quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

.: Após temporada de sucesso, musical "Silvio Santos Vem Aí" reestreia


Apresentada pela Paris Cultural, a comédia musical volta em cartaz dia 18 de fevereiro no Teatro Raul Cortez. Foto: Adriano Dória 


Com texto de Marília Toledo e Emílio Boechat, direção de Fernanda Chamma (que também assina a coreografia) e Marília Toledo, além de direção musical de Marco França, a comédia musical "Silvio Santos Vem Aí" faz nova temporada no Teatro Raul Cortez, em São Paulo, de 18 de fevereiro a 10 de abril de 2022. 

O espetáculo faz um recorte na vida do apresentador e empresário Senor Abravanel (vivido pelo ator Velson D’Souza) desde sua infância, quando era camelô no Rio de Janeiro, até a década de 90, logo após a consolidação do SBT. Com personagens icônicos como Gugu Liberato, Hebe, Elke Maravilha, Wagner Montes, Bozo, Pedro de Lara entre outros, a peça promete agradar todas as gerações.

O elenco é formado pelos atores Adriano Tunes (Velha da Praça / Nahim), Bianca Rinaldi (Íris Abravanel), Bruno Kimura (Anestesista / Bailarino Russo), Daniela Cury (Rebeca Abravanel / Hebe Camargo), Giselle Lima (Gretchen / Telemoça / Cantora de Rádio), Gustavo Daneluz (Silvio Jovem), Ivan Parente (Pedro de Lara), Ju Romano (Rosana / Telemoça), Juliana Bógus (Aracy de Almeida), Léo Rommano (Atrasildo / Manoel de Nóbrega Alternante), Lucas Colombo (Bozo), Mari Amaral (Mara Maravilha / Telemoça), Paula Flaibann (Elke Maravilha), Rafael Aragão (Alberto Abravanel / Luiz Caldas / Silvio Alternante), Roquildes Junior (Roque), Thiago Garça (Pablo / Bailarino Russo), Velson D’Souza (Silvio Santos), Verônica Goeldi (Boneca Bolinha de Sabão / Telemoça), Vinícius Loyola (Gugu Liberato / Gilliard / Sérgio Mallandro) e Yasmin Calbo (Boneca Bolinha de Sabão / Telemoça).

Para Marília Toledo, fazer um musical 100% nacional é um dos principais desafios deste trabalho e também o seu maior orgulho. “Falar de uma figura tão emblemática da nossa cultura popular, usando a música como fio condutor da história, nos permite uma boa liberdade estética. Isso se dá porque conhecemos bem os personagens ligados ao Silvio Santos, além dos ritmos e canções que acompanharam a trajetória do apresentador e empresário desde sua ascensão profissional até a década de 90, que é a linha cronológica da dramaturgia, escrita por mim e pelo Emilio Boechat”, comenta Marília.

Já Emilio Boechat conta que a peça foi escrita ao longo de um ano e meio. “Investimos um bom tempo levantando uma timeline de eventos importantes na vida do Silvio. Depois jogamos esses eventos dentro da estrutura clássica de um musical. Foi quando decidimos contar a história do Sílvio por meio de um devaneio, como em ‘All That Jazz’. A partir daí, escrevemos poucas cenas juntos. Como era difícil coincidir nossas agendas de trabalho, eu escrevia algumas cenas quando podia e ela também. Pouco antes do início dos ensaios escrevemos juntos as cenas que faltavam. Mas sabíamos que com a entrada do Marco França muitas cenas com diálogos seriam transformadas em música. Era um desejo dos dois que o espetáculo fosse conduzido pelas canções", comenta.

O ator Velson D’Souza, de 35 anos, foi o escolhido para interpretar Silvio Santos – ele trabalhou no SBT em novelas como "Cristal", "Revelação" e "Vende-se Um Véu de Noiva", e com o próprio apresentador no Programa Sílvio Santos. Para se preparar para esse papel desafiador, ele conta que tem procurado fugir da caricatura do homenageado, que já foi imitado por tantas personalidades.

“Estou tentando partir da desconstrução. Minha abordagem é olhar as situações da vida dele com o máximo de verdade, da maneira mais próxima de mim, do que eu vivi e me colocar no lugar dele. Acho que a convivência com ele ajudou bastante, sobretudo para perceber que ele é daquela forma que conhecemos mesmo quando não está em cena. E trazer um pouco da voz do Silvio, sobretudo do timbre. Não para ficar aquela coisa carregada, mas para termos uma pequena diferenciação de quando é o showman e quando está conversando com outras pessoas fora de cena, como, por exemplo, com Manoel da Nóbrega. O grande lance é não ficar aquela caricatura do Silvio Santos que todo mundo faz. E isso também funciona para o gestual. Tem a questão da mão, que é muito presente, toda aquela postura altiva e elegante do Silvio. Eu acho que temos que entender isso e atravessar. Quando ele era jovem, provavelmente não era igual ao que é hoje. Mas temos que fazer algo que lembre como ele é hoje”, revela o ator.

Antes do início do espetáculo, haverá um pré-show com diversas atrações do programa Silvio Santos ao longo de décadas no ar, como a “Porta da Esperança”, o “Foguete do Sim ou Não” e o “Roletrando”, além de um bar com comidas típicas do "Domingo no Parque", como salgados, pipoca, refrigerante e algodão doce, entre outros.

É justamente a novidade e o ineditismo que pautam a direção de Fernanda Chamma. “O processo criativo do musical do Silvio está sendo bem bacana. Fechamos um elenco expressivo do teatro musical, então, estou trabalhando com uma liberdade de criação dos personagens de uma maneira bem inusitada e atemporal. Eu não quero rótulos – mesmo que estejamos trabalhando com personalidades bem conhecidas, acho que tudo o que não é previsível será bem aceito. E acho que estamos fazendo um espetáculo com muito ritmo, diversão e um formato diferente. Sempre quero ser diferente e não parar de criar nunca, pois é uma forma de respeito ao público e ao teatro musical. E o Silvio Santos é isto: uma persona única, jamais existiu e nem existirá outra similar. Acho que tem que ter esse ineditismo, humor, alegria e um estilo SBT de se fazer”, explica a diretora.

A trilha sonora é composta por músicas que marcaram a trajetória de Silvio Santos até a década de 1990 e animaram os programas de auditório. “Fazer esse projeto é inevitavelmente olhar para o passado e revisitar minha infância, na qual esse universo não só do programa, mas das músicas – sobretudo da década de 1980 – esteve tão presente. A minha função primeira é ser fiel aos arranjos originais, tentando mudar minimamente, colocando um pouco da minha personalidade, mas sem ferir a identidade dessas canções que estão nesse imaginário e que fizeram parte dessa época. E a outra parte compor canções novas que tenham a ver com a necessidade da dramaturgia. Dentro desse repertório popular que estava presente nas vinhetas do programa do Silvio tem um pouco do jingle publicitário. Para reforçar esse caráter, resolvi trabalhar com o Fernando Suassuna, um grande músico e amigo de infância. Ele escreveu as letras e eu compus todas as canções originais. Acho que todos estão bem felizes com o resultado”, acrescenta o diretor musical Marco França. Para zelar pela segurança do público e funcionários, Silvio Santos Vem Aí está seguindo as regras determinadas pelas autoridades sanitárias para prevenção da covid-19. O uso de máscara é obrigatório.


Sinopse
A comédia musical "Silvio Santos Vem Aí!", escrita por Marília Toledo e Emílio Boechat e dirigida por Fernanda Chamma e Marilia Toledo, faz um recorte na vida do apresentador e empresário Senor Abravanel de sua infância, quando era camelô no Rio de Janeiro, até a década de 90, logo após a consolidação do SBT. Com personagens icônicos como Gugu Liberato, Hebe, Elke Maravilha, Wagner Montes, Bozo, Pedro de Lara entre outros, e músicas que marcaram essas décadas e animaram os programas de auditório, o espetáculo promete agradar todas as gerações.


Ficha técnica
Espetáculo: "Silvio Santos Vem Aí"
Texto: Marilia Toledo e Emílio Boechat
Direção: Fernanda Chamma e Marilia Toledo
Direção Musical: Marco França
Cenografia: Bruno Anselmo
Produção e realização: Paris Cultural
Elenco por ordem alfabética:
Adriano Tunes – Velha da Praça / Nahim
Bianca Rinaldi – Íris
Bruno Kimura – Anestesista / Bailarino Russo
Daniela Cury – Rebeca Abravanel / Hebe Camargo
Giselle Lima - Gretchen / Telemoça / Cantora de Rádio
Gustavo Daneluz – Silvio Jovem
Ivan Parente – Pedro de Lara
Jú Romano – Rosana / Telemoça
Juliana Bógus – Aracy de Almeida
Léo Rommano – Atrasildo / Manoel de Nóbrega Alternante
Lucas Colombo – Bozo
Mari Amaral - Mara Maravilha / Telemoça
Paula Flaibann – Elke Maravilha
Rafael Aragão – Alberto Abravanel / Luiz Caldas / Silvio Alternante
Roquildes Junior – Roque
Thiago Garça – Pablo / Bailarino Russo
Velson D’souza – Silvio Santos
Verônica Goeldi – Boneca Bolinha de Sabão / Telemoça
Vinícius Loyola – Gugu Liberato / Gilliard / Sérgio Mallandro
Yasmin Calbo - Boneca Bolinha de Sabão / Telemoça


Sobre a Paris Cultural
Criada pelos sócios Marcio Fraccaroli, Sandi Adamiu e Marilia Toledo, a Paris Cultural é uma empresa cem por cento brasileira dedicada ao desenvolvimento e produção de espetáculos teatrais, musicais e exposições originais focadas em personalidades e temas nacionais. Com a intenção de valorizar dramaturgos, diretores, compositores e outros artistas brasileiros, a primeira estreia foi o musical Silvio Santos Vem Aí, em março de 2019. Acreditando no potencial dos nossos talentos, a Paris Cultural afirma seu compromisso na criação de um legado para a cultura nacional. 


Serviço
Espetáculo:
"Silvio Santos Vem Aí"
Temporada: 21 de janeiro a 20 de março de 2022
Sessões: sextas-feiras às 21h, sábados às 16h e 20h, domingos às 15h e 19h
Duração do espetáculo: 2 horas e 15 minutos (com 15 minutos de intervalo)
Abertura das vendas: 22 de novembro de 2021
Setores e preços:  Setor I R$ 150 - Setor 2 R$ 120 - Setor 3 R$ 75
Link de vendas on-line:  www.sympla.com.br
Formas de pagamento:
Dinheiro, Cartão de débito e Cartão de crédito.


.: Peça "As Cangaceiras, Guerreiras do Sertão" reestreia no Teatro TUCA


Premiado musical volta em cartaz no Teatro TUCA, de 21 de janeiro a 20 de fevereiro. Com texto e letras de Newton Moreno, direção de Sergio Módena e direção musical de Fernanda Maia, espetáculo é livremente inspirado em depoimentos de mulheres envolvidas no Cangaço e exalta a força feminina. Foto: Adriano Dória


Sucesso de crítica e público, o musical original "As Cangaceiras, Guerreiras do Sertão" ganha uma nova temporada no Teatro TUCA, entre 21 de janeiro a 20 de fevereiro de 2022. O espetáculo tem texto e letras de Newton Moreno, direção de Sergio Módena, direção musical de Fernanda Maia e elenco formado por Amanda Acosta, Marco França, Vera Zimmermann, Luciana Ramanzini, Luciana Lyra, Rebeca Jamir, Jessé Scarpellini, Marcello Boffat, Milton Filho, Pedro Arrais, Nábia Villela, Carol Bezerra e Eduardo Leão.

"As Cangaceiras, Guerreiras do Sertão" estreou em 2019 no Teatro do SESI e é uma fábula inspirada nas mulheres que seguiam os bandos nordestinos atuantes contra a desigualdade social da região. A trama narra a história de um grupo de mulheres que se rebelam contra mecanismos de opressão encontrados dentro do próprio Cangaço, e encontram, umas nas outras, a força para seguir. Além de reflexões sobre o conceito de justiça social que o Cangaço representava, o espetáculo também reflete sobre as forças do feminino nesse espaço de libertação e sobre a ideia de cidadania e heroísmo.


Um pouco sobre a encenação
As canções originais foram compostas por Fernanda Maia (música) e Newton Moreno (letras), inspirados em ritmos da cultura nordestina. “Nas canções usei várias referências da música nordestina e tive uma abordagem afetiva desse material, por ser filha de paraibano e por ter morado no Nordeste enquanto fazia faculdade de música. Nessa época, pude entrar mais em contato com a cultura do Nordeste, que é de uma riqueza ímpar, cheia de personalidade, identidade, poesia e, ao mesmo tempo, muito paradoxal. Esse trabalho foi a união das vozes de todos. Não há como receber um texto de Newton Moreno nas mãos e não se encantar com o universo que existe ali”, conta Fernanda Maia.

Além dos atores cantarem em cena, o espetáculo traz cinco músicos para completar a parte musical (baixo, violão, guitarra, violoncelo e acordeão). Texto e música se misturam, palavra e canto se complementam, como se tudo fosse uma única linha dramatúrgica. “Optamos por uma narrativa que realmente seja uma continuação da cena e não um momento musical que pare para celebrar, ou para criar umas aspas dentro da história. Isso só é possível com canções compostas para o espetáculo. Buscamos um DNA totalmente brasileiro para a peça, tanto na embocadura, na fala, na construção do texto, como na interpretação dos atores. Não tem um modelo importado, não tem uma misancene importada, é uma investigação a partir de códigos que pertencem a uma estética do nosso país e do teatro brasileiro”, comenta o diretor Sergio Módena.


Como tudo começou
O produtor Rodrigo Velloni, o diretor Sergio Módena e o dramaturgo Newton Moreno queriam fazer uma parceria no teatro há tempos. Em 2018, o produtor Rodrigo Velloni sugeriu que colocassem um projeto no edital do Sesi-SP, juntos decidiram falar do feminino dentro do Cangaço. Assim nasceu "As Cangaceiras, Guerreiras do Sertão": um musical brasileiro inédito autoral.

Tanto a questão do protagonismo feminino como a questão da cultura e da história do Nordeste sempre foram muito presentes na dramaturgia e no teatro feitos por Newton Moreno. “Eu achei que falar sobre as Cangaceiras unia essas duas fontes. Uma escuta sensível a várias vozes femininas, quebrando o silêncio e falando sobre tantas violências, isso me fez pensar sobre os espaços onde não imaginamos que existam lutas silenciosas ou que não são mostradas. Simultaneamente, acessamos documentários, materiais de internet, notícias de jornal e o livro 'Maria Bonita: Sexo, Violência e Mulheres no Cangaço', da Adriana Negreiros, que discute a trajetória de Maria Bonita, falando que, apesar de o Cangaço ser um espaço de liberdade para algumas mulheres, era também um lugar violento. O cangaço reproduzia alguns mecanismos de violência do Sertão – abusos, estupros, desmandos. Enfim, ficou relativizado esse lugar de liberdade. Então, o Cangaço acabou virando um trampolim, uma janela, para falarmos sobre a situação de hoje. Por isso, fizemos a opção de não contar – elas são inspiração, mas não contamos a biografia de nenhuma dessas mulheres. Não há registro histórico de um bando dessa natureza. Mas, e se houvesse?”, explica Newton.

Um pouco da trama
Uma das grandes características dessa dramaturgia é seu caráter fabular e não de uma reprodução histórica e factual do que foi o Cangaço e o próprio Nordeste brasileiro da época. O enredo começa quando Serena (personagem de Amanda Acosta) descobre que seu filho, que ela acreditava ter sido morto a mando do marido, Taturano (personagem de Marco França), está vivo.

Ela, então, larga seu grupo do Cangaço, chefiado por Taturano, para partir em busca de seu bebê. Neste momento ela não tem a dimensão de que sua luta para encontrar o filho se tornará uma luta coletiva, maior que seu problema pessoal. Outras mulheres que formavam o bando se engajam nessa batalha, além de futuras companheiras que cruzam seu caminho.

"A peça é o grito de libertação que estas mulheres não puderam dar, mas que darão agora através desta obra escrita pelo nosso grande dramaturgo Newton Moreno. Grito que fala sobre coragem, amor, empatia, união, insurreição e liberdade”, afirma a atriz Amanda Acosta.

“A partir do momento que essa dramaturgia traz um bando de mulheres, que é algo que nunca ocorreu, temos uma liberdade para abrir várias janelas de reflexão, inclusive, fazendo um paralelo com o que estamos vivendo hoje. É uma reflexão sobre o sistema de opressão, no caso a mulher, mas você pode estender para qualquer camada social que está ali sendo historicamente oprimida”, completa o diretor.


Ficha técnica
Espetáculo: "As Cangaceiras, Guerreiras do Sertão". Apresenta: Atlas Schindler. Patrocínio: Magnus e Lukscolor. Apoio: Autoluks, Arte e Atitude, Tuca, PUC, Competition e EPA química.  Uma produção original do Sesi-SP, encenado em 2019, no Teatro do Sesi-SP, Centro Cultural Fiesp. Co-produção: Calla Produções Artísticas. Realização: Velloni Produções Artísticas. Promoção: Nova Brasil FM. Elenco: Amanda Acosta, Marco França, Vera Zimmermann, Luciana Ramanzini, Luciana Lyra, Rebeca Jamir, Jessé Scarpellini, Marcello Boffat, Milton Filho, Pedro Arrais, Nábia Villela, Carol Bezerra e Eduardo Leão. Músicos: Pedro Macedo (contrabaixo), Clara Bastos (contrabaixo), Daniel  Warschauer (acordeon), Dicinho Areias (acordeon), Carlos Augusto (violão), Abner Paul (bateria), Pedro Henning (bateria), Felipe Parisi (violoncelo), Samuel Lopes (violoncelo),  | Dramaturgia: Newton Moreno | Direção: Sergio Módena | Produção: Rodrigo Velloni | Direção Musical: Fernanda Maia | Canções Originais: Fernanda Maia e Newton Moreno | Coreografia: Erica Rodrigues | Figurino: Fabio Namatame | Cenário: Marcio Medina | Iluminação: Domingos Quintiliano | Assistente de Dramaturgia: Almir Martines | Diretor Assistente: Lurryan Nascimento | Pianista Ensaiador e Assistente de Direção Musical: Rafa Miranda | Designer Gráfico e Ilustrações: Ricardo Cammarota | Fotografia: Priscila Prade | Produção Executiva: Swan Prado | Assistente de Produção: Adriana Souza e Bruno Gonçalves | Gestão Financeira: Vanessa Velloni | Administração: Velloni Produções Artísticas | Assessoria de imprensa: Pombo Correio. 


Serviço
"As Cangaceiras, Guerreiras do Sertão"
Teatro TUCA - Rua Monte Alegre, 1024, Perdizes, São Paulo
Temporada: de 21 de janeiro a 20 de fevereiro de 2022.
Horários: sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 19h
Ingressos: R$ 100
Telefone da bilheteria: (11) 3670-8455
Duração: 120 minutos
Classificação: 12 anos
Capacidade: 115 lugares
Vendas: https://bileto.sympla.com.br/event/69375


quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

.: Dentro do "BBB 22", Naiara Azevedo lança primeira faixa de álbum inédito


DVD foi gravado em Goiânia, em dezembro de 2021, e tem participações especiais de Ícaro & Gilmar, Humberto & Ronaldo e Gabriel Gava. Foto: Flaney Gonzallez

Antes de entrar no maior reality show da TV brasileira, o "Big Brother Brasil", a cantora Naiara Azevedo deixou agendado para esta quarta-feira, dia 19 de janeiro, o primeiro single de 2022. A faixa “Nem Te Culpo”, estará disponível nas plataformas digitais e no YouTube a partir das 21h e faz parte do DVD “Naiara Azevedo Baseado em Fatos Reais”. O audiovisual, gravado em 19 de dezembro de 2021, mostra toda transparência, sinceridade e talento da artista.

“A ‘Nem Te Culpo’ é o primeiro single do projeto e eu sou uma das compositoras. A história da faixa é sobre uma situação muito comum que algumas mulheres enfrentam em relacionamentos. Ela fala sobre uma mulher que não consegue enxergar o homem que tem do lado e se desvaloriza por conta disso. Ela tem uma ligaçãozinha com a '50 Reais', que abordou sobre traição, outro fato bem comum em alguns relacionamentos, infelizmente”, conta a artista.

Além de Naiara, Waléria Leão, Blener Maycom, Vinni Miranda, Rafael Quadros e Bia Frazo também compuseram a “Nem Te Culpo”, que é o primeiro lançamento a ser divulgado de uma lista que a cantora já deixou preparada aqui fora da casa mais vigiada do país. As próximas músicas saem no mês de fevereiro.

Ao todo, o DVD terá 12 faixas, das quais três são de autoria da paranaense junto de outros parceiros. O novo projeto de Naiara conta também com as participações especiais de Ícaro & Gilmar, Gabriel Gava e Humberto & Ronaldo.

“Eu me entreguei de corpo e alma a esse projeto. Eu me envolvi em todos os processos e cuidei de tudo, do início ao fim. Inclusive, compus três faixas, coisa que não acontecia há muito tempo. Quis entregar tudo de Naiara Azevedo neste DVD e passar um pouco da minha verdade como artista”, afirma a artista.

“Naiara Azevedo Baseado em Fatos Reais” tem produção musical de Blener Maycom, direção executiva de Rafael Cabral e direção geral de Fernando Cabral e Danilo Diaz. A direção de vídeo ficou por conta de Will Santos, da Terra Produções. Este é o primeiro trabalho da artista depois de assinar contrato de exclusividade com a desenvolvedora ONErpm Music Group.
 

Avisa que é ela!
Indicada ao Grammy e com mais de 2.3 bilhões de visualizações no YouTube, Naiara Azevedo também é um dos nomes mais comentados nessa nova edição do "BBB ". Mas você realmente conhece a artista além da faixa “50 Reais”? Dona de uma personalidade forte e marcante, ao longo de dez anos de carreira, Naiara coleciona grandes feats e momentos inesquecíveis como sua indicação ao Grammy Latino como “Melhor Álbum de Música Sertaneja” e chegar à final do ‘Show dos Famosos’, no Domingão do Faustão, ambos em 2018.

Seus projetos sempre foram grandes e audaciosos como o DVD “Contraste”, gravado em 2017 no Morro do Vidigal, no Rio de Janeiro; e o DVD “SIM”, seu primeiro projeto aberto ao público teve participação internacional e 10 mil pessoas na plateia – gravado em dezembro de 2019, em Praia Grande, no litoral de São Paulo.

A cantora também contabiliza grandes números: são mais de 2.3 bilhões de visualizações em seus videoclipes e cerca de 6.8 milhões de inscritos em seu canal do YouTube; nas plataformas de música, são mais de 470 milhões de streamings, 6.6 milhões de seguidores e quase 2 milhões de ouvintes mensais – somente no Spotify, onde também está presente em mais de 45 playlists editorias.

Ao longo de sua carreira, Naiara acumula feats com grandes artistas nacionais de diferentes estilos como Chitãozinho & Xororó, Roberta Miranda, Ivete Sangalo, Dilsinho, Zé Neto e Cristiano, Zé Felipe, Gusttavo Lima, Wesley Safadão, Pocah, Mr. Catra, Jottapê, Dani Russo, Rai Saia Rodada, entre outros; e até colab internacional, com a colombiana Greeicy, na faixa “Ela é Hit”. Você pode ouvir a música neste linkhttps://onerpm.link/nemteculpo.


.: "BBB 22": a que horas o trio entra na casa para completar o elenco?


Encontro de Arthur AguiarJade Picon e Linn da Quebrada com os 17 brothers e sisters na casa mais vigiada do Brasil já tem hora marcada e será ao vivo, na TV Globo. Quem está ansioso para ver a casa do "Big Brother Brasil" completa já pode comemorar e anotar na agenda. Nesta quinta-feira, dia 20, às 13h, os três participantes que ainda não entraram no "BBB 22" encontrarão os colegas de jogo que já estão confinados no reality

A entrada de Arthur AguiarJade Picon e Linn da Quebrada  na casa será transmitida ao vivo em um plantão exclusivo na TV Globo, além de seguir com exibição no Globoplay, para assinantes, e no pay-per-view do programa. Ainda na quinta-feira, como anunciado ao público por Tadeu Schmidt, será a vez do grupo Camarote disputar sua primeira prova valendo imunidade.

"BBB 22" tem direção geral de Rodrigo Dourado, direção de gênero de Boninho e apresentação de Tadeu Schmidt. O programa vai ao ar de segunda a sábado, após a novela "Um Lugar ao Sol", e domingos, após o "Fantástico".


.: 40 anos sem Elis Regina: João Marcello Bôscoli traz relatos inéditos


No ebook "Elis e Eu", filho retrata uma mulher intensa e batalhadora, mas inquieta e insegura.

Nesta quarta-feira, dia 19 de janeiro, completa 40 anos sem Elis Regina. A cantora que marcou história do Brasil é tema do ebook especial "Elis e Eu", escrito por João Marcello Bôscoli, filho dela, que mostra uma Elis mais perto da realidade, com contradições e dilemas. O livro é escrito sob uma ótica de um menino que conviveu apenas 11 anos com sua mãe. 

João Marcello Bôscoli traz relatos inéditos sobre os 11 anos que conviveu com a mãe após 40 anos sem Elis Regina. "Você se lembra da sua mãe?”. Essa pergunta, muitas vezes feita ao filho mais velho de Elis Regina, João Marcello Bôscoli, inspirou uma das obras mais completas sobre a vida da cantora fora dos palcos. A "Pimentinha", como era carinhosamente conhecida, marcou a história da música e do Brasil não só por sua voz, mas também pelo seu posicionamento em assuntos polêmicos, como política. Nesta quarta, dia 19, completa 40 anos da morte de uma das maiores cantoras do país.

Longe dos palcos, Elis tinha uma vida quase que normal, realizava suas tarefas de casa, criava os filhos, além de administrar sua carreira. No livro "Elis e Eu: 11 Anos, 6 Meses e 19 Dias com Minha Mãe", publicado pela editora Planeta e disponível em ebook no Skeelo, Bôscoli relata uma Elis sob a ótica da criança que conviveu poucos anos com essa mulher que ele sequer sabia da grandiosidade. 

No início do livro, o filho lembra do principal legado da cantora. “Elis Regina é a parte pública da minha mãe, uma de suas faces. Embora suas entrevistas e canções iluminem muitas coisas, o olhar de uma criança, de um filho, durante onze anos, pode revelar outros contornos da mulher que me deu a vida, daquela que é o amor da minha vida. E o amor, aprendi com ela, é a única força realmente transformadora”.

Em outro trecho, ele relata uma Elis vulnerável, bem desconhecida do público em geral. “Lembrei-me da imagem dela, no ano anterior, tirando um roupão, ficando nua para uma amiga e perguntando: 'Eu sou uma merda?'. Algo detonara sua autoestima. Ciúme, insegurança, traições, carência. Nada que parecesse ter relação com tudo representado por Elis Regina”, conta o filho.

A obra, também traz o olhar do menino Bôscoli sobre o dia da morte da cantora e o desespero do filho no processo de luto. Elis Regina é uma das maiores artistas do Brasil e suas obras transcendem o tempo. Suas músicas, por exemplo, ultrapassam um bilhão de visualizações no YouTube. 

Com prefácio de Rita Lee, amiga de Elis e outra grande cantora importante do cenário nacional, o ebook é uma oportunidade de conhecer um outro lado dessa artista. O livro em versão digital está na área premium do aplicativo Skeelo, disponível para download nas lojas Apple Store e Google Play. Quem quiser também pode acessar o site https://skeelo.app/. Se preferir, você também pode comprar o livro físico neste link.



.: Nara Leão 80 anos: porque ninguém pode com ela até hoje em 20 motivos


A série documental Original Globoplay "O Canto Livre de Nara Leão", disponível na plataforma desde o último dia 7, ajuda a explicar como o talento e a personalidade de Nara Leão se combinaram para provocar uma transformação na música e no comportamento. Foto: Globoplay / Divulgação.

Na biografia "Ninguém Pode com Nara Leão", lançada pela editora Planeta, Tom Cardoso reconstrói a vida da artista que participou ativamente dos mais importantes movimentos musicais surgidos a partir da década de 1960, que, tratada como "café com leite" pela patota que se reunia no apartamento da família em Copacabana.

Também deixou a bossa nova para se juntar à turma politizada do CPC e do Cinema Novo e foi a primeira estrela da MPB a falar abertamente contra a ditadura militar. Autor do livro que homenageia Nara Leão, Tom Cardoso listou 20 motivos para justificar porque ninguém podia com esta artista única, que completaria 80 anos nesta quarta-feira, dia 19 de janeiro de 2022.


1. A despeito do ar de desencanto e da quase displicência, Nara Leão participou ativamente dos mais importantes movimentos musicais surgidos a partir da década de 1960 - e saiu de todos eles sem se despedir.

2. Ela foi a primeira artista de sua geração a ridicularizar a passeata contra a guitarra elétrica, liderada por Elis Regina e Geraldo Vandré e endossada por Gilberto Gil.


3. Filha de um advogado excêntrico, fez tudo que uma pré-adolescente de classe média alta carioca nos anos 1950 jamais sonhou fazer: como ir ao cinema, ao teatro e ter aulas de violão com um professor negro.


4. Ela foi uma das primeiras adolescentes do Rio a fazer análise, por necessidade e curiosidade.


5. Tratada como bibelô pelos machos alfas da bossa nova, deixou o movimento para se juntar à turma politizada do CPC e do Cinema Novo.


6. No disco de estreia, recusou-se a pegar carona no sucesso da bossa nova e gravou um disco com sambas de CartolaZé Keti Nelson Cavaquinho.

7. Apesar da decisão de dar um caráter mais político ao disco de estreia, tendo como fio condutor um gênero que estava associado diretamente às massas, ela se recusou a gravar uma letra machista de Cartola.


8. Lançado sete meses após o Golpe de 1964, “Opinião de Nara” foi o primeiro trabalho de uma estrela da MPB a colocar o dedo no nariz da ditadura. Sem rodeios, sem metáforas. Um disco-manifesto, inserido no contexto político-social e em sintonia com o que se ouvia nas favelas do Rio, marginalizadas e discriminadas pela política higienista do governador Carlos Lacerda.


9. O demolidor segundo disco serviu de inspiração para um dos mais revolucionários espetáculos musicais da história do país: o “Opinião”.


10. Foi ela, em pesquisa musical pelo Brasil, quem abriu as portas do sudeste para os talentos do Teatro Vila Velha, CaetanoGil, Gal e Bethânia - essa última, com 17 anos, foi convocada para substituí-la no show “Opinião”.


11. Foi a primeira estrela da MPB a falar abertamente e de forma mais contundente contra a ditadura militar, ao afirmar, em 1966, que o “Exército não servia para nada”.

12. Ao ver nascer a expressão “Esquerda Narista”, ela, que sempre rejeitou ser porta-voz de qualquer coisa, decidiu gravar, só por provocação, uma singela marchinha de um compositor iniciante, que mal abria a boca: Chico Buarque.


13. Atendendo a um pedido de Nara Leão, Chico compôs “Com Açúcar, Com Afeto”, a primeira de muitas canções em que a mulher assume a narrativa na primeira pessoa. Preso aos preceitos machistas da época, Chico recusou-se a interpretá-la, passando a tarefa para a cantora Jane Moraes. Nara, sempre na vanguarda, achou a atitude ridícula.


14. Primeira artista da MPB a gravar no mesmo disco Ernesto Nazareth e Lamartine Babo, Villa-Lobos e Custódio Mesquita, Nara nasceu tropicalista antes do movimento existir - e ser gestado com a sua ajuda.


15. Presidente do júri da polêmica e histórica edição do FIC 1972, o festival que revelou Raul Seixas, Sérgio Sampaio e Walter Franco, pediu demissão por não aceitar a ingerência dos militares.


16. Cansada de tudo e de todos, decidiu dar um tempo, no auge da carreira: “Uma hora eu sou a musa da bossa nova, outra a cantora de protesto e ainda tem essa coisa ridícula do joelho. Então me recuso a virar um sabonete e vou dar uma parada”.


17. Decidida a estudar Psicologia na PUC, por um bom tempo não foi reconhecida pelos colegas de classe, dez anos mais novos.


18. De volta aos estúdios, decidiu gravar um disco inteiramente dedicado ao cancioneiro de Roberto e Erasmo, ainda vistos como artistas menores por alguns medalhões da MPB.

19. No fim da década de 1970, rodou o país numa perua kombi, fazendo shows nos rincões do Brasil, ao lado de uma nova e renovadora turma do choro carioca, entre eles o violonista Raphael Rabello, de 15 anos.

20. Diagnosticada com um tumor no cérebro, que lhe impôs uma série de complicações, nunca deixou de produzir compulsivamente, gravando praticamente um disco autoral por ano. Você pode comprar o livro neste link.

Sobre o autor
Tom Cardoso, nascido no Rio de Janeiro, é jornalista, com vasta passagem pela imprensa paulistana. Autor, entre outras obras, das biografias do jornalista Tarso de Castro, do jogador Sócrates e do político Sérgio Cabral, foi um dos vencedores do Prêmio Jabuti 2012 com o livro-reportagem "O Cofre do Dr. Rui", que narra o assalto ao cofre de Adhemar de Barros, em 1969, comandado pela VAR-Palmares.

Livro: "Ninguém Pode com Nara Leão - Uma Biografia"
Autor: Tom Cardoso
240 páginas
Editora Planeta


.: A biografia de Nara Leão, a mulher que revolucionou a cultura brasileira


Em "Ninguém Pode com Nara Leão" Tom Cardoso resgata a intimidade da artista. Aniversário de 80 anos da cantora que foi símbolo de resistência à ditadura militar seria nesta quarta, dia 19 de janeiro.


Nara Leão certamente foi uma das artistas mais importantes e influentes da cultura brasileira, não só pela sua obra, mas pelo que representou para a mulher e a sociedade como um todo. Filha caçula de doutor Jairo e dona Tinoca, e irmã da modelo e famosa personagem da cena carioca Danuza Leão, a jovem tímida, quieta e cheia de neuroses ficou marcada na história como uma das mais produtivas intérpretes da MPB dos agitados anos 1960 aos 1980, além de ser responsável por definir os costumes e a expressão política da época. A cantora faria 80 anos nesta quarta-feira, dia 19, e ganhou série documental no Globoplay, “O Canto Livre de Nara Leão”, em homenagem à data.

Na biografia "Ninguém Pode com Nara Leão", lançada pela editora Planeta, Tom Cardoso reconstrói a vida da artista que participou ativamente dos mais importantes movimentos musicais surgidos a partir da década de 1960, que, tratada como "café com leite" pela patota que se reunia no apartamento da família em Copacabana, deixou a bossa nova para se juntar à turma politizada do CPC e do Cinema Novo e foi a primeira estrela da MPB a falar abertamente contra a ditadura militar.

Na biografia, que traz prefácio de Tárik de Souza, um dos mais respeitados críticos da MPB, Tom apresenta passagens da infância de Nara, marcadas pela angústia e reclusão, detalhes da inimizade com Elis Regina, dos famosos encontros no apartamento da Av. Atlântica, onde a bossa nova ganhou corpo, cara e nome, do relacionamento com Ronaldo Bôscoli, da amizade com figuras como Vinicius de Moraes, Roberto Menescal e Ferreira Gullar, por quem nutria admiração mutua e teve um affair. No livro, Tom relata que Nara inclusive chegou a sugerir que ele largasse a mulher e os filhos e viajasse com ela pelo Brasil.

À frente de seu tempo, Nara foi uma das primeiras adolescentes do Rio a fazer análise, por necessidade e curiosidade, e a obra “Opinião de Nara”, lançada sete meses após o Golpe de 1964, foi o primeiro trabalho de uma estrela da MPB a colocar o dedo no nariz da ditadura. Além disso, Nara foi a primeira do segmento a atacar diretamente o regime ao afirmar em entrevista ao Diário de Notícias que “o Exército não servia para nada” e que “podiam entender de canhão e metralhadora, mas não pescavam nada de política”.

O livro também acompanha o relacionamento de Nara com o cineasta Cacá Diegues, na época em que se aproximou do CPC e dos expoentes do Cinema Novo. Ele foi o responsável por apresentar a ela um outro mundo musical, fazendo-a se impressionar com artistas como Carmen Miranda, Ary Barroso e Luiz Gonzaga. Ela e Cacá se casaram em cerimônia íntima e recebendo convidados como Danuza e Samuel Wainer, Chico Buarque e Marieta Severo, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Aloysio de Oliveira e Flávio Rangel. Foi também com o cineasta que Nara se exilou na França e teve dois filhos, Isabel e Francisco.

Nara morreu por conta de um tumor no cérebro na manhã de quarta-feira do dia 7 de junho de 1989, aos 47 anos, e deixou um legado que extrapolou o cenário musical na época em que viveu. “Amo Nara Leão. Nara e Narinha. Essa mulher sabe tudo do Brasil 1964. Essa mulher é a primeira mulher brasileira. Essa mulher não tem tempo a perder. Atenção: ninguém pode com Nara Leão”, escreveu Glauber Rocha em uma carta enviada a Cacá Diegues no período do exílio. Você pode comprar o livro neste link.


Sobre o autor
Tom Cardoso, nascido no Rio de Janeiro, é jornalista, com vasta passagem pela imprensa paulistana. Autor, entre outras obras, das biografias do jornalista Tarso de Castro, do jogador Sócrates e do político Sérgio Cabral, foi um dos vencedores do Prêmio Jabuti 2012 com o livro-reportagem "O Cofre do Dr. Rui", que narra o assalto ao cofre de Adhemar de Barros, em 1969, comandado pela VAR-Palmares.

Livro: "Ninguém Pode com Nara Leão - Uma Biografia"
Autor: Tom Cardoso
240 páginas
Editora Planeta

.: Nara Leão completaria 80 anos nesta quarta-feira: série revisita trajetória


Nara Leão
foi fundamental para a bossa nova. Revolucionou a música brasileira com o show “Opinião”. Revelou Chico Buarque e, com ele, brilhou nos festivais com “A Banda”. Mais do que isso: Nara rompeu preconceitos na música brasileira, comprou brigas, confrontou a ditadura militar, abriu novos caminhos para as mulheres de sua geração. Tudo isso sem alterar o tom de voz. 

A série documental Original Globoplay "O Canto Livre de Nara Leão", disponível na plataforma desde o último dia 7, mostra como o talento e a personalidade de Nara se combinaram para provocar uma transformação na música e no comportamento. Dirigida por Renato Terra e produzida pelo Conversa.doc, núcleo de documentários do programa "Conversa com Bial", o projeto entrevista pessoas que conviveram com a artista e traz uma enorme pesquisa de imagens, fotos e arquivos – muitos inéditos. No dia 19 de janeiro, nesta quarta-feira, ela completaria 80 anos.

“Nara foi uma cantora brilhante. Mas sua importância não se resume à música. Suas entrevistas, muitas vezes, pautavam as conversas em todo país. Ela confrontava os críticos que queriam rotular e limitar o seu trabalho. Com inteligência e delicadeza, Nara sempre fez o que quis na sua arte e na sua vida pessoal. Na maneira de vestir, de contestar, de falar, de se impor. Quis trazer esse jeito suave e contundente da Nara para ajudar a contar essa história”, observa Renato Terra, diretor do documentário.

Dividida em cinco episódios, a série mostra as diversas fases de Nara Leão, na música e na vida íntima. Conta com depoimentos de Chico Buarque, Roberto Menescal, Paulinho da Viola, Maria Bethânia, Edu Lobo, Dori Caymmi, Marieta Severo, Fagner e muitos outros. Casado com Nara durante muitos anos, Cacá Diegues deu um íntimo depoimento sobre sua relação. Filha do casal, Isabel Diegues também participa - com seu depoimento e como consultora do documentário. E aos 19 anos, José Bial, neto da cantora, também colabora no projeto, como produtor de conteúdo. 

“Esse projeto traz várias facetas da Nara, apresentadas de uma forma original, não cronológica. Uma espécie de viagem emocional-musical pela história dela. Cada episódio é como se fosse um filme diferente sobre essa mesma pessoa. E o mais fascinante é conseguir falar de um grande, importante e criativo período da música brasileira através de uma única personalidade”, analisa a montadora do projeto, Jordana Berg

Os episódios contam com imagens de acervos variados, entre materiais raros e alguns inéditos, como arquivos da ditadura que foram descobertos recentemente. Entrevistas que Nara deu ao longo da carreira, números e encontros musicais, shows, filmes e fotos de reuniões em seu apartamento fazem parte do conteúdo que conta a história da mulher e artista potente que foi Nara Leão. O projeto ainda resgata o rico acervo do especial "Por Toda A Minha Vida", exibido em 2007 na TV Globo. 

 O primeiro episódio mostra as origens da bossa nova em meio ao círculo de amizade que se formou na Zona Sul do Rio de Janeiro e que, mais tarde, se transformaria em um gênero de influência mundial. Com uma abordagem original, revela o que acontecia no famoso apartamento de Nara em Copacabana.  

Intenso e forte, o segundo episódio apresenta uma Nara que já não tem nada de bossa nova. É quando ela começa a desenvolver sua consciência política e a dar voz a composições de sambistas como Zé Keti, Cartola e Nelson Cavaquinho. O episódio também traz o show “Opinião”, a primeira resposta artística à ditadura militar instituída em 1964, que, posteriormente, inspirou músicas de protesto. 

A parceria de Nara com Chico Buarque e sua importância crucial nas carreiras de Edu Lobo, Sidney MillerFagner e Dominguinhos é tema do terceiro capítulo. Já no quarto episódio, aparece a Nara transgressora, que rompe barreiras. Ela participa da Tropicália, rompe preconceitos ao gravar um disco com músicas de Roberto Carlos e Erasmo CarlosMarieta Severo dá um emocionante depoimento sobre a importância de Nara para as mulheres de sua geração.  

O quinto e último episódio fala sobre afetos. O recorte conta com a entrevista de Cacá Diegues, que se casou com Nara; Roberto Menescal, seu amigo da vida inteira; e a filha Isabel. Nessa parte do documentário, é possível observar as pessoas falando de Nara na intimidade: a mãe, a esposa e a amiga que foi.  

"O Canto Livre de Nara Leão" é um documentário Original Globoplay produzido com o selo do "Conversa.doc". Realizado pelo núcleo de Mariano Boni, diretor de gênero de Variedades da Globo, o projeto tem direção de Renato Terra, montagem de Jordana Berg e supervisão artística de Mônica Almeida e Pedro Bial

.: "Macunaíma, o Herói Sem Nenhum Caráter" volta em edição especial


A editora Antofágica lança "Macunaíma, o Herói Sem Nenhum Caráter", clássico de Mário de Andrade, que foi um marco no modernismo brasileiro.  A edição em capa dura conta com ilustrações de Camille Sproesser.

Esta edição da Antofágica conta com apresentação de Antonio Fagundes, posfácios do músico e compositor Tom Zé, do historiador e doutor em literatura Frederico Coelho (PUC-RJ), das antropólogas Virgínia Amaral e Aparecida Vilaça (Museu Nacional – UFRJ) e do premiado músico, escritor e diretor indígena Cristino Wapichana.

Publicado pela primeira vez em 1928, "Macunaíma" pinta um Brasil antropofágico de si mesmo, baseado em mitos de povos indígenas da região amazônica e com um extenso vocabulário regional. No fundo da floresta amazônica, ao som do murmurejo do rio Uriracoera, nasce Macunaíma, o herói do povo brasileiro.  

Em comemoração ao centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, a Antofágica revisita essa obra-prima da literatura brasileira. Com ilustrações de Camille Sproesser e apresentação de Antonio Fagundes, a edição também conta com posfácios 

Extra: ao escanear o QR Code da cinta, o leitor tem acesso a duas videoaulas sobre o livro com Pedro Fragelli, doutor em Letras pela USP com pesquisa de pós-doutorado em Mário de Andrade. Você pode comprar o livro neste link.


Sobre o Autor
Mário Raul de Morais Andrade
(1893–1945) foi um escritor, ensaísta, poeta, crítico, músico, professor, folclorista e um dos maiores nomes do movimento modernista brasileiro. Nascido e criado em São Paulo, foi membro e professor do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, funcionário do Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico (SPHAN) e diretor do Departamento de Cultura da cidade.

Ao lado de nomes como Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e di Cavalcanti, foi um dos principais articuladores da Semana de Arte Moderna de 1922. Importante promotor cultural, também organizou cursos e congressos sobre os mais diversos temas, estimulando jovens artistas e fomentando restauros de construções, além de colaborar com jornais editoras.


Livro: "Macunaíma, o Herói Sem Nenhum Caráter"
Editora: ‎Antofagica Editora (5 fevereiro 2022)
Idioma: ‎Português
Capa dura:  352 páginas
Dimensões:  23 x 16 x 2.2 cm



.: Mostra de Teatro Musical Autoral “Arte É Progresso”: novos passaportes


Devido ao sucesso de vendas na primeira venda presencial de passaportes, a produção da mostra acaba de anunciar mais dois dias de vendas presenciais, nos dias 22 e 23 de janeiro.


Mostra de teatro musical que irá reunir os espetáculos “Cargas D’Água - Um Musical de Bolso”, “Se Essa Lua Fosse Minha”, “O Magico Di Ó, Um Clássico em Forma de Cordel” e “Bom Dia Sem Companhia”, quatro espetáculos musicais autorais brasileiros escritos pelo dramaturgo Vítor Rocha.

Após temporadas de estreia e os desdobramentos que cada projeto teve, como as montagens internacionais de “Cargas D’Água”, o filme de “O Mágico Di Ó” e a versão para o streaming de “Bom Dia Sem Companhia”, essa será a primeira vez onde todos os espetáculos estarão em cartaz simultaneamente, durante um mês e no mesmo teatro.

Reunindo mais de 50 artistas nacionais, a ideia da mostra, produzida por Luiza Porto e Vítor Rocha através da Encanto Artístico e da Enxame Produções Culturais, é justamente ocupar os palcos - depois de muito tempo fora deles - com histórias brasileiras e destacar a importância de se produzir espetáculos autorais, que falem para e sobre o nosso povo.

Os ingressos serão vendidos novamente de forma presencial nos dias 22 e 23 de janeiro, na bilheteria do Teatro Viradalata, em São Paulo, onde a mostra estará em cartaz. A venda acontecerá das 15h às 20h. Os ingressos individuais não darão direito ao convite físico, apenas o passaporte para os quatro dias. A venda online acontece normalmente pelo site Sympla.


Sobre Vitor Rocha:
Ator, produtor, diretor e roteirista. Eleito pela Forbes um Under 30, entre os 90 jovens mais promissores e bem sucedidos do país em 2019. Escreveu, atuou e dirigiu “Cargas D'Água - Um Musical de Bolso” que lhe rendeu diversas indicações a prêmios de teatro (além de ter sido montado em Londres no Off-West End e Nova York na Off-Off-Broadway) e também o consagrou como o primeiro autor a receber um Prêmio Bibi Ferreira, na categoria revelação.

Em 2019, atuou no seu segundo musical, também de sua autoria: “Se Essa Lua Fosse Minha”, que recebeu quatro indicações ao Prêmio Bibi Ferreira, incluindo melhor musical brasileiro e melhor letra e música (categoria na qual foi vencedor ao lado de Elton Towersey). No mesmo ano em “O Mágico Di Ó - Um Clássico em Forma de Cordel”, assinou a autoria do texto, das letras e foi responsável por interpretar o personagem Osvaldo.

Sendo este seu trabalho mais recente, sua indicação ao Prêmio Aplauso Brasil de melhor espetáculo infanto-juvenil completa a lista das 18 indicações e 4 prêmios de teatro pelos seus 3 primeiros trabalhos. Criador dos projetos sociais “Casusbelli" e “Pardalzinho” e fundador da Academia Jacutinguense de Letras, estreou seu último trabalho autoral “Bom Dia Sem Companhia” em setembro 2021 e faz sua estreia no cinema nacional como ator e roteirista em 2022, no filme “O Mágico Di Ó”, produzido e dirigido por Pedro Vasconcelos e em breve nos cinemas.


Serviço:
Venda presencial no Teatro Viradalata (Rua Apinajés, 1387)
Dia 22 e 23 de janeiro, das 15h às 20h
O passaporte dá direito a um ingresso para cada peça (independente da data)
Valor R$160 (R$40 cada ingresso)
O ingresso individual também será vendido presencialmente
Valor R$70 (inteira) e R$35 (meia)


Vendas online pelo Sympla
Venda na bilheteria do Teatro Viradalata (sem taxa de conveniência)
Ponto de Venda sem Taxa de Conveniência:
Teatro Viradalata - Rua Apinajés, 1387 - Sumaré, São Paulo - SP
Informação: (11) 3868-2535


Horário de atendimento ao público:
Sexta - das 19h até 22h
Sábados - das 19h até 22h
Domingos - das 17h até 20h

terça-feira, 18 de janeiro de 2022

.: Edição especial de "Ulysses" chega repleta de gravuras e textos extras


O grande romance do século XX ganha edição especial com ampla fortuna crítica, gravuras de Robert Motherwell e tradução revisada de Caetano W. Galindo.

Em 2 de fevereiro, completa-se 100 anos da publicação do grande romance do século XX: "Ulysses", de James Joyce. Para celebrar a data, a Companhia das Letras lança em 27 de janeiro uma edição especial do clássico, trazendo a consagrada tradução de Caetano W. Galindo, revisada pelo tradutor dez anos após a primeira publicação.

Em projeto gráfico especial, a obra conta com gravuras do artista plástico Robert Motherwell - feitas para uma edição especial e limitada de 1988.  Em cerca de 100 páginas, a edição apresenta amplo aparato crítico com textos inéditos de Dirce Waltrick do Amarante, Fábio Akcelrud Durão, Fritz Senn, John McCourt, Sandra Guardini Vasconcelos e Vitor Alevato do Amaral; além das resenhas escritas à época do lançamento (em traduções inéditas) por Louis Gillet e Joseph Collins.

O clássico traz a história de Leopold Bloom, homem que sai de casa pela manhã, cumpre com as tarefas do dia e, pela noite, retorna ao lar. Tal como o Ulisses homérico, Bloom precisa superar numerosos obstáculos e tentações até retornar ao apartamento onde sua esposa, Molly, o espera. Para criar esse personagem rico e vibrante, Joyce misturou numerosos estilos e referências culturais, num caleidoscópio de vozes que tem desafiado gerações de leitores e estudiosos ao redor do mundo. Você pode comprar o livro neste link.


Textos extras na edição

  • "Em defesa da dificuldade", de Fabio Akcelrud Durão.
  • "Ulysses: Um jogo inesgotável", de Fritz Senn.
  • "James Joyce: Um mestre do romance", de Sandra Guardini Vasconcelos.
  • "Ulysses no Brasil, de Vitor Alevato do Amaral.
  • "Ulysses na Irlanda", de John McCourt. “Ulysses in Ireland 1922-2022”. Este texto, produzido especialmente para esta edição, apresenta os principais pontos do livro "Consuming Joyce: 100 Years of ‘Ulysses’ in Ireland" (no prelo). Tradução de Cristian Clemente.
  • "Auto de fé e Bloomsday", de Dirce Waltrick do Amarante.
  • "Paris, 1925: No caminho de Joyce", de Louis Gillet. Texto originalmente publicado em 1o de agosto de 1925, em Revue des Deux Mondes, sob o título “Du côté de chez Joyce”. Tradução e notas de Sandra M. Stroparo.
  • "Nova York, 1922: A espantosa crônica de James Joyce", de Joseph Collins. Texto originalmente publicado em 28 de maio de 1922, em The New York Times, sob o título “James Joyce’s Amazing Chronicle”. Tradução de Rogério W. Galindo.


Sobre o autor
James Joyce
nasceu em Dublin, em 1882. Era o mais velho dos dez filhos de uma família que, após uma breve prosperidade, caiu na pobreza. Depois do começo da Segunda Guerra Mundial, foi morar na França ainda não ocupada e, em dezembro de 1940, conseguiu uma permissão para morar em Zurique, onde morreu em 1941.


Serviço:
"Ulysses - Edição Especial", James Joyce
Tradução: Caetano W. Galindo
Número de páginas: 848
Lançamento: 27 de janeiro de 2022
Você pode comprar o livro neste link.
    


.: Entrevista: Bárbara Paz dá vida à ambiciosa Úrsula em "Além da Ilusão"


A atriz fala sobre a personagem, que não mede esforços para ajudar o filho Joaquim (Thiago Voltolini/Danilo Mesquita) em seus planos. Foto: Paulo Belote/Globo 

A manipuladora e ambiciosa Úrsula Alves, personagem de Bárbara Paz em "Além da Ilusão", próxima novela das 18h, é uma mulher de origem humilde que, logo cedo, teve que ganhar a vida sozinha, já que perdeu a família ainda menina. Desamparada, Úrsula recebe abrigo e trabalha como cozinheira na casa da família de Eugênio Barbosa, interpretado por Marcello Novaes. Eugênio, por quem Úrsula é apaixonada, acaba se tornando padrinho de seu filho, o mau-caráter Joaquim (Thiago Voltolini/ Danilo Mesquita).

“A Úrsula, como uma boa mãe possessiva, usa bastante o filho para ensinar o que não deveria e para suprir o que ela não teve em vida. Está gerando uma pessoa bastante ambiciosa, assim como ela, talvez até pior. A criação do Joaquim não foi fácil, mas os dois têm uma relação de cumplicidade, até certo ponto, que a gente vai ver durante a novela, mas é uma relação de cumplicidade muito forte, de um endeusamento que esse filho tem por essa mãe, de uma confiança, uma entrega... Eles viram o jogo mesmo, Úrsula e Joaquim são parceiros no jogo da vida”, explica a atriz.

O filho de Úrsula sonha em se tornar herdeiro de seu padrinho, Eugênio, um homem sério, justo, correto e trabalhador, que nem imagina o que o afilhado é capaz de fazer para alcançar seus objetivos. Ao herdar um bom dinheiro, Eugênio vai propor sociedade a Violeta (Malu Galli), viabilizando a construção de uma tecelagem nas terras do antigo engenho de cana-de-açúcar.

Com isso, o interesse de Joaquim também alcança as posses da Família Tapajós, já que sua mãe o incentiva a se aproximar de Isadora (Sofia Budke/ Larissa Manoela) ainda na infância para um dia casar com ela e também herdar tudo. Confira, a seguir, entrevista com Bárbara Paz, que conta detalhes sobre sua personagem, a relação com Eugênio e o filho e as expectativas para mais uma estreia.


Como você define a Úrsula e em que se inspirou para interpretá-la?
Bárbara Paz - Úrsula é misteriosa, ardilosa, uma mulher ambiciosa, e que tem uma história de vida forte. Não me inspirei em ninguém para fazê-la, simplesmente acho que uma mulher dos anos 40, que passou por essa guerra, que passou por várias coisas num momento da vida em que a mulher não tinha voz, uma pessoa que se cria sozinha, que é mãe solteira tem muitos obstáculos. E falo não só da Úrsula, mas das mulheres em geral dessa época em que se divorciar, separar, ser mãe solteira era incabível, um afronte, era mulher non grata... Então essas mulheres, sim, são as inspirações. Em uma época em que ao mesmo tempo nós, mulheres, sofremos, mas é também um período muito bonito, começando a libertação, dos anos 20, 30 e 40, com movimentos muito importantes para o feminino.
 

Qual sua expectativa para esse trabalho?
Bárbara Paz - "Além da Ilusão" é uma novela leve, suave, uma novela das seis, que conta quase como uma fábula uma história de amor e dor, porque todo amor tem dor, um grande folhetim como deve ser. É uma novela que tem a leveza que um folhetim pode ter, que tem seus lados escuros e claros, como é a vida. Fala dos dois lados de uma mesma história, do que o destino reserva para cada um, e como um pode enganar o outro. Acho que tudo tem um outro lado na vida, nada é uma coisa só, nada é o que parece, sempre tem o outro lado da moeda. Esses dois lados que todo ser humano tem.
 

Comente sobre a relação de Úrsula com Joaquim.
Bárbara Paz - A Úrsula, como uma boa mãe possessiva, usa bastante o filho para ensinar o que não deveria e para suprir o que ela não teve em vida. Está gerando uma pessoa bastante ambiciosa, assim como ela, talvez até pior. A criação do Joaquim não foi fácil, mas os dois têm uma relação de cumplicidade, até certo ponto, que a gente vai ver durante a novela, mas é uma relação de cumplicidade muito forte, de um endeusamento que esse filho tem por essa mãe, de uma confiança, uma entrega... Eles viram o jogo mesmo, Úrsula e Joaquim são parceiros no jogo da vida.
 

Comente sobre a relação de Úrsula com Eugênio.
Bárbara Paz - Eugênio é a grande paixão da vida da Úrsula, foi um homem que a ajudou na vida e ela vai fazer de tudo para conquistá-lo, para conquistar esse coração, passando por cima de tudo o que vier pela frente, para poder deixá-lo sozinho no caminho. Essa é a grande meta da Úrsula, conquistar o Eugênio, com tudo o que vem junto.
 

Úrsula é a grande vilã da novela?
Bárbara Paz - Vilão é uma palavra tão forte, né? Acredito que ela não é só uma pessoa malvada, que vai fazer coisas ruins. Não. Ela é uma mulher tentando sobreviver, tentando ser alguém na vida, mesmo que, pra isso, ela tenha que passar por cima de muita coisa e muita gente. Ela vai fazer de tudo para alcançar o que deseja na vida, que é ser alguém, ter um sobrenome, uma família, uma estabilidade financeira... E aí durante a novela você vai perceber quem ela é. Acho que de vilania todo ser humano está cheio, depende do ponto de vista. Então ela é mais uma.

 

"Além da Ilusão" é criada e escrita por Alessandra Poggi com direção artística de Luiz Henrique Rios. A obra é escrita com Adriana Chevalier, Letícia Mey, Flávio Marinho e Rita Lemgruber. A direção geral de Luís Felipe Sá e direção de Tande Bressane, Jeferson De e Joana Clark. A produção é de Mauricio Quaresma e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.

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