerda”, e assim induz cristãos a votarem “na direita”, que nosso Reino não é deste mundo?  Estamos no mundo, mas não somos do mundo.  Ser cristão não tem nada a ver com a posição política que ocupamos, na estratificação social gerada por um sistema econômico injusto, que não foi criado por Deus e que irritou Jesus, a ponto de ele expulsar os vendilhões do templo. Com quem é nosso compromisso? É com Jesus Cristo ou com o pastor ou padre que está mancomunado com lideranças políticas, sejam de esquerda ou de direita? 

6. Jesus Cristo é contra o aborto sim. Ele não fala diretamente disso no Evangelho, mas defende a vida acima de tudo, sob quaisquer circunstâncias: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância”.  Deste ponto de vista, nem esquerda, nem direita.  Porque se existem projetos de legalização do aborto protocolados por parlamentares da esquerda, também existe, por parte da direita, não um projeto, mas uma lei de armar a população, incentivando o assassinato, sob critérios nada cristãos, de legítima “defesa” ou de “defesa da família e da propriedade”.  A própria omissão do governo federal em relação às demandas da pandemia é um atentado contra os ideais de vida em abundância. Então ser contra ou a favor do aborto não é critério para a escolha de seu candidato. Aliás, nenhuma questão de cunho moral ou religioso deve ser tomada como critério, pois ninguém tem o poder de regular a moralidade ou a fidelidade religiosa de ninguém. Só Deus conhece o coração do homem.

7. Quais devem ser, então, os critérios de um cristão? A VERDADE. Óbvio! O problema está em nossa capacidade de discernirmos entre o que seja verdade ou mentira, neste aglomerado indigesto de fake news

8. Prefeitos não legalizam nada, nem aborto, nem armamento com fuzis para defesa de propriedades. Também não têm poderes para condecorar ninguém como heróis ou assassinos. As funções de um prefeito não são legislativas. São executivas, e na democracia, prefeitos, governadores e presidentes estão subordinados ao parlamento, que congrega vereadores, deputados e senadores de diversos segmentos ideológicos, político-partidários, inclusive religiosos. Então você pode votar em quem você quiser, sem susto, que nem o aborto será legalizado, nem vão sair chacinando o MST. 

9. Se você é pobre, mesmo que viva resignado com seu padrão de vida, você é de esquerda. Não importa qual seja sua crença religiosa. Socialismo e religião, numa democracia, não são excludentes entre si. Socialismo é ideologia política. Partidos socialistas são criados a partir dessa matriz ideológica, mas obrigatoriamente subordinados à democracia. Cristianismo é religião. Jesus foi assassinado por não misturar religião e política. E você aí todo confuso ainda? 

10. Se você é rico, você é de direita. Tem mais é que votar no candidato que vai beneficiar a sua categoria social. Não tem nada de errado nisso. 

11. Agora se você é cristão e acha que sua fé deve ser tomada como critério, aí não te resta outra opção. Você tem que votar no candidato da esquerda mesmo, pois se a disputa se reduziu a esses dois polos, você tem que votar em projetos de defesa dos pobres. Porque Jesus nasceu pobre, morreu pobre, ressuscitou pobre, passou a vida inteira defendendo os pobres; era contra o consumismo, o comércio no templo religioso; era contra doenças, contra a morte, contra assassinatos em qualquer fase da vida; era contra a má distribuição das riquezas; não se coligava a partidos e lideranças políticas, mas também não era anarquista; defendia crianças, mulheres, viúvas, órfãos, anciãos, trabalhadores, escravos; não tinha preconceito contra ninguém, e tudo isso são pautas da esquerda.  Os partidos de direita governam para os ricos, e sua política só aumenta a miséria e a pobreza. 

12. Nem pense em anular seu voto. Se quiser votar como pobre de direita, vote. Mas anular voto é pecar por omissão. Você estará sendo leviano, se pegar um comprovante de uma coisa que vc não fez, abstendo-se do único poder que te resta, à custa do sangue de muitos irmãos que deram a vida por eleições diretas, e com isso, vc pode estar se responsabilizando indiretamente por problemas sociais gravíssimos na educação, na saúde, no saneamento, no meio ambiente, no transporte, na moradia, igualzinho a esses cristãos que seguiram padres e pastores, em vez de seguirem Jesus, e agora carregam nas costas as mortes por Covid ocorridas por causa da omissão dos governos em relação à pandemia. Ser cristão sim. Ser burro nunca. 

13. O Socialismo defende o Estado laico, mas respeita a liberdade de crença e tolera a diversidade religiosa. No Comunismo não existe religião. Toda religião é abolida por ser um instrumento de dominação política que prejudicaria o controle do Estado sobre o cidadão. Então, se no Brasil você pode doar seu dízimo à Igreja, que está desobrigada pelo Estado de declarar imposto sobre essa arrecadação, você não pode dizer que aqui existe Comunismo. Se pode escolher entre ser católico, evangélico, espírita, umbandista, agnóstico ou ateu, isso é porque NÃO EXISTE COMUNISMO no Brasil. Na China, na Coreia do Norte, em Cuba, também existe religião, inclusive cristãos, convivendo DEMOCRATICAMENTE com budistas, que predominam sobretudo na Coreia. ISSO NÃO É COMUNISMO. Então pare de acreditar na suposta ameaça do Comunismo, que quem quer que você acredite nisso é Satanás, pra aumentar a desigualdade social no mundo e te condenar ao Inferno desde já.

Sobre o autor
Helder Bentes* é professor de Língua Portuguesa e Literatura, na educação básica e superior, em Belém do Pará. Está escrevendo textos sobre política para educar leitores ao voto com consciência de classe.



.: Entrevista: Paulinho da Viola faz live exclusiva no Globoplay neste sábado


Globoplay exibe live exclusiva e aberta para não-assinantes com Paulinho da Viola neste sábado. Foto: Carol Beiriz

Uma celebração à carreira, música e elegância de Paulinho da Viola, que completou 78 anos este mês. Assim será a live exclusiva do cantor, neste sábado, dia 28, a partir das 22h, no Globoplay. A apresentação acontece direto de um palco no Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, com presença apenas dos músicos e da equipe técnica. 

 O público poderá acompanhar tudo direto de casa. Aberta para não assinantes e transmitida para o mundo todo, para assistir basta fazer um cadastro gratuito na plataforma. “Ouvindo algumas pessoas, decidi fazer uma síntese dos grandes sucessos da minha carreira, das músicas mais conhecidas e uma ou outra não tão conhecida”, Paulinho da Viola adianta, sobre o setlist.  Entre as músicas que marcaram a carreira do cantor estão "Pecado Capital", "Coração Leviano", "Foi Um Rio que Passou em Minha Vida", entre outras. O show tem direção geral de LP Simonetti. 

Qual sua expectativa para a live?
Paulinho da Viola - Minha expectativa é de que essa live possa chegar a um número maior de pessoas que não tiveram a oportunidade de assistir aos meus shows, e que elas possam recebê-la com alegria nesse momento tão difícil que estamos passando.


O que o público pode esperar deste show intimista?
Paulinho da Viola - Uma síntese da minha carreira, com minhas músicas mais conhecidas


Como tem sido sua rotina neste período?
Paulinho da Viola - Nessa quarentena forçada, fiz uma opção de me cuidar e não ter contato com a rua, só em casos extremos e, através das redes sociais, manter uma certa comunicação. Por outro lado, aproveitei pra fazer uma série de coisas pendentes na minha vida particular, como ler mais, ouvir mais músicas e até compor também.


Qual balanço você faz da carreira?
Paulinho da Viola - Olha, é muito difícil falar. São 56 anos de trabalho, de viagens, shows, lugares que conheci, amigos que fiz.... Aprender sobre outras culturas, outras formas de música, estar sempre aberto para conhecer outras formas além daquilo que conheço. Agradeço sempre à vida por poder ter tido e ainda ter essa experiência.


.: CCBB SP recebe apresentação do maestro João Carlos Martins


Acontece no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo a apresentação do maestro João Carlos Martins e orquestra em comemoração aos 35 anos da Fundação BB . Evento virtual une cultura, solidariedade e Tecnologia Social com transmissão diretamente pela internet

A Fundação Banco do Brasil celebra no mês de dezembro 35 anos de história.  E para dar início às comemorações, o maestro João Carlos Martins e a Orquestra Guarulhos Sinfônica fazem as honras com um emocionante concerto, no dia 1° de dezembro, às 20h, com transmissão diretamente do Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo, pelo YouTube do BB e da Fundação BB. 

Idealizado pelo maestro João Carlos Martins, o  Orquestrando o Brasil é uma plataforma digital para disseminação de conteúdo, oferecendo suporte e apoio para o desenvolvimento de grupos musicais e formação de novos grupos, além é claro de concertos gratuitos do maestro João Carlos Martins e grupos integrantes, realizados em todos os cantos do país. 

Em menos de dois anos de atividades, o projeto já reúne 600 grupos musicais espalhados pelo Brasil, como a Orquestra GRU Sinfônica, que foi formada com o apoio e incentivo do maestro João Carlos Martins.  O concerto marca o lançamento da segunda fase da iniciativa, que teve sua parceria renovada com a Fundação BB em outubro.  

A GRU Sinfônica foi criada há exatamente um ano, e assumiu o relevante papel de democratização da música erudita e formação de plateia na cidade de Guarulhos/SP. A orquestra, que tem como regente Emiliano Patarra, desenvolve, além de sua temporada de concertos, o projeto Música nas Escolas, que atua nas unidades escolares da rede municipal promovendo o ensino, a integração e o convívio dos alunos com o universo da música. 

Unindo cultura, solidariedade e Tecnologia Social o evento também marca a primeira edição do Desafio Transforma!, uma rodada de investimento social em projetos que reaplicam uma ou mais das 600 Tecnologias Sociais certificadas pela Fundação BB. A iniciativa investe o montante de R$ 3 milhões em projetos de educação e meio ambiente. O evento virtual conta com uma programação recheada durante 3 dias.  
 
Programação 
1° de dezembro, às 20h – Concerto do maestro João Carlos Martins e orquestra  
2 de dezembro, das 15h às 18h – Pitch Day: etapa final de seleção de projetos inscritos no Desafio Transforma!  
3 de dezembro, das 17h às 18h – Live #ConectandoExperiências – roda de conversa sobre histórias valiosas e anúncio dos vencedores do Desafio Transforma!  

 Acompanhe as transmissões: 



sexta-feira, 27 de novembro de 2020

.: "Um Detetive em Chinatown", comédia empolgante e tecnológica

Longa dirigido por Sicheng Chen é uma caçada estilo game com toque Sherlock Holmes moderno


Por: 
Mary Ellen Farias dos Santos
Em novembro de 2020


"Um Detetive em Chinatown" tem o pontapé inicial dado quando um assassinato ocorre justamente onde há muito da China nos Estados Unidos da América, mais precisamente em Nova Iorque: Chinatown, lugar em que tudo pode acontecer. Embora o idioma Chinês esteja muito presente na fala dos atores ou até nas placas, o Inglês também marca presença na fala dos protagonistas e até deixa espaço na trama para personagens conhecidos pelo público como o Pato Donald e o Homem-Aranha.

Reunidos em um grande salão, personagens completamente distintos, desde um grandalhão forte a uma mocinha delicada de cabelos azuis e amante da tecnologia, são desafiados por Tio Seven -senhor adoentado que se move por meio de uma cadeira de rodas-, a desvendar o mistério do assassinato de Jason Wu. Algo no estilo do filme que vive sendo exibido na "Sessão da Tarde", "Tá Todo Mundo Louco!". Sim! Haverá uma premiação para quem provar quem é o assassino.

O longa colorido e ágil é o encontro da comédia pura e, até infantil -das que agradam a todos-, tendo como pano de fundo elementos americanos e chineses, algo que lembra o clássico "Os Aventureiros do Bairro Proibido", pela localização e acontecimentos, assim como o mais recente e moderno "Jogador Nº 1", pois ao investigar o caso, Qin Feng ou Chin Fong (Liu Haoran) -como é conhecido no ambiente dos games- visualiza um mapa como se estivesse diante de um jogo em realidade virtual, mesmo que sem os óculos apropriados.

Não se iluda com a ideia de que "Um Detetive em Chinatown" é um filme somente para rir ou se empolgar com as cenas de perseguição. O longa dirigido por Sicheng Chen também é consciente e aproveita para abordar a xenofobia do presidente Donald Trump, também entranhada em alguns americanos -incluindo um policial da trama.

O ator Michael Pitt do filme "Violência Gratuita" e da série "Boardwalk Empire" aparece na trama como Dr. Springfield e desperta ciúme em Tang Ren, tio de Qin Feng, que, lá no ínicio do filme, passa a morrer de amores por Chen Ying (Natasha Liu Bordizzo), policial responsável pelo caso do assassinato de Jason Wu.

Romance, perseguição, mistério e cenas tecnológicas tornam "Um Detetive em Chinatown" um filme empolgante. Prepare a pipoca e boa diversão, pois o encerramento do longa é pra lá de dançante! Assista #EmCasa, na plataforma de sua escolha: NOW, Looke, Vivo Play, Apple TV, Google Play.

Filme: Um Detetive em Chinatown (Detective in Chinatown / Tang ren jie tan an 2, China)
Direção: Sicheng Chen
Elenco: Haoran Liu, Baoqiang Wang, Yang Xiao, Natasha Liu Bordizzo, Yuxian Shang, Bai Ling, Xun Wang, Satoshi Tsumabuki
Gênero: Ação, Aventura, Comédia
Duração: 121 Minutos
Ano: 2018

#A2Filmes #UmDetetiveemChinatown

.: Música: coletânea dupla reúne parte importante da obra de Rory Galagher


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico musical.

Falecido precocemente em 1995, com apenas 47 anos, o músico irlandês Rory Gallagher deixou um legado importante para o blues e o rock. E agora parte de sua rica obra pode ser conferida em uma coletânea dupla, que reúne sua produção solo e uma faixa da época da banda Taste, que ele integrou no final dos anos 60.

Para quem não conhece, Rory Gallagher é uma referência importante para alguns músicos da atualidade. Joe Bonamassa, por exemplo, sempre cita ele como influência musical importante. E basta ouvir algumas faixas dessa coletânea para se ter certeza disso.

O disco abre com "What´s Going On", gravada na época da banda Taste. Um blues rock bem ao estilo do final dos anos 60, com o power trio básico (guitarra, baixo e guitarra) e os solos mágicos de Gallagher. E segue com "Shadow Play", com um arranjo que deve ter inspirado muito Mark Knopfler no início com o Dire Straits.

As faixas não seguem uma ordem cronológica específica. Mas mesmo assim acabam dando um panorama perfeito da obra desse cara, que chegou a despertar admiração de ninguém menos do que Jimi Hendrix nos anos 60. Essa coletânea inclui "Ghost Blues", de seu último disco de estúdio, lançado em 1990, um blues rock acelerado com oito minutos de duração.

Outro tesouro musical descoberto nessa coletânea é a versão de "Satisfaction" que ele gravou com o veterano Jerry Lee Lewis nas lendárias London Sessions gravadas nos anos 70. Ficou realmente impecável a fusão do piano do Jerry Lee Lewis com acompanhamento do irlandês na guitarra. Bem que podiam liberar outras faixas dessa sessão no futuro.

Se você possui grande parte do catálogo de Rory Gallagher, então você pode não precisar desta lista. Mas se você ainda não o conhece e tem curiosidade de ouvir, vale a pena adquirir essa coletânea dupla com ótima seleção de faixas e uma ordem de execução perfeita. Audição mais do que recomendada.

"Shadow Play"
 

"Moonchild"

"Follow Me"


.: "Nenhuma Taça": Letícia Alcovér lança primeiro single


Cantora e compositora há quase 20 anos, Letícia Alcovér iniciou sua carreira musical tocando teclado. Depois de algumas apresentações em festivais de música da escola, começou a tocar em uma banda de ska e, curiosamente, foi assim que começou a cantar. "Éramos todos adolescentes, lidando com a transição para a fase adulta. A vocalista da banda se achou adulta demais e aprontou uma das boas. Pra minha sorte, ela não era tão adulta assim e acabou ficando de castigo, no dia de um show". 

Como o diferencial da banda era uma mulher nos vocais, Letícia assumiu o microfone naquela tarde e nunca mais voltou pros teclados. No mesmo dia, foi convidada a integrar uma outra banda de ska no litoral de São Paulo, que estava à procura de uma vocalista. Assim, a cantora ficou à frente da extinta banda Morlocks, por quase dois anos, chegando a lançar um EP Demo, com duas músicas autorais e dois covers.

A banda acabou quando Letícia mudou-se para o interior, para fazer faculdade. "Foi aí que a fase compositora realmente veio à tona. Comecei a aprender violão e, com os primeiros acordes, vieram as primeiras canções, mas o foco era terminar a faculdade, então as músicas ficaram guardadas, esperando a hora certa!".  Terminada a faculdade, após um longo período sem cantar profissionalmente, Letícia volta à Santos, a cidade natal, e logo começa a tocar na noite santista, com passagens pelas bandas Alternativa S/A e Fullgaz.

A aprovação para mais um curso superior a afastou dos palcos novamente, mas o lado compositor se manteve trabalhando. "Foi nessa época que surgiram 'Nenhuma Taça' e 'Asas de Algodão', meus dois próximos lançamentos. Deixei tudo guardado e não tinha a pretensão de lançar nada, pois estava envolvida em vários outros projetos. Aí veio a quarentena e a Carla Mariani se ofereceu pra produzir minhas músicas! Aceitei de pronto e o resultado a gente começa a ver no dia 4 de dezembro".

"Nenhuma Taça" é uma música de auto descoberta! Um poema de uma amiga, esquecido na gaveta, de repente fez sentido depois que a cantora tomou um "bolo" memorável. Do poema, apenas a primeira estrofe (ainda assim, adaptada) e o nome. Da tal experiência, auto conhecimento, outros versos e uma canção sobre como cada um pode ser uma ótima companhia pra si mesmo! “Relacionamentos vêm e vão, às vezes agregam, às vezes nos diminuem, mas é certo que podemos ser a companhia que quisermos pra nós mesmos! Por isso, saber apreciar a sua própria companhia é fundamental pra aprender a apreciar a companhia de outras pessoas”, conclui. O pré-save de "Nenhuma Taça" já pode ser feito no link: https://tinyurl.com/nenhumataca. Já "Asas de Algodão" deverá ser lançada em janeiro de 2021.

.: Fran Ferraretto em curso intensivo de interpretação para audiovisual


A atriz Fran Ferraretto, que recentemente esteve na live #ResenhandoCom para uma entrevista sobre teatro, televisão e cinema, irá ministrar um curso intensivo particular com alguns alunos. Restam poucas vagas para o curso de três semanas, com quatro encontros, em horários ajustáveis, voltado para o desenvolvimento de interpretação para audiovisual, técnicas de câmera e coach preparatório. 

"Também vou oferecer uma consultoria da plataforma elenco digital, e a proposta do intensivo é realizar um vídeo de apresentação, cada vez mais importante no mercado, e a gravação de um monólogo", explica a atriz. Para esse fim de ano, Fran Feraretto está com um valor promocional para quem é ou já teve aula com ela: R$ 400. Investir em evolução profissional e material de trabalho para o ano que vem, quando muitas produções irão sair da gaveta, pode fazer toda a diferença. 

Conversa com a atriz Fran Ferraretto sobre teatro, cinema e televisão


.: O que é improbidade administrativa? Helder Bentes responde


Por Helder Bentes*, professor de Língua Portuguesa e Literatura.

Ser probo significa ser íntegro. É uma virtude moral. Não política. O ideal seria não haver distinções entre virtudes morais e políticas. Mas essas distinções existem, e nosso voto não muda isso. A corrupção na política sustenta-se nesses ideais de moralidade do eleitorado. A virtude MORAL não deve ser tomada como critério para a escolha de um POLÍTICO. Porque moralidade alheia não se controla por leis. 

Acreditar que na “POLÍCIA FEDERAL NÃO TEM CORRUPÇÃO” é ingenuidade. A PF é um órgão investigativo. Quanto mais o indivíduo tem poder de investigação, mais ele pode cooperar com esquemas de corrupção. Então ser policial não é atestado de idoneidade moral, muito menos política. Portanto, no quesito idoneidade moral, todo eleitor deve desconfiar do marketing político. Improbidade administrativa não é crime. O processo é tratado na vara cível e visa apenas a investigar se “pular” licitação ou deslocar recursos têm justificativas que distingam improbidade e proatividade em gestão pública. Isso acontece  à exaustão na gestão direta e indireta, tanto faz se quem esteja no poder seja o partido A, B ou C. 

Óbvio que essa prática - que já estava virando hábito na gestão pública, motivo pelo qual criou-se a lei da improbidade na década de 90 - abre brechas para a corrupção. Por isso, em 2016, o Ministério Público Federal (MPF) propôs 10 medidas para o combate à corrupção. Porém, quando essa proposta chegou à Câmara Federal, os próprios deputados modificaram-na, suprimindo o quesito improbidade administrativa. Então não vai ser seu voto que vai mudar isso. 

Quando se quer pegar um candidato político para bode expiatório, sobretudo se este for um forte concorrente, inventam-se processos ajuizados, para legitimar a falsa acusação, fazê-la virar notícia, na boca do povo, na internet, tudo para confundir a cabeça do eleitor.  Desconfie, portanto, quando disserem que o candidato X, Y ou Z seja “réu” em processos. Qualquer um pode acusar, e acusado não é culpado. Tanto que, uma vez encerrado o processo, se ficar comprovada a inocência do acusado, ele pode ingressar com ação judicial por denunciação caluniosa contra quem o acusou. 

Gestores públicos condenados por improbidade administrativa, quando o caso já está resolvido e não cabe mais recurso de defesa, não recebem certidão de aprovação de sua gestão; ficam inelegíveis por oito anos, se tiverem rejeitadas suas contas por ato DOLOSO de improbidade administrativa. Se a própria lei entende que a improbidade pode ser “culposa” (sem intenção de desonestidade), é porque reconhece que, em gestão pública, existem demandas de proatividade e de deslocamento de recursos. Prestação de contas, conselho fiscal e ações judiciais servem para isso.

A acusação por improbidade administrativa também está excluída do foro privilegiado. Isso quer dizer que essas ações são julgadas pela justiça comum, o que descarta a hipótese de o acusado estar sendo beneficiado por eventuais conchavos políticos entre autoridades públicas e tribunais superiores. Por outro lado, isso praticamente confirma a hipótese de uma leviandade política contra candidatos em campanha, haja vista que entidades investigativas de primeira instância, como os tribunais estaduais, regionais e a Polícia Federal, formam autarquia com o poder executivo. 

Um exemplo disso é que o Presidente da República, em abril deste ano, mandou trocar o diretor geral e alguns superintendentes regionais da Polícia Federal, o que culminou na saída do juiz Sérgio Moro de seu governo.

Sobre o autor
Helder Bentes* é professor de Língua Portuguesa e Literatura, na educação básica e superior, em Belém do Pará. Está escrevendo textos sobre política para educar leitores ao voto com consciência de classe.






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