segunda-feira, 13 de junho de 2022

.: BibliON: a biblioteca digital gratuita com mais de 15 mil títulos e atividades

A plataforma irá se conectar com mais de 330 bibliotecas públicas, de 240 cidades, para promover a capacitação e garantir o direito à leitura e ao conhecimento em todo o Estado.

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo lançou a biblioteca digital gratuita do estado de São Paulo, BibliON, que abre com um acervo de mais de 15 mil títulos e uma vasta grade de atividades culturais, como clubes de leitura e oficinas de capacitação.

A iniciativa recebeu um investimento total de R$ 10 milhões do Governo de São Paulo (serão mais R$ 5 milhões a cada ano) e irá interagir com as cerca de 330 bibliotecas municipais que integram o Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas (SisEB.), localizadas em 240 cidades no Estado. O objetivo é que o projeto promova a capacitação continuada dos profissionais de bibliotecas e provoque o crescimento de usuários, tanto da biblioteca digital, quanto das físicas.

“A BibliON vai permitir que a gente amplie o acesso e estimule o hábito da leitura. A nova plataforma tem o mesmo status e importância das bibliotecas estaduais e do sistema SiSEB. Uma instituição de caráter continuo e permanente, que acompanhará toda a evolução tecnológica e das pessoas”, afirmou o secretário de Cultura e Economia Criativa Sérgio Sá Leitão. “A BibliON será um poderoso instrumento para que o Brasil se torne um país de leitores. Neste primeiro ano de funcionamento, cada título do acervo de 15 mil livros será lido 1 milhão de vezes”.

O acervo da nova plataforma, gerida pela SP Leituras, Organização Social responsável pela Biblioteca de São Paulo (BSP), a Biblioteca Parque Villa-Lobos (BVL) e o Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de São Paulo (SisEB), estará em constante atualização e conterá títulos dos mais variados gêneros, áreas de conhecimentos e idiomas, no formato de livros digitais (e-books) e audiolivros. O projeto também contempla clubes de leitura, podcasts, seminários, capacitações e oficinas, além de outras atividades culturais e de formação, para dinamizar seu uso e fomentar as interações do público, tanto com ela, quanto com as bibliotecas físicas.

“Bibliotecas públicas contemporâneas no mundo são o que há de mais moderno em termos de investimento de cultura e economia criativa. Mas, para que essa afirmação seja verdadeira, é necessário que os projetos sejam pensados para privilegiar não apenas o acervo como também - e principalmente - o usuário, por meio de uma oferta variada de serviços que compõem o conhecimento além da leitura”, disse o diretor executivo da SP Leituras, Pierre André Ruprecht.. “É por isso que a essência da BibliON compreende o conceito de biblioteca digital, não em substituição às bibliotecas locais, mas integrada como forma de crescer seu público", explica.

O usuário pode fazer empréstimo de até duas obras simultâneas, por 15 dias. A BibliON permite ações como organizar listas, adicionar favoritos, compartilhar um livro como dica de leitura nas redes sociais, fazer reservas, ver histórico e sugerir novas aquisições. Por meio de princípios de gamificação, os associados conseguem acompanhar as estatísticas do tempo dedicado à leitura e participar de desafios.

E o sistema de busca permite que o usuário utilize diversos filtros, como tema, autor, categoria ou título. É possível ler em dispositivos móveis, sem a necessidade de usar dados do celular, por meio do download prévio do título ou, ainda, ajustar o tamanho da letra e o contraste da tela; escolher diferentes modos de leitura para dia ou para noite e acionar a leitura em voz sintetizada, para saída em áudio do texto. Para utilizar o serviço gratuito, basta que os interessados acessem site ou baixem o aplicativo BibliON, disponível no Google Play e na Apple Store e realizem um breve cadastro.


BSP Digital
BibliON é a extensão de um projeto piloto iniciado em janeiro de 2020 e que disponibilizou pouco mais de mil obras. Em mais de um ano de atividade foram realizados mais de 27 mil empréstimos de livros.

domingo, 12 de junho de 2022

.: "A Hora do Desespero": tensão máxima de uma mãe que faz roer as unhas

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em junho de 2022

Um filme que faz roer as unhas por deixar o público tenso. Assim pode ser descrito o novo longa estrelado por Naomi Watts: "A Hora do Desespero". Em cartaz na rede de cinemas Cineflix, a produção dirigida pelo cineasta australiano, Phillip Noyce, o mesmo de "O Colecionador de Ossos", "Salt" e "Invasão de Privacidade", leva a atriz de "O Chamado" para uma nova caçada em nome de proteger o filho Noah (Colton Gobbo).

Desta vez, em 1h21m, a mocinha do "King Kong" de Peter Jackson é Amy Carr, mãe de um casal de filhos, Noah e Emily (Sierra Maltby), que decide tirar um dia de folga e tem como plano, uma noite de pizza. Para tanto, sai numa corrida matinal por trilhas e bosques. Embora perceba uma movimentação estranha da polícia, segue seu longo percurso. Até que Amy recebe uma mensagem de texto pedindo distanciamento da escola. 

Mãe é mãe. Alarmada com o fato, a viúva procura saber da filha mais nova, que está bem. Segue a corrida tranquila, pois acredita que o filho está em casa -uma vez que se recusou a levantar da cama para ter um dia de estudos. Todavia, ao ligar para o celular do rapaz, que não atende, entra em pânico. Onde estaria Noah, uma vez que viram o jovem sair de casa com uma picape branca? Após a ligação de uma amiga e por vídeos de noticiários locais, Amy é informada que a escola local, a que o filho frequenta, está sitiada por um atirador. 

Tudo leva Amy a dar o seu melhor para sair da mata em que adentrou, mesmo com topadas e tropeços. Desde pedir favores a várias pessoas, inclusive ao mecânico do carro dos pais. No decorrer do longa, Amy deixa o posto de mãe desesperada e assume o de solucionadora de um tremendo problema policial. Sim! Até dialoga com o rapaz que, perto do meio do filme, faz uma vítima do sexo feminino.

Entre muitas ligações e vídeos de noticiário, Amy faz tudo por seu Iphone, munido com bateria de longa duração. Ainda que sejam de épocas diferentes, a dinâmica de gerar suspense com personagem e um aparelho de celular, em muito remete ao longa de 2004, com Chris Evans e Kim Basinger"Celular". Apesar de certos furos no roteiro, Naomi Watts, atua grande parte do filme na floresta -produção em período pandêmico-, e consegue dar um show promovendo diversos momentos de puro nervosismo e, com facilidade, envolve quem está do outro lado da telona. 

Eis o deleite em "A Hora do Desespero", entretenimento puro para os fãs de suspense e drama. Contudo, ao fim, o longa ainda abre espaço para uma mensagem positiva a respeito de tamanho problema, que, infelizmente, é algo corriqueiro no cotidiano dos americanos, além de debater sobre o posse de armas. É um filme que vale a pena ser assistido!


*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm

Filme: "A Hora do Desespero" ("The Desperate Hour")
Diretor: Phillip Noyce
Classificação: 14 anos
Idioma: Inglês
Duração: 1h21m
Data de lançamento: 9 de junho de 2022 (Brasil)
Elenco: Naomi Watts, Colton Gobbo e Sierra Maltby

Trailer de "A Hora do Desespero"

Em parceria com a rede Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - uma oportunidade para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


.: Autobiografia de José Simão mescla relatos pessoais com irreverência


No próximo dia 28, será lançado o livro "Definitivamente, Simão!", que trapela primeira vez as memórias do jornalista José Simão. Com o senso de humor que lhe é tão característico, ele mistura lembranças pessoais com a história do Brasil das últimas décadas. 

É um livro cheio de causos engraçados, envolvendo as mais diversas figuras públicas - ou não - do país. Além disso, é um retrato de sua relação com o jornalismo, a cultura e a política brasileira. "Definitivamente, Simão! - Ou de como eu dancei com o Nureyev, aplaudi o pôr do sol nas Dunas da Gal, chamei um político de Picolé de Chuchu e virei presidente do Partido da Genitália Nacional" mistura humor e irreverência, as marcas registradas do jornalista. 

Zé Simão, que agora divide com os leitores suas lembranças da carreira, família e amigos, compondo assim um singular e bem-humorado retrato de uma geração... e do Brasil. Neste livro, ele, que alegra as manhãs dos brasileiros na BandNews FM e na Folha de S.Paulo, teve a ideia de contar suas memórias sentimentais, que se relacionam com a história do Brasil nas últimas décadas. Assim, discute de temas da atualidade até as performances de figuras lendárias como Elvira Pagã, Virgínia Lane e Mara Rúbia.

Fala da homossexualidade, das novelas de que gostou e não gostou, da pandemia de covid-19, das inúmeras viagens que fez para países como China, Cuba, Egito e Portugal, dos reality shows preferidos, das Copas que cobriu e, principalmente, dos amigos que fez ao longo da vida, como o companheiro no rádio, Ricardo Boechat.

Além disso, Simão rememora cenas de sua infância e adolescência, vividas em uma família de origem libanesa e com membros atuantes na esquerda brasileira, e os bastidores de sua carreira desde os anos 1980. Como diz o próprio José Simão, “não é um livro homenagem ao Brasil. Mostra um Brasil desigual, um Brasil alegre, um Brasil que se conformou, um Brasil que luta, um Brasil da folia. Um Brasil que eu sinto!”. Você pode comprar "Definitivamente, Simão!" de José Simão, neste link.


Sobre o autor
José Simão - jornalista paulistano, mais conhecido como Zé Simão - nasceu em 1943. É colunista da Folha de S.Paulo desde 1987, quando assumiu uma coluna humorística no caderno cultural "Ilustrada". No portal UOL, teve os programas “Monkey News”, “Ondas Latinas” e o “Blog do Simão”. Diariamente faz o quadro “Buemba! Buemba!”, na BandNews FM. Ao longo de sua carreira, publicou diversos livros, como "A Esculhambação Geral da República".


"Definitivamente, Simão!"
Autor: José Simão
280 páginas
Lançamento: 28 de junho de 2022
Link na Amazon: https://amzn.to/3HjmCWG

.: Entrevista: Aline Borges, a Zuleica de "Pantanal", chega para movimentar

Atriz comenta em entrevista bastidores da chegada e das gravações no Mato Grosso do Sul. Foto: Globo/João Miguel Júnior

Na novela "Pantanal", Zuleica (Aline Borges) é mãe de três jovens adultos: Marcelo (Lucas Leto), Renato (Gabriel Santana) e Roberto (Caue Campos). Os seus “meninos” são fruto da duradoura relação com Tenório (Murilo Benício). Relação, não casamento. Quando engravidou de Marcelo, Tenório já era casado com Maria Bruaca (Isabel Teixeira), e ela sempre soube. 

“É bonito de ver, diante de toda a situação que vai acontecer nesse trio, de Maria Bruaca, ela e Tenório, que ela não larga a mão da Maria Bruaca. A sororidade, a empatia estão na frente. E é bonito o Bruno Luperi (autor) não ter ido para o caminho da rivalidade entre elas. Porque a gente vive num Brasil e num mundo onde a mulher foi ensinada a rivalizar. Neste caso, essa história tem dor, mas tem também respeito, empatia, entendimento de que é muito mais importante a integridade dessas mulheres do que conquistar um espaço na vida desse homem. Principalmente pra Zuleica, que está nessa relação por diversas razões que ainda vão ser reveladas. Ela tem uma dívida de gratidão com esse homem. O que fica pra mim, de bonito, é ver a integridade dela, sua força, e o fato de ela não ser uma mocinha. Ela também erra porque é humana”, diz Aline Borges sobre sua personagem.

Zuleica chega na novela em um cenário de crises. Crise no casamento de Tenório, crise econômica, já que ele está com a corda no pescoço, e crise entre os filhos, que ao saberem que Maria Bruaca descobriu sobre a traição do marido, não entendem por que não podem, então, conhecer a outra família e as terras do pai no pantanal. Na entrevista abaixo, Aline Borges conta sobre os bastidores da chegada à novela, sobre as gravações no pantanal e sua visão sobre a personagem que interpreta na trama.


Você assistiu à primeira versão?
Aline Borges -
Assisti partes, não a novela toda. Eu tinha 15 anos, mais ou menos, e tenho uma memória afetiva com a novela, assim como muitos brasileiros. "Pantanal" é uma novela que mexe com nossas emoções, mexe com o lúdico, o imaginário, você acreditar no encantamento das coisas, nas lendas.


Tem alguma relação especial, familiar, ou de trabalho com a novela? 
Aline Borges - 
Tem um valor muito especial, que deixou marcas e por isso que hoje ela é tão abraçada, tão assistida, tão amada. Quem assistiu, guarda alguma história ou memória afetiva; e quem não assistiu, como é o caso do meu enteado que tem 19 anos, vejo ele super encantado, acreditando naquela história daquela mulher que vira onça, no Velho do Rio, gostando de se encantar. Isso é muito rico porque os nossos jovens hoje só querem saber de internet, eu nunca tinha visto meu enteado ver televisão, novela principalmente. "Pantanal" é realmente pra todas as idades, não tem uma faixa etária. Ela pega as pessoas sensíveis, que estão abertas e querem se emocionar com a simplicidade da vida.


O autor, Bruno Luperi, disse em entrevista que quis aproveitar a história de Zuleica na obra de seu avô para dar voz às questões de racismo e preconceito nesta adaptação. Como você, atriz, mulher, negra, enxerga essa mudança?
Aline Borges -
É uma benção ter um dramaturgo como ele, um homem branco que tem esse olhar afinado, apurado para questões raciais, de entendimento para as necessidades de discutir essas questões. Para descontruir a gente precisa discutir, colocar uma lupa para olhar para o racismo, que segue excluindo, oprimindo e matando o povo negro todos os dias. Então, é maravilhoso ter a oportunidade de dar vida a essa personagem, que é uma mulher negra, com uma família preta, numa relação inter-racial, que é até complicado falar sobre isso no Brasil, existe tanto preconceito, tanto julgamento... Acho importante ele ter a coragem e peitar, trazer essa mudança. Porque esse papel foi vivido pela Rosamaria Murtinho lá atrás, brilhantemente vivido por ela, uma mulher branca. Bruno fazer essa mudança para que a Zuleica seja uma mulher preta e trazer essas questões raciais é de um valor primoroso, muito especial e a gente precisa olhar para isso. Abraçar isso com todas as forças. Não é uma tarefa fácil, mas a gente está caminhando junto. E é lindo observar o quanto o Bruno tem a escuta aberta para essa transformação.


Quem é Zuleica?
Aline Borges -
A Zuleica é uma mulher como tantas e tantas mulheres, cheia de conflitos, dualidade permeando a vida dela o tempo todo. É uma mulher íntegra, criou os três filhos praticamente sozinha. Muita coisa vai acontecer ao longo do caminho, no arco dramático dela. Ela é uma mulher muito forte, que reconhece suas dificuldades, seus limites, mas que não entrega o jogo. Segue na resistência. E é bonito de ver, diante de toda a situação que vai acontecer nesse trio, de Maria Bruaca, ela e Tenório, que ela não larga a mão da Maria Bruaca. A sororidade, a empatia estão na frente. E é bonito o Bruno não ter ido para o caminho da rivalidade entre essas mulheres. Porque a gente vive num Brasil e num mundo onde a mulher foi ensinada a rivalizar. Neste caso, essa história tem dor, mas tem também respeito, empatia, entendimento de que é muito mais importante a integridade dessas mulheres do que conquistar um espaço na vida desse homem. Principalmente pra Zuleica, que está nessa relação por diversas razões que ainda vão ser reveladas. Ela tem uma dívida de gratidão com esse homem. O que fica pra mim, de bonito, é ver a integridade dela, sua força, e o fato de ela não ser uma mocinha. Ela também erra porque é humana.


Como foram as gravações no Pantanal? Você já conhecia o local? 
Aline Borges -
Não conhecia o Pantanal e quando fui na primeira viagem para gravar, tive uma crise de pânico antes do avião decolar, no Rio de Janeiro. Eu nunca havia tido nada parecido. Não entendi bem na hora, mas hoje, olhando o que aconteceu, entendo que não se tratava apenas de estar sozinha, viajando de avião, mas sim de tudo que esse momento significa. Estou dando um grande passo na minha carreira, fazer parte dessa novela é um marco que vai ficar para sempre. Então, entendo que foi um somatório de coisas. O medo desse passo novo, o uso das máscaras, a gente veio de uma pandemia muito traumática, enfim, foram vários fatores. Cheguei a sair do avião, chorei muito lá fora, mas decidi voltar. Olhei pra ele e decidi que seguiria meu caminho. A gente tem medo de crescer na vida, então olhar para esse medo, colocar luz nele, já foi o início da cura. Não é só sobre o medo de andar de avião, mas o medo do novo passo. Isso bate em todos nós, em todo mundo que é humano.


O que achou do pantanal?
Aline Borges - 
Estou aqui pela segunda vez e é um lugar que me deixa muito sensível, num bom sentido. Choro ouvindo uma arara, choro vendo um pássaro bebendo água. Onde estou, antes estava cheio, e agora está seco. A gente se conecta com a origem tudo, com a mãe terra, com os animais, a gente silencia a mente e reconstrói nosso olhar pro mundo. Ressignificar tudo. É uma oportunidade imensa, de cura e de expansão de consciência estar no pantanal.
 

Alguma impressão especial sobre os bastidores da novela?
Aline Borges -
A gente entende o sucesso estrondoso que é "Pantanal" quando vê os bastidores. Ontem eu fui gravar numa fazenda e fiquei vendo as duas outras cenas que tinham, fiquei vendo a raça, o amor, a dedicação da equipe, entrando no rio, levando câmera, para que aquilo ficasse bonito. A entrega do diretor, todos eles têm um olhar muito sensível para tudo, eles querem captar o melhor da gente. Outro fato interessante é que uma das minhas primeiras novelas na TV Globo foi "Celebridade", eu interpretava a empregada do personagem de Marquinhos Palmeira. Fiquei emocionada de ver esse lugar que a minha atriz está hoje. Em 2003 eu fiz essa empregada dessa casa e hoje estou aqui fazendo a mesma novela que Marquinho num outro lugar. Essa personagem é uma mulher forte, que tem uma casa, uma história, não é uma coadjuvante. Trabalhei esses anos todos para conquistar esse espaço que me chega agora. Porque antes de eu me reconhecer como mulher preta, não entendia por que não me chegavam papeis onde eu tinha uma casa, uma vida, era sempre a copeira, a empregada, nesses lugares. Eu não questionava, não entendia. Depois eu entendi que os papeis destinados às mulheres pretas eram esses, onde as mulheres não tinha história. E quando entendi fui trabalhando para que isso mudasse. No teatro ou na TV, quando eu era convidada para papeis assim, falava que não queria mais fazer aquele papel. Então, hoje, estar em "Pantanal", dando vida à Zuleica, para mim é um avanço enorme. É grandioso demais e diz muito sobre toda a minha trajetória e sobre o quanto isso mudou. Hoje estou dando vida a uma personagem que um dia foi de uma mulher branca, que esse autor decidiu mudar para uma mulher preta, para dar voz à ela. Isso é representatividade e dá sentido ao nosso ofício. Isso me engrandece também. Eu olho para trás e vejo que tudo valeu a pena.


A novela "Pantanal" é escrita por Bruno Luperi, baseada na novela original escrita por Benedito Ruy Barbosa. A direção artística é de Rogério Gomes e Gustavo Fernandez, direção de Walter Carvalho, Davi Alves, Beta Richard, Cristiano Marques e Noa Bressane. A produção é de Luciana Monteiro e Andrea Kelly, e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim. O Resenhando.com tem um grupo para comentar a novela das nove - entre e fique à vontade para participar!

.: Cineflix: "Lightyear" tem ingressos em pré-venda na rede de cinemas


Os fãs da Disney e Pixar poderão adquirir ingressos para assistir "Lightyear" na Rede Cineflix. Os ingressos já estão sendo vendidos nas bilheterias físicas e digitais da rede. "Lightyear" é uma aventura de ficção científica que acompanha o lendário patrulheiro espacial, Buzz Lightyear, após ser abandonado em um planeta hostil a 4,2 milhões de anos-luz da Terra ao lado de sua comandante e sua equipe. 

Enquanto Buzz tenta encontrar um caminho de volta para casa através do espaço e tempo, um grupo de recrutas ambiciosos e o encantador gato-robô de companhia, Sox, se juntam ao herói. Para complicar a situação, Zurg, uma presença imponente, e seu exército de robôs impiedosos, chegam ao planeta com um compromisso misterioso.

O elenco de dublagem original da animação conta com Chris Evans dando voz ao Buzz, além de Keke Palmer, Dale Soules, Taika Waititi, Peter Sohn, Uzo Aduba, James Brolin, Mary McDonald-Lewis, Efren Ramirez e Isiah Whitlock Jr. Já no Brasil, Marcos Mion empresta a voz ao Buzz e Adriana Pissardini, César Marchetti, Flora Paulita, Henrique Reis, Lucinha, entre outros, também estão no elenco nacional. O novo filme da Disney e Pixar tem roteiro e direção de Angus MacLane, com produção de Galyn Susman. "Lightyear" estreia dia 16 de junho exclusivamente nos cinemas.

Trailer de  "Lightyear"

Em parceria com a rede Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - uma oportunidade para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.




.: “Poliana Moça”, do SBT: Resumos dos capítulos 61 ao 65

Luísa e Poliana fecham a cara para Otto (Foto: João Raposo/SBT)

“Poliana Moça”

Resumos dos capítulos 61 ao 65 (13.06 a 17.06)



Capítulo 61, segunda-feira, 13 de junho

Antônio cuida da esposa e faz curativos (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


Dona Branca cai de moto, Davi e Vinícius ajudam a senhora. Éric manda uma mensagem de voz para Helena avisando da visita de João à Poliana. Gloria encontra disfarce de policial de Roger e coloca filho na parede. Helena surta com a mentira de João. Antônio cuida da esposa e faz curativos. Durval libera a casa para Raquel chamar os amigos. No “Dia da Família” na Ruth Goulart, os pais de Éric não comparecem e ele fica sozinho. Pinóquio questiona a autoridade de Roger com Waldisney e Violeta. Nanci briga com Branca e sugere à avó vender a moto. Pinóquio revela que o grilo se comunica com ele e que o inseto se chama Eucleto. Na padaria, Celeste trata mal a dona Gloria. Violeta avista o pai, Antônio, no supermercado e se emociona. Helena cobra João por mentira.


Capítulo 62, terça-feira, 14 de junho

Marcelo ao lado de João; professor explica atividade (Foto: João Raposo/SBT)


João se explica para Helena. Jefferson, Brenda e Luca vão até a casa de Raquel. Helena e Eugênia cantam juntas no palco do “Dia da Família” ao lado de Chloe com o ukulele. Disfarçado, Pinóquio vai até a Escola Ruth Goulart no dia do evento. Marcelo explica atividade para as famílias; Poliana quer convidar Éric para ficar próximo e Otto não gosta. Song, Yuna e a mãe das meninas fazem uma apresentação de dança, assim como Kessya com Gleyce e Henrique. Celeste vai até a casa de Raquel e conhece Luca Tuber. Violeta e Waldisney vão visitar Roger na casa do vilão e Glória chega. Durval tem que voltar antes para casa para cuidar da padaria, quando chega, nota o estabelecimento sem funcionários e com muitos clientes reclamando. Pinóquio vai em direção à Chloe para conversar. Pinóquio esbarra em figuras importantes em sua vida.


Capítulo 63, quarta-feira, 15 de junho

Gleyce, Kessya e Henrique no evento do “Dia da Família” (Foto: João Raposo/SBT)


Glória encontra um objeto de outra mulher em casa e questiona Roger quem veio em seu apartamento. Pinóquio foge da Ruth Goulart e tem dificuldade para voltar para casa. Cada filho faz um discurso no palco da escola sobre resumo do “Dia da Família”; Helena e Mario se destacam no comunicado. Otto aponta para a filha que não quer mais ela andando com Éric. Luca fica de papinho com Celeste e troca número de telefone. Dona Branca pede para André convencer Antônio sobre pilotar a moto. Poliana diz para o pai que gosta de Éric; chateada com resposta de Otto, ela pede para dormir na casa da tia Luísa. Poliana faz chamada de vídeo com Éric e conversam sobre família do garoto. Chloe revela para Pedro que conheceu um menino novo na escola. Celeste consegue nova pista sobre a mãe.


Capítulo 64, quinta-feira, 16 de junho

Luísa conversa com Otto sobre relação de Éric e Poliana (Fotos: João Raposo/SBT)


Durval impõe disciplina de Formiga e fala sobre comportamento de Celeste. Vinícius questiona Celeste sobre atitudes estranhas. Antônio dá opinião final para Dona Branca sobre pilotar moto. Marcelo e Luísa conversam sobre Éric com Poliana. Joana e Sérgio felizes jogam vídeo game com os filhos. Pinóquio afirma para grilo que quer ser igual Waldisney. Violeta vai até a casa de Antônio espionar o pai. Davi e Eugênia se divertem com os filhos, assim como Gleyce com os seus. João tenta assistir o Programa Silvio Santos enquanto Bento e Éric falam alto sobre meninas. Luísa senta para bater um papo com Otto sobre relação de Poliana e Éric. Celeste se aproxima de Luca Tuber. Eucleto, grilo do Pinóquio, some pelo esconderijo.


Capítulo 65, sexta-feira, 17 de junho

Nanci fica chateada ao lembrar namoro com Waldisney (Foto: Lourival Ribeiro /SBT)


Song e Helena zombam de Lorena por gostar de insetos e dão apelido para a garota; chateada Lorena deseja colocar um ponto final em sua coleção de bichos. Pinóquio debocha do disfarce de Roger e o vilão coloca Eucleto entre a vida e a morte. Poliana recebe bilhete de Éric sobre convite ao clube e ela responde. Nanci fica chateada ao lembrar do namoro com Waldisney. Song escuta conversa de Poliana e Kessya sobre Poli se afastar de Éric por desejo do pai. Otto vai até a casa da mãe e leva a Tânia, sua namorada.


Sábado, 18 de junho

Resumo dos capítulos da semana


A novela “Poliana Moça” vai ao ar de segunda a sábado, às 20h30, no SBT

sábado, 11 de junho de 2022

.: Peça "A Lista" em 10 motivos para não perder no Teatro Renaissance

Lilia Cabral e Giulia Bertolli nos palcos do Teatro Renaissance. Foto: Pino Gomes


Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em junho de 2022


"A Lista", espetáculo com Lilia Cabral e Giulia Bertolli, traz mãe e filha encenando no palco do Teatro Renaissance, duas vizinhas que se estranham e, por fim, criam um lindo elo de amizade. Nesse retrato de um período complicado vivido por todos, o isolamento social, surge o fato de precisar da ajuda de outro. 

No caso Laurita (Lilia Cabral), uma professora aposentada, vive sozinha com suas rabugices e precisa que a jovem artista Amanda (Giulia Bertolli) lhe faça as compras da semana, daí o título do espetáculo. Confira a lista do Resenhando.com, com dez motivos, para você não perder "A Lista", uma produção com texto de Gustavo Pinheiro e direção de Guilherme Piva segue em cartaz até 12 de junho. 


1. Da internet para o teatro. "A Lista" foi uma criação teatral para a época pandêmica, em que os teatros ficaram fechados. A montagem fez apresentações online de um trecho do texto, conquistando mais de 170 mil espectadores, até chegar ao teatro paulista. 

2. Conhecida das novelas brasileiras, o espetáculo marca o retorno da atriz Lilia Cabral aos palcos após dez anos. 

3. É uma montagem sobre duas vizinhas que de "inimigas" tornam-se grandes amigas, encenada por mãe e filha, Lilia Cabral e Giulia Bertolli.

4. "A Lista" também retrata as emoções diversas despertadas durante o isolamento social, vividas por todos em um período complicado e marcante.

5. Giulia Bertolli é uma grata surpresa ao teatro brasileiro. Embora seu talento tenha sido comprovado, anteriormente, na televisão, vê-la nos palcos evidencia que há muito para se ver de Giulia em muitas outras "Amandas", por exemplo. No teatro e na TV.

6. É o encontro nos palcos de mãe e filha, duas atrizes com talento que ultrapassa a genética, dando espaço para que cada uma brilhe em cena, mas, por vezes, aconteça junto. Não há como passar impune aos momentos de dança das duas. Delicado, divertido e comovente.

7. "A Lista" é um recorte do cotidiano retratado de modo tocante e com comicidade, conversa com o público estabelecendo uma conexão imediata.

8. No Teatro Renaissance se assiste, pela primeira vez, o espetáculo na íntegra.

9. Com dramaturgia de Gustavo Pinheiro e direção de Guilherme Piva, a produção surgiu com o intuito de ajudar os profissionais da área teatral que ficaram sem trabalhar devido ao isolamento social. No entanto, "A Lista" ganhou corpo e tornou-se uma grande criação, ganhando os palcos e abraçando um vasto público.

10. A peça é atual, afinal, acontece justamente na pandemia quando nem todos saíam de suas casas, mas precisaram de outras para realizar atividades, inclusive, de compras semanais. Tendo um momento delicado como pano de fundo, é tocante, uma vez que a trama começa de uma necessidade e termina numa linda amizade. 


* Mary Ellen é editora do www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm


Serviço:
Espetáculo: "A Lista"
Temporada: de 12 de março a 12 de junho.
Sábados, às 20h30, e domingos, às 18h. 
Duração: 80 minutos. 
Gênero: comédia dramática
Classificação etária: 12 anos
Ingressos: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia)
Teatro Renaissance - Alameda Santos, 2233 - Jardim Paulista, São Paulo
Ingressos à venda em: www.olhaoingresso.com.br
Funcionamento da bilheteria: de sexta a domingo, de 14h até a hora do espetáculo.
Texto: Gustavo Pinheiro
Direção: Guilherme Piva
Elenco: Lilia Cabral e Giulia Bertolli
Cenários e figurinos: J.C. Serroni
Iluminação: Wagner Antônio
Direção de movimento: Marcia Rubin
Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes
Fotógrafo: Pino Gomes
Programador visual: Gilmar Padrão Jr.
Direção de produção: Celso Lemos


.: Entrevista: Matheus Pires, o polêmico protagonista eliminado do "No Limite"

Matheus conta o porquê da estratégia de criar um personagem, a sua visão de jogo, a preparação para entrar no reality e sua aliança com Lucas e Pedro. Foto: Globo / Fábio Rocha

A pergunta que não quis calar durante todo o "No Limite" foi: quem é Pires? Com uma estratégia um tanto inusitada, Matheus chegou na Praia Dura disposto a jogar. Fã assumido do programa, ele se preparou para encarar o acampamento e tinha tudo ensaiado na cabeça. Criou um personagem e fez alianças na tribo Sol, mas, na sua avaliação, foi “com muita sede ao pote”.


Vendo-se na berlinda a cada semana, quando Fernando Fernandes anunciou a troca entre as equipes, Matheus viu uma chance de renascer na tribo Lua. No programa da última quinta-feira, dia 9, após a derrota na prova da Imunidade, um duelo de resistência raiz, Pires tentou articular a saída de Ipojucan com Pedro e Victor, mas não foi o suficiente e terminou eliminado do "No Limite"


Já tinha se imaginado participando do reality
Matheus Pires -
Com certeza já tinha me imaginado participando, já assisti todas as edições do formato, de todos os países. Ficava imaginando o que eu faria em cada situação. Sempre pensei mais na parte estratégica do que nas provas, porque as provas são muito “na hora”, não tem muito o que ensaiar. Toda a minha preparação sempre foi pensando no acampamento, no jogo social. 


Você chegou com uma estratégia definida. logo de início, criou um personagem, o Pires. Conte um pouco sobre quem é o Matheus e quem é o Pires. Qual era a sua estratégia? Por que optou por um personagem?
Matheus Pires - 
O Matheus é um cara muito afetuoso, que gosta de tratar as pessoas bem, quer todo mundo próximo e nunca seria capaz de trair alguém ou algo do tipo. Muitas pessoas me falavam o quanto eu seria engolido pela estratégia alheia.


Qual era a sua estratégia? 
Matheus Pires - 
Decidi criar uma persona, uma pessoa que é ácida, que joga. Até aí, eu poderia ter simplesmente fingido ser essa pessoa, mas eu precisava de um lembrete.


Por que optou por um personagem?
Matheus Pires - 
Se as pessoas me chamassem de um nome que não é o meu, que eu não estou acostumado, seria constantemente lembrado do porquê eu estava ali. 


Desde o primeiro Portal da tribo Sol, seu nome era um dos cogitados. Na sua opinião, por que foi alvo tão cedo?
Matheus Pires - 
Esse é um dos meus arrependimentos no programa. Eu me preparei muito, estudei o jogo. E naquele momento, quando cheguei na tribo, eu tenho certeza, fui com muita sede ao pote. Eu me mostrei um cara social, as meninas de cara gostaram de mim, eu tinha um conhecimento das provas muito bom porque tinha estudado o jogo, conhecia as dinâmicas, e fui atrás de 50 alianças diferentes ao mesmo tempo. Com certeza, chegar com muita sede ao pote colocou um alvo em mim e me fez ser visado desde o início do jogo.


Você foi um dos escolhidos para a troca entre as tribos. Na sua visão, essa troca foi boa para você ou não?
Matheus Pires - 
Eu já seria escolhido, já sabia disso, mas me ofereci antes dos votos acontecerem. Só não votou em mim quem realmente não queria que eu fosse para a outra tribo. Eu acho que foi uma coisa boa. Acho que, na Sol, eu não tinha muita massa de manejo. Na Lua, achei que poderia fazer uma nova aliança para chegar na fusão. A gente sempre fica pensando em possibilidades do que vai vir, do que vai acontecer, e eu achei que poderia ser algo positivo. Eu, como fã do jogo, queria viver todos os momentos. E tive essa oportunidade, não tenho arrependimento nenhum. 
 

Um dos seus grandes aliados no jogo foi o Lucas. Comente um pouco da sua relação com ele e a parceria que vocês construíram.
Matheus Pires - 
Quando eu pensava no reality, achava que seria o único homem gay na tribo, o único LGBTQIA+. Então, quando vi que tinha o Lucas, a gente se aproximou de cara. E é curioso porque eu e Lucas, no mundo real, somos de esferas muito diferentes. O Lucas é mais alternativo e eu sou o que o Lucas chamada de “bicha padrão”. De cara, a gente falou que nunca teríamos nos encontrado fora do programa, mas que seríamos muito amigos. Eu fui pro jogo pensando "não posso confiar em ninguém, todas as pessoas vão me trair em algum momento", tinha essa paranoia. Mas entendi que você precisa escolher algumas pessoas para confiar. Depois tive essa confiança com o Pedro, mas num primeiro momento foi o Lucas. Eu tinha certeza de que ele não iria me trair, assim como o Pedro não me traiu também. Ele manteve o voto no Ipojucan, assim como foi o nosso combinado. 


Agora aqui fora, se surpreendeu com o jogo de alguém?
Matheus Pires - 
Com certeza me surpreendi com o jogo da Flávia. Lá dentro, imaginava que ela era uma planta, que não estava jogando, que não fazia nada. E aqui, percebo que ela finge que não sabe o que está acontecendo, mas está jogando com todo mundo. Era o jogo que eu queria ter feito, fingir que não sabia de nada e ir me enturmando em todos os grupos.


As provas de quebra-cabeça eram as que você mais se sobressaía. de onde veio essa sua habilidade?
Matheus Pires - 
Eu sempre adorei quebra-cabeças e provas de lógica. Em todas as edições do programa, sempre pausava no quebra-cabeça para estudar e olhar. Montei uma pasta no meu celular com todos os quebra-cabeças que já tinham passado pela história do programa para memorizar e me habituar.


Quais outras habilidades suas você destacaria?
Matheus Pires - 
A outra habilidade em que me destacava, com certeza, era a natação. Na tribo Sol, fui o primeiro a chegar no tapete no primeiro dia. O Adriano foi o primeiro da tribo Lua e eu, o primeiro na tribo Sol. Então, quando tinha natação ou quebra-cabeças, com certeza, eram as minhas fortalezas.


Para você, qual foi a prova mais difícil?
Matheus Pires - 
A prova mais difícil foi a do tronco, que a gente tinha que atravessar. Eu sempre tive medo de provas de equilíbrio, eu dirijo mal, tenho uma visão espacial péssima. Eu já conhecia a prova e, quando vi, pensei "não acredito que vou ter que fazer isso". Porque eu tinha ficado de fora na prova anterior. Fiquei muito tenso, quase desmaiei, eu estava muito cansado, o meu emocional se abalou muito. Em vários momentos vi tudo preto, achei que fosse desmaiar, mas me concentrei, respirei muito, pensei muito na minha terapia e, aos poucos, tudo foi passando. E foi maravilhoso. Queria que todo mundo pudesse sentir uma vez na vida o que eu senti quando completei aquela prova... é incrível, as pessoas merecem isso.  


Para você, quais foram as maiores dificuldades que enfrentou?
Matheus Pires - 
Surpreendentemente, a fome não me pegou tanto. Para mim, era o conforto e a convivência na tribo Sol. Acho que ali tinha muita gente querendo fazer um jogo muito externo, parecer bonzinho. As pessoas em si, individualmente, eram legais, mas quando juntava ficava um clima de amizade e amor que não rolava, não era bacana. Era chato demais ficar lá, aquelas pessoas cantando às 7h da manhã e eu tinha que cantar também pra fingir que estava achando legal. Eu sempre me perguntava se estava todo mundo fingindo ou se era verdade. Até hoje eu não sei (risos). 


Para quem fica a sua torcida?
Matheus Pires -
 A minha torcida não tem como não ficar com o Lucas. Eu acho que agora, com a minha saída, a nossa separação, ele tem uma chance de se destacar e se mostrar mais no jogo. Estrategicamente, também torço para quem está de fato jogando, articulando, para valorizar o tipo de jogo que eu joguei. Não quero que uma planta ganhe, com certeza. 

"No Limite" tem exibição às terças e quintas, após "Pantanal", com apresentação de Fernando Fernandes, direção de gênero de variedades de Boninho, direção artística de LP Simonetti e direção geral de Angélica Campos. O reality é mais uma parceria da Globo com a Endemol Shine Brasil, com base no "Survivor", um formato original de sucesso. Ana Clara apresenta o "A Eliminação" aos domingos, após o "Fantástico".

.: Daniela Albuquerque revela: descobriu segredo do pai no sepultamento dele

Caroline Dias de Freitas, a publisher das celebridades, com a autora do livro e apresentadora na noite de autógrafos que marcou o lançamento da obra. Foto: Seele Fotos


"Eu era um segredo para todos ali", conta Daniela Albuquerque sobre quando conheceu a outra família de seu pai. A revelação é uma das histórias inéditas sobre sua vida que a jornalista, apresentadora e atriz traz em seu livro "1982 - Um Olhar Sobre a Minha Essência", lançado pelo selo DISRUPTalks e editado por Caroline Dias de Freitas, a publisher das celebridades

O livro da apresentadora Daniela Albuquerque acaba de chegar às livrarias físicas e virtuais. Nele, a jornalista da RedeTV! traz seus pensamentos e reflexões sobre a própria jornada e algumas histórias ainda inéditas ao público, como o dia em que conheceu a outra família de seu pai enquanto ele era velado.

“Eu sempre busquei uma forma que pudesse levar a minha essência, a verdadeira Dani ao público, sem as pressões e os padrões impostos pela mídia, e no livro tive essa total liberdade. Fiquei extremamente feliz quando a Carol da DISRUPTalks topou esse projeto e embarcou comigo nesse sonho me ajudando a organizar tudo o que eu queria contar”, revela Daniela.

“No livro, Daniela conseguiu encontrar uma forma muito interessante de contar alguns momentos de sua história e deixar que o leitor possa conhecer a sua essência, sem os filtros da mídia e do preconceito. Conseguimos criar algo para quem é fã poder se sentir mais perto dela e, até mesmo quem ainda não é fã, encontrará entretenimento e estímulos para observar a vida por outros pontos de vida”, conta Caroline.

Daniela passa a ser a mais nova representante de um time de celebridades que lançaram seus livros pela DISRUPTalks que conta com nomes como Sonia Abrão, Regiane Alves, Rodriguinho, Tenente Bahia, entre outros. E estão chegando para continuar essa lista outros famosos como Dona Kika Sato, Samara Felippo, Aisha Santoz e muitos outros nomes que serão lançados em breve.


Sobre a autora
Daniela Albuquerque Dallevo é de Dourados, no Mato Grosso do Sul, e trabalha desde os 13 anos, quando se tornou babá e vendedora ambulante de roupas para ajudar sua família que tinha uma vida bem humilde. Nascida em 1982, este ano completa 40 anos e acreditou ser um momento oportuno para compartilhar sua história. É graduada em jornalismo e formada em teatro pela Escola Célia Helena, fazendo diversos trabalhos como atriz no palco até se tornar apresentadora. Atualmente, se prepara para entrar no ramo do cinema.


Histórias exclusivas, mas sem cancelamentos
“Não me interessa vender livros se de alguma forma o artista for penalizado pela história que contou”, diz a publisher das celebridades e fundadora da DISRUPTalks. Afinal, quem passa pelo seu primeiro filtro e se coloca à disposição de superar o Google, acaba abrindo realmente toda a sua vida e seu coração. No entanto, Carol orienta o que deve ou não entrar no livro.

“Acredito que este é mais um detalhe que faz com que essas pessoas confiem em mim para contar tudo, tudo mesmo, e apenas nessa divulgação boca a boca já termos atraído tanta gente importante para o DISRUPTalks. Quando alguém me conta algo que eu acho que pode ser prejudicial à carreira, eu aviso que não usaremos a informação e apago aquele trecho da entrevista na mesma hora. Estamos no mercado para somar a essas carreiras e não para lucrar sobre cancelamentos”, reforça.


Um nicho inexplorado no Brasil
Assim como no mundo todo, no Brasil não é diferente e livros de personalidades, biográficos ou não, fazem muito sucesso. O interesse por esses artistas, atletas e influenciadores em terem a sua história publicada cresceu muito com a chegada da pandemia do coronavírus, como conta Caroline.

“A mercado literário foi um dos canais alternativos que artistas encontraram para chegar até seu público, assim como as lives. Claro que colocar uma apresentação ao vivo no ar é muito mais rápido do que escrever e produzir um livro e, por isso, elas reinaram e se consolidaram como uma nova forma de consumo do entretenimento. Contudo, agora chegou nossa vez de ocupar nosso espaço e os livros começam a sair do forno e tomar conta das prateleiras. E um detalhe muito importante desse fenômeno é que também chegamos com um importante papel de fortalecer o mercado editorial brasileiro, um dos maiores do mundo”.

O primeiro filtro da empresária é uma pergunta muito simples: “você está disposto a me contar o que eu não encontro no Google?”. “Pode parecer uma pergunta boba de quem está em busca de fofoca, de um furo para vender mais. Contudo, essa é também uma das formas que encontrei para tentar explicar para esses artistas que o fato de serem muito famosos não dá a eles automaticamente a mesma relevância no mercado editorial. Na verdade, acredito que esse é o segredo. Mesmo o DISRUPTalks sendo ainda jovem, muita gente já confia sua vida para ser contada por minhas mãos. Buscamos sempre uma boa história que, ao mesmo, tempo tenha um impacto positivo na vida do leitor, em sua vida, e não apenas o entretenimento”, destaca Caroline. Você pode comprar o livro "1982 - Um Olhar Sobre a Minha Essência", de Daniela Albuquerque, neste link.


História da publisher das celebridades com o mercado editorial
Caroline Dias de Freitas
é formada em Design de Produto, pós-graduada em Gestão do Design e Mestra em Artes, Design e Tecnologia com ênfase em Empreendedorismo Feminino pela Universidade Belas Artes de São Paulo, contando em seu currículo com o curso de Business English pela King George Internacional College, Canadá.

Em 2006, com apenas 20 anos de idade, fundou as editoras Reflexão e Reflexão Business. Em fevereiro de 2021, funda o selo DISRUPTalks, focado em famosos e influenciadores e já conta com grandes nomes como Sonia Abrão, Regiane Alvez, Rodriguinho, Daniela Albuquerque, entre muitos outros.

"1982 - Um Olhar Sobre a Minha Essência"
Autora: Daniela Albuquerque
Editora: 
DISRUPTalks
120 páginas
Link na Amazon: https://amzn.to/3mE7yct


.: Universal Music Brasil lança box com carreira solo completa de Renato Russo


Por Bernardo Araujo, em junho de 2022.

Quando Renato Russo lançou seu primeiro disco solo, “The Stonewall Celebration Concert”, em 1994, não era apenas o líder e principal compositor da Legião Urbana que estava estreando sem os companheiros Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá: depois de seis discos de estúdio da banda brasiliense e de um sucesso estrondoso, Renato era das principais figuras da música brasileira, e qualquer coisa que fizesse seria vista com atenção por público e crítica.

Ele foi muito além, claro: além de lembrar os 25 anos de rebelião de Stonewall, um marco na luta pelos direitos LGBTQI+, Renato, ao lado de Carlos Trilha (teclados, programações, produção), gravou 48 faixas, dentre suas favoritas da tradicional canção americana, clássicos do rock, do folk, sempre com o bom gosto, a afinação e a interpretação que anos no (sofrido) estúdio à frente da Legião tornaram perfeita.

“Stonewall” é apenas o pontapé inicial de “Obra & Arte” (Universal Music), box com cinco CDs, sendo dois álbuns da carreira solo e três discos póstumos de Manfredini Júnior (1960-1996). Além do disco de 1994, a luxuosa caixa traz o surpreendente (e estourado) “Equilíbrio Distante”, apenas de canções em italiano, e mais “O Último Solo”, “Presente” e “Duetos”.

Em “Stonewall”, ele vai de Stephen Sondheim (“Send in The Clowns”, clássico do musical “A Little Night Music”) a Madonna (“Cherish”), passando por Billy Joel (“And So It Goes”) e Bob Dylan (“If You See Him, Say Hello”). Como só 21 músicas entraram nos 70 minutos do (então) CD, muitas ficaram de fora…

Quem diabos lança um disco em italiano no Brasil? Renato Russo, claro. “Equilíbrio Distante” veio em dezembro de 1995, após uma viagem do cantor à Itália, onde ele pesquisou suas raízes e se aclimatou com o idioma, que pronuncia como um nativo em canções como os sucessos “Strani Amori” e “La Solitudine”, ambos do repertório da diva Laura Pausini, que ganhou mais visibilidade no Brasil graças a Renato. Pérolas como “Lettera” e uma versão que une “Como Uma Onda”, de Lulu Santos, e “Wave”, de Tom Jobim, são outros destaques do disco, que, Renato fazia questão de dizer, não traz um panorama da música italiana.

Renato partiu em 1996, e no ano seguinte veio “O Último Solo”, com tudo o que não tinha cabido nos dois primeiros: apenas Leonard Cohen (“Hey, that’s no way to say goodbye”; o poeta deprê canadense era a cara do astro pós-punk carioca-candango), o clássico “I loves you Porgy”, da ópera “Porgy and Bess” (Ira Gershwin, George Gershwin e DuBose Heyward), além de novos petiscos em italiano.

Lançado em 2003, “Presente” é fruto de uma pesquisa com gravações “perdidas” – o baú de Renato Russo, digamos – e não faltam joias, de gravações caseiras, como “Hoje”, com Leila Pinheiro, e “Thunder Road”, de Bruce Springsteen, a versões diferentes de “Cathedral Song”, fundida com a “Catedral”, de Zélia Duncan (ambas vindas da composição de Tanita Tikaram). Erasmo Carlos, Paulo Ricardo e o superguitarrista Hélio Delmiro são outras participações em um CD que inclui entrevistas de Renato – um de seus esportes favoritos.

O quinto disco, “Duetos”, traz Renato Russo interagindo com nomes de peso da MPB e do rock, de Erasmo Carlos (“A Carta”, clássico da jovem guarda) e Caetano Veloso (mais um Irving Berlin, “Change Partners”) a Cida Moreira (outro standard, a gershwiniana “Summertime”) e Dorival Caymmi, em “Só Louco”. Em 71 faixas – além de 4 cards e 1 pôster com reproduções de desenhos originais de Renato Russo –, está um baú do tesouro com pérolas de uma das vozes mais marcantes da música brasileira.

.: O que se sabe sobre a Poderosa Thor no novo filme da Marvel Studios?

A personagem voltará ao MCU e terá destaque em “Thor: Amor e Trovão”, que estreia em 07 de julho nos cinemas. Natalie Portman ganha pôster oficial da Poderosa Thor. 

Dirigido por Taika Waititi, “Thor: Amor e Trovão” chega exclusivamente aos cinemas no dia 7 de julho. O filme apresenta Thor (Chris Hemsworth) em uma jornada diferente de tudo que ele já enfrentou: a busca pelo autoconhecimento.

Mas sua aposentadoria é interrompida por um assassino galáctico conhecido como Gorr, o Carniceiro dos Deuses (Christian Bale), que busca a extinção dos deuses. Para combater a ameaça, Thor pede a ajuda do Rei Valquíria (Tessa Thompson), Korg (Taika Waititi) e da ex-namorada Jane Foster (Natalie Portman), que, para a surpresa dele, inexplicavelmente empunha seu martelo mágico, Mjolnir, sendo a Poderosa Thor. Poderosa quem? Confira abaixo mais informações sobre a personagem.


Jane Foster nos filmes
O público conhece Jane Foster, interpretada pela atriz Natalie Portman, em “Thor” (2011) quando a astrônoma e astrofísica encontra o deus do Trovão na Terra após o herói ser banido de Asgard. Eles se apaixonam enquanto Jane ajuda Thor a voltar ao seu reino. A personagem aparece também em “Thor: O Mundo Sombrio” (2013), quando o herói reencontra a amada e precisa salvar a vida dela.


Breakup
Não se sabe exatamente o motivo, mas após os acontecimentos de “Thor: O Mundo Sombrio” (2013) Jane Foster e Thor terminam o relacionamento. Agora, o público poderá compreender mais sobre esse término em “Thor: Amor e Trovão”, já que Jane Foster reaparecerá - com uma grande importância - na vida do herói. 

 
Poderosa Thor
No novo filme da Marvel Studios, Jane Foster consegue empunhar o martelo mágico de Thor, Mjolnir. Apenas os dignos conseguem empunhá-lo, assim como Capitão América fez em “Vingadores: Ultimato” (2019), e - com isso - Jane se torna a Poderosa Thor. Agora, ela tem a missão de ajudar Thor a defender Asgard de Gorr (Christian Bale) - o carniceiro dos deuses.


Em parceria com a rede Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - uma oportunidade para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.



sexta-feira, 10 de junho de 2022

.: "Downhill From Everywhere": o som pop de Jackson Browne está de volta


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

Conheci o som de Jackson Browne muito tardiamente, nos anos 80. Naquela ocasião, alguém me emprestou o disco "Running On Empty", que trazia uma magistral receita pop com pitadas de música folk e de outras influências dos anos 60. Ao buscar mais informações, percebi que ele já estava na estrada desde os anos 70, sendo um dos autores do primeiro hit da banda Eagles ("Take It Easy").

E novamente, com relativo atraso, ouço o seu mais recente lançamento,  o álbum "Downhill From Everywhere", que de uma certa forma me transporta para aquela primeira vez que ouvi a sua música. O disco traz composições próprias e outras feitas em parceria com outros autores. Mas todas seguem o padrão de sonoridade que nos acostumamos a ouvir nos discos de Jackson Browne.

Há baladas de cunho folk ("Love is Love" e "Still Looking For Something") e canções com forte pitada pop ("Downhill From Everywhere" e "Until Justice Is Real"), e uma inusitada homenagem a uma cidade espanhola ("A Song For Barcelona"), com direito a arranjo inspirado na música flamenca.

O grande diferencial de Browne para outros músicos é o fato dele ser um ótimo storyteller (contador de histórias). Ele consegue transformar cenas simples do cotidiano em enredo de canções cativantes. Sem aquela preocupação de criar refrões fáceis ou outros tipos de concessões do meio musical.

Com "Downhill From Everywhere", ele nos desafia a sonhar mais alto. As músicas são, em última análise, retratos de pessoas, de lugares, de possibilidades - que apelam para nossa humanidade fundamental, para a alegria, dor, amor, tristeza, esperança e desejo que nos unem não apenas uns aos outros. Mas àqueles que vieram antes e as gerações que estão ainda por vir. Passado, presente e futuro se fundem nas letras de suas canções.

Com mixagem a cargo de Kevin Smith, o disco foi gravado no Groove Masters, na California. Em todas as faixas Jackson Browne segue com seu vocal suave, que transmite uma sensação de paz para o ouvinte. E nesses tempos conturbados em função dos conflitos registrados na seara internacional, discos como esse acabam sendo uma ótima alternativa para o ouvinte.

"Minutes to Downhill"

"A Human Touch"

"Still Looking For Something"


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