terça-feira, 29 de agosto de 2023

.: Espetáculo "Portátil" terá quatro apresentações no Teatro Liberdade


Gregório Duvivier, João Vicente de Castro, Luciana Paes, Rafael Queiroga e Andres Giraldo fazem quatro apresentações do espetáculo "Portátil" no Teatro Liberdade em setembro. Com direção de Barbara Duvivier, as apresentações exploram o improviso teatral do começo ao fim a partir de interação com o público. Foto: Daniel Barboza


Uma entrevista com a plateia dá origem ao inteiramente improvisado espetáculo "Portátil", que reúne em cena os atores do "Porta dos Fundos" Gregório Duvivier e João Vicente de Castro e os convidados Luciana Paes e Rafael Queiroga, além do músico Andres Giraldo. A peça, dirigida por Barbara Duvivier, tem quatro apresentações em São Paulo no Teatro Liberdade, entre os dias 7 e 10 de setembro, de quinta a sábado, às 21h00, e no domingo, às 18h00.

Com os poucos dados que a pessoa escolhida na plateia fornece aos atores, além de uma trilha sonora composta no momento, o elenco cria uma narrativa própria que percorre as memórias do entrevistado. No final, o resultado é um espetáculo orgânico, diversificado, que passeia por diversos personagens, épocas e lugares, a fim de contar a história de uma pessoa. 

"Portátil" é, para os integrantes do Porta dos Fundos, um lugar de invenção, de desdobramento, desenvolvimento dos atores e cumplicidade com a plateia. Para os espectadores, é possível testemunhar, ao vivo, o processo criativo do grupo de humor, e para os atores, o espetáculo trabalha a química, a cumplicidade, a generosidade e o brainstorming de ideias.  Por ser um espetáculo de improvisação feito a partir da história de alguém da plateia, cada apresentação é, obrigatoriamente, diferente.  

Em 2015, "Portátil" viajou pelo Brasil, esteve em temporada no Rio (Teatro do Leblon) e passou por algumas cidades de Portugal. Em 2016, fez uma temporada em São Paulo (Teatro J.Safra) e outra no Rio de Janeiro (Teatro dos Quatro) e esteve em algumas cidades portuguesas. 


Ficha técnica
Espetáculo "Portátil". Concepção criativa: Barbara Duvivier, Gregório Duvivier e João Vicente de Castro. Elenco: Gregório Duvivier, João Vicente de Castro, Luciana Paes e Rafael Queiroga. Músico: Andrés Giraldo. Direção: Barbara Duvivier. Figurino: Gilda Midani. Cenário: Gigi Barreto. Iluminação: Felipe Lourenço. Operador de som: Jorge Baptista. Supervisão artística: Gustavo Miranda.

Equipe Sarau
Diretora de criação: Andréa Alves. Diretora de projetos: Leila Maria Moreno. Coordenação de produção: Rafael Lydio. Produção executiva: Matheus Castro  


Serviço
Espetáculo "Portátil". Apresentações:  de 7 a 10 de setembro. Quinta-feira a sábado, às 21h00, e no domingo, às 18h00. Teatro Liberdade. Rua São Joaquim, 129 - Liberdade/São Paulo. Ingressos: Plateia Premium: R$200 (inteira) e R$100 (meia-entrada). Plateia: R$150 (inteira) e R$75 (meia-entrada). Balcão A: R$90 (inteira) e R$45 (meia-entrada). Balcão B: R$70 (inteira) e R$35 (meia-entrada). Vendas on-line em https://bileto.sympla.com.br/event/84057/d/201508Bilheteria (sem taxa de conveniência): De terça a sábado, das 13h às 19h, e aos domingos e feriados apenas em dias de espetáculos até o início da apresentação. Classificação etária: 12 anos. Duração: 70 minutos. Capacidade: 900 lugares. Acessibilidade: teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.

.: Cia2 apresenta "Aviso Prévio", que ganha nova montagem 36 anos depois

Em sua primeira montagem, o espetáculo "Aviso Prévio" foi encenado por Nicette Bruno e Paulo Goulart em 1987. Hoje volta aos palcos no Teatro Contêiner com Litta Mogoff e Lisandro Di Prospero. Em "Aviso Prévio" o casal onírico Ela (Litta Mogoff) e Oz (Lisandro di Prospero) se desdobram em vários outros, em diferentes quadros de funções hierárquicas. Trata-se de momentos que antecedem fins inevitáveis, o rompimento de relações, funções sociais e da própria vida.

O espetáculo explora o círculo vicioso e opressor, principalmente contra as mulheres, no qual nossa sociedade foi construída. Questões feministas levantadas por “Ela” serão acompanhadas da ausência de outra mulher, Rita, a empregada doméstica, permitindo que o diálogo sobre raça e classe permeie o espetáculo e atinja o público sem aviso prévio.

A dramaturgia é fragmentada em quadros, são situações simples, humanas, universais e extremas. Situações limites que revelem a intersecção entre gênero, classe social e raça. Não há um tempo cronológico, mas o fluxo é contínuo. “A vida não nos dá 'aviso prévio', não permite tempo de resposta ou assimilação dos acontecimentos diários. Ela e Oz representam e denunciam nossa estrutura social, por isso, manter em cena a agilidade proposta no texto foi essencial para colocar o público na mesma situação do casal”, disse a diretora Pâmy Rodrigues.

Ficha técnica
Espetáculo "Aviso Prévio". Dramaturgia: Consuelo de Castro. Direção: Pâmy Rodrigues. Elenco: Litta Mogoff e Lisandro Di Prospero. Assistente de direção: Érika Caroline. Assessoria de imprensa: Thais Peres. Figurinos: Marco Canonici. Sonoplastia : Beth Souza. Iluminação: Roana Paglianno. Produção: Enio Teixeira e Cia2. Cenografia: CiaDois. Fotografia e vídeo: Kim Leekyung. Realização: CiaDois.

Serviço
Espetáculo "Aviso Prévio". Rua dos Gusmões, 43 – metrô Luz/São Paulo. Quartas e quintas, às 20h. De 13 de setembro a 5 de outubro. Classificação: 12 anos. Duração: 70 minutos. Valor: R$ 40,00 (inteira)/ R$ 20,00 (meia-entrada).


.: "O Amor Segundo Mafalda", de Quino, uma coletânea sobre "coisas do coração"


Lançada pela editora Martins Fontes, a nova coletânea de quadrinhos "O Amor Segundo Mafalda", da pequena-irreverente-questionadora-sincera-ousada-sábia-curiosa-e-inteligente Mafalda conta com prefácio do artista plástico, poeta e quadrinista André Dahmer, criador das tirinhas “Malvados”, “Quadrinhos dos Anos 10”, “Vida e obra de Terêncio Horto”, e ganhador de cinco prêmios HQmix e um Jabuti. Compre o livro "O Amor Segundo Mafalda", de Quino, neste link.


Confira um trecho:
“Mistura pouco usual de doçura e coragem, duas das virtudes mais raras que um ser humano pode ter, a menina tornou-se rapidamente um símbolo de consciência política e luta contra as injustiças do mundo”, afirma André Dahmer. Este é o terceiro livro da série de coletâneas temáticas da Mafalda, com prefácios exclusivos e capas quadradas e coloridas.

Sobre a autor
Quino - Joaquín Salvador Lavado
, filho de imigrantes espanhóis da Andaluzia, nasceu em Mendoza (Argentina) em 1932. Foi chamado pela família de Quino para distingui-lo de seu tio Joaquín Tejón, pintor e desenhista de publicidade, com quem descobriu sua vocação aos 3 anos. Em 1945, após a morte de sua mãe, ele terminou a escola primária e resolve inscrever-se na Escola de Belas Artes de Mendoza. Cansado de desenhar ânforas e jarrões, decidiu ser desenhista de historietas de humor.

Em 1962 fez sua primeira exposição em uma livraria de Buenos Aires. No ano seguinte, foi publicado seu primeiro álbum de humor, Mundo Quino. Foi também nessa década que surgiu Mafalda, publicada em diversos jornais. Quino faleceu em 30 de setembro de 2020. Garanta o seu exemplar de "O Amor Segundo Mafalda", escrito por Quino, neste link.


.: "Pois,", livro visceral de Carlutti Veloso, será lançado nesta quarta em Ipanema


Há livros que ultrapassam a função estética, própria da literatura e da poesia; são humanamente afetivos trazendo à baila os compassos que movem o amor. Na gênese dos textos, alma exposta, sangue, lágrimas a mais e risos verdadeiros. É esse o tom visceral que Carlutti Veloso dá ao seu novo livro "Pois,". E esta é a propositura: a pausa metafórica diante do incompreendido. Por isso, "Pois," - com vírgula - marca a suspensão do tempo e um hiato. Ponto final? Nova vírgula nessa biografia amorosa? Uma volta regrada a dois pontos ou uma exclamação?!

O poeta de Salvador brinca com a função sintática e semântica das palavras e das letras maiúsculas e minúsculas, dos pontos finais e dos parágrafos, que geralmente engessam um texto, em estrutura diversa da norma culta diante do baque súbito da perda do amor: “o poeta é um alquimista de palavras que, escutando o que sussurram os sentidos, as transforma em assombro”, contextualiza Carlutti.

O autor desafia as regras e volta seu interesse pela catarse e seu desfecho: “porque caminhar contigo é bom/inexplicavelmente bom,/e desnecessária é qualquer outra palavra”. Há páginas somente ímpares diante da desconstrução do casal (que se reencontrará ou não?).

Em suas metáforas, percebe-se o que o relacionamento trouxe de profundo conhecimento, que a vida, se breve é, pode indicar a possibilidade de se refazer o caminho percorrido na expectativa de retomada e novíssimo encontro: “Porque teus olhos aprisionam o tempo de tal maneira e falam essa linguagem única das primeiras estrelas/num silêncio rubro que cala todas as palavras/que se querem imóveis, pois esperam tua carícia”.

Uma separação que é pausa, percurso, vírgula, um "Pois," no léxico amoroso. É ler para navegar entre poesias e metáforas e descobrir o quanto significa essa entrepausa em uma vida. E torcer para que o Pois, tenha continuidade não apenas na literatura, mas na vida palpável que precisa ser usufruída. Pois, é mensagem do amor universal e necessário a todos nós, uma vez que “encontro em ti, nessa síntese, o meu desejo”.


Sobre o autor
Na definição do próprio Carlutti: “No dia 29 de dezembro de 1968, lá em Salvador, em nasci. Gostei tanto que não parei mais. Vivo nascendo, aqui e ali. No Rio, já faz mais de 20 anos. Espero nunca parar de nascer. É difícil porque às vezes a gente esquece como faz. Mas, quando isso acontece, a vida vem e dá um sopro, forte, no nosso ouvido, e lembra. Bem, pelo menos comigo tem sido assim”.


Serviço
Lançamento do livro de poesia "Pois," de Carlutti Velloso. Quarta-feira, dia 30 de agosto, a partir das 19h. No Daka - Pizza e Vinho. Rua Gomes Carneiro, 132, Ipanema.

segunda-feira, 28 de agosto de 2023

.: Crítica: "Gran Turismo: de Jogador a Corredor" é excelente filme que cativa


Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em agosto de 2023


Inspirado na história do automobilista britânico Jann Mardenborough, o longa de ação e drama "Gran Turismo: De Jogador a Corredor", em cartaz no Cineflix Cinemas, cativa e empolga com uma trama simples e de sequência ágil que facilmente fisga o público, do início ao filme, incluindo quem não é fã de games, carros ou de assistir corridas. 

Nostálgico para quem jogou e ainda se diverte com "Gran Turismo", a cinebiografia de 2h15, dirigida por Neill Blomkamp (Distrito 9), recria acidente trágico ocorrido em 2015, no circuito de Nurburgring, com Jann Mardenborough. Protagonizado por Archie Madekwe, o longa é espetacular, uma vez que promete pouco e entrega muito e chega com pinta de filme clássico que se assiste por vezes.

De trilha sonora impecável, cabendo Jenny G e Enya, a produção com roteiro de Jason Hall e Zach Baylin tem ainda no elenco o David Harbour (Stranger Things), como o treinador e amigo de Jann, Jack Salter, além de Orlando Bloom (Danny Moore), Darren Barnet (Matty Davis), Geri Halliwell (Lesley Mardenborough), Djimon Hounsou (Steve Mardenborough). Bastante visual, "Gran Turismo: De Jogador a Corredor" é o tipo de filme para se assistir nas telonas do Cineflix Cinemas. Imperdível!


Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 

"Gran Turismo: De Jogador a Corredor" ("Gran TurismoIngressos on-line neste link
Gênero: ação, drama. Classificação: 12 anos. Duração: 2h15. Ano: 2023. Idioma: inglês. 
Distribuidora: Sony Pictures Motion Picture Group. Direção: Neill BlomkampRoteiro: Jason Hall, Zach Baylin. Elenco: Archie Madekwe (Jann Mardenborough), David Harbour (Jack Salter), Orlando Bloom (Danny Moore), Darren Barnet (Matty Davis), Geri Halliwell (Lesley Mardenborough), Djimon Hounsou (Steve Mardenborough), Emelia Hartford (Leah Vega). Sinopse: O jovem Jann Mardenborough vence uma série de competições do vídeo-game Gran Turismo, promovidas por uma grande empresa automobilística, e ganha a oportunidade de se tornar um piloto profissional.


Trailer de "Gran Turismo: De Jogador a Corredor"

.: Com Pedro Pascal e Ethan Hawke, "Estranha Forma de Vida" ganha trailer


Média-metragem de Pedro Almodóvar atraiu multidões no Festival de Cannes 2023 e estreia em 14 de setembro nos cinemas; mais um lançamento O2 Play e MUBI no Brasil. Foto: divulgação/MUBI e O2 Play

A MUBI, distribuidora global, serviço de streaming e produtora, e a O2 Play, distribuidora da O2 Filmes, apresentam o trailer de "Estranha Forma de Vida", aclamado média-metragem de Pedro Almodóvar, que estreia em 14 de setembro nos cinemas brasileiros.Produzido por El Deseo, o filme é estrelado pelos atores Pedro Pascal, Ethan Hawke e Manu Rios.

A história de dois pistoleiros que se reencontram após 25 anos foi filmada no deserto de Tabernas, província de Almeria, na Espanha. A trilha sonora é de Alberto Iglesias e os figurinos são da Saint Laurent, desenhados por Anthony Vaccarello, também produtor associado do projeto. O elenco inclui os jovens talentos Jason Fernández, José Condessa, George Steane, além de Pedro Casablanc e Sara Sálamo.

Em "Estranha Forma de Vida", depois de 25 anos separados, o rancheiro Silva (Pascal) cavalga pelo deserto para visitar seu velho amigo Jake (Hawke), o xerife de Bitter Creek. O que vem a seguir é uma tarde de intimidade compartilhada, reconciliação e lembranças. No entanto, no dia seguinte, a revelação da conexão dos dois homens com um crime local sugere que há mais no encontro deles do que apenas uma viagem pela estrada da memória. Nos cinemas a partir de 14 de setembro e em breve na MUBI.

O Resenhando.com é parceiro da MUBI desde abril de 2023. A MUBI é um serviço global de streaming, produtora e distribuidora de filmes dedicada a celebrar o melhor do cinema. A MUBI produz, adquire, exibe e promove filmes visionários, levando-os a diferentes públicos em todo o mundo. Assine a MUBI e fique por dentro das novidades do cinema neste link.


Trailer de "Estranha Forma de Vida"


.: "Amazônia na Encruzilhada", de Míriam Leitão, revela bastidores de luta


"Amazônia na Encruzilhada"
, novo livro de Míriam Leitão, está sendo lançado pela editora Intrínseca em 31 de agosto. É uma ampla reportagem sobre os avanços e os retrocessos da luta do Brasil contra o desmatamento, com bastidores da política ambiental, com viagens à Amazônia e entrevistas com os principais especialistas. A jornalista sustenta, com base em dados, que esse é o momento mais dramático da nossa relação com a Amazônia. Ainda há tempo, mas não muito tempo.

Maior floresta tropical do mundo, maior reservatório de água doce, maior patrimônio de biodiversidade do planeta, o mais completo dos ecossistemas da Terra - um bioma que é, em si, uma coleção de biomas -, a Amazônia submete quem a estuda a uma posição de humildade, diz a autora. Sua existência é a garantia de que chova em outras partes do Brasil e de que o próprio planeta seja habitável.

Seu passado nos últimos anos tem sido repensado, e acredita-se que a presença humana na floresta seja mais antiga do que se sabia até então. Os próprios conceitos de Amazônia se confundem: pode-se estar falando da Amazônia Legal, do bioma amazônico no Brasil ou da Pan-Amazônia sul-americana. 

Como repórter e comentarista da área econômica, Míriam Leitão viu nos últimos anos a questão ambiental e climática invadir a lógica econômica, e a economia chegar, aos poucos, aos debates ambientais, quando essas conexões ainda não eram tão evidentes. Em "Amazônia na Encruzilhada", a jornalista revela como, depois de dez anos de sucesso no combate ao desmatamento, o Brasil regrediu e passou a ter nova elevação do desmate. 

Com pesquisas, entrevistas e apurações iniciadas pela autora ainda no confinamento da pandemia de covid-19, a obra traça um panorama sobre como opera o crime na Amazônia e de que forma reagem as várias forças policiais, o Ministério Público Federal e os órgãos ambientais. Registra também o avanço nas tecnologias de satélites e de comunicação que possibilitaram “ver” melhor a Amazônia. Míriam Leitão também traz para o debate líderes indígenas, cientistas, economistas, ambientalistas, produtores rurais, inclusive os pequenos produtores que vivem em paz com a floresta. “No encontro do capital com a floresta, da ciência com os indígenas, do ambientalismo com os produtores, há muita novidade, há muita vida. E foi isso que eu fui buscar para relatar aos leitores”.

"Amazônia na Encruzilhada" é resultado de um trabalho de apuração rigoroso que une o treino da jornalista com a capacidade literária da escritora. A obra mostra a urgência da proteção da floresta, em tempos de mudança climática, e os riscos que o Brasil e o mundo correm com a sua destruição. Ao entrelaçar diferentes fontes, fatos históricos e reflexões, Míriam Leitão convida o leitor e as instituições a buscarem caminhos possíveis, antes que cheguemos a um ponto irreversível. Compre o livro "Amazônia na Encruzilhada", de Míriam Leitão, neste link.

Sobre a autora
Míriam Leitão
 é mineira de Caratinga. Como jornalista, recebeu diversos prêmios, entre eles o Maria Moors Cabot, da Universidade Colúmbia, de Nova Iorque. Como escritora, ganhou o Jabuti de Livro do Ano de Não Ficção em 2012 por Saga brasileira e foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura 2015 por Tempos extremos, lançado pela editora Intrínseca. Também pela Intrínseca publicou "História do Futuro: o Horizonte do Brasil no Século XXI" (2015), "A Verdade É Teimosa" (2017), a coletânea de crônicas "Refúgio no Sábado" (2018), com a qual foi finalista do Jabuti, e "A Democracia na Armadilha" (2021). É casada com Sérgio Abranches, tem dois filhos, Vladimir e Matheus, e um enteado, Rodrigo. É avó de Mariana, Daniel, Manuela e Isabel. Foto: Rafaela Cassiano. Garanta o seu exemplar de "Amazônia na Encruzilhada", escrito por Míriam Leitão, neste link.

.: A primeira imagem de Silvero Pereira como o "Maníaco do Parque"


O Prime Video divulgou a primeira imagem de Silvero Pereira caracterizado para o filme "Maníaco do Parque". Produzido pela Santa Rita Filmes, o longa-metragem tem previsão de lançamento para 2024. A imagem mostra Silvero Pereira como o motoboy Francisco de Assis Pereira, condenado por atacar 21 mulheres, assassinar dez delas e esconder seus corpos no Parque do Estado, em São Paulo, no final dos anos 90.

No filme, Giovanna Grigio é Elena, uma repórter iniciante que vê na investigação dos crimes do homem conhecido como o maníaco do parque a grande chance de alavancar sua carreira. Ela revela as histórias de assassinatos enquanto Francisco de Assis Pereira segue livre atacando mulheres, e sua fama cresce vertiginosamente na mídia, gerando terror na capital paulista.

O elenco ainda conta com grandes nomes, como Bruno Garcia, que interpreta Zico, um jornalista galanteador e sem escrúpulos que trará problemas para Elena. Mel Lisboa é Martha - psiquiatra e irmã da protagonista, ela terá a importante função de ajudá-la a entender como funciona a mente de um psicopata. O rapper Xamã faz o papel de Nivaldo, um homem boa praça e chefe de Francisco.

Augusto Madeira é Medeiros, um dos delegados responsáveis pelo caso do "Maníaco do Parque" e fonte de informações de Elena e Zico. Christian Malheiros interpreta Beto, repórter fotográfico que se torna aliado de Elena. Bruna Mascarenhas faz o papel de Cristina, uma das vítimas de Francisco, crucial para a descoberta da identidade do assassino. Olivia Lopes representa Tainá, uma ex-namorada de Francisco que teve papel marcante em sua vida. O filme é dirigido por Maurício Eça, produzido por Marcelo Braga e tem roteiro de L.G. Bayão. A pesquisa é da jornalista investigativa Thaís Nunes.

A produção do filme de ficção "Maníaco do Parque" foi anunciada junto com o documentário "O Maníaco do Parque: A História não Contada", que revisita o caso do assassino condenado sob uma nova perspectiva, a de quatro vítimas sobreviventes. Produzidos pela Santa Rita Filmes, os projetos tiveram origem em uma pesquisa sem precedentes sobre os crimes. Para criar os roteiros, mais de 20 mil páginas do processo foram analisadas e mais de 50 pessoas foram entrevistadas, incluindo sobreviventes, familiares de vítimas, promotores, delegados, peritos, psicólogos, psiquiatras e advogados.

.: "Besouro Azul", as sete curiosidades sobre o herói do momento


Em cartaz no Cineflix mais perto de você, perguntamos aos editores da Panini algumas curiosidades sobre o “Besouro Azul” que podem ajudar a entender um pouco mais sobre o personagem. O filme é protagonizado por Xolo Maridueña, no papel do super-herói, e pela atriz brasileira Bruna Marquezine, que se consagra como a primeira protagonista latina de um filme da DC Comics, na pele de Jenny Kord. 

No filme “Besouro Azul”, o adolescente mexicano Jaime Reyes ganha super poderes e uma armadura após entrar em contato com o Escaravelho, um artefato alienígena. Porém, a empresária Victoria Kord, interpretada por Susan Sarandon, tem grande interesse no item e vai fazer de tudo para tê-lo em mãos. Para enfrentar os desafios e proteger seus poderes, o herói contará com a ajuda de Jenny Kord, sobrinha da vilã. O filme é dirigido por Angel Manuel Soto e é baseado nos quadrinhos da DC Comics. 


1. Existem três versões do Besouro Azul
Dan Garret - criado em 1939.
Ted Kord - criado em 1966.
Jaime Reyes - criado em 2006.


2. Besouro Azul teve seu próprio programa de rádio 
A primeira versão do Besouro foi um grande sucesso de público nos EUA: ele teve seu próprio programa no rádio - em 1940, e ganhou até um “Dia do Besouro Azul” na Feira Mundial de Nova Iorque, no ano anterior.


3. Besouro Azul tomava vitamina? 
A partir de 1940, a fonte de poderes do primeiro Besouro Azul passou a ser… uma vitamina! Essa substância - chamada Vitamina 2X - dava a Dan Garret superforça e super-resistência.


4. Besouro Azul e Watchmen 
O Besouro Ted Kord é a fonte de inspiração para a criação do Coruja, personagem da clássica HQ Watchmen, de Alan Moore.


5. Criador de Homem-Aranha é o mesmo de Besouro Azul
Um dos cocriadores de Ted Kord é ninguém menos que Steve Ditko, o homem que deu ao mundo o Homem-Aranha, ao lado de Stan Lee.


6. Essa não é a primeira aparição do personagem em live action
O Besouro que estrela o filme deste ano, Jaime Reyes, já apareceu nas telas anteriormente em um episódio da décima temporada da série "Smallville". Esse episódio foi escrito pelo renomado roteirista de HQs, Geoff Johns.


7. Mudança de cidade agora é canônica
Originalmente, o Besouro Jaime Reyes morava em El Paso, uma cidade real nos Estados Unidos. No filme, no entanto, ele vive na fictícia Palmera City, lugar que agora se torna canônico também nos quadrinhos.

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades do Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


domingo, 27 de agosto de 2023

.: Entrevista: Clara Bezerra, a enigmática autora de "Roupa de Ganho"


Composto por um pouco mais de 100 poemas e aforismos, “Roupa de Ganho”, lançado pela editora Paraquedas, é o primeiro livro de Clara Bezerra. Os versos descrevem as dores, os prazeres e os desencontros do crescimento. Para revestir as emoções, a autora se vale de um vocabulário ancorado na geografia marítima. As águas, portanto, são abundantes na escrita, e povoam o livro em suas mais diferentes formas, trazendo consigo um sem número de metáforas possíveis. 

A nomenclatura dos capítulos, inclusive, fazem alusão a esse universo. São eles: "Córrego", "Correnteza", "Travessia", "Mergulho" e "Fôlego". Em cada um, a escritora busca agrupar poemas relacionados e que de alguma forma conversam entre si. A cadência da escrita segue a metáfora dos nomes dados a cada parte do livro com a dramaticidade dos versos dilatando à medida que as páginas são viradas, como se fosse a metamorfose da inocência para consciência.

Potiguar nascida em Acari e criada em Cruzeta, municípios vizinhos e que ficam a cerca de 215 km de Natal, ela vive na capital do Rio Grande do Norte. Formada em Letras - Língua Portuguesa e em Comunicação Social - Publicidade, ela também estuda psicanálise e dança por prazer. Confira a entrevista completa com a autora. Compre o livro "Roupa de Ganho", de Clara Bezerra, neste link.


O que motivou a escrita de "Roupa de Ganho"? 
Clara Bezerra -
Este livro é a reunião de textos que escrevi desde os 20 anos, portanto, são os registros de processos de vida que se passaram em mim nos últimos 15 anos. Eles falam do meu amadurecimento, do meu caminho de me tornar adulta e mulher, das coisas que perdi, dos lugares por onde passei, dos meus medos, mas principalmente da minha coragem porque também é uma exposição muito íntima. 

Como foi o processo de escrita?
Clara Bezerra - 
Como poesia, não é linear, não conta uma história com início, meio e fim e o processo de decisão em fazê-lo também não foi assim. Pensei em fazê-lo inicialmente há uns cinco anos. Reuni o que tinha e desisti. Há dois anos decidi retomar o projeto. Filtrei os textos que já tinha escolhido, adicionei outros, pedi a uma amiga que me ajudasse com a ordem e a estrutura. No final de 2022 entrei em contato com algumas editoras e decidi publicá-lo pela Paraquedas.


Se você pudesse resumir os temas centrais do livro, quais seriam?
Clara Bezerra - 
Acho que a palavra que mais tem neste livro é água. A segunda é casa. Não são os temas, mas são significantes que dão uma certa condução ao livro. Eu diria que ele fala dos caminhos que uma mulher fez para validar sua existência, com fluidez como a água, mas na busca do abrigo que encontramos em uma casa. É uma mulher nordestina que sai do seu lugar de origem e passa por muitos outros, buscando construir um lugar de morada dentro de si. 

Como surgiu o título do livro?
Clara Bezerra - O nome “Roupa de Ganho” veio de uma inspiração nas lavadeiras que conheci na minha infância. Essa expressão era usada na cidade onde cresci para designar as mulheres que lavavam roupa como trabalho. Quando postei a capa do livro uma amiga historiadora perguntou se tinha a ver com “escravos de ganho”. Fui pesquisar o que era e descobri que lavagem de roupa era um dos serviços que esses escravos prestavam a fim de receber renda, a qual era revertida em parte para os “seus donos”. A capa do livro é uma foto de 1886, de lavadeiras, e imagino que poderiam ser escravas. Alguns textos do livro trazem essa temática, especialmente o da página 57 (óvulo). Essa coincidência me lembra também o misticismo e a intuição que estão no poema “água de anil”, na página 16. Este título, inclusive, seria o nome do livro. Mudei em uma conversa com uma amiga, quando falei a expressão “Roupa de ganho” e ela perguntou do que se tratava. A partir daquele momento considerei que esse outro título dava mais concretude ao livro. Por se tratar de caminhos, busca, também o vejo como um processo de libertação. 


Explique como foi dividido o livro.
Clara Bezerra - Ele está dividido em cinco partes: "Córrego", que traz o início desse percurso; "Correnteza", quando essas águas que vão seguir começam a ficar mais fortes, mais volumosas e mais claras do que são; "Travessia", que marca os lugares atravessados; "Mergulho", tocando a busca pelo amor, e "Fôlego", dedicado ao trabalho com a palavra, que dá forma a isso tudo.

Por que escolher esses temas?
Clara Bezerra - 
Eles não foram escolhidos, foram percebidos e extraídos dos textos escritos nesses últimos 15 anos. Como uma admiradora da psicanálise, é como se fossem a leitura extraída do inconsciente, que aos poucos vai construindo uma história e um conhecimento não conhecido. Eles foram sendo construídos no meu percurso de vida e de escrita.

Quais são as suas principais influências literárias?
Clara Bezerra - 
Cresci lendo os livros da biblioteca pública da cidade onde morava e do armário da minha mãe, que era professora de Língua Portuguesa. Meus primeiros contatos foram quase que diretamente com os clássicos da literatura brasileira e portuguesa: li uma coleção inteira de Aluísio de Azevedo com cerca de 12 anos, se não me engano, além de Machado de Assis, José de Alencar, Eça de Queiroz e por aí vai. Uma paixão dessa época é José Mauro de Vasconcelos e "O Meu Pé de Laranja Lima". Minha mãe não gostava muito de poesia, lembro de apenas um livro de poemas entre os que ela guardava: "Pauliceia Desvairada", de Mário de Andrade. Encontrei a poesia nos trechos que vinham nos livros didáticos da escola e em outros materiais. Desde o início me fisgaram. Eu saltava as páginas dos livros de Língua Portuguesa no início do ano para ver o que encontrava. Então, inicialmente, foram os poetas brasileiros, principalmente os do Modernismo, que costumavam estar mais presentes nesses materiais. Depois fui encontrando aos poucos, aleatoriamente, e construindo um caminho de leitura que me levou a Cecília Meireles, Hilda Hilst, Ana Cristina Cesar, Manoel de Barros, Drummond, Orides Fontela, entre outras e outros.


Que livros influenciaram diretamente “Roupa de Ganho”?
Clara Bezerra - 
Os que li nesse percurso, mas alguns de forma mais forte. Penso que existe nele as marcas de uma melancolia que encontrei em um José Mauro de Vasconcelos e em um Manuel Bandeira, de uma certa coragem e transgressão de uma Ana Cristina Cesar, de um misticismo que vi em Hilda Hilst, de uma certa doçura que encontrei em Cecília Meireles, de uma força transformadora que vejo em Drummond e de uma simplicidade que aprendi com Manoel de Barros.


Como começou a escrever?
Clara Bezerra - 
A primeira lembrança de escrita que tenho é de quando eu tinha oito anos. Estava na segunda série e a professora trouxe um poema para a gente copiar em um cartão para o Dia das Mães. De forma muito espontânea, sem nem perguntar se podia, eu não copiei o poema: fiz os meus próprios versos. Lembro até hoje: “Mamãe, mamãezinha, / Me ensina por favor / Esse mistério tão bonito / Que é o amor”. O cartão eu dei para minha mãe e ela perdeu, mas também lembra até hoje das palavras. Depois disso, a escrita sempre foi minha companheira, mas era algo muito secreto, que eu não mostrava a ninguém. Com as redes sociais, comecei a compartilhar algumas coisas, mas sempre de uma forma muito espontânea também, como legendas de fotos e reações a coisas que sentia. Lançar este livro é dar concretude à pessoa que venho me tornando, mas também de dizer para mim mesma: sim, eu escrevo.

Como você definiria seu estilo de escrita?
Clara Bezerra - 
Difícil dizer isso. Como água, acho que é fluido, mas consistente, formando imagens fortes, mas de forma cuidadosa e delicada. Ele se aprofunda nos dilemas de uma mulher, mas faz isso de uma forma simples, ao passo que leitoras e leitores de diferentes formações podem se atrair e se identificar.

Como é o seu processo de escrita?
Clara Bezerra - 
Espontâneo, acho que essa é a melhor palavra. Quando o texto vem não espera e também não dificulta a escrita (talvez por isso também seja fluido). Posso trabalhar também de uma forma determinada e objetiva, mas a grande maioria dos textos que estão neste livro surgiram de forma espontânea, sem planejamento: como se eles simplesmente saíssem de mim, claro que com um trabalho posterior de burilamento, às vezes até reescrita.

Você tem algum ritual de preparação para a escrita? Tem alguma meta diária de escrita?
Clara Bezerra - 
Não. Pretendo experimentar uma rotina de escrita para ver o que sai disso, mas até agora, tudo o que escrevi de forma paralela ao trabalho de comunicadora veio de forma espontânea. Garanta o seu exemplar de "Roupa de Ganho", escrito por Clara Bezerra, neste link.

.: "Felicidade": as reflexões de Hermann Hesse sobre o cotidiano e a escrita


Traduzido por Lya Luft e com prefácio de Marco Lucchesi, o livro "Felicidade", de Hermann Hesse, traz uma série de reflexões do prêmio Nobel de Literatura sobre o seu dia a dia e a escrita. Um dos autores mais representativos da literatura alemã, ele já vendeu mais de 500 mil exemplares só no Brasil, todos publicados pela editora Record.

Um autor refletindo sobre o cotidiano e o ofício de escrever. Este é o Hermann Hesse de "Felicidade". Nestas pequenas histórias — ou reminiscências — encontramos o autor em sua escrivaninha lendo as cartas de seus leitores, cartas por vezes melancólicas, engraçadas ou espirituosas; em seu jardim, com roupas surradas, recebendo o autor francês André Gide; ou refletindo sobre o sentido de algumas palavras, como felicidade, ou sobre o motivo de ter usado uma determinada expressão em uma obra escrita há mais de 25 anos, o que o leva a pensar sobre sua rígida educação religiosa.

Escritos entre 1947 e 1961, estes textos mostram um Hermann Hesse maduro, preparando-se para enfrentar a ideia de morte; um Hesse humanitário, que faz pequenos livros personalizados com poemas e desenhos, cuja venda seria revertida em ajuda para pessoas em países em guerra: para ele, cada traço ou palavra representava um prato de comida ou remédios para famintos e doentes. Em "Felicidade" conhecemos a casa do autor, os pequenos cômodos, a paisagem de sua janela, as flores, sua gata, o armário com diferentes tipos de papéis que, mais do que insumo para suas obras, eram retratos de seu estado de espírito: em um dia áspero, no outro, liso; às vezes branco, logo depois amarelecido ou colorido.

Nesta antologia de pequenos textos, assistimos, em prosa e verso, ao autor tratar de um tema que lhe era particularmente caro, mas que também diz respeito a cada um de nós. Quem já não se interrogou se é feliz ou se alguma vez o foi? E quem não sentiu dificuldade ao tentar circunscrever o significado da felicidade ao definir o que é para si felicidade? Compre o livro "Felicidade", de Hermann Hesse, neste link.


Sobre o autor
Hermann Hesse nasceu em Calw, na Alemanha, em 1877. Começou a vida profissional como livreiro, mas idealizando uma carreira literária, que de fato iniciou muito cedo, aos 21 anos, quando publicou suas primeiras poesias. A chamada “primeira fase” do escritor se estende até "Knulp" (1915), produzindo nesse período romances de grande valor, como "Peter Camenzind" (1904), "Gertrud" (1910) e "Rosshalde" (1914). "Demian" foi publicado logo depois da Primeira Guerra Mundial, em 1919.

Em protesto contra o militarismo germânico, Hermann Hesse era então um residente permanente da Suíça e sem dúvida figurava ao lado dos maiores ícones da literatura em idioma alemão. A profunda humanidade e a penetrante filosofia que impregnam seus livros foram confirmadas em obras-primas que produziu posteriormente, entre outras "Sidarta" (1922), "O Lobo da Estepe" (1927) e "Narciso e Goldmund" (1930), que com seus poemas, contos e um considerável número de trabalhos de crítica valeram-lhe um lugar muito especial entre os pensadores contemporâneos. Em 1946 ganhou o Prêmio Nobel de Literatura. Hermann Hesse faleceu em 1962, pouco depois da passagem do seu 85º aniversário. Garanta o seu exemplar de "Felicidade", escrito por Hermann Hesse, neste link.

.: "Sodomita": Alexandre Vidal Porto fala sobre a homossexualidade no século 17


No dia 6 de setembro, Alexandre Vidal Porto lança o livro "Sodomita", pela Companhia das Letras. O quarto romance do autor mergulha no passado ao trazer a história de Delgado, um violeiro português enviado a Salvador em 1669 devido à acusação de sodomia. Enviado ao Brasil como punição, ele se transforma em comerciante, assume um casamento de fachada e explora seus desejos com outros homens. A narrativa combina um falso português arcaico com expressões contemporâneas e aborda temas atuais.

O quarto romance de Vidal Porto nos conduz ao século XVII, quando a homossexualidade era um crime cuja punição resultava, às vezes, em uma viagem forçada ao Brasil. Misturando fatos históricos com fábula desvairada, o autor discute temas atuais sem nunca perder sua verve irônica. Conhecido pelo estilo límpido para tratar de cenas contemporâneas, Alexandre Vidal Porto retorna vários séculos para narrar a saga de Delgado, um violeiro de Évora que chegou a Salvador no ano de 1669, degredado pelo crime de sodomia — um código para homossexualidade.

É em território brasileiro, com seu passado apagado, que Delgado se reinventa como comerciante, assume um casamento de fachada e se joga nos deleites carnais com os belos rapazes que cruzam seu caminho. Misturando um falso português arcaico e a linguagem oral de hoje, Sodomita desbrava temas atuais — da laicidade do Estado aos resquícios da escravidão — em uma roupagem inusitada e divertida. Compre o livro "Sodomita", de Alexandre Vidal Porto, neste link.


O que disseram sobre o livro
“'Sodomita' não é um livro de época ou um simples romance histórico, porque fala de questões até hoje relevantes — tirania, opressão, desejo, esperança — com um narrador zeloso, comovido pelo que vê e imbuído de nos saciar com boa água estética.” Andréa Del Fuego, escritora


Sobre o autor
Alexandre Vidal Porto passou a infância em São Paulo e a juventude em Fortaleza. Como diplomata, viveu em Brasília, Nova Iorque, Santiago, Washington, Cidade do México, Frankfurt e Tóquio. É mestre em direito por Harvard. Foi colunista do jornal Folha de S.Paulo e blogueiro da revista Bravo!. Publicou os romances "Matias na Cidade" (2005), reeditado pela Companhia das Letras em 2023, "Sergio Y. Vai à América" (2014), vencedor do Prêmio Paraná de Literatura, e "Cloro" (2018), finalista do prêmio Jabuti. Garanta o seu exemplar de "Sodomita", escrito por Alexandre Vidal Porto, neste link.

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