segunda-feira, 14 de abril de 2025

.: "Carga Viva" entrelaça poesia, crise climática e ecos da redemocratização


No romance, que combina realismo e elementos fantásticos, passado e presente se conectam através de um livro de poesias, resgatando marcos históricos do Brasil e narrando o país de hoje. Na imagem, capa de Carga Viva ao lado da autora. Ana Rüsche. Foto: Luiza Sigulem


A premiada escritora Ana Rüsche lança o romance "Carga Viva". Além de marcar os 40 anos da eleição de Tancredo Neves, a obra integra os lançamentos que comemoram os 50 anos de atividades da editora Rocco. Com uma linguagem densa, o livro alterna entre diferentes núcleos narrativos e explora a paisagem e a natureza como elementos centrais. 

"Carga Viva" entrelaça dois núcleos narrativos conectados por um livro de poesias. O primeiro, ambientado em 1985, apresenta uma história de amor entre dois homens isolados em Ubatuba. Um deles, advogado e poeta, vive seus últimos dias após contrair o vírus HIV, enquanto o Brasil vive o conturbado período da eleição indireta de Tancredo Neves (1910 - 1985), presidente da república eleito em um Colégio Eleitoral, mas não empossado por circunstância de sua morte. 

O segundo núcleo se passa nos dias atuais, em São Paulo, onde duas irmãs afastadas precisam viver juntas por força das circunstâncias — um marido agressor e uma gravidez em curso em meio ao agravamento da crise climática e o fantasma do vírus da Covid-19. O elo entre esses dois núcleos é um livro de poesia escrito pelo poeta em 1985 e estudado no futuro por uma das irmãs.

O tratamento dado à trama é realista, mas incorpora elementos insólitos, o que é comum na bibliografia de Ana Rüsche, autora que discute por meio de literatura e textos não-ficcionais sustentabilidade e o agravamento da crise climática mundial. Em "Carga Viva", o elemento insólito é o “prata viva”, substância que, quando ingerida, provoca alucinações, fortalece o sistema imunológico e altera o sonho. Esse elemento dá ao poeta uma vida mais longa e, no presente, é consumido por uma das irmãs, despertando reações sociais preconceituosas. 

A história se completa com um amigo alemão, dono da casa de praia onde o casal de 1985 se abriga. Ao ser demitido, ele desce a serra para viver uma temporada consumindo o "prata viva" e tendo contato com poesia pela primeira vez. Essa interseção entre o insólito e o estrangeiro cria um suspense narrativo que altera os rumos das histórias conhecidas, abrindo a imaginação a desfechos alternativos.

O livro terá lançamentos presenciais ao longo de 2025 em cidades como Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. A agenda da escritora começa com o lançamento do livro em Brasília, dia 25 de abril, sexta-feira, às 19h00, na Livraria Circulares (Comércio Local Norte 113, BL A, loja 7 - Asa Norte). No dia 8 de maio, quinta-feira, 19h00, segue para São Paulo, com evento na Livraria da Tarde (R. Cônego Eugênio Leite, 956 - Pinheiros). Compre o livro "Carga Viva" neste link.

Referências estéticas
A obra é baseada em eventos políticos expressivos, como a morte de Tancredo Neves em 1985, as Diretas Já, manifestações ocorridas entre 1983 e 1894; e as motociatas bolsonaristas, iniciadas em 2021. Essa abordagem dialoga com a literatura contemporânea de autores, que revisitam acontecimentos históricos, como Maria Valéria Rezende, Mariana Enriquez e Maryse Condé. 

Na construção da narrativa homoafetiva, referências importantes foram os textos de Alberto Guzik, Caio Fernando Abreu e João Silvério Trevisan, além da pesquisa histórica de Renan Quinalha e dos ensaios de Eduardo Jardim e Susan Sontag sobre a representação literária sobre HIV/AIDS. 


Sinopse de "Carga Viva"
Um livro de poesia une duas histórias: a de um poeta com HIV à beira da morte em 1985 e a de sua leitora, uma professora grávida de um namorado violento. Do início da redemocratização à crise climática, um livro com elementos fantásticos une duas histórias para narrar o Brasil atual.

Sobre a autora
Ana Rüsche é finalista do Prêmio Jabuti com "A Telepatia São os Outros" (Monomito, 2019), livro vencedor do prêmio Odisseia de Literatura Fantástica. O livro foi publicado na Itália pela FutureFiction com o título "Telempatia" (2023), com lançamento no Salão do Livro de Turim. À época da publicação, mesmo com a Flip, o Estadão incluiu o livro como um dos “dez livros essenciais” em julho de 2019. Recentemente, um colunista da Folha da área de ciência, Reinaldo José Lopes, sublinhou a hipótese e a pesquisa feita na obra.

Estreou em 2005, publicando poesia, gênero no qual possui quatro títulos. O primeiro foi também publicado no México e uma seleção do Furiosa, publicada nos EUA de forma independente. A prosa poética "Do amor: o Dia em que Rimbaud Decidiu Vender Armas" (Quelônio, 2018) foi finalista do Prêmio Nascente USP. 

Foi uma das escritoras convidadas da última WorldCon - World Science Fiction Convention, em Chengdu, China. Possui contos publicados na Coreia do Sul, Colômbia, México, Itália e no Brasil, destacando-se “Canção da Autora”, publicado na antologia "O Dia Escuro: contos Inquietantes de Autoras Brasileiras", organizado por Fabiane Secches e Socorro Acioli (Companhia das Letras, 2024). 

Concluiu o Pós-Doutorado em Teoria Literária da FFLCH-USP sobre crise climática e literatura. Realiza o segundo Doutorado na UnB — Universidade de Brasília, na área de ecocrítica . É doutora em Letras pela USP com a tese “Utopia, Feminismo e Resignação em 'The Left Hand of Darkness' (de Ursula Le Guin) e 'The Handmaid’s Tale' (de Margaret Atwood)”. É formada em Letras e também em Direito pela USP, sendo mestre em Direito Internacional. Ministra cursos para diferentes instituições, como o Centro de Pesquisa e Formação do Sesc, a Poiesis e CLACSO - Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales. Colaborou com o Suplemento de Pernambuco e com a Revista 451 com resenhas e artigos de crítica, entre outros veículos. Garanta o seu exemplar de "Carga Viva" neste link.

.: "Nunca Desista de Seus Sonhos", com Nizo Neto, até dia 19, no Teatro Bor


Sucesso absoluto de público e crítica, comédia baseada no Best Seller de Augusto Cury, em turnê há quatro anos, retorna a São Paulo para curta nova temporada. Foto: Gilberto Rosa

“Vale a pena viver a vida, mesmo quando o mundo parece ruir aos nossos pés. Para isso, devemos usar nossos sonhos para temperar a existência, nossas dores para nos construir e não para nos destruir”. Esse pensamento de Augusto Cury, médico psiquiatra e considerado o autor mais lido da década, nos dá apenas um aperitivo do que o público pode esperar ao assistir à comédia reflexiva “Nunca Desista de Seus Sonhos”. A peça, baseada no livro homônimo de Cury, propõe ao público uma viagem de autoconhecimento, reflexão sobre a sua própria vida e sobre a necessidade de uma orientação psicológica diante de problemas auto sabotadores, além do entendimento de seus sonhos como objetivos a serem buscados em qualquer tempo.

No palco, os protagonistas Maximiliana Reis e Nizo Neto experimentam uma verdadeira salada de emoções, indo do riso à angústia, passeando por mensagens de resiliência, motivacionais e de muita esperança. Em busca da felicidade, mesmo quando tudo parece dar errado.  “Devemos gritar em silêncio que os melhores dias estão por vir, enfrentar os períodos mais tristes da vida não como pontos finais, mas como vírgulas para continuar a escrever nossa trajetória”, completa Cury, que adaptou o texto para a linguagem do teatro, ao lado de Ingrid Zavarezzi. A direção é assinada por Rogério Fabiano. No elenco, também estão Marília Machado e Murilo Cunha. A classificação é livre.

A trama conta a trajetória da psicóloga Carol, de 60 anos, que vive em pé de guerra com a filha, de 16, típica representante da Geração Z, mimada e viciada em redes sociais. Usando a metodologia do Dr. Cury, Carol tem um enorme sucesso nos tratamentos de seus pacientes, porém, ela não consegue aplicar esses ensinamentos para resolver a sua vida. Além de Carol, temos um leque de personagens: Breno, um empreendedor falido, que luta contra o estigma de ser um derrotado; uma senhora de mais de 80 anos que desistiu de viver; uma secretária, de 35, que sonha ser mãe, mas vive um casamento inter-racial e tem medo de colocar uma criança negra numa sociedade preconceituosa; um estudante de Medicina, de 32, que pensa em largar tudo por não concordar com a doutrina da faculdade; e um menino, de 12, que odeia estudar e começa a ter questionamentos sobre a vida e o futuro.

A história ainda mistura ficção com situações reais. Passagens de vida do próprio Cury, de Abraham Lincoln, Martin Luther King e Jesus Cristo ilustram a produção. Como, por exemplo, numa cena em que o Dr. Augusto Cury (vivido por Nizo Neto) conversa com o neto. “É uma obra que fala sobre a importância de sonhar com disciplina, tomar as rédeas da vida, entender que nosso universo pessoal não é uma ilha e que isso vale para todas as gerações. Grandes figuras da história da humanidade vivenciaram as mesmas dúvidas e problemas que nós, hoje, vivenciamos, e nossos personagens também”, detalha a autora e roteirista Ingrid, que, em 25 anos de carreira, coleciona trabalhos na TV, no teatro e na web. Entre os destaques: escreveu o seriado “Beijo me liga” para o Multishow (vencedor do prêmio Converge Mobile Marketing); foi autora de “Malhação conectados (Globo); e para a web, escreveu para o canal de humor teenager “Planeta das gêmeas”, com milhões de visualizações. Ela ainda recebeu o prêmio Profissão Entretenimento IATEC/ SENAC/ TV Globo na categoria Roteiro.


Sinopse de "Nunca Desista de Seus Sonhos"
A psicóloga Carol, de 60 anos, vive em pé de guerra com a filha adolescente, viciada em redes sociais. Seguidora da metodologia de Augusto Cury, tem sucesso no tratamento com seus pacientes, porém, ela mesma não consegue aplicar os ensinamentos para resolver a sua vida. Além de Carol, há outros personagens: um empreendedor falido, de 58, que luta contra o estigma de ser um derrotado; uma senhora, de 80, deprimida; uma secretária, de 35, que sonha ser mãe, mas vive um casamento inter-racial e tem medo de colocar uma criança negra numa sociedade preconceituosa; um estudante de Medicina, de 32, que quer largar tudo por não concordar com a doutrina da faculdade; e um menino, de 12, que odeia estudar e começa a ter questionamentos sobre a vida e o futuro.


Ficha técnica
Espetáculo “Nunca Desista de Seus Sonhos”
Adaptação: Augusto Cury e Ingrid Zavarezzi
Direção: Rogério Fabiano
Elenco: Maximiliana Reis, Nizo Neto, Marília Machado e Murilo Cunha
Direção geral de produção: Luciano Cardoso
Cenário e criação de luz: Rogério Fabiano
Técnico responsável: Nando
Direção musical e Trilha Sonora: Miguel Briamonte
Produção administrativa financeira: Rafael Sandoli
Assistente de produção: Magnus Nicollas
Tour manager: Maximiliana Reis
Design gráfico: Lucas Peixoto
Edição de vídeo: Agência Alwa
Gestão Tráfego Digital: ATMKT
Assessoria jurídica: SVM Advocacia
Assessoria registro de marcas: Ranzolin - Propriedade Intelectual
Realização: Applaus Arte Y Alma


Serviço

Espetáculo “Nunca Desista de Seus Sonhos”
Direção: Rogério Fabiano
Elenco: Maximiliana Reis, Nizo Neto, Marília Machado e Murilo Cunha
Duração:  70 min
Recomendação: Livre
Gênero: Comédia
Temporada: de 5 a 19 de abril. Sábado, às 20h e domingos, às18h
Ingressos: entre R$ 40 e R4 140
Ingressos online: https://bileto.sympla.com.br
Local: Teatro Bor | 470 lugares
R. Domingos de Morais, 2970 - Vila Mariana, São Paulo
Telefone: (11) 5589-5444 | (11) 96312-6722

.: Livro "Os Mistérios de Baskerville Hall" ficcionaliza infância de Conan Doyle


Sherlock Holmes, Watson, James Moriarty e outros personagens consagrados da literatura se unem ao seu criador - Arthur Conan Doyle - em "Os Mistérios de Baskerville Hall". Com direitos de publicação vendidos para mais de 25 países, a obra, escrita por Ali Standishchega às livrarias pela Intrínseca em abril, ganhou a chancela do The Conan Doyle Estate para ficcionalizar a infância do famoso escritor. O resultado é uma obra dinâmica, que brinca com a história de vida de Arthur e com suas criações mais emblemáticas. A narrativa inovadora chamou a atenção da indústria cinematográfica (ou televisiva) e o título está em pré-produção pela Imagine Entertainment. A edição brasileira conta com a tradução de Sofia Soter.

O jovem Arthur Conan Doyle sempre foi brilhante. Um dos melhores alunos no colégio e exemplo para suas irmãs, o menino se destacava pela sua inteligência e pensamento rápido. Mas, mesmo ciente de que seu futuro seria garantido pela educação, está decidido em abdicar dos estudos para arrumar um emprego e ajudar em casa, decisão que não é aprovada pela mãe. Pelo menos este era o plano até receber uma carta da escola Baskerville Hall, exclusiva para alunos excepcionais.

Às pressas, o menino muda de ideia, aceita o convite inesperado e faz as malas para embarcar na maior aventura de sua vida. Logo ele percebe que Baskerville não é como as outras escolas. Animais exóticos, experimentos esquisitos e toques de magia rondam o lugar e fascinam os alunos. Aos poucos, Arthur faz amigos e se junta a Irene, uma aluna brilhante dos Estados Unidos, e a Jimmy Moriarty, que será um desafio à altura para as suas capacidades dedutivas.

Ao longo do ano letivo, o trio é convidado para uma prestigiada sociedade secreta chamada de Trevo. O convite, porém, tem uma condição: eles deverão passar por três provações. E, mesmo com esse problema para resolver, Arthur se depara com uma situação perigosa que só ele poderá solucionar.  Encantadoramente frenético, "Os Mistérios de Baskerville Hall" é o primeiro volume de uma trilogia. Compre o livro "Os Mistérios de Baskerville Hall" neste link.


Sobre a autora
Ali Standish
é uma premiada autora que escreve livros para leitores jovens, tanto na idade quanto no coração. Enquanto morava em uma casa de campo de estilo vitoriano bem antiga no Reino Unido, ela concluiu o mestrado em Literatura Infantil pela Universidade de Cambridge. Atualmente, mora na Carolina do Norte com o marido e o filho. "Os Mistérios de Baskerville Hall" é seu primeiro livro publicado pela Intrínseca. Foto: Aki Laakso. Garanta o seu exemplar de "Os Mistérios de Baskerville Hall" neste link.

.: "Bárbara", com Marisa Orth, retorna ao Teatro Bravos para curta temporada


Com direção de Bruno Guida e dramaturgia de Michelle Ferreira, espetáculo é livremente inspirado no livro ‘A Saideira’, de Barbara Gancia, que acaba de ganhar uma nova edição ampliada e comemorativa. Foto: Bob Wolfenson


As tragicômicas histórias dos mais de 30 anos de dependência do álcool contadas pela jornalista Barbara Gancia na autobiografia “A Saideira: uma Dose de Esperança Depois de Anos Lutando Contra a Dependência” ganharam os palcos no solo Bárbara, que rendeu à Marisa Orth o prêmio Bibi Ferreira de Melhor Atriz em 2024. E para comemorar o recente relançamento do livro em edição ampliada pela Matrix Editora, o espetáculo ganha uma nova temporada no Teatro Bravos, de 23 de maio a 29 de junho. 

"Bárbara", que tem texto de Michelle Ferreira e direção e idealização de Bruno Guida, estreou em 2021 e, desde então, já circulou por 15 cidades brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro, Uberlândia, Brasília, Porto Alegre, Fortaleza, Piracicaba, Salvador e Curitiba. Em sua celebrada autobiografia, Barbara Gancia expõe de peito aberto um tema de sua vida, que é tabu até hoje para muitos: a luta contra o alcoolismo. E a montagem ainda traz reflexões de Marisa em um texto emocionante e cheio de pitadas cômicas.

Dada a imensa repercussão que o livro causou desde seu lançamento, bem como as inúmeras e necessárias palestras que a autora tem feito sobre o tema nos últimos anos, o desafio da montagem sempre foi o de não realizar uma simples transposição para o palco. “Como encenar algo já definitivo e tão bem relatado em um livro? Ao mesmo tempo em que a gente pensava nisso, sempre houve a certeza de que ‘A Saideira’ possui uma força cênica e precisava ganhar o palco para tocar outros públicos”, revela a atriz.

A solução criada pelo diretor Bruno Guida apostou em recursos cênicos simples e no jogo com a plateia, elementos que somente o teatro pode oferecer. Com uma dramaturgia livremente inspirada no livro, Michelle Ferreira utiliza algumas situações extraídas da obra, bem como inventa outras histórias, para dar forma a essa "nova Barbara ficcional”. “Bárbara” ganhou, assim, uma encenação limpa, privilegiando o trabalho de atriz em um texto forte, cômico e ao mesmo tempo emocionante. 

Toda narrativa é de desconstrução e os elementos cênicos colaboram nesse sentido. O espetáculo ainda conta com direção de movimento e suporte cênico de Fabricio Licursi, direção de arte de Gringo Cardia, figurinos de Fause Haten, design de luz de Guilherme Bonfanti e trilha original de André Abujamra. A realização é da Palco 7 Produções, de Marco Griesi e Solo Entretenimento, de Daniella Griesi.

Uma das atrizes mais versáteis de sua geração, com imensa contribuição na TV, Teatro Musical, Cinema e Música, Marisa volta às suas origens para a encenação. "'Bárbara' é um exercício para mim de multitarefas, eu como atriz posso me exercitar, em tantas frequências: tem bastante humor, tem papo reto com a plateia, tem um trabalho de composição corporal, explorando coisas que eu sempre desejei fazer e mesmo assim é uma peça simples, é uma peça de 'contação' de uma história que a gente achou relevante, emocionante e que nos inspirou a criar uma outra história. Estou muito entusiasmada”, reflete.

Sinopse de "Bárbara"
Em sua celebrada autobiografia “A Saideira: uma Dose de Esperança Depois de Anos Lutando Contra a Dependência”, a jornalista Barbara Gancia expõe de peito aberto um tema de sua vida, que é tabu até hoje para muitos: os 30 anos de luta contra o alcoolismo. A montagem, estrelada por Marisa Orth, ainda traz reflexões da atriz em um texto emocionante e cheio de pitadas cômicas.

Ficha técnica
Monólogo “Bárbara”
Livremente inspirado a partir de “A Saideira: uma Dose de Esperança Depois de Anos Lutando Contra a Dependência” de Barbara Gancia
Idealização e direção: Bruno Guida
Dramaturgia: Michelle Ferreira
Direção de arte: Gringo Cardia
Cenografia: Anna Turra
Designer de luz: Guilherme Bonfanti
Figurino: Fause Haten
Visagismo: Eliseu Cabral
Trilha original: André Abujamra
Direção de movimento e suporte cênico: Fabricio Licursi
Assistente de direção: Mayara Constantino
Fotos: Bob Wolfenson
Operador de som: Randal Juliano
Operador de luz: André Pierre
Camareira: Rosa Passe
Diretor de palco: Denis Nascimento
Audiovisual e redes sociais: Arthur Bronzato e ⁠Gabriel Metzner (Gatú Filmes)
Designer: Kelson Spalato
Estratégia digital: Matheus Rezende | Motisuki PR
Coordenador de comunicação: André Massa
Coordenação de produção: Bia Izar
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Direção de produção: Marco Griesi e Daniella Griesi
Produção: Palco 7 Produções e Solo Entretenimento
Redes Sociais Bárbara: @barbaranoteatro
Redes Sociais Produção: @palco7producoes @soloentretenimento


Serviço
Monólogo "Bárbara", com Marisa Orth
Temporada: 23 de maio a 29 de junho de 2025
Às sextas, às 21h; aos sábados, às 17h e às 21h; e domingos, às 18h
Teatro Bravos - Rua Coropé, 88 - Pinheiros
Ingressos: Plateia Premium - R$ 180,00 (inteira) e R$ 90,00 (meia-entrada) | Plateia Baixa - R$ 140,00 (inteira) e R$ 70,00 (meia-entrada) | Mezanino - R$ 120,00 (inteira) e R$ 60,00 (meia-entrada)
Vendas on-line em Sympla: https://bileto.sympla.com.br/event/104408/
Classificação etária: 14 anos
Duração: 60 minutos
Capacidade reduzida: 621 lugares.
Site: https://teatrobravos.com.br/
Bilheteria: de terça a domingo das 13h às 19h ou até o início do último espetáculo.
Formas de pagamento aceitas na bilheteria: todos os cartões de crédito, débito e dinheiro. Não aceita cheques.
Outras informações: (11) 99008-4859.
O Teatro Bravo possui acessibilidade e ar-condicionado.

.: "Sem Despedidas", o novo romance de Han Kang, Nobel de Literatura em 2024


Escrito por Han Kang, vencedora do Prêmio Nobel de Literatura em 2024, o romance "Sem Despedidas", mescla intimidade e história para falar de trauma e resiliência. A edição brasileira, lançada pela editora Todavia, tem tradução de Natália T. M. Okabayashi. Mesclando imaginação e realidade, corpo e memória, amizade e trauma, a narrativa tem como ponto de partida uma viagem de última hora. 

Kyung-ha, uma escritora, sai de Seul para a ilha de Jeju - onde dezenas de milhares de cidadãos foram aniquilados entre 1948 e 1949 -, até a casa de sua velha amiga Inseon, uma fotógrafa e cineasta experimental que largou a vida na cidade grande para se dedicar à marcenaria e à mãe debilitada. Hospitalizada após um grave acidente em sua oficina, Inseon implora a Kyung-ha que se desloque o mais breve possível até Jeju para alimentar seu amado pássaro de estimação, deixado às pressas e sem assistência.

Kyung-ha pega o primeiro avião para Jeju, mas uma nevasca atinge a ilha quando ela desembarca, mergulhando-a em um mundo branco e opaco. Acossada por rajadas de neve e ventos gelados e cortantes, ela se pergunta se conseguirá chegar a tempo de salvar o animal - ou se até mesmo será capaz de sobreviver ao frio brutal que a envolve a cada passo. Quando a noite cai, ela luta para chegar à casa de Inseon, ainda sem saber da verdadeira descida à escuridão que a espera.

Ali, a história há muito enterrada da família de Inseon vem à tona, entre sonhos e memórias transmitidos de mãe para filha, e em um arquivo meticulosamente reunido que documenta o terrível massacre na ilha, ocorrido às vésperas da Guerra da Coreia, setenta anos antes. Um trauma nacional cujas consequências na vida emocional de cada cidadão nunca poderão ser apagadas.

Romance assombroso e visionário de Han Kang, Prêmio Nobel de Literatura 2024, "Sem Despedidas" conduz o leitor - com a mesma qualidade de seus livros anteriores, como "A Vegetariana""Atos Humanos" e "O Livro Branco" - a uma jornada emocionante à Coreia do Sul contemporânea e sua dolorosa história. Nestas páginas de beleza extraordinária, Han Kang compõe um poderoso manifesto contra o esquecimento. E transforma, graças à literatura, um episódio de violência indescritível em uma celebração da vida, por mais frágil que seja. Compre o livro "Sem Despedidas" neste link.


O que disseram sobre o livro
"A intensa prosa poética de Han Kang confronta traumas históricos e expõe a fragilidade da vida humana." - Comitê Nobel de Literatura, na citação para o Prêmio Nobel


Sobre a autora
Uma das maiores escritoras contemporâneas, Han Kang nasceu na Coreia do Sul, em 1970. Autora de "A Vegetariana", "Atos Humanos" e "O Livro Branco", todos publicados pela editora Todavia. Garanta o seu exemplar de "Sem Despedidas"neste link.


.: CCBB SP recebe espetáculo "Nebulosa de Baco", inspirado em Luigi Pirandello


Montagem da Cia.Stavis-Damaceno revela o conturbado processo de duas atrizes ao interpretar pai e filha no teatro. No elenco, estão Rosana Stavis e Helena de Jorge Portela. Foto: Renato Mangolin

Depois de passar pelo Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte, "Nebulosa de Baco", o novo trabalho da premiada Cia.Stavis-Damaceno tem sua estreia paulistana no CCBB São Paulo, no dia 24 de abril, às 18h30. O espetáculo, com dramaturgia e direção de Marcos Damaceno e atuação de Rosana Stavis - atriz frequentemente apontada pela crítica como uma das melhores do teatro brasileiro - e Helena de Jorge Portela, segue em cartaz até 8 de junho, com sessões às quintas e sextas-feiras, às 19h00, e aos sábados e domingos, às 17h00.

Inspirada na obra do premiado autor italiano Luigi Pirandello, vencedor do Nobel de Literatura, e em relatos de “histórias reais”, a montagem, que se alterna entre o drama e a comédia, apresenta o difícil processo de duas atrizes ao interpretarem os papéis conturbados de uma filha e o seu pai. A encenação traz à cena uma atriz que não consegue chorar. Ajudada por outra artista mais experiente, ela se prepara para atuar em uma peça sobre a difícil relação entre uma filha e o seu pai. Trata-se de uma peça dentro de outra (uma dramática, a outra cômica) em que – como é próprio dos textos de Pirandello e muito atual para o tempo presente – são constantemente embaralhadas as noções entre o que é real e o que é inventado, entre o que é verdade e o que é mentira, entre o que é e o que parece, mas não é.

Essas duas mulheres, duas atrizes, estão em seu “habitat natural”, uma sala de ensaio, que é, nas palavras de Damaceno, “espaço fascinante de caos e criação, onde atrizes reconhecidamente fortes revelam suas fragilidades e inseguranças”. Nessa sala, elas tentam descobrir a melhor forma de interpretar em uma peça que se equilibra entre o riso e o choro e que, por vezes, levanta questões delicadas e difíceis de se lidar, como os traumas causados pela violência e o abuso sexual na infância. Uma peça que, como é comum nas montagens de Damaceno, chama a atenção para o contraste entre os momentos hilariantes e outros angustiantes e perturbadores.

A encenação reúne outras características que são próprias da companhia Stavis-Damaceno, como o ritmo vertiginoso de pensamentos aparentemente desordenados; o apreço pela dramaturgia contemporânea que nos apresenta novos olhares acerca das relações humanas em nossos dias; e a excelência do trabalho do elenco, trazendo ao público espetáculos contundentes que impactam quase que exclusivamente pela força dos atores e das palavras. “A Aforista” - que ganhou alguns dos principais prêmios do teatro brasileiro, entre eles o de Melhor Espetáculo, conferido pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) -, é um exemplo recente dessas características. 

O nome “Nebulosa de Baco” tem inspiração na astronomia e na mitologia. As nebulosas são onde nascem as estrelas; entre as mais conhecidas estão a Nebulosa de Orion e a Nebulosa Olho de Deus. Já Baco, na mitologia greco-romana, é não apenas o deus do vinho e do teatro: ele representa a fertilidade criativa e a dualidade humana entre controle e entrega. É ele quem inspira a transformação do caos interno em beleza e expressão.

“É para isso que nascem as atrizes, para mostrar, a cada noite, aos olhos do público, o mundo visto sob outra luz. Não a luz acachapante do sol, mas feito a delicadeza, a suavidade da luz da lua”, conclui Damaceno. A peça tem patrocínio do Banco do Brasil, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).

Sinopse de "Nebulosa de Baco"
Inspirado na obra do Nobel de Literatura Luigi Pirandello, e em relatos de “histórias reais”, o espetáculo traz à cena uma atriz que não consegue chorar. Ajudada por outra atriz mais experiente, ela se prepara para atuar em uma peça sobre a conflituosa relação entre uma filha e o seu pai. Uma peça dentro de outra (uma dramática, a outra cômica) em que, como em nossos dias, são constantemente embaralhadas as noções entre o que é real e o que é inventado, entre o que é verdade e o que é mentira, entre o que é e o que parece, mas não é.

Ficha técnica
Espetáculo "Nebulosa de Baco"
Texto e direção: Marcos Damaceno
Elenco: Rosana Stavis e Helena de Jorge Portela
Iluminação: Beto Bruel e Ana Luzia Molinari de Simoni
Figurino: Karen Brusttolin
Visagismo: Claudinei Hidalgo
Cenário: Marcos Damaceno
Produção executiva: Bárbara Montes Claros
Produção de cenários: Carla Berri
Criação e produção: Cia. Stavis-Damaceno
Assistente administrativo/Financeiro: Edilaine Maciel
Produção local (São Paulo): Augusto Vieira
Realização: Centro Cultural Banco do Brasil e Ministério da Cultura
Patrocínio: Banco do Brasil

Serviço
Espetáculo "Nebulosa de Baco", com Cia Stavis-Damaceno
Temporada: 24 de abril a 8 de junho de 2025*
Às quintas e sextas, às 19h00, e aos sábados e domingos, às 17h00
*Excepcionalmente na estreia, no dia 24/4, a apresentação acontece às 18h30
Local: Teatro CCBB SP (Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico – São Paulo/SP)
Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) disponível em bb.com.br/cultura e na bilheteria do CCBB | Meia-entrada: para estudantes, professores, profissionais da saúde, pessoa com deficiência - e acompanhante, quando indispensável para locomoção, adultos maiores de 60 anos e clientes Ourocard).
Classificação indicativa: 18 anos
Duração: 90 minutos


Informações CCBB SP
Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo  
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 - Centro Histórico | São Paulo/SP  
Funcionamento: Aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças    
Contato: (11) 4297-0600 | ccbbsp@bb.com.br 
Acessibilidade: espaço acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida
Estacionamento: o CCBB possui estacionamento conveniado na Rua da Consolação, 228 (R$ 14 pelo período de 6 horas - necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB). O traslado é gratuito para o trajeto de ida e volta ao estacionamento e funciona das 12h às 21h.    
Van: ida e volta gratuita, saindo da Rua da Consolação, 228. No trajeto de volta, há também uma parada no metrô República. Das 12h às 21h.    
Transporte público: o CCBB fica a 5 minutos da estação São Bento do Metrô. Pesquise linhas de ônibus com embarque e desembarque nas Ruas Líbero Badaró e Boa Vista.    
Táxi ou Aplicativo: desembarque na Praça do Patriarca e siga a pé pela Rua da Quitanda até o CCBB (200 m).

sábado, 12 de abril de 2025

.: Grátis em São Paulo: cinema nacional com pipoca nas bibliotecas BSP e BVL


Projeto “Cinema na Biblioteca” exibe comédias clássicas nacionais com entrada gratuita e distribuição de pipoca, em parceria com a Cinemateca Brasileira

A Biblioteca de São Paulo (BSP) e a Biblioteca Parque Villa-Lobos (BVL) - equipamentos da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado, geridos pela SP Leituras - lançam o programa “Cinema na Biblioteca”, uma nova iniciativa cultural que leva sessões gratuitas de filmes brasileiros aos seus auditórios, com direito a pipoca e uma curadoria que resgata o melhor da cinematografia nacional.

As primeiras exibições, realizadas em parceria com a Cinemateca Brasileira, acontecerão neste domingo, dia 13 de abril, às 15h00, na BSP e na BVL. Na BSP será exibida a comédia "O Homem do Sputnik" (1959), dirigida por Carlos Manga. A trama acompanha a confusão causada pela queda de um suposto satélite no quintal de Anastácio (Oscarito), despertando o interesse de espiões internacionais em plena Guerra Fria. 

No mesmo dia e horário, a BVL apresenta "É Proibido Beijar" (1954), de Ugo Lombardi, estrelada por Tônia Carrero como a filha de um milionário americano que se envolve em um jogo de aparências e romance com um cronista paulistano. A entrada é gratuita, sujeita à lotação do espaço. Todas as sessões incluem pipoca grátis e têm classificação indicativa variada, de acordo com o filme. O Cinema na Biblioteca é um convite à convivência e ao encantamento com o cinema nacional. Um programa que combina cultura, memória e diversão em um ambiente acessível e acolhedor.


Serviço
Cinema na Biblioteca Sessões gratuitas com filmes brasileiros + pipoca Domingos, às 15h
Biblioteca de São Paulo:
avenida Cruzeiro do Sul, 2630 – Carandiru / São Paulo
Biblioteca Parque Villa-Lobos: avenida Queiroz Filho, 1205 – Alto de Pinheiros / São Paulo
Entrada gratuita | Sujeito à lotação | Classificação indicativa varia conforme o filme


Sobre a Biblioteca de São Paulo
Inaugurada em fevereiro de 2010, a Biblioteca de São Paulo (BSP) está localizada no Parque da Juventude, no terreno em que funcionou a Casa de Detenção de São Paulo (conhecida como Carandiru), na zona norte da capital paulista. A qualidade do acervo, as atividades de programação cultural e os serviços oferecidos deram um novo significado ao espaço, transformando-o em uma praça cultural, local de acolhimento e descobertas. Inspirada nas melhores práticas das bibliotecas públicas do Chile e da Colômbia, soma mais de 3 milhões de visitantes e visa promover o incentivo à cultura, à leitura e à literatura. Ocupa uma área de 4.257 metros quadrados para atender o público - crianças, jovens, adultos e idosos com ou sem deficiência. A BSP é um equipamento cultural da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerido pela Organização Social SP Leituras.


Sobre a Biblioteca Parque Villa-Lobos
A Biblioteca Parque Villa-Lobos (BVL), localizada dentro do parque de mesmo nome, é um espaço convidativo para a leitura, fruição da cultura e interação entre as pessoas. Além de um amplo acervo literário, atualizado semanalmente, oferece várias atividades gratuitas, como encontro com escritores, contação de histórias, saraus, oficinas, cursos, apresentações musicais, entre outros eventos de uma extensa programação. O local conta ainda com sala de games, ludoteca, computadores com acesso à internet, auditório, aparelhos de tecnologia assistiva, deck com vista para o parque, bicicletário e skatário. É um equipamento cultural da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerido pela Organização Social SP Leituras. Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo sob gestão da SP Leituras.

.: Crítica: "Sambabook Beth Carvalho", uma receita irresistível de samba


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. 

Uma seleção de sambas consagrados, interpretados por nomes conhecidos desse estilo. Com essa receita, certamente o resultado será acima da média. O "Sambabook" em tributo a Beth Carvalho, inclui, além de um álbum com versões primorosas de sambas, um caderno de partituras, com transcrição dos arranjos originais dos sambas; ambiente na web, com portal e redes sociais, além do livro "Uma Vida pelo Samba", escrito pelo jornalista e pesquisador Rodrigo Faour, que cataloga os álbuns de carreira e as participações de Beth em discos de outros artistas, compactos e projetos especiais, desde sua estreia, no final de 1965. 

O "Sambabook Beth Carvalho" reúne artistas de diferentes gerações e estilos, a começar por Zeca Pagodinho e Jorge Aragão, homenageados em edições anteriores. Compositores ligados à trajetória da cantora, como Sombrinha e Fundo de Quintal, se uniram a artistas consagrados e novos expoentes do samba e do pagode neste tributo, marcado pela saudade e pela emoção. O samba foi representado por Leci Brandão, Xande de Pilares, Teresa Cristina, Diogo Nogueira, Péricles, Arlindinho, Ferrugem, Mumuzinho, Marina Iris, Prettos, Mosquito e Lu Carvalho.

Como a diversidade já é tradição no Sambabook, artistas que transitam por outros estilos brilharam na seleção musical, como Fagner, Maria Rita, Seu Jorge, Paula Lima, Luciana Mello, Zelia Duncan, Luedji Luna e a jovem cantora baiana Agnes Nunes. Luana Carvalho, acompanhada pelos Golden Boys, reeditou “Andança”, clássico que sua mãe lançou com o trio, no ano de 1968. Já os músicos Gabriel Grossi, Hamilton de Holanda, Nicolas Krassik, Marcelinho Moreira e Rildo Hora criaram versões instrumentais especialmente para o projeto.

Ouvir as faixas desse álbum é um puro deleite. Nos faz lembrar com saudade da voz e presença marcante de Beth Carvalho, que como intérprete não só influenciou toda uma geração de músicos, mas também deixou um legado importante ao abrir as porás para outros talentos que se consolidaram com o passar dos anos.

"Andança" - Luana Carvalho e GoldenBoys

"1800 Colinas" - Xande de Pialres

"A Chuva Cai" - Zeca Pagodinho

.: Sucesso de público e crítica, premiada "Tebas Land" volta a São Paulo


Com direção de Victor Garcia Peralta, peça é uma autoficção que acompanha os encontros entre um jovem parricida e um dramaturgo interessado em escrever a história do crime. Foto: Rodrigo Lopes

Ao retratar a instigante relação entre um jovem parricida e um dramaturgo interessado em escrever a história de seu crime, o espetáculo "Tebas Land", escrita pelo conceituado dramaturgo uruguaio Sergio Blanco, conquistou o público brasileiro desde a sua estreia, em 2018, ganhando temporadas em diversos cantos no país até a chegada da pandemia de covid-19. Agora, o espetáculo, dirigido por Victor Garcia Peralta e estrelado por Otto Jr. e Robson Torinni, está de volta a São Paulo para mais uma temporada no Teatro Vivo, de 15 de abril a 28 de maio, com apresentações às terças e quartas-feiras, às  20h. A nova temporada é realizada com recursos da Lei Rouanet, do Ministério da Cultura, e conta com o patrocínio da Vivo.

Sucesso de crítica, a peça conquistou os prêmios Shell RJ de melhor ator (Otto Jr.) e Botequim Cultural de melhor espetáculo, direção e ator (Robson Torinni). Também foi indicado ao Botequim Cultural de Melhor Ator (Otto Jr.) e Cesgranrio de Melhor Direção e Melhor Ator (Robson Torinni). Além disso, participou do Festival de Avignon, na França, um dos eventos de teatro mais importantes do mundo. “Tivemos que parar o espetáculo, com plateias lotadas, no começo da pandemia. E é com muita alegria que voltamos com esse texto, que ganhou adaptações premiadas em uma série de países”, celebra Torinni, idealizador da peça ao lado de Peralta. 

Na trama, em um presídio de segurança máxima, um dramaturgo coleta o relato de um jovem condenado por assassinar o próprio pai com 21 golpes de garfo. O cenário reproduz a quadra de basquete de uma prisão, onde ocorrem os encontros quase documentais entre os dois personagens, duas pessoas de mundos completamente distintos. Assim, começa uma peça dentro da peça, com Robson Torinni na pele tanto do jovem assassino quanto do ator que o representa. Com esse jogo de metalinguagem e autoficção, características tão marcantes nas obras de Blanco, a montagem propõe uma reflexão sobre a construção da dramaturgia, o universo teatral e os limites entre ficção e realidade.

“O texto nos cativou pelos dois diferentes planos, razão e emoção, e pelo processo criativo imbuído neles, em que a dramaturgia é construída durante a ação da peça, oscilando, quase que paralelamente, entre a discussão do fato ocorrido e a construção do texto da peça que será baseada no crime”, conta o diretor. O espetáculo é inspirado no mito do Édipo e na vida de São Martinho de Tours, santo europeu do século IV e também revisita textos que abordam o tema da paternidade, como “Os Irmãos Karamazov”, de Dostoievski; “Um Parricida”, de Maupassant; e “Dostoievski e o Parricídio”, de Freud. 

Como de praxe nas dramaturgias do autor, a peça nos faz refletir sobre problemas sociais, sempre com sensibilidade e inteligência, como a importância da paternidade, a falta de afeto na contemporaneidade, a solidão, as famílias disfuncionais e a falência dos sistemas prisionais. “A peça aborda uma questão que muito nos toca: as ligações com os pais. Nem todos podemos ser pais, mas todos somos filhos e, portanto, todos temos a experiência da descendência. É também um trabalho sobre a dinâmica do que é a engenharia da construção de uma peça, como o texto pode ser escrito”, define o dramaturgo Sergio Blanco. 

Tebas Land também nos alerta sobre as consequências dos abusos (físicos, sexuais e psicológicos) sofridos na infância, que perduram durante a vida toda das vítimas. No Brasil, um estudo revelou que, apenas no primeiro semestre de 2022, 84% das violações contra crianças de até 6 anos foram cometidas por familiares. Essas agressões têm impacto negativo a curto, médio e longo prazo na saúde física e mental das vítimas e em suas práticas parentais futuras. 

O sucesso da peça, para Peralta, deve-se justamente às reflexões e diálogos sobre esses temas sociais e culturais tão relevantes, promovendo a conscientização e estimulando o pensamento crítico. "Além disso, a história conecta duas pessoas de diferentes origens, criando um espaço de empatia pelo público. Acho que o espetáculo reforça a importância da arte como veículo de transformação social, influenciando positivamente a percepção coletiva e a compreensão dos desafios atuais”, acrescenta. 


Ficha técnica
Espetáculo "Tebas Land"
Autor: Sergio Blanco
Tradutor: Esteban Campanela, Robson Torinni e Victor Garcia Peralta
Direção: Victor Garcia Peralta
Atores: Otto Jr. e Robson Torinni
Cenógrafo: José Baltazar 
Iluminador: Maneco Quinderé
Figurino: Criação coletiva
Trilha sonora: Marcello H
Operador de luz: Rodrigo Lopes
Operador de som: Rodrigo Pinho
Assessoria de imprensa: Pombo Correio 
Designer gráfico: Alexandre de Castro
Fotografia: Rodrigo Lopes e billnog.biz 
Direção de produção: Sérgio Saboya e Silvio Batistela 
Produção: Galharufa Produções Culturais
Produção executiva: João Eizô Y Saboya
Realização: REG'S Produções Artísticas
Idealização: Robson Torinni e Victor Garcia Peralta


Serviço
Espetáculo "Tebas Land", de Sergio Blanco
Temporada: 15 de abril a 28 de maio. Às terças e quartas, às 20h.
Teatro Vivo - Av. Dr. Chucri Zaidan, 2460 - Vila Cordeiro, São Paulo
Ingressos: Preço Popular - R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia-entrada) | Ingressos regulares: R$ 120,00 (inteira) e R$ 60,00 (meia-entrada*)
*meia-entrada é válida para participantes do programa Vivo Valoriza (resgatar o voucher pelo app), estudantes, professores, idosos, pessoas com deficiências, funcionários Vivo mediante à apresentação de comprovante
Bilheteria: funciona apenas nos dias de peça e abre 2h antes da apresentação
Telefone: (11) 3279-1520
Capacidade: 274 lugares
Duração: 1h40 minutos
Classificação: 16 anos
Acessibilidade: Teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.  Os ingressos dos assentos reservados para acessibilidade poderão ser adquiridos através de reserva pela bilheteria 11 3430-1524 - (Funcionamento somente nos dias de peça 2h antes da apresentação) ou pelo e-mail teatrovivo@trimitraco.com.br
*Obs. O ingresso Preçp Popular é válido para todos os clientes e segue o plano de democratização da Lei Rouanet, havendo uma cota deste valor promocional. O comprovante de meia entrada deverá ser apresentado na entrada do espetáculo.

quinta-feira, 10 de abril de 2025

.: "Piquenique na Estrada": clássico da ficção científica soviética é relançado


Publicado originalmente em 1972 pelos irmãos Arkádi e Boris Strugátski, o livro "Piquenique na Estrada" se tornou um dos romances mais emblemáticos da ficção científica soviética. Agora, a Editora Aleph, que trouxe o livro em 2017 com grande sucesso, relança a obra em duas versões, brochura e capa dura, permitindo que novos leitores entrem em contato com essa narrativa intrigante e cheia de reflexões existenciais.

A história se passa após um breve e misterioso evento de origem extraterrestre. Diferente da expectativa comum sobre contatos alienígenas, os visitantes não interagem com os humanos, apenas deixam rastros enigmáticos em algumas áreas chamadas Zonas. Essas regiões são perigosas e desafiadoras, repletas de objetos que a humanidade não consegue compreender completamente. Daqui é que surgem os dilemas de não ter respostas, mas apenas sinais.

Redrick Schuhart, um stalker, ganha a vida explorando de forma ilegal uma dessas Zonas em busca de artefatos de valor. Ele é um homem comum, guiado pela necessidade e pelo desejo de sobrevivência, e suas incursões o colocam em confronto direto com os riscos físicos e psicológicos desse ambiente estranho e hostil. 

A falta de explicação sobre os visitantes e seus propósitos intensifica o caráter enigmático do romance. Em um dos momentos mais marcantes da história, Redrick clama: "Pois nunca, jamais vendi minha alma para ninguém! Ela é minha, humana! Extraia de mim o que eu desejo, pois não é possível que eu deseje algo mau...". A cena resume a impotência do ser humano diante do desconhecido e a busca desesperada por significado. Cada página do livro transporta o leitor para essa terra invadida.

Diferente de obras tradicionais de ficção científica, Piquenique na Estrada não oferece respostas fáceis. A obra tem um tom irônico e sua abordagem realista fazem dele um romance que questiona tanto a ciência quanto a moralidade humana. A metáfora do piquenique – onde os alienígenas seriam viajantes que deixaram lixo sem se preocupar com os "animais" ao redor – sugere um universo indiferente às nossas questões existenciais. Compre o livro "Piquenique na Estrada" neste link.

Sobre os autores
Nascido em Leningrado, Arkádi Strugátski junto com seu irmão Boris, foram os mais famosos escritores de ficção científica da União Soviética. Antes de começar a escrever, Arkádi trabalhava como tradutor e intérprete de inglês e japonês. Entre 1958 e 1991, escreveram, em parceria, mais de 20 romances e novelas, além de diversos contos e peças de teatro. Um de seus romances mais famosos, "Piquenique na Estrada", foi adaptado para o cinema por Andrei Tarkóvski, no filme Stalker (1979). A obra foi tão elogiada que ganhou o prêmio especial do júri no Festival de Cannes no ano seguinte. Alguns anos mais tarde, em 2001, o livro dos Strugátski ganhou sua versão em game. O jogo "S.T.A.L.K.E.R.", assim como no livro, fala sobre as zonas de visitação e faz um paralelo com o desastre de Chermobyl. O game já tem quatro versões e vendeu mais de 5 milhões de cópias. Ainda nos dias de hoje, Piquenique na Estrada é aclamado na Rússia e nos países do leste europeu, em parte graças às suas críticas aos governos totalitários. 

Nascido em Leningrado, Boris Strugátski e seu irmão Arkádi, foram os mais famosos escritores de ficção científica da União Soviética. Antes de começar a escrever, Boris, trabalhava como astrônomo e engenheiro de computação. Entre 1958 e 1991, escreveram, em parceria, mais de 20 romances e novelas, além de diversos contos e peças de teatro. Um de seus romances mais famosos, "Piquenique na Estrada", foi adaptado para o cinema por Andrei Tarkóvski, no filme "Stalker" (1979). A obra foi tão elogiada que ganhou o prêmio especial do júri no Festival de Cannes no ano seguinte. Alguns anos mais tarde, em 2001, o livro dos Strugátski ganhou sua versão em game. O jogo "S.T.A.L.K.E.R.", assim como no livro, fala sobre as zonas de visitação e faz um paralelo com o desastre de Chermobyl. O game já tem quatro versões e vendeu mais de 5 milhões de cópias. Ainda nos dias de hoje, Piquenique na Estrada é aclamado na Rússia e nos países do leste europeu, em parte graças às suas críticas aos governos totalitários. Garanta o seu exemplar de "Piquenique na Estrada" neste link. 

.: "Brigada Ligeira", 1° livro de Antonio Candido, é relançado pela Todavia


O livro "Brigada Ligeira", publicado em meados de 1945 na coleção Mosaico da Livraria Martins Editora, foi o primeiro livro de Antonio Candido e reúne alguns artigos da sua coluna semanal “Notas de Crítica Literária”, na Folha da Manhã, atual Folha de S.Paulo, jornal de que foi “crítico titular”, como se dizia, de janeiro de 1943 a janeiro de 1945, tendo começado esta atividade em 1941 na revista Clima.

Salvo dois artigos, o primeiro sobre "O Amanuense Belmiro" (1936), de Ciro dos Anjos, outro sobre "Monsieur Ouine" (1943), de Georges Bernanos, eles formam um conjunto sobre a narrativa brasileira da década de 1940, rica no gênero, representado aqui por obras que vão do realismo urbano de Érico Veríssimo em um de seus melhores livros, "O Resto É Silêncio", até o curioso experimento de cunho surrealista de Rosário Fusco, "O Agressor", tendo de permeio "A Quadragésima Porta", de José Geraldo Vieira, exemplo raro entre nós de romance cosmopolita, saturado de cultura. Além destes, há artigos sobre dois exemplos da ficção “nordestina”, que foi um dos veios mais importantes da literatura brasileira imediatamente posterior ao Modernismo: "Terras do Sem Fim", de Jorge Amado, e a maior obra de José Lins do Rego, "Fogo Morto".

Devem ser destacados também o ensaio sobre Oswald de Andrade, primeira tentativa de análise do conjunto da sua obra ficcional, e os artigos sobre os livros de dois jovens autores então desconhecidos: "Perto do Coração Selvagem", de Clarice Lispector, e "A Marca", de Fernando Sabino. Ao avaliá-los positivamente, sobretudo ao chamar a atenção para o caráter inovador do primeiro, Antonio Candido estava não apenas prevendo a grande voga de ambos, mas cumprindo uma das tarefas principais do “crítico titular”, isto é, localizar novos talentos. 

Naquela mesma altura, aliás, ressaltaria o valor de outro estreante, este em poesia: João Cabral de Melo Neto. Quanto ao romance "Monsieur Ouine", é interessante lembrar que durante a Segunda Guerra Mundial pelo menos dois editores franceses publicaram no Rio de Janeiro livros na sua língua, inclusive este, cujo autor viveu no Brasil de 1938 a 1945. Mais tarde, certos críticos da França admitiram que seus colegas brasileiros souberam avaliar melhor, desde logo, a importância de "Monsieur Ouine", publicado aqui de maneira imperfeita e considerado posteriormente, por muitos, a obra-prima de Bernanos. Compre o livro "Brigada Ligeira" neste link.


Sobre o autor
Antonio Candido de Mello e Souza
 nasceu no Rio de Janeiro, em 1918. Crítico literário, sociólogo, professor, mas sobretudo um intérprete do Brasil, foi um dos mais importantes intelectuais brasileiros. Candido partilhava com Gilberto Freyre, Caio Prado Jr., Celso Furtado e Sérgio Buarque de Holanda uma largueza de escopo que o pensamento social do país jamais voltaria a igualar, aliando anseio por justiça social, densidade teórica e qualidade estética. Com eles também tinha em comum o gosto pela forma do ensaio, incorporando o legado modernista numa escrita a um só tempo refinada e cristalina. É autor de clássicos como "Formação da Literatura Brasileira" (1959), "Literatura e Sociedade" (1965) e "O Discurso e a Cidade" (1993), entre diversos outros livros. Morreu em 2017, em São Paulo. Garanta o seu exemplar de "Brigada Ligeira" neste link.

Ficha técnica
Livro "Brigada Ligeira"
Autor: Antonio Candido
Lançamento: 7 de maio de 2025
Gênero: não-ficção brasileira
Categoria: literatura brasileira - ensaio
Capa: Oga Mendonça
Número de páginas: 120
ISBN: 978-65-5692-805-0
E-ISBN: 978-65-5692-796-1
Compre o livro neste link.

quarta-feira, 9 de abril de 2025

.: Spin-off de série de quadrinhos criada por Keanu Reeves chega ao Brasil


Após o best-seller da maxissérie "BRZRKR", ator lança seu primeiro livro sobre o mesmo universo, que já tem adaptações planejadas para o audiovisual, incluindo um filme e uma série de anime pela Netflix.


A editora Jangada lança no Brasil “o livro de algum outro lugar” – grafado assim mesmo, em letras minúsculas. A obra é a mais nova expansão do universo criado por Keanu Reeves e pelo roteirista de quadrinhos Matt Kindt, no qual Unute (ou simplesmente B), uma espécie de super-herói/anti-herói (baseado em sua própria aparência), narra a saga de um guerreiro imortal em uma jornada milenar para compreender sua imortalidade, numa trama que une ficção científica, fantasia, ficção histórica e mitologia, tudo isso com uma grande dose de existencialismo.

Escrito a quatro mãos, em "o livro de algum outro lugar", a colaboração entre Keanu Reeves e China Miéville resultou em uma narrativa que mescla estilos distintos. Eles criaram uma experiência literária única, na qual brindam o leitor com três tipos de narrativas que se interpenetram. Na primeira, um soldado de 80 mil anos de idade que busca uma saída para ter a possibilidade de morrer, tornando-se uma cobaia do exército dos Estados Unidos – que busca formas de replicar sua habilidade. Na segunda, surgem histórias narradas em terceira pessoa no tempo presente, na qual aparecem pessoas que, ao longo de milênios, tiveram suas vidas ligadas a Unute de alguma forma. E finalmente há capítulos narrados na segunda pessoa, nos quais o próprio Unute revela pensamentos e histórias sobre ele mesmo.

A história se passa em um universo alternativo ao da série de quadrinhos "BRZRKR" (se pronuncia Berzerker), uma referência aos Berserkers, guerreiros ferozes da mitologia nórdica conhecidos por entrar em um estado de fúria incontrolável durante as batalhas. Lançado pela BOOM! Studios, o primeiro volume vendeu mais de 615 mil cópias em 2021, tornando-se a HQ mais bem-sucedida desde "Star Wars #1", em 2015.

Para os que ainda não estão familiarizados com a narrativa de China Miéville, ele é um renomado autor britânico de ficção especulativa, conhecido por suas obras que mesclam fantasia sombria, ficção científica e horror, associadas ao movimento “New Weird”, no qual é reconhecido como uma das figuras centrais no desenvolvimento desse subgênero literário.

Sobre as adaptações para o audiovisual, já se sabe que Justin Lin – diretor que reviveu a franquia "Velozes & Furiosos" e dirigiu "Star Trek Sem Fronteiras" –  vai comandar a adaptação para o cinema de "BRZRKR". Lin também será produtor da série em anime da Netflix, que terá duas temporadas.

Por meio de uma narrativa assombrosa e comovente, o livro de algum outro lugar se passa no mesmo universo, e pode ser lido como obra independente, como um épico alucinante sobre antigos poderes, uma guerra moderna e um renegado que não pode morrer, que com certeza encantará os fãs já existentes de "BRZRKR", e trará ainda milhares de novos admiradores. Compre “o livro de algum outro lugar” neste link.

Sobre os autores
Keanu Reeves deixou uma marca indelével no mundo do entretenimento por meio dos diversos papéis que desempenhou, sendo mais conhecido pelos célebres papéis nas franquias Matrix e John Wick. Reeves fez sua estreia como escritor de quadrinhos em 2021, com "BRZRKR", uma série limitada de doze edições distribuída pela BOOM! Studios, que logo se tornou a série original de quadrinhos mais vendida em mais de 25 anos, com 615 mil cópias vendidas do primeiro volume. Em 2023, ele voltou às telonas em John Wick 4: Baba Yaga, filme que se tornou a maior bilheteria da franquia. Entre seus outros projetos recentes estão "The Matrix Resurrections", "John Wick 3: Parabellum", "Meu Eterno Talvez", "Toy Story 4" e o videogame "Cyberpunk 2077". Criado em Toronto, Reeves atuou em várias produções teatrais locais e na televisão antes de se mudar para Los Angeles.

China Miéville é autor best-seller de ficção e não ficção do New York Times. Renomado autor britânico de ficção especulativa, ele é conhecido por suas obras que mesclam fantasia sombria, ficção científica e horror, associadas ao movimento “New Weird”, e reconhecido como uma das figuras centrais no desenvolvimento desse subgênero literário. Beneficiado da Guggenheim Fellowship for Fiction, Miéville ganhou os prêmios World Fantasy, Hugo e Arthur C. Clarke, entre outros. Entre suas obras de não ficção há um estudo de direito internacional e uma história sobre a Revolução Russa. Garanta o seu exemplar de “o livro de algum outro lugar” neste link.

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial
Tecnologia do Blogger.