segunda-feira, 3 de novembro de 2014

.: Net Festival traz a BH consagrados DJ’s da música eletrônica

A capital mineira se prepara para receber o que há de melhor da música eletrônica mundial, com o Net Festival 2014, que traz uma programação exclusiva para os belo-horizontinos. Entre as grandes atrações inéditas estão confirmados os holandeses Afrojack e Nicky Romero. Referências na música eletrônica atual, Afrojack foi recentemente capa da revista americana Forbes Life e tem tido shows com mais ingressos vendidos que a americana Lady Gaga. 

Seu sucesso atual é a música “Turn Up The Speakers”, em parceria com o consagrado DJ e produtor, Martin Garris.  Já Nicky Romero, participou no single de Avicii, “I Could Be the One” (2012) e virou sucesso por toda Europa, especialmente no Reino Unido, onde o single estreou na posição de número 1 nas paradas musicais. O Net Festival 2014 também terá a presença do DJ Bobby Burns e dos brasileiros Alok, Dirtyloud e Carlos Kroeff. O evento acorre no dia 15 de novembro, sábado, de 13h à meia noite, na Esplanada do Mineirão. A classificação é de 16 anos.

O Net Festival foi o primeiro evento musical realizado na Arena do Independência depois de sua reforma. O evento já trouxe a Belo Horizonte grandes nomes da e-music como o DJ David Guetta e Calvin Harris. 

Convidados Net Festival 2014
Afrojack - Um dos nomes mais notáveis e emblemáticos da cena eletrônica atual, o DJ e produtor holandês, Afrojack, aos 27 anos, já causou um grande impacto na indústria da música. Artista premiado com Grammy, já alcançou em seus shows mais ingressos vendidos do que a americana Lady Gaga, além de ter sido o segundo DJ a gravar as mãos na calçada da fama em Hollywood. O dono do hit, "Turn Up The Speakers", começou a tocar piano aos 7 anos de idade e dentro de quatro anos já criava seus próprios mixes. 
Afrojack figura entre os maiores hitmakers do momento com participações em: Last Night, de Snoop Dogg; Give Me Everything, de Pittbull;  e Run The World (Girls), de Beyoncé. Já produziu também com Lady Gaga (Alejandro), Madonna (Revolver)e David Guetta (Titanium). Em 2011, ele co-escreveu e produziu "Give Me Everything" para Pitbull e Ne-Yo, que até hoje já vendeu mais de 8 milhões de cópias em todo o mundo e atingiu o nº 1 no hot 100 da Billboard, nos EUA. Em seu mais recente álbum, lançado este ano, "Forget The World”, o artista conta com participações de Snoop Dogg, Chris Brown , 30 Seconds To Mars, Wiz Khalifa e Sting . Com destaque para "Ten Feet Tall”.


Nick Romero - Com apenas 24 anos, o holandês Nicky Romero se tornou o DJ Nº 7 do mundo. David Guetta foi seu grande mentor, depois da parceria no hit “When Love Takes Over”. Em seguida, fizeram juntos sucessos como “Metropolis” , “Wild one Two” e logo Guetta o convidou para participar da sua residência Fuck I´am Famous, na Pacha Ibiza .
E as dobradinhas de sucesso não pararam, trabalhando também com Avicii, Calvin Harris, R3hab, NERVO, Krewella, entre outros. O Dj também já produziu músicas para Britney Spears e Rihanna (Right Now). Dentre vários sucessos, destaque para “I Could be the one” em parceria com Avicci. Nicky tem residência em Las Vegas, no Coachella Festival e no evento SensationWhite, além de estar presente no palco principal do Tomorrowland , EDC Las Vegas e Ultra Music Festival Miami.


Bobby Burns - Produziu o seu primeiro disco, em 2002, e, no verão de 2007, toda a Holanda o conhecia. Seus hits tornaram-se um dos maiores hinos de verão do país. Bobby Burns já fez parcerias com Afrojack, o que resultou no lançamento de “Ghettoblaster”, o início de uma colaboração a longo prazo entre os DJs. Bobby também já trabalhou com Roger Sanchez, remixando a faixa 'Worldwide' e lançou a música "Next" em Roger Sanchez rótulo 'Stealth Records. Trabalhando como produtor e juntamente com suas grandes habilidades como DJ, Bobby teve a oportunidade de ficar atrás dos decks de  algumas das melhores festas do mundo. Durante os três tours no verão dos Estados Unidos, tocou em vários clubes de Las Vegas, Nova York, Chicago, Miami, San Diego e Los Angeles. Ele também abalou as plataformas como headliner nos eventos Insomniac: Elétrica Daisy Carnival New York, Orlando e Las Vegas, além dos famosos Ultra Miami, Pacha, Amnesia e Ushuaia Ibiza. Apesar da agenda lotada, Bobby Burns trabalha em programas de rádio nos Estados Unidos e Holanda, juntamente com o seu colaborador de longa data, DJ Afrojack. 


Alok Petrillo - Brasileiro nascido no Distrito Federal, Alok é filho de Ekanta e Swarup, dois DJs pioneiros na música eletrônica nacional. Aos 12 anos, começou a brincar com seu novo vídeo game: um par de CDJ's e um mixer. Aprendeu as técnicas de mixagem com o apoio incondicional dos pais, amigos produtores e DJ´s de outras partes do mundo que chegavam ao Brasil. Atualmente, após 10 anos do início de sua jornada, Alok produz suas próprias faixas musicais que mesclam uma pegada mais pesada originária do techno com o groove da house music. Com mais de 1 milhão de plays no soundcloud e autor de diversos hits, destacam-se as produções "Snoop Sings" e "Puro Êxtase", em parceria com Icy Sasaki; "São Paulo" com participação do guitarrista Yuri Jack, e a faixa recente “We Are Underground”, que ganhou vídeo clip pelo grande sucesso alcançado. Tornou-se ativo na cena mundial ao participar de alguns dos principais festivais de música eletrônica em países como Inglaterra, Alemanha, Austrália, Lituânia, Holanda, Áustria, Estados Unidos, México, Chile, Argentina e Peru.


Dirtyloud - Frequentemente ao lado de estrelas como o americano Skrillex e o canadense Deadmau5, a dupla de Dj’s Dirtyloud coleciona fãs importantes. Nomes gigantes da música eletrônica como David Guetta, Skream, Benga, Datsik e Excision já tocaram suas produções. A música feita pela dupla mineira não pára de fazer barulho pelo mundo. Acabaram de assinar um remix oficial para ninguém menos que Yoko Ono. A viúva de John Lennon aprovou o talento da dupla e pediu para que eles deixassem sua música “Hold Me” ainda mais dançante e pesada. O ano de 2012 foi marcado pelo remix oficial em versão dubstep da faixa “Sweet Nothing”, do grande produtor Calvin Harris com a participação de Florence Welch (Florence and the Machine). O outro remix oficial que vem junto no pacote da track é do top DJ: o holandês Tiësto. Não é exagero dizer que é hoje, o Dirtyloud é o projeto de música eletrônica mais exportado do Brasil. Já fizeram três turnês pela América do Norte (EUA e Canadá), duas turnês na Oceania (Austrália e Nova Zelândia), uma na Coréia do Sul, outra na África do Sul, além de um grande giro pela Europa. Já tocaram também nos principais festivais de música eletrônica do Brasil e este ano integraram o line up do Lolapalooza Brasil. 


Carlos Kroeff – House music sofisticada e apurada, para todos os gostos. Assim podemos definir o som de Carlos Kroeff, DJ mineiro com mais de 20 anos de carreira. Iniciou no ofício no final dos 80 e foi residente das principais casas eletrônicas existentes na capital mineira, (Upstairs, Hippodromo, Escape, Boate do Pic, Club:e, Torre Lounge, Hard Rock Café, Casa Pueblo, Clube do Chalezinho). Seu som pode ser ouvido nas melhores festas do circuito eletrônico nacional; Chemical Music Festival, 3 edições do CREAMFIEDS, Pop Rock Brasil, FatBoySlym Festival entre outras. A lista de DJ’s com que já dividiu os toca-discos é extensa, podendo destacar Fat Boy Slim, Hernan Cattaneo, Minilogue, Peter Digital, DJ Hell, Tim Healey, Ferry Costen, Sasha, David Guetta, Son Kite, Dimitri Vega, entre outros. Seu set prima pela harmoniosa fusão de sons. Atualmente, é residente do Café de La Musique BH.

Serviço - Net Festival 2014
Classificação: 16 anos 
Data: 15 de novembro - Sábado 
Horário: 13h às 00h
Local: Esplanada do Mineirão – Avenida Antônio Abrahão Caram, 1001 – Pampulha, Belo Horizonte / Minas Gerais
Informações: (31) 2532 – 8201 / Facebook.com/netfestivalbr

.: Diretor teatral Roberto Peres falece em Santos

O diretor artístico, jornalista e crítico de arte Roberto Fernandes Peres, diretor da Escola de Artes Cênicas "Wilson Geraldo", da Secretaria de Cultura de Santos (Secult), faleceu na tarde desta segunda-feira (3), vítima de enfarto do miocárdio. Com 69 anos de idade, Roberto, que era natural de Santos, estava à frente da "Wilson Geraldo" desde 2010, data da fundação da escola. O velório do diretor ocorre na Santa Casa da Misericórdia de Santos, a partir das 20h. O corpo será cremado nesta terça-feira (4), às 16h, na Memorial Necrópole Ecumênica. 

Em sua carreira, Roberto foi diretor do Corpo Estável de Dança da Secult entre os anos 1991 e 1996. Em São Vicente, no ano 2000, dirigiu a encenação da "Fundação da Vila de São Vicente". Outro destaque da carreira foi a direção do espetáculo ‘Kasato Maru’, comemorando os 100 anos da Imigração Japonesa no Brasil, em 2009, no Teatro Coliseu. Também atuou junto aos grupos teatrais Tescom e Theatrum. 

Foi curador das Bienais de Artes Visuais de Santos, em 1993 e 1995, conquistando prêmios da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) de melhores mostras fora da Capital. Também atuou como coordenador cultural da Pinacoteca Benedicto Calixto, de 1993 a 1995, e coordenador cultural do Salão de Arte Jovem e da Galeria de Arte do Centro Cultural Brasil-Estados Unidos (CCBEU), de 1998 e 2004.

Como docente, além de dirigir a Escola de Artes Cênicas "Wilson Geraldo" desde 2010, foi professor titular do curso de Teatro do Centro Universitário Lusíada (1985 a 1993), diretor e professor do Centro de Arte e Decoração de Santos – Cades (desde 1997) e professor das disciplinas de História da Arte, História do Teatro e História do Cinema.

Como jornalista, foi editor e crítico (arte, teatro, cinema e dança) do jornal Cidade de Santos, entre 1967 e 1987. Também atuou como colaborador do jornal Última Hora, de 1969 a 1970, e crítico de dança do Jornal A Tribuna entre 1988 e 1989.

Roberto também teve atuação no Carnaval, tento participado como julgador do Desfile Oficial das Escolas de Samba de Santos e no município de Franca. Também ministrou cursos em parceria com a Liga Independente das Escolas de Samba de Santos (Licess) e foi carnavalesco da escola de samba Unidos dos Morros em 2008 e 2009.

.: Surpresas nas vias da primeira vila do Brasil

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 
Em novembro de 2014 


Morar na Baixa Santista é viver diante de uma caixinha de surpresas quando se quer passear de carro. Exatamente no fundo do caldeirão -como sempre diz o meu pai-, em finais de semana de sol, é não ter certeza se você conseguirá sair de Praia Grande até a cidade vizinha, São Vicente. Por quê? Simples. Em meio a tantos turistas, rapidamente ficamos reféns. Assumindo tal posicionamento, o importante é rezar para não precisar de socorro hospitalar na cidade de Santos, por exemplo. Contudo, São Vicente é uma cidade ainda mais interessante para peculiaridades.

A dica mais válida de todas é a de acompanhar o nascimento e a maturação de um buraco nas ruas e avenidas vicentinas. Já grande, tenha a atenção de gravar bem a rua, posição e o tamanho, pois o "danado" permanecerá lá, por tempo suficiente de que um dia você acabe jogando o seu carro nele.

O mais incrível é quando alguns trechos são recapeados. Não pense que a pista ficará boa por muito tempo. Logo virá a empresa responsável pelo esgoto e, agora, até a empresa de gás canalizado para estourar trechos e largá-los arrebentados. Sim! Diariamente, é obrigação do motorista decorar os detalhes de cada buraco, caso queira evitar problemas futuros com o veículo -mesmo que o IPVA deste já seja destinado à cidade.

Não bastando desviar a total atenção para as vias, algo assustador é o comando policial frequente na avenida Minas Gerais. Acredite! Eu sempre me assusto ao vê-los: fardados com arma e tudo! É claro que o medo ganha maior proporção quando estamos sozinhos, em questão de segundos a mente voa... sou assombrada pela possibilidade de ser confundida. Só de imaginar isso já me arrepio! 

Como poderia acontecer algo tão terrível? Mente criativa? Não! Eu me lembro perfeitamente do caso João Roberto Amorim Soares. Em 2008, o garotinho morreu atingido por um tiro na nuca, quando dois policiais fizeram 17 disparos contra o carro em que o menino, de 3 anos, estava com a mãe e o irmão mais novo, de 9 meses.

Às vezes, penso que estou envelhecendo e começando a colocar caraminholas na cabeça, mas a cada dia só aumenta o meu medo de sair de casa. Até mesmo de dia.

.: Praia Grande recebe o show "Comédia em Preto e Branco"

Praia Grande receberá no Teatro Palácio das Artes, o espetáculo "Comédia em Preto e Branco", no próximo dia 7, sexta-feira, às 21h. Marcelo Marrom e Rodrigo Capella levam ao palco a amizade de muitos anos, e juntos eles apresentam o espetáculo “Comédia em Preto & Branco”, que há três anos reúne música, esquete e uma dose de improviso. O show já visitou cerca de cem cidades em todo o Brasil e, em junho do ano passado a dupla viajou em turnê pelos EUA.

Os humoristas apresentam um show de autoria própria com texto flexível para os mais variados públicos. Sempre com muita interação com a plateia, cada espetáculo é único e exclusivo. Quem assiste o “Comédia em Preto e Branco” percebe o talento da improvisação de ambos, uma piada sempre leva a outra de forma natural e muito hilária.

A ideia de uma boa conversa de bar, descontraída e informal garante boas gargalhadas do público e faz com que o carisma dos artistas seja o principal elemento do sucesso do show. Tudo o que acontece na peça foi descoberto no palco e, nunca houve um ensaio. “Se temos uma ideia que achamos boa, levamos para o palco e testamos”, explica Capella. Marrom completa que a melhor escola, é o teste. “Nosso lema é: vamos fazer para ver como fica. Para nossa felicidade e pelo retorno que temos recebido, o resultado tem sido muito positivo”, finaliza.

Serviço:
Onde: Teatro Palácio das Artes
Quando: 7/11
Quanto: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia)
Horário: 21h
Endereço: Av Presidente Costa e Silva, 1.600 - Forte - Praia Grande/SP

.: O Maravilhoso Teatro Ambulante leva circo-teatro aos paulistanos

Com direção de Fernando Neves (Os Fofos), O Maravilhoso Teatro Ambulante da Academia de Palhaços inicia, em novembro, uma temporada itinerante com cinco espetáculos diferentes em ruas de 10 localidades de diversas regiões da capital.

 A trupe permanece por cinco dias em cada lugar e mostra uma montagem diferente a cada dia, que é encenada em uma Kombi-Palco. O repertório é formado por clássicos do circo-teatro e peças de autores populares, passando pelo drama circense, pantomima, teatro de revista e comédia de costumes.

Os espetáculos em questão são: O Teatro Mambembe do Dr. Fracassa, versão do grupo para O Mambembe, burleta (comédia musicada) de Artur Azevedo; Lágrimas de Mãe, uma adaptação do dramalhão de José Soares; As Desgraças de uma Criança, comédia de Martins Pena; Nosferatu: O Vampiro das Sombras, pantomima baseada nos filmes homônimos de Friedrich Murnau e Werner Herzog; A Paixão de Cristo Segundo São Rubinho, uma versão inusitada do clássico drama religioso da tradição popular.

Desde 2007, o grupo de atores da Academia de Palhaços, egressos do curso de artes cênicas da Unicamp, produz espetáculos a partir de sua pesquisa sobre palhaço de picadeiro e circo-teatro. Agora, com O Maravilhoso Teatro Ambulante a companhia tem olhar voltado para o universo do ator popular e faz um mergulho em sua dramaturgia e em seu caráter itinerante. A Kombi da trupe foi adaptada e se transformou em um teatro ambulante e autônomo, a Kombi-Palco, que carrega no porta-malas sua própria maquinaria, cenários, figurinos e instrumentos musicais.

Fernando Neves e a Academia de Palhaços já trabalharam juntos na Unicamp e na montagem de O Mistério Bufo, em 2012. Segundo o diretor, O Maravilhoso Teatro Ambulante da Academia de Palhaços traz o necessário olhar libertário para a arte: “o circo é antropofágico e nesse trabalho todos os estilos são transportados para a linguagem circense”. Ele explica que os espetáculos, pinçados de estéticas diversas, têm como unidade a coerência como o a essência do circo-teatro.

Sobre o trabalho com os atores, Fernando explica que o tipo da personagem já determina o caminho e já vem impregnado pelo tom que ele deve ter. “No circo o trabalho é feito com linhas estabelecidas; há um rigor muito grande em seguir os caminhos determinados pelas personagens”. E finaliza: “o olhar é sempre para o público porque ‘aqui’ reza a cartilha do circo-teatro”.

Intercâmbio com moradores: Além dos espetáculos, a Academia de Palhaços promoverá um intercâmbio artístico em todas as localidades por onde passar com O Maravilhoso Teatro Ambulante, nos cinco dias de permanência. Serão convidados artistas do lugar e demais interessados. O espetáculo, criado conjuntamente, será apresentado no último dia, protagonizado pelos moradores.

Roteiro dos espetáculos em cada localidade

1º dia - O Teatro Mambembe do Doutor Fracassa
2º dia - Lágrimas de Mãe
3º dia - As Desgraças de Uma Criança
4º dia - Nosferatu - O Vampiro das Sombras
5º dia - A Paixão de Cristo Segundo São Rubinho

Programação – novembro e dezembro de 2014

8 a 12 de novembro - Vila Anglo Brasileira
Sábado a quarta-feira – às 20h. Grátis
Parceria com o Condomínio Cultural Mundo Novo
Rua Mundo Novo, 342. Pompeia. Zona Oeste

18 a 22 de novembro - Ermelino Matarazzo
Terça-feira a sábado – às 20h. Grátis
Parceria com as ONGs Varre Vila e Mundo em Foco
Rotatória da Rua Cinturão Verde, S/N. Vila Santa Inês. Zona Leste

3 a 7 de dezembro - Ermelino Matarazzo
Quarta-feira a domingo – às 20h – Grátis
Parceria com as ONGs Varre Vila e Mundo em Foco
Ecoponto da R. Arnould Lima, S/N (próx. ao Parque Central). União de Vila Nova. ZL.

10 a 14 de dezembro - Jardim Jaú
Quarta-feira a domingo – às 20h. Grátis
Parceria com a Subprefeitura da Penha
Parque Linear Tiquatira. Av. Governador Carvalho Pinto, S/N – Zona Leste

15 a 19 de dezembro – Vila do Sol
Segunda a sexta-feira – às 20 horas
Parceria com o CEU Vila do Sol
CEU Vila do Sol. Avenida dos Funcionários Públicos, 369. Zona Sul

.: Um livro "Como Uma Carta de Amor"

Em "Como Uma Carta de Amor", mais do que qualquer história contada ou de qualquer enredo, o encanto do texto da autora se faz na escolha e na combinação das palavras – no como contar. “As horas não lhe pareciam longas, entrecortadas pelo gritar das gaivotas. Quando a sombra atrás de si já se alongava, ela descia cuidadosa pela escadinha de pedra até a praia. Aproximava-se do mar, os pés já tocados de sal...”

Nos vários contos desse livro, mulheres apaixonadas, reis, príncipes, nômades, homens comuns e animais passeiam de lá para cá nas histórias, construindo enredos fantásticos, que apelam para a imaginação e a fantasia do leitor e provocam as mais diferentes sensações e os mais profundos sentimentos: “Não demorou muito (...) para que os grandes portões lhes fossem abertos. Só então foi possível ver que seus dentes eram pontiagudos e recobertos de ferro. Mas já era tarde.” “A noite estava carregada de cheiros e habitada de presenças. Do mato onde se escondia, uma cobra viu a rápida ação da coruja, viu o camundongo desaparecer no bico adunco, ouviu o pio de satisfação e desafio que a coruja lançou no ar.” “Naquela manhã o sol demorou a levantar-se, como se quisesse dar mais tempo ao príncipe para a despedida.”

Livro: Como Uma Carta de Amor
Faixa etária
a partir de 13 anos
1ª edição
80 páginas
Autora / Ilustradora: Marina Colasanti

.: "O Pagador de Promessas" e a tentação de Cristo no deserto

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em outubro de 2014


No filme e na peça teatral "O Pagador de Promessas", o cumprimento de uma promessa é o fio condutor da ação, e, ao mesmo tempo uma metáfora que está acima das ideias e dos conhecimentos ordinários da questão religiosa. 

A promessa de Zé-do-burro origina metáfora que transcende a religiosidade pelo fato de um homem humilde e inocente carregar consigo uma cruz igual à da figura central do cristianismo: Jesus Cristo, aquele que é a encarnação de Deus e o "Filho de Deus", enviado à Terra para salvar a humanidade. De fato, há aproximação entre ambos, afinal muitos professam a fé de Jesus Cristo foi crucificado, morto e sepultado, desceu à mansão dos mortos e ressuscitou no terceiro dia.

A situação de Zé é semelhante, pois todo o seu esforço foi feito por outo ser vivo, o seu melhor amigo, um burro. Desta forma, ao seguir com a promessa, do Nordeste do Brasil, a Salvador, local em que há a igreja de Santa Bárbara, Zé é acompanhado pela esposa, Rosa. Ela por sua vez o tenta a desistir da promessa, o que permite uma leitura significativa. Enquanto ele carrega a cruz para salvar o burro, ela também tem a função de ser uma representante do anjo mau, pois insiste para que ele desista de tudo. Da mesma forma, que aconteceu com Cristo, na passagem bíblica “Jesus tentado no deserto” (Mt 4,1-11).

A figura de Zé-do-burro estabelece proximidade com a de Jesus Cristo, tanto é que há quem acredite no seu poder de cura. Em contrapartida, ao ser visto como um novo Cristo, por sua jornada até a igreja de Santa Bárbara, Zé também é associado ao próprio demônio, principalmente pelo Padre responsável do local, que proibe a entrada do homem na igreja. 


Logo, assim como Cristo, Zé ganhou seguidores e perseguidores. Já no final, os manifestantes colocam o corpo morto de Zé em cima da cruz e entram à força na catedral. Este cena remete novamente ao calvário de Cristo, mas, por fim, pode representar a ascensão de Cristo, pois Zé levado pelo outros para junto de Deus (a igreja), em uma cruz (sendo que Cristo, afinal foi retirado da cruz), sendo que a igreja fica no alto da escadaria (a ascensão do corpo), local em que Zé tanto esperou horas para poder cumprir o seu objetivo, que era o de entrar na igreja de Santa Bárbara com a cruz.

domingo, 2 de novembro de 2014

.: Novo Fusca tem apenas 3500 exemplares em todo o mundo

A Volkswagen expõe no Salão de São Paulo, que ocorre até 9 de novembro, uma versão do Fusca projetada com o dinamismo como foco central: o novo GSR - uma sigla marcante com um antecessor lendário: o “Yellow/Black Racer”, baseado no Beetle 1303 S. Assim como o Fusca GSR, apenas 3.500 exemplares do modelo anterior foram produzidos. O exclusivo e potente modelo, com 211 cv (155 kW), foi apresentado mundialmente em fevereiro de 2013, no Salão de Chicago (Estados Unidos).

Há cerca de 40 anos, a série mais esportiva do Fusca em todos os tempos fez sua estreia. Sua carroceria amarela e preta o tornou imediatamente reconhecível. Agora, a Volkswagen está escrevendo mais um capítulo na história desse carro icônico, com o novo Fusca GSR. Como seu antecessor, a atual versão também está sendo lançada com uma pintura em duas cores.

Para criar o visual do Fusca GSR, a Volkswagen reinterpretou em todos os sentidos o conceito do GSR da década de 1970 para os tempos modernos. Como no GSR do passado, a carroceria da nova versão é amarela (as letras G e S vêm do alemão “Gelb”, amarelo, e “Schwarz”, preto). O capô e a tampa do porta-malas do Fusca 1973 eram pintados em preto fosco, assim como os para-choques. Faixas decorativas pretas sob as janelas e faixas laterais preto e amarelas sobre as soleiras complementavam o visual.


Agora, o amarelo e o preto fazem uma ligação entre o antigo e o novo: o capô e a tampa do porta-malas do novo Fusca GSR são novamente pretos, mas no novo modelo o teto e a carenagem dos espelhos externos têm a mesma cor. Faixas em preto e amarelo, com o logotipo “GSR” sobre as soleiras laterais, criam uma silhueta única. Para-choques amarelos com o novo design R-Line e um defletor de ar traseiro, nas mesmas cores, completam o visual do GSR. Diferentemente do antigo Fusca, o Fusca GSR também pode ser encomendado, alternativamente, na combinação Cinza Platinum e Preto.

As rodas de aço de 15 polegadas (com pneus tamanho 175), que eram comuns 40 anos atrás, mesmo para carros esportivos, deram lugar às rodas liga leve “Tornado” de 19 polegadas, com pneus 235/40, do Fusca GSR.

O interior preto/amarelo do GSR do passado exibia um volante esportivo de couro e bancos esportivos adequados à performance dinâmica do carro. Quatro décadas depois, o caráter especial do GSR é marcado pelos bancos esportivos R-Line para competição (com forração de tecido e costuras amarelas contrastantes), o volante esportivo forrado de couro (também com costuras amarelas) com o logotipo R-Line e o logotipo especial da edição limitada (numerado de 1 a 3.500). O carro também ostenta um painel especial R-Line, alavanca de câmbio GSR, alavanca do freio de mão de couro e tapetes pretos, com bordados em amarelo.

Há cerca de 40 anos, o Fusca amarelo e preto precisou de apenas 50 cv para virar o mundo dos carros compactos de ponta-cabeça. Desde então, porém, o mundo ficou muito mais rápido. O novo Fusca GSR, com seu motor de 211 cv a 5.500 rpm, precisa de apenas 6,9 segundos para acelerar até 100 km/h. Ele chega à velocidade máxima de 224 km/h. As características de torque do Fusca GSR são ainda mais impressionantes que o simples desempenho na estrada. A partir de apenas 2.000 rpm, o motor turbo já alcança seu torque máximo, de 28,6 kgfm (280 Nm) .


A combinação de performance, design, equipamento e o número limitado de carros garantirão que o Fusca GSR se transforme rapidamente em um item de coleção. O mesmo ocorreu com o Beetle 1303 S, que hoje é uma das mais caras e procuradas versões dos anos 1970 do carro que, na época, era o mais bem sucedido no mundo. Será interessante saber o quanto valerá o Fusca GSR no ano 2053. Nós informaremos oportunamente...

.: Reflexões de Rubem Braga em 30 Crônicas para Jovens

O livro "Rubem Braga - Crônicas para Jovens" reúne 30 crônicas agrupadas em cinco subtítulos: Amor... Ou Quase, Parece que foi ontem! Confidências, Quase confissões, De Plantas e Bichos, Em qualquer lugar. O autor, com um olhar atento e sensível, deixa registrado em seus textos, criados com inegável valor estético, os fatos do cotidiano, seu sentimento pela natureza, as inquietantes questões da política, as contradições do amor, o apreço pela amizade, o afeto pelas pessoas, os problemas sociais e o agitado espaço urbano.

A leitura das crônicas de Rubem Braga possibilita ao leitor um contato com a  existência humana de forma lírica, leve e bem humorada. Meu ideal seria escrever uma história tão engraçada que aquela moça que está doente naquela casa cinzenta quando lesse minha história no jornal risse, risse tanto que chegasse a chorar e dissesse – “ai meu Deus, que história mais engraçada!” E então a contasse para a cozinheira e telefonasse para duas ou três amigas para contar a história; e todos  a quem ela contasse rissem muito e ficassem alegremente espantados de vê-la tão alegre. 

Rubem Braga - Crônicas para Jovens
Faixa etária
a partir de 12 anos
1ª edição
Formato:16x23
112 páginas
ISBN 978-85-260-1989-8
 Disponível também em e-book
Autor: Rubem Braga

.: Vem aí... Novas datas de estreias nos cinemas


Em 13 de novembro, chega aos cinemas o filme "Idênticos" (The Identical, EUA, 2014), vencedor do Prêmio de Melhor Filme no Festival de Cinema de Nashville, 2014. Dois irmãos gêmeos (o ator e músico Blake Rayne) separados no nascimento durante a Grande Depressão têm trajetórias de vida completamente diferentes, mas preservam em comum a grande paixão pela música. 

Drexel Hemsley torna-se uma estrela do rock icônica dos anos 1950, enquanto Ryan Wade luta para encontrar o equilíbrio entre o amor pela música e o desejo de agradar o pai adotivo que tem planos bem diferentes para seu futuro. É a música que pode provocar um encontro entre os dois, mesmo que eles nunca saibam a verdade e a profunda e misteriosa conexão que têm entre si. 

O drama inspira-se na biografia de Elvis Presley, que perdeu o irmão gêmeo no nascimento. Com direção de Dustin Marcellino, o filme conta no elenco com Ray Liotta (O Homem da Máfia, Os Bons Companheiros), Ashley Judd (Divergente, Possuídos), Seth Green (Surpresa em Dobro, Amor Sob Medida) e Joe Pantoliano (Percy Jackson e o Ladrão de Raios, Matrix).      


Em 27 de novembro estreia "Elsa & Fred" (Elsa & Fred, EUA, 2014) a versão hollywoodiana da produção hispano-argentina do grande e inesperado sucesso de 2005, Elsa & Fred – Um Amor de Paixão que está em cartaz na Mostra do Rio 2014. Shirley MacLaine e Christopher Plummer, os veteranos astros do cinema, dirigidos por Michael Radford (O Carteiro e o Poeta, O Mercador de Veneza) dão sotaque inglês à comédia romântica sobre o amor na terceira idade. 

Sim, ele acontece e pode ser surpreendentemente caloroso e transformador. Elsa sonha há anos em reviver a célebre cena de Anita Ekberg na Fontana di Trevi, imortalizada na história do cinema por Federico Fellini em A Doce Vida (1960). Mas não podia imaginar que seu novo vizinho, o desanimado Fred, pudesse ser o seu Marcello Mastroianni.


Em 4 de dezembro, as férias e o clima de Natal ficam ainda mais divertidos com a estreia de "As Aventuras de Paddington", aventura live action do educado, simpático e atrapalhado ursinho criado pela imaginação do escritor inglês Michael Bond, que desde os anos 1950 encanta as crianças com suas divertidas traquinagens. No Brasil, Paddington ganhou a voz e o talento do apresentador e humorista Danilo Gentili, em sua estreia como dublador no cinema. 

O ursinho crescido na floresta peruana chega à famosa estação Paddington do metrô londrino com um elegante chapéu, espírito aventureiro e uma pequena faixa no pescoço com a frase – “Por favor, cuidem desse urso. Obrigado”. A generosa família Brown decide oferecer abrigo temporário a Paddington, e o ursinho logo descobre que a vida na cidade não é bem como ele imaginava. Com produção de David Heyman (de Harry Potter, Gravidade), As Aventuras de Paddington tem no elenco Hugh Bonneville (Downton Abbey), Sally Hawkins (Blue Jasmine), Nicole Kidman (As Horas), Julie Walters (Apenas uma Chance), Jim Broadbent (A Dama de Ferro).


No dia 11 de dezembro, estreia "O Abutre" (Nightcrawler, EUA, 2014), suspense dramático que conquistou ótimas críticas no TIFF – Festival Internacional de Cinema de Toronto deste ano. O Abutre é um thriller pulsante que trata do que acontece nas sombras da noite de Los Angeles nos dias atuais. Escrito e dirigido por Dan Gilroy, o filme traz o ator Jake Gyllenhaal como Lou Bloom, um jovem determinado e desesperado por trabalho que descobre o mundo em alta velocidade do jornalismo sensacionalista em Los Angeles. Ao encontrar equipes de filmagem freelances à caça de acidentes, incêndios, assassinatos e outras desgraças, Lou entra no reino perigoso e predatório dos nightcrawlings – as minhocas que só saem da terra à noite.

Nele, cada lamento da sirene da polícia pode significar uma tragédia em que as vítimas são convertidas em dinheiro. Ajudado por Rene Russo, como Nina, uma veterana do sensacionalismo sanguinário que se tornou a cobertura de notícias nos canais de televisão locais, Lou ultrapassa a linha entre o observador e o crime para se tornar a estrela de sua própria história.

Na temporada do Oscar, no início de 2015, estreia "O Jogo da Imitação", vencedor do disputado Prêmio do Público do TIFF – Festival Internacional de Cinema de Toronto 2014, que tem apontado há alguns anos os favoritos à estatueta dourada. Estrelado por Benedict Cumberbatch (12 Anos de Escravidão, Sherlock), Keira Knightley (Anna Karenina, Piratas do Caribe) e Matthew Goode (Casa Comigo?, Watchmen – O Filme), o filme conta a história do matemático Alan Turing, pioneiro da moderna computação, responsável por quebrar o código do Enigma Alemão com sua equipe no Centro Bletchley Park e adiantar significativamente o fim da Segunda Guerra Mundial. Genial e inovador, Turing foi no entanto vítima do conservadorismo da sociedade britânica.

O drama "Still Alice", ainda sem título em português, que também conquistou elogios no TIFF 2014 é mais uma das estreias da Diamond para o início de 2015 nos cinemas. Adaptado do romance de Lisa Genova “Para Sempre Alice”, sobre a renomada professora de linguística Alice Howland que começa a esquecer as palavras e logo descobre sofrer de Mal de Alzheimer também. Julianne Moore (Sem Escalas), que interpreta o papel-título, entrou para a categoria das favoritas para uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz. O filme conta ainda no elenco com Kristen Stewart (Crepúsculo), Alec Baldwin (Blue Jasmine), Kate Bosworth (Sob o Domínio do Medo) e Hunter Parrish (Simplesmente Complicado).

.: Livro sobre os "Tempos de Turbilhão - Relatos do Golpe de 64"

"Tempos de Turbilhão - Relatos do Golpe de 64", é um livro reúne textos esparsos, escritos por Darcy ao longo dos tempos. Eles mostram sua visão do que aconteceu imediatamente antes, relatam como foram os momentos do golpe, e estendem-se depois, pelo exílio. Mostram como seus companheiros de derrota viveram seus primeiros tempos de exilados.

Além de figura central, pelo cargo que ocupava no momento do golpe, Darcy Ribeiro era também uma das pessoas mais próximas de Jango. Até o último instante, achava que o presidente devia resistir. Tentou convencê-lo por todas as formas e com todos os argumentos. Em vão.

Mais do que oportuno, é importante, de uma enorme importância, conhecer o relato de Darcy Ribeiro, figura central daqueles acontecimentos. E recordar que, da mesma forma que amargou a derrota, ele soube se reinventar para continuar, até o fim, lutando com a felicidade dos peregrinos para tentar reinventar o Brasil.

Passados cinquenta anos, é interessante - e importante - rever as observações e conhecer o relato de Darcy Ribeiro.

Livro: Tempos de Turbilhão - Relatos do Golpe de 64
1ª edição
256 páginas
Disponível também em e-book
Autor: Darcy Ribeiro 
Organização: Eric Nepomuceno

.: Dia dos Finados: você realmente se despediu de quem se foi?

O sentimento de perda nunca é algo fácil. Desde perder um emprego, um animal de estimação até as pessoas amadas, a sensação deixada é sempre a de uma dor que parece que não vai sarar, - mas é aí que você se engana: essa dor vai passar e transformar-se em algo diferente, na saudade.

João Alexandre Borba, psicólogo e coach, lembra que, ao perder alguém, é mais do que saudável chorar e sentir-se triste pelo acontecimento. “Você precisa passar certo tempo sofrendo, é natural. Nessas horas, a pior coisa a se fazer é chegar para a pessoa que está em luto e dizer ‘não fica assim, não’. Como assim, não é para a pessoa ficar triste? Como ela deve se sentir nesse momento?”, exalta.

Nessas horas é preciso respeitar o momento em que a pessoa se encontra e deixar com que ela libere e se entregue à emoção que está sentindo no momento. “Todos sabem que esse é um momento difícil. Não é a toa que até os empregos muitas vezes liberam o profissional durante um ou dois dias para que ele tente colocar sua vida de volta nos eixos”, comenta Borba.

Nesses primeiros dias após a morte ocorre o que pode ser chamado de fase de negação, ou seja, a pessoa se recusa a acreditar no que aconteceu. “Quando um casal mora junto e um deles falece, é comum, nos primeiros dias, que aquele que está vivo ache que o outro irá aparecer a qualquer momento ou até mesmo esquecer-se de que ele morreu. É a negação da morte – e a esperança de que a pessoa volte”, explica Borba.

Depois da negação, vem a fase da raiva. A pessoa fica com raiva da situação e até da pessoa que se foi. “Como assim, ele(a) morreu e me deixou aqui nessa situação? Por que ele(a) foi tão egoísta comigo?”, comenta o especialista, que diz que essa é uma fase necessária, afinal, se a pessoa manter-se na negação para sempre, ela não sai do lugar -  e a fase da raiva lhe dá energias para tentar superar o acontecido.

Logo após vem a fase da negociação, a qual a pessoa negocia a despedida. “Frases como ‘perdi essa pessoa, mas a vida segue’ ou ‘a pessoa ia ficar feliz se me visse prosperando’, etc., são comuns nessa hora”, comenta Borba.

Só depois dessas fases é que vem a fase da tristeza real e legítima, que acontece quando a pessoa entende a perda e a aceita de alguma forma. “É quando cai a ficha. Nessa hora o sentimento de dor é maduro, e não de desespero. Porém, para chegar e superar esse estado, é preciso passar por todos os anteriores”, ressalta.

Depois da tristeza é a hora de começar a se reerguer e voltar a sua vida por inteiro – e não aos trancos e barrancos. É a hora de fazer as coisas voltarem aos trilhos. “Acho que o dia de finados é uma oportunidade de as pessoas pensarem se realmente se despediram daqueles que se foram ou ainda deixam com que o sentimento de dor tome conta das suas vidas”, diz Borba.

O psicólogo lembra que as saudades existirão para sempre, mas, ela deve existir com uma sensação de “leve tristeza”, e não de arrebatamento. “Se as saudades aparecem de um jeito avassalador é porque muito provavelmente o ciclo do luto não se fechou. Aproveite o dia para fazer isso: fechar o ciclo do luto e honrar a pessoa que se foi com amor, boas lembranças e emoções positivas”, conclui o especialista.
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