quinta-feira, 31 de agosto de 2023

.: Teatro: "Quando o Discurso Autoriza a Barbárie" estreia no Sesc Belenzinho


Montagem calcada nas ações corporais, nos movimentos coreográficos e na música discute as barbáries praticadas pelo Estado, desde a colonização até os dias atuais. Foto: Rick Barneschi
 


No dia 1º de setembro, sexta-feira, a Companhia de Teatro Heliópolis estreia o espetáculo "Quando o Discurso Autoriza a Barbárie" no Sesc Belenzinho, às 20 horas. Com encenação de Miguel Rocha, a montagem coloca em cena fragmentos de períodos históricos do Brasil que elucidam as barbáries praticadas pelo Estado, “justificadas” e naturalizadas pelo discurso político nas mais diferentes esferas públicas e que continuam sendo direcionadas aos mesmos corpos.

O espetáculo é resultado de pesquisa da Companhia de Teatro Heliópolis sobre como o Estado brasileiro, há mais de cinco séculos, desde o início da colonização portuguesa até o atual cenário político-social, vem autorizando a barbárie e seus atravessamentos, justificando privilégios, hierarquias e opressões. A Companhia compreende que investigar as origens da violência social implica compreender como a história se repete: primeiro, como tragédia; depois, como farsa, conforme Karl Marx já assinalara.

Quando o discurso autoriza a barbárie desvela, em cena, muito desse conjunto de visualidades e enunciados que sustenta a violência estatal e institucional no Brasil contemporâneo. Ao radicalizar a pesquisa ético-estética desenvolvida nos últimos anos, a Companhia de Teatro Heliópolis aposta numa encenação híbrida, apoiada no desdobramento de imagens-síntese, em que os corpos das atrizes e dos atores em diálogo com o próprio espaço cênico e suas materialidades compõem o eixo dramatúrgico principal. E assim põe em xeque a organização lógica de eventos que compõem a história oficial do Brasil.

O desafio de construir uma dramaturgia sem o texto, propriamente dito, traz uma abordagem nova para essa reflexão. Enquanto criadores, os integrantes da companhia aprofundam na linguagem do corpo, constroem partituras com ações corporais e jogo relacional que potencializa a simbologia da violência, considerando que apenas a palavra pode já não ser elemento suficiente para expor o discurso de forma contundente.

A construção poética das cenas, em narrativa não linear, surpreendem pela concretude, pela força e sutileza ao conjugar ações físicas, atitudes, gestos e sequências corográficas, onde a iluminação (Guilherme Bonfanti) em perfeita harmonia com a música e o canto (trilha sonora original criada por Peri Pane) têm papel fundamental. A encenação lança mão também de artifícios como vídeos e áudios gravados para compor a dramaturgia.

“A investigação do espetáculo constata que a barbárie e a violência sempre foram patrocinada pelo Estado, desde a exploração e dizimação dos indígenas, do uso mão escrava, da exploração das riquezas naturais a qualquer custo e da repressão na ditadura militar. Para discutirmos essas e outras questões sociais, culturais e políticas contemporâneas, precisamos voltar o olhar para o passado, para a origem, pois elas sempre estiveram presentes”, comenta o encenador Miguel Rocha.


Ficha técnica
Espetáculo "Quando o Discurso Autoriza a Barbárie". Concepção e encenação: Miguel Rocha. Provocação dramatúrgica: Alexandre Mate. Provocação cênica e texto para programa: Maria Fernanda Vomero. Elenco: Álex Mendes, Anderson Sales, Dalma Régia, Davi Guimarães, Fernanda Faran, Isabelle Rocha e Walmir Bess. Direção de movimento e estudo da Ideokinesis: Érika Moura. Direção musical: Peri Pane. Trilha sonora: Peri Pane e Otávio Ortega. Músicos (ao vivo): Alisson Amador e Jennifer Cardoso. Iluminação: Guilherme Bonfanti. Assistência de iluminação: Giorgia Tolaini. Cenografia: Eliseu Weidi. Figurino: Samara Costa. Assistência de figurino: Paula Knop. Preparação vocal: Bel Borges e Edileuza Ribeiro. Dança: Sayô Pereira e Flávia Scheye. Organização de roteiro e edição de vídeo: Gabriel Fausztino. Animação: Teidy Nakao. Sonoplastia e operação de som: Lucas Bressanin. Operação de luz: Nicholas Matheus. Operação de vídeo: Allysson do Nascimento. Canções originais: “Invento” (Eunice Arruda e Peri Pane), “Canto da Partida” (Lucina e Peri Pane), “Liquidação Total” (Peri Pane), “Sobre os Ossos” (Marion Hesser e Peri Pane), “Coro” (Edileuza Ribeiro). Participações: Catarina Nimbopy’rua, Edileuza Ribeiro e Tata Orokzala. Estúdio / gravação de trilha: Estúdio 100 Grilos, por Otávio Ortega. Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação. Assessoria Jurídica: Martha Macrus de Sá. Fotografia: Rick Barneschi. Direção de produção: Dalma Régia. Idealização e produção: Companhia de Teatro Heliópolis. Realização: Sesc São Paulo.


Serviço
Espetáculo "Quando o Discurso Autoriza a Barbárie". Com: Companhia de Teatro Heliópolis. Temporada: 01 de setembro a 01 de outubro de 2023. Horários: sexta e sábado, às 20h, e domingo e feriado, às 17h. Local: Sala I (120 lugares) – com acessibilidade. Ingressos: R$ 30,00 (inteira), R$ 15,00 (meia-entrada) e R$ 10,00 (credencial Sesc). Duração: 90 minutos. Classificação: 16 anos. Gênero: Experimental. Instagram: ciadeteatroheliopolis | Facebook: companhiadeteatro heliopolis. Sesc Belenzinho. Rua Padre Adelino, 1000. Belenzinho/São Paulo. Telefone: (11) 2076-9700 | Belenzinho. Estacionamento: de terça a sábado, das 9h às 21h. Domingos e feriados, das 9h às 18h. Valores: Credenciados plenos do Sesc: R$ 5,50 a primeira hora e R$ 2,00 por hora adicional. Não credenciados no Sesc: R$ 12,00 a primeira hora e R$ 3,00 por hora adicional.  Transporte público: Metro Belém (550m) | Estação Tatuapé (1400m).

.: Fernanda Maia estreia "Denise" nesta sexta no Teatro do Núcleo Experimental


Com direção de Zé Henrique de Paula, peça propõe reflexão sobre o tempo e as heranças familiares a partir da história de três mulheres. Foto: Laerte Késsimos

Com grande destaque na cena do teatro musical nos últimos anos, a atriz e dramaturga Fernanda Maia aventura-se desta vez por um trabalho mais intimista, escrito e atuado por ela mesma. Trata-se do solo "Denise", com direção de Zé Henrique de Paula, que estreia no dia 1º de setembro no Teatro do Núcleo Experimental, onde segue em cartaz até 2 de outubro, com apresentações às sextas, aos sábados e às segundas, às 21h, e aos domingos, às 19h.

Sobre a diferença entre conduzir processos criativos para espetáculos maiores e para os mais intimistas, a artista comenta: “Ensaiar um espetáculo grande é como reger uma orquestra, fazer um solo intimista é como tocar seu instrumento. No primeiro caso, o olhar é para fora, atento ao elenco e à sua equipe, mas sem perder a noção do que se quer dizer com aquela obra. No processo intimista, o olhar é para dentro, é uma conexão interna com tudo o que está sendo dito. Fui eu que escrevi o texto, então essa conexão, se por um lado é mais fácil porque sei exatamente o porquê de tudo o que está escrito ali, por outro lado, ela atinge aspectos emocionais que são muito profundos e, às vezes, difíceis”.

Maia ainda conta que a ideia de criar o solo surgiu da experiência de dar uma aula de teatro para professores do ensino público. Como uma forma de dinâmica, ela pediu para que cada participante contasse a história do próprio nome. “Foi uma dinâmica muito forte e transformadora. Surgiram emoções variadas, de traumas a histórias engraçadíssimas, e eu percebi que as pessoas se conectavam com essa sua ‘primeira história’. Então, tive vontade de falar sobre isso numa peça. A história do nome ‘Denise’, na peça, não é a minha história, mas eu acredito que as questões que acompanham a sua linhagem são determinantes para a construção da nossa subjetividade”, revela.

"Denise" conta a história de três mulheres de diferentes gerações de uma mesma família. Quando sua filha anuncia que está começando um novo relacionamento, Nina fica muito preocupada, pois a garota sofre de depressão e tentara o suicídio dois anos antes. Nina quer ficar perto da filha, mas precisa se mudar para a casa de sua própria mãe, que está com Alzheimer e não aceita ser cuidada por mais ninguém. Lá, a protagonista acaba descobrindo coisas sobre sua família que desconhecia e que, de alguma forma, fazem todo sentido para ela.

“Me chama muito a atenção como nós, principalmente mulheres, vamos levando por gerações o que eu chamaria de ‘heranças de desamor’. Em geral, somos criadas com cobranças excessivas e passamos isso para frente. Nos meus trabalhos como dramaturga, em geral, eu escrevi sobre universos que podem parecer distantes de mim, mas que continham muito dos meus sentimentos e impressões. Escrevo muito sobre personagens que ‘não se encaixam’ e esta também é uma sensação que me acompanha”, relata Maia.

A peça discute justamente essas heranças familiares, aquilo que influencia e às vezes até determina nosso comportamento e que é herdado das gerações anteriores. Além disso, propõe uma reflexão sobre o tempo e a evolução do amor no decorrer das gerações. “'Denise' fala de mulheres ao longo da vida, uma das narradoras é uma mulher da minha idade, ansiosa como eu, preocupada como eu, que tenta se antecipar a tudo, prever os problemas e solucioná-los mesmo antes que eles apareçam. Sob este aspecto, me identifico muito com a personagem eixo da peça”, acrescenta a autora.

Ficha técnica
Espetáculo "Denise". Texto e atuação: Fernanda Maia. Direção: Zé Henrique de Paula. Preparação de atores: Inês Aranha. Direção musical: Rafa Miranda. Produção: Laura Sciulli. Cenário e figurino: Zé Henrique de Paula. Iluminação: Fran Barros. Fotos e arte gráfica: Laerte Késsimos.

Serviço
Espetáculo "Denise". Temporada: de 1º de setembro a 2 de outubro. Sextas, sábados e segundas, às 21h, e domingos, às 19h. Teatro do Núcleo Experimental – Rua Barra Funda, 637, Barra Funda/São Paulo. Ingressos: R$ 50,00 (inteira) e R$ 25,00 (meia-entrada) Vendas on-line em sympla.com.br/nucleoexperimental. Bilheteria: Online pelo sympla ou compra na hora através de dinheiro ou pix Classificação: 12 anos. Duração: 80 minutos. Capacidade: 55 lugares. Acessibilidade: o teatro é acessível para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. 

.: "Cesária" traz em cena três travestis para discutir morte, vida e travestilidade


Coletiva Profanas, com direção de Morgana Manfrim, estreia "Cesária", espetáculo teatral que traz em cena três travestis para discutir morte, vida e travestilidade. Morgana Manfrim, que assina a dramaturgia e direção, é mestra e doutoranda em Artes Cênicas pela USP, na área de Teoria e Prática do Teatro e Pesquisa em Trans-i-[ação]. Foto: Ellen Faria

A Coletiva Profanas apresenta, a partir desta sexta-feira, dia 1º de setembro, no Teatro Cacilda Becker, em São Paulo, o espetáculo "Cesária", com elenco composto por AIVAN (Mãe), Morgana Olívia Manfrim (Filho), Nata da Sociedade (Cesária) e trilha sonora ao vivo com o baterista Henrique Kehde. Em uma montagem fragmentada que não se detém à passagem tradicional do tempo, o espetáculo parte de uma trama em que o filho procura pelo pai desaparecido, que começa a escrever-lhe cartas que se misturam ao passado e ao presente. Nessa busca pelo pai, o filho encontra sua mãe e Cesária, a travesti grávida de um planeta. 

As tramas remetem a tempos epi-pandêmicos - recentes e de outrora - , como a de HIV/Aids, iniciada no fim dos anos 1980 e a da Covid-19, de 2020. A menção às pandemias não está implicada de modo objetivo, mas sim num campo de ambientação dessas duas épocas que se encontram.A peça toca exatamente no assunto da travestilidade, porque desafia o público a entender seu olhar sobre uma pessoa transicionada em diversas gerações. 

"A dramaturgia surge com a necessidade de afirmar que pessoas trans não nasceram em um corpo errado e que a cisgeneridade não é uma condição intrínseca ao ser humano. Ninguém nasce cisgênero, vocês se tornam!", conta Morgana Olívia Manfrim, que além de estar em cena como o Filho, interpretando um susposto “homem cisgênero”, sendo ela travesti, também assina direção e dramaturgia. A artista complementa que a escrita desta peça, que começou a ser criada em 2020, parte de um desejo de falar, tanto para o futuro quanto para o passado, que é necessário confiar no sonho de se tornar quem se deseja ser. 

A construção do encenação (cenografia, figurino, efeitos especiais e iluminação) inicia em paralelo com o estudo da dramaturgia pelo elenco. Cesária, que não obedece ao cronológico  propondo uma espiralar temporal que inverte a lógica de nascer e morrer para morrer e nascer, se torna um fator fundamental para a construção da montagem da cenografia, trilha e a constante transmissão de vídeo ao vivo, que também está presente no espetáculo. Além da inversão de morte e vida, a dramaturgia e a direção dialogam com paradoxos da grávida, feto e médica de um corpo só, a travesti grávida de um planeta e a auto-cesárea sem bisturi. 

Telas pintadas à mão em tinta acrílica pelo artista plástico e homem trans Max Ruan, compõem o cenário e indicam transições de planos ao dividirem espaço com telas digitais compostas por códigos binários de computadores que falham, trazendo novos caracteres para o sistema, que passa a codificar à sua própria maneira. "Está tudo presente, movimento e inércia, envelhecimento e nascimento, morte e vida, descoberta, procura, transmutação, identidade, medo, sonho e glória. Ancestralidade é para frente e para trás", diz Morgana que ressalta que para pessoas transgêneras as fases de infância, adolescência, adulta e idosa coexistem de diferentes formas relacionadas ao momento de sua transição. “Chegamos a recontar nossa idade depois de nossa consciente transição de gênero. Mas isso não quer dizer que antes não éramos trans”.

A dramaturga, atriz e diretora conta que a palavra "Cesária", além de nomear a peça, também parte de uma das possíveis origens desse termo - uma referência ao nascimento do Imperador Júlio César, cuja mãe teria morrido durante o parto, fazendo com que sua retirada da barriga fosse feita via incisão abdominal. "Desde de quando surge a cesariana no mundo é um ato de morte e vida por ser um corte no ventre da mãe morta para salvar o feto. E mesmo que ela estivesse viva, antes do surgimento da anestesia na medicina, era certo que a cesariana gerava órfãos, como Júlio César. E isso tem a ver com o espetáculo - essa relação de matar e morrer para que se possa ser si mesmo. De matar o homem ou o filho dentro de si para se tornar a mulher que se é. De tornar-se identidade no mundo, independente de cis ou trans", explica a diretora. 


Ficha técnica 
Espetáculo "Cesária". Dramaturgia e direção: Morgana Olívia Manfrim. Elenco: AIVAN (mãe), Morgana Olívia Manfrim (filho) e Nata da Sociedade (Cesária). Cenografia e pintura: Max Ruan.  Cenotécnicos: Leandro e Zito Rodrigues. Design e operação de luz: Nayka Eacjs. Composição de trilha e bateria: Kehde. Letrista: Nata da Sociedade. Beleza: Camila Britto. Figurino e costura: Amber Luz. Assistência de figurino e costura: Dandara Marya. Rigger: Lui Castanho.Coordenação de produção: Morgana Olívia Manfrim. Produção executiva: Karen Sobue e Flora Terra. Assistente de produção: Max Ruan. Assessoria de mídia: Marcella Ayumi. Fotografia e vídeo: Vine, Bruna Carvalho e PJ Afrop. Design do programa: Gabriel Franco. Assessoria de imprensa: Canal Aberto Comunicação - Márcia Marques, Daniele Valério e Diogo Locci. Realização: Coletiva Profanas e CASA8. Este é um espetáculo financiado pelo Edital Proac n.º 40/2022 - Cidadania Cultural / Produção e Realização de Projeto Cultural / Cultura LGBTQIA.


Serviço
Espetáculo "Cesária". De 1º a 10 de setembro de 2023. Sextas e sábados, 21h. Domingos, às 19h. Teatro Cacilda Becker. Rua Tito, 295 - Lapa/São Paulo. Gratuito. Retirada de ingressos pelo Sympla.


"Oficina de Escritas Fabulares Autobiográficas - Módulo 2"
Dias 5 e 7 de setembro de 2023. Horários: das 18h30 às 22h30. Gratuito. Inscrições no link no site da coletivaprofanas.com.

Exposição "Travesti... Parir... Planeta"
Datas: aempre no intervalo das sessões no foyer do teatro. Gratuito e entrada individual.

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

.: Entrevista: Mu Carvalho fala sobre A Cor do Som em Santos


Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

Um dos grupos mais respeitados na nossa MPB, A Cor do Som marcou uma trajetória de mais de 40 anos mesclando elementos de nossa música tradicional com diversos outros estilos, promovendo uma fusão bem interessante que chegou a tocar bastante nas rádios nos anos 70 e 80. De uma certa forma, a banda ajudou a abrir as portas para o movimento do rock nacional que tomaria de assalto a rádios durante os anos 80. 

O fato é que Mu Carvalho (teclados), Armandinho (guitarra), Dadi Carvalho (baixo), Ary Dias (percussão) e Gustavo (bateria) conseguiram criar uma sonoridade que se tornou uma marca registrada da banda. E continua a atrair um público fiel em todos os seus shows. Nesta quinta-feira, dia 31 de agosto, eles estarão no palco do Festival Som das Palafitas, do Arte do Dique, a partir das 15h00, tocando seus sucessos cantados e instrumentais. Em entrevista para o Resenhando.com, Mu Carvalho conta como está a fase atual da banda, que acabou de conquistar o Grammy Latino com um elogiado álbum instrumental. E dá a sua opinião sobre a longevidade da banda. “Acho que conseguimos criar juntos um tipo de som que nos definiu como músicos”.

Resenhando.com - Qual é a receita para manter a mesma formação da banda há mais de 40 anos?
Mu Carvalho - No nosso caso, há realmente uma amizade sincera. Eu e o Dadi somos irmãos de sangue. Mas nós consideramos Ary, Armandinho e Gustavo como nossos irmãos também. Agora, se não houvesse uma empatia musical, isso não teria durado tanto tempo. É fato que nós, juntos, conseguimos criar um tipo de sonoridade que se tornou uma marca registrada da Cor do Som. Se você ouvir a gravação do Hino de Duran com o Chico Buarque na trilha da Opera do Malandro, vai perceber logo que o acompanhamento é da Cor do Som.


Resenhando.com - Há uma lenda sobre o início da banda. É verdade que vocês começaram a cantar por imposição da gravadora na época (Warner)?
Mu Carvalho Não foi bem assim. Já havia algumas faixas que cantávamos no terceiro disco. Com o tempo, percebeu-se na gravadora que algumas canções poderiam ser trabalhadas nas rádios. Foi um processo natural, que amadureceu aos poucos.


Resenhando.com - O último disco, chamado de Álbum Rosa, ganhou um Grammy Latino, só com peças instrumentais no repertório. Como foi a repercussão dessa premiação?
Mu Carvalho Foi uma surpresa muito agradável. Há tempos tínhamos esse desejo de gravar composições instrumentais, incluindo a regravação de duas canções que só tinham sido lançadas no disco ao vivo em Montreux, de 1977. Além de outras que foram importantes em nossa trajetória. O Grammy serviu como um reconhecimento dessa nossa área instrumental. É sempre um estímulo para continuar desenvolvendo a carreira.

Resenhando.com - Para o show de Santos vocês vão tocar esse repertório instrumental?
Mu Carvalho Vamos fazer meio a meio. Teremos uma parte instrumental e no final tocaremos algumas canções que foram sucesso de nosso repertório. Hits como "Beleza Pura", "Abri a Porta" entre outros

Resenhando.com - Além de A Cor do Som, você trabalhou na Rede Globo como produtor musical. Como foi essa experiência?
Mu Carvalho Foi importante demais para mim. Fiquei lá de 1994 a 2021. Fiz peças musicais para várias produções da TV. Isso me deu uma experiência incrível.

Resenhando.com - Além disso, você trabalhou com vários outros artistas e bandas?
Mu Carvalho Assim com o Dadi, fui muito requisitado para gravações em estúdio. E teve uma turnê da Legião Urbana na qual participei como músico de apoio da banda. Lembro com carinho a recepção do Renato Russo, que colocou um tapete vermelho para minha chegada no ensaio. Ele confessou que ia nos shows da Cor do Som antes de tocar profissionalmente. O Dadi também integrou por um tempo o Barão Vermelho. Gravou até um disco com eles.

Resenhando.com - De uma certa forma, A Cor do Som abriu portas para aquela geração do rock nacional nos anos 80.
Mu Carvalho Abrimos portas e acabamos atropelados por todas aquelas bandas (risos). Mas é interessante notar que muitos daquela geração 80 falam com carinho de nossa música. Tem um documentário sobre a Cor do Som no Canal Music Box Brasil que confirma isso.

Resenhando.com - Vocês já tocaram várias vezes aqui, no litoral paulista. Lembra de alguma passagem que te marcou?
Mu Carvalho Lembro de um show que fizemos na praia, em Santos, no início dos anos 80. Eu estava com um teclado novo, que havia acabado de adquirir. Aí, no meio do show, alguém da plateia cismou de jogar areia para cima. Em pouco tempo era areia pra todo o lado. Quando voltamos para o Rio de Janeiro, levei o teclado no técnico que fazia a manutenção nele. E ele ficou assustado com a quantidade de areia que havia entrado dentro do instrumento. Nunca me esqueci dessa passagem. Mas é preciso dizer que o público do Litoral sempre nos recebeu de forma calorosa. Toda vez que tocamos aí é sempre um prazer enorme.

Resenhando.com - Vocês têm canal de comunicação na rede social?
Mu Carvalho A banda está sempre atualizando informações nos canais das redes. No Instagram, Facebook e YouTube é só acessar @acordosomoficial, Eu também tenho um canal no YouTube : @MooCarvalho.

Serviço:
Festival Som das Palafitas. Instituto Arte no Dique - Av. Brigadeiro Faria Lima - Rádio Clube - Santos. Horário: 15h. Entrada Franca

"Beleza Pura"

"Abri a Porta"

"Frutificar"

.: "A Festa da Lua": Ana Maria Machado lança livro infantil inédito na Bienal


Imortal da ABL participa da cerimônia de abertura oficial do evento e de programação exclusiva no estande da Global Editora.

Ana Maria Machado segue em plena atividade aos 81 anos de vida. Na Bienal do Livro Rio 2023, terá uma agenda extensa. Já na sexta-feira, dia 1º, às 17h, a escritora participará do evento de abertura da Bienal junto com Maurício de Sousa, Ruy Castro, Thalita Rebouças, Clara Alves e mediação de Rosa Maria Araújo. O tema da mesa é “40 Anos de Bienal: Uma Celebração”.

A autora marcará presença também no estande da Global Editora no dia 3 de setembro, domingo, a partir das 15h, onde autografará o lançamento "A Festa da Lua" e demais livros lançados pela casa editorial, como "Um Gato no Telhado", "A Grande Aventura de Maria Fumaça" e "Quem Perde Ganha".

"A Festa da Lua" é o primeiro livro infantil de Ana Maria Machado a ser lançado após o período de pandemia e isolamento social. Talvez por isso, ela nos apresenta um menino muito observador, Caê, que encontra encantamento nas coisas que o cercam, desde as mais simples, como cachorros que se encontram na calçada, até as mais fantásticas para uma criança. Reencontrar deslumbramento no cotidiano é ainda uma grande lição que estamos vivendo. Compre o livro "A Festa da Lua", escrito por Ana Maria Machado e ilustrado por Simone Matias, neste link.


Sobre o livro, Ana Maria comenta que:
“Em comemoração aos 50 anos da Editora Global, estamos lançando um infantil inédito, meu primeiro desde o isolamento da pandemia. 'A Festa da Lua'  é uma história simples, sobre o maravilhamento de uma criança pequena ao descobrir o mundo. Celebra a poesia que a infância encontra nas coisas miúdas da vida e, ao mesmo tempo, chama a atenção para elementos de observação científica do que encontramos a nossa volta.”

"A Festa da Lua" conta com ilustrações de Simone Matias. A história também ensina os pequenos sobre as diferentes formas e fases do satélite do nosso planeta. Junto a seus pais, Caê acompanha cada fase, compreendendo e festejando essa maravilhosa força da natureza.

Trecho do livro

"— Vem ver a lua nova, filho...

Ele olhou para o céu e viu. Só um fiapinho de lua. Como o pedacinho que sai da unha da gente quando a mãe acaba de cortar.

— Essa é nova? Eu acho que é velha, está acabando...

— Espere para ver amanhã... E depois..."


Sobre a autora
Ana Maria Machado é carioca e começou sua carreira como pintora. Após se formar em Letras Neolatinas, fez pós-graduação na França, onde também lecionou na Sorbonne, em 1970‑1971. Deu aulas na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e na Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos. Como jornalista, trabalhou no Brasil e no exterior.

Publicou mais de cem títulos, tanto para adultos como para crianças. Seus livros venderam mais de 20 milhões de exemplares e têm sido objeto de numerosas teses universitárias — inclusive fora do país. Sua obra para crianças e jovens está traduzida e publicada em mais de vinte países e recebeu todos os principais prêmios no Brasil (incluindo três Jabutis) e alguns no exterior. Garanta o seu exemplar de "A Festa da Lua", escrito por Ana Maria Machado e ilustrado por Simone Matias, neste link.


Sobre a ilustradora
Simone Matias nasceu em Santos, no litoral de São Paulo, é ilustradora e professora de Arte. Estudou ilustração na Scuola Internazionale d’Illustrazione, em Sàrmede, Itália, e desenho/pintura em The Florence Academy of Art, em New Jersey, Estados Unidos. Hoje tem mais de 60 publicações. Recebeu em 2016 o Selo Distinção Cátedra 10, concedido pela Cátedra Unesco de Leitura e Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), por um de seus livros.


Serviço
Lançamento do livro "A Festa de Lua", de Ana Maria Machado. Dia 3 de setembro, às 15h. Localização na Feira: Estande da Global Editora – M 12 – Pavilhão Azul. Local: Bienal do Livro do Rio de Janeiro – RioCentro.

.: De Carlos Canhameiro, "xs CULPADXS" aborda o horror ao desconhecido


Espetáculo faz temporadas gratuitas no TUSP Butantã e no Galpão do Folias entre 31 de agosto e 8 de outubro. Foto: Sergio Santos Miranda

Uma família se muda para uma pequena cidade do interior e é vítima de um massacre após ser acusada de infectar os habitantes daquela localidade com uma doença fatal. Esse é o argumento do novo espetáculo adulto de Carlos Canhameiro, "xs CULPADXS", que faz apresentações gratuitas entre agosto e outubro. 

A primeira temporada acontece entre os dias 31 de agosto e 17 de setembro, no TUSP Butantã, com sessões de quinta a sábado, às 20h, e, aos domingos, às 19h. Depois, a peça segue para o Galpão do Folias, de 28 de setembro a 8 de outubro, com apresentações às quintas e às sextas, às 21h, aos sábados, às 18h e às 21h, e, aos domingos, às 18h.

A dramaturgia, assinada por Canhameiro, nasceu em maio de 2020 e foi publicada pela editora Mireveja em 2022. E a boa notícia é que o livro será distribuído gratuitamente para os interessados em todas as sessões. “Minha intenção não era refletir sobre a pandemia de Covid-19, até porque ela ainda estava muito no começo, mas sim escrever uma espécie de thriller sobre o horror do desconhecido e ao mesmo tempo sobre as diversas formas de se fazer teatro, entre o drama, o épico e o pastelão!”, comenta.

Dessa forma, "xs CULPADXS" mostra a chegada de um casal com 3 filhos em uma cidadezinha, os momentos de tensão vividos por eles quando os vizinhos descobrem que uma das filhas está gripada, uma série de mortes, uma tentativa de apaziguamento dos ânimos e a violência extrema que culmina na morte dos pais e de um dos filhos. 

O público acompanha o andamento das investigações e como todos esses acontecimentos impactam os envolvidos e a vida das crianças sobreviventes. Em paralelo, vez por outra os atores assumem um certo papel de ombudsman e fazem comentários sobre as cenas, criticando as estruturas da peça. “Eu gostaria de mostrar como o teatro dramático não dá conta de retratar uma realidade tão complexa, na verdade, de como o teatro não precisa se render às representações de situações reais como uma forma de explicá-las", diz o dramaturgo. No elenco estão Daniel Gonzalez, Marilene Grama, Nilcéia Vicente, Yantó, Rui Barossi e Paula Mirhan. Compre o livro da peça "xs CULPADXS", escrito por Carlos Canhameiro, neste link. 


A culpa
No fim das contas, é um espetáculo centrado na culpa. Canhameiro sente-se culpado por escrever um drama, os policiais procuram um culpado para os assassinatos e os habitantes da cidade buscam um culpado pelas mortes que começam a ocorrer quando os novos vizinhos chegam. E para embalar tanta culpa a escolha da trilha sonora executada ao vivo é por músicas sertanejas femininas que fazem sucesso desde a década de 1980. Tem canções de As Marcianas, as Irmãs Galvão, Roberta Miranda, Sula Miranda, Marília Mendonça, Simone & Simaria e outras.

“Há algo nessas músicas, no modo como elas são cantadas, nos tipos de culpa que apresentam: ciúmes, a acusação do outro pelo fim de um relacionamento, a infidelidade... Há algo que embala uma maneira de ser, de se relacionar, de amar que me parece dialogar com a peça”, defende Canhameiro, que também dirige "xs CULPADXS".  

O cenário de José Valdir Albuquerque é formado por dois andares. Na parte de cima estão os músicos, numa espécie de ambiente familiar mais refinado, na parte de baixo há um bar dos anos 80, onde se desenrola todas as cenas dramáticas da peça. Atores e músicos transitam pelos dois ambientes.


Sinopse do espetáculo
Em "xs CULPADXS" temos num primeiro plano a história de uma investigação sobre uma família da capital que ao se mudar para uma pequena cidade do interior é acusada pelos moradores de ser a responsável por levar uma doença contagiosa para lá, se desdobrando numa tragédia. E num segundo plano, as vozes narrativas questionam a força do drama e da estrutura dramática como contágio do pensamento corrente.

Falas ressentidas em relação à estrutura de metanarrativas que dariam conta de explicar por ‘A+B’ porque estamos na situação atual. Como se o narrador, ao se deparar com sua infelicidade (ou no mínimo com a mediocridade de sua vida), tentasse culpar alguém ou a própria estrutura do drama. Tudo regado ao melhor da música sertaneja desde os anos 80.  Garanta o seu exemplar de "xs CULPADXS", escrito por Carlos Canhameiro, neste link.

Sobre Carlos Canhameiro
Carlos Canhameiro é um artista múltiplo – ator, diretor, dramaturgo e escritor que trafega por diversas linguagens com desenvoltura. É integrante da Cia. LCT e da Cia. De Feitos, além de participar como artista convidado em diversos coletivos. Tem livros de poesia, dramaturgia, infantil publicados pela Editora Mireveja, 7Letras e Lamparina Luminosa. como diretor e dramaturgo, soma quase 20 anos de criações em São Paulo, com mais de 3o peças no currículo. 

Ficha técnica
Espetáculo "xs CULPADXS". Encenação e dramaturgia: Carlos Canhameiro. Elenco: Daniel Gonzalez, Marilene Grama, Nilcéia Vicente, Yantó, Rui Barossi e Paula Mirhan. Trilha sonora e música ao vivo: Paula Mirhan, Rui Barossi e Yantó. Cenário: José Valdir Albuquerque e Carlos Canhameiro. Figurinos: Bianca Scorza (acervo Godê). Técnico de som: Pedro Canales. Técnico de luz: Cauê Gouveia. Produção: Corpo Rastreado. Assessoria de imprensa: Canal Aberto. Prêmio Zé Renato de Teatro - Prefeitura de São Paulo.

Serviço
Espetáculo "xs CULPADXS". Duração: 100 minutos | Classificação: 14 anos.

TUSP Butantã
Data: 31 de agosto a 17 setembro de 2023, de quinta a sábado, às 20h, e, aos domingos, às 19h. Endereço: R. do Anfiteatro, 109 – Campus Butantã - São Paulo. Ingressos: gratuitos | Retirada com 1 hora de antecedência.

Galpão do Folias
Data: 28 de setembro a 8 de outubro, às quintas e às sextas, às 21h, aos sábados, às 18h e às 21h, e, aos domingos, às 18h. Endereço: R. Ana Cintra, 213 - Santa Cecília - São Paulo. Ingressos: gratuitos | Retirada com uma hora de antecedência.

.: Cineflix estreia "As Tartarugas Ninja: Caos Mutante", "O Porteiro" e "Golda"

Cineflix Santos estreia três filmes nas telonas na quinta-feira, dia 31 de agosto de 2023: "As Tartarugas Ninja: Caos Mutante", "O Porteiro" "Golda: A Mulher de Uma Nação". Na animação dos irmãos cascudinhos acontece um misterioso crime que os metem em confusão quando um exército de mutantes que enfrentamento.

"Golda: A Mulher de Uma Nação", o longa com Hellen Mirren, concentra-se nas responsabilidades e decisões que Golda Meir, também conhecida como a Dama de Ferro de Israel, enfrentou durante a Guerra do Yom Kippur. Já o filme nacional é pura diversão, em "O Porteiro", confusão é o que não falta no prédio onde Waldisney (Alexandre Lino) trabalha como porteiro. Todo dia é um bafafá entre os vizinhos, mas ao lado da zeladora Rosivalda (Cacau Protásio), ele é craque em manter essa bagunça organizada.

Seguem em cartaz "Gran Turismo: De Jogador a Corredor", filme sobre o jovem Jann Mardenborough vence uma série de competições do vídeo-game Gran Turismo, promovidas por uma grande empresa automobilística, e ganha a oportunidade de se tornar um piloto profissional.

"Besouro Azul", também está em cartaz, herói adolescente da DC, Jaime Reyes que ganha superpoderes quando um misterioso escaravelho, entregue por Jenny (Bruna Marquezine) se prende à sua coluna e lhe fornece uma poderosa armadura alienígena azul. Sexta-feira, dia 2 de setembro, haverá Sessão "Bebê a Bordo" para o filme com herói latino.

O terror "Fale Comigo" também pode ser assistido no Cineflix Santos. No filme, um grupo de amigos descobre uma mão embalsamada que lhes permite conjurar espíritos. Viciado na emoção, um deles vai longe demais e abre a porta para o mundo espiritual. Na quarta dia 6 de setembro haverá pré-estreia de "A Freira 2" e os ingressos já estão à venda vendaonline.cineflix.com.br/movie/freira-2.

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

Estreias da semana no Cineflix Santos


"As Tartarugas Ninja: Caos MutanteIngressos on-line neste link
Gênero: comédia, ficção científica. Classificação: livre. Duração: 1h39. Ano: 2023. Idioma: inglês. 
Distribuidora: Paraomount Pictures. Direção: Jeff RoweRoteiro: Seth Rogen, Jeff Rowe, Evan Goldberg, Dan Hernandez, Benji Samit. Elenco (vozes): Jackie Chan (Splinter), Nicolas Cantu (Leonardo), Seth Rogen (Bebop),  Micah Abbey (Donatello), John Cena (Rocksteady), Brady Noon (Raphael), Ayo Edebiri (April O'Neil), Shamon Brown Jr. (Michelangelo). Sinopse: Os irmãos Tartaruga enfrentam um misterioso crime, mas logo se metem em confusão quando um exército de mutantes é lançado sobre eles.

Sala 3 (dublado) 
31/8/2023 - Quinta-feira: 15h10 - 18h10
1/9/2023 - Sexta-feira: 15h10 - 18h10
2/9/2023 - Sábado: 15h10 - 18h10
3/9/2023 - Domingo: 15h10 - 18h10
4/9/2023 - Segunda-feira: 15h10 - 18h10
5/9/2023 - Terça-feira: 15h10 - 18h10
6/9/2023 - Quarta-feira: 15h10 - 18h10

Sala 3 (legendado) 
31/8/2023 - Quinta-feira: 20h30
1/9/2023 - Sexta-feira: 20h30
2/9/2023 - Sábado: 20h30
3/9/2023 - Domingo: 20h30
4/9/2023 - Segunda-feira: 20h30
5/9/2023 - Terça-feira: 20h30
6/9/2023 - Quarta-feira: 20h30


Trailer de "As Tartarugas Ninja: Caos Mutante"


"Golda: A Mulher de uma Nação" ("Golda") Ingressos on-line neste link
Gênero: biografia, drama, histórico. Classificação: 12 anos. Duração: 1h40. Ano: 2023. Idioma: inglês. 
Distribuidora: Sony Pictures Motion Picture Group. Direção: Guy NattivRoteiro: Nicholas Martin. Elenco: Helen Mirren, Camille Cottin, Rami Heuberger. Sinopse: A primeira-ministra israelense Golda Meir (Helen Mirren), também conhecida como a "Dama de Ferro de Israel", deve tomar decisões extremamente importantes e é responsável pela segurança de seu país em 1973, quando Egito, Síria e Jordânia lançam um ataque surpresa contra Israel em seu dia santo. Durante a Guerra do Yom Kippur, as vidas de muitas pessoas são de sua responsabilidade e ela deve prevalecer contra os membros do gabinete exclusivamente masculinos que são hostis a ela.

Sala 1 (legendado) 
31/8/2023 - Quinta-feira: 18h20 - 20h40
1/9/2023 - Sexta-feira: 18h20 - 20h40
2/9/2023 - Sábado: 18h20 - 20h40
3/9/2023 - Domingo: 18h20 - 20h40
4/9/2023 - Segunda-feira: 18h20 - 20h40
5/9/2023 - Terça-feira: 18h20 - 20h40
6/9/2023 - Quarta-feira: 18h20 - 20h40
Trailer de "Golda"


"O Porteiro" ("O Porteiro") Ingressos on-line neste link
Gênero: comédia. Classificação: 14 anos. Duração: 1h23. Ano: 2023. Idioma: português. 
Distribuidora: Imagem Filmes. Direção: Paulo FontenelleRoteiro: Renato Fagundes. Elenco: Aline Campo,  Paulinho Gogó, Raissa Chaddad, Cacau Protásio, Suely Franco, Rosane Gofman, Daniela Fontan. Sinopse: Confusão é o que não falta no prédio onde Waldisney (Alexandre Lino) trabalha como porteiro. Todo dia é um bafafá entre os vizinhos, mas ao lado da zeladora Rosivalda (Cacau Protásio), ele é craque em manter essa bagunça organizada.

Sala 2 (nacional) 
31/8/2023 - Quinta-feira: 15h00 - 17h00 - 19h00 - 21h00
1/9/2023 - Sexta-feira: 15h00 - 17h00 - 19h00 - 21h00
2/9/2023 - Sábado: 15h00 - 17h00 - 19h00 - 21h00
3/9/2023 - Domingo: 15h00 - 17h00 - 19h00 - 21h00
4/9/2023 - Segunda-feira: 15h00 - 17h00 - 19h00 - 21h00
5/9/2023 - Terça-feira: 15h00 - 17h00 - 19h00 - 21h00
6/9/2023 - Quarta-feira: 15h00 - 17h00 - 19h00 - 21h00

Trailer de "O Porteiro"


Seguem em cartaz no Cineflix Santos

"Gran Turismo: De Jogador a Corredor" ("Gran Turismo) Ingressos on-line neste link
Gênero: ação, drama. Classificação: 12 anos. Duração: 2h15. Ano: 2023. Idioma: inglês. 
Distribuidora: Sony Pictures Motion Picture Group. Direção: Neill BlomkampRoteiro: Jason Hall, Zach Baylin. Elenco: Archie Madekwe (Jann Mardenborough), David Harbour (Jack Salter), Orlando Bloom (Danny Moore), Darren Barnet (Matty Davis), Geri Halliwell (Lesley Mardenborough), Djimon Hounsou (Steve Mardenborough), Emelia Hartford (Leah Vega). Sinopse: O jovem Jann Mardenborough vence uma série de competições do vídeo-game Gran Turismo, promovidas por uma grande empresa automobilística, e ganha a oportunidade de se tornar um piloto profissional.

Sala 1 (legendado) 
31/8/2023 - Quinta-feira: 15h30
1/9/2023 - Sexta-feira: 15h30
2/9/2023 - Sábado: 15h30
3/9/2023 - Domingo: 15h30
4/9/2023 - Segunda-feira: 15h30
5/9/2023 - Terça-feira: 15h30
6/9/2023 - Quarta-feira: 15h30


Trailer de "Gran Turismo: De Jogador a Corredor"



"Besouro Azul" ("Blue Beetle")Ingressos on-line neste link
Gênero: ação, aventura. Classificação: 12 anos. Duração: 2h07. Ano: 2023. Idioma: inglês. 
Distribuidora: Warner Bros. Pictures. Direção: Angel Manuel SotoRoteiro: Gareth Dunnet Alcocer. Elenco: Xolo Maridueña (Jaime Reyes / Blue Beetle), Bruna Marquezine (Jenny Kord), Susan Sarandon (Victoria Kord). Sinopse: O adolescente Jaime Reyes ganha superpoderes quando um misterioso escaravelho se prende à sua coluna e lhe fornece uma poderosa armadura alienígena azul.

Sala 4 (dublado) 
31/8/2023 - Quinta-feira: 15h30
1/9/2023 - Sexta-feira: 14h00
2/9/2023 - Sábado: 15h30
3/9/2023 - Domingo: 15h30
4/9/2023 - Segunda-feira: 15h30
5/9/2023 - Terça-feira: 15h30
6/9/2023 - Quarta-feira: 15h30

Sala 4 (legendado) 
31/8/2023 - Quinta-feira: 20h50
1/9/2023 - Sexta-feira: 20h50
2/9/2023 - Sábado: 20h50
3/9/2023 - Domingo: 20h50
4/9/2023 - Segunda-feira: 20h50
5/9/2023 - Terça-feira: 20h50
6/9/2023 - Quarta-feira: 20h50

Trailer de "Besouro Azul"


"Fale Comigo" ("Talk To Me")Ingressos on-line neste link
Gênero: terror, suspense. Classificação: 16 anos. Duração: 1h35. Ano: 2022. Idioma: inglês. 
Distribuidora: Diamond Films. Direção: Danny Philippou, Michael PhilippouRoteiro: Danny Philippou. Elenco: Sophie Wilde, Miranda Otto, Joe Bird, Zoe Terakes e Chris Alosio. Sinopse: Um grupo de amigos descobre uma mão embalsamada que lhes permite conjurar espíritos. Viciado na emoção, um deles vai longe demais e abre a porta para o mundo espiritual.

Sala 4 (legendado) 
31/8/2023 - Quinta-feira: 18h30
1/9/2023 - Sexta-feira: 18h30
2/9/2023 - Sábado: 18h30
3/9/2023 - Domingo: 18h30
4/9/2023 - Segunda-feira: 18h30
5/9/2023 - Terça-feira: 18h30

Trailer de "Fale Comigo"


.: "Besouro Azul" pousa em Sessão "Bebê a Bordo" no Cineflix Cinemas

 


Programe-se e leve seu bebê junto com você para a sessão "Bebê a Bordo" do filme com o herói latino, Besouro Azul", na sexta-feira, dia 2 de setembro. O longa com a brasileira Bruna Marquezine é protagonizado por Xolo Maridueña, o Miguel do seriado "Cobra Kai". O herói adolescente da DC, Jaime Reyes ganha superpoderes quando um misterioso escaravelho, entregue por Jenny (Bruna Marquezine) se prende à sua coluna e lhe fornece uma poderosa armadura alienígena azul. 

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

Leia+

.: Resenha crítica de "Besouro Azul", com Bruna Marquezine, é sensacional

.: "Besouro Azul", as sete curiosidades sobre o herói do momento

terça-feira, 29 de agosto de 2023

.: Edição especial de "História de Dois Amores" tem esboços de Ziraldo


Narrativa sobre o amor como solução para os problemas mais difíceis, "História de Dois Amores", de Carlos Drummond de AndradeZiraldo, retorna em nova edição. Publicado originalmente em 1985, o livro que tem como protagonistas uma pulga e um elefante vem agora com imagens extras e nova capa. O texto de orelha é da celebrada escritora Ana Maria Machado, integrante da Academia Brasileira de Letras.

Um elefante quer tirar férias e viajar da África para o Rio de Janeiro, deixando um substituto, mas é traído em um golpe e salvo por uma pulga. Esse é só o começo de "História de Dois Amores", que trata da improvável amizade entre o elefante Osbó, chefe da manada, e a pulga, ou melhor, o pulgo Pul, instalado atrás da orelha do grandalhão. Os dois animais vão viver uma série de peripécias até descobrirem o amor, e tudo isso com a fina prosa poética de Carlos Drummond de Andrade e o traço certeiro de Ziraldo, dois mestres da literatura brasileira.

A edição traz esboços das ilustrações e a célebre fotografia de Drummond e Ziraldo em um circo, ao lado de um elefante. Ana Maria Machado celebra a atualidade da "História de Dois Amores: “Continua divertida, com seus nomes engraçados e situações bem-humoradas”. Um maravilhoso presente que ensina sobre amizade, parceria e, é claro, o poder do amor. Compre o livro "História de Dois Amores", de Carlos Drummond de Andrade e Ziraldo, neste link.


Sobre o autor
Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira, Minas Gerais, em 1902. Filho de fazendeiros e caçula de nove irmãos, desde cedo demonstrou habilidade em escrever. Aos 18 anos, mudou-se com a família para Belo Horizonte, onde se formou em Farmácia e trabalhou como jornalista, conhecendo grandes nomes da literatura e construindo amizades, como a Osbó e Pul, que durariam a vida toda. Casou-se com Dolores Dutra de Moraes e estabeleceu-se no Rio de Janeiro. 

Foi poeta, cronista e contista, firmando-se como um dos maiores nomes da literatura brasileira do século XX. É autor dos clássicos "Alguma Poesia", "Sentimento do Mundo", "Claro Enigma", "A Rosa do Povo", "Fazendeiro do Ar" e "Boitempo". Deixou livros para o público infantil, como, entre outros, "História de Dois Amores", "A Cor de Cada Um", "Criança dagora é Fogo" e "O Gato Solteiro" e outros bichos. Faleceu no Rio de Janeiro, em 1987, aos 84 anos. Sua obra está mais viva do que nunca. Garanta o seu exemplar de "História de Dois Amores", escrito por Carlos Drummond de Andrade e ilustrado por Ziraldo,  neste link.

Sobre o ilustrador
Ziraldo
era o primeiro de sete irmãos. Nasceu em Caratinga, cidade do interior de Minas Gerais, em 1932. Seu talento para as artes se manifestou cedo. Aos 6 anos, teve até um desenho publicado na imprensa mineira! Ainda na infância, uma professora criativa colaborou para o seu mergulho nos livros e nos gibis (assim eram chamadas as HQs). Ele descobriu ali o que queria ser na vida. Lançou sua inseparável turma de amigos como personagens de quadrinhos ao criar a revistinha "Pererê", em 1960. 

Com temáticas ainda atuais, a revista teve uma das maiores tiragens da época. Posteriormente, junto com outros artistas e jornalistas fundou e dirigiu o periódico O Pasquim, um marco da oposição ao regime militar. É artista gráfico, ilustrador, cartunista, caricaturista, jornalista e escritor com uma produção de décadas voltada para todos os públicos. "O Menino Maluquinho" é seu maior sucesso editorial, tendo sido adaptado para as mais diversas mídias. Ziraldo é conhecido pelo humor e pela irreverência, e sua vasta obra continua encantando milhões de leitores no Brasil e no mundo. Compre o livro "História de Dois Amores", escrito por Carlos Drummond de Andrade e ilustrado por Ziraldo,  neste link.

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial
Tecnologia do Blogger.