segunda-feira, 26 de setembro de 2016

.: Praia Grande recebe espetáculo EleEla, da Anacã Cia de Dança

Apresentação única em 7 de outubro terá entrada franca


“EleEla”, segundo trabalho da Anacã Cia de Dança, tem alcançado sucesso de público e crítica por onde tem passado. Com direção do coreógrafo Edy Wilson, o espetáculo coloca o jazz no foco e o resultado poderá ser visto mais uma vez na Baixada Santista: desta vez, em Praia Grande, em 7 de outubro, 20h, no Teatro Municipal Serafim Gonzalez (Av. Pres. Costa e Silva, 1600, Boqueirão). A entrada é gratuita e os ingressos poderão ser retirados no próprio local com uma hora de antecedência. 

O espetáculo iniciou sua itinerância estadual em abril, na cidade de Santos, e depois passou por  Jundiaí, Santo André, Jacareí, Americana, Bauru, São José do Rio Preto e Araraquara.

EleEla
Para falar de amor, Edy inicia o espetáculo subvertendo a ciência: é a mulher que nasce do homem, e não o contrário. Surgem as cenas que permeiam a obra sobre o amor ideal e da (falsa) ideia do príncipe/princesa encantado (a) que bate à porta. A partir de um conto de Moisés Vasconcelos, Wilson criou 12 cenas acerca da diversidade de elos estabelecidos entre os gêneros masculino e feminino, em como cada um conceitua o amor. Para concretizar a ideia no palco, Edy convidou Úrsula Félix para criar o figurino, Raquel Balekian para a luz, Divanir Gattamorta na música e Lucas Simões na cenografia.

Logo de início, o coreógrafo apresenta sete casais para representar um nascimento às avessas: em vez de ser da mulher que nasce o homem, é do homem que nasce a mulher – uma alusão ao mito de Adão e Eva, que inaugura as possibilidades de relação entre homens e mulheres. Na visão de Edy Wilson, a atração é o que norteia desde o princípio esses dois indivíduos.

O figurino desenvolvido por Úrsula Félix se alinha com essa concepção. Por mais de dez anos ela atuou como diretora criativa do ateliê de Tânia Agra sua mãe. Para “EleEla”, Úrsula desenvolve um design que migra gradualmente, a cada cena, de tons terrosos para tons quentes, com destaque para os sapatos de salto que as bailarinas ostentam nos pés – um ícone jazzístico por excelência.

Conhecido por seu trabalho na criação de músicas voltadas para dança contemporânea, o músico Divanir Gattamorta, do Departamento de Artes Corporais da Unicamp, se arrisca pela primeira vez na composição para uma obra de dança jazz. Ao misturar influências, ele trilha um caminho nada óbvio para o gênero, desafiando o ouvido dos bailarinos, convocados por Edy Wilson a imprimirem suas individualidades em cada movimento.

Anacã Cia de Dança
Em 2012, Helô Gouvêa e o coreógrafo Edy Wilson se encontraram durante o Passo de Arte e o Festival de Dança de Joinville, no qual atuaram como júri e professores. Edy havia acabado de se desligar da Raça Cia de Dança, onde atuava como diretor. Conversa vai, conversa vem, Helô fez o convite para que juntos fundassem a companhia no Estúdio Anacã, inaugurado por ela dois anos antes em sociedade com Ana Maria Diniz. Surgia assim a pedra fundamental da Anacã Cia. de Dança.

Logo veio a ideia de montar um espetáculo, Principiar, que estreou em junho de 2013 fazendo uma reflexão justamente sobre o início desse novo rumo nas carreiras de Edy, Helô e dos bailarinos. A assinatura coreográfica que seria buscada já se anunciava nesse momento. Recentemente, a convite da Secretaria de Cultura do Estado, realizou uma circulação pelo interior de São Paulo, nas cidades de Regente Feijó, Paraguaçu Paulista, Pedrinhas Paulistas, Ibitinga, Jaú e Agudos, dentro do Circuito Cultural Paulista 2015.

Os apoios conquistados nesses primeiros passos são frutos de uma dinâmica singular que a companhia construiu para si ao se instalar em uma escola de dança frequentada por mais de mil alunos divididos em duas unidades, o que tem se revelado positivo tanto para o grupo quanto para o próprio estúdio. Há ainda outro braço da Anacã dedicado à formação técnica. Além de seus 12 bailarinos e 2 estagiários, a companhia oferece aulas gratuitas a 30 talentos escolhidos via audição que podem assim vivenciar um pouco da rotina de trabalho de um profissional de dança e se especializar para o mercado de trabalho.

O espetáculo tem incentivo do MINC através da  Lei Rouanet e patrocínio do Itaú. 


Teaser

Serviço:
EleEla
Data: 7 de outubro
Horário: 20h
Local:Teatro Municipal Serafim Gonzalez, que fica na Av. Pres. Costa e Silva, 1600, Boqueirão, Praia Grande

sábado, 24 de setembro de 2016

.: Maurício Adinolfi apresenta "Projeto Calado" em Santos

Maurício Adinolfi apresenta instalação no Gonzaga e filmes no Sesc Santos, Cine Arte Posto 4 e MIS Santos. O "Projeto Calado" do Cais trata da relação humana com o mar e discute intervenções urbanas realizadas no processo de expansão do porto. 

Governo do Estado de São Paulo, Secretaria da Cultura, Sesc-Santos, Cine Arte Posto 4 e o Museu da Imagem e do Som Santos apresentam, até 16 de outubro o projeto "Calado do Cais", do artista Maurício Adinolfi. 


O projeto, que consiste em uma instalação artística e uma série de curtas-metragens, tem como eixo central dois barcos de madeira tradicionais da cultura caiçara. As embarcações são retrabalhadas pelo artista e instaladas (semi-enterradas) na areia do Gonzaga, em frente a  Praça das Bandeiras. A instalação  parte  da reflexão sobre o resíduo das intervenções urbanas e naturais, contrapondo poeticamente barcos tradicionais de madeira que relutam em existir à expansão portuária e à escala das grandes embarcações que adentram o porto de Santos, discutindo o processo de urbanização, a diminuição do espaço de areia da praia e a disputa entre cidade e mar.

Ainda refletindo sobre a memória, a tradição, a história da cidade e sua relação com o porto e o mar, o artista lança o curta-metragem "Macuco" (20 min.) e exibe  os "Vídeos Calado do Cais", uma série de mini-documentários. "Macuco" é um vídeo experimental que trata da relação humana com o mar. Filmado no litoral da Baixada Santista, entre barcas, catraias e navios, tem como protagonistas: um homem e uma mulher, um túnel, a chuva e o oceano. 


A estreia do filme acontece nesta quinta-feira, dia 27 de setembro, às 21h, seguida de conversa com o artista, no Cine Arte Posto 4. No dia 28, o Museu da Imagem e do Som de Santos faz uma exibição especial do filme, às 20h. Após um hiato de duas semanas, a obra volta a ser exibida em 11 de outubro, com sessões às 16h; 16h30; 17h; e 17h30, no Cine Arte Posto 4. 

A mostra de vídeos do projeto Calados do Cais  é  exibida no Sesc Santos em televisores espalhados pela unidade. Os vídeos reúnem mini-documentários, vídeos de performance e curtas que apresentam diferentes trabalhos do artista Maurício Adinolfi, nos quais o mar está sempre presente. Em 5 de outubro, às 19h30, o Sesc sedia uma conversa aberta ao público entre o artista e o curador Josué Mattos. A fala é seguida de apresentação do curta-metragem "Macuco". Este  projeto foi selecionado através do ProAC 2015. 

Serviço:
Instalação: "Calado do Cais"
Artista: Maurício Adinolfi
Período expositivo: até 16 de outubro de 2016
Local: Gonzaga, em frente a Praça das Bandeiras. 

Exposições dos "Vídeos Calados do Cais"
Artista: Maurício Adinolfi
Período expositivo: até 16 de outubro de 2016

Conversa com Maurício Adinolfi e Josué Mattos: 5 de outubro, às 19h30
Local: Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136
Telefone: (13) 3278-9800 
Terça a sexta-feira, das 13h às 22h. Sábados e domingos, das 10h às 19h. 
www.sescsp.org.br

.: Humoristas de stand-up se apresentam no "Humor de Cinema"

Noite reunirá nomes que têm se apresentado nos principais festivais do gênero e programas de televisão do país. Ingressos estão à venda.


Na próxima quinta-feira, 29 de setembro, às  22h, o Cine Roxy 5 receberá o  “Humor de Cinema Apresenta: 04Amigos + Diego Baro". A noite promete ser a mais legal do ano, tendo como destaque a presença da sensação do momento Thiago Ventura (com mais de dois milhões de inscritos em seu canal), em um show que contará com cinco comediantes considerados revelações da comédia stand-up brasileira.

Além de Thiago, se apresentarão Dihh Lopes, Marcio Donato, Tiago Carvalho e Diego Baro. Euclydes Escames será o mestre de cerimônias do evento. O ingresso está a venda no site e na bilheteria do cinema e custa R$ 30, valor promocional antecipado de meia-entrada para todos até quarta-feira, 28 de setembro. Nas compras até o dia até 23, todos ganham um chaveiro exclusivo do "Humor de Cinema". A classificação indicativa é 14 anos.


Sobre os convidados:
Thiago Ventura: faz stand-up comedy desde 2010. Participou dos maiores festivais de comédia do Brasil: entre eles a "Virada Cultural Paulista" de 2013 e 2014 para mais de 30 mil pessoas. Realizou shows para os brasileiros fora do país em cidades como Hamamatsu, Komaki e Suzuca no Japão e Orlando nos Estados Unidos. Na televisão, participou dos programas "Domingão do Faustão" (Globo), "Agora É Tarde" (Band) e "The Noite" (SBT). Tem um livro recém-lançado, é integrante do renomado grupo "Comédia Ao Vivo ", e viaja o país com seu solo "Isso é Tudo que eu Tenho”.

Dihh Lopes:  comediante e roteirista.  Começou na comedia stand-up em 2009, e sempre se destacou com as observações que faz sobre o cotidiano. Hoje é integrante do "Comedia Ao vivo", o principal grupo de stand­up comedy do Brasil. Se apresenta nas maiores casas de comédia do país e, como roteirista, escreve semanalmente o "Manual de Introdução" e o "Plantão do Vilela" para o canal do YouTube do comediante Rogério Vilela ("Mundo Canibal"). Além de também ter roteirizado a campanha publicitária "O Casamento ­ Lojas Marabraz", protagonizado por Fabio Porchat. Roda o Brasil com o show solo "Sem Maldade".

Marcio Donato: integrante do grupo "04 Amigos", é também um dos fundadores do grupo "Comédia Império". É conhecido pelo estilo verborrágico e revoltado de observar o nosso cotidiano, com textos que fogem do lugar comum.

Tiago Carvalho: é o quarto elemento do show "04 Amigos". Utiliza humor visual para conquistar risos, e já participou de programas televisivos como "Altas Horas" (Globo).

Diego Baro: o quinto convidado da noite é nascido em São Paulo e comediante stand-up e roteirista. Com um estilo de palco diferente do convencional, ele se destaca no cenário da comédia com um humor original. Subiu nos palcos pela primeira vez em junho de 2010. Já passou por diversos lugares de São Paulo. Em 2012 ingressou como elenco de apoio do humorístico “Saturday Night Live BR”, no qual roteirizou o quadro “Weekend Update” (que mais tarde passou a ser chamado “Noticias da Semana”). No mesmo ano, participou do maior concurso de stand-up da América Latina no festival de comédia "Risadaria", chegando à final do concurso por votação popular. Em 2013, entrou para o “Seleção do Humor Stand-Up Comedy”, se apresentando nos teatros mais conceituados do país (Teatro Folha, Teatro Renaissance e Teatro Amil). Integra o quadro de roteiristas do "Programa do Porchat" (Record).

Serviço:
“Humor de Cinema Apresenta: 04Amigos + Diego Baro"
Quinta, 29 de setembro, 22h
Cine Roxy 5 – Av. Ana Costa, 443, Gonzaga.  
R$ 30 – valor promocional de meia-entrada para todos em compras antecipadas até dia 28 de setembro. 
À venda na bilheteria do cinema e no site: https://cineroxy.com.br/vendas/humor-de-cinema-04-amigos-diego-baro

.: "Sessão Coca-Cola" de "Cegonhas" agita o Cine Roxy neste domingo


Neste domingo o, 25 de setembro, a partir das 11h, será a vez de o público ter a chance de conferir a aguardada animação “Cegonhas - A História Que Não te Contaram” na "Sessão Coca-Cola" do Cine Roxy. Na compra do ingresso, o espectador ganha um refrigerante de 300 ml..

Entre os últimos anos da década de 70 e meados dos anos 80, a “Sessão Coca-Cola” do Cine Roxy notabilizou-se como um momento de encontro familiar, de amigos, em manhãs de domingo regadas a cinema e ao famoso refrigerante. O projeto consistia em sessões dominicais matutinas com valor promocional nas quais o espectador ganhava uma Coca-Cola. Marcou época para muitas pessoas. Atendendo aos pedidos, o Cine Roxy retomou o projeto em 2015. 

O ingresso tem valor promocional de meia-entrada para todos: R$ 15. Na compra, o espectador ganha um refrigerante de 300 mililitros.


Sobre o filme:
Cegonhas entregam bebês... ou pelo menos eles costumavam. Agora eles oferecem pacotes para a gigante global da internet Cornerstore.com. Junior, um dos principais entregadores da companhia, está prestes a ser promovido quando ele acidentalmente ativa a máquina que faz bebês, produzindo uma adorável e totalmente não autorizada bebê. Desesperado para entregar esse presentinho antes que o chefe descubra, Junior e sua amiga Tulipa, o único humano na Montanha das Cegonhas, correm para fazer sua primeira entrega de bebês em uma viagem selvagem e reveladora. Isso poderá fazer mais do que apenas iniciar uma família, mas também restaurar a verdadeira missão das cegonhas no mundo.

Trailer de "Cegonhas - A História Que Não te Contaram": 


Serviço:
Sessão Coca-Cola - "Cegonhas - A História Que Não te Contaram"
Domingo, 25 de setembro, 11h. 
Cine Roxy 5 – Av. Ana Costa, 443, Gonzaga
R$ 15 (valor promocional para todos) – Na compra do ingresso, leve um refrigerante de 300 ml..

.: Apresentadora e gamer, Nyvi Estephan será capa da PLAYBOY


Sucesso na internet, a apresentadora gamer Nyvi Estephan é nova capa da revista PLAYBOY, que trará novidades digitais na edição 492, que chega às bancas em 25 de outubro, A PLAYBOY é categórica em afirmar: a revista impressa não vai acabar. Isso, no entanto, não significa que não há novos caminhos a serem desbravados.

“A tecnologia e a internet são realidades no dia a dia dos brasileiros há vários anos. Não dá para negar que estava faltando para o leitor da PLAYBOY ter acesso ao seu conteúdo preferido em qualquer lugar que ele esteja. Por isso, o mês de novembro é tão importante para nós. Lançaremos o APP da PLAYBOY, um novo portal e ainda teremos realidade aumentada na nossa revista. Para nós, tecnologia e revista andam de mãos dadas”, afirma Tabata Pitol, diretora de redação da publicação.

Notáveis da internet
Para marcar a chegada do mundo PLAYBOY à era digital, a publicação reuniu grandes estrelas da internet em uma edição especial, que é encabeçado pela apresentadora gamer, Nyvi Estephan.

"É difícil descrever o sentimento. Sempre gostei de acompanhar todo o contexto social da moda e beleza em cada período histórico e sempre fui fã de divas e mulheres fortes como Audrey Hepburn, a coelha Brigitte Bardot e a precursora, Marilyn Monroe. E essa sempre foi a definição da PLAYBOY para mim: a sensualidade em seu ápice de luxo e estilo, sempre acompanhando o contexto social. Agora estamos na era das mulheres empoderadas, que sabem o que querem e são donas de seus destinos e corpos, acredito ser esse o maior requisito de uma Playmate. No mais, para mim é uma grande honra estrelar uma capa para a revista", conta a apresentadora.

O time conta ainda com nomes famosos na rede, entre eles Ju Romano, Gabi Rippi, Thássia Naves, Foquinha, Felipe Titto e o fotógrafo Cesinha. Na moda Klebber Toledo apresenta visuais com roupa jeans. Juntos, esses notáveis somam mais de 10 milhões de seguidores na rede social Instagram.

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

.: Entrevista exclusiva com Guto Goffi - de Bem com o seu Bando

"Com 54 anos, é gol ou é o fim"
Guto Goffi


Por Luiz Gomes Otero
Em setembro de 2016

Fundador da banda "Barão Vermelho" nos anos 80, o baterista Guto Goffi é uma figura icônica do rock nacional. Mesmo antes do Barão, ele já tocava em vários grupos do cenário underground carioca. Essa bagagem e o trabalho nas décadas seguintes moldaram sua formação musical. Agora, ele está lançando um trabalho solo, com o "Bando do Bem", em que mescla ritmos brasileiros com o velho e bom rock´n roll. Confira a entrevista especial que Goffi concedeu ao Resenhando.

Fale um pouco sobre o seu início no rock. Qual lembrança que mais te marcou no início com o "Barão"?
GUTO GOFFI - Comecei a minha carreira discográfica com o "Barão Vermelho", mas quando começamos a banda, eu e o Maurício Barros, eu já era profissional e tinha a carteira da OMB: 27.759. Eu era uma espécie de coringa em diversas bandas do underground carioca. Tocava com "Flávio Y Espírito Santo", "Sangue da Cidade", "Celso Blues Boy" e "Atlântico Blues". Depois, como a carreira do "Barão" engrenou...


No Barão você não aparecia muito nos vocais. O que o motivou a fazer isso agora com o "Bando do Bem"?
G.G. - No "Bando do Bem", como sou o compositor das músicas, tenho mais intimidade com as melodias. E a tonalidade das músicas me favorece. Então dividimos o bolo, eu, Yumi e o Bruno Mendes. A rapaziada toda da banda faz vocais de apoio também.


Como você definiria a sonoridade com o "Bando do Bem"? Que influências musicais predominaram nesse novo trabalho?
G.G. - A sonoridade do grupo é variada. Na base temos um trio de bateria, baixo e guitarra que é quem segura a casa. Depois, temos dois percussionistas e dois vocalistas. Na base e na percussão temos a experiência, músicos que tocam de rock à MPB, passando pelos ritmos populares brasileiros. Isso engrandece demais as misturas com o rock básico. Os dois vocalistas são jovens e trazem um frescor para a banda.


Como funciona o processo criativo do "Bando do Bem"?
G.G. - Essa rapaziada foi escolhida por mim e todos acreditaram nas minhas composições. Eles trouxeram suas capacidades musicais e boa energia para encorpar o trabalho.

Além do "Bando do Bem", você desenvolveu uma série de outros trabalhos ligados a música, incluindo produção de discos. Fale de alguns projetos que você participou.
G.G. - Eu tenho um estúdio de gravação e lá produzo diversas coisas fora da minha zona de conforto. Estou finalizando um projeto chamado "Bicho de Pau", um trio instrumental. Estou gravando um CD com o Robertinho Silva e Laudir de Oliveira, só de tambores brasileiros. Tenho algumas produções de clipes no YouTube, por exemplo: "Hino Nacional Batuqueiros" e "Aquarela do Brasil Congado Mineiro", são trabalhos que faço para divulgar a minha escola de música, a "Maracatu Brasil", que completa, em dezembro, 16 anos de atividade cultural.


Para você, o que mudou no rock nacional em relação ao seu início na música nos anos 80?
G.G. - A geração dos anos 80 foi criativa demais. Produziu muito e ficou difícil para as outras encostarem na qualidade. Grupos como "Barão Vermelho", "Legião Urbana", "Titãs", de onde saíram Cazuza, Renato Russo, Arnaldo Antunes, etc. 

Como você analisa a realidade do mercado fonográfico atual?  Está mais difícil produzir e lançar um disco novo?
G.G. - Eu, na carreira solo, passo dificuldades em encontrar a medida certa de investimento aplicado. Estou mais preocupado em fazer e dar vazão a minha criatividade. O resto é o resto mesmo.

Como estão os projetos para shows com o "Bando do Bem"?
G.G. - Estamos muito bem ensaiados e dispostos a viajar.Não sei o que encontraremos de oportunidades, mas quando surgirem, serão aproveitadas, pois não estou em idade de chutar pênaltis para fora. Com 54 anos, é gol ou é o fim.

Guto Goffi - "Tudo de Bem"



Sobre o entrevistador
Luiz Gomes Otero é jornalista formado em 1987 pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Trabalhou no jornal A Tribuna de 1996 a 2011 e atualmente é assessor de imprensa e colaborador dos sites Juicy SantosLérias e Lixos e Resenhando.com. Recentemente, criou a página Musicalidades, que agrega os textos escritos por ele.

.: Milton Hatoum, criação e “Encontro com os escritores”

O premiado escritor Milton Hatoum é o convidado da segunda edição da série “Encontro com os escritores”, no dia 26 de outubro, para uma conversa sobre sua vida e obra e uma seção de autógrafos. O evento é promovido pela Universidade do Livro, braço educacional da Fundação Editora da Unesp.
A série “Encontro com os escritores” consiste em um ciclo de conversas com autores renomados nos mais diversos segmentos, de romancistas e poetas a quadrinistas, biógrafos e divulgadores científicos.

O encontro com Hatoum terá a forma de um “bate-papo” mediado pelo jornalista Manuel da Costa Pinto, colunista da Folha de S.Paulo, e acontece na Praça da Sé, 108, em São Paulo. A proposta é que seja explorada a história criativa e editorial de Milton Hatoum, abordando questões como sua formação como leitor, as influências intelectuais presentes em sua trajetória, seu processo de criação e escrita, sua avaliação do cenário editorial e livreiro contemporâneo, suas sugestões nessa área, entre outros temas e assuntos de acordo com a própria dinâmica da apresentação.

Encontro com Milton Hatoum
Data: 26 de outubro de 2016
Horário: das 19h às 21h
Carga horária: 2 horas
Inscrições até: às 15h30 do dia 26/10 ou enquanto houver vagas.
Investimento: R$ 45
Local: Universidade do Livro - Praça da Sé, 108, 7º andar (esquina com rua Benjamim Constant) – São Paulo (SP)
Clique aqui para informações e inscrições on-line.


Sobre o convidado - Nasceu em Manaus (1952), mora em São Paulo, e é colunista do jornal O Estado de S.Paulo. Foi professor de Literatura da Universidade Federal do Amazonas e professor visitante da Universidade da California (Berkeley). Em 1989 publicou Relato de um certo Oriente (Prêmio Jabuti - Melhor Romance). Em 2000 publicou Dois irmãos, eleito o melhor romance brasileiro no período 1990-2005, em pesquisa feita pelos jornais Correio Braziliense e Estado de Minas. Seu terceiro romance, Cinzas do Norte, obteve os prêmios Portugal Telecom, Grande Prêmio da Crítica/Associação Paulista de Críticos de Arte - 2005, Prêmio Jabuti/2006 de Melhor Romance, Prêmio Livro do Ano (CBL) e Prêmio BRAVO! de literatura. Em 2008 publicou seu quarto romance, Órfãos do Eldorado (Prêmio Jabuti - 2º lugar).   É também autor do livro de contos A cidade ilhada (2009) e de um livro de crônicas Um solitário à espreita (2013). Seus livros já foram traduzidos em 14 línguas e publicados em 17 países.

Sobre o mediador - É jornalista e mestre em teoria literária pela USP. Colunista da revista “sãopaulo”, do jornal Folha de S.Paulo. Autor de Paisagens Interiores e Outros Ensaios (B4), Antologia Comentada da Poesia Brasileira do Século 21, Literatura Brasileira Hoje (ambos pela Publifolha) e Albert Camus – Um Elogio do Ensaio (Ateliê); organizou e traduziu A Inteligência e o Cadafalso e outros ensaios, de Albert Camus (Record).

Mais informações sobre a Universidade do Livro estão disponíveis em: www.editoraunesp.com.br/unil

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

.: "Ghost - O Musical" é completo e emociona do início ao fim

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em setembro de 2016



Quem nunca ouviu o sucesso "Unchained Melody" e, mentalmente, visualizou a Demi Moore e 
Patrick Swayze na cena sensual do vaso de argila em "Ghost - Do Outro Lado da Vida" que atire a primeira pedra, já! O longa de 1990, em 2011, foi adaptado para o teatro e passou por palcos americanos e internacionais na versão musicada. Entretanto, desde o início de setembro de 2016, está mais brasileiro do que nunca e ganhou versão musical que estará em cartaz até 11 de dezembro, no Teatro Bradesco, em São Paulo.

Aos que tanto valorizam o fato de não receber "spoilers", não há o que esconder desta clássica trama. "Ghost - O Musical" reconta a famosa história de amor entre Molly e Sam para os dias atuais, que, fatidicamente é interrompida pelo desejo mega ambicioso de Carl, um amigo-urso. Como nem tudo são lágrimas e tristeza, a graça faz da vidente Oda Mae um personagem de peso que suaviza todo o drama e chororô. Não só pela atuação hilária e caprichada -às vezes caricata- da cantora e atriz Ludmillah, mas pela cena de apresentação, que tem um "algo a mais", que no caso é em dobro: Duas ajudantes que, de fato, colaboram no alto nível do bom humor, fazendo com que a intérprete de Oda Mae Brown brilhe ainda mais em cena.

Nem tudo são risadas, afinal, a história é de um espírito ainda apegado à vida. Além de ter um "fantasma" em cena, outra curiosidade é a da transformação de um clássico do drama e romance em musical. Considerando apenas o filme é preciso ir além de "Unchained Melody". Por outro lado, facilmente se esbarra na repetitiva provocação de Sam à falsa vidente Oda Mae: "Um elefante incomoda muita gente". Engraçado? Também! O que torna "Ghost - O Musical" imperdível? Todos os ingredientes que amolecem até os mais duros de coração, fazendo rir e até chorar, além de tentar secar as lágrimas enquanto se dá boas gargalhadas com as peripécias de Oda Mae.


Não há dúvida de que a meta do desafio para resgatar e reconquistar o público com algo tão entranhado na memória afetiva é realizado com êxito pelo produtor Ricardo Marques e toda equipe. O uso de recursos como pouca luz e efeitos especiais dão total credibilidade ao que se vê: seja no momento da morte de Sam, em que o corpo permanece caído e a alma dele testemunha a agonia de Molly na rua ou na despedida final dos dois. É para chorar? Totalmente. Logo, o funga-funga e mãozinhas secando as lágrimas viram uma coreografia seguida pelo público.

E ali um pouco abaixo do palco, perto da plateia do gargarejo, uma orquestra perfeitamente sincronizada pelo maestro que faz a emoção transbordar, independente do estilo da canção. Sim! A trilha sonora passeia do romântico ao rock mantendo a transição completamente agradável. O som natural de cada instrumento consegue se conectar diretamente com o público, muitas vezes, passando de modo até imperceptível. 

"Ghost - O Musical" abrange todos os corações, aqueles que ainda vão amar e os que amam para sempre. De fato, embora famílias e amigos marquem presença, é nítido, no público em geral, a maioria formada por casais das mais variadas idades. Detalhe: Seja durante ou no intervalo do espetáculo, as mãos dadas são mantidas. Vale a pena se apaixonar mais uma vez por essa história clássica? Com toda certeza! Emocione-se e repense no valor à vida diante da atuação musicada de André Loddi (Sam), Giulia Nadruz (Molly), Igor Miranda (Carl) -que facilmente rouba as cenas- e Ludmillah Anjos (Oda Mae Brown). 


Serviço
Teatro Bradesco
Pré estreias exclusivas – De 02 a 04 de setembro de 2016
De 8 de setembro a 11 de dezembro de 2016. 
Horário: quinta-feira, às 21h, sexta-feira, às 21h, sábado, às 17h e às 21h e domingo, às 16h e às 20h.
Ingressos de R$ 30,00 a R$ 190,00
Duração: 2h30, com intervalo de 15 min
Ingressos: Bilheteria do Teatro Bradesco ou www.ingressorapido.com.br



*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm




"Unchained Melody" e a cena clássica de "Ghost - Do Outro Lado da Vida"


.: "Ridículos": Narcisa é a convidada da estreia da nova temporada

O programa "Ridículos" estreia segunda temporada na próxima terça-feira, 27 de setembro, às 20h30, na MTV. Felipe Titto, Hugo Gloss e Ellen Milgrau retornam em uma série de episódios inéditos para mostrar o lado mais idiota da raça humana. Para começar com o pé direito, eles recebem ninguém menos que a poderosa e badalada Narcisa Tamborindeguy. 

A socialite confessa ser especialista em chutar quinas e quebrar o pé. De tantas fraturas, diz que dorme com uma bota ortopédica ao lado da cama. Toda essa conversa sobre machucados faz com que Titto chame a categoria “Um Corpo que Cai”. Narcisa também contou sobre a vez que levou os cachorros para passear de carro, e, ao descer, já no estacionamento do shopping, esqueceu que estava acompanhada, de tão quietinhos que eles são. Em homenagem aos pets, Titto chama a categoria “Bichos Bem Loucos”.

Outras categorias são: “Muitos Amigos, Nenhuma Amizade”, “Se não Puder Voar, Não Saia do Chão”, “Volta pro Mar Oferenda”, “Tentando Brilhar Sem Gliter”,” Perdendo o Dente e a Dignidade”. No programa, os apresentadores assistem, analisam, comentam, tiram sarro e dão muita risada dos vídeos virais mais divertidos, bizarros, ridículos e nonsense selecionados pela MTV, como amigos reunidos no sofá de casa. Além deles, alguns episódios recebem celebridades convidadas para a formação de uma (eclética) turma. Exibições às terças, às 20h30, na MTV.

.: 6x2: AHS: Roanoke e o quanto uma casa pode ser perturbadora

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em setembro de 2016



CONTÉM SPOILERS!

Como terminaria a situação em que Shelby se meteu no episódio anterior? Essa era uma boa incógnita e, tal qual um folhetim, provocou a curiosidade do público. Contudo, é importante que o porco fale, ok! O bichinho ganha grande destaque no segundo episódio de "American Horror Story: Roanoke". Para aliviar a situação, após presenciar algo apavorante e tudo ficar com cara de "alucinação", ainda na floresta, Shelby cai justamente diante do carro de Lee. Sério?!

Para Lee era preciso se reconectar com a filha, Flora, mesmo na casa medonha. "Você podia colocá-la em qualquer lugar da casa que transformaria no lugar dela". Contudo, numa conversa da menina com um amigo imaginário em que tudo muda de figura e a cena "de aviso" tem direito até a um vaso de flores quebrado.

Contudo, é à noite que tudo sempre piora, né? E como toda boa história de terror, a mocinha destemida, opta por se embrenhar na floresta e encontra um "churrasco" de carne de porco. Como Matt salienta, havia algo demoníaco naquilo. Sem dúvida, meu caro!

Mais uma vez a polícia é retratada com veracidade, pois apesar de comparecer para socorrer o casal diante do que está passando, nada faz e fica somente no blá blá blá. De repente, um ataque telefônico, mas não se trata da Samara e seus "sete dias". O que Matt sonha ou visualiza num cômodo da casa? Uma cena completamente perturbadora. Fato!

Não há dúvida de que o melhor desta temporada está no registro dos fatos inusitadas, seja na chuva de dentes, nas facas perfeitamente fincadas no teto ou nos espiritinhos que circulam livremente pela casa. Trabalhar com a sensibilidade das personagens é uma excelente alternativa, pois enquanto que cabe ao público ver o que acontece, aos personagens cabe buscar e compreender as mensagens nada amistosas que não param de ser lançadas a eles.

Para matar a curiosidade dos fãs, o casal, mesmo que rapidinho, dá uma busca no porão -como não lembrar de outras temporadas de AHS, não é?. Ali, resgatam uma gravação em que há o ilustre Dennis O´hare, na pele de um professor. A história contada por ele é literalmente medonha e introduz no enredo duas enfermeiras assassinas. E o que envolve? A casa de Shelby e Matt! 


E voltando a usar o recurso do filme "Bruxa de Blair", a câmera noturna entra em ação e o registro é assustador. Ponto positivo para a nova temporada que dá mais sustos do que muitos filmes de terror por aí.

O drama do casal que só queria o dinheiro e a vida de volta, mas não tinha escolha, a não ser continuar preso na casa do terror, só piora. A atitude impensada de Lee engrossa o drama, ao driblar Mason, ex-marido. Ele não controla a vida dela. O que Lee faz? Rapta Flora, ao casal mais encrencado do momento, só cabe agir do modo correto e tentar devolver a sobrinha ao pai.

Historinha bonita, sim. Entretanto, a surpresa vem da casa e da floresta. Após deixar qualquer um boquiaberto, a pergunta é sobre o que foi feito de Flora, pois o seu capuz amarelo da garotinha já teve um destino tenebroso. Que venha logo o próximo episódio, titio Murphy!


Seriado: American Horror Story: My Roanoke Nightmare
Temporada: 6
Episódio: 2 - "Capítulo 2"
Exibido em: 21 de setembro de 2016, EUA.
Elenco: Lagy Gaga, Sarah Paulson, Wes Bentley, Denis O'Hare, Matt Bomer, Evan Petters, Kathy Bates, Angela Bassett, Cuba Gooding Jr.


*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm


.: "Catfish Brasil 1x4": programa reforça estereótipo machista


Por Helder Miranda
Em setembro de 2016


CONTÉM SPOILERS

Há em “Catfish” uma espécie de estereótipo machista em que "princesinhas" elegem verdadeiros "sapos" como "príncipes" mesmo sem saber quem eles são por trás da tela de um aparato tecnológico. Essas vítimas sempre são tão indefesas que precisam recorrer a "heróis", no caso os apresentadores, para resolverem por ela uma história mal-resolvida. 

Quando a vítima é um homem, ele é "pego" porque se encantou com a figura feminina das fotos que lhe foram apresentadas e sempre tem o "poder" de escolher se ficam ou não com as farsantes. Se eles quiserem, a história pode ter um final feliz. Mas parece que as mulheres nunca têm esse poder de escolha na versão brasileira porque sempre são descartadas pelos tipos mais errados do mundo, em que só a mais baixa autoestima daria uma chance.

Em dois dos programas exibidos há casos em que as moças foram bem enganadas e, mesmo assim, tendem a aceitar os rapazes – completamente diferentes do que se apresentaram nas fotografias. Num desses episódios, e não vou dizer em qual, o rapaz tem traços bem evidentes de psicopatia - isso se não for um ator contratado para fazer aquele papelão.

O programa também demonstra um reflexo de nossos tempos: o sentimento por alguém virtual e que nunca existe, como podem comprovar todos os quatro casos exibidos até agora nesta versão brasileira. O elenco desse programa é formado por gente tão carente - ou desesperada por afeto - que se deixa iludir por uma série de enganações e que passam por cima disso para se sentirem amados. 

No quarto episódio, conhecemos Milena, uma moça de Aimoré, em Minas Gerais, que troca mensagens há quatro anos com um rapaz que lhe mente o tempo todo. QUATRO. ANOS. E, mesmo assim, ela o aceita quando descobre quem ele é... e se despende para Fortaleza, no Ceará,  para conhecê-lo e, mesmo que tente disfarçar, fazer planos para os dois. 

O rapaz, que se apresentou como Higor - com H mesmo - chegou a fugir quando os apresentadores do programa falaram do que se tratava, para depois olhar a “vítima da vez” com olhar apaixonado quando tudo estava esclarecido: história da carochinha, quem ainda acredita em "Papai Noel" para dar crédito a esse cara? Talvez a própria Milena, que tinha a mão segurada por ele, que a olhava nos olhos sem demonstrar que era tudo encenação. Eu falo em "que acredita nesse cara" mas cheguei a pensar que ele estava sendo verdadeiro.

Mas ele era apenas um enganador compulsivo e possivelmente só tentou mostrar que os sentimentos eram verdadeiros porque estava diante das câmeras. Os motivos de ele não ter levado a relação adiante, sendo que a moça queria - isso estava na cara e nas atitudes dela - são várias. Ele pode não ter considerado ela tão bonita quanto na tela de um telefone celular ou, simplesmente, é daqueles que brinca com os sentimentos dos outros, coleciona aventuras e consegue dormir tranquilamente depois de iludir alguém que, cedo ou tarde, irá sofrer. Milena, ainda uma adolescente, é presa fácil porque é jovem e tem pouco repertório para o aprendiz de cafajeste profissional mostrado diante das câmeras.


No mais, os apresentadores de sempre, com atitudes calculadas e pouco naturais. O que foi aquela batidinha da mão quando encontram uma pista? Há falta de sincronia e espontaneidade entre eles, mas, principalmente, falta algo que nos faça acreditar que eles estão ali porque se importam - o que passa, sempre, e em todos esses quatro programas, é um ar de superioridade de quem se coloca acima dos outros participantes. Parece que quem se inscreve no programa é só uma escada para que eles apareçam.

E sobre a facilidade com que eles investigam as coisas, eu gostaria de encontrar estabelecimentos que levantam a ficha de alguém tão rapidamente, e por telefone, como fazem para o programa. Quanta eficiência! E se eu, aluno da faculdade que informou meus dados, ou da academia de um programa anterior, não quisesse que minhas informações fossem divulgadas - ainda mais na televisão? Cá entre nós... você acredita nisso?

O programa vai ao ar toda quarta-feira, 21 de setembro, às 22h.



Sobre o autor
Helder Miranda é editor do Resenhando.com há 12 anos. É formado em Comunicação Social - Jornalismo e licenciado em Letras pela UniSantos-Universidade Católica de Santos, e pós-graduado em Mídia, Informação e Cultura pela USP. Atuou como repórter em vários veículos de comunicação. Lançou, aos 17 anos, o livro independente de poemas "Fuga", que teve duas tiragens esgotadas.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

.: Resenha crítica de "Cegonhas: A história que não te contaram"

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em setembro de 2016



Quantas crianças ouviram que elas ou seus irmãozinhos foram entregues por cegonhas, não é? A história antiga é usada por muitos pais para fugir de uma questão delicada: Como nascem os bebês? Pois bem, não pense que "Cegonhas: A história que não te contaram" irá tratar desse assunto mais complicado, não! A animação é fofamente linda e alimenta ainda mais esse imaginário infantil.

O longa conversa tão bem com os pequenos que não se vê qualquer criança, durante a exibição, fazendo pirraça ou manha, muito pelo contrário, durante as músicas, que são muito animadas, mesmo no escuro, consegue-se ver nitidamente o balanço dos pequenos numa bela dança. Até mesmo de pé nas poltronas do cinema. Definitivamente, a animação dirigida por Doug Sweetland e Nicholas Stoller agarra o público infantil, firmemente, até o desfecho da trama. 

A produção da Warner Bros. leva o público até a Montanha das Cegonhas. Lá, a entrega de bebês é levada a sério, até que um deslize muda todo o rumo da história. A fábrica de crianças muda o foco no trabalho, deixando, simplesmente, de entregar bebês. Todo o fluxo de trabalho infalível e patenteado, com tecnologia de ponta é direcionado apenas a entregas de objetos de uma loja virtual que é logo ali na esquina.

Eis que a incógnita que tanto precisamos revelar aos pequenos é descaradamente empurrada para debaixo do tapete. Aos pequerruchos, nem mesmo surgem questionamentos sobre como a entrega passou a ser feita, ao longo de 18 anos, sem as cegonhas. Sim! A animação é pautada nessa pura inocência e, apesar desse furo, conquista as crianças.



O protagonista é Júnior (voz de Klebber Toledo), uma cegonha que foi promovida a chefe e, para tanto, precisa demitir a jovem Tulipa, justamente no dia de seu aniversário de 18 anos -ela é o bebê que não foi entregue. Claro que ele não consegue e a encarrega de cuidar do setor de correspondências. Ali é chato, chatíssimo! Por quê? Nada acontece!

Por outro lado, o lugar mais parado da empresa de entregas é agitado quando um menino solitário escreve uma carta pedindo um irmãozinho com poderes ninja. Resultado: Tulipa quer trabalhar e acaba gerando um bebê para o autor da carta, porém a entrega passa por diversos problemas. Detalhe: Em certos momentos da trama, fica evidente a ideia de uma família entre Tulipa (humana), Júnior (cegonha) e a bebê (humana) a ser entregue. Em tempo, o pombo que leva a voz de Marco Luque não é tão efetivo na história, mas tem uma participação engraçadinha no desenrolar da trama.

Sem muita história para contar, surgem imagens belíssimas na telona. Sim! Vale a pena conferir "Cegonhas: A história que não te contaram" na versão 3D. Como não se encantar com lobos que estão prestes a devorar um bebê e lançam um olhar meigo e apaixonante ou rir quando a alcateia unida forma um avião e até um navio? Embora, o roteiro de Stoller deixe a desejar e opte por narrar uma história bobinha, o visual encantada de modo certeiro. 


Filme: Cegonhas: A história que não te contaram (Storks, EUA)
Gênero:Animação, Comédia
Duração: 89 min.
Direção: Doug Sweetland, Nicholas Stoller
Roteiro: Nicholas Stoller
Distribuidor: Warner Bros.
Classificação: Livre
Ano: 2016


*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm



Cinépolis: Maior operadora de cinemas na América Latina e a segunda no mundo com operação de mais de 4.500 salas em treze países. Desde sua chegada ao Brasil em 2010, é a rede com maior crescimento no mercado. Atualmente opera 45 cinemas em todo o Brasil com 348 salas com marcas destaque como Macro XE e IMAX. 


A Cinépolis é a maior operadora de salas VIP no país e tem exclusividade da tecnologia 4DX – salas com poltronas com movimentos e instalações para gerar mais de 20 efeitos especiais sincronizados com o filme. A constante inovação e bom desempenho tem sido reconhecidos com diversos prêmios, dentre eles: Melhor Exibidor por quatro anos consecutivos (2011, 2012, 2013 e 2014), concedido no Prêmio ED (Exibição & Distribuição).



Trailer do filme

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