sábado, 28 de dezembro de 2024

.: De Aguinaldo Silva, "Meu Passado me Perdoa" é eleito o livro do ano de 2024


Por Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. 

O ano de 2024 foi o ano das biografias e de livros marcados por uma impressionante diversidade de lançamentos literários, com obras que abordaram uma gama de temas emocionais, sociais, culturais e pessoais, refletindo as complexas realidades do nosso tempo. Entre os destaques, houve uma fusão de narrativas sensíveis, corajosas, profundas e até irreverentes, levando os leitores a uma viagem literária rica e impactante.

Cada uma dessas obras se destaca pela abordagem única e pela maneira como desafiam o leitor a pensar sobre diferentes aspectos da vida, das relações e da sociedade. Em 2024, a literatura brasileira teve uma verdadeira explosão de criatividade, abrangendo desde questões pessoais até grandes reflexões sociais e culturais. A diversidade de temas e estilos mostra que a literatura contemporânea é multifacetada, rica em nuances e capaz de transformar e impactar profundamente a vida dos leitores. A seguir, apresentamos os dez melhores livros do ano.

Listar os dez melhores livros de autores brasileiros do ano é tarefa ingrata em qualquer área. Selecionar os dez Melhores Lvros Brasileiros do ano do portal Resenhando.com em meio a um ano tão fértil em relação à literatura e também a vários que chegam diariamente à nossa redação é algo desafiador e uma viagem literária ao longo do ano a partir de um critério absolutamente subjetivo: o gosto pessoal de quem elaborou a lista. Vários livros tão bons quanto os que estão nesta lista ficaram de fora, o que não quer dizer que não mereçam ser lidos.  Confira também a lista dos Melhores Livros de 2023 neste link.


10. "Açougueira", de Marina Monteiro
Em "Açougueira", publicado pela editora Claraboia, Marina Monteiro presenteia o leitor com uma obra de uma profundidade emocional e intelectual impressionantes. A narrativa, que gira em torno de um crime de assassinato e esquartejamento, não se limita apenas ao mistério, mas se aprofunda nas complexas questões sociais que envolvem a violência doméstica e a opressão das mulheres. A escolha de narrar a história a partir dos depoimentos de moradores da cidadezinha e da própria esposa do assassinado coloca o leitor no lugar da acusada, desafiando noções de culpabilidade e oferecendo uma reflexão crítica sobre a maneira como a sociedade lida com a violência contra a mulher. Décimo lugar na lista de Melhores Livros Brasileiros de 2024, esse livro se destaca pela coragem com que aborda temas delicados e pela sensibilidade com que a autora constrói suas personagens e seus dilemas. Compre o livro "Açougueira", de Marina Monteiro, neste link.


9. "Virgínia Mordida", de Jeovanna Vieira
A estreia de Jeovanna Vieira é um soco no estômago. "Virgínia Mordida", publicado pela Companhia das Letras, é um romance psicológico intenso que explora as profundezas das relações amorosas, os aspectos mais sombrios da psique humana e os impactos da violência emocional. Ao contar a história de Virgínia, uma mulher que vive um relacionamento tóxico com Henrí, um ator argentino, o livro se torna uma poderosa reflexão sobre como o amor pode ser disfuncional e destrutivo. A autora não tem medo de expor as fragilidades de seus personagens e a tensão entre eles é palpável, criando uma narrativa de ritmo acelerado e angustiante. Nono lugar na lista de Melhores Livros Brasileiros de 2024, Vieira se destaca pela sua habilidade de mergulhar nas emoções e nas motivações dos personagens de forma autêntica e, ao mesmo tempo, perturbadora. Compre o livro "Virgínia Mordida", de Jeovanna Vieira, neste link. 


8. "Minha China Tropical: Crônicas de Viagem", de Francisco Foot Hardman
"Minha China Tropical"
, publicado pela Unesp Editora, é uma obra envolvente, mas que se destaca mais pela beleza do estilo do que pela profundidade dos temas abordados. Francisco Foot Hardman apresenta suas crônicas de viagem com uma leveza contagiante, capturando a essência da cultura chinesa e suas contrastantes semelhanças com a realidade brasileira. Embora a obra não tenha o mesmo impacto revolucionário de outros livros da lista, ela oferece uma leitura agradável e enriquecedora sobre as diferenças culturais e as experiências que moldam a visão de um estrangeiro sobre um país complexo e multifacetado. Oitavo lugar na lista de Melhores Livros Brasileiros de 2024, Foot Hardman oferece uma narrativa calorosa e pessoal, desafiando estereótipos sobre a China e promovendo um diálogo entre as culturas. Compre o livro "Minha China Tropical", de Francisco Foot Hardman, neste link.

7. "O Ninho", de Bethânia Pires Amaro
Vencedor do Prêmio Sesc de literatura e do Prêmio Jabuti na categoria Contos, "O Ninho"publicado pela editora Record, é um livro de contos que não apenas retrata o cotidiano das mulheres e suas realidades, mas também desafia as idealizações frequentemente associadas às relações familiares. Bethânia Pires Amaro utiliza sua escrita precisa e sensível para explorar os conflitos internos e externos de suas personagens femininas, que lidam com questões como maternidade, abuso e os traumas herdados de gerações anteriores. A autora tem a habilidade rara de fazer com que o leitor sinta empatia pelas situações difíceis que suas personagens enfrentam, ao mesmo tempo em que coloca em pauta a complexidade das relações familiares e a busca por identidade. Sétimo lugar na lista de Melhores Livros Brasileiros de 2024, o livro é uma reflexão pungente sobre a realidade das mulheres e das relações humanas. Compre o livro "O Ninho", de Bethânia Pires Amaro, neste link.


6. "Tudo o que Posso te Contar", de Cecilia Madonna Young
Embora "Tudo o que Posso te Contar", o livro de estreia de Cecilia Madonna Young, seja divertido e ácido, ele também faz uma observação afiada das questões enfrentadas pela geração Z, abordando temas como depressão, ansiedade e identidade de maneira irreverente e sarcástica. Publicado pela editora Record, o livro oferece uma reflexão nua e crua sobre os dilemas existenciais que os jovens de hoje enfrentam. Sexto lugar na lista de Melhores Livros Brasileiros de 2024, é uma leitura que mistura densidade e leveza, que proporciona uma boa visão sobre a vida moderna e as angústias da juventude. Compre o livro "Tudo o que Posso te Contar", de Cecilia Madonna Young, neste link.

5. "O Mito do Mito", de Rita Lee
Obra póstuma de Rita Lee, o livro "O Mito do Mito", publicado pela Globo Livros, mistura realidade e ficção de maneira sofisticada e instigante. Conhecida pelo talento irreverente e a capacidade de transformar qualquer tema em algo único e inesquecível, ela entrega ao público uma obra que é, ao mesmo tempo, uma reflexão sobre o seu próprio ser e uma narrativa envolvente de mistério. A história gira em torno da própria Rita Lee como protagonista, que busca respostas para suas questões internas durante sessões de terapia. O tom de humor ácido e introspecção presente na obra faz com que a leitura seja tanto divertida quanto profunda. Quinto lugar na lista de Melhores Livros Brasileiros de 2024, o livro é uma verdadeira janela para a mente de uma das artistas mais icônicas do Brasil, revelando uma Rita Lee que, ao mesmo tempo em que se entrega a seus demônios, também se reinventa com leveza. Compre o livro "O Mito do Mito", de Rita Lee, neste link.


4. "Chatices do Amor", de Fernanda Young
"Chatices do Amor"
, publicado pela editora Record, é um livro póstumo que reúne dois romances de Fernanda Young, uma autora de indiscutível talento. No entanto, a obra não alcança o mesmo impacto que outros trabalhos póstumos de escritores consagrados. Ainda que a autora tenha uma escrita perspicaz, o tom de melancolia e humor entrelaçado na narrativa não ressoa com todos os leitores da mesma forma. Quarto lugar na lista de Melhores Livros Brasileiros de 2024,  o livro é, sem dúvida, um tributo ao estilo irreverente e profundo de Young, que mistura de humor e introspecção. Compre o livro "Chatices do Amor", de Fernanda Young, neste link.


3. "Longe do Ninho", de Daniela Arbex
O poder de "Longe do Ninho", publicado pela editora Intrínseca, está na forma como Daniela Arbex consegue transformar uma tragédia pessoal e coletiva em um relato investigativo de grande impacto social e humano. A jornalista apresenta um trabalho impecável ao investigar o incêndio no centro de treinamento do Flamengo, que matou dez jovens promessas do futebol. Com uma abordagem sensível, detalhada e humana, Arbex reconstitui não apenas os fatos, mas também a dor das famílias e as falhas institucionais que possibilitaram o acidente. Ao utilizar depoimentos exclusivos, documentos inéditos e a coragem de retratar o caso de forma crua, a autora apresenta um trabalho de altíssima qualidade que é, ao mesmo tempo, uma homenagem às vítimas e um alerta contra a omissão das autoridades. Terceiro lugar na lista de Melhores Livros Brasileiros de 2024, o livro é, sem dúvida, um livro-reportagem essencial, que vai além da simples narração de um fato e se torna uma reflexão profunda sobre a negligência e suas consequências. Compre o livro "Longe do Ninho", de Daniela Arbex, neste link.


2. "Gilberto Braga, o Balzac da Globo", de Mauricio Stycer e Artur Xexéo
A biografia de Gilberto Braga é uma obra de grande riqueza para os fãs de novelas e da história da televisão brasileira. Por meio de uma parceria entre Mauricio Stycer e Artur Xexéo, "Gilberto Braga apresenta a trajetória do dramaturgo, desde sua infância até os grandes momentos da sua carreira. O livro traz à tona detalhes fascinantes sobre o processo criativo do novelista, as inspirações dele e como as novelas refletem os aspectos mais profundos da sociedade brasileira. Ao mesmo tempo, a biografia serve como um tributo ao autor e à capacidade de tratar de temas delicados, como sexualidade, classe social e racismo, de maneira pioneira. Segundo lugar na lista de Melhores Livros Brasileiros de 2024, a obra é uma excelente leitura para quem deseja compreender a importância de Gilberto Braga na formação da cultura televisiva brasileira. Compre o livro "Gilberto Braga, o Balzac da Globo", de Mauricio Stycer e Artur Xexéo, neste link.

1. "Meu Passado Me Perdoa", de Aguinaldo Silva
Mais que uma autobiografia, "Meu Passado Me Perdoa", de Aguinaldo Silva é o relato de um sobrevivente. Com uma escrita cativante, o autor leva os leitores por uma jornada ao longo da vida e carreira, desde a infância até os bastidores das novelas que marcaram gerações. Este livro não é apenas uma memória pessoal, mas uma verdadeira aula sobre a história da televisão brasileira. Silva traz à tona histórias inéditas sobre o processo criativo das novelas, os desafios que enfrentou e as figuras que cruzaram o caminho dele. As anedotas e revelações sobre o mundo das telenovelas são fascinantes, e o autor também faz uma análise crítica sobre o papel das suas obras na sociedade brasileira. Primeiro lugar na lista de Melhores Livros Brasileiros de 2024, "Meu Passado me Perdoa", além de ser o livro do ano, é uma leitura envolvente para quem ama a TV e para quem deseja entender mais sobre a construção de uma das maiores referências da dramaturgia nacional. Compre o livro "Meu Passado Me Perdoa", de Aguinaldo Silva, neste link.

.: Saudade, crítica e fé: tudo o que torna "O Auto da Compadecida 2" imperdível


Por Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. 

Após mais de duas décadas de espera, "O Auto da Compadecida 2" chega à rede Cineflix e aos cinemas brasileiros trazendo a sequência de um dos maiores clássicos do cinema nacional. Dirigido por Flávia Lacerda e Guel Arraes, o longa resgata os inesquecíveis personagens de João Grilo e Chicó em uma nova aventura que mistura humor, emoção e crítica social, mantendo a essência que conquistou o Brasil em 1999. O filme já bateu recordes de vendas antes mesmo de sua estreia, com mais de 30 mil ingressos comercializados em pré-venda, e promete ser um dos grandes sucessos do cinema nacional. 

Mais do que uma continuação do filme baseado no clássico de Ariano Suassuna, "O Auto da Compadecida 2" é uma celebração da cultura, da fé e do humor que fazem parte da alma do povo brasileiro. Com um elenco brilhante, direção impecável e uma história que emociona e diverte, o filme já se consagra como um dos grandes momentos da retomada do cinema nacional pós-pandemia. Abaixo, listamos em detalhes os principais motivos para você não perder essa obra-prima.


1. Matheus Nachtergaele brilha como João Grilo
Matheus Nachtergaele é, sem dúvida, um dos maiores nomes do cinema brasileiro, e sua atuação como João Grilo é a prova disso. Neste novo filme, o personagem retorna ainda mais engenhoso e carismático, e o ator entrega uma performance extraordinária. Um dos pontos altos é sua habilidade de interpretar diferentes versões de si mesmo, criando momentos de pura genialidade cômica e dramática. João Grilo, que é ao mesmo tempo controverso e adorável, domina a tela em cada cena, garantindo risadas e emoção.

2. A versatilidade de Selton Mello
Selton Mello, que retoma o papel de Chicó em "O Auto da Compadecida 2", oferece mais uma interpretação memorável. Sua atuação traz o equilíbrio perfeito entre humor e humanidade, características que definem o personagem como um dos mais marcantes do cinema brasileiro. O talento de Selton, no entanto, vai além do universo cômico de Taperoá. Recentemente, o ator brilhou em outra produção cinematográfica de enorme prestígio, o drama "Ainda Estou Aqui", onde deu vida ao político Rubens Paiva. O filme, escolhido como representante do Brasil no Oscar, destaca o lado dramático de Selton, explorando questões de memória, história e luta por justiça em um período sombrio da ditadura militar. Essa versatilidade impressionante, de Chicó a Rubens Paiva, reafirma Selton Mello como um dos maiores atores da atualidade no Brasil, transitando com maestria entre gêneros tão distintos e enriquecendo cada papel com profundidade.


3. Rosinha mais madura e complexa, interpretada por Virgínia Cavendish
Rosinha, que no primeiro filme tinha um papel mais secundário, retorna com uma presença mais forte e uma evolução notável. Virgínia Cavendish traz uma profundidade emocional à personagem, explorando as mudanças e desafios que ela enfrentou ao longo dos 20 anos. Rosinha agora reflete a força da mulher nordestina e se torna um elo importante na trama. Inclusive, é ela quem resolve o desfecho da história, como uma heroína feminista que se preze.

4. Fabíula Nascimento como Clarabela: um show de carisma
Fabíula Nascimento rouba a cena com sua interpretação de Clarabela, uma personagem nova e extremamente cativante. Com uma energia vibrante e um humor irresistível, Clarabela conquista o público desde a primeira aparição. A atriz mostra sua versatilidade ao equilibrar momentos de comédia com empoderamento feminino, tornando a personagem uma das surpresas mais agradáveis do filme.


5. Guel Arraes: direção afiada e inspirada
Guel Arraes, que já havia mostrado sua genialidade no primeiro longa-metragem, retorna ainda mais afiado nesta sequência. A capacidade do diretor em adaptar a obra de Ariano Suassuna para o cinema é inigualável. Arraes conduz a narrativa com precisão, garantindo que cada cena seja carregada de significado, humor e emoção. O olhar criativo de Guel Arraes transforma as paisagens do sertão nordestino em um cenário encantador e repleto de vida.


6. Luiza Arraes: talento que corre no sangue
Uma das grandes novidades do elenco é a participação de Luiza Arraes, filha de Guel Arraes e Virgínia Cavendish. A jovem atriz mostra que o talento está na família, entregando uma atuação afetiva e cheia de frescor. A presença dela é um sopro de novidade na trama e agrega ainda mais riqueza ao filme.


7. Diálogos afiados e narrativa envolvente
O texto é uma das maiores forças do filme, mantendo o tom espirituoso e filosófico que marcou o original. Os diálogos, escritos com inteligência e humor, refletem as questões sociais e políticas do Brasil contemporâneo, sem perder o charme da linguagem típica do sertão. A direção ágil e dinâmica garante que o público fique preso à história do início ao fim.


8. Uma atmosfera de nostalgia que emociona
Para os fãs do primeiro filme, "O Auto da Compadecida 2" é uma verdadeira viagem no tempo. A recriação dos cenários de Taperoá, a trilha sonora de arrepiar - com destaque para a canção "Fiadeira", interpretada por Maria Bethânia, e "Como Vai Você", interpretado por Chico César - e a volta dos personagens icônicos criam uma sensação de reencontro que aquece o coração. Ao mesmo tempo, o filme traz elementos novos que enriquecem a narrativa, agradando tanto os nostálgicos quanto os novos espectadores.

9. Taís Araújo como a Compadecida: força e serenidade
Taís Araújo assume o papel que na primeira versão era de Fernanda Montenegro e brilha como Nossa Senhora. Assim como a veterana no primeiro filme, ela entrega uma atuação que combina força, serenidade e humor. A presença de Taís é magnética, e as cenas com João Grilo estão entre os momentos mais especiais do longa-metragem. Tudo porque ela consegue transmitir a essência espiritual da personagem, ao mesmo tempo em que adiciona à história uma dose de carisma e modernidade.


10. Homenagem à fé e à cultura brasileira
O filme é um tributo à fé e à espiritualidade do povo brasileiro. Com cenas que abordam temas como moralidade, perdão e redenção, "O Auto da Compadecida 2" celebra as tradições religiosas do país de forma respeitosa e poética. A obra também destaca a riqueza cultural do sertão, valorizando o Brasil profundo em cada detalhe.


11. Crítica política atual e universal
Em tempos de polarização, o filme aborda a política com humor e inteligência, criticando a demagogia e os falsos líderes. Eduardo Sterblitch e Humberto Martins interpretam políticos que simbolizam extremos opostos, mas igualmente caricatos, criando uma sátira que dialoga com o cenário político atual sem apontar lados específicos.


12. A celebração da brasilidade em cada frame
Cada aspecto do filme – desde a fotografia, que explora as paisagens do sertão, até os figurinos, que capturam a essência do nordeste – exalta a cultura brasileira. A obra é um verdadeiro hino à brasilidade, mostrando a beleza, as contradições e a força do povo brasileiro.


13. Uma sequência à altura do clássico original
Embora as expectativas fossem altas, "O Auto da Compadecida 2" não decepciona. O filme honra o legado do primeiro longa-metragem ao manter a essência dos personagens e a genialidade de Ariano Suassuna, enquanto traz novidades que renovam a história. É uma obra que equilibra risos, lágrimas e reflexões, reafirmando o poder do cinema brasileiro.

.: "Grande Sertão", filme de Guel Arraes, estreia em formato de minissérie na TV


Caio Blat e Luisa Arraes falam sobre a expectativa para a exibição na TV aberta e relembram gravações. Na imagem, Diadorim (Luisa Arraes) e Riobaldo (Caio Blat). Foto: Globo/ Helena Barreto

A partir de 7 de janeiro, as telas da TV Globo ganham mais ação e drama com a exibição de "Grande Sertão", de Guel Arraes, com roteiro dele e de Jorge Furtado, em formato de minissérie. Adaptação do clássico romance literário "Grande Sertão: Veredas", de João Guimarães Rosa, a produção transpõe o universo da violência dos jagunços do sertão para o território das organizações criminosas de uma periferia urbana, cercada por muros gigantescos, em um tempo indeterminado. A obra aborda temas como os conflitos da população com o Estado, a violência nas periferias do Brasil, o questionamento do papel do homem no mundo e uma paixão proibida pelas normas da sociedade.

Nas selvas de concreto de um Brasil futurista e sem lei, a luta entre policiais e bandidos assume ares de guerra e traz à tona questões como lealdade, vida e morte, amor e coragem, o bem e o mal. A trama, narrada em tom épico e recheada de adrenalina, se divide em três linhas do tempo: enquanto o passado apresenta o começo da relação entre Riobaldo (Caio Blat) e Diadorim (Luisa Arraes) ainda adolescentes, o presente retrata um conflito sangrento entre a gangue de Joca Ramiro (Rodrigo Lombardi) e a polícia, comandada por Zé Bebelo (Luis Miranda), e o futuro expõe uma grave traição, além da explosão de sentimentos reprimidos entre Riobaldo e Diadorim.

Nesse percurso, transcorrem as batalhas e escaramuças da grande guerra do Sertão, e se desenrola a trajetória de Riobaldo, professor que ingressou no bando do crime por amor ao enigmático Diadorim, com quem, a princípio, tem uma grande amizade, mas que eventualmente desperta sentimentos mais complexos nele. Intérprete do personagem que lida com escolhas morais e dilemas éticos, enquanto busca entender sua própria natureza, Caio Blat fala sobre os desafios das gravações. "Foi uma grande aventura representar essa história. Eu tinha feito a peça de teatro durante três anos, e fiz um filme com a Bia Lessa, então eu tinha muita intimidade com o texto do Guimarães Rosa. Mas depois veio essa superprodução onde eu me sentia, como Riobaldo, de certa maneira um regente de uma grande orquestra. São centenas de atores, de personagens, de efeitos especiais de guerras, é uma superprodução de guerra no Brasil, contando a história do país", revela o ator, comemorando a chegada do filme à TV aberta. 

"'Grande Sertão' chegar na TV aberta é uma felicidade, a realização do grande objetivo do projeto de popularizar essa obra-prima. É um livro muito respeitado, muito estudado, mas pouco lido e que tem um ar erudito quando na verdade é uma obra que nasce dos contos populares, das histórias do sertão. É uma história popular na sua origem". ressalta Blat. 

Após estreia nos cinemas e lançamento no Globoplay, Luisa Arraes também está na expectativa para que o público da TV aberta conheça a produção. "Minha expectativa é que o Brasil inteiro possa ver. Fizemos uma obra popular, para que todos pudessem assistir. E acho que o formato de minissérie é interessante porque a pessoa pode assistir, respirar e depois assistir mais um pouco porque 'Grande Sertão' traz muita informação. Estamos todos muito animados com a chegada do filme à TV aberta", comenta a atriz. 

"Grande Sertão" é uma adaptação audiovisual da obra literária "Grande Sertão: Veredas", de João Guimarães Rosa, dirigida por Guel Arraes, que assina o roteiro ao lado de Jorge Furtado, e produzida por Manoel Rangel, Egisto Betti e Heitor Dhalia. O elenco também conta com nomes como Eduardo Sterblitch, Mariana Nunes e Luellem de Castro. A minissérie estreia no dia 7 de janeiro, logo após "BBB O Documentário - Mais que Uma Espiada", e será exibida em quatro capítulos, de terça a sexta-feira.

.: Cenas pós-créditos, Júlio Cocielo e mais: 10 razões para ver "Sonic 3"


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. 

O mundo dos videogames encontra o cinema novamente com a chegada de "Sonic 3 - O Filme". Continuando a jornada do ouriço azul mais amado da Sega, o terceiro longa da franquia promete elevar a emoção e a diversão a um novo patamar. Dando continuidade aos eventos de "Sonic - O Filme" e "Sonic 2 - O Filme", este capítulo que está em cartaz na rede Cineflix Cinemas traz uma combinação perfeita de comédia, ação e aventura, com elementos que encantam tanto crianças quanto adultos.

Dirigido por Jeff Fowler, com roteiro de Patrick Casey e Josh Miller, e um elenco estrelado que inclui Ben Schwartz (voz de Sonic), Idris Elba (Knuckles), Colleen O'Shaughnessey (Tails) e Keanu Reeves (Shadow), "Sonic 3" é uma celebração da franquia que conquistou gerações de fãs ao redor do mundo. A trama não só aprofunda a história de Sonic e seus amigos, como também traz novos desafios e personagens famosos dos jogos, como Shadow, Metal Sonic e Amy Rose. E para o público brasileiro, a experiência se torna ainda mais especial graças à excelente dublagem nacional - encabeçada por
Manolo Rey e com Júlio Cocielo dublando os personagens Juan e Pablo - que mantém o charme e o humor dos personagens em cada cena.

Listamos os dez motivos para assistir "Sonic 3 - O Filme" nos cinemas e se apaixonar por esta nova aventura. "Sonic 3 - O Filme" é uma obra que vai além do entretenimento, entregando uma experiência repleta de nostalgia, ação e emoção. Com novos personagens, cenas impactantes e uma trama que equilibra humor e profundidade, o longa é um marco na franquia do ouriço azul.


1. Continuidade de uma história emocionante
"Sonic 3" dá sequência aos dois filmes anteriores, expandindo o universo do ouriço azul. O longa explora novos aspectos da história de Sonic, além de aprofundar a relação entre ele, Tails e Knuckles. Essa evolução mantém a narrativa fresca e envolvente, enquanto honra a essência dos jogos clássicos.

2. Personagens icônicos dos videogames
A introdução de Shadow, o Ouriço, e Metal Sonic, dois dos vilões mais marcantes da franquia, é um dos pontos altos do filme. Shadow, com sua personalidade sombria e poderes incríveis, e Metal Sonic, o robô que desafia o protagonista em uma batalha épica, prometem momentos inesquecíveis para os fãs.

3. Equilíbrio perfeito entre ação e humor
O filme combina cenas de ação eletrizantes com o humor leve que já é marca registrada da franquia. Seja em batalhas emocionantes ou nos momentos cômicos entre os personagens, "Sonic 3" entrega uma experiência equilibrada e divertida.


4. Exploração de temas profundos
Além das aventuras e batalhas, o filme aborda segredos do passado de Sonic e Eggman, trazendo um lado emocional que agrega profundidade à história. Essas revelações criam uma conexão mais forte entre os espectadores e os personagens, tornando a jornada ainda mais significativa.

5. Cenas pós-créditos surpreendentes
Como nos filmes anteriores, "Sonic 3" não decepciona nas cenas pós-créditos. Com duas cenas extras, o longa deixa pistas sobre o futuro da franquia, incluindo a chegada de Amy Rose e o retorno de Shadow em uma reviravolta inesperada.


6. Aventura para todas as idades
"Sonic 3" equilibra nostalgia e inovação, garantindo diversão para fãs de longa data e para novos espectadores. O roteiro e as animações cativam tanto o público infantil quanto os adultos que cresceram jogando os clássicos games da Sega.


7. Elenco de peso e dublagem brasileira impecável
O elenco internacional inclui nomes como Ben Schwartz, Idris Elba e Keanu Reeves, enquanto a dublagem brasileira mantém a qualidade e o carisma dos personagens. A equipe de dubladores nacionais, encabeçada por Manolo Rey no papel de Sonic, é essencial para criar uma conexão genuína com o público local, tornando a experiência cinematográfica ainda mais imersiva. Júlio Cocielo faz uma participação hilariante na dublagem brasileira.

8. Efeitos visuais impressionantes
Os efeitos especiais são um dos grandes destaques de "Sonic 3". Com cenários detalhados e cenas de ação visualmente deslumbrantes, o filme eleva o padrão das produções anteriores e promete encantar os olhos dos espectadores.

9. A força da amizade e do trabalho em equipe
O filme reforça mensagens importantes, como o valor da amizade e a importância do trabalho em equipe. Sonic, Tails e Knuckles mostram que, mesmo com diferenças, a união pode superar qualquer desafio, um ensinamento que ressoa com públicos de todas as idades.

10. Parte de uma saga maior
"Sonic 3" não é apenas um filme, mas um capítulo essencial na construção de uma narrativa contínua. Com "Sonic 4" já confirmado para 2027, assistir a este longa nos cinemas é uma oportunidade para vivenciar a emoção da saga e se preparar para os próximos capítulos da franquia.


Assista na Cineflix
Animações de sucesso como "Moana 2" estão em cartaz na rede Cineflix CinemasPara acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.

.: "O Pequeno Príncipe" às terças no 40º Festival de Férias do Teatro Uol


"O Pequeno Príncipe" é apresentado às terças-feiras, às 15h00, no Teatro Uol. Elenco: Mariana Faloppa, Lucas Morais e Leandro Mariz. Texto e direção: Leandro Mariz. Realização: Morada de Cultura. Foto: Ronaldo Gutierrez


O espetáculo "O Pequeno Príncipe" será apresentado às terças-feiras, às 15h00, durante a programação do 40º Festival de Férias do Teatro Uol, localizado no Shopping Pátio Higienópolis. Entre os dias 4 de janeiro e 2 de fevereiro, serão apresentados sete espetáculos com classificação livre, que se revezam para proporcionar apresentações diferentes a cada dia da semana. Comemorando quatro décadas de sucesso, o festival é uma verdadeira celebração da cultura paulistana. Nesta edição especial, o público de São Paulo será presenteado com uma programação mágica, repleta de diversidade e qualidade, em uma seleção de espetáculos que combinam clássicos atemporais e histórias que transportam as crianças para universos cheios de criatividade e diversão.

Em “O Pequeno Príncipe”, baseado no livro de Antoine de Saint-Exupéry, durante uma viagem encantadora pelo universo, um piloto que caiu com seu avião no deserto do Saara encontra uma figura curiosa: um pequeno príncipe vindo de um distante asteroide. Ao longo de sua jornada, o príncipe compartilha histórias sobre os planetas que visitou e os personagens únicos que conheceu, como um rei solitário, um vaidoso e uma raposa sábia.  

Dias 7,14, 21 e 28 de janeiro, terças-feiras, às 15h00. Duração: 50 minutos. Elenco: Mariana Faloppa, Lucas Morais e Leandro Mariz. Texto e direção: Leandro Mariz. Realização: Morada de Cultura. Classificação: livre. Indicado para maiores de três anos. Outros espetáculos: "O Pequeno Dom Quixote", segundas-feiras, às 15h00; "Por Um Fio", quartas-feiras, às 15h00;  "O Grande Circo Científico", quintas-feiras, às 15h00; "O Mágico de Oz", sextas-feiras, às 15h00; "Os Saltimbancos", sábados e domingos, às 15h00; "A Pequena Sereia", sábados e domingos, às 16h30. Compre o livro "O Pequeno Príncipe", de Antoine de Saint-Exupéry, neste link.

Ingressos para os espetáculos
Televendas:
(11) / 3823-2423 / 3823-2737 / 3823-2323
Vendas on-line: www.teatrouol.com.br

Horário de funcionamento da bilheteria em janeiro: segundas e terças, das 14h às 16h, quartas, quintas e sextas das 14h às 20h, sábados, das 14h às 22h e domingos, das 14h às 20h; não aceita cheques / Aceita os cartões de crédito: todos da Mastercard, Redecard, Visa, Visa Electron e Amex / Estudantes e pessoas com 60 anos ou mais têm os descontos legais / Clube UOL e Clube Folha 50% desconto.

Confira a programação
"O Pequeno Dom Quixote", segundas-feiras, às 15h00; "O Pequeno Príncipe", terças-feiras, às 15h00; "Por Um Fio", quartas-feiras, às 15h00;  "O Grande Circo Científico", quintas-feiras, às 15h00; "O Mágico de Oz", sextas-feiras, às 15h00; "Os Saltimbancos", sábados e domingos, às 15h00; "A Pequena Sereia", sábados e domingos, às 16h30.

Teatro Uol
Shopping Pátio Higienópolis - Av. Higienópolis, 618 / Terraço / Telefone: (11) 3823-2323
Acesso para cadeirantes / Ar-condicionado / Estacionamento do Shopping: consultar valor pelo tel: 4040-2004 / Venda de espetáculos para grupos e escolas: (11) 3661-5896, (11) 99605-3094 / Patrocínio do Teatro UOL: UOL, Folha de S. Paulo, Bain Company, Banco Luso Brasileiro, Germed, Genesys e MetLife.

.: TV Cultura exibe o filme "O Presente de Cecília" no primeiro dia do ano


Pela primeira vez na TV aberta, a animação "O Presente de Cecília" estreia na TV Cultura no primeiro dia de 2025, quarta-feira, às 20h30. O filme conta a história da menina Cecília, que se conecta a um sobrevivente do futuro devastado pela negligência ambiental. A animação de média-metragem, dirigida por Bruno Makio Sato, visa chamar atenção para o cuidado com o meio ambiente, já que o planeta sucumbe à poluição e ao descaso até a chegada da jovem Cecília. Curiosa, em um dia vasculhando a oficina de seu avô, ela encontra um dispositivo misterioso, o Eco-Hub. 

O aparelho a conecta a um futuro devastado em que um habitante desesperado busca por uma solução. Guiada pelo professor Urubu e por uma voz do futuro, ela lidera uma luta no presente por um mundo sustentável. Assim, a produção mostra que a mudança começa agora, com cada um de nós e nas pequenas ações.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

.: Rita Lee eterna: disco ao vivo resgata apresentação na Argentina em 2002


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

Lançado de forma póstuma, o álbum "Rita e Roberto - Uma Noite no Luna Park" resgata uma apresentação antológica de Rita Lee na Argentina, no ano de 2002. Mais do que um registro histórico, a gravação mostra a eterna rainha do rock nacional ainda em forma, cantando versões de músicas dos Beatles e de seus próprios hits. A banda contava com Roberto de Carvalho na guitarra e direção musical, além de outros músicos experientes, como Ary Dias (percussão), Dadi Carvalho (baixo), Marco da Costa (bateria) e Rafael Castilhol (teclados).

O repertório mesclava as canções dos Beatles que Rita havia gravado no álbum "Aqui, Ali em Qualquer Lugar", com outras bem conhecidas de seu próprio repertório, como "Baila Comigo", "Doce Vampiro" e "Ovelha Negra", entre outras. Há uma versão de "Alô, Alô, Marciano", canção gravada originalmente por Elis Regina. E ela resgata também "Panis Et Circensis", da época dos Mutantes. Há ainda a participação marcante do músico argentino Charly Garcia, que canta com Rita duas canções dos Beatles – "Love me Do" e "Help".

Ouvir Rita Lee cantando Beatles é como se ela mostrasse para todos a matéria-prima, o diamante bruto que ajudou a despertar a sua genialidade musical. Mas é ao ouvir ela cantando as suas próprias pérolas musicais, boa parte delas composta com o marido e parceiro Roberto de Carvalho, que bate aquele sentimento de saudade daquela voz anárquica e polêmica da nossa eterna "Ovelha Negra", que infelizmente não mais está entre nós.

"Doce Vampiro"

"Lança Perfume"

"Love Me Do e Help"

.: Ney Latorraca: porque ele é um dos maiores atores de todos os tempos


Ney Latorraca caracterizado como o vampiro Vlad, Conde Vladymir Polanski. Foto: 
Nelson Di Rago 

Por Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. 

“Para sobreviver, eu preciso representar. Trabalhando é que eu sobrevivo”, declarou Ney Latorraca, falecido aos 80 anos, em 26 de dezembro de 2024, em uma das muitas entrevistas que concedeu. Não é exagero dizer que ele foi um dos maiores atores brasileiros de todos os tempos. A extensa trajetória na televisão, no teatro e no cinema deixou um legado que marcou gerações e consolidou o lugar dele no coração do público. O artista estava internado Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro, desde o último dia 20 de dezembro. Ele foi diagnosticado com câncer de próstata em 2019 e deixa o marido, o ator Edi Botelho, com quem era casado há 30 anos. 

Desde cedo, demonstrou talento e paixão pelas artes. Filho de pais artistas, iniciou a trajetória artística ainda na infância, com participações na Rádio Record aos seis anos. Antonio Ney Latorraca nasceu em Santos, no dia 25 de julho de 1944. Filho de pais artistas - um crooner e uma corista - teve como padrinho de batismo o ator Grande Otelo e costumava dizer que “o ator já nasce ator”. Os pais dele trabalhavam em cassinos, até que o jogo foi proibido no país. Atuou no teatro estudantil e, aos 19 anos, passou no primeiro teste que fez para “Pluft, o Fantasminha”, de Maria Clara Machado. Teve sua primeira oportunidade profissional ao ser aprovado para o elenco da peça “Reportagem de Um Tempo Mau”, em 1965. Logo após a estreia no Teatro Arena, o governo militar proibiu o espetáculo e prendeu o elenco. 

Obrigado a voltar para Santos, Ney Latorraca se dedicou ao estudo de artes cênicas. Entrou para o Teatro da Faculdade de Filosofia de Santos (TEFF). No ano seguinte, ingressava na Escola de Arte Dramática da USP (EAD). Primeiro aluno da turma, formou-se com nota dez em drama e comédia, apadrinhado por Marília Pêra.  Enquanto estudava, Ney morava em pensão e trabalhava durante o dia. Durante esta época, foi bancário, balconista, gerente de loja de roupas e vendedor de joias. Ainda em 1969, encenou "O Balcão", de Jean Genet, dirigido por Victor Garcia. No ano seguinte, apresentou-se no musical "Hair"

Ney Latorraca estreou na televisão como figurante na TV Tupi e o primeiro papel de destaque foi na novela "Beto Rockfeller" (1968). A estreia na Globo aconteceu em 1975, em outro folhetim, “Escalada”, em que fez par romântico com Nathalia Timberg e deu o que falar a partir da história do romance entre uma mulher 15 anos mais velha que enfrentou muitas barreiras no Brasil daquela época. Polêmico, esse trabalho iniciou a trajetória de 50 anos de trabalho na emissora. 

Depois, brilhou como o rebelde Mederiquis de "Estúpido Cupido" (1976) e marcou época na novela “Vamp” (1991), quando interpretou o Conde Vlad, um dos vilões mais emblemáticos da teledramaturgia brasileira - que era para ser apenas uma participação especial e ficou até o fim devido ao talento do intérprete. 

Ney Latorraca, ao lado de Marco Nanini, marcaram a história do teatro brasileiro com a primeira montagem brasileira de "O Mistério de Irma Vap", com direção de Marília Pêra. O espetáculo estreou em 1986 e ficou em cartaz durante 11 anos consecutivos, o que garantiu a entrada no livro Guiness World Records. A peça ficou marcada por uma espécie de gincana de troca de figurinos feita pelos atores

De volta à televisão, os trabalhos humorísticos, como o "velho" Barbosa em “TV Pirata” (1988) e o Cornélio da novela "O Cravo e a Rosa" (2000), de Walcyr Carrasco. Voltou a interpretar um vampiro na novela "O Beijo do Vampiro" (2002). Na trama de Antônio Calmon, o mesmo autor de "Vamp", ele foi Nosferatu (Ney Latorraca), o grande rival e inimigo de Bóris (Tarcísio Meira), tendo como meta eliminar o seu reinado entre os vampiros. Em seguida, fez uma parceria hilária com Maitê Proença na novela "Da Cor do Pecado" (2004) que arrancou várias risadas dos telespectadores. 

No cinema, participou de filmes marcantes, como “O Beijo no Asfalto” (1980), dirigido por Bruno Barreto, com roteiro de Doc Comparato baseado na peça de Nelson Rodrigues, ao lado de Tarcísio Meira. Um de seus últimos trabalhos na TV Globo foi uma participação como Conde Vlad na série "Cine Holliúdy", em 2019. 

A trajetória do artista também foi de superação. De origem humilde, Ney Latorraca enfrentou desafios financeiros e sociais com resiliência e criatividade, transformando a arte em sua razão de viver. O humor refinado e a capacidade de encantar o público em papéis dramáticos ou cômicos o tornaram um artista completo. “Aprendi desde pequeno que precisava representar para sobreviver, o que nunca me deixou um trauma, pelo contrário. Sempre fui uma criança diferente das outras. Às vezes, eu tinha que dormir cedo porque não havia o que comer em casa. Então, até hoje, para mim, estou no lucro. Minha vida é sempre lucro”, analisava Ney Latorraca, alguém que sempre será lembrado como um artista único e grande ser humano.

.: LGBTQIAPN+ : fantasia nacional retrata a origem das criaturas da noite


No misterioso reino de Nocturna, o alienígena Averyn acorda entre escombros na Floresta Sussurrante após sofrer uma queda com sua nave espacial. Além de ficar desorientado sobre o acidente e o mundo desconhecido onde caiu, o protagonista do lançamento "O Primeiro Vampiro", de Walli Silva, também descobre que agora possui poderes especiais e precisa de sangue para sobreviver. Com a missão de buscar respostas sobre a própria origem, ele parte rumo à Cidade das Brumas, lar do príncipe carismático e dedicado ao bem-estar do povo, Kai Vanthorn. Atraídos pela curiosidade e estranheza um do outro, eles criam uma inesperada conexão – que pode colocar em risco o território e seus habitantes.

Spin-off da saga "Vampiros de Nocturna", o autor  aprofunda a relação entre os protagonistas para contar como surgiram os primeiros predadores noturnos deste universo fantástico. A narrativa, que pode ser lida de forma independente, mostra a intensidade do vínculo dos personagens quando Kai oferece o próprio sangue para salvar Averyn de sua fraqueza. Mas, ao alimentar-se do príncipe, o alienígena acidentalmente transmite ao novo aliado um vírus que o transforma em vampiro. Isso provoca habilidades sobre-humanas no jovem, como força, supervelocidade, hipnose e a capacidade de virar névoa. Enquanto Averyn procura desvendar o passado, Kai tenta conciliar a sede de sangue com as responsabilidades de usar a coroa.

Logo que os dois começam a explorar o que significa essa nova condição e os sacrifícios exigidos por ela, porém, a maldição também se espalha por Nocturna e afeta a população. Esse cenário de desordem gera desafios éticos na liderança da realeza, e coloca à prova suas próprias convicções e o laço com Averyn. Unidos pelo compartilhamento de sangue, segredos e paixão proibida, os protagonistas decidem desafiar as normas sociais do reino, em uma trama que faz refletir sobre as complexidades do amor verdadeiro ao abordar temas como preconceito, identidade, aceitação, sacrifício, poder político e redenção pessoal.

Combinando fantasia, mistério, aventura e muito romance, O primeiro vampiro ambienta os leitores na atmosfera sombria e mágica na qual a força e a vulnerabilidade mostram que o verdadeiro poder vem do entendimento e do equilíbrio interior. O principal trunfo de Walli Silva é, sobretudo, colocar a diversidade e inclusão como parte essencial do enredo, conectando-se ao público que deseja ver mais representatividade LGBTQIAPN+ na literatura brasileira. Compre o livro "O Primeiro Vampiro", de Walli Silva, neste link.


Trecho do livro
"O novo poder o preenchia como uma onda, oferecendo-lhe uma confiança que jamais sentira antes. Ele compartilhava agora um vínculo inquebrável com Averyn, uma ligação que transcendia o sangue e se enraizava em suas almas. E, com esse laço, sentia-se preparado para o futuro, para explorar os mistérios do vampirismo ao lado do estrangeiro, determinado a descobrir os limites daquela transformação e o que ela significaria para o reino de Nocturna." ("O Primeiro Vampiro", p. 76)


Sobre o autor

Conhecido pelo nome artístico Walli Silva, Wallison Moreira da Silva soma mais de 60 mil e-books vendidos no Google Play e mais de 20 obras publicadas. Escritor de fantasia, terror e romance, o autor tem uma preocupação especial com a diversidade e inclusão, trazendo para a sua produção literária narrativas focadas em personagens e vivências LGBTQIAPN+. Em 2024, ele foi reconhecido como o melhor escritor de Fernandópolis, São Paulo, sua cidade natal, com o prêmio de Melhores do Ano do município. Também é graduado em Ciências Biológicas pela Faculdade Educacional de Fernandópolis (Fef) e funcionário público. Instagram: @AutorWalliSilva. Garanta o seu exemplar de "O Primeiro Vampiro", escrito por Walli Silva, neste link.


Ficha técnica
Livro "O Primeiro Vampiro"
Autor: Walli Silva
Formato: digital (e-book) e livro físico – publicação independente
Número de páginas: 167  
Compre o livro neste link.

.: Peça "Pé na Estrada" faz temporada a partir de janeiro no Teatro Uol


A busca e a espera, temas inevitáveis da experiência humana, são o eixo central de uma trama poética que nos convida a explorar a complexidade das relações e o sentido da existência. Foto: Felipe Moura Produções Artísticas


O Teatro Uol recebe, de 8 a 30 de janeiro de 2025, quartas e quintas-feiras, às 20h00, um espetáculo que convida o público a refletir sobre os desafios da existência humana. Dirigida por Zaqueu Machado e escrita por Paula Autran, "Pé na Estrada" apresenta uma trama sensível e poética que questiona o propósito da vida e a dificuldade de criar conexões autênticas em tempos de desencontros. No elenco, estão Felipe Moura, Delta Negreiros e Maria Julia Ruivo.

A busca e a espera, temas inevitáveis da experiência humana, são o eixo central de uma trama poética que nos convida a explorar a complexidade das relações e o sentido da existência. Em um espaço-tempo suspenso, um encontro improvável entre um homem e uma mulher desencadeia diálogos repletos de contrapontos, onde reflexões sobre a jornada da vida emergem de forma profunda. 

Nesse universo simbólico, a peça questiona se o tempo e a efemeridade de uma convivência podem revelar novas perspectivas cuja única certeza é a constante impermanência. A dramaturgia constrói uma metáfora dos desafios contemporâneos, refletindo os anseios e expectativas do ser humano, que, apesar de suas certezas, navega em águas incertas, enfrentando fragilidades e inseguranças inerentes à condição de estar vivo.

O espetáculo propõe uma reflexão sobre os desencontros e os vazios existenciais que permeiam a vida moderna. Temas como propósito, solidão e a busca por significado se desdobram em cenas que provocam identificação e empatia, estimulando o público a revisitar questões fundamentais sobre conexão e comunicação. 

Em tempos onde o diálogo autêntico e a profundidade emocional parecem relegados a segundo plano, a peça resgata a importância de tais elementos, oferecendo uma experiência cênica que transborda relevância. Com sua “fantasia dramática”, Pé na Estrada instiga o espectador a repensar suas próprias vivências, em um convite para mergulhar na tessitura do tempo e na essência daquilo que realmente importa.

Desde sua estreia em 2022, "Pé na Estrada" tem conquistado públicos diversos e reforçado sua relevância no cenário cultural. A primeira temporada, realizada no Teatro Viradalata, em São Paulo, atraiu mais de 400 espectadores ao longo de quatro dias de apresentações, marcando o início promissor da trajetória do espetáculo. Em 2023, a peça ampliou seu alcance ao circular pelos Centros Educacionais Unificados (CEUs) de São Paulo, incluindo Vila Rubi, Parelheiros, Três Lagos, Navegantes e Cidade Dutra. Essa circulação permitiu que mais de 1500 pessoas vivenciassem a força poética e reflexiva da montagem.


Sinopse de "Pé na Estrada"
Entre a busca e a espera, modos distintos de estar no mundo colidem quando um Homem e uma Mulher se encontram por acaso. Em meio a diálogos sensíveis, o espetáculo revela desdobramentos inesperados ao trazer a perspectiva de um Velho e uma Velha, que ampliam os conflitos e questionam o sentido da existência.


Ficha técnica
Espetáculo "Pé na Estrada"
Texto: Paula Autran
Direção: Zaqueu Machado
Elenco: Delta de Negreiros, Felipe Moura e Maria Julia Ruivo
Idealização de Figurino: Zaqueu Machado
Concepção e Execução de Cenografia: Zaqueu Machado e Huytilan Mazahua
Identidade Visual e Redes Sociais: Lieser Touma
Operação de Luz e Som: Rafael Pereira
Assessoria de Imprensa: Pevi 56 – Angelina Colicchio e Diogo Locci
Marketing: Emanoela Abrantes
Assessoria Contábil: Eliane Azevedo Assessoria de Contabilidade
Produção Executiva: Felipe Moura
Idealização: Felipe Moura Produções Artísticas Ltda.


Serviço
Espetáculo "Pé na Estrada"
Temporada: de 8 a 30 de janeiro de 2025, quartas e quintas, às 20h
Local: Teatro Uol –  Av. Higienópolis, 618 - Higienópolis / São Paulo - SP
Duração: 110 minutos
Classificação: 12 anos
Ingressos: de R$ 40,00 a R$ 100,00. Disponíveis para venda neste link.

.: Musical "O Mágico de Oz", com direção de Billy Bond, ganha versão repaginada


Grupo celebra os os 22 anos desde a primeira montagem desse clássico infantil e o centenário da atriz e cantora norte-americana Judy Garland. Foito: Bianca Tatamiya 


Para celebrar os 22 anos desde a primeira montagem no repertório da companhia, o musical "O Mágico de Oz - Versão 2025", dirigido por Billy Bond, terá 15 apresentações no Teatro Claro Mais SP, de 4 de janeiro a 22 de fevereiro de 2025, aos sábados, às 15h30 , e aos domingos, às 17h30. O espetáculo é estrelado por Paula Canterini, que vive a personagem Dorothy. A montagem também volta à capital paulista para celebrar o centenário da atriz Judy Garland, que marcou a história do cinema de maneira única, interpretando a doce Dorothy. Cantora, atriz e uma das maiores artistas que o mundo já viu, Garland completaria 100 anos. 

"O Mágico de Oz", dirigido por Billy Bond, foi um dos primeiros grandes musicais a chegar ao Brasil, com estreia realizada em setembro de 2003, no Teatro Via Funchal. Naquele  tempo o espetáculo já contava com mais de 40 pessoas em cena, cenários  rotativos e figurinos elaborados. Os personagens principais do espetáculo ganharam quatro capas da Revista Veja. Nessa trajetória, entre os atores que interpretaram o personagem-título estão Carlos Capeletti, Diego Luri e Felipe Tavolaro. O Homem de Lata foi vivido pelo ator argentino Franco Masine (hoje na série "Rebelde", da Netflix), em Buenos Aires, em 2019.

O musical transporta para o palco a obra de L. Frank Baum, de 1900, criador de um dos  mais populares livros escritos na literatura americana infantil. Trata-se da história de Dorothy e seu cãozinho Totó, que são levados por um terrível ciclone de uma fazenda no Kansas, nos Estados Unidos, até o Mundo de Oz. Uma terra mágica e distante, além do arco-íris. O filme, de mesmo título, é conhecido como um dos primeiros no cinema a usar bem as cores, em uma época onde quase tudo era preto e branco. Foi também considerado o melhor filme musical de todos os tempos, pelo American Film Institute.

Italiano naturalizado argentino, Billy Bond é um dos mais talentosos diretores de musicais em atividade no Brasil, responsável por produções como "Les Miserables", "Rent", "O Beijo da Mulher Aranha", "Um Dia na Broadway", além de espetáculos que encantam famílias há anos, como "Cinderella", "Alice no País das Maravilhas", "Peter Pan", "Natal Mágico", "A Bela e a Fera", entre outros.


Superprodução
Com diálogos e músicas cantadas em português, criadas especialmente para esta versão, o musical é rico em efeitos especiais, como o vento produzido por ventiladores de grandes dimensões que fazem o público se sentir como a  menina Dorothy: no interior de um ciclone.

Entre os recursos cênicos que transportam o espectador para o interior da cena, destaque para os telões de led de altíssima resolução e projeções de videomapping, além de equipamentos em 4D, usados para envolver e encantar a plateia, como efeitos especiais que simulam folhas secas de papoulas caindo. O público vai sentir também o perfume das flores e os aromas da floresta.

A produção do musical conta com 200 profissionais, entre eles 50 atores e técnicos. O espetáculo reúne mais de 100 figurinos, trocas de cenários, cinco toneladas de equipamentos e efeitos visuais.


Sobre Billy Bond
O diretor é um dos mais importantes encenadores de musicais para a família em atividade no Brasil. Nome de destaque no cenário do showbizz, o artista italiano naturalizado argentino fez carreira no Brasil. É responsável também por produções como "Peter Pan", "Branca de Neve", "After de Luge", "Rent", "Les Miserables" e "O Beijo da Mulher Aranha", entre outras. Billy também foi cantor e produtor de rock. No fim dos anos 60, lotava espaços em meio à ditadura do país com o grupo de hard rock Billy Bond Y La Pesada. Também produzia espetáculos pop. Alguns duramente reprimidos pela polícia, como o que fez em 1972 no Luna Park. Chegou a ter mais de 100 músicas censuradas na época da ditadura.

No Brasil, conheceu a banda Secos & Molhados através do baixista argentino Willie Verdaguer. Quando Ney Matogrosso deixou o grupo, Billy o produziu em carreira solo (por volta de 1975). Na época também atuou como vocalista da banda Joelho de Porco. Produtor responsável pela vinda do Queen aos Brasil, nos anos 80. Hoje, à frente da Black & Red Produções descobriu nova fórmula para produzir e dirigir musicais de sucesso que arrebatam cerca de 900 mil espectadores pelo Brasil. 


Ficha técnica
Musical "O Mágico de Oz - Versão 2025"
Adaptação: Billy Bond e Lilio Alonso.
Direção de Cena: Marcio Yáccof.
Assistentes de Produção: Paula Canterini, Luana Marthin e Ítalo Rodrigues.
Coreografia: Ítalo Rodrigues.
Direção Vocal: Thiago Lemmos.
Direção Musical: Bond e Villa.
Figurinos: Carlos Alberto Gardin.
Realização de Figurinos: Anna Cristina Cafaro Driscoll, Benedita Calistro, Hilda de Oliveira, Israel Alves.
Caracterização e Maquiagens: Beto França.
Perucas e postiços: Inês Sakai, Eurico Sakai.
Camareiras de Figurinos: Meire Serra, Miriane Serra, Dilu Carvalho.
Cenários e Adereços: Silvio Galvão.
Transporte de Figurino: Amilton Rodrigues de Carvalho e Caio Bragha.
Efeitos especiais: Gabriele Fantine.
Filmes e animações: George Feller e Lucas Médici.
Mappings: Nicolas Duce.
Fotos: Bianca Tatamiya
Diretor técnico: Isaac Tibúrcio
Direção de Produção: Andréa Oliveira.
Direção Geral: Billy Bond.
Realização: Black & Red Produções


Serviço
Musical "O Mágico de Oz - Versão 2025"
Temporada: 4 de janeiro a 22 de fevereiro de 2025
Aos sábados, às 15h30, e aos domingos, às 17h30
Teatro Claro São Paulo - R. Olimpíadas, 360 - Vila Olímpia, São Paulo – SP.
Ingresso: Plateia Totó – R$110,00 a R$ 250,00 / Plateia Dorothy R$ 100,00 a R$ 220,00 / Balcão Espantalho – R$ 90,00 a R$ 200,00 / Balcão Leão – R$ 75,00 a R$ 160,00 / Homem de Lata Popular – R$ 37,50 / R$ 75,00
Link de venda: https://uhuu.com/evento/sp/sao-paulo/o-magico-de-oz-o-musical-13798
Capacidade: 803 lugares
Classificação: livre
Duração: 120 minutos

.: Entrevista: Joana de Verona fala sobre a chegada de Filipa ao Brasil


Joana de Verona fala sobre a chegada de Filipa ao Brasil e os desdobramentos que sua personagem provoca na trama Filipa (Joana de Verona), magoada com Rudá (Nicolas Prattes), aceita o plano de Mavi (Chay Suede). Foto: Globo/ Manoella 
Mello

A chegada de Filipa (Joana de Verona) grávida ao Brasil vai movimentar a trama da novela das nove, "Mania de Você". Nos próximos capítulos, após Filipa ser rejeitada por Rudá (Nicolas Prattes), Mavi (Chay Suede) propõe uma parceria a portuguesa para se vingar do caiçara. Inicialmente, ela hesita e constata que Mavi é mesmo o manipulador que Rudá tanto alertou. Mas a revolta que sente é tanta que ela volta atrás e decide fechar uma parceria com o vilão para colocar o pai de seu filho de vez na cadeia, resultando em uma série de consequências que prometem mudar os rumos da história.


Fale da Filipa, como você a descreve?
Joana de Verona -
Uma mulher com personalidade forte, honesta com os seus desejos. Uma vez que é fisioterapeuta, é cuidadora nata e sabe ler as pessoas. Tem uma pulsão muito forte de conseguir o que deseja.

 
Como tem sido o retorno à novela, os bastidores de gravação?
Joana de Verona -
Tem sido ótimo, cenas intensas, dias bem preenchidos de gravações e uma equipe com quem gosto muito de trabalhar, que grande parte já conhecia da novela "Éramos seis", e tem muitas pessoas que estou gostando de conhecer.


O retorno de sua personagem vai movimentar bastante a história. Como você avalia esse retorno?Joana de Verona - Sim, vai. É um retorno em que a personagem traz inquietação e levanta questões. Vai separar personagens, vai fazer questionamentos, é um passado que reaparece para trazer reflexão e conflito.
 

Acredita que Filipa é uma vilã? Ou ela está agindo sem pensar, movida pelo sentimento de vingança?
Joana de Verona -
Ela não está agindo sem pensar. A vontade dela não é agir assim, ela quer recuperar o namorado e a relação feliz que tiveram juntos. Ela não é movida pela vingança, ela se vinga porque motor dela é a mágoa, o sofrimento que sentiu e sente. A falta de respeito e de honestidade do personagem Rudá com ela, faz com que Filipa se sinta abandonada, sozinha e enganada. Isso agregado à enorme frustação e desamparo que sente quando entende que não vai estar com ele novamente como casal, fazem com que ela perca a noção do bom senso, e ultrapasse um grande limite. E acabe tendo ações más, de ética duvidosa. Não creio que ela seja uma vilã na sua essência. Porém, ela também tem o seu grau de obsessão.

Acredita que ela pode se redimir no futuro?
Joana de Verona -
Talvez sim. Mas só o autor sabe. (risos)
 

O que o público pode esperar dos próximos capítulos da novela e das ações de Filipa?
Joana de Verona -
Pode esperar uma mulher que continua batalhando de diversas formas pela pessoa que ama, e que é o Pai do filho dela. Serão ações movidas por paixão, intensidade, alguma obsessão e esperança também, de não ter apenas o pai do filho, mas sim um companheiro, que traiu ela, que mentiu, que a fez sofrer após a ter abandonado, porém ela ainda quer se relacionar e construir família com ele.


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