terça-feira, 27 de junho de 2023

.: Última apresentação do espetáculo "Identidade X - Max e Eva" nesta quinta


A última apresentação do espetáculo "Identidade X - Max e Eva" será nesta quinta-feira, às 21h, no Teatro Itália Bandeirantes. Dirigido por Ricardo Grasson, Ando Camargo e colaboração cênica de Cassio Scapin. o espetáculo gira em torno de uma história plural de amor entre Max, um morador em situação de rua, e Eva uma garota de programa, os dois habitantes de São Paulo, cidade de nuances e complexidades

O espetáculo tem a preparação de elenco na técnica Meisner Samantha Maneschi, luz de Cesar Pivetti e Rodrigo Pivetti, figurinos e cenário de Kleber Montanheiro, musicas originais Marcus Veríssimo, texto de Marcelo Gomes e Ellen Bueno, que estão também no elenco com Arthur Chermont e Jessica Marchetti como coordenadora da pessoa com deficiência.

Max é um homem em descoberta de sua identidade, e sexualidade, atormentado por seus conflitos, e por não compreender seu lugar na sociedade, opta por viver nas ruas. Surge em sua vida, Eva, uma prostituta que sonha ser atriz, sedutora e comunicativa, ela gera um grande impacto na vida de Max. Eva conduz Max na descoberta de sua identidade de gênero, até que a situação quebra os limites e as reais identidades são reveladas.

"Identidade X - Max e Eva", é projeto de múltiplas linguagens tem o intuito de desmistificar as siglas de expressão de diversidade. Por que elas existem? Por que elas aumentam? Por que usá-las? Por que são importantes? A pesquisa com mais de dez anos em seis países - Alemanha, Taiti, Tailândia, Espanha, Itália e Brasil - resultou em um espetáculo de teatro infantojuvenil e adulto, uma exposição fotográfica auto-descritiva e umas série de oito encontros com mais de dez horas de bate papo, disponíveis na plataforma de streaming TAO Play e Youtube, com profissionais pertencentes as siglas e ao movimento LGBTQIAPN+ e qualquer sigla de expressão de diversidade. 

O espetáculo completou um ano em cartaz agora em junho, foram Casas de Cultura, Teatros Municipais e Céus que receberam o projeto. A temporada 2023 foi no Teatro Sérgio Cardoso e Teatro Itália Bandeirantes que tem sua última apresentação dia 29 de junho na quinta feira as 21h.  Quem apresentar essa postagem na bilheteria paga 50%.

.: O final de "Coaching do Amor", com Giulia Nadruz e Felipe Assis Brasil


Com Giulia Nadruz e Felipe Assis Brasil, série “Coaching do Amor” traz desfechos importantes e cena musical. A comédia romântica traz uma coach atrapalhada e mulheres de diversas idades em histórias de amor cativantes


O aguardado desfecho da comédia romântica "Coaching do Amor" chegou na última quinta-feira, dia 22 de junho, com o episódio final. Após cativar os espectadores com as aventuras hilárias da coach Bárbara Avelar e suas clientes, a trama reserva momentos emocionantes e uma surpreendente cena musical protagonizada por Mônica (Giulia Nadruz) e seu novo par romântico, interpretado por Felipe Assis Brasil, dois grandes nomes do teatro musical. 

O projeto conta a história de Bárbara Avelar (Fernanda Sanches), uma coach de relacionamentos que inicia seu programa de coaching com o objetivo de ajudar suas novas clientes: Márcia (Andrea Dupré), Mônica (Giulia Nadruz), Vanessa (Biah Ramos) e Cláudia (Aline Carrocino). No entanto, a coach se depara com crises em seu próprio casamento, o que coloca em risco sua credibilidade como coach, resultando em momentos que arrancam risos e também emocionam o público. 

O término da série chega agora com o episódio oito e traz diversos finais felizes para as coachees de Bárbara, seja vivenciado de forma solitária, ao lado da pessoa amada ou até mesmo com alguém surpreendente. O novo capítulo marca o desfecho esperançoso da protagonista Bárbara e de uma de suas clientes, a romântica Mônica.

Segundo a roteirista Fernanda Sanches, que também protagoniza e dirige o projeto, o final da temporada foi inspirado na peça "Casa de Bonecas" de Ibsen, um dos grandes marcos da dramaturgia mundial, onde a protagonista Nora encontra a coragem de seguir seu próprio caminho. Para Fernanda, o final de Bárbara se relaciona muito com a história da obra. “Muitas mulheres têm dificuldades de tomar essa decisão por motivos financeiros. No caso de Bárbara, a coisa mais importante foi ela ter encontrado essa coragem de encarar a vida do ponto de vista emocional mesmo”

Por outro lado, Mônica - interpretada por Giulia Nadruz - nos presenteia com um final mais fantasioso e que remete ao universo dos contos de fadas. Essa escolha menos realista permite que a personagem mantenha seu espírito sonhador e romântico. A atriz Giulia Nadruz também compartilhou sua visão sobre sua personagem Mônica em "Coaching do Amor", enfatizando a mensagem central de que os sonhos podem se tornar realidade. 

“Acho que quando a gente tira um pouco do peso das expectativas que a gente tem sobre querer que as coisas aconteçam no nosso tempo, é quando finalmente as coisas acontecem. Ela fica super atrás, investindo e tentando e ela só se frustra. Quando ela realmente fala que vai viver a vida e deixar as coisas acontecerem, é que se concretiza o grande sonho dela”, afirma Giulia.

“Acho que o contraste entre os finais distintos das duas personagens se transformam em uma mensagem importante, que é sobre a gente colocar o pé no chão, mas também nunca perder esse lado sonhador e romântico”, conta a roteirista. “Para mim, a série traz um pouco disso, eu sou assim. E acho bacana a gente também manter essa ingenuidade quando se trata de amor”, completa.


Cena musical
Além disso, o episódio traz um momento musical marcante, em que Mônica se une ao seu novo par romântico para interpretar uma música original e exclusiva, especialmente criada para a trilha sonora da série. A presença dos talentosos atores Giulia Nadruz e Felipe Assis Brasil, reconhecidos por suas destacadas performances no teatro musical, adiciona uma dose de emoção ao desfecho da série.

“Foi muito divertido poder trazer um pouco do meu trabalho como cantora para a série. Eu acho que combinou muito com o final da Mônica. Por mais que a série não seja musical, fazer essa inserção, essa brincadeira, resultou em uma cena super fofa e divertida”, completa Giulia.


Música inédita
A música intitulada "Meus 13 Anos", foi composta a partir de um poema escrito por Fernanda e musicada por Carmem Sanches e Zeca Baptista. Essa música tem uma relação significativa com a história da personagem Márcia, que busca reencontrar o amor da infância.

Com o final emocionante e o toque musical, "Coaching do Amor" captura a essência de colocar os pés no chão e enfrentar a realidade, ao mesmo tempo em que mantém viva a ingenuidade e o romantismo quando se trata do amor. A série está disponível gratuitamente no YouTube, permitindo que vocês acompanhem cada detalhe das histórias de Bárbara Avelar e suas clientes. 


segunda-feira, 26 de junho de 2023

.: Tamara Klink lança livro sobre viagem em que cruzou o Atlântico sozinha


Em 21 de julho, sai pela Companhia das Letras o livro "Nós: o Atlântico em Solitário", escrito por Tamara Klink. No livro, a autora compartilha os maiores medos e desafios (físicos e psicológicos) que enfrentou durante a viagem que a tornou a pessoa mais jovem do Brasil a cruzar o Atlântico sozinha em um veleiro aos 24 anos. O livro descreve os triunfos e percalços dessa expedição.

Em 2021, em plena pandemia, a navegadora partiu da França com o objetivo de chegar até a costa brasileira pelo mar. Nessa empreitada ambiciosa, contou apenas com a companhia permanente de seu caderno e do barco, Sardinha. À distância, teve o apoio (e também a preocupação) constante da família, dos amigos, de Henrique - conselheiro de primeira hora -, e dos admiradores nas redes sociais, que seguiram a viagem praticamente em tempo real.

Em meio a vitórias, fracassos, temores e desvios de percurso, este livro nos convida a embarcar numa jornada corajosa, feita de deslocamentos físicos, mas sobretudo de impressionantes superações psicológicas. Compre o livro "Nós: o Atlântico em Solitário", escrito por Tamara Klink, neste link.


Sobre a autora
Tamara Klink
nasceu em São Paulo, em 1997. Navegadora, arquiteta e poeta, é autora de "Mil Milhas" - livro que narra sua primeira viagem em solitário, pelo Mar do Norte, em 2020 — e da coletânea de poemas "Um Mundo em Poucas Linhas", ambos publicados em 2021 pela editora Peirópolis. Garanta o seu exemplar de "Nós: o Atlântico em Solitário", de Tamara Klink, neste link.

.: Frutas e legumes são protagonistas de "Tutifruti", novo livro de Pedro Bandeira


A editora Moderna e Pedro Bandeira lançam o livro "Tutifruti: Venha para a Feira da Alegria!”. Com ilustrações de Mariana Munhoz, criadas a partir de fotografias de frutas e legumes, o livro é recomendado para crianças a partir dos sete anos. No livro, uma banana resolve ir à feira de bicicleta, uma laranja faz amizade com uma cebolinha, o pimentão anuncia a todos que vai se casar com a maçã. 

Além disso, a banana e a berinjela, o maracujá e a manga dançam em pares, enquanto a fruta-do-conde se queixa por continuar sozinha. Histórias de frutas e legumes se tornam protagonistas na obra "Tutifruti: Venha para a Feira da Alegria!”

No livro, a dinâmica da história é construída, sobretudo, no jogo entre texto e imagem: os versos de Bandeira surgem sempre em diálogo com as ilustrações de Mariana Munhoz, criadas a partir de fotografias de frutas e legumes, nas quais a artista recorta bocas, narizes e coloca olhos e dentes, tornando-os expressivos. Compre o livro "Tutifruti: Venha para a Feira da Alegria!”, de Pedro Bandeira, neste link.


Sobre o autor
Pedro Bandeira, autor exclusivo da editora Moderna (marca integrante da Santillana Educação), é um dos escritores mais populares da literatura infantojuvenil brasileira. Aos 81 anos de idade, Bandeira é o criador de obras clássicas como "A Droga da Obediência" (1984), a série de títulos protagonizados pelo grupo de detetives amadores, Os Karas, além da obra "O Fantástico Mistério de Feiurinha" (1986).

Com mais de 130 livros escritos, o autor já vendeu mais de 28 milhões de exemplares e recebeu diversos prêmios pela qualidade da sua obra, entre eles o Troféu APCA, da Associação Paulista de Críticos de Arte; o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro; Adolfo Aizen; Academia Brasileira de Letras e União Brasileira de Escritores; e Altamente Recomendável, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. Garanta o seu exemplar de "Tutifruti: Venha para a Feira da Alegria!”, de Pedro Bandeira, neste link.


.: "Formiguinhas": Natalia Borges Polesso lança primeiro livro para crianças


A premiada escritora Natalia Borges Polesso, vencedora do Prêmio Jabuti, lança seu primeiro livro infantil. "Formiguinhas", editado pela FTD Educação, conta a história de amadurecimento de uma menina que aguarda o nascimento do irmão. É indicado para crianças a partir dos sete anos.

Considerada uma das escritoras mais promissoras da literatura nacional contemporânea, Natalia Borges Polesso é uma autora multifacetada e reconhecida no Brasil e no exterior. Seu primeiro livro, "Recortes para Álbum de Fotografia Sem Gente", de 2013, foi vencedor do Prêmio Açorianos, concedido pela Prefeitura de Porto Alegre. 

Em 2016, a gaúcha de Bento Gonçalves venceu o Prêmio Jabuti na categoria Contos e Crônicas com "Amora". Em 2017, foi incluída na lista Bogotá 39, que destaca 39 escritores latino-americanos. Polesso levou novamente o Jabuti em 2021, na categoria Romance de Entretenimento, como coautora do livro Corpos secos. E, no ano passado, desta vez na categoria Romance, foi finalista do Jabuti com Extinção das abelhas.

Pesquisadora e doutora em Teoria da Literatura, Polesso agora embarca em uma nova aventura, lançando seu primeiro livro infantil pela FTD Educação: Formiguinhas, ilustrado pela artista visual PriWi. “'Formiguinhas' é a adaptação de um conto que está no meu primeiro livro ("Recortes para Álbum de Fotografia Sem Gente"). Esse é um conto bem pessoal, que fiz a partir de uma fotografia minha de infância, em que estou realmente olhando formiguinhas com um arame numa pracinha”, explica a escritora.

Indicado para leitores a partir dos sete anos, o livro conta a história de uma família que sai para passear na praça antes do almoço. A mãe está grávida e quer descansar um pouco enquanto esquenta os pés no sol. O pai faz companhia para ela e a filha se aventura pela praça, munida de uma lupa imaginária feita de arame. O encontro com formiguinhas que devoram uma aranha faz a menina pensar na bala que não deveria estar comendo antes do almoço e no irmão que em breve irá nascer.

Trata-se de uma delicada e divertida narrativa em que uma criança precisa enfrentar, a partir de uma situação corriqueira, os desafios do amadurecimento diante das mudanças que ocorrem na vida. “O livro é sobre curiosidade e ansiedade — e como uma coisa, às vezes, ajuda a gente a lidar com a outra”, diz a autora, que dedicou a obra, justamente, “às pessoas ansiosas e curiosas”.

Já a artista visual PriWi criou, com suas ilustrações, uma narrativa visual circular que potencializa e expande o alcance do texto: começando na capa, com a família saindo para o passeio, e terminando na quarta capa, com a volta para casa. Pelas páginas do livro, a ilustradora usa a lupa imaginária da menina para fazer o leitor mergulhar nos detalhes que se escondem nas pequenas coisas às quais não se costuma prestar atenção. Formiguinhas é o primeiro livro de PriWi feito todo com lápis de cor.

A ilustradora conta que sua proposta foi imaginar as cenas de várias perspectivas e proporções, porque via no texto um potencial para tocar sentimentos universais. “Quando li, me identifiquei imediatamente com a personagem, as formigas e a aranha. Foi um trabalho de medir os pesos e as cores e temperar as emoções para que tudo ganhasse corpo, sem perder a leveza e o humor que o universo infantil merece”, conta.

O projeto gráfico de Daniel Justi, designer e editor de arte da FTD Educação, também ajuda a construir a história e conduz a leitura, em um jogo visual que nos coloca dentro do mundo imaginário da personagem. Ao longo das páginas, a menina observa miudezas na praça com a lupa e vai — ela mesma — diminuindo enquanto as formigas aumentam. “O projeto gráfico nesse intervalo é parte ativa da narrativa, acompanhando o zoom e crescendo junto com as formigas até o ápice”, descreve o designer. Compre o livro "Formiguinhas", de Natalia Borges Polesso, neste link.

Sobre a autora
Natalia Borges Polesso é doutora em Teoria da Literatura. Publicou Coração à corda (2015), Amora (2015) - vencedor do prêmio Jabuti em 2016 -, "Recortes para Álbum de Fotografia Sem Gente" (2018), "Pé Atrás" (2018), "Controle" (2019), "Corpos Secos" (2020) - vencedor do prêmio Jabuti em 2021 - e "A Extinção das Abelhas" (2021). "Formiguinhas" é o primeiro livro infantil da autora.


Sobre a ilustradora
PriWi é artista visual. Publicou "Inusitado" (2014) e "Pérolas" (2016), pela série "Gibi Quântico", além de "Mamãe Tamanduá" (2016), "Romeo and Juliet" e "Alfabeto Poético" (ambos de 2021). Entre 2016 e 2020, trabalhou com animação ("Cupcake e Dino: Serviços Gerais", para a Netflix) e campanhas publicitárias. "Formiguinhas" é o primeiro livro da ilustradora feito todo com lápis de cor. Garanta o seu exemplar de "Formiguinhas", escrito por Natalia Borges Polesso, neste link.

.: Entrevista: Grace Gianoukas entra em "Terra e Paixão" como uma impostora


Petra (Debora Ozório) e Luigi (Rainer Cadete) observados por "Roma" (Grace Gianoukas). Foto: Globo/João Miguel Júnior

Em cenas previstas para irem ao ar a partir do dia 28 em "Terra e Paixão", Luigi (Rainer Cadete), enfim, consegue casar com Petra (Debora Ozório). Apesar de fazer uso dos medicamentos tarja preta antes da celebração, a jovem não terá problemas para aceitar a união na presença dos ilustres convidados. E entre eles, uma figura importante surge: “Roma” (Grace Gianoukas), a “mãe” de Luigi.

Depois da pressão de Irene (Gloria Pires) para levar alguém da família à cerimônia, com a ajuda de Anely (Tata Werneck), Luigi encontra uma atriz disposta a se passar por sua mãe. Momentos divertidos prometem dividir a atenção do espectador, com a confusão envolvendo Berenice (Thati Lopes) e Ramiro (Amaury Lorenzo) nos bastidores do grande evento, e um celebrante inusitado.

 Para ganhar algum dinheiro em cima do novo representante da Família La Selva, Kelvin (Diego Martins) conta as intenções de Berenice com o casamento a Luigi e sugere que Ramiro desapareça com ela do local, afinal, a dona do Bar queria vingança e seu objetivo era destruir a festa. Ela pede ao responsável pelo buffet contratado para entrar na casa de Antônio como funcionária da equipe. No entanto, suas expectativas são frustradas e ela vai parar no Rio de Janeiro. Já a briga pelo buquê da noiva é entre Kelvin e Anely, resta saber quem ganhará a disputa.

Figurinista responsável pela novela, Paula Carneiro comenta sobre alguns looks do evento, que além de confusão, terá muito glamour entre os anfitriões e convidados da Fazenda La Selva. “Para o vestido de Petra, optamos por um com mais cara de princesa, já que ela ia casar com uma tiara, teoricamente de uma nobre, comprada de um receptador pelo noivo, e usaria com o colar de diamantes dado pelo pai. Fizemos uma parceria com a Casamarela. Eles foram superlegais e nos enviaram o modelo. Já a roupa de Irene é de uma loja do Rio. Um vestido todo bordado, superpesado de tanto brilho que tem. É a apoteose dela como mãe da noiva, momento para brilhar muito num casamento durante o dia, em um jeito bem Irene de ser. E o Luigi coloquei com um terno branco para ficar bem príncipe, um príncipe da realeza”, conta. Abaixo, Grace Gianoukas comenta a participação na novela.

Como você define a personagem?
Grace Gianoukas -
A minha personagem é uma atriz que já estrelou algumas produções e que, inclusive, chegou a se apresentar em grandes centros, grandes polos de teatro como São Paulo, mas nesse momento ela vive em uma cidade vizinha de onde se passa a novela e faz teatro infantil. Ela continua sobrevivendo de teatro, vive em um mundo de lembranças das coisas que ela viveu e de arte. Está ali tentando sobreviver.


Em quem se inspirou para fazê-la? 
Grace Gianoukas - Tem um filme que eu gosto muito que chama "Callas Forever" que a Fanny Ardant faz a Maria Callas depois que ela se aposentou, depois que ela se retirou dos palcos, quando a voz dela já não era a mesma e, então, começa com ela dentro de sua casa com aquelas lembranças, um pouco perdida e, de repente, um amigo chega, um produtor, e começa a tentar tirá-la do buraco e arranja algumas produções para ela fazer. Ela volta com uma alegria para fazer. Peguei esse momento do filme como referência, quando a Maria Callas volta à vida artística.


O que ela traz de novo e de mais desafiador para você?
Grace Gianoukas - Eu acho que o que ela traz de novo, para mim, é eu ter a oportunidade de interpretar a respeito do universo da personagem, que eu conheço muito, o teatro. E o meu maior desafio foi o da personagem, dela ser uma atriz brasileira e ter que se fazer de italiana, sem falar italiano, e fingir que ela não estava entendendo nada sobre o casamento, apesar de estar entendendo tudo, isso foi um toque até da Joana Clark, uma das diretoras, que as pessoas estão falando e eu tenho que me fazer de desentendida o tempo inteiro, isso foi um supergancho que ela me deu na direção, perfeito, exato e que me trouxe um desafio muito grande. Adorei.


Quais são as principais questões que ela vai enfrentar na trama
Grace Gianoukas Acho que é segurar a onda de ser uma italiana sem falar italiano. Ela vai se virando com os recursos que tem, um pouco de interpretação de teatro adulto, de teatro infantil, um pouco da referência de princesa, um pouco dos clássicos de Shakespeare e dos clássicos do imaginário infantil, dos contos de fadas europeus para crianças.

 
E como estão sendo as gravações, o convívio com o elenco, o que você destaca que está sendo mais interessante nessa participação?
Grace Gianoukas - Primeiro, o reencontro de cena, eu e a Tata (Werneck), que é uma pessoa que amo, uma atriz que sou profundamente admiradora, contracenar com o Rainer que acho um ótimo ator, cheio de recursos, fazendo uma personagem incrível, aliás, os dois. Fui tão bem recebida por todo o elenco, todos foram tão gentis comigo, colegas, parceiros, nos divertimos muito mesmo contracenando pouco, mas foi de uma intensidade, poder estar com a Gloria, o Tony, o Ângelo Antônio, a Débora Falabella, que são atores com quem eu ainda não tinha trabalhado, a própria Agatha, minha amiga, a Leona Cavalli com quem fiz um espetáculo durante um ano e meio. Foi tão maravilhoso trocar com essas pessoas, tendo essa experiência de poder estar juntos novamente, vivendo outros papeis, outras personagens, já sacando um pouco do estilo de cada ator e admirá-los nas suas novas personagens, e também poder contracenar com o Tony, com a Gloria, que são atores que eu respeito muito e com quem a gente sempre tem o que aprender.

 
Como você acha que o público vai receber sua personagem?
Grace Gianoukas - Como eu sei que a minha personagem caiu em um núcleo cômico no meio da trama, dei o meu melhor e sempre que vou fazer algum trabalho na televisão tento investir muito na minha versatilidade como atriz, para que seja bem diferente de outras coisas que fiz na televisão. Eu dei o meu melhor entre o clássico e o infantil que essa personagem poderia trazer, para dar comicidade, então espero que o público curta. Foi bem bacana, todo mundo adorou e a minha personagem tem uma fala que no final do dia estava todo mundo repetindo e no dia seguinte também, todo mundo da técnica, o pessoal da logística, quem viu a gravação, pessoal da caracterização e os atores. Fiquei muito feliz.
 

Comente sobre a relação de Roma com Luigi e Anely.
Grace Gianoukas - Roma, que é o nome que o Luigi deu para ela, é contratada para se passar por mãe do Luigi a partir de uma sugestão da personagem Anely, então eles chegam na casa dela. O Luigi está todo encantado, está achando que vai dar certo porque ele tem uma fé incrível nos golpes que ele dá, para tudo ele tem uma desculpa, é um aventureiro, um malandro simpaticíssimo, e a Anely é mais ressabiada, está um pouco desconfiada, achando que não vai dar certo, mas mesmo assim é a única solução que eles têm, então, eles a contratam e ficam ali dando aquela monitorada para salvá-la. Anely o tempo inteiro fica tentando estar com ela para que não dê nenhuma gafe e o Luigi também. Quando podem, um ou outro estão sempre no lado dela. Roma chega não muito instruída de qual é a situação, ela só sabe que tem que se fazer de mãe, e a única coisa que precisa falar é “Grazie Mille”.

Quais foram seus últimos trabalhos?
Grace Gianoukas -  Eu tenho trabalhado muito nos últimos tempos, no ano passado fiz temporada e turnê nacional do meu espetáculo de 40 anos de carreira, “Grace em Revista”, que encerra um ciclo de muitas coisas que criei para o pessoal que é meu fã. Fiz uma revisão da minha carreira, ganhei prêmios, prêmio de humor (o prêmio do Porchat), o prêmio de Miguel Arcanjo, enfim, ganhei alguns prêmios com esse trabalho que foi maravilhoso e, no início de 2023, estreei um espetáculo, fenômeno de público e crítica, chamado “Nasci Para Ser Dercy”, uma comédia também emocionante, que conta um pouco da história que poucas pessoas conhecem da Dercy Gonçalves e, claro, a história conhecida também. É uma grande homenagem a Dercy Gonçalves na marca de 15 anos do seu falecimento. Nesse momento, estou em turnê pelo Brasil com ele. Fiz também esse ano e ainda estou fazendo de vez em quando um outro espetáculo dirigido pelo Jorge Farjalla, “O Que Faremos Com Walter”, texto do Juan José Campanella, argentino que ganhou um Oscar com o filme “O Segredo Dos Seus Olhos”. Fiz também o filme da Ana Muylaert, como uma das protagonistas, são 7 mulheres protagonistas, o “Clube das Mulheres de Negócios”. Já está com estreia marcada para o ano que vem na Europa, e fiz duas séries “O Dono do Lar”, do Multishow, que vai estrear a temporada e o “Auto Posto” na Paramount.

Como foi o convite para a participação na novela?
Grace Gianoukas - Foi uma alegria, foi uma surpresa que me deixou muito feliz, quando eu recebi a mensagem do Fábio Zambroni, produtor de elenco, dizendo que o Walcyr gostaria de me chamar para fazer uma participação especial na novela. Adoro o trabalho do Walcyr Carrasco, sempre sonhei em trabalhar com ele, em poder atuar em um texto seu, sei que o trabalho dele é incrível, tenho vários amigos que adoram trabalhar com ele e a gente vê o resultado disso pelo sucesso das novelas que faz. Fiquei extremamente honrada com o convite e fiz de tudo para conciliar minha agenda de turnês e compromissos com imprensa que tenho a cada viagem com o roteiro de gravação da novela, graças a Deus deu certo.

Como está sendo trabalhar o texto do Walcyr Carrasco e como tem sido a direção do Luiz Henrique Rios?
Grace Gianoukas - Ser convidada pelo Walcyr Carrasco para encenar uma personagem que ele criou é uma grande honra, eu me sinto muito grata por ele ter pensado em mim para fazer essa personagem e eu me esforcei ao máximo para fazer jus ao interesse dele pelo meu trabalho. Espero que ele tenha ficado satisfeito. E o Luiz, meu Deus, o Luiz é um gentleman e toda a equipe dele. Foi muito bom de trabalhar. Ele é objetivo, sabe o que quer, uma pessoa educadíssima, prática, firme, me ajudou bastante a localizar minha personagem dentro dessa festa que é uma loucura, gravações de casamento geralmente envolvem muitos personagens, muitas situações, um elenco enorme, além da figuração, então, achei tudo maravilhoso, ele é um superdiretor, e os dois diretores que trabalham com ele com quem eu pude trabalhar, que são a Joana e o Emer, são maravilhosos, adorei ser dirigida por eles.


Criada e escrita por Walcyr Carrasco, "Terra e Paixão" é escrita com Márcio Haiduck, Vinícius Vianna, Nelson Nadotti e Cleissa Regina, com direção artística de Luiz Henrique Rios, direção geral de João Paulo Jabur e direção de Tande Bressane, Jeferson De, Joana Clark, Felipe Herzog e Juliana Vicente. A direção de gênero é de José Luiz Villamarim e a produção é de Raphael Cavaco e Mauricio Quaresma.

.: MUBI e O2 Play lançam trailer de "Passagens", o novo filme de Ira Sachs


Novo filme de Ira Sachs é estrelado por Ben Whishaw, Franz Rogowski e Adèle Exarchopoulos

A MUBI, distribuidora global, serviço de streaming e produtora, e a O2 Play, distribuidora da O2 Filmes, apresentam o trailer de "Passagens", o aclamado novo filme de Ira Sachs, que chega aos cinemas brasileiros em 17 de agosto. O longa-metragem estreou mundialmente no Festival de Sundance 2023 e foi indicado a Melhor Filme no Festival Internacional de Cinema de Berlim em 2023.

Dirigido por Ira Sachs e produzido por Saïd Ben Saïd e Michel Merkt, "Passagens" é protagonizado por Ben Whishaw, Franz Rogowski e a vencedora da Palma de Ouro Adèle Exarchopoulos. Situado em Paris, o drama sedutor conta a história de Tomas (Rogowski) e Martin (Whishaw), um casal gay que tem o relacionamento abalado quando Tomas começa um caso apaixonado com Agathe (Exarchopoulos), uma mulher mais nova que ele conhece após terminar seu último filme.

Perceptivo, íntimo e descaradamente sexy, "Passagens" une o estilo geralmente terno de Sachs a uma sensibilidade exclusivamente europeia, proporcionando uma visão perspicaz e autêntica das complexidades, contradições e crueldades do amor e do desejo. Nos cinemas em 17 de agosto. Um lançamento MUBI e O2 Play.

O Resenhando.com é parceiro da MUBI desde abril de 2023. A MUBI é um serviço global de streaming, produtora e distribuidora de filmes dedicada a celebrar o melhor do cinema. A MUBI produz, adquire, exibe e promove filmes visionários, levando-os a diferentes públicos em todo o mundo. Assine a MUBI e fique por dentro das novidades do cinema neste link.


O que disseram sobre o filme
★★★★ “... [um] estudo do caos romântico" - The Guardian

★★★★ “Sachs entrega um filme dolorosamente bonito” - Time Out

“Assumidamente sexy e infinitamente sábio” - AV Club


"Passagens" - Trailer legendado


domingo, 25 de junho de 2023

.: Resenha crítica: "Derrapada" coloca skatista Samuca na pele de pai aos 17

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em junho de 2023


"Derrapada", produção nacional, adaptada do livro “Slam”, do autor inglês Nick Hornby, em cartaz no Cineflix Cinemas, é surpreendente. Seja pelo fato de tratar assuntos adolescentes, não sendo juvenil ou por entregar um filme empolgante e diferente do que se possa imaginar, considerando o resumo de divulgação ou as imagens do cartaz. Indiscutivelmente, o filme com direção de Pedro Amorim vai além da história do skatista Samuca (Matheus Costa), de apenas 17 anos, que conquista Alicia (Heslaine Vieira), inicia namoro e, logo depois, descobre que será papai se sente pressionado, ou seja, comete o mesmo descuido da mãe Melina (Nanda Costa), que também teve filho aos 17 anos.

O filme de 1h43 fisga o público desde os primeiros minutos, utilizando de modo natural o direcionamento do protagonista para quem está do outro lado da telona. A dinâmica não se desgasta ao longo de "Derrapada", mérito também do ator Matheus Costa. Em cena também se vê um elenco visivelmente entregue aos personagens para compor o drama de Samuca e Alicia. 

Para o público, fica a melhor sensação de prazer por assistir a um longa brasileiro com uma história que vai crescendo de modo empolgante e aumentando a curiosidade sobre o desfecho dos protagonistas, assim como os personagens que os cercam. Habilmente, a comédia mescla drama e romance, apoiada numa edição ágil. O roteiro de Izabella Faya e Ana Pacheco, muito agradável de se acompanhar, com uma narrativa bem-humorada para abordar a temática da gravidez na adolescência ainda, de modo inusitado, é conduzida pela ótica do garoto.

No elenco de "Derrapada" estão Matheus Costa, Heslaine Vieira, Nanda Costa, Luís Miranda, Augusto Madeira, Jussara Mathias, Leandro Soares e Felipe Rocha, além de ter a participação especial do skatista Bob Burnquist. O filme com classificação indicativa para maiores de 16 anos vale super a pena de conferir nos cinemas!

Compre o livro “Slam”, escrito por Nick Hornby, neste link.


Premiações
O longa-metragem "Derrapada" é uma das maiores produções cinematográficas do Polo Audiovisual da Zona da Mata (MG), patrocinado pela Energisa. Ele está sendo exibido em 28 salas de cinema do Brasil a partir da última quinta-feira, dia 22 de junho. O filme foi selecionado para o Festival do Rio 2022, onde acontece a Première Brasil, mostra competitiva nacional e considerada uma das principais vitrines do cinema brasileiro. Nesta edição, foram selecionadas 70 produções nacionais - entre longas e curtas - de novos talentos e de realizadores consagrados, entre os mais de 450 curtas e 200 longas inscritos. 

O filme foi exibido na mostra especial Hors Concours. Também foi selecionado para a Mostra Internacional de São Paulo 2022 e foi vencedor do PAMA - Paris Art and Movies Awards - Fall Session 2022. Neste ano, foi selecionado ainda para os festivais Madri Indie Film 2023, Cinalfama Lisbon International Film Festival 2023 e o 20th Indy Film Fest! (USA). "Derrapada" foi gravado em 2019, em Cataguases e Leopoldina (Minas Gerais), e mobilizou diretamente 70 profissionais do audiovisual, do Rio de Janeiro e da Zona da Mata mineira, além de figurantes, fornecedores e prestadores de serviços. 

“Estamos orgulhosos do que estamos construindo no que tange ao cinema nacional. Nos últimos dez anos, foram realizados aqui na região pelo Polo Audiovisual, com patrocínio da Energisa, mais de 60 obras audiovisuais, dentre filmes de longas e curtas-metragens, séries de televisão, animações e vídeos clipes, mobilizando cineastas, produtores e equipes técnicas e artísticas de Minas Gerais e de outros estados brasileiros. Grande parte dessas obras já foi exibida em mostras, festivais, televisão e salas de cinemas, conquistando prêmios e alcançando um grande público no Brasil e no exterior”, comenta o diretor-presidente da Energisa, Eduardo Mantovani. Garanta o seu exemplar de "Slam", de Nick Hornby, neste link.

Ficha técnica:
Direção: Pedro Amorim. Produção executiva: Fernanda Reznik e Izabella Faya. Produtor associado: Fernando Meirelles. Roteiro: Izabella Faya e Ana Pacheco, com colaboração de Pedro Amorim. Roteiro final: Izabella Faya. Elenco: Matheus Costa (Samuca),  Heslaine Vieira (Alicia), Nanda Costa (Melina, mãe de Samuca), Jussara Mathias (Andrea, mãe Alicia), Luis Miranda (Roberto, pai de Alicia), Felipe Rocha (Marcos, namorado de Melina) e Bob Burquist (participação especial). Direção de fotografia: Dante Belluti. Direção de arte: Dany Espinelli. Figurinista: Joanna Ribas. Técnico de som: Robertinho Oliveira. Montadora: Larissa Armstrong. Animações: Rodrigo Amin. Música: Lucas Marcier, Fabiano Krieger, Rogério da Costa Junior, Gabriel Amorim e Cris Ariel. Edição de som e mixagem: Fernando Aranha e Bernardo Adeodato. Preparadora de elenco: Estrela Straus. Produção: 3 Tabela Filmes. Coprodução: Globo Filmes, Camisa Listrada BH e Telecine. Distribuição: Manequim Filmes.

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


"Derrapada"Ingressos on-line neste link
Gênero: comédia e drama. Classificação: 16 anos. Duração: 1h43. Ano: 2019.  Idioma: inglês. 
Distribuidora: Globo Filmes. Direção: Pedro Amorim. Roteiro: Izabella Faya e Ana Pacheco. Elenco: Nanda Costa (Melina), Luís Miranda (Roberto), Matheus Costa (Samuca), Heslaine Vieira (Alicia), Felipe Rocha (Marcos), Augusto Madeira (David). Sinopse: A história do skatista Samuca, de apenas 17 anos, que descobre que sua namorada, Alicia, está grávida. Por ter cometido o mesmo descuido de sua mãe Melina, que também teve um filho aos 17 anos, Samuca se sente pressionado.

Confira o minidocumentário sobre "Derrapada"

.: "Sra. Klein" traz Ana Beatriz Nogueira, Natália Lage e Kika Kalache para o Sesc


O espetáculo "Sra. Klein" é dirigido por Victor Garcia Peralta, tem texto de Nicholas Wright e adaptação de Thereza Falcão. Na imagem, as atrizes Kika Kalache, Ana Beatriz Nogueira e Natália Lage, respectivamente. Embora ambientado há quase 90 anos, o texto do autor inglês Nicholas Wright segue atual, "...a história é sobre uma família disfuncional, a relação tóxica entre mãe e filha. O público vai se identificar demais porque sempre há dificuldades nesses vínculos", aposta o diretor. Foto: Lucio Luna


Recorte de um único, intenso e louco dia na primavera londrina de 1934, o espetáculo "Sra. Klein”, ganha nova encenação do diretor Victor Garcia Peralta, que já havia montado o texto há 33 anos na Argentina. "Outro dia reassisti ao vídeo e adorei, mas seria impossível fazer como fiz no início da carreira. Naturalmente, meu olhar mudou e queria fazer uma montagem menos realista", diz Victor. 

A trama sobre os dramas familiares da psicanalista austríaca Melanie Klein exerce fascínio e também foi encenada por aqui duas vezes - uma nos anos 1990, com Ana Lúcia Torre e, outra, há 20 anos, com Nathália Timberg à frente do elenco. Aliás, foi justamente numa das sessões da versão dirigida por Eduardo Tolentino, em 2003, que Ana Beatriz Nogueira sentiu vontade, pela primeira vez, de viver a personagem-título. Este desejo a atriz realiza a partir do dia 29 de junho no Sesc 24 de Maio, em São Paulo, ao lado de Natália Lage e Kika Kalache, com produção de Eduardo Barata.

"Eu me lembro que fiquei com a peça na cabeça. Pensei comigo: 'Quando for mais velha, eu quero fazer'. É um texto muito bem-feito, que remete aos clássicos em termos de estrutura. A gente deseja fazer certos papéis mais velha, sabe? Com a idade da personagem, embora em teatro tudo seja possível. Só que é mais interessante estar mais madura como atriz", graceja Ana, que acabou levando quase quatro anos para montar o espetáculo, em função da pandemia.

Embora jure que não leva a personagem para a cama, muito menos ao divã, Ana tem pesquisado com afinco tanto a obra, como tudo relacionado à personalidade da psicanalista. "O ser humano é muito complexo. Acontece que chega uma hora em que eu abandono essas referências todas e crio do meu jeito, uma cena após a outra, sem maiores pretensões. Entendo esse espetáculo como uma oportunidade para reavaliarmos nossas relações familiares. Essa peça é mais sobre lidar com a vida do que com a morte, e isso inclui, claro, questões cotidianas e os lutos das nossas certezas e crenças", analisa a atriz.

Já para Natália Lage, que interpreta Melitta, a filha de Klein, o gatilho da peça bateu mais forte nos conflitos entre mãe e filha, que são o fio condutor do espetáculo. Neste recorte, ambas as personagens precisam encarar a morte de Hans, o filho/irmão mais novo que acaba de se suicidar. "A relação das personagens não tem nada a ver comigo e a minha mãe, mas, às vezes, esbarra em algum lugar. Como a Klein testou seu método psicanalítico nos dois filhos, a Melitta se sente violada na sua intimidade, questiona essa mistura de vida pessoal com profissional, e entra numa trilha de vingança. Então temos uma lavação de roupa suja das boas", adianta Natália.

Há ainda um terceiro vértice nessa discussão: Paula, personagem de Kika Kalache, que fica em cima do muro, ora descambando para o lado de Melitta, sua amiga, ora para o lado de Klein, de quem é discípula. "O encontro das três é forte. A minha personagem é muito observadora, tem menos embates, pois é mais contida. Paula acaba tendo um ponto de vista da história parecido com o do público", explica Kika.

Nesta sua nova encenação, Peralta enveredou-se por um caminho mais contemporâneo. "Os figurinos da Karen Brusttolin remetem aos anos 1930, mas também dialogam com a moda de hoje. Temos três mulheres e 18 cadeiras em cena, é como um quebra-cabeça. Acho curioso que essas três analistas, tão experientes em ouvir o outro e tratar das questões de seus pacientes, não conseguem se ouvir e ver o óbvio da questão que estão enfrentando. Em muitos momentos, o humor delas sarcástico é maravilhoso", observa o diretor.


Ficha técnica
Texto: Nicholas Wright. Tradução / adaptação: Thereza Falcão. Direção: Victor Garcia Peralta. Elenco: Ana Beatriz Nogueira, Natália Lage e Kika Kalache. Cenário: Dina Salem Levy. Figurinos: Karen Brusttolin. Iluminação: Bernardo Lorga. Trilha sonora: Marcelo H. Direção de movimento: Toni Rodrigues. Visagismo: Rafael Fernandez. Coordenação de produção: Eduardo Barata. Direção de produção: Elaine Moreira. Produção executiva: Victor Mello. Assessoria de imprensa: Barata Comunicação e Morente Forte. Programação visual: Alexandre de Castro. Idealização: Barata Produções e Trocadilhos Mil Produções.

Serviço
"Sra. Klein". Datas: de 29 de junho a 23 de julho, de quinta a sábado, às 20h, domingo, às 18h. Local: Sesc 24 de Maio, rua 24 de Maio, 109, São Paulo - 350 metros da estação República do metrô. Classificação: 14 anos. Ingressos: no site, através do aplicativo Credencial Sesc Sp e nas bilheterias das unidades Sesc SP a partir de 20/6 às 17h - R$ 40 (inteira), R$ 20 (meia) e R$ 12 (Credencial Sesc). Duração: 90 minutos.


Sesc 24 de Maio
Rua 24 de Maio, 109, Centro - São Paulo. 350 metros do metrô República. Telefone: (11) 3350-6300.

.: "Poemas Coligidos": edição especial reúne toda a poesia de Garcia Lopes


O livro "Poemas Coligidos (1983-2023)", uma edição especial que reúne toda a poesia de Rodrigo Garcia Lopes em um único volume, chega às livrarias pela Kotter Editorial. O livro é resultado de quatro décadas dedicadas à arte da palavra e do verso. Nele, o leitor encontrará, na íntegra, as obras publicadas pelo autor até aqui: "Solarium" (1994), "Visibilia" (1997), "Polivox" (2001), "Nômada" (2004), "Estúdio Realidade" (2013), "Experiências Extraordinárias" (2015) e "O Enigma das Ondas" (2020). 

A investigação da linguagem (a relação entre ser humano-mundo-linguagem) tem sido o cerne do seu trabalho, compreendendo experiências com poesia, ficção, tradução, música, ensaio, crítica, jornalismo, editoração, teatro e cinema. A poesia de Garcia Lopes está aberta a uma multiplicidade de vozes, estilos, práticas discursivas e formas, tendo buscado um diálogo rico com as tradições literárias brasileiras e de outras culturas.

Todas as páginas deste volume são amostras de que a poesia (ela mesma uma espécie de língua estrangeira) pode explorar, em profundidade e em múltiplos registros, a realidade e a existência contemporâneas. Poemas que confrontam o mundo esteticamente e exibem uma urgência vital em nossos tempos turbulentos. Com uma trajetória marcada pela abertura cosmopolita, multidentitária, rigor estético, coragem na abordagem de temas complexos e uma linguagem marcada pela polifonia, Rodrigo Garcia Lopes conquistou seu lugar como um dos nomes relevantes da poesia brasileira contemporânea. Compre o livro "Poemas Coligidos (1983-2023)", de Rodrigo Garcia Lopes, neste link. 


Sobre o autor
Nascido em Londrina em 1965, Rodrigo Garcia Lopes é autor de mais de 20 livros (poesia, romance, tradução, entrevista, ensaio), além de dois discos: "Polivox" e "Canções do Estúdio Realidade". Trabalhou na Folha de S.Paulo, Folha de Londrina e no jornal Nicolau, de Curitiba. Foi um dos editores da revista Coyote (2002-2014). Seu romance policial-histórico "O Trovador" foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura em 2015. 

Entre os poetas que traduziu estão Marcial, o anônimo The Seafarer, Arthur Rimbaud, Walt Whitman, Laura Riding, Sylvia Plath, entre outros. "Estúdio Realidade" e "O Enigma das Ondas" (2020, semifinalista do Prêmio Oceanos de 2021), acabam de ser publicados na Itália, pela Kolibris Edizione. O "Enigma das Ondas" foi publicado no ano passado em Portugal, pela Officium Lectionis. Em 2001 seu poema “Stanzas in Meditation” foi incluído em Os Cem Melhores Poemas Brasileiros do Século, organizado por Italo Moriconi

Em 2019, seu livro ensaio-biografia "Roteiro Literário: Paulo Leminski" foi um dos vencedores do Prêmio da Biblioteca Nacional (Categoria Ensaio Literário). A se mencionar, também, as entrevistas históricas com personalidades como John Cage, William Burroughs, Amiri Baraka, Marjorie Perloff, John Ashbery, Allen Ginsberg e outros, reunidas em Vozes e Visões (1996). 

Ter em mãos os sete volumes, publicados ao longo de quase 40 anos, de um poeta cuja obra se encontra em progresso, oferece ao leitor uma oportunidade única de explorar, em espiral, sua evolução artística e criativa. Permitem o acesso à diversidade de temas e questões abordados ao longo da rica trajetória, bem como acompanhar as mudanças de estilo, dicções, técnicas e experimentações linguísticas ocorridas ao longo dos anos. 

"Poemas Coligidos (1983-2023)" também possibilita ao leitor estabelecer conexões e referências entre os diferentes volumes, identificando continuidades, recorrências ou transformações na obra do escritor. Isso enriquece a experiência de leitura, oferecendo uma perspectiva panorâmica sobre a obra e o pensamento poético do autor paranaense, sua capacidade de reflexão e engajamento com questões relevantes do nosso tempo.

O livro também traz uma fortuna crítica, composta por textos críticos, fragmentos e análises realizadas por dezenas de estudiosos, críticos literários e escritores sobre a obra do autor, como Flora Süssekind, Silviano Santiago, Marjorie Perloff, José Castello, Manuel da Costa Pinto, Caetano Galindo, Carlito Azevedo, entre outros. Essa coleção de perspectivas e interpretações, ainda que de forma concisa, contribui para uma compreensão mais ampla e aprofundada da poesia de Garcia Lopes, permitindo ao leitor mergulhar nas várias camadas de significado e apreciar a complexidade e particularidades de sua poesia. Garanta o seu exemplar de "Poemas Coligidos (1983-2023)", escrito por Rodrigo Garcia Lopes, neste link.  


Algumas opiniões sobre a poesia de Rodrigo Garcia Lopes:
Paulo Leminski, Correio de Notícias, 16/11/1985:
"Rodrigo Garcia Lopes, o Satori Uso, é um dos mais notáveis poetas paranaenses da safra novíssima. Me impressiona a falta de provincianismo, a abertura cosmopolita, a coragem da informação difícil, o extremo atrevimento desse londrinense, nada indigno do pioneirismo que levantou, naquela terra vermelha, a cidade mais rápida do Brasil."

Caio Fernando Abreu, “Caderno 2”, O Estado de S. Paulo, 14/3/1988: “Depois de ler os poemas de Rodrigo Garcia Lopes, não tenho a menor hesitação em afirmar coisas grandiloquentes como: ele é um dos melhores poetas surgidos ultimamente neste país.”

Fabrício Carpinejar, jornal Rascunho, junho de 2003: “Polivox é um experimento investigativo da linguagem, assumindo a vida como a mais agressiva das artes. Ocorre a frequente mudança de tom, desenvolvendo códigos, estilos e escolas — dos haicais, passando pela poesia medieval e desaguando no barroco. Lopes se enraíza na percepção, instaurando um épico da fala contemporânea.”

Antonio Cicero, em Estúdio Realidade, 2012: “Em todas as partes de Estúdio Realidade encontram-se poemas que, com sua combinação peculiar de contemporaneidade e erudição, promovem uma festa de intelecto e imaginação, razão e sensibilidade, emoção e humor, cultura e intuição.”

Valor Econômico, caderno “Eu”, 4/12/2020: “Considerado um dos mais instigantes poetas brasileiros, o autor agora alcança a maturidade poética, oferecendo um trabalho capaz de acender a relevância e a força da poesia.”

Samuel Leon, em O Enigma das Ondas, 2020: “Pela abrangência de questões, pelo esmero estético, O Enigma das Ondas é um momento alto da poesia brasileira recente.”

Foto: Elisabete Ghisleni

.: Versão restaurada de "Pixote" é destaque na edição 2023 da MUBI Fest


Evento terá um especial de Wong Kar Wai em 4k, sessão de "Pixote: a Lei do Mais Fraco" em versão restaurada e a estreia nacional de "Rotting in the Sun".

Distribuidora global, serviço de streaming e produtora, a MUBI anuncia algumas das atrações do MUBI Fest 2023, que será realizado de 14 a 16 de julho, na Cinemateca Brasileira. Além de uma programação especial dedicada ao cineasta Wong Kar Wai, o evento terá exibição do clássico brasileiro "Pixote: a Lei do Mais Fraco", em versão restaurada, e a première nacional de "Rotting in the Sun", novo longa-metragem de Sebastián Silva.

Dentro do especial Wong Kar Wai, serão exibidas cópias em 4k de "Amor à Flor da Pele" (2000), "Chungking Express" (1994) e "Fallen Angels" (1995). Classico do cinema nacional, "Pixote: a Lei do Mais Fraco" (1980), dirigido por Hector Babenco, foi restaurado pelo World Cinema Project, da The Film Foundation - criada por Martin Scorsese. Considerado um dos filmes mais importantes do cinema brasileiro, é estrelado por Marília Pêra, Jardel Filho, Rubens de Falco, Elke Maravilha, Tony Tornado, Beatriz Segall e Ariclê Perez.

Outro dos destaques do festival é a estreia nacional de "Rotting in the Sun", antes de chegar à plataforma, em 15 de setembro. O novo longa de Sebastián Silva é uma meta-comédia que faz uma crítica à indústria do cinema e à cultura da auto-obsessão. A partir de 2023, o MUBI Fest torna-se uma iniciativa regional, com edições em outras quatro cidades da América Latina: Bogotá (Colômbia), Buenos Aires (Argentina), Cidade do México (México) e Santiago (Chile). No Brasil, o MUBI Fest 2023 tem apoio das distribuidoras Synapse, Imovision, O2 Play e HB Filmes, que cederam os direitos das produções. A programação completa será divulgada em breve.

O Resenhando.com é parceiro da MUBI desde abril de 2023. A MUBI é um serviço global de streaming, produtora e distribuidora de filmes dedicada a celebrar o melhor do cinema. A MUBI produz, adquire, exibe e promove filmes visionários, levando-os a diferentes públicos em todo o mundo. Assine a MUBI e fique por dentro das novidades do cinema neste link.


Serviço
MUBI Fest 2023. De 14 a 16 de julho. Cinemateca Brasileira. Largo Senador Raul Cardoso, 207 - Vila Mariana – São Paulo

MUBI Fest | São Paulo | De 14 a 16 de julho na Cinemateca Brasileira



.: Seriado "Os Outros" terá o primeiro episódio exibido na "Tela Quente"


Original Globoplay estará na TV Globo nesta segunda-feira, dia 26, mesmo dia de estreia do "Os Outros - O Podcast". Na imagem, Milhem Cortaz, Maeve Jinkings, Paulo Mendes, Antonio Haddad, Adriana Esteves e Thomás Aquino. Foto: Paulo Belote/Globo

Com atuações arrebatadoras, personagens profundos e um ritmo alucinante, "Os Outros’ terá o primeiro episódio exibido na "Tela Quente" desta segunda-feira, dia 26. A série original da plataforma traz uma discussão sobre intolerância e dificuldade de diálogo na sociedade atual. De forma simultânea à transmissão, será lançado "Os Outros - O Podcast", novo projeto companion da Globo que traz conteúdos inéditos e complementares ao universo da série no Globoplay, com apresentação de Gabriela Prioli.

A história criada por Lucas Paraizo - autor de "Sob Pressão", com direção artística de Luisa Lima, narra a evolução dos conflitos entre dois casais vizinhos vividos por Wando (Milhem Cortaz) e Mila (Maeve Jinkings); e Cibele (Adriana Esteves) e Amâncio (Thomás Aquino), que entram em choque após a briga de seus filhos, Rogerio (Paulo Mendes) e Marcinho (Antonio Haddad), levando a consequências absurdas.

Dona Lúcia (Drica Moraes) é a síndica do condomínio Barra Diamond, cuja aparente normalidade entra em risco diante das questões envolvendo as famílias. Ela conta com a atenção do porteiro Elvis (Rodrigo Garcia) para mantê-la informada sobre tudo o que acontece por ali. Já Sérgio (Eduardo Sterblitch) é um ex-policial expulso da corporação e morador do condomínio que vê uma oportunidade de obter vantagens diante do conflito entre os vizinhos. 

Do relacionamento com Joana (Kênia Bárbara), virou pai de Lorraine (Gi Fernandes), uma adolescente que chega de surpresa para morar com ele. O elenco também conta com Guilherme Fontes, Ana Flavia Cavalcanti, Xande Valois, Pedro Ogatta, Henrique Eduardo, Bea Aragão e Gabriel Lima, entre outros. Até o dia 07 de julho, a cada semana serão disponibilizados dois episódios da série no Globoplay, sempre às quartas e sextas. 

"Os Outros" é uma criação de Lucas Paraizo, escrita com Fernanda Torres, Flavio Araujo, Pedro Riguetti, Bárbara Duvivier, Thiago Dottori e Bruno Ribeiro. A série tem direção artística de Luisa Lima e direção de Lara Carmo. A produção é de Luciana Monteiro, e a direção de gênero, de José Luiz Villamarim. "Tela Quente" vai ao ar após "Terra e Paixão".


"Os Outros - O Podcast"
"Os Outros - O Podcast" é o novo projeto companion da Globo e traz conteúdos inéditos e complementares ao universo da série no Globoplay. Comandado por Gabriela Prioli, o podcast conta com a participação fixa do criador da obra ficcional Lucas Paraizo e da diretora artística Luisa Lima. A cada episódio o trio vai receber convidados e especialistas para um bate-papo sobre as temáticas sociais abordadas na produção. 

No podcast, os ouvintes terão acesso a novos conteúdos fundamentados no processo criativo da série. O título terá cinco episódios, com distribuição no Globoplay e nas plataformas de áudio a partir de 26 de junho, às segundas e quintas-feiras. "Os Outros - O Podcast" é um projeto original Globoplay, com produção da Trovão Mídia.

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