sexta-feira, 15 de novembro de 2024

.: Crítica musical: Laura Finocchiaro, a rainha do underground, está de volta


Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto: divulgação.

A cantora, compositora, multi-instrumentista, arranjadora e produtora Laura Finocchiaro está divulgando seu novo single, “Nossa Parceria”, que chega às plataformas digitais por uma dobradinha do selo Sorte Produções com a distribuidora GRV. A canção nasceu da letra de Jarbas Mariz, enviada para Laura num bilhetinho durante a pandemia da Covid-19, em 2021. O manuscrito só foi resgatado no final do ano passado e, com a colaboração de Jarbas e Daniel Maia, a artista criou a faixa em seu home studio, misturando influências do Sul e do Nordeste do Brasil em uma sonoridade que remete à World Music.

“Eu acredito em parcerias, em sintonia, em trabalho coletivo, em afeto compartilhado. Essa canção tem a ver com esse sentimento pessoal, mas ao mesmo tempo universal. Por isso, essa mistura meio louca de oriente com pegada de reggae”, explica Laura, artista pioneira na combinação da música brasileira com a música eletrônica.

Laura iniciou sua trajetória em Porto Alegre durante os movimentos musicais dos anos 80. Em São Paulo, passou por palcos icônicos como Lira Paulistana e Madame Satã e no programa Fabrica do Som da TV Cultura. Ganhou destaque nacional no Rock in Rio II, abrindo shows de Prince e Santana, quando recebeu o apelido de Rainha do Underground. Atualmente é diretora da Sorte Produções, um selo musical e produtora de áudio.

Se por um lado o momento atual oferece mais perspectivas para quem está iniciando na música, por outro, Laura Finocchiaro acredita que falta mais consistência no que está sendo produzido nos dias atuais. “Sempre tem gente mostrando um trabalho interessante e que merece ser conferido pelo público”.

Esse single marca o início de uma nova fase na sua trajetória artística e serve como uma prévia do relançamento de seu álbum “Ecoglitter” de 1998, que estará disponível digitalmente, pela primeira vez, logo após o lançamento de “Nossa Parceria”.  Agora, com o avanço das plataformas digitais, uma nova geração de ouvintes poderá descobrir esse trabalho que marcou o início de sua fase mais experimental. Laura já produziu trilhas sonoras para filmes, documentários e programas de grande audiência, incluindo “TV Colosso”, “Casa dos Artistas” e “A Fazenda”, consolidando sua importância na música e na produção cultural brasileira. “Todas essas experiências foram importantes para mim”.

"Nossa Parceria"

"Tudo É Amor"



"Vírus"

.: Andressa Arce estreia em obra que destrincha relação íntima entre irmãs


 Escritora sul-mato-grossense Andressa Arce estreia pela editora Patuá com obra que destrincha relação íntima entre irmãs e narra o sofrimento causado pelo luto. Em “No Dia que Não Fui”, a autora parte de uma dor particular para evidenciar uma história coletiva ao ficcionalizar a relação com sua irmã e abordar os dramas de quem perde um ente querido.

 O que as ruínas do que poderia ter sido informam aos que ficam? Que notícias dão as sobras a quem está por vir? São perguntas que "No Dia que Não Fui" (editora Patuá, 85 págs.), romance de estreia da sul-mato-grossense Andressa Arce, tenta responder. Baseado numa vivência da própria autora, o livro narra a história de uma menina e sua relação com a meia-irmã, que traçam no fio tenro da infância suas identidades, via espelhamento. Uma perdendo-se na outra até que o convívio é brutalmente interrompido por um suicídio. Com a ruptura, uma delas, a mais nova, precisa, então, refazer-se a partir dos escombros. O prefácio do livro é assinado pela jornalista e psicanalista Gabrielle Estevans.

O tom melancólico, sombrio e pesaroso que permeiam tanto as canções da artista pop Lana del Rey como os filmes da cineasta Sofia Coppola serviram de inspiração para a obra, que além de abordar as dores de um luto abrupto, por conta de suicídio, e a complexidade das relações familiares, também abrange as agruras da trajetória de vida de toda mulher. “São temas que conversam com a minha própria melancolia e com minha forma poética de enxergar o cotidiano”, explica a autora.  


“Andressa, como todos nós e ainda bem, está condenada à linguagem. Presa, prisioneira, sentenciada: seu No dia em que não fui é uma tentativa, fortuita, de transgressão, de delinquência, de infração (...) E para contar essa história endurecida, debruça-se numa atividade escrevedora que aposta não nos grandes acontecimentos, mas na pequeneza do cotidiano. Seu livro de lançamento é a Travessia própria do Rubicão: um ponto de não retorno. Escreve para espiar, que nem criança arteira, o que está por vir." - Jornalista e psicanalista Gabrielle Estevans, no prefácio da obra.

Como assumido por Andressa, a obra ganhou contornos verossímeis a partir de sua própria experiência. Para a autora existia um desejo de partir de uma história pessoal para atingir uma história coletiva. "A escrita iniciou-se como uma forma de resgatar a imagem desta irmã, o que acabou desaguando para a ficcionalização", revela.

O livro é dividido em três partes: “A Meia-irmã da Filha Única”, “A Filha Única Sem Meia-irmã” e “O Punho, Ainda”. Essa segmentação evidencia o arco vivenciado pela narradora. O que no início era fascínio de uma criança pela vida agitada e instigante da irmã adolescente, transforma-se em uma tentativa de sobrevivência diante daquela ausência, numa tentativa de lidar com impulsos autodestrutivos, para, por fim, encontrar a conciliação com a falta daquela que se foi.

Na última parte da obra, a protagonista, Alice, escreve uma série de cartas para a irmã, Liana. Esses textos, concisos mas repletos de significado, são uma forma de dar futuro a uma relação que não teve a possibilidade de se estender no tempo. “Foi um jeito de permitir que Alice, firmada na vida adulta, conversasse com sua irmã morta”, admite a escritora. Compre o livro “No Dia que Não Fui” neste link.


Referências no pop e inspiração no clássico
Andressa Arce nasceu em 1984 e descreve que cresceu em Campo Grande (MS) entre a beleza e a crueza das histórias da fronteira, o surrealismo pantaneiro e a realidade urbana, que se deixa pintar de vermelho pela poeira do planalto de Maracaju. É bacharel e mestre em Direito pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Na carreira jurídica atuou como advogada e analista em Direito no Ministério Público da União em Ponta Porã (MS). Atualmente é Defensora Pública Federal. Por causa da função, morou em Rondônia e depois, em 2017, retornou à cidade e estado natal. 

“No Dia em que Não Fui” marca sua estreia no mundo literário. A obra começou a ser escrita em janeiro de 2024 e ganhou corpo a partir de mentoria com a jornalista e psicanalista Gabrielle Estevans, idealizadora do projeto ESCRIterapia. Além das experiências de vida, em especial com a irmã, a autora empregou no romance referências que a atraiam da cultura pop, cinema e literatura. São influências os filmes “Eu, Christiane F.”“Garota, Interrompida” e “As Virgens Suicidas”

Os três longa-metragens têm em comum a temática mulheres e doença mental. “Sou fascinada por esse tipo de história porque pode haver dificuldades e diagnósticos, mas essas meninas, ainda assim, são cheias de vida, têm sonhos, são brilhantes”, argumenta. A escritora Sylvia Plath é outra influência incontestável na trajetória da sul-matogrossense. Andressa revela que a leitura de “A Redoma de Vidro” de certa forma a autorizou a escrever o próprio romance. “Vi que seria possível tratar de temas ‘pesados’ de uma forma não agressiva”, esclarece. A escolha por uma prosa permeada de lirismo também a permitiu abordar os temas com delicadeza. 

A escritora ainda confidencia que o processo de composição de “No dia em que não fui” abriu nela um novo mundo, onde a criatividade reinava. “Sinto-me mais conectada com minhas profundezas; ao mesmo tempo fresca e renovada”Garanta o seu exemplar de “No Dia que Não Fui” neste link.

.: Laerte participa do "Encontro com os Escritores" no próximo dia 28




A série que promove encontros entre autores e leitores receberá a cartunista Laerte, que falará sobre sua trajetória artística, processo criativo e influências; o evento acontecerá às 19h, na Biblioteca Mário de Andrade.


No dia 28 de novembro, a série "Encontro com os Escritores" terá sua última edição do semestre. A convidada da vez será a cartunista Laerte, que compartilhará sua história de formação como leitora, as influências que marcaram sua trajetória artística e seu processo criativo. O evento gratuito ocorrerá das 19h às 21h, na Biblioteca Mário de Andrade, na região central de São Paulo, e as inscrições podem ser feitas pelo site da Universidade do Livro. A mediação será realizada pelo professor Fábio Sgroi.

Nascida em São Paulo, em 1951, Laerte é autora de quadrinhos, cartuns e charges. Fez alguns cursos livres de pintura, desenho e teatro. Ingressou na USP, na Escola de Comunicações e Artes, para estudar Música e depois Jornalismo, mas não concluiu os cursos. É uma das fundadoras da revista Balão e da empresa Oboré. Publicou seu trabalho em O Pasquim, O Bicho, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo e em várias revistas. Foi autora da revista "Piratas do Tietê", também nome da tira diária que produz. Participou da redação de programas de tevê da Rede Globo, como TV Pirata, TV Colosso e Sai de Baixo, e apresentou o programa Transando com Laerte, no Canal Brasil.

O mediador, Fábio Sgroi, é ilustrador, designer gráfico, escritor e professor. Formado em Desenho Industrial, é pós-graduado em Criação Visual e Multimídia e mestrando em Arquitetura e Urbanismo, com pesquisa sobre o uso de materiais didáticos ilustrados na governança ambiental. Ilustrou mais de cem obras literárias, didáticas e paradidáticas. Desenvolveu, dirigiu e produziu projetos editoriais voltados para questões como ecodesenvolvimento, direitos humanos e cidadania. Livros de sua autoria foram adotados em programas como o PNLD e o PNBE. É proprietário do estúdio Verbo e Arte Comunicação, que há vinte anos presta serviços e desenvolve projetos editoriais para diversas empresas e editoras, como Editora do Brasil, Sesi, Moderna e Melhoramentos.

A série "Encontro com os Escritores" oferece uma oportunidade para que leitores explorem de perto o universo criativo dos autores, discutindo temas sobre o cenário editorial contemporâneo, as inspirações dos convidados e seus conselhos para novos leitores e criadores. O evento é organizado pela Universidade do Livro, braço educacional da Fundação Editora da Unesp, em parceria com a Assessoria de Comunicação e Imprensa (ACI) da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Biblioteca Mário de Andrade. Desde a retomada em 2024, a série já recebeu escritores como Rubens Ricupero e James Green.


Serviço
"Encontro com os Escritores" na Biblioteca Mário de Andrade
Encontro com Laerte, cartunista da Folha de S.Paulo
28 de novembro, das 19h00 às 21h00
Biblioteca Mário de Andrade - Rua da Consolação, 94 - 1º andar - República, São Paulo - SP (próximo às estações de metrô Anhangabaú e República)
Entrada gratuita
Clique aqui para se inscrever 

.: Em novo romance, José Falero quebra o silêncio masculino sobre o machismo


A história de mulheres da quebrada que precisam conviver com a presença violenta e opressiva da masculinidade tóxica. Uma incursão pela vida de personagens frequentemente invisibilizados (em nossa vida social mas também na literatura): empregadas domésticas, idosos, porteiros, jovens periféricos. Em "Vera", novo e arrebatador romance lançado pela editora Todavia, José Falero reafirma suas qualidades de narrador, criando um microcosmo de vidas e realidades que comprova o poder imorredouro da melhor literatura.

“Os becos da vila haviam sido batizados de acordo com os nomes das mulheres que, por uma razão ou outra, tiveram as suas figuras associadas a eles ao longo da história. O Beco da Dona Delci, por exemplo, era chamado assim porque ali aconteciam escândalos e tumultos recorrentes, sempre promovidos ou pelo menos protagonizados por dona Delci, uma senhora de gênio explosivo e violento que trazia nas entranhas a perigosa combinação de energia e revolta. Já o Beco da Dona Helena tinha esse nome justamente em homenagem à mãe de Vera, não por temperamento tempestuoso, uma vez que dona Helena era a serenidade em pessoa, e sim pela qualidade de moradora mais antiga da viela, havendo sido ela própria quem, num passado do qual poucos podiam se lembrar, desmatara e limpara toda aquela vasta área, reservando um canto para si e vendendo todo o resto em lotes separados”. Compre o livro "Vera" neste link.


“Eis um homem falando sobre a opressão cometida pelos próprios homens." - Paula Sperb, revista Quatro Cinco Um (novembro de 2024)



Sobre o autor
José Falero nasceu em 1987, em Porto Alegre. É autor de "Vila Sapo" (contos), "Os Supridores" (romance) e "Mas em Que Mundo Tu Vive?" (crônicas), todos publicados pela editora Todavia. É uma das vozes mais originais, contundentes e inventivas da ficção brasileira contemporânea. Seus livros, cheios de humor, indignação e crítica social, retratam a realidade de personagens muitas vezes invisibilizados pela sociedade e pela própria literatura. Garanta o seu exemplar de "Vera" neste link.


“É muito redutor quando falam ‘é um livro sobre a periferia’. Escrevo sobre temas que são humanos.” - José Falero em entrevista para Paula Sperb, revista Quatro Cinco Um (novembro de 2024)

.: Autora do remake de "Vale Tudo", Manuela Dias está no "Provoca" de terça


O apresentador Marcelo Tas conversa no "Provoca" desta terça-feira (19/11) com a roteirista que representa a renovação da teledramaturgia brasileira, Manuela Dias. Autora da novela "Amor de Mãe", da série "Justiça", e agora do remake da histórica novela "Vale Tudo", ela fala que sempre quis fazer novela e que a televisão aberta não vai acabar, que acorda todos os dias para mudar o mundo, sobre a necessidade de atualizar o texto de "Vale Tudo", e muito mais. Vai ao ar na TV Cultura, às 22h00.

Tas começa a edição perguntando quem é ela e o que faz. “Eu acho que eu sou uma pessoa que acorda para mudar o mundo, todo dia”, diz Manuela. "Caramba, que tarefa é essa, hein?", indaga Tas. “Dos meus jeitinhos, né? Porque eu acho que mudar o mundo é uma coisa grande e pontual ao mesmo tempo. Então acho que tem a ver desde um plástico que você deixa de usar até a forma como eu vou escrever, até a forma como eu me alimento, até a forma como eu me divirto”, explica.

Em outro momento do bate-papo, a roteirista responde à pergunta de um internauta sobre o fim da TV aberta. “Jamais. Há um tempo, com o boom dos streamings, ficou uma sensação de que a TV ia morrer, e agora a gente está vendo que não (...) a maior audiência da televisão americana é o Super Bowl. Eles entregam uma vez por ano essa audiência, 30, 40 milhões, acho, de pessoas. A gente entrega isso todo dia a dia. Todo dia é um Super Bowl!”, diz.

"É preciso atualizar a novela 'Vale Tudo?’", pergunta Tas. “Muita coisa (...) existe tipo uma revolução, mesmo, na dramaturgia e na própria história, com 'H' maiúsculo, que a gente agora está muito em busca desse contraplano histórico. A gente cansou da história da princesa, e agora a gente quer a história da ama. E dar essa profundidade para essas pessoas que são tratadas no dia a dia como funções é essencial (...) a representação tem esse poder. Muita gente consegue ver a babá que trabalha na própria casa quando consegue ver a Dona Lurdes (...) ninguém quer ser uma função”, comenta.

.: Nova edição de "O Turista Aprendiz" no IV Festival Mário de Andrade


Maior clássico brasileiro da literatura de viagem, o registro da expedição de Mário de Andrade pela Amazônia estará à venda nos dias 16 e 17 de novembro na bancada da Tinta-da-China Brasil, na feira de livros do evento


Em "O Turista Aprendiz", maior clássico brasileiro da literatura de viagem, Mário de Andrade relata seu trajeto pela Amazônia em 1927, integrando a comitiva da amiga e mecenas Olívia Guedes Penteado. A prosa leve, ora reflexiva, ora irônica, sugere um escritor entregue à experiência e à realização do sonho de conhecer o Brasil. A nova edição desse clássico, recém-lançada pela editora Tinta-da-China Brasil, poderá ser encontrada na feira de livros do Festival Mário de Andrade, nos dias 16 e 17 de novembro.

Publicado pela primeira vez em 1970, o livro é relançado em edição feita a partir do manuscrito original de 1943, revisto pelo autor, com 14 fotos tiradas com sua "codaque" e um mapa detalhado do trajeto percorrido. Organizada e apresentada por Flora Thomson-DeVeaux, diretora de pesquisa da Rádio Novelo e tradutora do título para o inglês, a obra conta com capa dura e design assinado pela artista portuguesa Vera Tavares.

Outros títulos recém lançados pela editora também já estarão disponíveis no evento. "O Escândalo da Distância: uma Leitura d’A Montanha Mágica para o Século XXI", de João Pedro Cachopo e "O Mar, o Rio e a Tempestade: sobre Homero, Rosa e Shakespeare", de Pedro Süssekind, ambos da Coleção Ensaio Aberto; "Esquerda e Direita: guia Histórico para o Século XXI", de Rui Tavares, além do sucesso de vendas da editora, "Histórias da Matemática", de Marcelo Viana, e as edições mais recentes da Revista 451. Compre o livro "O Turista Aprendiz" neste link.


Sobre a Tinta-da-China
É uma editora de livros independente, sediada em São Paulo, gerida desde 2022 pela Associação Quatro Cinco Um, organização sem fins lucrativos. Sua missão é a difusão da cultura do livro.

Sobre o Festival Mário de Andrade
Organizado pela Biblioteca Mário de Andrade, o festival é inteiramente gratuito, e sua 4ª edição será dedicada aos cem anos do primeiro "Manifesto Surrealista", de André Breton.


Serviço
IV Festival da Biblioteca Mário de Andrade
15, 16 e 17 de novembro
Das 10h00 às 21h00
Praça Dom Gaspar, Centro / São Paulo

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

.: Livro: "Escalavra", romance inédito do inventivo Marcelino Freire, é megalítico


"Escalavra", romance que Marcelino Freire está lançando pela Amarcord, selo do Grupo Editorial Record, reencena sua exuberante e mágica prosa ao contar a história de um pai e de um filho em cenário e solo bem brasileiros. Cada página é um “tijolo”, uma parte da construção nessa narrativa sobre o silêncio entre eles

Um dos escritores mais inventivos de sua geração, com Escalavra Freire dá continuidade à investigação do que ele denomina uma “linguagem arqueológica”, presente por exemplo no seu romance de estreia, o Nossos ossos, com o qual venceu o Prêmio Machado de Assis e foi finalista do Prêmio Jabuti. Contos negreiros levou o Jabuti na categoria Contos

Articulador cultural de destaque na cena da literatura, Marcelino Freire é criador da Balada Literária, encontro de escritores que é destaque na agenda cultural de São Paulo desde 2006 e que acontece também em Salvador, Teresina e Recife. Sua oficina de escrita criativa é uma das mais concorridas do Brasil, tendo revelado talentos como Aline Bei, Mariana Salomão Carrara e Bethânia Pires Amaro

"Escalavra" será lançado em São Paulo no próximo dia 23, a partir das 17h30, no Instituto Frestas (Rua Cunha Gago, 587 – Pinheiros) e no Recife no dia 29 de novembro, às 20h00, no Sesc Casa Amarela (Avenida Norte Miguel Arraes de Alencar, 1190 – Mangabeira)

"Escalavra" é a história de um pai e de um filho e do silêncio sepulcral entre eles. Tudo contado (ou cantado) a partir de uma oralidade antiga, um vento sonoro, nada eólico, em que uma palavra vai “escalavrando”, ralando, friccionando, enganchando uma frase na outra, numa espécie de estrutura megalítica como a daqueles monumentos pré-históricos erguidos, pedra sobre pedra, para o descanso dos mortos. Livro que, enfileirado ao lado de outros livros em sua estante (ou uns por cima e outros por baixo), comporá o que de mais original há no cenário da nossa literatura latino-americana, de raiz sertaneja-brasileira. Compre o livro "Escalavra" neste link.


Sobre o autor
Marcelino Freire
nasceu no Sertão de Pernambuco. Escreveu, entre outras obras, Angu de sangue e Contos negreiros. Este Escalavra é seu segundo romance, que ele chama de “romance megalítico” ou de “teatro das escavações”. Livro que vem se somar a uma investigação arqueológica da linguagem, começada pelas múmias de BaléRalé ou pelos esqueletos de Nossos ossos. Mais uma prosa ágil, de crítica social, assinada por esse que, além de escritor (ou poeta), dramaturgo, professor de oficinas literárias etc. e tal, gosta de se autodefinir um “agitado cultural”. Garanta o seu exemplar de "Escalavra" neste link.

Serviço
"Escalavra"
Autor: Marcelino Freire
152 págs.
Ed. Amarcord | Grupo Editorial Record
Compre o livro neste link

.: Crítica musical: Luana Bayô mostra a força de sua arte com CD "Abebé"


Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto: José de Hollanda

A cantora e compositora paulistana Luana Bayô está lançando seu mais recente disco, "Abebé", nas plataformas de música. O álbum foi gravado ao vivo com arranjos e direção musical de Liw Ferreira, durante show da artista no Festival Malungo, realizado pela Gravadora Pôr do Som.

 A banda que acompanha Luana Bayô é formada por músicos que também tocam no disco - Liw Ferreira (baixo e bandolim), Helô Ferreira (violão), Nichollas Maia (piano), Matheus Marinho (bateria), Lucas Alakofá e Simone Gonçalves (percussões), à exceção de Valber Oliveira (trombone). O show tem direção cênica e de palco de Rubens Oliveira.

Com nove faixas, o álbum traduz a força e beleza da artista, e conduz o ouvinte a uma conexão com a África e toda sua influência na música popular brasileira, refletindo a ancestralidade e a espiritualidade das culturas negras. Inspirada nas simbologias de Oxum e Yemanjá, Luana dedica sua obra à força do feminino, das Águas e das Yabás, mulheres de liderança no panteão da cultura afro-brasileira.

Luana Bayô cita Clementina de Jesus como uma referência importante em sua formação musical, além da cantora Alcione. “Tive muitas influências, mas essas duas estão em um lugar muito especial. Clementina foi uma das primeiras cantoras a tratar da ancestralidade. E Alcione dispensa comentários. É uma intérprete acima da média, em todo os aspectos”.

Segundo a cantora, “Abebé" (espelho de oxum) mergulha no feminino com músicas que falam das diversas águas que nos habitam e das várias facetas de ser mulher, sobretudo, de ser uma mulher negra. “São canções que me revelam, que trouxeram olhares para minhas diversas nuances como mulher, passando pela minha ancestralidade, naturalmente”.

 O disco abre com duas canções de domínio público (Cantos para Exu e Bombogira e O Sobrado de Mamãe é debaixo d´água). E depois segue na MPB e suas mais variadas vertentes, passando principalmente pelo samba, ritmo com o qual Luana tem uma forte ligação. Dona de uma voz grave e potente, ela também demonstra um timbre aveludado e singular, que passeia com desenvoltura ao interpretar as canções escolhidas para o disco. "Abebé" é um disco que merece ser descoberto pelo público. O show de lançamento acontece na Comedoria do Sesc Pompeia, na Capital Paulista no dia 21 de novembro, quinta-feira, às 21h30 .

"Vento Norte"

"Porto dos Desejos"

"Água Quando Cai do Céu"


.: "O Brasil tem memória curta", diz Selton Mello sobre "Ainda Estou Aqui"


Bastidores do filme estão na autobiografia "Eu Me Lembro", que celebra os 40 anos de carreira de Selton Mello. Foto: Maurício Nahas

Recorde de público no Brasil, o filme "Ainda Estou Aqui" reflete a fama internacional na rede Cineflix Cinemas nas salas de cinema de todo o país. O ator Selton Mello, que vive Rubens Paiva, desaparecido durante a ditadura militar, comenta no livro sobre a necessidade de lembrar desse período da história e faz um paralelo com o diagnóstico de Alzheimer da mãe, Selva, que faleceu neste ano.

"O Brasil tem a memória muito curta. (...) Então, o leitor que está acompanhando este livro até agora, pode imaginar o que significa para mim ter feito esse filme. Um filme que fala sobre memória, que fala sobre a falta de memória. A falta de memória de uma pessoa, a falta de memória de um país. Carregando comigo, delicadamente, a falta de memória da minha mãe. Então o que a gente fez é muito precioso", revela Selton Mello. Em plena campanha para o Oscar 2025, ator revela na autobiografia "Eu Me Lembro" experiências com grandes artistas, incluindo Fernanda Torres e Matheus Nachtergaele

Estrela de "Ainda Estou Aqui", filme pelo qual foi ovacionado no Festival de Veneza, e de "O Auto da Compadecida 2", um dos mais aguardados do ano pelo público brasileiro, Selton Mello revela os bastidores dessas e de outras produções de sucesso na autobiografia "Eu Me Lembro". A obra celebra quatro décadas de carreira e traduz memórias da família, dos amigos e a profundidade da relação do ator e diretor com a arte. A trajetória é narrada em primeira pessoa, em resposta a uma série de perguntas feitas por um time de 40 estrelas da TV, teatro, cinema e literatura. 

Fernanda Montenegro, Matheus Nachtergaele, Fernanda Torres, o diretor Guel Arraes, Lázaro Ramos, Marjorie Estiano, Jeferson Tenório e Fábio Assunção são alguns dos nomes que ajudam a revelar um Selton de coração aberto: a carreira consolidada, suas dores, alegrias e uma história repleta de encontros de alma.  

Publicação da Jambô Editora, o livro conta com três cadernos de fotografias, que retratam momentos distintos da vida do ator e somam mais de 70 fotos - um bônus à experiência de leitura. Ao longo dos capítulos, Selton se revela de forma tocante e poética, ri de si mesmo e da vida e entrega bastidores das produções de sucesso que deixaram grandes marcas, especialmente para o cinema brasileiro.  

As perguntas dos convidados abrem caminho para a intimidade que ele não costuma compartilhar publicamente. Exemplo disso são as passagens sobre a relação do ator com a mãe, Selva, acometida pelo Alzheimer e que faleceu em 2024, e a comunicação mais espiritual mantida pelos dois desde o agravamento da doença. Esse vínculo funciona como a premissa do livro, pois lembrar, hoje, é essencial para manter as memórias da infância no interior de Minas Gerais, ou nos corredores da TV dos anos 1980.  

Com um texto sensível, Selton dá voz aos desafios encarados ainda no começo da carreira, quando enfrentou o ostracismo após um sucesso meteórico e duvidou do próprio talento. Fala, também, sobre como cada um dos entrevistadores para o livro marcou sua trajetória. A biografia diverte, ensina e comove. Um mergulho profundo na alma de um dos maiores atores brasileiros de todos os tempos.  

Para além de declarar seu amor à vida e à arte, ele se inspira em um grande sucesso ao dar o tom à narrativa. Em Sessão de Terapia, série que dirige e atua e com a qual retorna em 2025 para uma nova temporada, dúvidas e angústias são compartilhadas, criando a identificação do espectador com a busca por respostas.  

No livro, o autor analisa, com humor refinado e muita ternura, as etapas da carreira e os percalços de forma lúcida e terapêutica, abordando questões delicadas, como transtorno de imagem e depressão. Ele deixa o leitor à vontade para buscar nas entrelinhas um pouco mais sobre sua essência. 

Eu Me Lembro é um livro sensível, engraçado, tocante e muito humano sobre a trajetória do criador de personagens inesquecíveis como Leléu, de Lisbela e o Prisioneiro, João Estrela, de Meu nome não é Johnny, e Benjamin, de O Palhaço, entre tantos outros seres encantadores que foram tocados por seu talento. Com este livro-memória, Selton Mello compartilha vivências, sonhos e sentimentos, imortalizando um legado impressionante na televisão, no cinema, no teatro e na vida.   

Trecho do livro
"E Matheus, cara, foi um encontro sobrenatural. Parecia que a gente se conhecia de outras vidas. Como somos complementares, funcionamos muito bem como uma dupla. O filme é todo sobre uma dupla. Já imaginou se não funcionasse? Não teve nenhuma leitura preliminar. Não teve testes para ver se a dupla era aquela! Não teve teste! Mágica pura." ("Eu Me Lembro", p. 155) 

Entrevistadores
Fernanda Montenegro, Matheus Nachtergaele, Paulo José, Marjorie Estiano, Rodrigo Santoro, Alice Wegmann, Lázaro Ramos, Moacyr Franco, Oberdan Júnior, Leticia Sabatella, Fábio Assunção, Zezé Motta, Jeferson Tenório, Johnny Massaro, Pedro Paulo Rangel, Larissa Manoela, Lívia Silva, Wagner Moura, Guel Arraes, Patricia Pillar, Pedro Bial, Simone Spoladore, Raí, Nathalia Timberg, Leticia Colin, Rolando Boldrin, Aracy Balabanian, Christian Malheiros, Jackson Antunes, Fernanda Torres, Luana Xavier, Débora Falabella, Tonico Pereira, Ana Paula Maia, Camila Pitanga, Zuenir Ventura, Emilio Orciollo Netto, Arthur Dapieve, Dira Paes e Danton Mello. 

Ficha técnica
"Eu Me Lembro"
Autoria: Selton Mello
Editora: Jambô Editora
ISBN: 978658863472-1
Páginas: 344
Jambô Editora
Compre o livro neste link.

Assista na Cineflix
"Ainda Estou Aqui" está em cartaz na rede Cineflix CinemasPara acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. 

.: "Bob Esponja - A Experiência" chega ao MIS Experience para comemorar 25


Prepare-se para mergulhar nas profundezas do oceano com a exposição “Bob Esponja - A Experiência”, que desembarca no MIS Experience, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, para celebrar os 25 anos de uma das séries animadas de maior sucesso de todos os tempos da Nickelodeon.

Criada pela YDreams Global, em parceria com a Paramount, por meio de seu departamento de Licenciamento de Produtos e Experiências, a mostra destaca a relevância cultural e artística da animação e transporta o visitante para o fundo do mar para vivenciar uma aventura inesquecível onde diversão, nostalgia e interatividade se encontram.

"Bob Esponja - A Experiência" é uma jornada multissensorial imersa no otimismo contagiante dos moradores da Fenda do Biquíni. Ocupando cerca de mil metros quadrados, a exposição reúne um acervo raro com mais de 80 itens que convidam os fãs a explorar os bastidores e a evolução desta icônica produção, celebrando sua trajetória desde o início até os dias de hoje.

Entre os destaques, está a primeira aparição de Bob Esponja Calça-Quadrada na versão original digitalizada da revista The Intertidal Zone, permitindo aos visitantes folhearem virtualmente a publicação e reviverem a estreia do personagem. A mostra conta ainda com esquetes originais, croquis e ilustrações que retratam a evolução do desenho ao longo dos anos, além de itens de colecionadores e making-of que revelam o processo criativo da série e figurinos da adaptação brasileira do premiado ‘Bob Esponja, O Musical’ da Broadway, . Esta é uma oportunidade única para conhecer a fundo a história de Bob Esponja Calça-Quadrada, seu criador Stephen Hillenburg e a jornada que conquistou fãs ao redor do mundo.

 Cada detalhe foi cuidadosamente pensado para proporcionar uma experiência interativa e exclusiva, capturando a energia contagiante dos personagens e fazendo com que os visitantes possam reviver e até “participar” de momentos inesquecíveis do universo de Bob Esponja Calça-Quadrada, como preparar hambúrgueres no Siri Cascudo, tirar a carteira de habilitação na autoescola Escola da Sra. Puff e interagir com águas-vivas no Campo de Águas-Vivas.

“Nesta celebração dos 25 anos de Bob Esponja Calça-Quadrada, temos a oportunidade de trazer para o público esse lugar imaginário. Além de ser nossa grande estreia no MIS Experience, vamos convidar o público a mergulhar nesta história repleta de positividade, alegria e muita diversão. É extremamente gratificante realizar um projeto desta magnitude sobre Bob Esponja Calça-Quadrada, um ícone da cultura pop internacional”, comenta Karina Israel, curadora da exposição e CEO da YDreams Global.

“Seguindo a vocação do MIS Experience em realizar exposições inéditas, tecnológicas e imersivas para todos os públicos, é com grande alegria que oferecemos mais uma vez uma experiência grandiosa por meio desse ícone que perpassa gerações. Visitantes de todas as idades ficarão encantados ao mergulhar na história de 25 anos do personagem e seus amigos, por meio de conteúdos exclusivos, acervo original e muita interatividade”, afirma André Sturm, diretor-geral do MIS Experience.

A exposição celebra os 25 anos de Bob Esponja Calça-Quadrada, um dos personagens mais amados dos desenhos animados. Para marcar essa data especial, a Paramount lançou a campanha "Ative Seu Modo Bob", convidando fãs de todas as idades a adotarem a visão otimista e divertida do personagem para aproveitar a vida ao máximo. Com o mote inspirador ‘Ative seu modo Bob e faça de todos os dias uma grande celebração’, "Bob Esponja - A Experiência" é uma extensão deste convite, proporcionando aos participantes uma imersão que captura toda a leveza e a alegria que definem Bob Esponja.

Agora, a magia da Fenda do Biquíni pode ser explorada ao vivo, numa imersão que promete encantar tanto as crianças de hoje quanto aquelas que já cresceram, mas que guardam na memória o amor por essa turma. "Bob Esponja - A Experiência" não é só uma exposição – é um convite para embarcar em uma jornada de pura fantasia e conexão. Seja revivendo lembranças ou criando novas aventuras, essa mostra vai unir gerações ao redor de um dos personagens mais carismáticos. "Bob Esponja Calça-Quadrada" está disponível na Nickelodeon e nos serviços de streaming da Paramount, Paramount+ e Pluto TV (no canal exclusivo Bob Esponja Calça-Quadrada).


Serviço
"Bob Esponja - A Experiência"
MIS Experience
R. Cenno Sbrighi, 250 - Água Branca, São Paulo.
Data: a partir de 4 de dezembro.
Horários: terças a sextas, domingos e feriados, das 10h às 19h; sábados, das 10h às 20h. Fechado às segundas-feiras.
Ingresso: gratuito às terças (retirada apenas na bilheteria física do MIS Experience no dia da visita). Quarta a sexta: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia-entrada). Sábados, domingos e feriados: R$ 50,00 (inteira) e R$ 25,00 (meia). Terceira quarta-feira do mês: ingresso gratuito por conta de parceria com a B3 (retirada apenas na bilheteria física do MIS Experience no dia da visita).
Informações de acessibilidade: rampas de acesso; Braille; Libras; banheiros adaptados para cadeirantes.
Classificação indicativa: livre

.: Clássico, "Luau MTV" retorna com outro nome, L7nnon e Marcelo Falcão


Com exibição na MTV, Pluto TV e YouTube, edição terá Bella Campos, Pedro Scooby e Sarah Oliveira como apresentadores


A MTV e a cerveja Corona acabam de anunciar a data de estreia do "Corona Luau MTV". O aguardado retorno de um dos programas mais icônicos dos anos 2000 - "Luau MTV" - será no dia 12 de dezembro, quinta-feira. A partir das 20h30, o programa estará disponível na Pluto TV (on demand), na MTV e no YouTube da MTV Brasil. O especial de música, que marca a chegada do verão e é baseado no formato criado pelo Grupo Abril, celebra os dez anos de presença de Corona no Brasil no espaço que mais representa a marca: a praia.

Nesta edição especial, gravado em Preá, no Ceará, o "Corona Luau MTV" terá como atração um feat. inédito no cenário musical brasileiro, L7nnon e Marcelo Falcão, e será comandado por Bella Campos. Além disso, contará com Pedro Scooby apresentando bastidores e a participação especial de Sarah Oliveira entrevistando os artistas musicais. O retorno do programa, que já contou com apresentações icônicas de artistas, promete ser lendário (novamente!) e trazer o melhor de um encontro de gerações em um cenário paradisíaco.


Sobre o o "Luau MTV"
Programa icônico dos anos 90 e 2000 criado pela Editora Abril, o "Luau MTV" foi, anualmente, uma celebração a chegada do verão. Durante a estação, a marca reunia nomes da música nacional para tocar a beira mar, no melhor formato acústico com violão e percussão, criando uma atmosfera de celebração e conexão entre artistas e fãs. O cenário tropical, as apresentações e a presença marcante de personalidades da televisão tornaram o Luau MTV um marco na cena cultural brasileira, simbolizando a liberdade e a criatividade do público jovem. A primeira edição foi ao ar em 1997 e o programa, por sua vez, foi apresentado por diversas VJs da casa, na época, como Carla Lamarca, Cuca Lazzarotto, Fernanda Lima e Sarah Oliveira. Dentre os artistas que participaram, ao longo dos anos, estão Ivete Sangalo (1998), Charlie Brown Jr. (1999), Cássia Eller (2002) e Nando Reis (2007). Realizada em 2012, a última edição contou com apresentação da banda Raimundos e foi comandada por Ellen Jabour.


Sobre L7nnon
Cria de Realengo que conquistou o Brasil, L7nnon é um dos rappers em maior evidência na cena. Original, conta suas narrativas sem estereótipos comuns ao gênero e prova sua relevância com números. É o rapper mais ouvido do Brasil no Spotify e o mais seguido no Instagram.


Sobre Marcelo Falcão
Marcelo Falcão ou Jet, é um cantor consagrado e adorado por milhares de pessoas. Em mais de 25 anos de carreira com sua banda O Rappa, e mais de 180 milhões de discos vendidos é considerado uma lenda da música. Marcelo Falcão lançou seu primeiro álbum solo “Viver Mais Leve Que o Ar” em 2019 e desde então vem fazendo um trabalho surpreendente, foram inúmeros shows por todo o Brasil, lives, produções e lançamentos de videoclipes, turnês internacionais com direito a captações para seu documentário, produção de videoclipes e a gravação do seu DVD em Miami, hoje vem se dedicando ao seu segundo álbum solo “Vitória”, que conta com a participação de grandes músicos e artistas de distintas gerações. Mas, para além do que se ouve, Marcelo Falcão também é comportamento. O grande diferencial de Marcelo Falcão sempre foi olhar ao seu redor, dialogar com todos os públicos, entender seus anseios, desejos e vontades.


Sobre Bella Campos
Bella Campos, atriz natural de Cuiabá, fez sua estreia no remake da histórica novela dos anos 90 “Pantanal”, da Rede Globo. Ganhou visibilidade nacional ao interpretar a personagem “Muda” (Rute), que lhe rendeu o Prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante no Melhores do Ano do “Domingão do Huck”. 

Ainda em 2022, logo após o sucesso como Muda, interpretou “Jenifer” na novela das sete “Vai na fé”, que bateu recordes de audiência. Despontando como uma das melhores atrizes da sua geração, Bella está no elenco principal do longa nacional “Cinco Tipos de Medo”, ainda sem data de estreia, e estará num projeto de grande destaque para sua carreira no primeiro semestre de 2025 na Rede Globo.


Sobre Pedro Scooby
Pedro Henrique Mota Vianna, mais conhecido como Scooby, é um dos principais nomes do surfe de ondas grandes do mundo e pode ser definido como a mistura de um “Rockstar” com um guru espiritual. Nascido no Rio de Janeiro, Pedro alcançou diversos marcos importantes na história do surf de ondas gigantes, como o título de campeão mundial (Fevereiro de 2024) e também títulos de melhor onda do ano.

Além do lado atleta, Pedro tem um lifestyle único, onde já se aventurou desde desfiles e campanhas de moda de renomadas marcas como Hugo Boss e Bulgari, até se posicionar como um comunicador nato, sendo apresentador do programa PodPah Visita, dentro do canal do PodPah e também comentarista de esportes da CazéTv. O lado humano também é uma característica muito marcante no Pedro e isso se refletiu muito esse ano, onde ele foi o percursor do movimento de resgates no Rio Grande do Sul feito pelos surfistas de ondas gigantes.


Sobre Sarah Oliveira
Sarah Oliveira fez história unindo sua paixão por comunicação e música. Estreou nos anos 2000 MTV, comandando o "Disk MTV" e o "Luau MTV". Fez parte do time do Vídeo Show na Globo de 2006 a 2010. Desde 2011 assina a criação de seus programas. No canal GNT, idealizou o “Viva Voz”, o documentário "Na Trilha da Canção" e o programa "Calada Noite”, pelo qual foi indicada ao prêmio de melhor apresentadora de TV, no APCA 2017. Em 2018, lançou a série “O Nosso Amor a Gente Inventa” criada por ela para o Youtube. Em 2020, Sarah ganhou o prêmio WME de melhor comunicadora do ano.

Seu programa musical “Minha Canção”, no ar desde 2017 na rádio Eldorado, no podcast e no YouTube, foi indicado ao APCA em 2022. Sarah ainda ganhou o Prêmio Estadão de Melhor Entrevista, com Marisa Monte, em 2021. Recentemente, estreou o “Bios: Vidas Que Marcaram a Sua”, em comemoração aos 40 anos da banda Titãs. O documentário é apresentado por Sarah e exibido na DisneyPlus e na StarPlus. Neste ano de 2024, estreou a 15 temporada de seu programa "Minha Canção". Vai ao ar na Rádio Eldorado (FM 107,3 - SP), no podcast e no Youtube.

.: Acabou o mistério: "Tieta" é a próxima novela do "Vale a Pena Ver de Novo"


Grande sucesso adaptado do romance 'Tieta do Agreste', de Jorge Amado, está de volta em dezembro. Betty Faria comenta o retorno da obra. Na imagem, Betty Faria como "Tieta". Foto: Globo/Divulgação

Uma das novelas mais assistidas da história da televisão brasileira, "Tieta" está de volta ao "Vale a Pena Ver de Novo" a partir de 2 de dezembro. Livremente inspirada no romance "Tieta do Agreste", de Jorge Amado, a obra de Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares cativou o público com seu humor irreverente, personagens e atuações inesquecíveis. Em 2024, a novela completou 35 anos desde a primeira exibição, entre 1989 e 1990, e segue viva na memória afetiva dos noveleiros. Tanto que nas redes sociais muitos desejaram que a trama fosse a substituta de "Alma Gêmea" no horário. Dez pessoas que acertaram a obra como a próxima a ser exibida foram presenteadas com um aparelho de televisão pela TV Globo, em uma iniciativa que remete à cena icônica da volta de Tieta do Agreste a sua terra natal distribuindo televisores para a população.

Ambientada na fictícia Santana do Agreste, no Nordeste brasileiro, a trama começa quando Tieta, interpretada na primeira fase por Claudia Ohana, é escorraçada da cidade pelo pai, Zé Esteves (Sebastião Vasconcelos), indignado com o comportamento liberal da jovem e influenciado pelas intrigas de sua outra filha, Perpétua, vivida por Adriana Canabrava. Humilhada, ela segue para São Paulo e 25 anos depois, Tieta, agora interpretada por Betty Faria, reaparece em Santana do Agreste rica, exuberante e decidida a se vingar das pessoas que a maltrataram. No dia de sua chegada, ela diz que veio para ficar e acaba mudando a rotina de todos os moradores da pequena cidade.

Para incomodar a família, ela se envolve com o sobrinho, o jovem seminarista Ricardo (Cássio Gabus Mendes), filho de sua traiçoeira irmã Perpétua, agora vivida por Joana Fomm, cuja brilhante atuação fez da beata, que vivia em um eterno luto, uma das grandes vilãs da teledramaturgia. Os habitantes ainda se veem às voltas com a instalação de uma fábrica de dióxido de titânio na cidade, que, se por um lado trará desenvolvimento, por outro causará um forte impacto ambiental na região. Santana do Agreste, próxima de Aracaju e Salvador, estava parada no tempo até que Ascânio Trindade (Reginaldo Faria), que foi embora de lá quando jovem, volta com o objetivo de trazer o progresso e a civilização ao local. Ele se torna secretário da Prefeitura e, junto com Tieta, promove a modernização da cidade.

Comemorando a volta da obra que foi um grande marco em sua carreira, Betty Faria ressalta a personalidade visionária de Tieta como a característica que mais admirava. "Tenho orgulho do que ela representava. Tieta era muito moderna, hoje ainda é revolucionária. Era uma pessoa do bem, cheia de amor, que chega na cidade para ajudar a melhorar a situação, sempre trazendo ideias novas e derrubando preconceitos", define a atriz, que se emocionou quando soube que a novela seria reexibida no ''Vale a Pena Ver de Novo'. "Fiquei feliz demais porque é um trabalho que entrou no coração do público e ficou. Foi um grande sucesso da minha maturidade como atriz, que me trouxe muita felicidade, e uma novela exibida em muitos países, sempre muito bem-recebida", relembra.   

Betty encabeçava um elenco de peso, com interpretações memoráveis de personagens carismáticos e cheios de humor. Quem não se recorda de Tonha (Yoná Magalhães), Carmosina (Arlete Salles), Imaculada (Luciana Braga), Timóteo (Paulo Betti), Osnar (José Mayer), Coronel Artur da Tapitanga (Ary Fontoura), Modesto Pires (Armando Bógus), Dona Milu (Mirian Pires), Amorzinho (Lilia Cabral), Cinira (Rosane Gofman) e Bafo de Bode (Bemvindo Sequeira), entre outros? Foram muitos os bordões lançados em "Tieta". A começar pela protagonista e seu "Eta, lelê!". Dona Milú pontuava as frases com "Mistééério!". Tonha (Yoná Magalhães) se despedia com um divertido "Te-chau!". A expressão "Nos trinques!", usada por Timóteo (Paulo Betti) para demonstrar que algo estava do seu agrado, ganhou o Brasil. E Amorzinho (Lilia Cabral) gritava: "Ciniiiiiiira!" sempre que queria repreender a amiga interpretada por Rosane Gofman.

Além da trama, elenco, personagens, expressões e sotaques, a obra também tinha como pontos fortes, a caracterização, o figurino - mais de mil figurinos foram produzidos especialmente para a novela -, cenários - a fictícia Santana do Agreste, construída numa área de 10.000m2 em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, era composta por 46 prédios, duas igrejas, oito ruas, duas praças, um circo abandonado e quinze ruínas - e a trilha sonora.

"Tieta", interpretada por Luiz Caldas, foi o tema de abertura da novela. A trilha contava com sucessos de Fagner, Djavan, Roberta Miranda, entre outros artistas. A abertura, que misturava elementos da natureza com a beleza feminina, representada pela modelo Isadora Ribeiro, e encerrava com o nome da novela aparecendo escrito na areia da praia de Mangue Seco, também ficou marcada na memória de quem assistiu à novela.

Sucesso internacional, 'Tieta' foi transmitida no México, Chile, Guatemala, Peru, Portugal, República Dominicana e no Uruguai, entre outros países. Em 1996, Cacá Diegues produziu "Tieta" para o cinema, com Sônia Braga no papel principal, e Marília Pêra como Perpétua. Com estreia em 2 de dezembro, após o "Sessão da Tarde", "Tieta" é uma obra de Aguinaldo Silva, Ricardo Linhares e Ana Maria Moretzsohn livremente inspirada no romance 'Tieta do Agreste', de Jorge Amado. A novela tem direção geral de Paulo Ubiratan e direção de Reynaldo Boury e Luiz Fernando Carvalho.

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