sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

.: Cinemas: Bertrand lança nova edição de "A livraria"

Em uma cidadezinha do interior da Inglaterra, no fim dos anos 1950, uma viúva de meia-idade decide abrir uma livraria. O que a protagonista não esperava é que sua aparentemente simples iniciativa provocaria um enorme rebuliço na pequena Hardborough. Lançado pela primeira vez na década de 1970, “A livraria” volta às prateleiras pela Bertrand Brasil em fevereiro com capa do filme homônimo, que estreia este ano nos cinemas brasileiros. A nova edição tem apresentação assinada por David Nicholls, autor de “Um dia”. No texto, ele esmiúça trechos do romance, além de falar sobre a carreira da autora Penelope Fitzgerald, um dos grandes nomes da literatura inglesa, e de contar sua experiência como livreiro na época em que dividia seu tempo entre a livraria e os palcos de teatro, onde atuava em Londres.

No filme, dirigido pela espanhola Isabel Coixet, a atriz Emily Mortimer interpreta a protagonista Florence Green, cujo desejo de construir uma livraria esbarra nos interesses de Violet Gamart – nas telas, vivida por Patricia Clarkson. Poderosa e influente, Gamart tem outros planos para a centenária casa que a protagonista escolheu como sede para seu estabelecimento. “A livraria” foi finalista do Booker Prize em seu ano de lançamento. Já a versão cinematográfica foi uma das grandes vencedoras do prêmio Goya deste ano, entregue no início de fevereiro: levou os troféus de melhor filme, direção e roteiro adaptado.

Ao mesmo tempo em que escreve uma história quase bucólica sobre uma pequena vila de interior e seus costumes, Fitzgerald adiciona toques melancólicos e até sombrios ao mostrar o pior lado de uma sociedade baseada em privilégios sociais. No microcosmo de Hardborough – como na vida – a inveja e a crueldade que vêm atreladas ao poder podem atrapalhar o final feliz. Com sua escrita precisa, a autora conta uma história atemporal.


TRECHO DA APRESENTAÇÃO: 
Apesar de a questão de classe aparecer a todo momento em A livraria, dinheiro e status social não são os divisores. O romance é político no sentido em que as afinidades e os instintos de Fitzgerald, assim como os de Florence, são liberais e amplamente contra o autoritarismo, mas o divisor real na vida, o que importa, se dá entre os “exterminadores e exterminados, com os primeiros predominando o tempo inteiro”. Esse é um tema recorrente nos romances de Fitzgerald, especialmente nos primeiros, inspirados em momentos de sua vida, e é difícil pensar em outro autor que escreva sobre o fracasso com tanta compaixão e perspicácia.” (David Nicholls)

Penelope Fitzgerald (1916-2000) foi uma das mais célebres romancistas, poetas, ensaístas e biógrafas da Inglaterra do século XX. Ganhou o Booker Prize em 1979 com “Offshore”. Em 1999, ganhou o Golden Pen Award por sua contribuição à literatura.

Livro: A livraria (The bookshop)
Autora: Penelope Fitzgerald 
Tradutor: Sonia Coutinho
Páginas: 160

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

.: Cia. Casa da Tia Siré: DesPrincesa desmistifica os contos de fadas

Crédito: Jonatas Marques
Montagem da Cia. Casa da Tia Siré desmistifica os contos de fadas no infantil DesPrincesa


A Companhia Casa da Tia Siré apresenta o espetáculo infantil DesPrincesa de 3 de março a 1º de abril, no Centro Cultural São Paulo. As sessões acontecem aos sábados e domingos, às 16h, com ingressos gratuitos.

Com texto e atuação de Andressa Ferrarezi e Juh Vieira, sob direção de Vera Lamy, a peça destaca, por meio da história da menina Lila, como as questões de gênero – que muitas vezes permanecem invisíveis - podem ser realçadas, ludicamente, favorecendo à expressão de dúvidas e sentimentos que são comuns entre meninas e meninos no seu desenvolvimento.

Lila é uma criança de sete anos, que no seu primeiro dia de férias é convocada, pela avó, a arrumar o quarto começando pelo guarda-roupa. Dentro do armário, Lila encontra seu brinquedo, um dinossauro inflável, que será seu companheiro com quem vai desbravar os mundos existentes por trás dos portais do reino do guarda-roupa. Juntos, eles embarcam em uma série de aventuras, que aos poucos mostram à protagonista que ela não é com as princesas dos contos de fadas.

Lila sugere ao dinossauro que seja seu príncipe, dragão, bruxa e fada-madrinha e passeia pelo mundo dos contos-de-fada, tornando-se a princesa das histórias por ela conhecidas. Mas, a cada história, Lila percebe seus desejos e comportamento cada vez mais distantes aos das princesas descritas nas fábulas e começa a “desprincesar-se”.

“DesPrincesa não é uma negativa ao imaginário das fábulas, mas um reconhecimento  do limite  entre a brincadeira imaginada e a vida real. Uma percepção de que as histórias de princesa, o mundo perfeito e a felicidade eterna são idealizações, mas que a realidade possui outras características e portanto é possível manter vivos os desejos e aspirações dos nossos primeiros anos”, fala Vera Lamy, diretora do espetáculo.

A peça integra o projeto CompArte: Gestando Poéticas - 10 Anos de Cia. Casa da tia Siré, contemplada com a 30ª. Edição do Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, que resultou em quatro novas montagens: DesPrincesa, Gesta Mullier,Assombrosas e Adoráveis Criaturas Repulsivas, todas com dramaturgia própria.  A proposta atual do grupo é dar continuidade a este intercâmbio ampliando as possibilidades de criação com estudos práticos e oficinas.

Sobre a Companhia Casa da Tia Siré: Em 2008, a Cia. Casa da Tia Siré montou o espetáculo Rua Florada, sem saída abordando jogos infantis e rituais de passagem, propondo uma reflexão acerca dos valores e das contradições de um mundo deformado pelos adultos, mas que ainda abriga possibilidades de transformação. O resultado percebido foi uma maior aproximação e uma crescente preocupação com o vínculo afetivo e o cuidado entre pais/mães e filhos/filhas, inclusive, durante as apresentações.

Nestes quase dez anos de existência da Companhia, alguns procedimentos mostraram-se bastante significativos dentro da proposta de interlocução com crianças, adolescentes e pais. Certas intervenções em espaços públicos e escolas - vivências de brincadeiras e piqueniques coletivos - foram potentes instrumentos de provocação ao reunir crianças e adolescentes no espaço de entrega e brincadeira.

As narrativas e experiências destes interlocutores contribuíram para a criação do pensamento, dos procedimentos e construção de cenas. Os espetáculos, oficinas e estudos do grupo propõe questões relacionadas à formação do individuo como o vínculo afetivo (Gesta Mullier), as questões de gênero (DesPrincesa), crenças e intolerância (Assombrosas), relações sociais (Adoráveis Criaturas Repulsivas) e diversidades culturais. E todo artista ou grupo convidado potencializa as vertentes do projeto com sua experiência artística e/ou militante.

Ficha Técnica:
Texto - Andressa Ferrarezi e Juh Vieira. Direção - Vera Lamy. Elenco - Andressa Ferrarezi e Juh Vieira. Produção - Thaís Campos. Iluminação - Erike Busoni. Operação de luz e som - Glauber Pereira. Cenário – Fabian Alonso. Preparação Corporal - Karina Ka. Preparação Vocal - Rani Guerra. Programação Visual - Jonatas Marques. Assessoria de imprensa - Adriana Balsanelli. Realização - Cia. Casa da Tia Siré e Programa Municipal de Fomento ao teatro para a Cidade de São Paulo.

Serviço:
DESPRINCESA – De 3 de março a 1º de abril no Centro Cultural São Paulo.
Temporada: Sábados e domingos às 16h. Ingressos: grátis. Classificação etária: livre.
Agendamentos para escolas com Litta Mogoff - 11 99698-7620 e Thaís Campos - 11 99654-0474.

CENTRO CULTURAL SÃO PAULO - Sala Jardel Filho. Telefone – 11 3397-4002.
R. Vergueiro, 1000 - Paraíso - São Paulo. Capacidade: 321 lugares. Acessibilidade.

.: Resenha crítica de "A Grande Jogada", filme ágil e envolvente

Por Mary Ellen Farias dos Santos 
Em fevereiro de 2018


Uma trama intrigante e um roteiro cheio de reviravoltas. "A grande jogada", filme que recebeu apenas uma indicação ao Oscar, na categoria Melhor Roteiro Adaptado, é envolvente. Não somente pelo enredo bem elaborado, mas pelo toque especial do diretor Aaron Sorkin. A narrativa não linear, é instável, embora pareça caminhar para a tranquilidadeEm constante efervescência, os ingredientes de um filme de qualidade entram em perfeita ebulição.

O longa que é baseado na história real de Molly Bloom, a autobiografia "Molly’s Game" -título original do filme-, apresenta Jessica Chastain -de "Interestelar"- na pele da protagonista. Inicialmente, o público a conhece quando jovem, uma promissora esquiadora de freestyle, diante da grande oportunidade da vida de atleta, mas um galho muda o percurso e é obrigada a desistir da carreira. Assim, o caminho da jovem toma um rumo extremamente inesperado -pelo menos para o pai durão, interpretado por Kevin Costner.

Com a narrativa de Molly, ao conhecermos mais da protagonista e dos personagens que transitam pelo espaço dela, é a edição perfeita que dita o ritmo da película, extremamente ágil. Seja ao apresentar a transformação da atleta em uma grande personalidade do pôquer underground ou nas explicações das sacadas e tramoias da jogatina.



A atuação da talentosa Jessica Chastain em parceria com Idris Elba, que interpreta Charlie Jaffey, o advogado de defesa no caso "Os E.U.A. contra Molly Bllom" é de arrepiar. Seja na tentativa de Molly em convencê-lo a aceitá-la como cliente ou no discurso efusivo do defensor direcionado aos promotores de acusação. Cenas de arrepiar!

Do topo da pista de esqui até a queda da atleta, incluindo a narrativa da protagonista, nada sobra no filme. Tudo estabelece conexão, embora o esporte faça a maior ligação na trama. Por mais que mergulhe no universo do pôquer e suas implicâncias, não há dúvida de que "A grande jogada" é uma história pautada na relação pai e filha. Os encontros e desencontros, enganos e desenganos é que norteiam o percurso da vida de Bloom. 

Receber apenas uma indicação ao Oscar, em uma lista de "Melhor Filme" que inclui o arrastado "Trama Fantasma", é um tanto que surpreendente, uma vez que "A grande jogada" é um excelente filme. Imperdível!


Filme: A Grande Jogada (Molly's Game, EUA)
Ano: 2017
Gênero: Drama, policial
Estreia: 22 de fevereiro de 2018 (no Brasil)
Duração: 2h 20min
Direção: Aaron Sorkin
Roteiro: Aaron Sorkin

Elenco: Jessica Chastain, Idris Elba, Michael Cera, Kevin Costner, Brian d'Arcy James, Bill Camp, Chris O'Dowd 



*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm




Sobre o Cine Roxy: Em mais de oito décadas, o Roxy é caso raro de cinema que acompanhou a transformação da maneira de se exibir um filme: dos primeiros e grandes rolos de película ao sistema digital. A rica trajetória se deve à perseverança e o senso empreendedor da família Campos: de pai para filho, chegou ao atual diretor do Roxy, Antônio Campos Neto, o Toninho Campos. A modernização, aliada à tradição, transformou o Roxy no principal cinema do litoral paulista, fato que rendeu a Toninho o Prêmio ED 2013 na categoria Exibição -Destaque Profissional de Programação, considerado o principal do país nos segmentos de exibição e distribuição. E o convite para ser diretor cultural do Santos & Convention Visitors Bureau.

.: Romancista que venceu a Síndrome de Burnout usa literatura para alertar

Romancista Mineira que venceu a Síndrome de Burnout utiliza a literatura como instrumento de alerta. Escritora concilia jornada tripla e aposta no gênero romance para exaltar a força da figura feminina


Empatia, força de vontade, fé, esperança e a desconstrução da vida perfeita como nos comerciais de margarina. Essa é a mensagem que a autora Renata R. Corrêa transmite em suas obras literárias. A mineira natural de Guimarânia, interior do estado, foi diagnosticada com a síndrome de Burnout em 2014, um distúrbio caracterizado pelo esgotamento físico e mental intenso, é mãe de gêmeos, médica oftalmologista e ainda encontra tempo para se dedicar a escrita diariamente. 

Em meio a essa jornada, a autora, assim como muitas pessoas que passam por um período de stress prolongado acompanhando de cobranças excessivas, perfeccionismo e foco no trabalho, se viu no dever de compartilhar esse momento difícil através da literatura. A superação da síndrome de Burnout foi a inspiração para a obra Um ano Sabático. O livro conta a história de Rafaela, uma fisioterapeuta que se vê em um momento da vida onde tudo perde o sentido. Diagnosticada com Burnout, a personagem precisa recomeçar do zero e iniciar um novo ciclo, tanto na carreira quanto na vida pessoal.

“Nós, mulheres, somos mães, profissionais, esposas e nos cobramos para sermos brilhantes e perfeitas em tudo. Só que o excesso de cobrança e a busca incansável pelo perfeccionismo pode acarretar problemas sérios para a saúde, nos levando ao esgotamento físico, emocional, mental… tal como aconteceu comigo,” explica a escritora Renata R. Corrêa que acumula um portfólio de mais três romances.

Entre as obras estão: As coisas não são bem assim, publicada pela editora Pandorga em julho de 2017, Contra todas as probabilidades, seu primeiro romance em formato de ebook e por último Amores e Desamores, uma coletânea de onze contos curtos que abordam todas as perspectivas do amor bem como os medos, as inseguranças, os sofrimentos, sonhos e alegrias. Além destes a escritora conta com uma participação no ebook Sob os Fogos de Copacabana em parceria com outros três autores.

De acordo com a escritora, seu objetivo é utilizar a literatura para difundir boas doses de empoderamento feminino e mostrar que as mulheres podem ser felizes e realizadas em todas as esferas da vida, seja na pessoal ou profissional. “Utilizo os meus romances para inspirar as mulheres, motivá-las e estimulá-las a irem em busca de seus sonhos, desejos e realizações. É importante que nós, mulheres, busquemos o equilíbrio e possamos ser felizes no amor, na profissão e em tudo aquilo que queremos conquistar ”, finaliza a escritora Renata R. Corrêa. 

Sobre Renata R Corrêa: Uma romântica incorrigível, procura sempre passar uma mensagem de esperança com suas histórias. Escreve em seu blog https://www.autorarenatarcorrea.com/blogr e já escreveu quatro romances, voltados para o público New adult, e um livro de contos, sendo que Contra todas as probabilidades, seu romance de estreia e seu livro de contos Amores e Desamores, foram publicados de forma independente, em ebook na Amazon. Seu segundo romance, As coisas não são bem assim, foi lançado pela editora Pandorga, em junho de 2017. Em setembro de 2017 lançou seu quarto livro, e o terceiro romance, Um ano Sabático, em ebook de forma independente na Amazon. Juntamente com três amigos, lançou o livro de contos Sob os Fogos de Copacabana. 

.: #ResenhandoIndica: O perfil da raposa Juniper no Instagram

Já conhece o perfil @juniperfoxx no Instagram? Essa raposa é bem amigável, pois tem uma família diferenciada. Aparentemente dócil, o animal convive e brinca com outra raposa -que perdeu um dos olhos- e dois cachorros de porte grande. Confira o #ResenhandoIndica e divirta-se também!


Uma publicação compartilhada por J U N I P E R & F I G (@juniperfoxx) em

Uma publicação compartilhada por J U N I P E R & F I G (@juniperfoxx) em

.: Getty é Scrooge em "Todo o Dinheiro do Mundo"

*Texto escrito pelo cineasta Daniel Bydlowski para o jornal A tarde


Um dos museus mais famosos de Los Angeles, o Getty Museum, apresenta uma impressionante coleção artística que conta com exposição de arte desde a Idade Média até a atualidade. Quem o visita, tem uma impressão diferente de outros museus, já que a presença de obras artísticas de tantos lugares e tempos distintos parece mais uma coleção pessoal do que uma exposição feita por curadores tradicionais. Isso acontece porque o Getty Museum é exatamente uma antiga coleção pessoal de Jean Paul Getty, considerado em 1966 pelo Guinness o homem mais rico do mundo. Com o dinheiro de sua companhia petrolífera, Getty investia na compra de artefatos importantes, especialmente da Grécia e de Roma (há quem diga que ele acreditava ser a reencarnação do imperador romano Hadrianus). Assim, muitos dos artefatos não eram originalmente destinados ao museu, mas sim a casa de Getty.

Um homem tão rico e extravagante é geralmente acompanhado por histórias peculiares e curiosas, e isso não é diferente para ele. E é a parte mais trágica de sua história que "Todo o Dinheiro do Mundo" conta. Vivendo a vida como o personagem Scrooge, do conto “Um Conto de Natal”, de Charles Dickens, Getty protege cada dólar e cada centavo de maneira agressiva, mesmo possuindo bilhões de dólares. Diferentemente deste personagem, porém, Getty dá importância a sua família, desde que estes se conformem com os seus desejos.

Assim, quando seu filho necessita de dinheiro e vai, com sua mulher e filho, para a Itália (onde Getty decidiu viver), o bilionário os acolhe. Porém, a busca por ganhos continua. Ele coloca seu neto, John, para ler cartas de pessoas implorando por dinheiro, e nega os pedidos de maneira fria e direta, mesmo quando estas pessoas o pedem por ter doenças ou outros problemas sérios. Essa forma de lidar com sua fortuna nos dá um indício do que pode acontecer se sua família agir de modo contrário ao que se espera.

Seu filho, também chamado John, interpretado por Andrew Buchan, se torna viciado e trai a mulher Gail Harris (Michelle Williams). Ela, então, decide pedir divórcio e consegue a custódia de seu pequeno filho dizendo que quer apenas isso e nenhum dinheiro. Getty não entende como a nora faz isso, e acha que ela esconde algum trunfo que ele não consegue compreender. Assim, Getty tenta se desligar tanto da nora quanto do neto.

Porém, todo este quadro fica mais complicado quando seu neto é raptado por sequestradores italianos que querem milhões de dólares para devolver o garoto para a família. E o filme se foca exatamente no modo único e excêntrico que Getty lida com a situação, sempre tentando negociar até mesmo com sua família. O personagem principal do filme, então, fica claro, é Gail, a nora de Getty que agora precisa convencer o bilionário colecionador de arte a dar o dinheiro para a família que queria esquecer.


O filme mostra tanto o lado de Getty quanto o lado de Gail, de seu neto e ainda dos sequestradores, criando uma dinâmica muito interessante em que a paixão por arte, o amor pela família e o apego ao dinheiro criam obstáculos contra a simples solução do problema. Interpretado por Christopher Plummer, o personagem Jean Paul Getty consegue incorporar todas essas paixões e conflitos em um filme em que Getty lembra Scrooge.

Daniel Bydlowski é cineasta brasileiro e artista de realidade virtual com Masters of Fine Arts pela University of Southern California e doutorando na University of California, em Santa Barbara, nos Estados Unidos. É membro do Directors Guild of America. Trabalhou ao lado de grandes nomes da indústria cinematográfica como Mark Jonathan Harris e Marsha Kinder em projetos com temas sociais importantes. Seu filme NanoEden, primeiro longa em realidade virtual em 3D, estreia em breve.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

.: Lista: Filme Ruim? Depende do ponto de vista

A partir da lista de indicados a pior filme pelo Framboesa de Ouro 2018, pesquisa SEMrush revela os títulos mais buscados pelos brasileiros na Internet


"Cinquenta Tons de Liberdade", o terceiro da franquia "Cinquenta Tons de Cinza", é uma das principais apostas para o prêmio de Pior Filme de 2017 pelo Framboesa de Ouro. O número de buscas sobre o filme na Internet, contudo, mostra que os brasileiros não estão muito preocupados com a qualidade da produção. O filme, que romantiza - até demais - uma relação de sadomasoquismo, é o mais procurado pelos brasileiros na Internet segundo levantamento da SEMrush, líder mundial em marketing digital.

O longa estrelado por Jamie Dornan e Dakota Johnson registrou mais de 273 mil procuras em ferramentas de pesquisas como Bing e Google, ficando à frente de "A Múmia", com Tom Cruise no papel de protagonista, que obteve 122 mil pesquisas. Nem mesmo os corpos sarados e as belíssimas praias evitou que "Baywatch", remake do clássico seriado homônimo e estrelado por Zac Efron e Dwayne Johnson, ficasse fora da lista do Framboesa, o que acabou concedendo ao filme uma honrosa menção na lista pesquisada pela SEMrush: provavelmente pelos mesmos motivos (corpos sarados e belíssimas praias) Baywatch garantiu o terceiro lugar no ranking dos piores dos piores da SEMrush, com cerca de 110 mil buscas.

Em quarto e quinto lugares vêm "Emoji - O Filme" e "Transformers - O Último Cavaleiro", que, embora não sejam um primor do cinema contemporâneo, conquistaram lugar na lista da SEMrush com cerca de 81 mil e 79 mil pesquisas respectivamente. No fim, a busca por esses títulos prova que o brasileiro não está muito preocupado com prêmios, ele quer mesmo é comer pipoca e se divertir, mesmo que seja com filme ruim.

O levantamento inédito foi realizado pela SEMrush, líder mundial em marketing digital, e considerou as procuras pelos títulos durante o mês de janeiro de 2018 em ferramentas de busca como Bing e Google.



.: Resenha crítica de "Lady Bird - É hora de voar", indicado ao Oscar 2018

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em fevereiro de 2018



O longa indicado ao Oscar, "Lady Bird - É hora de voar" apresenta um recorte da vida de Christine (Saoirse Ronan). Típica adolescente que bate de frente com a mãe controladora Marion McPherson (Laurie Metcalfeque, por sua vez, também é extremamente parceira -e até amiga. Num estilo "Malhação" (série brasileira, da Rede Globo), a narrativa é constante, não usa de reviravoltas para chocar o público, no máximo surpreende com uma atitude inesperada, seja a da moça -quando está no carro com a mãe- ou o flagra que ela dá em Danny O'Neill (Lucas Hedges, de "Três anúncios para um crime"). 

Com uma pegada de filme independente, a produção dirigida por Greta Gerwig passa a sensação de ter simplesmente aberto o diário da jovem Christine para interpretá-la de modo cronológico. Qual é o período a ser retratado? 2002, o último ano do colégio de Lady Bird e a tentativa de fazer faculdade longe de Sacramento, Califórnia - o que a mãe, obviamente, reprova. No entanto, a ideia da jovem ganha apoio do pai -em segredo. 

Até que tenha uma resposta de mudança -drástica- de vida ou não, a moça estudante no colégio católico, conquista o primeiro namorado, descobre o sexo com Kyle Scheible (Timothée Chalamet, de "Me chame pelo seu nome"), as verdadeiras amizades, enquanto mantém embates com a mãe. Quem nunca ouviu da progenitora algo similar a "Como eu criei alguém tão esnobe?". Contudo, é nos momentos mais difíceis que Lady Bird tem o afago de Marion. Embora a mocinha tenha certo desvio de conduta -rouba uma revista-, o longa de 1h35m de duração retrata, unica e exclusivamente, os dilemas de uma adolescente comum. Nada mais do que isso!

"Lady Bird - É hora de voar" é um filme despretensioso e extremamente singelo. Por outro lado, há o mérito de Greta Gerwig, aos 34 anos, indicada ao Oscar 2018 por "Melhor Direção", tornando-se a quinta mulher na história a concorrer na categoria, além de concorrer a "Melhor Filme", "Melhor Atriz", "Melhor Atriz Coadjuvante" e "Melhor Roteiro Original".



Filme: Lady Bird - É hora de voar (Lady Bird, EUA)
Direção: Greta Gerwig
Gênero: Drama, comédia
Elenco: Saoirse Ronan, Laurie Metcalf, Tracy Letts, Lucas Hedges, Timothée Chalamet
Bilheteria: 45,6 milhões USD
Data de lançamento: 15 de fevereiro de 2018 (Brasil)


*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm



Trailer

.: Resenha de "Lou", curta indicado ao Oscar 2018

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em fevereiro de 2018



Crianças podem ser cruéis, seja com algum brinquedo ou até com "coleguinhas". O curta de Dave Mullins e Dana Murray, intitulado "Lou", exibido nos cinemas antes do longa animado "Carros 3" e indicado ao Oscar 2018 na categoria Melhor Curta Animado, trata esse comportamento de modo eficaz. De um lado crianças que simplesmente abandonam os objetos onde dá na telha e a que provoca retirando -a bel prazer- tudo o que é do outro.

Após um intervalo escolar, diante de tantos itens largados pelo pátio, a caixa de "Achados e perdidos" -LOst and foUnd, daí o nome do curta, que são justamente as letras faltantes do caixote de madeira- ganha vida e recolhe tudo para que seus donos os reencontre. Contudo, o valentão da turma, o que tenta pegar o que é dos outros, aprende uma lição preciosa de Lou.

A produção da Pixar e Walt Disney Pictures dá exemplos de comportamento aos pequenos, enquanto relembra personagens dos próprios longas animados. Dentro da caixa, com todos os objetos perdidos reunidos, ao "chamar" a segunda bolinha de baseball para junto e formar os olhos de Lou, numa fração de segundos, surge um "Nemo". Contudo, é o valentão que remete -e muito- ao menino das cavernas de "O Bom Dinossauro". 


Proposital ou não, ao fugir do malvado, Lou de mochila nas costas com o casaco vermelho e os olhos de bolas de baseball, remete ao protagonista do clássico filme "E.T. - O Extraterrestre". As referências não ficam por aqui. O casaco com capuz chega a formar o vilão "Randall" e a pequena "Boo" de "Monstros S.A", com direito a olhinhos acima da cabeça. Até a lagosta Sebastião de "A Pequena Sereia" surge na tela, quando ainda Lou tenta escapar do valentão. 

Já Riley, de "Divertidamente", aparece na pele de uma menina brincando com um lindo porquinho de pelúcia -com o acréscimo de um óculos. Sem deixar de salientar que o ambiente escolar, lembra a creche Sunnyside em que os brinquedos de "Toy Story 3" resolvem se mudar. Quem é Lou? É um ser que assume uma figura semelhante a de um Elmo, embora a vida dele esteja nos objetos perdidos. 

E essa aula em formato animado com duração de quatro minutos, repleta de homenagens é válida? Sem dúvida! "Lou", de Dave Mullins e Dana Murray concorre ao prêmio de "Melhor Curta em Animação" junto a "Dear Basketball", de Glen Keane e voz de Kobe Bryant, "Garden Party", de Victor Caire e Gabriel Grapperon, "Negative Space", de Max Porter e Ru Kuwahata e "Revolting Rhymes", de Jakob Schuh e Jan Lachauer. 


*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm



Assista o curta e três melhores cenas de "Carros 3"

.: ‘O Doutrinador’: Primeiras fotos do personagem com máscara

‘O Doutrinador’: divulgadas as primeiras fotos do personagem com máscara e uniforme, como aparecerá no filme e na série. Longa está sendo filmado em São Paulo e estreia nos cinema em setembro


A Downtown Filmes, a Paris Filmes e a Paris Entretenimento acabam de divulgar as primeiras imagens do Doutrinador, personagem dos quadrinhos criado por Luciano Cunha, caracterizado para o filme. Vestindo a emblemática máscara respiratória, com brilhantes olhos vermelhos, o personagem interpretado pelo ator Kiko Pissolato utiliza também um uniforme completamente negro para perseguir políticos, empresários e agentes corruptos. 

Fiquei muito feliz com o resultado da caracterização para o filme, o personagem está sombrio como um anti-herói deve ser. Acho que vamos marcar uma nova etapa para o audiovisual nacional em relação a filmes de gênero”, diz Cunha.

“O Doutrinador” chega aos cinemas brasileiros em setembro deste ano, com direção de Gustavo Bonafé e codireção de Fábio Mendonça. Em 2019, o personagem também será o protagonista de uma série exibida pelo canal Space. O filme e a série foram criados pelo próprio Luciano Cunha e por Gabriel Wainer, que também assinam o roteiro ao lado de Mirna Nogueira, LG Bayão, Guilherme Siman, Rodrigo Lage e Denis Nielsen.

No elenco, além de Pissolato, estão Eduardo Moscovis, Marília Gabriela, Helena Ranaldi, Tainá Medina, Carlos Betão, Samuel de Assis e Tuca Andrada, entre outros. A produção é da Paris Entretenimento e a distribuição da distribuição da Downtown/Paris Filmes.

Sinopse: “O Doutrinador” é um anti-herói no melhor estilo dos vigilantes dos quadrinhos. O Doutrinador é Miguel, um agente federal altamente treinado que vive num Brasil cujo governo foi sequestrado por uma quadrilha de políticos e empresários. Uma tragédia pessoal o leva a eleger a corrupção endêmica brasileira como sua maior inimiga. E ele começa a se vingar da elite política brasileira em pleno período de eleições presidenciais, numa cruzada sem volta contra a corrupção.

Ficha Técnica:
Direção do filme: Gustavo Bonafé. Codireção: Fabio Mendonça
Direção da série: Gustavo Bonafé e Fábio Mendonça
Criação: Luciano Cunha e Gabriel Wainer
Roteiro: Mirna Nogueira, LG Bayão, Guilherme Siman, Rodrigo Lages, Gabriel Wainer, Luciano Cunha e Denis Nielsen.
Produção: Sandi Adamiu, Bruno Wainer, Marcio Fraccaroli
Produção Executiva: Renata Rezende
Direção de Fotografia: Rodrigo Carvalho
Produtora de elenco: Renata Kalman
Diretor de Arte: Marghe Pennacchi
Figurinista: Flavia Lhacer
Montador: Federico Brioni
Elenco: Kiko Pissolato (Miguel), Samuel de Assis (Edu), Tainá Medina (Nina), Marília Gabriela (Ministra Marta Regina), Eduardo Moscovis (Sandro Correa), Helena Ranaldi (Julia Machado), Natália Lage (Isabela), Natallia Rodrigues (Penélope), Tuca Andrada (Delegado Siqueira), Gustavo Vaz (Anterinho), Carlos Betão (Antero Gomes), Ricardo Dantas (Dantão), Nicolas Trevijano (Diogo), Eucir de Souza (Dep. Djalma Dias), Eduardo Chagas (Oliveira), Lucy Ramos (Marina Sales)

Sobre a Paris Entretenimento: Após dois anos como coprodutora de grandes sucessos de bilheteria, como a trilogia “Até que a Sorte nos Separe”, a Paris Entretenimento consolidou-se como produtora em 2015, com o lançamento do longa “Carrossel - O Filme”, que fez 2.7 milhões de espectadores e tornou-se o quarto filme nacional mais visto do ano.

Entre 2016 e 2017, a Paris Entretenimento foi a produtora que mais lançou filmes no país, com um total de sete longas- metragens exibidos em circuito comercial. Os gêneros variados dessas produções consolidam nossa proposta de abrangência de mercado, explorando diferentes nichos de acordo com as tendências comerciais da época. Desses sete filmes lançados nos últimos meses, dois são adaptações de séries infantis de televisão (“Carrossel 2 - O Sumiço de Maria Joaquina” e “Detetives do Prédio Azul - O Filme”), outros dois são infanto-juvenis voltados ao público masculino (“Internet - O Filme”) e feminino (“Meus 15 Anos”), uma comédia romântica destinada ao público adulto (“Um Namorado Para Minha Mulher”), e dois documentários (“Teresinha” e “Aqualoucos”), este último lançado na 41a Mostra Internacional de Cinema.

Nossa busca por atender à demanda do público brasileiro continua em 2018, por isso selecionamos nossos projetos futuros com base nas tendências de mercado para os próximos meses. Em novembro de 2017 iniciamos a produção de “O Doutrinador”, aventura do gênero super-herói que será lançada nos cinemas em Setembro de 2018 e, em seguida, em formato seriado pelo canal Space.

.: Resenha de "O caso da menina sonhadora", de Daniel Martins de Barros

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em agosto de 2018


O desinteresse pela leitura de Bárbara em "O caso da menina sonhadora", de Daniel Martins de Barros é o fio condutor do enredo extremamente próximo ao que pensam tantos não-leitores. A publicação da Panda Books, ilustrada por Biry Sarkis, em 90 páginas, mergulha na mente humana ajudando a entender o que leva uma pessoa a sentir sono durante a leitura de um livro.

Entretanto, a menina Bárbara decide seguir a linha de pensamento de Sherlock Holmes e empenha-se em solucionar tal problema. "Todas as noites lia um livro antes de dormir. Claro que nem sempre lia um livro inteiro de uma vez - às vezes, passava  semanas com a mesma história, porque caía no sono, no meio da leitura."


Sabendo ler sozinha, sem precisar da mãe, a garota armou o plano de ler aventuras do famoso detetive, Sherlock Holmes, antes de dormir. Conforme avançava na leitura de contos clássicos, a menina insistia nas tentativas de encontrar Holmes nos sonhos. Aos poucos, Bárbara cumpre o objetivo e a cada encontro, faz diversas perguntas ao investigador. O que ela descobre? Que "a sonolência, o sono e até os sonhos, tudo isso é produzido em nossa mente."


Nessa viagem ao universo mágico da mente, tendo Holmes ao lado, a menina encontra variados personagens dos clássicos contos da carochinha. Desde a sonolenta "Bela Adormecida", o menino mentiroso de "Pedro e o Lobo até "O patinho feio". Sem dúvida, "O caso da menina sonhadora" é uma excelente opção de leitura em sala de aula.



Livro: O caso da menina sonhadora

Autor: Daniel Martins de Barros
Editora: Panda Books
Ilustração: Biry Sarkis
90 páginas


*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm


.: Teatro Positivo completa 10 anos em março

Maior teatro paranaense já recebeu mais de 2 milhões de pessoas


No dia 29 de março de 2008 nascia o Teatro Positivo, o maior teatro do Paraná e, com 2400 lugares, um dos maiores do Brasil. Ao longo destes 10 anos, mais de 2 milhões e 400 mil pessoas passaram pelo espaço, que tem instalações e equipamentos que permitem receber todos os tipos de eventos, desde grandes espetáculos de música, dança e teatro, até formaturas, congressos e convenções.

Segundo Marcelo Franco, diretor executivo do teatro desde sua inauguração, o pacote de serviços e as vantagens estratégicas de produção no espaço são o diferencial. “Oferecemos uma infraestrutura cênica completa, com telões e equipamentos de som já instalados, flexibilidade de horários e uma doca anexa ao palco, que facilita muito a montagem dos espetáculos. Os produtores percebem a diferença e priorizam o Teatro Positivo por isso”, explica. Entre as principais características, pode-se destacar as coxias amplas, varas móveis, cabines de som, luz, projeção e tradução. Além disso, os técnicos operadores conseguem acessar com segurança e facilidade duas passarelas embutidas no forro que abrigam os equipamentos de som e de luz.

Todas as vantagens fizeram com que, nesses 10 anos, centenas de artistas renomados e eventos de grande porte passassem pelo Teatro Positivo. O diretor destaca nomes como Roberto Carlos, Ringo Starr, Billy Paul, Lionel Rich e espetáculos do Circo Nacional da China, Disney, entre outros. Para total utilização do espaço, são recebidos ainda congressos e convenções, são exemplos: o Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação, a Conferência Internacional de Promoção à Saúde e a Conferência Nacional dos Advogados (OAB). “Temos uma média de ocupação de 200 dias por ano. São 80 espetáculos em média e complementamos o restante com congressos e eventos. Em termos de Brasil, é um dos teatros que mais tem ocupação durante o ano”, destaca Franco.

Com projeto do arquiteto Manoel Coelho, o Teatro Positivo foi inspirado no Teatro Grego Epidaurus, do século IV a.C., e é mundialmente conhecido por oferecer aos espectadores visão e audição perfeitas em qualquer lugar da plateia. Ademais, a estrutura do Teatro destaca-se, no campus da Universidade Positivo, pelo porte e composição que relaciona três volumes curvos.

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